jornal cassi
jornal cassi
Fuja da depressão
pág. 9
2editorial eXpediente
cassi Facilita o paGaMeno de dÉBitos
pág. 8
pág. 12tire o Melhorproveito do seu plano de saúde
pág. 16azeite: luGar de honra naaliMentação
ANS - nº 34665-9
conselho deliberativoMaria das Graças C. Machado Costa (presidente)Denise Lopes Vianna (vice-presidente)Roosevelt Rui dos Santos (efetivo)Solon Coutinho de Lucena Filho (efetivo)Carlos Frederico Tadeu Gomes (suplente)Cláudio Alberto Barbirato Tavares (suplente)Geraldo Pedroso Magnanelli (suplente)Marcelo Gonçalves Farinha (suplente)Maria do Carmo Trivizan (suplente) conselho FiscalAna Lúcia Landin (presidente)Íris Carvalho Silva (titular)Urbano de Moraes Brunoro (titular)Décio Bottechia Júnior (suplente)Francisco Alves e Silva (suplente)Maria do Céu Brito de Medeiros (suplente)
diretoria executivaCarlos Eduardo Leal Neri(presidente)
Roberto Francisco Casagrande Herdeiro(diretor de administração e finanças)
Douglas José Scortegagna(diretor de saúde e rede de atendimento)
José Antônio Diniz de Oliveira(diretor de planos de saúde e relacionamento com clientes)
redação, edição, revisão: Jornalistas Responsáveis: Cal Moreira - MTb 17.151Taise Vieira - Mtb 3.284Jornalista Assistente:Marina Fernandes - MTb 7.164
edição de arte:Projeto gráfico e diagramação: Lígia UchôaAssistente de arte: Júnior Leão
produção:Impressão: Gráfica EsdevaTiragem: 334 mil exemplares Edição: setembro/outubro 2007Banco de imagens: stockxchngValor unitário impresso: R$ 0,17
endereço: SBS - Qd.2 - Bl.N - lote 23 - 3° andar Brasília/DF - CEP 70073-900 Fax: (61) 3212-5038Central CASSI: 0800 729 0080 / www.cassi.com.bre-mail: [email protected]
publicação da cassi (caixa de assistência dos Funcionários do Banco do Brasil) “É permitida a reprodução dos textos, desde que citada a fonte”.
capa
págS. 3 a 5
cassi teM novo presidente
novos teMpos na cassiA CASSI tem novo presidente. Carlos Eduardo Leal Neri, ex-membro do
Conselho Deliberativo, assume a responsabilidade de ajudar a conduzir o novo ciclo instaurado com a recém-aprovada reforma do Estatuto da Insti-tuição. Chega com foco na busca da eficiência administrativa, no fortaleci-mento da gestão compartilhada e no aprimoramento do modelo de assis-tência integral à saúde. Para vencer esses desafios, o novo gestor preconiza a postura de construção coletiva das condições que garantam, sem desperdí-cios de esforços e recursos, a sustentabilidade da CASSI e a viabilizem como promotora da qualidade de vida de mais de 760 mil pessoas assistidas (leia na página 3).
Além de apresentar o presidente, esta edição mostra a importância de todos conhecerem bem as regras dos planos de saúde da CASSI para, assim, obter o melhor atendimento de cada um deles (página 12). Como a partici-pação dos associados e beneficiários é fundamental para o aperfeiçoamento da assistência oferecida, o Jornal CASSI discute a relevância da realização das Conferências de Saúde dos Conselhos de Usuários que ainda ocorrerão em 2007. Serão novas oportunidades para os participantes debaterem aspectos relacionados à Caixa de Assistência e ao mercado de saúde suplementar (página 6).
A busca pelo equilíbrio do plano é tarefa indispensável e possibilita a conti-nuidade da oferta de atendimento adequado. Por isso, a CASSI já identificou os casos de débitos, desenvolveu instrumentos para impedir a ocorrência de situações similares (página 8) e está facilitando o pagamento dos valores de cerca de 67 mil beneficiários.
Para contribuir na busca permanente de bem-estar, esta edição traz, ain-da, informações detalhadas sobre a depressão (página 9), um problema que cresce e atinge todas as faixas etárias, especialmente a terceira idade. A ne-cessidade de combate a essa doença atrai atenção dos profissionais de saú-de, em especial os da CASSI. Saiba você também como se prevenir. E, como os cuidados com a alimentação são fundamentais, esta publicação mostra, por fim, os benefícios do azeite (página 16) para uma vida saudável.
Boa leitura.
A Diretoria
pág. 6participe dasconFerências de saúde
jornal cassi 3 cassi eM Foco
preSidência da CaSSI tem novo geStorneri toMa posse e Fala soBre os desaFios Que deverão ser enFrentados coM a colaBoração de todos
Construção Coletiva. Esse foi o
termo utilizado pelo novo presidente
da CASSI, Carlos Eduardo Leal Neri,
para definir sua gestão. Segundo ele,
para superar o momento difícil en-
frentado pela Instituição será preciso
contar com a cooperação de todos
os envolvidos. “O grande desafio é
fazer com que a CASSI seja uma só
e que o Banco possa ter a segurança
de que a Caixa de Assistência irá rea-
lizar uma gestão em prol da saúde de
seus funcionários e não desperdiçar
seus recursos”, disse o presidente na
cerimônia de posse realizada no audi-
tório do Edifício Sede I do BB, no dia
19 de setembro.
Neri será responsável - de acordo
com o novo Estatuto que está em vi-
gor desde o dia 5 de setembro - pela
coordenação geral dos trabalhos da
Diretoria Executiva, pelo relaciona-
mento com os Conselhos Delibera-
tivo e Fiscal, pela representação da
CASSI, entre outros.
