PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: A gramática e a prática docente no Ensino Fundamental
Autor Kélli Cristina Lustosa Domborowski
Escola de Atuação CEEP Assis Brasil e Escola Est. Jupira Guimarães
Bondervalle
Município das escolas Clevelândia - PR
Núcleo Regional de
Educação
Pato Branco - PR
Orientadora Nincia Borges Teixeira
Instituição de Ensino
Superior
UNICENTRO – Guarapuava – PR
Disciplina/Área (entrada no
PDE)
Língua Portuguesa – Línguistica Aplicada e o ensino de
Língua Portuguesa
Produção Didático-
pedagógica
Caderno Pedagógico
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as
diferentes disciplinas
compreendidas no trabalho)
Matemática, Ciências e Artes.
Público Alvo
(indicar o grupo com o qual
o professor PDE
desenvolveu o trabalho:
professores, alunos,
comunidade...)
Alunos da 6a série (7o ano) do Ensino Fundamental.
Localização
(identificar nome e endereço
da escola de
implementação)
Escola Estadual Jupira Guimarães Bondervalle. Rua
Principal – Distrito de Coronel Firmino Martins –
Clevelândia – PR
Apresentação Este Caderno Pedagógico tem como tema o estudo de questões reflexivas e práticas com relação ao ensino de gramática na escola, principalmente no Ensino
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Fundamental.
Justifica-se esta proposta de implementação por ser ―uma abertura de espaços para uma atividade criadora‖, para o desenvolvimento da capacidade de produzir e interpretar textos orais ou escritos. Para isso, é necessário que sejam oferecidas ao aluno muitas e diferentes oportunidades de desenvolver as habilidades linguísticas básicas – falar e ouvir, ler e escrever – em um contexto de reflexões e de análise da língua.
O objetivo geral é propiciar ao aluno possibilidades de reflexão acerca da língua que fala, escreve e lê, encarando-a de forma reflexiva e prática (lúdica), utilizando-a, assim, como instrumento de prática social.
O público alvo serão os alunos da 6a série (7º ano) do Ensino Fundamental, porém, as atividades do Caderno Pedagógico poderão ser adaptadas para as demais séries (anos).
Durante a implementação, serão realizadas atividades textuais, gramaticais e lúdicas como forma de contribuição ao ensino da gramática reflexiva.
Portanto, são possibilidades de práticas inovadoras
que auxiliam o professor de Língua Portuguesa a realizar
um trabalho mais enriquecedor e satisfatório em relação
à gramática.
Palavras-chave Língua Portuguesa. Gramática. Ensino.
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
EQUIPE PEDAGÓGICA DO PDE
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Guarapuava – Pr 2011
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KÉLLI CRISTINA L. DOMBOROWSKI
A GRAMATICA E A PRÁTICA DOCENTE NO ENSINO
FUNDAMENTAL
Caderno Pedagógico a ser apresentado à SEED-Pr como requisito para o cumprimento das atividades previstas no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE do Estado do Paraná, orientado pela Professora Nincia Borges Teixeira.
Guarapuava – Pr 2011
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SUMÁRIO
UNIDADE I
O ENSINO DE GRAMÁTICA NA ESCOLA – REFLEXÕES E SUGESTÕES .............. 6
UNIDADE II
PRATICANDO A GRAMÁTICA POR MEIO DE LENDAS .......................................... 11
UNIDADE III
A EDUCAÇÃO LÚDICA E O PAPEL DO PROFESSOR ............................................ 19
UNIDADE IV
IMAGINANDO, PONTUANDO E CRIANDO ............................................................... 25
UNIDADE V
ABRINDO A PORTA DO SABER ................................................................................ 35
UNIDADE VI
TRABALHANDO COM RÓTULOS ............................................................................. 38
UNIDADE VII
APRENDER GRAMÁTICA BRINCANDO ................................................................... 42
PROPOSTAS DE AVALIAÇÃO .................................................................................. 48
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS ........................................................................... 50
ANEXOS ..................................................................................................................... 51
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UNIDADE I
O ENSINO DE GRAMÁTICA NA ESCOLA
REFLEXÕES E SUGESTÕES
O ensino de gramática tem sido muito questionado há mais de duas
décadas. É grande o número de estudos sobre como melhorar a aprendizagem
desta nas escolas.
É importante entender que, nesta unidade, o foco é o tratamento que se
dá à gramática na perspectiva de sala de aula, ou seja, algumas sugestões de
que gramática oferecer ao aluno, para que este possa fazer bom uso da língua
em diferentes situações comunicativas.
Neves (2009, p. 18) enfatiza que:
[...] a escola, é reconhecidamente, o espaço institucionalmente mantido para orientação do ―bom uso‖ linguístico, e que, portanto, a ela cabe ativar uma constante reflexão sobre a língua materna, contemplando as relações entre uso e linguagem e atividades de análise lingüística e de explicitação da gramática.
Neves (2009) também destaca que, quando se trata da gramática
enquanto disciplina escolar, são necessárias algumas tensões, como por
exemplo, uso e norma-padrão, fala e escrita, descrição e prescrição, sendo
estes elementos obrigatórios para o bom ensino da gramática na escola, pois
são a base das línguas naturais.
Para tanto, o que aqui se defende, é que a língua não existe sem
interação, por isso a grande atenção quando se trabalha com a língua materna
é compreender que esta é mutável e depende do uso e dos usuários. Por isso,
num ensino eficiente, não cabem moldes de certo e errado, nem de
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desempenho quanto às normas, pois é importante o cuidado na sala de aula
para que, quando trabalharmos com a gramática da língua, não geremos
preconceito linguístico, mas o entendimento de que a partir do uso e dos
usuários é que o professor pode refletir e orientar o aluno para o bom uso
linguístico.
Diante dessa consideração, sabemos que língua e gramática não se
equivalem e que só a gramática não é suficiente para que se tenha propriedade
quanto à língua, ou seja, numa atividade sociointerativa só saber gramática não
basta. É nesse ponto que centro a importância deste Caderno Pedagógico
como sugestão para que o professor use sempre bom senso com relação ao
ensino de Língua Portuguesa. A gramática tem que ser trabalhada sim, mas
com coerência, com racionalidade. Infelizmente, por anos e anos, o ensino
gramatical restringiu-se apenas às normas, como se estas bastassem para que
o aluno pudesse falar e escrever com sucesso. A partir da década de 80, essa
idéia vem mudando, porém no início das críticas e considerações sobre o
ensino gramatical nas escolas, houve um equivoco muito sério, pois ocorreu o
entendimento de que se a gramática não era suficiente para o ensino de língua,
então deveria ser abolida dos currículos escolares.
Esse equívoco não ocorreu, na época, somente com professores, mas
com toda a comunidade escolar. Porém ainda hoje, quase trinta anos depois,
ainda há desconforto quanto ao ensino gramatical; em algumas escolas o
ensino é muito tradicional, em outras um descaso e até por parte dos pais,
existe, como relata Antunes (2007, p. 53): ―Mais do que o apego a esse tipo de
ensino, constata-se até mesmo certa impaciência para que, desde cedo, ele
seja devidamente iniciado. Se isso acontece, acalmam-se os ânimos: o
sucesso, julgam, está garantido.‖
Considero que, na Educação Básica, o ensino gramatical precisa ser
muito mais lúdico do que teórico. Ainda não é o momento dos alunos terem
contato com definições e classificações; eles precisam refletir a linguagem, ter
interesse pela leitura, pela escrita e pela fala.
O ensino de Língua Portuguesa nas séries iniciais deve ser mágico, por
meio de histórias, relatos, poesias, histórias em quadrinhos, jogos, músicas e
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outros textos que motive os alunos, principalmente com relação à leitura e
escrita. Aos poucos, enquanto os alunos tomam contato com a língua culta,
vão descobrindo novas palavras, ortografia correta, sanando problemas
fonológicos e assim aprendem que a língua tem regras que precisam ser
usadas tanto na escrita, quanto na fala, mas isso tudo, com liberdade, com
ludicidade, sem desmerecer a gramática internalizada de cada um.
Ainda nas séries iniciais do Ensino Fundamental (5a e 6a série ou 6o e 7o
ano) essa ludicidade e reflexão devem estar presentes, pois é angustiante,
para os alunos, o aprendizado somente de normas, sem que para eles faça
sentido. É comum as perguntas ―Para que serve isso?‖ Não quer dizer, é claro,
como citado anteriormente, que as regras devem ser abolidas ou modificadas
de acordo com a escolha de seus usuários, a questão é saber como ensiná-las;
pois segundo orienta Antunes (2007, p. 72): ―Elas têm que ser funcionais, no
sentido de que assumem variações, por conta do que pretendem aqueles que
as usam.‖
Vemos, então, que a gramática é sim, parte de um ensino satisfatório,
mas que infelizmente, ainda não está sendo conduzida de acordo.
