PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
CURSO ADMINISTRAÇÃO
FRANCIELLY DA CUNHA
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA ASSOCIAÇÃO X.
São José
2015
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
CURSO ADMINISTRAÇÃO
FRANCIELLY DA CUNHA
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA ASSOCIAÇÃO X.
Trabalho de Conclusão de Estagio elaborado
como requisito parcial para obtenção do grau de
Bacharel em Administração do Centro
Universitário Municipal de São José – USJ.
Orientador: Prof. Ms. Ednaldo Souza Vilela
São José
2015
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, Andreia e Valdeci, por toda a dedicação, educação
e carinho que tornaram possível realizar esta conquista.
Aos meus familiares por todo o incentivo e zelo, em especial minha madrasta
Simone que durante minha caminhada na vida acadêmica se mostrou ainda mais
disposta e ajudou como pode.
Aos amigos que passaram e aos que a ainda permanecem em minha vida
dando apoio, companheirismo e alegrias.
Aos meus colegas de turma, Alessandro Sadi, Taine Nascimento Garcia e
Taís Roecker, pela ajuda, apoio e brincadeiras.
Agradeço também a Associação X pela oportunidade de realizar esta
pesquisa, em especial a Vanilse pelos esclarecimentos e apoio.
Ao meu orientador, professor Ednaldo, que aceitou me orientar mesmo não
dando mais aula ao curso de administração, por todo o auxílio e dedicação.
Por fim, a todos os professores pelos conhecimentos compartilhados,
especialmente ao professor Lissandro, que mesmo não podendo me orientar
ofereceu suporte no começo desta pesquisa e a professora Renata Silva que
quando me encontrava perdida mostrou um caminho a seguir.
RESUMO
As organizações atualmente buscam sobreviver as constantes mudanças que ocorrem no ambiente empresarial, necessitando de uma tomada de decisão rápida, segura e sensata. Buscando auxiliar a tomada de decisão as organizações utilizam-se da análise das demonstrações financeiras, que expõe a posição financeira e econômica apontando o quê determinou o resultado e quando necessário realizar modificações visando melhorar a situação futura do empreendimento. A presente pesquisa é de natureza aplicada com objetivo exploratório, tendo a abordagem tanto quantitativa quanto qualitativa, e utilizando-se da pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso. Esta pesquisa contempla a análise financeira e econômica da Associação X, nome fictício da empresa objeto de estudo, através da aplicação da análise vertical e horizontal e dos indicadores econômicos financeiros nos dados dos relatórios financeiros como demonstração do resultado do exercício e do balanço patrimonial. Por fim, a partir desta análise faz-se a comparação dos resultados obtidos entre o período da gestão anterior e o período da gestão atual da Associação X.
Palavras-chaves: Análise das demonstrações financeiras. Análises vertical e horizontal. Indicadores econômicos financeiros.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Resumo indicadores econômico financeiros .........................................30
Quadro 2 – Estrutura básica do balanço patrimonial ................................................33
Quadro 3 – Estrutura da demonstração do resultado ...............................................35
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Organograma da Associação X ...............................................................14
Figura 2 – Fluxo do processo de Análise ..................................................................22
Figura 3 – Divisão dos índices ..................................................................................28
Figura 4 – Análise Vertical e Horizontal dos Convênios e Mensalidades .................51
Figura 5 – Análise Vertical e Horizontal da Cessão de Espaço ................................51
Figura 6 – Análise Vertical e Horizontal dos Cursos, Palestra e Outras Receitas ....52
Figura 7 – Análise Vertical e Horizontal das Devoluções e Cancelamentos .............53
Figura 8 – Análise Vertical e Horizontal do Repasse e Contribuições Associativa ...53
Figura 9 – Análise Vertical e Horizontal das despesas tributárias ............................54
Figura 10 – Participação de Capitais de Terceiros na Associação X ........................58
Figura 11 – Composição do Endividamento na Associação X ..................................59
Figura 12 – Imobilização do Patrimônio Líquido da Associação X ...........................60
Figura 13 – Imobilização dos recursos não correntes na Associação X ..................61
Figura 14 – Liquidez Geral da Associação X ............................................................63
Figura 15 – Liquidez Corrente da Associação X .......................................................64
Figura 16 – Liquidez Seca da Associação X .............................................................66
Figura 17 – Giro do Ativo da Associação X ...............................................................69
Figura 18 – Margem Líquida da Associação X .........................................................70
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Estrutura de Capitais da Associação X ..................................................56
Gráfico 2 – Liquidez da Associação X .......................................................................62
Gráfico 3 – Rentabilidade da Associação X ..............................................................67
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Número de associados da Associação X ................................................17
Tabela 2 – Nível de escolaridade dos colaboradores ...............................................18
Tabela 3 – Evolução no número de beneficiários dos planos de saúde ...................39
Tabela 4 – Análise Vertical e Horizontal do Ativo no Balanço Patrimonial da
Associação X .............................................................................................................42
Tabela 5 – Análise Vertical e Horizontal do Passivo no Balanço Patrimonial da
Associação X .............................................................................................................45
Tabela 6 – Demonstração do Resultado do Exercício da Associação X ..................48