O novo presidente, que trabalha
há 23 anos no Banco do Brasil, sen-
te-se entusiasmado para enfrentar
o novo desafio. “A tarefa é árdua,
difícil, mas felizmente tive o privilé-
gio de trabalhar sempre na área so-
cial e com questões sociais ligadas
aos funcionários”, afirmou. O pre-
sidente substitui o ex-diretor supe-
rintendente – antiga denominação
do cargo – Sérgio Dutra Vianna de
Oliveira, cuja gestão foi de 2003 até
o dia 13 setembro de 2007.
Durante a posse, o presidente do
BB, Antônio Francisco de Lima Neto,
disse que “o conglomerado Banco
do Brasil é grande e os números são
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ação
da
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jornal cassi4cassi eM Foco
relevantes. Mas, ele só é grande en-quanto todas as suas partes tiverem empenho. Ter a CASSI numa situação econômico-financeira-administrativa ruim significa dizer que o conglome-rado Banco do Brasil não vai bem”. E concluiu: “Agora entra o Neri para começar um novo ciclo na Caixa de Assistência. Não existe nunca um trabalho concluído, existe sempre um trabalho a começar a partir de um certo trabalho já realizado. Por-tanto, temos um longo trabalho pela frente”.
eM Busca do eQuilíBrio Financeiro e da Qualidadenos serviços
Na cerimônia de posse, Graça Machado, presidente do Conselho Deliberativo da CASSI, aproveitou a oportunidade para falar sobre as con-quistas da Instituição no ano de 2007. Segundo ela, a aprovação da reforma estatutária foi significativa para a Caixa de Assistência. “Foi uma vitória históri-ca. 94% dos aposentados aprovaram. É uma vitória que não traz qualquer questionamento. Nós depositamos muita esperança no Neri. Ele mostrou garra, disposição e coragem e é isso que nós queremos que ele mostre na presidência da CASSI”, afirmou.
Luiz Oswaldo Sant’Iago Moreira de Souza, vice-presidente de Gestão de Pessoas e Responsabilidade Socio-ambiental do BB, disse que a Caixa de Assistência é o melhor bem dos fun-
“nós depositamos
muita esperança
no neri. ele mostrou
garra, disposição
e coragem e é isso
que nós queremos
que ele mostre
na presidência
da CaSSI”
cionários e seus familiares. Ele contou que a escolha do Neri foi unânime no Conselho Diretor do BB e não deixou de lembrar do ex-presidente da Ins-tituição. “É preciso agradecer o ex-presidente Sérgio Vianna e todos os que constituíram as diretorias e que sofreram dificuldades de toda ordem nessa última gestão. Aproveito para dizer que a responsabilidade de defi-nir o futuro da CASSI não é do Neri, não é da diretoria da CASSI. A res-ponsabilidade é de todos nós”.
A presidente do Conselho Fiscal da CASSI, Ana Lúcia Landin, dei-xou seus agradecimentos a todos os dirigentes da Instituição que se empenharam em fazer uma gestão compartilhada. E ainda acrescentou: “Conseguiremos um fôlego para re-estruturar o que é necessário. Vamos trabalhar para o desenvolvimento da CASSI. Assim conseguiremos conti-nuar prestando um serviço de quali-dade aos participantes”.
Também estiveram presentes na solenidade membros do Conselho Diretor do BB, diretores e executivos do conglomerado Banco do Brasil, representantes de entidades dos fun-cionários do BB e todos os diretores da CASSI.
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ação
da
CaSS
I
Foto: divisão de marketing e Comunicação da CaSSI
jornal cassi
cia de que é preciso aprender muito mais, conhecer com
profundidade todo o universo da CASSI e, principalmente,
contar com o apoio das pessoas. A tarefa é árdua, difí-
cil, mas felizmente tive o privilégio de trabalhar sempre na
área social e com questões sociais ligadas aos funcionários;
só de Previ foram 14 anos.
cassi – Quais são os principais desafios que o se-nhor terá que enfrentar?
neri – Resgatar a confiança dos associados de que o
Banco do Brasil considera a CASSI um dos seus principais
instrumentos de política de RH e que, portanto, deve ser
preservada. Concomitantemente, demonstrar ao Banco a
capacidade da Caixa de Assistência de ser agente dessa po-
lítica com competência e eficiência.
cassi – como o senhor pretende vencer os desafios existentes?
neri – Evitando todo tipo de disperdício, racionalizando
os procedimentos do dia-a-dia e o processo interno de to-
mada de decisões. Além disso, fortalecer as negociações
e parcerias com os prestadores de serviços e fornecedores
e principalmente melhorar a comunicação da CASSI, para
que o participante seja também co-gestor da Instituição.
5 cassi eM Foco
Na sua primeira entrevista após a posse, Neri falou sobre o
que representa assumir este cargo e o trabalho que preten-
de realizar nos próximos anos na Presidência da CASSI
cassi – o que representa para o senhor assumir a presidência da cassi?
neri – O primeiro sentimento é de orgulho e satisfação,
além de uma expectativa enorme. A CASSI sempre este-
ve muito presente na minha vida, enquanto funcionário
do Banco do Brasil e filho de funcionário. Nunca imaginei
que um dia ocuparia este cargo. Sinto também que é um
grande desafio. Trabalhar na CASSI é uma responsabilidade
grandiosa, pois atinge milhares de vidas.
cassi – como o senhor se preparou para assumir este desafio?
neri – Fazer parte do Conselho Deliberativo da CASSI já
é um preparo, um aprendizado. Além disso, nos últimos
quatro anos era o responsável no BB por viabilizar a gover-
nança corporativa da Fundação Banco do Brasil (FBB), da
Previ e da CASSI. Portanto, entre outras atribuições, avali-
ávamos as pautas do Conselho Deliberativo e da Diretoria
Executiva da CASSI, o que nos permitia conhecer e acom-
panhar as atividades da Instituição. Assim, tenho consciên-
conheça a trajetória do novo presidenteNatural do Rio de Janeiro, Neri é graduado em Direito pela Universidade do Estado do Rio
de Janeiro, com pós-graduação em Engenharia em Planejamento e MBA em Administração (Gestão em Previdência Complementar).
