O Idealismo Romântico • O idealismo alemão é uma corrente filosófica do
século XIX, que se enquadra dentro do espírito
romântico da época.
• O filósofo mais representativo desta tendência é o
alemão Hegel.
• A síntese do idealismo hegeliano expressa um dos
seus ideais mais ilustres: o pensamento racional não
pode ser separado da realidade e a realidade só
faz sentido se fizer parte da razão.
O Idealismo Romântico Princípios gerais
• O ponto de partida da reflexão filosófica não faz
parte da realidade do mundo exterior, mas sim do
próprio sujeito pensante.
• O que importa não é o mundo, mas sim sua representação como um ideal.
• O idealismo alemão é uma tentativa de responder a
uma pergunta de caráter metafísico: como a realidade pode ser conhecida?
• A realidade das coisas só pode ser entendida a partir
da consciência que o ser humano tem sobre esta
realidade.
O Socialismo Utópico • Ideias desenvolvidas na primeira metade do século
XIX, desejosos por uma sociedade mais justa,
igualitária e fraterna;
• Os socialistas utópico não apresentam de maneira
concreta de que forma a sociedade pensada por
eles se estabeleceria;
• Os críticos do Socialismo Utópico (como Marx e
Engels) alegam que os utópicos não fizeram uma
análise crítica da própria sociedade capitalista.
O Socialismo Utópico • Os princípios básicos do Socialismo Utópico:
o Crítica ao liberalismo econômico, principalmente à livre
concorrência e à liberdade de mercado;
o Formação de comunidades autossuficientes, onde os homens,
por meio da livre cooperação, teriam suas necessidades
satisfeitas;
o Organização, em escala nacional, de um sistema de
cooperativa de trabalhadores, que negociariam, entre si, a
troca de bens e serviços;
o Atuação do Estado que, por meio da centralização da
economia, evitaria os abusos do capitalismo.
O Socialismo Utópico Os principais pensadores do Socialismo Utópico
Charles Fourier
• Propôs a organização da sociedade em “falanstérios”, reunindo todos os segmentos sociais;
• Todas as pessoas disporiam suas propriedades e força de trabalho em posse comum, recebendo ações proporcionais ao valor de sua contribuição;
• As ideias de Fourier nem mesmo saíram do papel visto que ele não encontrou ninguém disposto a financiar o primeiro falanstério.
Robert Owen
• Capitalista proprietário de várias fábricas mas preocupado com os problemas sociais da fábrica;
• Suas principais ideias • a construção de casas para seus funcionários;
• participação nos lucros;
• redução de jornada de 14 para 10,5 horas;
• escolas para os filhos de operários;
• organização da sociedade em cooperativas operárias.
O Socialismo Utópico Os principais pensadores do Socialismo Utópico
Louis Blanc
• Defendia a interferência do Estado para modificar a economia e a sociedade;
• Idealizou a criação de “ateliês” ou “oficinas nacionais”, onde trabalhadores da mesma atividade se associariam;
• Os ateliês contariam com o apoio do Estado e a produção não enfrentaria concorrência de grandes empresas.
Saint-Simon
• Preocupado com o problema da direção moral da sociedade;
• Propôs a planificação da economia, visando beneficiar principalmente as classes trabalhadoras;
• Defendia também que a indústria devia voltar-se ao atendimento dos interesses da maioria, notadamente os mais pobres.
O Socialismo Científico • Críticos dos primeiros socialistas, chamados
socialistas românticos, Karl Marx e Friederich Engels
vão desenvolver uma corrente socialista
conhecida como Marxismo;
• O objeto de estudo do Marxismo é a sociedade
capitalista industrial, formada a partir da 1ª e 2ª
Revoluções Industriais;
• O Marxismo influenciará os estudos das sociedades
nos séculos XIX e XX, além de servir de inspiração
para uma série de ações políticas proletárias.
O Socialismo Científico • Os conceitos do Socialismo Marxista
• Dialética
• Natureza e sociedade passam por processos permanentes de
transformação;
• O processo se dá por forças contrárias e o confronto leva a
mudanças qualitativas e quantitativas na realidade.
• Modo de produção
• Toda sociedade possui uma base material (estrutura) representada
pelas forças de produção econômica (instrumentos e experiências) e
pelas relações sociais de produção (dominação, solidariedade, etc);
• O modo de produção condiciona a vida social, política e intelectual.
• Luta de classes
• A luta de classes é o motor da história humana;
• Esse conflito só acabaria com a construção da sociedade comunista
perfeita, sem propriedade privada, exploração de classes e injustiças
O Cartismo • Inglaterra, décadas de 30 e 40 do século XIX;
• Um dos primeiros movimentos a reivindicar a
participação política do operariado;
• Defendiam a criação de leis em prol da classe
como redução das jornadas e a melhoria das
condições de trabalho;
• Os trabalhadores ingleses pediam um conjunto de
reformas junto ao Parlamento, reunido na
chamada Carta do Povo; o Substituição do voto censitário pelo sufrágio universal;
o Instituição do voto secreto;
o Remuneração dos parlamentares.