Para que realmente esse ensino possa ter sentido e colabore para um
melhor uso da língua materna, é necessário que consideremos alguns
aspectos, como:
- não há texto sem gramática e nem gramática sem texto;
- as atividades gramaticais devem considerar o que é fundamental na
linguagem, que é a interação;
- o aluno precisa relacionar teoria e uso de forma significativa;
- as atividades, necessariamente, devem conduzir o aluno à reflexão sobre os
fatos linguísticos;
- é imprescindível que o professor selecione nos livros didáticos atividades
práticas que vão ao encontro da língua enquanto comunicação e reflexão;
- compreender que existe uma gramática para cada situação;
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- saber diferenciar regras e nomenclaturas gramaticais;
- enfim, a gramática é apenas o apoio para que o leque de informações sobre a
língua possa ser apreendido.
Dessa forma, as atividades gramaticais têm que possibilitar ao aluno a
análise reflexiva a cerca da língua que falam e escrevem. Exercícios como
geralmente temos visto em livros didáticos de, por exemplo, ―pedir para que
leiam uma poesia e retirem desta os pronomes pessoais, os artigos, os verbos
e outros não constituem aprendizagem gramatical e muito menos compreensão
do texto. A poesia que é um texto rico, enquanto arte literária, perde todo o
encantamento por conta dessas comuns atividades gramaticais totalmente
descontextualizadas.
Outros exemplos de exercícios que parecem mecânicos e são usados
frequentemente são: ―defina o que é um sujeito, preencha as lacunas com
pronomes, complete com os verbos indicados entre parênteses, assinale a
alternativa em que os ditongos são abertos; substitua os nomes próprios
sublinhados no texto pelos pronomes pessoais (ele-ela, eles-elas) do quadro‖.
Nesses exercícios, a reflexão sobre a situação comunicativa não ocorre, pois
no exercício das lacunas, a língua tem lacunas? Quando completamos apenas
com os verbos indicados entre parênteses, deixamos de considerar as
diferentes situações de uso e passamos a considerar que existe somente uma
alternativa correta e outra errada. Assinalar a alternativa em que os ditongos
são abertos há que se entender a situação propriamente da fala, da pronúncia,
pois é um recurso que passa primeiro pelo aspecto oral para depois escrito. E
no exercício dos pronomes se o aluno seguir exatamente o que se pede,
substituindo todos os nomes próprios pelos pronomes pessoais (ele-ela, eles,
elas) como saber quem está falando no texto, quem fez determinada ação?
Ensinar gramática assim, não leva o aluno a pensar, leva a simples decoreba e
sistematização de ações enunciativas.
Então, é esse o perigo de se ensinar gramática sem a contextualização,
adaptação às situações sociocomunicativas a que a língua está sujeita, daí a
importância dos textos para o ensino gramatical, como a leitura de textos de
jornais, revistas, contos, lendas, histórias, gibis e outros, devem fazer parte da
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vivência dos alunos. É essa a liberdade que tanto se fala quanto ao ensino de
língua, o aluno precisa escolher, participar do processo de ensino-
aprendizagem, sentir-se parte dele e com isso ser capaz de compreender as
situações linguísticas, pois segundo Neves (2011. p. 26):
Uma gramática funcional faz, acima de tudo, a interpretação dos textos, que são considerados as unidades de uso – portanto, discursivo-interativas -, embora obviamente, se vá à interpretação dos elementos que compõe as estruturas da língua (tendo em vista suas funções dentro de todo o sistema lingüístico) e à interpretação do sistema (tendo em vista os componentes funcionais).
Portanto, o professor precisa refletir sobre o ensino gramatical para que
possa melhorá-lo em sala de aula. Assim, a unidade II complementará a
discussão aqui apresentada com alguns exercícios que exemplificam como
trabalhar a gramática reflexiva e funcional em sala de aula.
BIBLIOGRAFIA
ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática. Por um ensino de línguas sem pedras
no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
AZEREDO, José Carlos de (Org.). Língua Portuguesa em debate. Conhecimento e
ensino. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
NEVES, Maria Helena de Moura. Texto e gramática. São Paulo: Contexto, 2011.
NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola. Norma e uso
na Língua Portuguesa. São Paulo: Contexto, 2009.
TRAVAGLIA. Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de
gramática. 4 ed. São Paulo: Cortez, 1998.
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UNIDADE II
No Brasil, o mês de agosto é dedicado ao Folclore, cultura esta que
lembra das raízes, dos causos de família, das histórias dos avós, dos usos e
costumes dos antepassados, do medo das lendas de terror que a vizinha
contava. ―Ah, que saudades da minha infância querida‖, como dizia o saudoso
Casimiro de Abreu.
É essa memória que nós professores precisamos recuperar nas escolas,
para que os alunos conheçam e deem valor às riquezas culturais de um país
tão grande, para que um dia possam contar aos filhos o que ouviram sobre as
belezas desta terra brasileira.
As atividades desta unidade terão como tema o folclore; através dos
textos folclóricos, o professor encontrará sugestões de exercícios gramaticais
reflexivos.
ATIVIDADE I
- Para introduzir o tema sobre folclore, o professor passará um vídeo
informativo que explica o que é o folclore e como ele é passado de geração em
geração. O vídeo está disponível no site:
http://www.youtube.com/watch?v=35u4Va1tROk&feature=related
- Após, serão disponibilizados para leitura vários textos folclóricos, como:
parlendas, trava-línguas, contos populares (curtos), lendas brasileiras,
desafios, trovas e canções folclóricas, para que os alunos conheçam um pouco
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da riqueza do folclore. Então, o professor solicita que escolham o que mais
gostaram e colem em seu caderno.
DICAS
Textos folclóricos em:
- http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/218592
- http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/folclore.htm
- http://sitededicas.uol.com.br/cfolc.htm
- Livros :
Lendas Brasileiras de Luis da Camara Cascudo. Editora Global.
Folclore Nacional I – Festas, Bailados, Mitos e Lendas de Alceu
Maynard. Editora Martins
Mitos e lendas do folclore brasileiro de Marco Aurélio. Editora Ibrasa.
Lenda do Saci-pererê em Cordel – Coleção Mistura Brasileira. Editora
Paulus.
Lendas e mitos dos índios brasileiros de Waldemar de Andrade e Silva.
Editora FTD.
Lendas e fábulas do folclore brasileiro – volumes 1,2,3 de Walcyr
Carrasco. Editora Manole.
7 lendas e outras 70 sabedorias do folclore brasileiro de Zuleika de
Almeida. Editora Mundo Mirin.
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ATIVIDADE II
- Após a leitura das lendas, questionar se além dessas, os alunos conhecem
outras lendas e se já ouviram lendas paranaenses. Comentar o que eles
responderem, distribuir a lenda da Erva Mate e a partir dela, analisar aspectos
interpretativos e gramaticais.
Lenda da Erva-Mate
Conta-se que Deus, acompanhado por São José e São Pedro, em uma longa jornada, pediu pousada na casa de um índio, já velhinho e muito pobre, que tinha como único bem, uma jovem e linda filha...
A lenda (texto completo) está disponível no site: Lendas do Paraná -
http://www.topgyn.com.br/conso01/parana/conso01a04.php.
Compreendendo o texto
1. Você já tinha ouvido falar em lendas indígenas? Conhece alguma?
Qual?
2. As lendas surgiram da necessidade do homem registrar suas
aventuras, medos, conquistas, religião e sua cultura. No texto lido,
qual a finalidade desta lenda?
3. O texto lido é narrativo ou descritivo? Justifique, citando alguns
elementos do texto que o caracterizam como narrativo ou descritivo.
4. Qual foi a recompensa que o índio recebeu por sua acolhida?
5. O que o texto fala sobre a árvore de erva-mate?
6. Por que o trabalho nos ervais é cansativo?
7. O índio acolheu bem os seus visitantes. Você concorda que devemos
acolher bem as pessoas que chegam a nossas casas, mesmo que
não as conheçamos?
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ATIVIDADE III
Refletindo a gramática da língua
1- O texto lido apresenta uma linguagem formal ou informal? Como
você chegou a essa resposta?
2- Através da forma verbal ―Conta-se‖ que inicia o texto, podemos saber
quem fala no texto? Comente.
3- São empregados muitos adjetivos no texto. Cite alguns e comente o
que eles representam.
4- Como poderia ser reescrita a frase: ―O bom índio acolheu os
incógnitos visitantes com carinho e hospitalidade‖ deixando-a com o
mesmo sentido?
5- Como era a filha do índio? O que fez com que você soubesse como
ela era?
6- O que significa no texto a expressão ―Com carinho e hospitalidade‖?
Gramaticalmente, que nome recebe essa expressão?
7- Nas expressões: ―Querendo recompensá-lo, Deus disse ao ancião: -
Vou premiá-lo pela generosidade de sua acolhida...‖ a quem se
referem as formas pronominais? Com qual finalidade essas formas
pronominais foram usadas no texto?
8- Explique qual a diferença de sentido das frases a e b e em que
situações poderiam ser usadas?
a) Vou premiá-lo pela generosidade de sua acolhida, tornando imortal, sua
bela e inocente filha, a quem você quer tanto.
b) Irei premiá-lo pela generosidade de sua acolhida, tornando imortal, sua
bela e inocente filha, a quem você quer tanto.
9- Existem adjetivos que podem estar antes ou depois do substantivo a
que se referem, porém há outros que só poderão aparecer após o
substantivo. Nas expressões do texto: ―... uma jovem e linda filha‖ e ―
―...sua bela e inocente filha‖, a qual dos casos eles se aplicam?