Trabalhou na CASSI quando a Sede era no Rio de Janeiro, atuou por 14 anos na Previ e nos últimos quatro anos exerceu o cargo de gerente executivo na Gerência de Relacionamento com os Funcionários e com as entidades patrocinadas, na Diretoria de Relações com Funcioná-rios e Responsabilidade Socioambiental. Também integrou o Conselho Deliberativo da CASSI pelo mesmo período.
entrevISta Com o
preSidente da CaSSI
jornal cassi6conselho de usuÁrios
Os Conselhos de Usuários da CAS-
SI realizarão, de novembro até o final
deste ano, seis Conferências de Saú-
de. Nesses encontros os participantes
debaterão temas ligados à qualidade
de vida, à melhoria da prestação dos
serviços e ao fortalecimento da par-
ticipação dos beneficiários enquanto
agentes de contribuição e transforma-
ção da Caixa de Assistência.
As seis Conferências de Saúde es-
tão agendadas para as seguintes ca-
pitais: Porto Velho, Belo Horizonte,
Natal, Manaus, São Paulo e Vitória.
São fóruns que acontecem a cada dois
anos, cuja programação também con-
templa a renovação dos membros dos
Conselhos de Usuários da CASSI, em
âmbito estadual.
Segundo o diretor de Saúde,
Douglas Scortegagna, os encontros
organizados com as representações
de diversos segmentos de participan-
tes proporcionam uma discussão, de
forma democrática, sobre a saúde
no contexto da participação social.
“Nessas ocasiões, a CASSI recebe o
necessário retorno sobre sua atuação,
configurando-se um processo de mão-
dupla em que a Instituição também
vislumbra possibilidades de aperfeiço-
ar o seu modelo de gestão por meio
das críticas e sugestões vindas dos par-
ticipantes presentes nas Conferências
de Saúde”, explica Scortegagna.
participe daS ConFerênCIaS de SaúdeOPORTUNIDADE PARA DEBATER SAúDE E FORTALECER OS CONSELHOS DE USUáRIOS
Além de representar um instru-
mento de conscientização para a
busca do bem-estar e da qualidade
de vida, esses fóruns favorecem o
exercício da cidadania. Os debates
proporcionam uma melhor integra-
ção dos Conselhos de Usuários com
os seus públicos de relacionamento e
otimizam as relações da CASSI com
seus participantes.
“Essa instância consultiva permite que os beneficiários levantem seus anseios, discutam a atuação da CASSI na prestação dos serviços de saúde”
“A realização de Conferências é
importante para divulgar os objetivos
e atribuições dessa instância consulti-
va”, conta o presidente do Conselho de
Usuários da CASSI-RS, Dorildo Berger.
“Outra importante finalidade é buscar
o envolvimento das pessoas para que
elas colaborem para um melhor desem-
penho da Caixa de Assistência. Além
disso, a Conferência é o fórum para
prestação de contas do Conselho aos
representantes das entidades que o
compõem. É o momento em que os
futuros membros recebem uma gama
de conhecimentos necessários ao seu
trabalho”, complementa a presidente
do Conselho de Usuários da CASSI-
DF, Eliane Freire Xavier.
papel dos conselhos
O diretor de Saúde considera os Conselhos de Usuários uma eficien-te ferramenta de gestão participa-
Iv Conferência de Saúde realizada em recife, em junho, reuniu mais de 100 participantes
jornal cassi
importante para o estabelecimento de uma nova relação entre a Caixa de Assistência e seu público assistido, como também para a construção de um ambiente democrático e transpa-rente de gestão.
“Os Conselhos de Usuários são de fundamental importância para que a CASSI dissemine suas políticas de saú-de. Por isso, há necessidade de sua valorização e do seu reconhecimen-to”, conclui o presidente do Conselho de Usuários da CASSI-PA, José Eduar-
do Barbosa Pontes.
7 conselho de usuÁrios
Unidade data da Conferência
rn 9/11/2007 (sexta-feira)
aM 22/11/2007 (quinta-feira)
sp 24/11/2007 (sábado)
es 28/11/2007 (quarta-feira)
ro 01/12/2007 (sábado)
MG 12/12/2007 (quarta-feira)
calendÁrio das conFerências de saúde
tiva. “Essa instância consultiva per-mite que os beneficiários levantem seus anseios, discutam a atuação da CASSI na prestação dos serviços de saúde, apresentem soluções para si-tuações de conflito e interajam com seus pares em prol do bem comum: a saúde de todos nós”, comenta Douglas Scortegagna.
O primeiro Conselho de Usuários da CASSI foi criado durante a 1ª Con-ferência de Saúde realizada na Regio-nal Paraná, em 1998. Nasceu com o objetivo de estreitar o relacionamento dos diversos segmentos representati-vos dos associados e seus beneficiários com a Caixa de Assistência, a fim de acompanhar, divulgar e sugerir ações de saúde que busquem a melhoria da qualidade de vida dos participantes.
De lá para cá, foram constituídos Conselhos de Usuários em todos os Estados, com exceção do Amapá, Ro-raima e Rondônia. Hoje há 24 Conse-lhos instalados, totalizando 820 con-selheiros. Por meio dessa instância, os participantes são tratados como agentes de mudanças com direitos e deveres, bem diferente da visão de meros consumidores de serviços.
Na CASSI, os Conselhos de Usuá-rios são compostos por representan-tes dos participantes, organizados em entidades ou não, juntamente com representantes da CASSI. Eles têm por objetivo acompanhar, divulgar, anali-sar e sugerir ações de proteção, pro-moção, recuperação e reabilitação, no âmbito das Gerências de Unida-des, dentro das premissas do Modelo de Atenção Integral à Saúde.
