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PRODUÇÃO E BIOMETRIA DE
PALMITO DE PUPUNHEIRAS
SUBMETIDAS A DIFERENTES
DENSIDADES E TIPOS DE
ADUBAÇÃO, NO PRIMEIRO ANO DE
COLHEITA, NA AMAZONIA CENTRAL.
Raimundo Cajueiro Leandro(1); Kaoru Yuyama(2); Elaine Cristian de Sousa Coelho (3) (1)Doutorando em Botânica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA, e-
mail: [email protected]; (2)Pesquisador do INPA/CPCA, (3)Bolsista PCI do INPA/CPCA
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A pupunheira apresenta grande vantagem na
produção de palmito, em relação às palmeiras nativas;
Precocidade, rusticidade e perfilhamento;
Na Amazônia, inúmeros trabalhos foram
desenvolvidos com finalidade de produzir palmito;
Outro fator relevante para o cultivo de pupunheira
para palmito é a densidade de plantio;
Bovi, 1998; Chaimsohn, 2000; Flores & Yuyama, 2007
Introdução
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Introdução
A alta densidade tende diminuir o diâmetro do
palmito;
Entretanto, Bezerra e Yuyama (2006) afirmam que a
redução no diâmetro do palmito, em razão da alta
densidade, não significa necessariamente menor
rendimento por hectare;
Yuyama et al. (2005) mostraram que a maior
densidade de plantas produz maior número de palmito
e estipe tenro, por hectare, na Amazônia.
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Visando o aproveitamento de resíduos orgânicos
gerados na agricultura, a produção agrícola
sustentável e a diminuição de custos na agricultura
regional, este trabalho teve o objetivo de avaliar a
produção, o comprimento e o diâmetro de palmito
de pupunheiras, submetidas a diferentes
espaçamentos e formas de adubação mineral e
orgânica, na Amazônia Central.
Objetivo
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Material e Métodos
Presidente Figueiredo/AM – (Latitude: 1º 96’ 04” S e
Longitude: 60º 14’ 37” W);
Clima é do tipo Ami, caracterizado por período
chuvoso, úmido e quente, com maior incidência de
chuvas de dezembro a maio e temperatura variando
entre, máxima de 38 ºC e a mínima de 20 ºC;
O ensaio foi instalado em área de latossolo amarelo.
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Delineamento – blocos casualizados com três
repetições e esquema fatorial 2x5;
Fatores
Espaçamentos: E1 (1x1 m) e E2 (1x0,5 m);
Adubação: A1, considerada testemunha, Mineral (M),
A2 (M+Esterco (E)),
A3 (Torta de Filtro (T)),
A4 (Composto de bagaço de cana, cinza e resíduos
de guaraná (C)) e
A5 (M+C).
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Mineral foi baseada na fórmula 225-90-180 kg ha-
1ano-1 (N-P2O5-K2O);
Orgânica (O), composta por uma pá de esterco de
galinha (E);
Torta de filtro (T), duas pás;
Composto (C), duas pás .
Adubação – dosagem
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Resultados e Discussão
A extração
de palmito
iniciou
quando as
plantas
atingiram a
altura de 1,5
m (Clement &
Bovi, 2000) .
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Resultados e Discussão
Palmito
A produção foi mais elevada nos tratamentos A2 (mineral +
esterco), A5 (mineral + composto) e A1 (mineral), nas quais não
ocorreu diferença significativa, com 4.404, 2.570 e 2.559
palmitos, respectivamente.
Analisando adubação orgânica e mineral para produção de
palmito da pupunheira na Amazônia, em espaçamento de 2 x 1
m, Flores e Yuyama (2007), também verificaram que os
tratamentos com adubação organomineral proporcionaram o
maior rendimento de palmito.
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Resultados e Discussão
Em relação ao espaçamento, houve diferença significativa,
sendo mais produtivo o tratamento E1, com densidade de
20.000 plantas.ha-1 (Tabela 1).