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10- Nas frases a seguir, por que não é possível colocar o adjetivo antes
do substantivo?
a) Há muito nuvens no céu azul.
b) O garoto viajante visitou minha cidade nesta semana.
11- Na língua portuguesa, existem verbos que necessitam de
complemento e outros não. Por exemplo, na frase: O menino nasceu.
O verbo nascer tem sentido completo, já no texto o verbo ―pediu‖
precisou de uma palavra que o completasse, que desse sentido a
ele. Que palavra é essa?
ATIVIDADE IV
Riquezas do Paraná
- Conhecer a lenda da gralha azul é conhecer a história do Paraná. Para que
os alunos se apropriem dessa riqueza cultural, o professor contará a lenda e
entregará a letra da música ―Gralha azul‖, deixará que ouçam e depois cantem.
Lenda da Gralha Azul
Gralha azul é o nome dado a uma linda ave que motivou no Paraná, a tradição de plantadores de pinheiros, enterrando as sementes com a ponta mais fina para cima e devorando a cabeça, que seria a parte apodrecida...
A lenda está disponível no site:
http://www.sohistoria.com.br/lendasemitos/gralha/.
Música da Gralha Azul
Vem ver, vem conhecer minha cidade sorriso
Terra dos pinheirais.
Vem ver, as riquezas, as mil e uma belezas
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Um paraíso no Sul...
A música na íntegra está disponível no site: http://letras.terra.com.br/gralha-
azul/1674952/.
- Após, como intertextualidade, o professor disponibilizará aos alunos, a letra
da música Xote da Gralha Azul de Ivan Taborda, cantada por Leonel Rocha e
Campos com a participação especial de Sérgio Reis, enquanto assistem ao
clipe (disponível no site http://letras.terra.com.br/gralha-azul/1674952/). No
clipe, eles poderão, inclusive, ver imagens do pássaro e das paisagens lindas
da Região Sul.
- É importante que o professor pergunte se eles já conheciam a lenda da
Gralha Azul e as músicas ouvidas, lembrando de enfatizar que a música Xote
da Gralha Azul valoriza os três estados da Região Sul: Paraná, Santa Catarina
e Rio Grande do Sul e que o ―xote‖ representa uma das danças do Rio Grande
do Sul e que isso é folclore, por ser tradição e cultura.
Xote da Gralha Azul
Paraná que bicho é aquele que gritou lá no sertão
Paraná que bicho é aquele que gritou lá no sertão!
É a linda Gralha Azul na hora de plantar o pinhão
É a linda Gralha Azul na hora de plantar o pinhão!
Letra disponível no site: http://www.letras.com.br/rui-biriva/xote-do-parana.
Repórter por um dia
- Ao final da atividade, para conhecer mais sobre as lendas e causos
paranaenses, solicitar aos alunos que entrevistem seus pais, vizinhos, parentes
mais velhos e perguntem se eles conhecem alguma lenda ou causo da cidade
ou região que moram ou de outra cidade que moraram.
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- Registrar em uma folha e ilustrar, para que contem aos colegas na próxima
aula e organizem um ―Varal de lendas e causos da cidade‖.
ATIVIDADE V
- O professor inicia as apresentações das lendas e causos contando a lenda da
cidade de Clevelândia - ―A escrava‖ - que está registrado no livro Lendas e
Contos Populares do Paraná, na p. 112.
A escrava
Há muitos anos atrás, em uma fazenda do nosso município, um fato curioso aconteceu.
Certa manhã de inverno, Dona Maria esquentava-se na boca de seu fogão à lenha, quando
sua escrava começou a falar...
- Após os alunos contarem as suas lendas, o professor verificará os textos
estruturalmente e gramaticalmente (pois se necessário, pedirá ao aluno que
reestruture o texto), para que posteriormente possam organizar o varal das
lendas no saguão da escola.
Ampliando a gramática
A questão número 11 da reflexão gramatical já introduziu os estudos da
sintaxe. Para que o conteúdo torne-se agradável, que tal antes da teoria, ler o
capítulo XIX – Nos domínios da Sintaxe do livro ―Emília no país da gramática
de Monteiro Lobato (que pode ser trabalhado em vários conteúdos
gramaticais). É ótimo para que o aluno possa, através do contato com história,
entrar nos domínios da sintaxe de maneira mais lúdica, já que este é um dos
conteúdos gramaticais mais difíceis de serem assimilados. E ao final das
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atividades reflexivas, esse capítulo poderá até ser dramatizado pela turma,
bem como serem feitos jogos gramaticais sobre sintaxe com as personagens
do Sítio do Pica-pau Amarelo. Assim, o aluno aprende brincando e não mais
esquece.
Nos domínios da Sintaxe
O tráfego naquela cidade não era bem regulado. Nada de flechas indicativas das direções, nem ―grilos‖ poliglotas que guiassem os viajantes. De modo que os meninos ... (Livro – Emília no país da gramática)
BIBLIOGRAFIA
Cadernos Paraná da Gente n. 3. Lendas e contos populares do Paraná.
Curitiba. Secretaria do Estado da Cultura, 2005.
CASCUDO, Luís da Câmara. Lendas brasileiras. 9 ed. São Paulo: Global,
2003.
http://www.cidadao.pr.gov.br/arquivos/File/parana/livro_lendas.pdf.
http://letras.terra.com.br/gralha-azul/1674952/.
LOBATO, Monteiro. Emília no país da gramática. Circuito do Livro S. A. São
Paulo.
https://picasaweb.google.com/professoralikaa2/DIAADIADOPROFESSORVol11
LINGUAGEMORALEESCRITA#5240418848518903826.
http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/218592.
http://sitededicas.uol.com.br/cfolc.htm.
http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/folclore.htm.
http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/livros_mitos_lendas.htm.
http://www.topgyn.com.br/conso01/parana/conso01a04.php.
http://www.youtube.com/watch?v=35u4Va1tROk&feature=related.
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UNIDADE III
A EDUCAÇÃO LÚDICA E O PAPEL DO PROFESSOR
Os primeiros estudos sobre a importância dos jogos educativos
remontam da Antiguidade Clássica, exemplificando com o pensamento do
filósofo Aristóteles (apud KISHIMOTO, 1998, p. 15): ―... para a educação de
crianças pequenas, o uso de jogos que imitem atividades sérias, de ocupações
adultas, é uma forma de preparo para a vida futura‖.
Durante muito tempo, os jogos foram vistos por diversos povos como
uma forma de exercitar a força física e o espírito de competição. Demorou
séculos para que os jogos pudessem ser abordados como elementos
educativos. O interesse em unir o lúdico (jogos, brincadeiras) ao ensino, como
um reforço atrativo e facilitador da aprendizagem, só ocorreu durante o
Renascimento. A partir de então, estudiosos começaram a criar jogos e
brincadeiras com diferentes finalidades para o desenvolvimento escolar dos
alunos. No entanto, só no século XIX, surgiram técnicas lúdicas inovadoras
com abordagens direcionadas às várias disciplinas escolares, principalmente
brincadeiras para ampliar o vocabulário.
O que a escola precisa realmente é ver nas atividades lúdicas, ligadas a
cada disciplina, um instrumento valioso para as aulas, tornando-as atrativas e
incentivando os alunos a buscarem conhecimentos novos, ampliando o campo
de interesse pelas disciplinas.
O jogo estimula o aluno, desafia-o, convida-o a investigar, pensar e
refletir. Diante disso, é proporcionado um ambiente com liberdade de ação; o
aluno pode errar sem a preocupação de estar sendo avaliado pelos erros
cometidos, sem constrangimentos; à medida que brinca, aprende com
facilidade.
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Para ser lúdico, o jogo deve propiciar um conflito positivo, o qual não
constrange o aluno, mas favorece o seu aprendizado, ou seja, tem de levar à
dinamização e não à frustração.
É importante considerar que o jogo auxilia no processo escolar, uma vez
que ajuda a criança a se integrar no meio em que vive, conhecendo as regras e
costumes de seu grupo social, tornando-a participativa perante a comunidade.
Kishimoto (1998, p. 22), caracteriza a criança da seguinte forma:
[...] a criança que brinca livremente, passa por um processo
educativo espontâneo e aprende sem constrangimento de
adultos, em interação com seu ambiente.
Infelizmente, há certa barreira quanto à inclusão do lúdico nas escolas,
por parte de alguns professores, os quais reclamam que essas atividades
causam indisciplina, instigam a competição e não levam a nada. Com certeza,
se não há conhecimento dos meios e nem esforço em adaptar o lúdico às
disciplinas, é melhor não usá-lo, pois os jogos e brincadeiras devem ser usados
para melhor compreensão dos conteúdos e não para disputas entre alunos na
sala de aula, pois ao invés de ajudar no crescimento dos mesmos, pode servir
como humilhação para àqueles que têm mais dificuldades. Se o professor
conscientizar a turma sobre a real importância dessas atividades lúdicas,
levando-os a gostar do que estão fazendo e aprendendo com isso, aí sim elas
terão valor.