Assim, a idéia de participação e mobilização dos diversos segmentos de beneficiários assume um papel
cassi investe no avançoda Gestão participativacassi investe no avançoda Gestão participativa
Confira as principais contribuições dos Conselhos de Usuários, regis-
tradas nas atas do 1º semestre de 2007, encaminhadas à Sede da CASSI:
debates junto aos participantes sobre a reforma estatutária; levantamen-
to de problemas e demandas de saúde; estabelecimento de parceria com
as Unidades CASSI para a melhoria dos processos assistenciais; apoio aos
eventos de educação em saúde e atividades coletivas; parceria para dis-
seminação de informações sobre a CASSI, suas ações de atenção à saúde
e contribuição para a organização das Conferências de Saúde; parceria
com as Unidades para a busca de melhorias dos serviços; participação
nas negociações com a rede de prestadores e defesa para a melhoria das
instalações físicas dos Serviços Próprios da Caixa de Assistência.
Para mais informações sobre o Conselho de Usuários de seu estado,
acesse o site www.cassi.com.br, link empresa/conselho de usuários.
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aúde
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CaSS
I
jornal cassi8cassi eM Foco
CaSSI FaCIlIta o pagamento de débitoS doS partICIpanteS caiXa de assistência altera MÉtodos de coBrança de dÉBitos
A CASSI unificou as regras de parcelamento para que os participantes em débito possam quitar suas dívidas de forma facilitada. A iniciativa faz parte de um conjunto de ações – entre as quais o empenho para a aprovação da reforma estatutária foi prioritária – para buscar o equilíbrio financeiro do Plano de Associados e ainda o aprimoramento do modelo de gestão e atendimento integral à saúde.
Os participantes, cuja dívida é de até R$ 76,00, pagarão uma única parcela, descontada na folha de pagamento de novembro. As dúvidas podem ser sanadas por meio da Central CASSI (0800 729 0080) e outros veículos de comunicação, como o canal Fale com a CASSI, no site www.cassi.com.br.
O pagamento dos débitos – um total de aproximadamente R$ 2 milhões – começa em novembro. Serão cobradas as participações compulsórias em consultas, psicoterapia, acupuntura e visita domiciliar realizadas em janeiro de 2005. Já os associados em débito por utilizações indevidas e aqueles cuja dívida seja passível de parcelamento, receberão correspondência sobre o pagamento. Eles terão prazo de 30 dias para manifestação.
A existência de débitos é explicada principalmente por uma falha na remessa de valores em 2005, que ocorreu em virtude da substituição dos sistemas de cobrança da CASSI. Além disso, ocorreram casos de recusa de débito nas folhas de pagamento dos contribuintes, que agora serão regularizados.
eMpenho
O trabalho da CASSI para manter o equilíbrio financeiro é permanente. Uma das principais ações neste sentido foi a criação do Comitê de Recuperação de Receitas, o qual fez um levantamento minucioso de tudo que não estava sendo cobrado.
Em janeiro de 2005, seguindo uma solicitação do Conselho Deliberativo, o Comitê concentrou as ações na regularização cadastral de associados que mantinham ex-cônjuges no Plano de Associados. A primeira medida foi cruzar as informações do Banco do Brasil e da Previ, referentes a desconto de pensão alimentícia em folha de pagamento, o que resultou, até o momento, na recuperação de cerca de R$ 1,2 milhão.
É fundamental que, após a separação judicial, divórcio ou fim da
tabela de parcelamento• O valor de cada parcela não pode ser inferior a 10% do salário mínimo vigente, o que hoje representa R$ 38,00;
• A dívida de até R$ 76,00 será cobrada em uma única vez;
• Acima de R$ 76,00 o valor poderá ser parcelado;
• A dívida pode ser parcelada em até 36 vezes.
união estável, a situação do ex-cônjuge seja regularizada junto à CASSI.
A manutenção indevida de beneficiário no Plano de Associados é considerada uma irregularidade. Se comprovada, além da exclusão do participante, o titular e demais dependentes poderão ser suspensos por até 180 dias.
Para conhecer as regras do seu plano, o associado deverá acessar o site www.cassi.com.br. No canal Produtos (encontrado na parte superior da página eletrônica) onde obterá todas as informações necessárias.
jornal cassi 9 saúde
o participante José de Ribamar Ribeiro de Carvalho, 54 anos, come-çou a sentir sintomas da depressão há um ano. Com a morte da esposa e o afastamento dos amigos, o co-merciante passou a ter insônia, dor nas costas e de cabeça, cansaço, apatia, tristeza e falta de motivação ao executar as tarefas do dia-a-dia. O sofrimento durava a maior parte do dia. “Vi que algo estava errado e procurei orientação na CASSI Mara-nhão. Hoje sou acompanhado pela equipe de família na Unidade. Tam-bém faço caminhada, escuto música, visito amigos, trabalho, vou à praia, e freqüento o centro espírita”.
A depressão, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), pode aparecer em qual-quer idade. Atualmente, entre as doenças diagnosticadas, é a mais associada aos suicídios. Também é a quarta causa de incapacitação para o trabalho (mais informações em www.cassi.com.br). Em 2025, se persistir a atual tendência,deverá ocupar o segundo lugar.
Estima-se que 15% das pessoas adultas sofram de depressão em al-gum momento da vida. A doença atinge, cada vez mais, uma faixa da população que poderia estar livre de preocupações e aproveitando a vida: a terceira idade. Em cada qua-tro idosos, um sofre ou já sofreu de depressão.
“A depressão no idoso, na maioria das vezes, está associada a alguma situação, como aposentadoria ou falta de autonomia para gerir a própria vida”, ressalta a psicóloga da família da CASSI-MA, Tânia Vernalha.
sintoMas
Dores, insônia, cansaço, dimi-nuição da libido em pessoas mais velhas, além dos persistentes sen-timentos de tristeza, ansiedade ou “vazio”, desesperança, pessimis-mo, culpa e falta de amor próprio são sintomas típicos da doença. O estado depressivo freqüentemente é acompanhado de ansiedade e de
Como IdentIFICar e
tratar a depreSSão,
qUe atInge 15% da
popUlação em algUma
FaSe da vIda, Com
maIor IntenSIdade
oS IdoSoS?
mUItoS ConSegUem
eSCapar deSSe
tranStorno,
mantendo vIda
SaUdável e prodUtIva.
veja aS orIentaçõeS
de proFISSIonaIS
e aS experIênCIaS
de grUpoS de
partICIpanteS da CaSSI
para Combater eSSe
mal qUe Se agravoU
Com a vIda moderna,
agItada e CompetItIva.