O Cartismo • 1848: uma grande marcha de trabalhadores é
organizada para exigir o atendimento das
demandas da Carta;
• No contexto da Primavera dos Povos, os
trabalhadores ingleses marcharam com o objetivo
de pressionar o governo inglês;
• O movimento cartista foi duramente reprimido, sem
muita ação efetiva inicial, mas representou o
embrião do sindicalismo inglês do século XIX.
A Doutrina Social da Igreja • Também conhecida como Pensamento social
cristão, com lugar nos séculos XIX e XX.
• Apelos foram lançados aos capitalistas para que
amenizassem a exploração das classes
trabalhadoras.
• Considerada uma tentativa de aplicar os
pensamentos evangélicos de amor e respeito ao
próximo aos problemas sociais da industrialização.
A Doutrina Social da Igreja • Em 1891, o Papa Leão XIII promulgou a encíclica
Rerum Novarum: o Exposição do pensamento social católico;
o Reconhecimento da propriedade privada;
o Rejeição do Marxismo;
o Condenação da exploração desumana do trabalho.
• O Papa propunha o reconhecimento
das reivindicações básicas do
operariado: limitação de horas de
trabalho, descanso semanal e
salários dignos.
O Liberalismo • Teoria que busca justificar a sociedade industrial
capitalista, destacando-se a corrente do
Liberalismo Econômico.
• Os principais representantes dessa corrente foram
os economistas Adam Smith, Thomas Malthus e
David Ricardo.
O Liberalismo Thomas Malthus
David Ricardo
• Demógrafo que expôs a tese de que a miséria dos trabalhadores era consequência de uma lei da natureza e não responsabilidade da burguesia.
• A população crescia em um ritmo bem mais rápido (progressão geométrica) do que os meios de subsistência (progressão aritmética).
• A restrição da procriação humana evitaria o descompasso da relação.
• Afirmou que o trabalho deveria ser encarado como uma mercadoria como qualquer outra (sujeita à lei da oferta e procura).
• Muita oferta de trabalho leva à baixos salários. • Não caberia ao Estado ou sindicatos exigir
aumentos salariais contrários à “lei”.
• As leis de mercado justificavam os salários baixos e a exploração dos trabalhadores.
O Anarquismo • Filosofia política, vertente do Socialismo, que
defendia a ausência de governo ou de
autoridade.
• Pierre-Joseph Proudhon e Mikhail Bakunin são os
dois principais representantes do Anarquismo.
O Anarquismo • A existência da propriedade privada constituía
um roubo, uma vez que a propriedade era obtida por meio da exploração do trabalho alheio;
• Defendia a igualdade e liberdade para todas as pessoas;
• Defendia uma sociedade harmoniosa, sem a existência do Estado, em que todos cooperariam com o bem-estar coletivo.
• Atuou em várias revoluções no século XIX (Rússia, Polônia e Alemanha;
• Influenciou ações anarquistas na Itália, Alemanha, Espanha, França e América;
• A propriedade privada dos meios de produção deveria ser abolida (terras e máquinas, p. ex.);
• Toda propriedade pertencia à coletividade, formada por pessoas livres.
Pierre-Joseph Proudhon
Mikhail Bakunin
O Evolucionismo • Desenvolvida principalmente por Charles Darwin
(1809-1882), a teoria do Evolucionismo afirma que a
sobrevivência das espécies está relacionada com
sua seleção natural.
• O Evolucionismo critica a teoria do Fixismo, que
dizia serem os vivos dotados de características
imutáveis.
• O Evolucionismo gerou muitas críticas na época
pois o Fixismo era fortemente influenciado pela
filosofia religiosa cristã.
O Positivismo • Corrente filosófica que surgiu na França no início
do século XIX, inspirada por Saint-Simon e fundada
por Auguste Comte;
• Defende a ideia de que o conhecimento científico
seria a única forma de conhecimento verdadeiro.
• A partir desse saber, pode-se explicar coisas
práticas, como das leis da física, das relações
sociais e da ética.
• O Positivismo trabalha com duas orientações: o a orientação científica, que busca efetivar uma divisão das ciências;
o a orientação psicológica, uma linha teórica da Sociologia, a qual
investiga toda a natureza humana verificável.
O Positivismo • A corrente positivista promove o culto à ciência, o
mundo humano e o materialismo em detrimento
da metafísica e do mundo espiritual.
• A ideia-chave do Positivismo Comtiano é a "Lei dos
Três Estados“: 1. o Teológico, onde o ser humano busca explicação para a realidade por
meio de entidades supranaturais;
2. o Metafísico, do qual os deuses são substituídos por entidades abstratas,
como "o Éter", para explicar a realidade;
3. o Positivo da humanidade, donde não se explica o "porquê" das coisas,
mas sim o "como", a partir do domínio sobre as leis de causa e efeito.
• O lema “Amor por princípio, Ordem por meio e
Progresso por fim” vai inspirar as Forças Armadas
do Brasil, a partir da proclamação da República.
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