Para o professor de Língua Portuguesa, por exemplo, poderão ser
usadas cruzadinhas, caça palavras, quebra-cabeça, bingo de palavras,
dinâmicas e outras brincadeiras adaptadas a cada conteúdo estudado, que
podem provocar no aluno o desejo de buscar conhecimentos e desenvolver o
raciocínio lógico de maneira divertida e prazerosa, porém desde que a
disciplina seja mantida. Segundo Snyders (apud ALMEIDA, 2000, p. 60):
[...] não quer dizer que deve haver rigidez absoluta, insistência
no pavor, no medo, no sacrifício, muito menos no livresco, no
21
gratuito desprovido de qualquer significação, mas no equilíbrio
entre o esforço, a busca, a disciplina com prazer e satisfação.
Esses dados fizeram com que na década de noventa, todas as escolas
no Brasil discutissem o assunto. O importante não foram os posicionamentos
tomados, mas a possibilidade de debates, o desencadear de um ―repensar
pedagógico‖. Nessa esteira dos debates, a atividade lúdica obteve grande
importância como estratégia para a construção do conhecimento, considerando
que hoje, o homem da ciência e da técnica alegria de brincar e as imaginações
guiadas pelo impulso lúdico.
De acordo com Luckesi (2000, p. 96), o que caracteriza o jogo ―... é a
experiência de plenitude que ele possibilita a quem o vivencia em seus atos‖.
Por isso, é necessário, sempre que possível, inserir o lúdico nas atividades do
cotidiano das salas de aula, conferindo aos poucos e em momentos oportunos
um senso crítico às atividades e conteúdos, principalmente no campo da
gramática, que se encontra diretamente ligada à socialização do aluno.
Desse modo, a atividade lúdica proporcionada pelos jogos, deve ser o
desencadeador de todo o processo de aprendizagem. O jogo desenvolve a
imaginação e exige a tomada de iniciativas, desafiando a inteligência do aluno
para que ele encontre soluções para os problemas, construindo assim o
conhecimento de forma descontraída e criativa.
Considerando assim, a importância do lúdico na aprendizagem, é
relevante destacar o papel do professor, que deve intervir de forma adequada,
deixando que o aluno adquira conhecimentos e habilidades; sendo que
qualquer atividade realizada por ele, na escola, visa sempre a um resultado, e
uma ação dirigida e orientada para a busca de finalidades pedagógicas. É ele
que deverá criar espaços, disponibilizar materiais diferentes, participar
conjuntamente das atividades realizadas com seus alunos, mostrando assim
que não é o dono do saber, mas alguém que incentiva a construção do ensino-
aprendizagem e utiliza procedimentos democráticos que geram a inclusão do
saber com satisfação. Assim, um professor preparado, não se opõe à liberdade
do seu aluno, mas reforça a confiança do mesmo e incentiva a autonomia,
22
fazendo-o buscar conhecimentos por si, desenvolvendo as habilidades
desejadas.
Negrine (1994, p. 20) afirma em estudos realizados sobre aprendizagem
infantil, que ―... quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-
história, construída a partir de suas vivências, grande parte dela através da
atividade lúdica‖. Porém, essas atividades lúdicas na escola só terão valor,
quando o professor entendê-las como educação e contemplá-las como
princípio norteador das atividades didático-pedagógicas, possibilitando as
manifestações apresentadas pelos alunos para que encontrem significado nas
relações que ele mantém com o mundo.
Infelizmente, para muitos professores, as atividades lúdicas são disfarce,
apenas passatempo. Considerando essa posição, cabe ainda ressaltar, que o
grande desafio de vários autores e pedagogos que defendem essas atividades
é grande, há que se mudar a cabeça de autoridades, pais e professores de
forma a perceberem que a escola deve ter um projeto educativo que assuma a
ludoeducação como atividade educativa, utilizada para o enriquecimento da
aprendizagem de conceitos. Está aí então, a importância de se ter alunos
ativos, que cedo aprendam a descobrir, adotando uma atitude mais de iniciativa
do que de expectativa.
O jogo e a brincadeira estão presentes em todas as fases da vida dos
seres humanos. De alguma forma o lúdico acrescenta um ingrediente
indispensável entre as pessoas, possibilitando que a criatividade aflore. Brincar
é algo sério, sendo fundamental aliado no processo de construção de
conhecimentos e relação professor-aluno; mas isso só acontecerá se o
professor estiver consciente do seu papel como intermediador desse processo,
pois como afirma Luckesi (1994, p. 115):
O lúdico significa a construção criativa da vida enquanto ela é
vivida. É um fazer o caminho enquanto se caminha; nem se
espera que ele esteja pronto, nem se considera que ele ficou
pronto; neste caminho criativo foi feito (está sendo feito) com a
vida no seu ir e vir, no seu avançar e recuar. O lúdico é a vida
se construindo no seu movimento.
23
Nas unidades a seguir serão apresentadas algumas atividades lúdicas
que poderão ser usadas com diferentes conteúdos gramaticais, exemplificando
as considerações aqui abordadas.
Portanto, as aulas de Língua Portuguesa poderão se tornar uma
brincadeira inteligente, desde que a própria língua viva seja problematizada em
sala, aproveitando a ludicidade dos alunos com jogos gramaticais, cruzadinhas,
caça-palavras, adivinhas e outros; não esquecendo a teoria que embasa o
ensino, mas que nunca deve ter um fim em si, precisa ser reflexiva, pois para
os alunos compreenderem o que foi conceituado, nada melhor do que
exercícios contextualizados e práticos.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos
pedagógicos. São Paulo: Loyola, 2000.
CITELLI, Adilson. Outras técnicas de pesquisa na escola. São Paulo: Cortez,
2000.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo:
Pioneira, 1998.
__________________________ . (org.) O brincar e suas teorias. São Paulo:
Pioneira, 2000.
LUCKESI, Cipriano. In Tecnologia educacional. Rio de Janeiro: 1994.
________________. (org.) Ludopedagogia: ensaio 1. Salvador: UFBA/
MENDES, G. O desejo de conhecer e o conhecer do desejo: mitos de
quem ensina e de quem aprende. Porto alegre: Artes Médicas, 1994.
MONTIBELLER, Lílian. O jogo na educação infantil. São Paulo: UNICAMP,
1999.
24
MORAES, Rita. Brincadeira não tem hora. Istoé on-line. Disponível em:
htt://www.zaz.com.br/istoe/1731/comportamento. Acesso em: 26 julho 2003.
NEGRINI, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre:
Prodil, 1994.
REVISTA NOVA ESCOLA. São Paulo: Abril, out/1998.
SACED/ Programa de Pós-graduação em Educação. Vol. 1 – 2000.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. 2. ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1989.
25
UNIDADE IV
Nesta unidade, pretende-se proporcionar aos professores sugestões de
atividades lúdicas no que se refere à pontuação, sempre embasadas em leitura
e produção, de maneira a favorecer a reflexão sobre língua e linguagem,
tornando a aula de Língua Portuguesa mais prazerosa.
A seguir, serão apresentados exemplos de atividades para serem
desenvolvidos com a 5a e 6a série (5o ano e 6o ano), as quais poderão ser
adaptadas para as demais séries do Ensino Fundamental.
ATIVIDADE I
- Conversar com os alunos a importância dos sinais de pontuação para a
escrita de bons textos e também para a oralidade, pois existem quando
falamos, lemos ou escrevemos.
- Ler o poema da professora Maria Madalena ―Sinais de pontuação em
poemas‖, para introduzir o assunto sobre pontuação.
Sinais de pontuação em poemas
Vamos estudar agora,
Os sinais de pontuação.
Eles indicam as pausas,
O ritmo e a entonação...
Texto completo no site: Só poemas:
http://literaturamariamarlene.blogspot.com/2010/04/sinais-de-pontuacao-em-
poema.html
26
- Após a leitura, provocar um comentário oral a partir da pontuação usada nos
versos do poema e os efeitos que estas causam, por exemplo:
Qual o efeito de sentido que os dois pontos e as aspas sugerem na
segunda e terceira estrofes?
Qual a importância das vírgulas e do ponto e vírgula no exemplo da VI
estrofe?
- Após o comentário, solicitar à turma que o poema seja jogralizado, para que o
aluno possa colocar em prática as devidas pontuações e entonações de voz
que o texto sugere.
- Como tarefa, o professor organiza cinco grupos na sala e pede que os alunos
recortem de jornais algumas notícias, manchetes, provérbios, pensamentos,
piadas, adivinhas, cartuns e propagandas e tragam para a próxima aula.
Professor, neste momento, é interessante ter um jornal para explicar aos alunos a organização deste e a diferença entre notícia e reportagem, bem como o que é uma manchete.
ATIVIDADE II
- O professor verifica o que os alunos trouxeram dos recortes de jornal e
solicita que formem os grupos.
1 grupo = notícias e manchetes;
2 grupo= provérbios e pensamentos;
3 grupo= piadas e adivinhas;
4 grupo = cartuns e propagandas.
- Já com os grupos formados, o professor sugere que os alunos escolham de
dois a três textos para que leiam atentamente, observem a presença dos sinais
de pontuação e discutam a importância destes para o entendimento do texto.
Também solicita que verifiquem o porquê de uma vírgula ter sido usada em
determinado lugar e o que aconteceria se ocorresse a ausência dela em
27
determinadas frases, o uso de reticências, do ponto de exclamação, aspas e
outros sinais que estiverem presentes nos textos.