Também na Amazônia, Bezerra e Yuyama (2006),
comprovaram que o espaçamento 1 x 0,5 m produziu maior
número de palmitos por hectare, diferindo estatisticamente, ao
nível de 5% de probabilidade, de outros espaçamentos
analisados.
Palmito
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Resultados e Discussão
Estipe tenro
A densidade com maior número de estipes tenros
produzidos foi a de 20.000 plantas por hectare (1 x 0,5 m),
diferindo da densidade de 10.000 plantas (1 x 1 m).
Nesse sentido, Bezerra e Yuyama (2006), comentam que
os plantios com alta densidade de plantas, produzem maior
número de estipes por hectare e, consequentemente, maior
produção de palmito e estipe tenro.
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Resultados e Discussão
Estipe tenro
O estipe tenro apresentou diferença significativa nos tipos de
adubação, com maior valor no tratamento A2 (4.946 estipes
colhidos), diferindo de A1, A4 e A3, mas não sendo diferente de
A5, que mostrou o segundo maior valor em estipes tenros
(Tabela 1).
De maneira semelhante, Flores e Yuyama (2007),
pesquisando adubação orgânica e mineral na Amazônia Central,
concluíram que a adubação com esterco proporcionou maior
rendimento de palmito e estipe tenro.
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Resultados e Discussão
O palmito total consiste na soma do estipe tenro e palmito,
produzidos na planta principal, no primeiro ano de coleta
(Tabela 1).
No fator adubação, esse valor proporcionou diferença
estatística entre o maior número de palmito total, no tratamento
A2 (9.351 Kg.ha-1) e os três últimos valores (A1, A4 e A3),
porém, não diferiu de A5 (5.481 Kg.ha-1), que promoveu o
segundo maior número de palmito total.
Palmito total
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Palmito total
Entre os espaçamentos testados, o que promoveu maior
número de palmito total foi 1 x 0,5 m (7.401 Kg.ha-1), com
diferença significativa para 1 x 1 m (4.164 Kg.ha-1), ao nível de 5
% de probabilidade, pelo teste de Tukey.
Testando espaçamentos em pupunheiras, no estado do
Paraná, Neves et al. (2008), comprovaram que as maiores
densidades testadas (6.666 e 8.000 plantas.ha-1) promoveram
maior número de palmitos (2.783 e 3.912, respectivamente). Os
valores são parecidos com os expostos na tabela 1.
Resultados e Discussão
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Tratamentos Palmito Estipe tenro Palmito Total
--------------------------- Peso (kg.ha-1) ------------------------
A1-M
A2-M+E
A3-T
A4-C
A5-M+C
2.559 AB
4.404 A
1.993 B
2.112 B
2.570 AB
2.749 B
4.946 A
2.383 B
2.287 B
2.911 AB
5.304 B
9.351 A
4.376 B
4.399 B
5.481 AB
E1-(1x0,5)
E2-(1x1)
3.531 A
1.924 B
3.870 A
2.241 B
7.401 A
4.164 B
C.V. (%) 39,43 39,71 38,96
*Médias seguidas de mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey (P<0,05).
Tabela 1 – Dados médios de produção de palmito, estipe tenro e palmito total
(palmito + estipe tenro), colhidos no experimento com pupunheiras, submetidas
a diferentes espaçamentos e adubações, em Presidente Figueiredo (2008-
2009), no Estado do Amazonas.
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Resultados e Discussão
Diâmetro do palmito
No diâmetro (Tabela 2), quanto aos tipos de adubação, os
dois maiores valores foram nos tratamentos com composto e
mineral (2,92 e 2,82 cm, respectivamente).
No espaçamento, os valores foram iguais nas duas
densidades estudadas (1 x 0,5 e 1 x 1 m) para esse caráter,
sendo ligeiramente inferiores aos de Flores e Yuyama (2007).
Bezerra e Yuyama (2006), concluíram que a alta densidade
tende diminuir o diâmetro do palmito, o que não significa
necessariamente menor rendimento de palmito por hectare.
