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ALEXANDRE ORSI
PRODUÇÃO DIDÁTICA:
O IMPACTO DO LIXO NA PAISAGEM – A COMPOSTAGEM COMO ALTERNATIVA
LONDRINA
2011
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1 Apresentação
O objetivo desta produção é oferecer um material escrito e audiovisual que
contextualiza o conceito de paisagem e relaciona a modificação da paisagem
com o consumismo e com poder econômico. Um dos impactos causados pelo
consumismo é a grande geração de lixo e a destinação incorreta dos resíduos,
por isso este trabalho propõe a separação dos resíduos sólidos e a
compostagem como uma atividade prática imediata de intervenção na realidade
escolar. A parte audiovisual ajuda a sensibilizar os alunos e a parte escrita
orienta o professor e expõe pontos de vista sobre os temas propostos. É um item
a mais na diversificação da metodologia do professor.
2- Procedimentos
Esta produção didática quer contribuir com o ensino da geografia ao propor
uma forma de contextualizar o tema paisagem com a realidade de nossa cidade
– que é semelhante a muitas outras cidades do Brasil. Além disto, propor
também ações que envolvam os alunos e a escola na resolução de um problema
local.
No início do vídeo aparecem as seguintes orientações:
Caros Professores e Alunos, este vídeo mostra trechos de uma aula, imagens de
cena urbana e uma representação de telejornal com o objetivo didático de
fornecer subsídios para discutir e relacionar os temas paisagem, consumismo,
meio ambiente e modo de produção. Entre tantas ações ambientais que podem
ser praticadas, propomos e explicamos como fazer
compostagem.
A orientação posiciona o professor e o aluno sobre o conteúdo do vídeo, mas
para o professor são necessários embasamentos. Para iniciar o trabalho,
proponho que o professor trabalhe o tema paisagem, por isso, faço a seguir,
alguns comentários e citações sobre este conceito.
O conceito de paisagem aparece em um dicionário de geografia como
“resultado da combinação dinâmica de diferentes elementos (físicos, humanos,
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biológicos, culturais, etc...) que interagem formando um conjunto único e
indissociável em contínua evolução.” (Garrido e Costa, 2006 p.118)
É importante investigar a percepção que os alunos têm sobre este conceito
perguntando o que é, para ele, uma paisagem?
Eu tenho observado que os alunos vinculam paisagem a uma vista bonita
sempre composta por algo natural como matas, cachoeiras, lagos cristalinos.
Cavalcanti (2005) demonstra o resultado de sua pesquisa sobre as
representações sociais de conceitos geográficos que têm os alunos. Ela percebe
que ao tratar da categoria paisagem a ênfase, por parte dos alunos, é dada à
paisagem natural. E quanto ao conceito de paisagem, sugerem uma estampa de
um lugar bonito.
A autora lembra que paisagem natural praticamente não existe nos espaços
urbanos em que os alunos vivem, portanto, a paisagem vinculada somente ao
belo e natural, como fazem os alunos, se torna algo distante da realidade deles,
assim, mais abstrato.
A autora diz que: ...o processo didático deve prosseguir questionando sobre as
diferenças entre uma paisagem ideal (bela) e as paisagens reais
(“feias”, “neutras”); sobre por que os alunos quase não apontam
paisagem em seu lugar de vivência imediata (por que seus bairros
têm poucas paisagens bonitas? E paisagens feias, não têm?); sobre
quem constrói a paisagem e para quem [...] para que se constrói uma
paisagem? O que tem a ver a paisagem com a dinâmica da
sociedade? Por que as paisagens mudam com o tempo? (Cavalcanti,
2005, p. 99)
Antes de fazer os questionamentos acima o professor explicará que, para
geografia, o conceito de paisagem vai além de uma paisagem bonita e pode ser
definida como aquilo que o aluno pode enxergar materializado no espaço. As casas,
a favela, o lixão, o shopping, a fumaça, ruas, carros etc. Em seguida poderá fazer os
questionamentos, acima citados por Cavalcanti, aos alunos.
Em nosso vídeo, que acompanha esta produção didática, aparece o
questionamento sobre a construção do shopping em Londrina se é de interesse de
toda a sociedade ou de apenas um grupo reduzido de investidores.
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Em seguida, é perguntado a um pequeno comerciante, se a vinda de um
supermercado de uma rede multinacional é algo bom para o comércio local. O
entrevistado responde que haverá uma concorrência desleal entre o pequeno e o
grande comerciante.