- É importante que os alunos conversem sobre o que observaram e anotem
num cartaz as reflexões, observando, é claro, os sinais de pontuação para
escrever.
- Para o grupo que irá trabalhar com as manchetes, é relevante que o professor
explique que existe a ―pontuação aberta‖ e a ―pontuação fechada‖, ou seja,
muitas vezes, a pontuação aberta é usada em, por exemplo, manchetes, títulos
da imprensa, na listagem de itens em textos jornalísticos, propagandas,
receitas, etc.
- Após o término do trabalho, cada grupo expõe aos colegas o resultado das
suas reflexões.
Professor, o objetivo desta atividade é refletir sobre a presença dos sinais de pontuação em
textos jornalísticos, observando a importância da pontuação nos discursos escritos e também
no discurso oral no momento da apresentação do trabalho dos alunos aos colegas. Aí é o
momento, de estudar a gramática também, explicando que não se usa vírgula entre sujeito e
predicado. Assim, estará trabalhando a gramática reflexiva, não se utilizando de regras, mas do
que a língua quer comunicar.
ATIVIDADE III
- Como proposta de trabalho, solicitar que os alunos, em casa, ouçam
conversas telefônicas de seus pais ou parentes, peçam-lhes permissão e as
registrem como ouviram e depois as reescrevam usando os devidos sinais de
pontuação e a forma culta da língua. Esta é uma atividade interessante para
que os alunos possam observar as diferenças marcantes da linguagem oral e
escrita.
- Se os alunos tiverem contato com MSN, pedir que transcrevam uma conversa
sua com um amigo e depois reescrevam na forma culta e com a pontuação
adequada. Com esta atividade, os alunos perceberão como é a linguagem da
internet, diferente da linguagem oral e escrita.
28
- Então, o professor marca o dia da entrega do trabalho.
Professor, ao devolver os trabalhos corrigidos, dedique um tempo para o comentário deles,
solicitando aos alunos que leiam o que fizeram aos colegas, para que observem as diferenças
entre a linguagem oral e escrita e a linguagem da internet, se houve algum trabalho sobre esta.
ATIVIDADE IV
- Distribuir aos alunos o poema ―Três belas‖, pedir que leiam silenciosamente,
reescrevam em seu caderno e pontuem de três maneiras diferentes, de forma
que o poeta esteja apaixonado por Soledade, por Lia, por Iria e ou indeciso
entre as três jovens. Lembrá-los que a pontuação deve conservar a estrutura
do poema.
TRÊS BELAS
Três belas que belas são
Querem que por minha fé
Eu diga qual delas é
Que adora o meu coração...
Texto disponível, na íntegra, no site:
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/558856.
ATIVIDADE V
- O professor sugere como término dos estudos, um teatrinho sobre pontuação,
para que depois de pronto seja apresentado aos alunos do 3o e 4o ano de duas
escolas municipais.
TEATRO DA PONTUAÇÃO
Duas frases sem pontuação
Coro do espanto
Dois pontos
Aspas...
29
- O teatro está disponível no site:
http://www.artesocial.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15
1:os-sinais-de-pontuacao&catid=18:pecas-de-teatro&Itemid=44
- O professor, então, inicia a leitura do teatro, ensina a música que é cantada
durante a apresentação, divide as personagens e pede que cada aluno
desenhe em casa, numa cartolina (do tamanho de uma folha de ofício, pois
será grudado na camiseta branca), o sinal de pontuação de sua personagem.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
SUGESTÃO 1
Quando o professor trabalhar com conto, sugere-se o conto: Sinais de
pontuação de João Anzanello Carrascoza, disponível na Revista Nova Escola -
Edição Nº 165 - Setembro de 2003.
SINAIS DE PONTUAÇÃO
Pontos de vista
Os sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português quando estourou a discussão...
O conto possibilita a análise textual e gramatical, bem como a
interpretação, os elementos da narrativa, a diferença entre conto tradicional e
conto moderno, além de ser ótimo texto para revisar os sinais de pontuação.
SUGESTÃO 2
- Sabemos que os sinais de pontuação podem alterar frases, textos,
provérbios, recados... Uma vírgula mal posta pode até condenar um inocente
ou libertar um culpado. Veja isso na atividade, em que um senhor muito rico,
30
quase morrendo, escreveu para quem deixava os seus bens; porém não
conseguiu terminar o testamento, faltando justamente a pontuação. Leia como
era o original, depois como seus quatro herdeiros pontuaram e descubra quem
eram esses herdeiros.
Original:
Deixo meus bens à minha irmã...
Atividade disponível no site:
WWW.ficharioonline.com/redacao/lei-pontuacao.htm.
- Utilizando-se da moral da história: ―A vida pode ser interpretada e vivida de
diversas maneiras. Nós é que fazemos sua pontuação. É isso que faz toda a
diferença‖, há também muitos recursos e questionamentos a serem explorados
para esta atividade, como por exemplo: o gênero textual que se apropria de
moral da história, a interpretação da moral, e ainda questões gramaticais.
SUGESTÃO 3
- Ainda para a 7a e 8a séries (6o e 7o ano), o professor poderá contar a história
toda – ―O Mistério da herança‖, o qual além de trabalhar a pontuação e
diferentes aspectos gramaticais, servirá como apoio para debates sobre
―valores‖ em geral, valores da sociedade atual e familiares, bem como seus
valores pessoais a partir da idéia da palavra ―Testamento‖ e dos diferentes
jeitos de pontuar, os quais revelam a ganância dos familiares do senhor.
O mistério da herança
Um homem rico estava muito mal, agonizando. Dono de uma grande fortuna, não teve tempo
de fazer seu testamento... Disponível no blog:
http://simplesmenteportugues.blogspot.com/2010/05/misterio-heranca-texto-
trabalhar.html
31
- Os alunos poderão fazer uma pesquisa sobre o que é um testamento, como
se faz, e até conseguirem autorização num cartório para xerocarem uma cópia
de um testamento.
- O professor poderá levá-los ao laboratório de informática para pesquisarem
textos que trabalhem a intertextualidade com o ―Mistério da herança‖,
Testamentos de pessoas famosas, testamentos engraçados ou poemas como
―Testamento‖ de Manuel Bandeira.
TESTAMENTO
O que não tenho e desejo
É melhor que me enriquece.
Tive uns dinheiros - perdi-os...
Texto completo disponível no site:
http://www.dejovu.com/mensagens/ver/?109/Testamento.
- Ainda, é possível, através da pontuação, trabalhar o texto argumentativo (e
toda a sua estrutura), organizando uma audiência, pois o professor poderá
escolher alguns alunos para serem os advogados do sobrinho, da irmã, do
alfaiate, dos pobres e o juiz.
Professor, esta atividade trabalhará a capacidade argumentativa, a linguagem oral e escrita.
SUGESTÃO 4
- O texto ―Questão de pontuação‖ de João Cabral de Melo Neto, poderá
suscitar várias atividades sobre pontuação para a 7a e 8a séries (6o e 7o ano),
encontrado no livro Agrestes, Rio de Janeiro, Nova Fronteira: 1985.
QUESTÃO DE PONTUAÇÃO
— – João Cabral de Melo Neto
Todo mundo aceita que ao homem
32
cabe pontuar a própria vida:
que viva em ponto de exclamação...
SUGESTÃO 5
- Para enfatizar a pontuação, o professor poderá também fazer uma aula de
leitura, trabalhando com histórias em quadrinhos, levando diferentes gibis para
a sala e ou pedindo que os alunos levem os gibis que costumam ler, como por
exemplo: Turma da Mônica, Mônica Adolescente, Chico Bento (bom para
trabalhar a variação linguística), Super heróis e outros que eles gostem.
- Através das histórias lidas, mostrar aos alunos as diferenças e
particularidades do uso dos sinais de pontuação que aparecem nas histórias
em quadrinhos.
- Também, distribuir uma história só com as cenas, sem as falas, e solicitar que
os alunos escrevam-nas, adequando-as corretamente aos sinais de pontuação.
- Ainda, o professor, após explicar a organização das histórias em quadrinhos,
a fala do narrador, os tipos de balões, como se desenham os quadrinhos e as
personagens, solicitar que produzam a sua história em quadrinhos.
PARA SABER MAIS ...
Dicas de sites e livros sobre histórias em quadrinhos:
Chico Bento vai ao Shopping:
http://gramaticaaopedaletra.blogspot.com/2008/05/6-ano-5-srie-texto-
chico-bento-vai-ao.html.
33
Como fazer uma história em quadrinhos: www.youtube.com/watch?v=zEi-
gV0Gwbo.
Fazendo histórias em quadrinhos:
http://apaixonadoporarte.blogspot.com/2010/07/fazendo-historoas-em-
quadrinhos.html.
Neto, João Cabral de Melo. Agrestes, Rio de Janeiro, Nova Fronteira: 1985.
O Mundo dos Quadrinhos = SOUZA, Cássia Garcia de.; CAVÉQUIA, Márcia
Paganini. Linguagem – Criação e Interação (7o ano). Saraiva. 6ª Ed. São
Paulo, 2009. Págs. 81 a 106.