FUJa da depreSSão
jornal cassi10saúde
tensão muscular, podendo ocorrer dores musculares, em geral nas cos-tas ou na nuca.
O reconhecimento da depressão, muitas vezes, é difícil. Preconceitos em relação à velhice e às doenças mentais dificultam o acesso dos pa-cientes a um tratamento adequado. “Existe a idéia de que a depressão é um fato normal na velhice, e não é. Quando o idoso fica desanimado e triste, por algumas semanas, é pre-ciso levá-lo a um profissional de saú-de, para avaliação, pois pode estar sofrendo de depressão. Estima-se que metade dos pacientes deprimi-dos fique sem diagnóstico e trata-mento adequados”, afirma a psicó-loga da Unidade maranhense.
causas
Limitações físicas, doenças crôni-cas e cancerígenas, problemas na fa-mília, dificuldades financeiras, perda de parentes e amigos, solidão, medo de morrer e sentimento de inutilida-de são alguns dos múltiplos fatores responsáveis pelo início da depres-são no ser humano.
A utilização simultânea de me-dicamentos cardiológicos, anti-reu-máticos, antialérgicos, antiinfla-matórios e tranqüilizantes também pode causar depressão.
A depressão produz, com frequência, uma queda na imuni-dade do paciente, diminuindo sua resistência física às doenças. A de-pressão severa na pessoa idosa pode apresentar um estado confuso, semelhante ao da demência.
trataMento
A depressão pode e deve ser
tratada para possibilitar a melhoria da qualidade de vida. O tratamen-to costuma associar medicamento e psicoterapia. Os antidepressivos são responsáveis pela minimização dos sintomas e o controle da angústia. A psicoterapia, conduzida por profis-sional especializado, auxilia na iden-tificação da origem da doença. A re-cuperação leva algumas semanas e o apoio dos familiares é fundamental.
Antidepressivos mais novos apre-
sentam menos efeitos colaterais e
oferecem mais vantagens nas faixas
etárias mais elevadas. A medicação
antidepressiva é importante, mas
a abordagem psicológica é funda-
mental. A terapia ocupacional tam-
bém produz bons resultados.
ajuda ao idoso
A Associação Brasileira de Psiquiatria recomenda ao ido-so com depressão:
• estabelecer objetivos realistas e assumir um grau razoável de responsabilidade;
• decompor grandes tarefas em atividades menores, estabele-cendo algumas prioridades;
• estar próximo de outras pes-soas e confiar em alguém;
• participar de atividades que o façam sentir-se melhor;
• praticar exercícios leves, ir a um cinema, a um jogo de fute-bol ou participar de atividades religiosas e sociais;
• entender que as pessoas não saem de uma depressão “da noite para o dia”, mas elas po-dem se sentir um pouco melhor a cada dia;
• lembrar que o pensamento negativo começará a desapare-cer logo que sua depressão res-ponda ao tratamento e
• deixar seus familiares e ami-gos ajudarem.
“Estima-se que metade dos pacientes deprimidos fique sem diagnóstico e tratamento adequados”
jornal cassi 11 cassi eM Foco
se numa situação de emergência eu precisar de atendimento médico de um profissional não cre-denciado pela cassi, há alguma forma de reem-bolso?
Sim. No caso do Plano de Associados, o processo de re-embolso está previsto no Regulamento (RPA). Há alguns critérios para o pagamento, como apresentação de do-cumentação completa, em vias originais, datadas e com identificação do paciente. Em relação ao plano CASSI Família, somente são reembolsáveis na Livre Escolha os casos de serviços hospitalares e ambulatoriais realizados em situações de urgência/emergência ou quando haja in-suficiência ou inexistência de recursos na Rede Credencia-da local. Neste caso, o reembolso será efetuado com base no mesmo valor pago pela CASSI ao hospital credenciado de mesmo porte na região onde se deu a ocorrência. Ain-da assim, o processo é avaliado pela Unidade Regional da CASSI.
em caso de dúvidas nas cobranças do extrato de utilização do plano de saúde, o que o participante deve fazer?
Trimestralmente a CASSI envia aos participantes o Extrato de Utilização dos serviços com os gastos no plano de saú-de nas seguintes situações: quando o valor acumulado das utilizações no período for igual ou superior a R$ 200,00 e se houver utilização de procedimentos seriados. Muitas vezes, algumas cobranças não são compreendidas pelos participantes. Nestes casos ou se forem verificadas possí-veis cobranças indevidas, é importante estabelecer contato com a CASSI pelos canais: Fale com a CASSI (www.cassi.com.br), Central CASSI (0800 729 0080) ou Unidade CAS-SI mais próxima para solicitar averiguação das eventuais dúvidas observadas no extrato.
Qual o procedimento a ser tomado quando chega um novo cartão cassi?
Assim que o participante recebe um novo cartão magnéti-co para procedimentos, automaticamente o antigo é inva-lidado mesmo que esse ainda esteja na data de validade. Portanto, ao receber o novo, o participante deve descartar o cartão antigo.
tirandoas dúvidas do participante
Grupo em momento de atividade
Preocupada com os riscos que a aposentadoria traz
à saúde física e mental, a CASSI-Londrina, no norte
do Paraná, desenvolveu há três anos o projeto “viva Mais”. Por meio dele, procura-se melhorar a qualidade
de vida dos funcionários do Banco do Brasil que estão
para se aposentar. O objetivo é evitar os problemas
decorrentes da suspensão das atividades profissionais.