2.1 Atividades Atividade 01
Com a observação do vídeo demonstramos a paisagem mudando com a
construção do shopping. O aluno deve perceber que a mudança vem aos mandos
de quem detém o capital, passando por cima dos interesses prioritários da
sociedade. O vídeo fala que, próximo ao shopping, existem famílias que vivem em
Atividade: Para fortalecer esta interpretação da entrevista do vídeo é bom o
professor pedir aos alunos que leiam e comentem a página 169 do LDP (Livro
didático público) de geografia sobre a notícia da instalação de supermercados
que contribuem para o desaparecimento de pequenos comércios.
O professor pode pedir aos alunos que anotem suas reflexões e
compartilhem com a turma. Para dirigir a reflexão sugiro as perguntas:
- Como você explicaria que está errada a crença de que a vinda de um
supermercado multinacional é algo bom?
- Como ocorre a concentração de renda com a chegada da multinacional?
Como a população pode contribuir para concentrar a renda?
Respostas: (os alunos podem não discursar com profundidade ou detalhes abaixo, o professor pode acrescentar) Conforme o vídeo, o entrevistado diz que não consegue competir com os preços de um mercado grande que compra em maior quantidade e consegue preços melhores e até cobram, do fornecedor, o espaço das gôndolas (prateleiras) do supermercado que expõem os produtos. Desta forma o custo é reduzido aumentando os lucros em detrimento do lucro do fornecedor local. Assim não é interessante esta empresa que prejudica os pequenos comércios que fecham ou perdem clientes. O dinheiro que ficaria para o pequeno vai para o grande comerciante. O empobrecimento do pequeno comércio atinge a economia local, pois este era empregador e ao mesmo tempo consumidor local. A concentração de renda ocorre quando os moradores do bairro vão consumindo em grandes empresas e estas absorvem recursos locais com suas vendas e estratégias de marketing que atraem muita gente. O pouco dinheiro de cada um vai migrando para o grande empresário.
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barracos de chão batido. Numa sociedade mais justa, os interesses deveriam estar
voltados para resolver os problemas básicos como moradia, educação e saúde,
depois pensaríamos em outras coisas como shopping.
Em outro momento do vídeo demonstramos dois adolescentes sendo presos
por tentativa de assalto. Com esta cena queremos demonstrar que o apelo ao
consumismo faz com que algumas pessoas que não possuem recursos para
consumir, acabam fazendo qualquer coisa para terem acesso aos bens divulgados
nas propagandas. (a partir do parágrafo abaixo e as três páginas seguintes o professor pode extrair cópia e
fornecer aos alunos como texto para leitura e reflexão)
2.1 A Propaganda é a alma negócio
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA ao analisar os números e
a causas da Internação do Adolescente em 2002, percebeu-se que o roubo
representou 41,2 % do total dos delitos praticados por adolescentes. Veja o gráfico
elaborado pelo IPEA. ,
O roubo aparece como principal delito praticado por adolescentes. Se incluirmos
os delitos roubo e furto, num só número, chegaremos à 52,1 % Estes dados dão
pistas para refletirmos sobre a responsabilidade da mídia em ‘Endeusar’ o
consumismo, fazendo despertar fortes desejos pelos produtos.
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Ao analisarmos os nossos alunos, percebemos que eles gostam de
determinados tipos de calçados, de celulares e de fazerem uso de
computadores, mas nem todos têm acesso a estes bens. O mundo maravilhoso
do consumo, vendido pela mídia, incentiva as pessoas a fazerem uso destes
produtos. Uma forma de ter produtos sem ter dinheiro é roubando. Os números
do gráfico anterior demonstram que muitos usam desta prática. Fica fácil de
perceber o ciclo formado pela propaganda que incentiva o consumo e o consumo
incentivando a produção. Veja a representação a seguir:
Fonte: Organizado por Alexandre Orsi - ano 2011.
Retomando à nossa disciplina de geografia sobre a questão da paisagem, é a
produção para o consumo que modifica a paisagem e a propaganda incrementa
o consumo alimentando este ciclo.
Santos (2005, p.48-49) comenta: ...as empresas hegemônicas produzem o consumidor antes
mesmo de produzir os produtos. Um dado essencial para o
entendimento do consumo é a produção do consumidor, hoje,
precede a produção de bens e serviços [...] Daí o império da
Consumismo. Muitos dos que não podem pagar
endividam-se ou buscam formas como furtos,
assaltos e vendas de drogas para terem dinheiro para
consumir.