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Resultados e Discussão
Comprimento do palmito
Nesse fator, as formas de adubação com maior destaque
foram de M+ E e C + M (34,94 e 34,42 cm, respectivamente).
Flores e Yuyama (2007), com espaçamento de x 1 m,
verificaram que, nos tratamentos com adubação, não foram
constatadas diferenças significativas para o fator comprimento.
No comprimento houve uma variação mínima entre os
espaçamentos adotados 33,15 e 33,18 cm (para 1 x 0,5 m e 1 x
1 m, respectivamente), sobressaindo-se a maior densidade.
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Tabela 2 – Dados médios de comprimento e diâmetro de palmitos de
pupunheiras, submetidas a diferentes espaçamentos e adubações, no Estado
do Amazonas (2008-2009).
Tratamentos Diâmetro (cm) Comprimento (cm)
A1-Mineral
A2-Mineral+Esterco
A3-Torta de filtro
A4-Composto
A5-Mineral+Composto
2,82 A
2,77 A
2,75 A
2,92 A
2,65 A
34,06 A
34,94 A
31,14 A
31,26 A
34,42 A
E1 - (1 x 0,5 m)
E2 - (1 x 1 m)
2,78 A
2,78 A
33,15 A
33,18 A
C.V. (%) 5,77 8,37
*Médias seguidas de mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey P<0,05).
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A adubação orgânica e mineral, na densidade de
20 mil plantas.ha-1 promoveu maior produção de estipe
tenro e palmito total;
Os tipos de adubação e densidade não
proporcionaram diferença entre os valores do diâmetro
e comprimento dos palmitos.
Conclusão
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Referências Bibliográficas
Bezerra, R.L.; Yuyama, K.. Efeito de espaçamento e adubação na produção de palmito de
pupunheira na Amazônia Central.. In: XLVI Congresso Brasileiro de Olericultura, 2006, Goiânia,
GO. Horticultura Brasileira, suplemento. Goiânia, GO: ABH, 2006. v. 24.
Bovi, M.L.A. 1998. Palmito pupunha: Informações básicas para cultivo. Campinas-IAC. 50 p.
(Boletim Técnico 173).
Chaimsohn, F.P. Cultivo de pupunha e produção de palmito. Viçosa: Aprenda Fácil, 2000. 121p. In:
Galdino, O.N.; Clemente, E. 2008. Palmito de pupunha (Bactris gasipaes Kunth.) composição
mineral e cinética de enzimas oxidativas. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, 28(3):
540-544.
Clement, C.R.; Bovi, M.L.A. 2000. Padronização de medidas de crescimento e produção em
experimentos com pupunheira para palmito. Acta Amazonica, 30(3): 349-362.
Flores, W.B.C.; Yuyama, K. 2007. Adubação orgânica e mineral para a produção de palmito da
pupunheira na Amazônia Central. Acta Amazonica, vol. 37(4) 2007: 483 – 490.
Neves, E.J.M.; Santos, A.F.. Produção de três cortes de pupunheira para palmito sob diferentes
espaçamentos, plantada no Litoral do Estado do Paraná. Pesquisa Florestal Brasileira, v. --, p. 87-
95, 2008.
Yuyama, K.; Flores, W.B.C.; Pereira, B.G.; Silva, I.A. Efeito da densidade de plantas e da
adubação NPK na Produção Inicial de Palmito de Pupunheira. Revista Brasileira de Ciência do
Solo, Viçosa, v. 29, p. 373-378, 2005.
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Ao CNPq, pelo apoio financeiro, e à Agropecuária
Jayoro Ltda, pela seção da área experimental e mão
de obra para manutenção do plantio.
Agradecimentos
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Obrigado... Endereço:
Raimundo Cajueiro Leandro
Fones: (69) 3222 1077 (INPA) – Celular: (69) 9219 9985
E-mail: [email protected]
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