“Nos encontros falamos sobre o processo de en-
velhecimento e aposentadoria. Trabalhamos tanto a
saúde física quanto a mental, analisando questões da
infância até os dias de hoje”, explica a assistente social
Edilene Zamprônio.
Encontros vivenciais e metodologia participativa
foram ferramentas que contribuíram para que os par-
ticipantes pudessem realizar trocas de experiências e
compartilhar as expectativas para nova fase de vida.
A CASSI Paraná também realizou Oficinas de Preparo
para Aposentadoria. Os participantes do “Projeto Caminhar”
compararam a trajetória no banco a uma viagem. O grupo
foi convidado a pensar nas habilidades que tinham quando
iniciaram a carreira e os conhecimentos que adquiriram
durante o tempo de trabalho, o que resultou no nome do
projeto. Conforme os participantes, a iniciativa da CASSI
ajudou a pensar no assunto, fazer projetos e não encará-
los como fim de linha e sim como o começo de uma nova
etapa de vida.
preparando para aposentadoria
jornal cassi12Mercado de saúde
o plano de saúde é obrigado a co-brir plástica com fins estéticos e cirur-gia de redução do estômago em qual-quer circunstância? O convênio tem que arcar com exames pedidos por médicos e clínicas particulares? Como funciona o sistema de reembolso? Por que o plano cobre cirurgia e, às vezes, não cobre algumas marcas de próteses ortopédicas? Saiba como a regulação do sistema de saúde organiza e define critérios com o objetivo de assegurar o melhor atendimento possível a você, zelando pelos recursos existentes que são dos próprios participantes. Conhe-cê-los e procurar sempre orientações da Caixa de Assistência é fundamental para ter segurança, não sair prejudica-do e garantir seu bem-estar.
Um médico-cirurgião indicou a uma participante da CASSI uma pró-tese importada em sua operação na coluna. A solicitada pelo médico, um espaçador importado, não tem auto-rização da Agência de Vigilância Sa-nitária (Anvisa) para ser utilizada no Brasil. Por isso, a CASSI autorizou à paciente equipamento semelhante registrado na agência reguladora. E a cirurgia com a prótese indicada pela CASSI foi bem sucedida.
Outro participante internou o fi-lho em um hospital na capital paulis-ta com acompanhamento de médico particular. A conta foi alta e a Caixa de Assistência reembolsou as despesas de acordo com suas tabelas vigentes, cujos valores são menores dos que os
praticados na rede particular. Antes da internação, a família foi orienta-da a procurar a Rede Credenciada da CASSI, a qual possui profissionais ha-bilitados para esse tipo de assistência. Ainda assim os familiares optaram pela utilização de recursos fora da rede CASSI.
Para evitar situações como essas, é importante que o beneficiário esclareça suas dúvidas com a CASSI. Às vezes, o participante corre o risco de arcar com contas e honorários elevados, quando a assistência médico-hospitalar prestada não tem o aval do plano de saúde. É im-portante conhecer, se informar e discutir alternativas com a Caixa de Assistência,
antes da realização de procedimentos mais complexos.
Várias são as dúvidas dos parti-cipantes sobre o que pode ou não pode ser feito em relação aos planos de saúde. Para estabelecer regras mais claras, em 1998 foi criada a Lei de Re-gulamentação dos Planos de Saúde. A lei 9.656/98 organizou e estabilizou o mercado, com a contribuição da Agência Nacional de Saúde Suplemen-tar (ANS), criada em 2000. “A medici-na no Brasil é cara e com desperdício de recursos, com exames e procedi-mentos desnecessários (em geral, 25% dos resultados não são retirados dos laboratórios). Após a regulamentação,
regraS do SeU plano de Saúde
o qUe voCê preCISa Saber para ter o
melhor atendimento
jornal cassi 13 Mercado de saúde
ganharam os consumidores e as em-presas sérias que atuam no segmento de planos de saúde”, explica o presi-dente da Associação Brasileira de Me-dicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida. Para ele, 95% dos casos que vão parar na Justiça são referen-tes a planos anteriores à lei. “Com os novos contratos não há o que se dis-cutir, tudo está discriminado na car-tilha da ANS que fiscaliza a atuação dos planos,” esclarece.
Pesquisa da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), com dados de 2005, mos-tra que 95% das operadoras do setor — que não têm fins lucrativos — pos-suem algum tipo de mecanismo de regulação, com critérios para contro-lar melhor a utilização dos recursos fi-nanceiros dos próprios beneficiários. ”Em 90% delas existe a co-participa-ção do beneficiário no pagamento de eventos e em 85% a autorização pré-via para os procedimentos de maior complexidade. Em 79% das entidades filiadas existe uma Central de Regula-ção, que tem a atribuição de avaliar as solicitações médicas, visando me-lhor atendimento ao beneficiário,” explica a presidente da Unidas, Marí-lia Ehl Barbosa.
o setor de reGulação da cassi
São inegáveis e bem-vindos os benefícios para a saúde da popula-ção obtidos com o avanço tecnoló-gico na medicina. A CASSI, como to-das as outras operadoras de planos de saúde, recebe diariamente uma grande quantidade de solicitações para abono de novas tecnologias, recém chegadas no mercado de saú-de, a maioria em fase experimental, sem estudos de eficácia e segurança a longo prazo.
A incorporação tecnológica na
medicina sempre agrega custos, nem
sempre necessários. São novos equi-
pamentos, procedimentos clínicos ou
cirúrgicos, medicamentos, materiais
especiais, órteses e próteses, exames
e métodos de diagnose a pacientes.
Geralmente, o paciente e seus
familiares, pressionados psicologi-
camente e emocionalmente para
obter a cura, não têm informações
sobre o real alcance do que é apre-
sentado como solução.