Quanto mais consumismo, mais a paisagem se
modifica, pois o meio ambiente é agredido para
atender o mercado.
Produção e propagandas
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informação e da publicidade. Tal remédio teria 1% de medicina
e 99% de publicidade, mas todas as coisas no comércio
acabam por ter essa composição [...] e esse é o caso de tantas
mercadorias cuja circulação é fundada numa propaganda
insistente e frequentemente enganosa.
Com essa contribuição teórica de Santos concluo que os nossos
pobres caem na armadilha da propaganda e não querem ser inferiores diante do
modelo de costumes consumistas que passam, ideologicamente, na TV. Quando
vimos programas policiais prendendo pessoas pobres por roubo, venda de
drogas e outros crimes, hoje não tenho mais a sensação de que eles são os
culpados – como os apresentadores dos programas insistem em insinuar –
Esses meninos detidos são uma das conseqüências do sistema que fabrica
consumidores. Santos (2005, p.49) comenta que “o consumismo e a
competitividade levam ao emagrecimento moral e intelectual da pessoa, à
redução da personalidade e da visão de mundo”
*As propagandas geralmente fazem analogias apelativas como a do
refrigerante que se compara a figura materna. Outra insinua que ir até lá
consumir é um convite à felicidade, e a propaganda começa assim: “só
amanhã. (som de claquete. Clac.. clac) só amanhã no (...) televisor (...).
Aquele clac clac é um chamariz por sinal sonoro específico usado para
chamar a atenção. Sinais como este são usados por programas e
propagandas de emissoras de TV. Estes sinais funcionam como o sino que
chama a vaca ou os porcos para receber ração, ou aquele toc toc no cocho
dos porcos para lembrar que a comida chegou.
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Atividade 2
Propor ao aluno que discuta com o grupo e depois com a sala sobre as falas
(abaixo) que aparecem no vídeo:
1- ‘Enquanto investem mais de 200 milhões nesta construção fútil, pessoas
moram, perto daqui, em barracos de chão batidos e sofrem na miséria.’
2- A televisão convence que a felicidade está em consumir e andar na moda,
comprar carros e coisas. Desde pequeno a TV vai educando as crianças para
serem consumidoras. Quem não tem dinheiro para sentir esta felicidade que a
propaganda dos empresários promete, tenta se virar de um jeito infeliz, roubando,
traficando. De quem é a culpa?’
Sugestão de pergunta para dirigir a reflexão:
1)Você acha correto gastar tanto com construção de shopping (no vídeo diz mais
de 200 milhões de reais). Pense nos problemas sociais do país e responda se
shopping é prioridade hoje? Justifique sua resposta.
2) Sobre o segundo trecho: a)Escreva um pequeno comentário. b) responda: você
já viu propaganda dirigida para criança?Dê exemplo. c)Responda também a
pergunta do trecho do vídeo: De quem é a culpa?
Assim os consumidores recebem os alimentos visuais com a intenção de
nutrir o cérebro com a esperança “certeira” de que a felicidade está vinculada à
compra de um produto.
Além do sinal sonoro, aquele apelo de prazo tipo: “só hoje”, “só amanhã”
faz com que você pense que se não comprar no momento indicado você sentirá
a sensação de que perdeu uma oportunidade ou uma chance de levar vantagem.
Quando na verdade, ao apressar o comprador se está reduzindo o tempo de
reflexão para decidir se realmente a compra será vantajosa e necessária.
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Atividade 03
d) No caso dos adolescentes estarem roubando, quem saiu perdendo nessa
história?
e) Qual é o aprendizado para sua vida depois de ter estudado sobre os temas
acima?
Respostas: As questões são abertas, se os alunos não falarem o professor pode
lembrar que: o shopping desencadeia mais consumismo e esvaziamento de
valores que constroem caráter. Nossa sociedade, hoje, precisa de mais saúde e
mais educação como forma de diminuir a exclusão social e a violência e dar uma
esperança de futuro aos pobres.
Lembrar os alunos que a intenção de se construir um shopping é obter lucro para o
empreendedor e não para agradar a comunidade daquele espaço. Lá poderia ser
construído um hospital, uma escola linda atraente e bem intencionada, uma
biblioteca, ou casa para quem não tem, ou não ter construído nada e preservado o
local.