Quadrinhos on line:
http://www.historiadigital.org/2011/01/como-fazer-historia-em-quadrinhos-
dicas.html.
Sugestão atividades com histórias em quadrinhos:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=3104.
BIBLIOGRAFIA
http://www.artesocial.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15
1:os-sinais-de-pontuacao&catid=18:pecas-de-teatro&Itemid=44.
http://www.brasilescola.com/redacao/pontuacao/htm.
http://www.dejovu.com/mensagens/ver/?109/Testamento.
WWW.ficharioonline.com/redacao/lei-pontuacao.htm.
http://literaturamariamarlene.blogspot.com/2010/04/sinais-de-pontuacao-em-
poema.html.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7676.
Neto, João Cabral de Melo. Agrestes, Rio de Janeiro, Nova Fronteira: 1985.
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/como-
ensinar-pontuacao-584452.shtml?page=1.
34
Revista Nova Escola - Edição nº 165 - Setembro de 2003.
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-
pedagogica/aprendendo-a-fazer-uso-da-pontuacao-426235.shtml.
http://simplesmenteportugues.blogspot.com/2010/05/misterio-heranca-texto-
trabalhar.html.
35
UNIDADE V
É imprescindível que o aluno conheça a ortografia de seu idioma e isso
só acontecerá efetivamente se ele tiver contato com muitas leituras e produção
de textos; só assim conhecerá como as palavras são escritas e acentuadas,
enriquecendo o vocabulário.
Nem sempre adianta só decorar regras; lendo, ocorre um processo
mental, cognitivo, quase que inconsciente e é isso que nós professores
precisamos oferecer aos nossos alunos, condições para enxergarem que falar,
ler e escrever, estão relacionados ao cotidiano, às práticas sociais, ou seja, à
comunicação em geral.
Serão oferecidas, nesta unidade, sugestões de atividades relacionadas à
ortografia e acentuação gráfica.
ATIVIDADE I
Hora da leitura
- Distribuir aos alunos, para que leiam, textos curtos e variados como contos,
lendas, histórias em quadrinhos, poemas, mini-contos e textos informativos,
encontrados em diferentes revistas como: Vida e Saúde, Boa forma, Super
Interessante, Nosso Amiguinho, jornais e livros, sugeridos a seguir:
36
Contos = Revista Nosso Amiguinho, De conto em conto (Coleção literatura em
minha casa – vol. 2).
Contos infantis = http://www.qdivertido.com.br/contos.php,
http://www.historiasinfantis.eu/.
Lendas = Livro: Lendas Brasileiras de Luis da Câmara Cascudo.
Fábulas= Fábulas de Esopo – tradução de Antonio Carlos Vianna.
Histórias em quadrinhos = http://www.monica.com.br/comics/seriadas.htm.
Poemas= Poesia sempre (Coleção literatura em minha casa – vol. 1).
- Propõe-se que os alunos, durante a primeira leitura, perguntem ao professor o
significado de palavras desconhecidas e, numa segunda leitura, observem as
palavras acentuadas e se desejarem poderão sublinhá-las.
- Após a leitura, dois ou três alunos contarão oralmente a história lida e se for
uma narrativa, solicitar que contem como se fossem uma das personagens da
história, pois esta atividade desenvolve, além da oralidade, a imaginação e a
criatividade (numa próxima aula de leitura, os alunos que não contaram,
poderão contar e assim sucessivamente para que todos tenham oportunidade
de realizar a atividade).
- Então, o professor perguntará se eles lembram das novas regras de
acentuação, entrega-lhes um lembrete com as regras e pede que verifiquem
em seu texto se as palavras estão acentuadas adequadamente.
ATIVIDADE II
- Os alunos irão para o laboratório de informática para que acessem o site:
http://fmu.br/game/home.asp e pratiquem as novas regras ortográficas, jogando
o game da nova reforma.
37
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Trabalhando ortografia através de músicas
- Sugestão de atividades sobre dificuldades ortográficas para a 5a e 6a séries,
como por exemplo: g e j; x e ch; r e RR; s e z; m e n e outras dificuldades
encontradas nas músicas. Disponível no blog de Ceci Alcâncara – Criando e
recriando educação:
http://espaocriandoerecriandoeducacao.blogspot.com/2009/05/atividades-de-
ortografia-com-musicas.html.
BIBLIOGRAFIA
CASCUDO, Luís da Câmara. Lendas brasileiras. 9 ed. São Paulo: Global,
2003.
De conto em conto: antologia de contos. São Paulo: Ática, 2001.
http://espaocriandoerecriandoeducacao.blogspot.com/2009/05/atividades-de-
ortografia-com-musicas.html.
Fábulas de Esopo – tradução de Antonio Carlos Vianna, Porto Alegre: L&PM,
1997.
http://www.historiasinfantis.eu/.
Gonçalves Dias... [et al]; organização Maria Amélia Mello. Rio de Janeiro: J.
Olympio, 2003.
http://www.monica.com.br/comics/seriadas.htm.
http://www.qdivertido.com.br/contos.php.
38
UNIDADE VI
Nesta unidade serão estudados rótulos das embalagens, pois é um
gênero textual informativo que proporciona aos alunos a aprendizagem de
aspectos composicionais textuais, linguísticos, gramaticais e discursivos das
embalagens, além de, a critério do professor, ser um trabalho interdisciplinar
com as disciplinas de matemática (gráficos dos alimentos mais consumidos
pelos alunos da turma ou pelas famílias, preço, peso e volume, espaço e forma
da embalagem), ciências (alimentação saudável) e artes (aspectos
iconográficos).
ATIVIDADE I
- O professor solicita que os alunos tragam para a sala de aula diferentes
rótulos de alimentos consumidos no cotidiano, para que, através destes, possa
trabalhar a leitura do rótulo, discutindo primeiramente:
Que texto aparece no rótulo? Onde aparece? O que revela e para que
serve?
O que mais chamou sua atenção no texto do rótulo?
Você sabe a diferença entre a marca e o nome do produto?
O que é um código de barra e qual a sua funcionalidade?
Quais produtos são supérfluos e quais os indispensáveis para a nossa
vida?
39
Quando você compra um produto, observa a data de fabricação e de
validade? Qual a importância desse cuidado para a nossa saúde?
- Depois dos questionamentos orais ou escritos (como o professor preferir),
deverão ser analisados os aspectos gramaticais através da observação da
ortografia, do léxico das palavras que compõe os rótulos, da análise linguística
que compõe a estrutura das palavras que vai desde o número de sílabas à
relação entre som e grafia, pois ambos precisam ser atrativos (questões a
critério do professor).
- Os rótulos poderão ser colados numa cartolina para que fiquem expostos na
sala de aula.
ATIVIDADE II
- Para destacar a função social da escrita e para enriquecer os comentários, o
professor poderá passar na TV pendrive, vídeos curtos para melhor
compreensão dos rótulos. Alguns estão sugeridos a seguir:
―Entendendo o rótulo dos alimentos‖, disponível no
http://www.youtube.com/watch?v=IM9u4rl1gBY&feature=related. Vídeo
excelente do ―Programa mais vida‖, pois além de ensinar a ler a
composição textual de um rótulo, a nutricionista Valéria da Cruz
Chiarinelli explica o que deve ser observado para que se tenha uma
alimentação saudável.
―Saiba como identificar os rótulos dos produtos industrializados‖,
disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=ehKwspeKzTI&feature=related.
Este vídeo, do Jornal Brasil TV da Rede Globo, mostra como fazer para
identificar as palavras que estão escritas nos rótulos, por exemplo, como
40
fazer para saber quais alimentos são vilões para a saúde. Os alunos que
têm pais diabéticos ou hipertensos conhecerão o que os pais podem ou não
comer e com isso poderão auxiliá-los a ter uma vida mais saudável.
- Então, é importante solicitar que os alunos criem produtos com os seus
respectivos rótulos e depois os apresentem à turma. No momento da produção,
o professor precisa destacar que os aspectos do rótulo são relevantes,
explicando que as cores, o formato e tamanho da letra e as imagens valem
muito na hora da compra do produto.
ATIVIDADE III
- Dividir a turma em dois grupos ou quatro, dependendo do número de alunos,
e pedir que montem um jogo da memória usando rótulos. Um grupo escreve
uma característica do produto e outro o nome do produto. Se forem quatro
grupos, poderão ser feitos dois jogos, o outro com o nome do produto e a
marca.
- Como término das atividades sobre rótulos, os alunos poderão jogar.
Sugestão:
O professor poderá aproveitar o trabalho de produção dos rótulos, para
explicar ―propaganda‖, por exemplo, a propaganda de um alimento saudável
baseado na compreensão do rótulo.
BIBLIOGRAFIA
http://www.youtube.com/watch?v=IM9u4rl1gBY&feature=related.
41
http://www.youtube.com/watch?v=ehKwspeKzTI&feature=related.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7324.
http://www.smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-
cenap/publicacoes/caderno%20de%20apoio%20a%20pratica%20pedagogica%
20rotulos%20e%20embalagens%20e%20receitas%20Culinarias.pdf.