“Por isso, a CASSI sabe da importân-
cia da avaliação de novas tecnologias
“O princípio básico da economia da saúde não é economizar, mas sim dar o melhor atendimento aproveitando da melhor forma possível os recursos disponíveis”
antes de incorporá-las e da orientação
aos participantes sobre elas. A tec-
nologia é cara e todos devem decidir
como utilizá-la de modo a beneficiar a
população assistida. Como não temos
agências de avaliação tecnológica no
país, buscamos informações científicas
fornecidas pelas agências de outros
países. A análise é feita em conceitos
de medicina baseada em evidência,
avaliação tecnológica em saúde e eco-
nomia da saúde. É relevante lembrar
que a Caixa de Assistência é co-res-
ponsável pelos procedimentos e tera-
pias que autoriza”, explica a gerente
de Regulação da CASSI, Sônia Maria
Morais do Rennó Zanata.
jornal cassi14Mercado de saúde
Para ela, garantir qualidade em saúde, hoje, não significa dispor ape-nas da última novidade tecnológica. “O princípio básico da economia da saúde não é economizar, mas sim dar o melhor atendimento aproveitando da melhor forma possível os recursos disponíveis”, conclui.
o Que É reGulação
Por regulação no sistema de saú-de entende-se gerenciar necessidade, oferta e demanda de procedimentos. Ela compreende ações destinadas a definir critérios de auditoria, avaliação, controle e planejamento de ações com o objetivo de administrar custos com prestação de serviços de qualidade, transmitindo segurança ao beneficiá-rio e ao prestador e zelando pelo equi-líbrio financeiro do plano de saúde.
Um exemplo é a operação de redução de estômago. Vários são os critérios para sua autorização. Além do índice de massa corpórea, tam-bém são levados em conta a existên-cia de doenças crônicas desencade-adas ou agravadas pela obesidade, os limites de faixa etária e a ausência de distúrbios psiquiátricos, entre ou-tros. A cirurgia não pode ser realiza-
da apenas para fins estéticos e sem outras tentativas para redução do excesso de peso.
Zanata explica que o setor de Re-gulação da CASSI está sempre em permanente processo de atualização, acompanhando pesquisas científicas que avaliam a eficácia e a segurança de procedimentos, e consultando ór-gãos oficiais para, se necessário, re-ver seus normativos, principalmente
quando houver o reconhecimento e a comprovação do benefício aos pa-cientes. “Outras formas de garantir a segurança aos participantes e pres-tadores, de acordo com a regulação praticada pela Caixa de Assistência, são: emissão de senhas prévias pela Central de Atendimento, a perícia
médica junto com a auditoria externa nas Unidades e a auditoria interna nas Centrais de Pagamento”, ressalta.
Mercado de saúde e tecnolóGico
Tem sido cada vez maior a pressão das empresas multinacionais de ma-teriais médicos e equipamentos hos-pitalares sobre os prestadores de ser-viços de saúde, no sentido de vender equipamentos ultra-sofisticados para diagnose e terapia. Segundo dados de especialistas da área, a maior parte do investimento feito pela indústria é com a propaganda do novo medica-mento ou procedimento e não com pesquisas que, em média, correspon-dem a 15% do orçamento.
O constante ingresso de novas tecnologias tem elevado significa-tivamente os preços praticados no mercado de saúde e muitas tecno-logias têm sido disponibilizadas sem uma avaliação adequada de sua efe-tividade. “As pessoas acabam tendo sua saúde prejudicada, servindo, às vezes, de cobaia para procedimentos experimentais. Em outros momentos, surgem tecnologias promissoras, mas com indicações restritas, como a ci-rurgia da obesidade mórbida. No en-tanto, elas começam a ser emprega-das em pacientes que não possuem os pré-requisitos básicos, o que, além de aumentar o risco de morte ou se-qüelas, oneram todo o sistema de saúde, onde todos pagam para todos utilizarem”, explica a gerente de Pla-nos de Saúde da CASSI, Alba Valéria Eira Fleury.
Para a presidente da Unidas, Ma-rília Ehl Barbosa, há um grande peri-go em simplesmente utilizar um novo procedimento, sem que este tenha
“As pessoas acabam tendo sua saúde prejudicada, servindo, às vezes, de cobaia para procedimentos experimentais”
jornal cassi 15 Mercado de saúde
procedimentos médicos. As orienta-ções devem ser seguidas para evitar futuros transtornos.
Há outros intrumentos para o par-ticipante se orientar. Por exemplo, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) www.idec.org.br lançou uma publicação que esclarece os principais pontos da lei federal sobre regulação.
sido efetivamente testado e sem um rigoroso levantamento de todos os riscos envolvidos com o seu uso. “Os beneficiários têm uma parcela impor-tante de responsabilidade na gestão dos recursos do seu programa de as-sistência à saúde e devem estar aten-tos aos procedimentos efetivamente realizados, devendo, sempre que pos-sível, discutir com a entidade da qual é associado, para verificar se o procedi-mento ou a técnica solicitada pelo mé-dico assistente é a mais recomendada para o seu tratamento”, afirma.
coMo proceder eM caso de dúvidas
A grande maioria das demandas judiciais propostas contra a CASSI e outros planos são questões relaciona-das às limitações de cobertura, como cirurgias bariátricas, internação em spa, próteses importadas e compra de medicamentos. No caso de dúvida em relação a procedimentos ou na utiliza-ção de medicamentos, o participante deve entrar em contato com a Unida-de CASSI mais próxima para conhecer a cobertura do plano de saúde e as evi-dências científicas em que se baseia a indicação. A Central CASSI (0800 729 0080) também está à disposição para esclarecer as questões. Ela é responsá-vel pelo atendimento e orientação ao participante, pela liberação de proce-dimentos (clínicos e cirúrgicos) que exigem prévia autorização. A Central dispõe de uma equipe técnica, com médicos de diversas especialidades, capacitada para avaliar a compatibili-dade entre os procedimentos solicita-dos e os diagnósticos fornecidos. Todo trabalho é baseado em normativos da CASSI, em relatórios de órgãos espe-cializados, em avaliação tecnológica em saúde e na legislação específica vigente sobre produtos biomédicos e
Qualquer consumidor pode
acionar a Agência Nacional de Saú-
de Suplementar para consultar a
relação dos medicamentos e proce-
dimentos que seu plano é obrigado
a cobrir sem custos adicionais. As
consultas e denúncias à Agência
podem ser feitas por meio do tele-
fone 0800-701-9656.