Fazendo o telejornal dos alunos:
O professor escolhe um tema e pede aos alunos que façam um telejornal sobre
o assunto, por exemplo, ‘A paisagem do consumo’, ou uma matéria
investigatória fazendo pergunta aos conhecidos e familiares. A pergunta pode
ser: - O que, essencialmente, a gente precisa para viver? (Várias respostas
surgirão, isto subsidiará um debate. As respostas poderão revelar que uns são
mais consumistas do que outros).
Como fazer o telejornal: Primeiramente faça um roteiro do telejornal anotando o
que você irá gravar em cada cena: 1ª cena, exemplo: os repórteres dirão “Bom
dia! A notícia de hoje é...” 2ª cena, exemplo: colocar imagem tal... 3ª Cena..., 4ª
Cena... e assim por diante).
Obs.: Para filmar pode-se usar máquina fotográfica, filmadora ou celular. O ambiente
deve ser bem iluminado. Não filmar contra a luz. Se tiver um pedestal para apoiar a
filmadora será muito bom. Outra dica, ao apertar o botão rec para gravar o
personagem fica paradinho seis segundos e, aí sim começa a cena e, para terminar,
ele fica parado uns seis segundos, aí clicar para dar pause.
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2.2 Avaliação
Ao propormos um trabalho de fotografia das ‘marcas que ficam’ no espaço e
uma interpretação (pode ser em dupla ou em trio) entregue escrita e oral para a
turma em forma de debate (os alunos mostram a foto e explicam o por quê da
escolha da foto). Neste momento o professor observa e avalia para perceber se o
grupo entende que aquela paisagem é resultado de uma intenção. Por exemplo,
a foto de um shopping: demonstra que, quem construiu este aglomerado de lojas,
o fez com a intenção de vender ‘espaços de comércio’ portanto com a intenção
de lucro. E este espaço de comércio, por sua vez vai incentivar o consumo para
fazer valer o seu investimento e ter o seu retorno também. Indo mais longe,
incentivará a vinda ao espaço de consumo em detrimento dos espaços familiares
menos pautados no ter e mais no ser. Ao percebermos que o aluno contextualiza e justifica o por quê daquela marca
na paisagem de forma coerente, uma parte do nosso objetivo foi cumprido.
Parece-me que atingimos aquilo que Saviani (2000, p.13-14 apud Pauwlas e
Silva) relata na Pedagogia histórico crítica sobre contextualizar. Ele diz que
contextualizar implica em:
a) Identificação das formas desenvolvidas em que se expressa o
saber objetivo produzido historicamente, reconhecendo as condições
Então quando começa e termina a fala do personagem, peça para ele ficar parado tipo
‘congelado’. Assim comece gravar cena por cena. Isto serve para facilitar na hora de
fazer a edição e cortar uma imagem sem estragar a gravação.
Depois de filmar as cenas descarregue as imagens em um computador. Para isso abra
um programa que edita imagens. Por exemplo, o Windows Movie Maker. Procure
nesse programa a função capturar vídeo. Encontre na internet vídeo aula como editar
vídeo no Movie Maker. Após editar o vídeo salve como filme. Para assistir esse vídeo
na TV pendrive você precisará converter o vídeo para o formato MPEG. Para fazer
esta conversão do formato MSW para MPEG procure vídeos aulas na internet ou
você pode baixar um programa que faça esta conversão, por exemplo, o programa
anyconverter numa versão gratuita.
Bom trabalho!
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de sua produção e compreendendo as suas principais manifestações
bem como as tendências atuais de transformação.
b) Conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a
torná-lo assimilável pelos alunos nos espaço e tempo escolares;
c) Provimento dos meios necessário para que os alunos não
apenas assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas
apreendam o processo de sua produção bem como as tendências de
sua transformação.
3-Orientações 3.1 Para implantar a compostagem
Nossa escola seguirá as etapas abaixo para implementar a compostagem e a
separação de resíduos. Sugiro aos professores das escolas que fizerem uso deste
material fazerem as adaptações de acordo com a realidade de sua escola e do seu
município.
No processo de sensibilização e legalização da geração de resíduos, se o seu
município não implementou a lei de gestão de resíduos, você, professor, pode
argumentar legalmente utilizando como embasamento a lei federal que propõe Plano
Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12305/2010. Além disto, pode citar também a
Agenda 21, no artigo 21 que sugere um manejo de resíduos ambientalmente
saudável.