42
UNIDADE VII
Esta unidade dará sugestões de exercícios lúdicos que poderão ser
aproveitados em diferentes conteúdos gramaticais. São cruzadinhas, caça-
palavras, sugestão de jogos, dominós... que poderão auxiliar o professor e seu
trabalho com a gramática, deixando-a mais leve e divertida para ser ensinada e
aprendida.
Porém, com certeza, esses exercícios, não dispensam a explicação e o
auxílio do professor, o que eles sugerem é que não haja necessidade de tantas
regras decoradas sem fazer sentido, pois brincando também se aprende!
BINGO GRAMATICAL
- Essa atividade pode ser realizada com vários conteúdos gramaticais, como
por exemplo, com ―análise sintática‖. O professor organiza as questões com
provérbios, anedotinhas e pensamentos, com o máximo de duas linhas (para
que não sejam frases soltas), através das quais poderá escrever na cartela o
sujeito de um provérbio, o objeto direto do pensamento, o adjunto adnominal,
etc. Também com acentuação e pontuação; na acentuação, listar algumas
palavras e perguntar qual delas é a proparoxítona (ele terá que procurar em
sua cartela qual é a palavra proparoxítona); na pontuação, disponibilizar um
pensamento sem o sinal de pontuação e perguntar qual está faltando (ele terá
que procurar na cartela o nome do sinal de pontuação) ou ainda com adivinhas
que terá que procurar a resposta em sua cartela.
43
- O professor organiza previamente as cartelas com o conteúdo desejado. É
interessante que para essa atividade, o professor tenha um ou dois alunos
monitores (dependendo do número de alunos da sala), para que estes o
auxiliem quando alguém disser que ―bateu!‖, pois a (s) cartela (s) vencedora
(s), tem que ser conferida (s), pois se as respostas não estiverem corretas, o
bingo continua.
Sugestão
É viável que as questões sejam disponibilizadas na TV pendrive, para
que os alunos possam visualizar, pois precisarão pensar para responder,
principalmente se as questões forem gramaticais e somente com conteúdos
que o aluno já aprendeu. É um jogo interessante, mas tem que ser muito
organizado para não dar tumulto e não pode ter muitas questões, devido ao
tempo, pois caso contrário, o aluno perderá o interesse.
A RODA DA NOTÍCIA
- Solicitar aos alunos que recortem de jornais ou revistas uma notícia que lhes
chamou atenção ou transcrevam uma notícia que ouviram no rádio ou na TV
para que organizem na aula seguinte ―a roda da notícia‖, contando aos colegas
a notícia que trouxeram (incentivá-los a não ler, contar; tê-la em mãos se tiver
foto para mostrar).
- Os alunos poderão escolher a que acharam mais interessante para
produzirem um texto sobre ela (o gênero fica a critério do professor).
- A gramática deverá ser trabalhada no momento da produção, o professor
auxilia os alunos com relação à concordância, ortografia, acentuação e demais
44
dúvidas. Também no momento da reestruturação textual, se esta for
necessária.
CRUZADINHA
Vamos usar o dicionário e encontrar na cruzadinha a seguir, os
sinônimos, ou seja, as palavras mais adequadas ao significado das palavras
destacadas nos provérbios populares.
1- ―Quem a si próprio elogia, não merece crédito‖.
2- ―A nossa felicidade depende da índole de nossos pensamentos‖.
3- ―Não confie na sorte. O triunfo nasce da luta‖.
4- ―Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe‖.
5- ―Depois da tormenta, vem a bonança‖.
6- ―Papagaio come milho, periquito leva fama‖.
7- ―De grão em grão, a galinha enche o papo‖.
8- ―Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada,
a palavra pronunciada e a oportunidade perdida‖.
9- ―A cultura é a única riqueza que os tiranos não podem
confiscar‖.
10- ―Quem desdenha, quer comprar‖.
Professor, nesta atividade é importante que se reflita sobre a adequação ou
inadequação dos sinônimos (já que não há igualdade total, ou seja, sinônimos
perfeitos) ao que o provérbio quer comunicar. Questioná-los se o sinônimo que
está na cruzadinha combina com o sentido do provérbio ou não; se perceberem
45
que algum dos significados não é adequado, procurar no dicionário e escrever ao
lado do provérbio aquele que for mais coerente ao contexto.
1 3
4 5
6
2
8
10
7
9
CAÇA-PALAVRAS
Localize, no caça-palavras abaixo, os adjetivos pátrios correspondentes
aos seguintes Estados:
1- Paraná =
2- Goiás =
3- Rio de Janeiro =
4- Ceará =
5- Acre =
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6- Santa Catarina =
7- Minas Gerais =
8- São Paulo =
9- Rio Grande do Sul =
10- Rio Grande do Norte =
Professor, com esta atividade do caça-palavras, pode-se enfatizar o uso das letras maiúsculas
e minúsculas, já que nos nomes dos Estados, usa-se a letra maiúscula, já nos adjetivos pátrios
usa-se a minúscula.
Z P A R A N A E N S E R Z F Z
A A D Z C X V B M E R T A L T
D U F A R B M E R T B R D U G
T L G D E X V B M E R T T M J
G I H T A B B M E R T Z G I U
H S J G N M I N E I R O H N Y
K T K H O L D E R X Z A K E T
L A O K L D E R C A E R L N R
P Z U L X V B M E R T H Y S E
O C A T A R I N E N S E Z E D
T X V B M E R T D X B G Q V Z
I E U G O I A N O Z S A W U Q
G S I A G X V B M E R U U I W
U J J C E A R E N S E C J J T
A X V B M E R T J Z B H G V G
R D E R W Q U I O L P O R Y F
BIBLIOGRAFIA
http://frasesproverbios.com/provérbios-folcloricos.php.
http://frasesproverbios.com/proverbios-populares.php.
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http://neusamariabento.blogspot.com/2011/07/projeto-rotulos.html.
http://paginas.terra.com.br/educacao/calculu/Diversao/jardineiro.htm.
http://www.smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-
cenap/publicacoes/caderno%20de%20apoio%20a%20pratica%20pedagogica%20rotulos
%20e%20embalagens%20e%20receitas%20Culinarias.pdf.
http://www.tonomundo.org.br/berlindabracadabra/jsp/jogos.jsp#jogo9.
48
PROPOSTAS DE AVALIAÇÃO
Atualmente, no âmbito escolar, muito se tem discutido sobre a
―Avaliação‖, suas concepções e significados; mesmo assim, ainda há um
distanciamento forte entre a teoria e a prática escolar.
A avaliação, no processo ensino-aprendizagem, não começa nem
termina na sala de aula, envolve o planejamento e o desenvolvimento do
processo de ensino.
Neste contexto, a avaliação das atividades deste Caderno pedagógico
ocorrerão desde programação de implementação em sala de aula à
aprendizagem produzida pelos alunos.
As atividades aplicadas serão avaliadas, ou seja, valorizadas, com
base em aspectos qualitativos (desempenho em sala de aula) e diagnósticos,
ou seja, percebida como instrumento dialético da identificação de novas
estratégias de ensino.
No decorrer da implementação, serão analisados alguns critérios com
relação à aprendizagem dos alunos:
Compreensão de textos orais e escritos a partir do gênero
apresentado;
Escrita de textos, adequando-os à língua culta, priorizando
paragrafação, coerência, coesão, pontuação, criatividade,
contexto; sempre considerando o texto como processo de
produção e não produto final;
Reestruturação dos próprios textos com o objetivo de
aperfeiçoá-los;
Participação do aluno nos debates, relatos e apresentação das
atividades;
Clareza na exposição das idéias e fluência da fala;
Posicionamento crítico com relação a textos jornalísticos,
formalidade e informalidade da língua;
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Identificação dos efeitos de sentido dos textos (orais, escritos,
imagens, infográficos).
Assim, o processo gramatical acontecerá sob uma prática reflexiva e
contextualizada, possibilitando que o aluno aprenda a gramática a partir de
atividades textuais de oralidade, leitura e escrita.
Portanto, a avaliação assume um caráter formativo, pois segundo as
Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa (2009) a avaliação formativa
enfatiza que os alunos aprendem de maneira diferente, e que sendo contínua e
diagnóstica, possibilita que a partir das dificuldades o processo de intervenção
possa ocorrer continuamente, contribuindo significativamente para que os
alunos participem e aprendam.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAPPINI, L. (coord. Geral) e GERALDI, J. W. (coord.). Aprender e ensinar
com textos dos alunos. São Paulo: Cortez, 1997.
COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo: Martins
Fontes, 1991.
GERALDI, João W. O professor como leitor do texto do aluno. IN:
MARTINS, Maria Helena (org.) Questões de linguagem. 5 ed. São Paulo:
Contexto, 1996. (Coleção Repensando o Ensino), p. 47-53.
ILARI, Rodolfo. Introdução ao estudo do léxico – brincando com as palavras.
São Paulo: Contexto, 2002
PERINI, Mário A. Gramática descritiva do português. São Paulo: Ática, 1996.
SEED – PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa. Curitiba:
2008.
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ANEXOS
GABARITOS
UNIDADE II
ATIVIDADE II- página 10.
Compreendendo o texto
1- Pessoal.