• Com a utilização do meio eletrônico para au-torização, passe o cartão e assine a filipeta quando você realizar algum procedi-mento. Entretanto, durante o período de transição de implantação do au-torizador eletrônico, assine a guia e a filipeta.
• Quando voltar à consulta para apresentação dos exames, não assine a guia novamente. O prazo para retor-no é de 15 dias.
• A utilização do Pronto Socorro deverá ser ape-nas para os casos de emergência. Não o utilize para situações de rotina, pois seus custos são mais elelvados que o padrão normal e ainda há o risco de contrair doenças típicas de ambientes hospitalares.
• Exames médicos são importantes; procure guardá-los. Quando for a uma consulta leve os exames anteriores, que poderão auxiliar no diag-nóstico do médico.
• Retire seus exames médicos nos estabelecimentos. Pesquisas apontam que 25% dos pacientes que realizam exames não vão retirá-los e a mes-ma porcentagem não retorna ao médico para continuar o tratamento.
• Consulte o site da CASSI (www.cassi.com.br) para obter informações sobre a Rede Credenciada ou ligue no 0800 729 0080. A Central CASSI dispõe de metodologia de trabalho informatizada e de profissionais preparados para esclarecer dúvidas e fornecer informações. Ou, ainda, procure a Unidade CASSI mais próxima.
• Não procure serviço particular sem antes certificar-se que a CASSI dis-põe de prestadores credenciados, principalmente quando se tratar de eventos cirúrgicos ou procedimentos de alta complexidade. Lembre-se de que os valores reembolsados em regime de Livre Escolha diferem mui-to dos valores praticados em serviços particulares.
jornal cassi16saúde
azeite de oliva: lUgar de honra na alImentação
A oliveira, árvore que produz a azeitona, fruto do qual é extraído o azeite, chegou ao Mediterrâneo pelas mãos dos fenícios, sírios e armênios. Até o século XVIII, seu cultivo ficou restrito a Espanha, Portugal, Grécia, França, Itália e norte da áfrica. Poste-riormente chegou à América.
Antes de ser utilizado na alimen-tação, o azeite ocupou lugar na pre-venção e cura de doenças, além de outros usos. Por exemplo, há mais de 6 mil anos o povo da Mesopotâmia untava o corpo com azeite para se proteger do frio. Hipócrates, o “pai da medicina”, afirmava que o azeite aliviava dores e ajudava no tratamen-to de feridas. Na Idade Contemporâ-nea veio a explicação: a azeitona tem ácido acetilsalicílico, elemento básico na composição da aspirina.
classiFicação do azeite
A nutricionista da CASSI-RS, Elizia-ne Nicolodi Francescato Ruiz, explica que o azeite pode ser classificado em:
• extravirgem – produto com acidez menor do que 0,8% e maior concen-tração de antioxidantes. Muito utili-zado em saladas.
• virgem – com acidez entre 0,8% e 2%. É adequado para molhos e vi-nagrete.
• refinado – supera o grau de acidez de 2%. Destina-se a utilização indus-trial, sendo misturado com outros azeites. Indicado para frituras.
CONSAGRADO PELOS BENEFÍCIOS QUE PROPORCIONA À SAúDE, O AZEITE
TAMBÉM PRECISA SER CONSUMIDO COM CUIDADO. SAIBA POR QUê.
• de oliva ou puro – a mistura de azei-te refinado com azeite virgem ou com outros óleos é denominado azeite de oliva. De qualidade inferior, indicado para fritura.
contra doenças deGenerati-vas e cardiovasculares
O consumo do azeite – desde a Antiguidade - sempre esteve ligado à longevidade. Estudos realizados em uma localidade do interior da Grécia indicaram que o hábito da população de beber um cálice de azeite diaria-mente era um dos principais fatores que contribuíam para a longevidade de grande número de habitantes.
A razão: o azeite é rico em antioxi-dantes, os polifenóis – que ajudam na prevenção de doenças degenerativas – e em gordura monoinsaturada, que contribui para o aumento da taxa do HDL ou colesterol “bom”. O azeite de oliva ainda auxilia, como todos os ou-tros óleos, no transporte de vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, D, E, e K) pelo organismo.
No entanto, o consumo deve ser feito com cuidado por quem está com excesso de peso, pois agrega alto valor calórico à alimentação.
Um alerta: o aquecimento do azei-te, como de qualquer óleo, aumenta o risco de oxidar seus nutrientes e dimi-nuir propriedades nutricionais, como a gordura monoinsaturada.
azeite de oliva, óleo e Gordura
Os lipídios ou gorduras possuem diferentes classificações de acordo com sua estrutura química. As gorduras são divididas em saturadas (manteiga, carne gorda) e insaturadas, sendo es-tas subdivididas em monoinsaturada (azeite de oliva, abacate, nozes, cano-la) e poli-insaturadas, que são o ôme-ga 6 (óleos de soja, milho, girassol) e ômega 3 (peixes, canola).
A nutricionista da CASSI-RS explica que “a gordura saturada, em excesso, pode aumentar o colesterol ruim (LDL), enquanto a gordura ômega 3 diminui o LDL e os triglicerídeos”. Já a gordura moninsaturada, como o azeite, dimi-nui o colesterol ruim e aumenta o bom no sangue. O ômega 6 diminui o ruim, mas não altera o bom.
O colesterol ruim (LDL) em excesso fica depositado nas paredes das arté-rias, dificultando o fluxo do sangue e aumentando os riscos de isquemias (falta de irrigação sanguínea) tanto cardíacas quanto cerebrais.
“a gordura saturada, em excesso, pode aumentar o colesterol ruim (LDL), enquanto a gordura ômega 3 diminui o LDL e os triglicerídeos”
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