Veja as etapas que o Colégio Willie Davids, de Londrina, pretende seguir:
Primeira etapa: Apresentar e explicar à direção, aos professores e aos
funcionários da escola o conteúdo do projeto e o decreto 769/09 sobre gestão de
resíduos sólidos e a responsabilidade legal do estabelecimento perante a lei. Em
seguida exibir o vídeo “o problema não é meu” encontrado no portal Dia-a-dia da
SEED. Após estes procedimentos solicitar aos funcionários que se reúnam e
elaborem, por escrito, uma nova rotina para lidar com os resíduos sólidos da escola.
Aos professores será pedida a elaboração de uma estratégia para sensibilizar todos
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os alunos da escola para ajudarem na redução do desperdício e na separação dos
materiais recicláveis no momento de jogar resíduos nas lixeiras e será
disponibilizado o material explicativo do decreto 769/09. A direção será pedida a
confecção da composteira e a possibilidade de confecção de uma prensa para
papéis.
Segunda etapa: Ministrar aulas sobre as marcas nas paisagens deixadas
pelas sociedades em diferentes tempos históricos. Serão selecionadas leituras de
jornais com o tema lixão de Londrina e o esgotamento do aterro sanitário.
Terceira etapa: Visita ao lixão de Londrina.
Quarta etapa: Fazer a compostagem com os resíduos da cozinha, prensar os
papéis no final do expediente.
Quinta etapa: Fazer a apresentação da exposição: Marcas que ficam –
Paisagem do lixo em Londrina.
Sexta etapa: Elaboração de novas regras para o regimento escola e para o
PPP (Projeto Político Pedagógico).
Sétima etapa: Avaliação do “antes e o depois” da implementação do projeto
junto aos alunos, professores e funcionários mediante questionário que investiguem
se houve mudança de atitudes, se houve adesão/envolvimento total ou parcial, o
que pode ser melhorado. Além disso, mensurar se houve diminuição na quantidade
de lixo gerado pela escola para divulgar os dados à comunidade. Nesse questionário
poderia pedir opinião sobre qual destino seria dado ao adubo da composteira: criar
uma horta para receber o adubo?; doar o adubo? Adicionar nos vasos da escola?
3.2 - Desenho de uma composteira O projeto abaixo foi elaborado pelo Dr. Efraim Rodrigues e disponibilizado
para qualquer escola fazer uso para compostagem. No caso de nossa escola, o
recurso para a construção de uma composteira veio através do PDE que é um
programa que tem por objetivo elevar o IDEB da escola através de planos de ações.
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Caso sua escola não tenha recursos para construir uma composteira como esta
tente buscar outras alternativas não se esquecendo de proteger a composteira da
entrada de água da chuva e permitir que exista espaço para entrada de ar.
Fonte: Prefeitura de Londrina – Secretaria de Meio Ambiente
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Fonte: Prefeitura de Londrina – Secretaria de Meio Ambiente
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4 Conclusão
Acredito que o trabalho proposto não é um fim, mas um meio no percurso de
construir conhecimento junto aos alunos sobre as nossas realidades sob a ótica da
geografia.
A preocupação que tive ao propor este trabalho foi a de contextualizar o tema
Paisagem com um problema pertinente de nossa cidade. Estávamos procurando um
novo espaço para o aterro sanitário, pois o lixão estava, além de saturado, poluindo
de gases e chorume uma área de nossa cidade.
Ao tratar deste assunto, não havia como deixar de falar do consumismo, das
propagandas incrementadoras dos lucros e empobrecedoras de personalidades.
Quis chamar a atenção para o tipo de sociedade que estamos deixando que seja
construída.
Cada professor adaptará, à sua realidade, a maneira de trabalhar e de
enfocar os assuntos propostos. Só a prática, em cada sala de aula, é que poderá, de
fato, demonstrar o quanto foi proveitoso a utilização deste material em sua escola.
Desejo um proveitoso trabalho neste caminho de construção de um mundo melhor.
Bibliografia CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 8. ed. Campinas: Papirus, 2005.
BRASIL. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. disponivel em
<http://www.promenino.org.br/Ferramentas/Conteudo/tabid/77/ConteudoId/dc2f9a2d-
c974-4521-9aee-7ad659625bd7/Default.aspx> Acessado em 08 jul 2011 GARRIDO, Dulce; COSTA, Rui. Dicionário Breve de Geografia. 2 ed.,Lisboa:
Editorial Presença, 2006.
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PAWLAS, Nilsa de Oliveira; SILVA, Ivete Catarina dos Santos.O plano de trabalho docente – ação em sala de aula.2008 disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2533-8.pdf >
acessado
em 08 de jul. 2011
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência
universal. 12 ed., Rio de Janeiro: Record. 2005.