2- Tem por objetivo mostrar ao leitor, por meio da lenda, como surgiu a
árvore de erva-mate, da qual se extraem as folhas para produção da
erva usada para o chimarrão, cultura esta presentes nos estados do
Sul do Brasil.
3- O texto é narrativo. A primeira linha já marca a presença da narrativa
por meio do verbo: ―Conta-se que Deus...‖.
4- A imortalidade de sua bela filha.
5- Que era uma árvore que até então não existia e que por mais que a
cortassem, suas folhas voltariam a brotar e florir e cada vez mais
forte.
6- Pessoal ou sugere-se que estes pesquisem como é o trabalho nos
ervais.
7- Pessoal.
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ATIVIDADE III
Refletindo a gramática da língua
1- Formal. Deixar o aluno escrever como chegou a essa resposta,
exemplificando com palavras ou trechos do texto.
2- É preciso que o professor comente previamente, relembrando os tipos de
narrador de um texto e também o que caracteriza uma narrativa objetiva e uma
narrativa subjetiva. Por meio do verbo conta-se (é importante que o professor
lembre que a palavra ―se‖ impessoaliza o verbo que acompanha), percebe-se
que o texto é uma narrativa objetiva (impessoal) e quem fala é o narrador
observador.
3- Velhinho e pobre, jovem, linda, bom, etc. No texto, os adjetivos permitem a
visualização, ou seja, a caracterização de como são as personagens, tanto
fisicamente ―velhinho‖ e ―jovem‖, como psicologicamente ―bom‖, ―inocente‖.
4- Há várias sugestões de reescrita, utilizando sinônimos e até alterado a
ordem de alguns termos da frase. O que não pode ser alterado é o sentido
desta. Ex: O bondoso indígena recebeu os desconhecidos visitantes com
afeição e hospitalidade. O professor precisa lembrar aos alunos que não
existem sinônimos perfeitos, há sim, adequação das palavras à situação
comunicativa, dada pelo momento da fala, pelos interlocutores e pela
formalidade ou informalidade da língua.
5- A filha do índio era jovem, inocente e bela. Os adjetivos empregados no
texto é que permitem conhecê-la melhor.
6- Significa o modo, a maneira como os visitantes foram acolhidos na casa do
índio (se os alunos já aprenderam adjuntos adverbiais, o professor poderá dizer
que se trata, então, de um adjunto adverbial de modo).
7- As formas pronominais lo referem-se à palavra ancião. Foram usadas no
texto para evitar repetições. É importante que o professor explique que existem
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pronomes pessoais retos ou oblíquos (como é caso do pronome ―lo‖) que
substituem nomes, mas que nem sempre essa substituição é viável; é preciso
atenção para não prejudicar o sentido do texto e para que se consiga saber
exatamente a quem o pronome oblíquo está se referindo.
8- Nessa atividade, o professor pode conversar com o aluno sobre a diferença
verbal das frases a e b, explicando que na ocorrência a – o verbo ―vou‖ indica
um fato, ação habitual que ocorre sequenciamente ao momento da fala,
enquanto na ocorrência b – o verbo ―irei‖ indica um fato que poderá ocorrer no
futuro. A frase a marca a realidade do fato expresso, já na b, o que ocorre é
uma promessa futura que, se considerarmos o conceito do tempo verbal –
presente do indicativo, este indica um fato futuro que realmente ocorrerá;
porém dependendo do contexto textual, esse ―irei‖ poderá ficar somente na
promessa. No texto lido o verbo usado foi o ―vou‖, como é uma lenda, o fato
ocorreu no momento da fala entre Deus e o velho índio.
9- Nessas frases do texto, o adjetivo está anteposto ao substantivo, mas
poderia estar posposto que o sentido seria o mesmo, pois a função destes é
apenas de descrever, de caracterizar a personagem (filha).
10- Não é possível colocar o adjetivo antes do substantivo, pois caso isso
ocorra alteram-se os sentidos das frases e a classe gramatical das palavras. O
adjetivo ―azul‖ da frase a e o adjetivo ―viajante‖ da frase b, tornar-se-ão
substantivos e os substantivos ―céu‖ da frase a e ―garoto‖ da frase b,
transformar-se-ão em adjetivos. Isso explica que o trabalho com adjetivo deve
ser preciso, para não alterar o recado que o texto quer transmitir. É preciso o
professor refletir com o aluno em que situações poderia usar uma ou outra
frase.
Professor são inúmeras as possibilidades de atividades a respeito do uso do adjetivo, locuções
adjetivas, orações adjetivas, adjunto adnominal, comparações, efeitos de sentido, graus dos
adjetivos, adjetivos sinônimos, adjetivos antônimos, adjetivos usados como advérbios, adjetivos
estilísticos, etc. É relevante que em cada série (ano), o professor explique gradativamente as
funções que o adjetivo poderá ter, mas sempre levando o aluno a refletir sobre as construções
de sentido que o adjetivo pode assumir dependendo do contexto ao qual se refere.
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11- A palavra é ―pousada‖. Exemplificar para os alunos outros verbos que
precisam complemento para que deem sentido ao texto, mostrando que a falta
dos complementos verbais poderá prejudicar a coerência textual.
ANALISANDO AS ATIVIDADES DE GRAMÁTICA REFLEXIVA
Essas atividades de gramática reflexiva têm por objetivo demonstrar,
principalmente, os efeitos de sentido que podem provocar na interlocução. A
relação paradigmática será primordial para essas atividades, pois o que se
pretende é proporcionar alternativas, por meio das quais o aluno poderá
perceber o recurso linguísticos mais adequados para uma ou outra situação
comunicativa, no caso do texto qual recurso se apropria melhor para a
coerência textual.
Assim, o professor poderá explorar o texto sempre pensando nos efeitos
de sentido que determinados recursos poderão provocar. Isso auxiliará os
alunos no momento de sua produção textual, pois perceberão que a gramática
os favorecerá para que possam escolher com propriedade recursos linguísticos
textuais e entender o porquê a coerência exige um recurso e não o outro.
UNIDADE IV
- ATIVIDADE IV – página 24.
SUGESTÕES DA PONTUAÇÃO :
Apaixonado por Soledade
Três belas que belas são
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Querem que por minha fé
Eu diga qual delas é
Que adora o meu coração
Se consultar a razão,
Digo que amo Soledade.
Não Lia cuja bondade
Ser humano não teria.
Não aspiro a mão de Iria
Que não tem pouca beldade.
Apaixonado por Lia
Três belas que belas são
Querem que por minha fé
Eu diga qual delas é
Que adora o meu coração
Se consultar a razão
Digo que amo Soledade?
Não. Lia cuja bondade
Ser humano não teria.
Não aspiro a mão de Iria
Que não tem pouca beldade.
Apaixonado por Iria
Três belas que belas são
56
Querem que por minha fé
Eu diga qual delas é
Que adora o meu coração
Se consultar a razão
Digo que amo Soledade?
Não. Lia cuja bondade
Ser humano não teria?
Não! Aspiro a mão de Iria
Que não tem pouca beldade.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
SUGESTÃO 2 - página 25.
Original:
Deixo meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a conta
do alfaiate nada aos pobres.
Agora descubra quem são os seus beneficiários:
1- ―Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho. Jamais será paga
a conta do alfaiate. Nada aos pobres‖. Sobrinho
2- ―Deixo meus bens à minha irmã. Não ao meu sobrinho. Jamais será paga a
conta do alfaiate. Nada aos pobres‖. Irmã
3- ―Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será paga
a conta do alfaiate. Nada aos pobres‖. Alfaiate
4- ―Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será paga
a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres‖. Aos pobres.
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UNIDADE VI
- ATIVIDADE I – páginas 37,38.
DISCUSSÃO:
- As respostas das questões dependerão dos rótulos que os alunos
trouxerem. O professor precisa encaminhar a atividade para que o aluno
responda de acordo com o (s) rótulo (s) que trouxe.
UNIDADE VII
- CRUZADINHA – página 44.
1 3
C V 4 5
O I P C 6
2 N A T U R E Z A R
F O R L E
I R M M N
A I A A O 8
N A N M F
Ç 10 D E S P R E Z A
A Ç L
7 M O E L A A
D
9 I N T E R D I T A R
58
- CAÇA-PALAVRAS - página 45.
1- Paraná = paranaense
2- Goiás = goiano
3- Rio de Janeiro = fluminense
4- Ceará = cearense
5- Acre = acreano
6- Santa Catarina = catarinense
7- Minas Gerais = mineiro
8- São Paulo = paulista
9- Rio Grande do Sul = gaúcho
10- Rio Grande do Norte = potiguar
Z P A R A N A E N S E R Z F Z
A A D Z C X V B M E R T A L T
D U F A R B M E R T B R D U G
T L G D E X V B M E R T T M J
G I H T A B B M E R T Z G I U
H S J G N M I N E I R O H N Y
K T K H O L D E R X Z A K E T
L A O K L D E R C A E R L N R
P Z U L X V B M E R T H Y S E
O C A T A R I N E N S E Z E D
T X V B M E R T D X B G Q V Z
I E U G O I A N O Z S A W U Q
G S I A G X V B M E R U U I W
U J J C E A R E N S E C J J T
A X V B M E R T J Z B H G V G
R D E R W Q U I O L P O R Y F