Tabela 7 – Principal receita e despesa da Associação X .........................................49
Tabela 8 – Índice de Estrutura de Capitais da Associação X ...................................56
Tabela 9 – Índice de Liquidez da Associação X .......................................................62
Tabela 10 – Rentabilidade da Associação X .............................................................67
Tabela 11 – Percentuais de crescimento ..................................................................71
Tabela 12 – Crescimento Lucro Líquido x Patrimônio Líquido ..................................72
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8
1.1 TEMA DE PESQUISA ......................................................................................... 8
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................. 9
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 9
Geral................................................................................................................. 9 1.3.1
Específicos ...................................................................................................... 9 1.3.2
1.4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 10
2 AMBIENTE ORGANIZACIONAL .......................................................................... 11
2.1 HISTÓRICO ...................................................................................................... 11
2.2 FORMA DE GESTÃO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................ 12
2.3 DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS .................................................................. 14
Negócio .......................................................................................................... 14 2.3.1
Missão ............................................................................................................ 15 2.3.2
Nossa Visão .................................................................................................. 15 2.3.3
2.4 PRINCIPAIS PRODUTOS/SERVIÇOS ............................................................. 15
2.5 FORÇA DE TRABALHO ................................................................................... 16
2.6 MERCADOS ATENDIDOS E AMBIENTE COMPETITIVO ............................... 17
3 FUNDAMENTAÇÃO ............................................................................................. 18
3.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ..................................................................... 18
Análise das demonstrações financeiras ..................................................... 20 3.1.1
Análise vertical ............................................................................................. 24 3.1.2
Análise horizontal ......................................................................................... 25 3.1.3
Indicadores econômico-financeiros............................................................ 26 3.1.4
Índices-padrão .............................................................................................. 30 3.1.5
3.2 ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS ............................................................ 30
3.3 BALANÇO PATRIMONIAL................................................................................ 31
3.4 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO .................................. 33
4 METODOLOGIA ................................................................................................... 35
4.1 TIPOS DE PESQUISA ...................................................................................... 35
4.2 COLETA DE DADOS ........................................................................................ 36
4.3 FORMAS DE ANÁLISE .................................................................................... 37
5 RESULTADOS DA PESQUISA ............................................................................ 38
5.1 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL ............................................................. 39
Balanço Patrimonial ..................................................................................... 39 5.1.1
Demonstração do Resultado do Exercício ................................................. 46 5.1.2
5.2 INDICADORES ECONÔMICOS FINANCEIROS .............................................. 54
Estrutura ........................................................................................................ 55 5.2.1
Liquidez ......................................................................................................... 60 5.2.2
Rentabilidade ................................................................................................ 65 5.2.3
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 72
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 73
8
1 INTRODUÇÃO
O ambiente empresarial foi modificado por constantes mudanças ocasionadas
pela globalização, que tornaram-se parte do cotidiano. Para sobreviver neste novo
ambiente, as organizações passaram a ter necessidade de uma rápida, segura e
sensata tomada de decisão.
O processo de globalização tornou as economias mundiais mais
interdependentes e elevou os riscos de mercado, assim as operações financeiras
assumiram maior complexidade e reforçaram a necessidade das empresas em
procurarem posições protetoras e aperfeiçoarem sua gestão de riscos (ASSAF
NETO, 2012).
Nesse contexto, a administração financeira tornou-se uma grande aliada para
as organizações, já que por meio dela é possível desenvolver uma avaliação concisa
da situação no mercado, minimizando os riscos e auxiliando em uma tomada de
decisão mais assertiva.
Entre as ferramentas que podem ser utilizadas para obter uma avaliação, está
a análise das demonstrações financeiras, que expõe a posição financeira e
econômica da organização, apontando o quê determinou o resultado e quando
necessário realizar modificações visando melhorar a situação futura do
empreendimento.
1.1 TEMA DE PESQUISA
No processo de análise das demonstrações financeiras, são utilizadas as
demonstrações do resultado do exercício e os balanços patrimoniais, para realizar a
análise vertical e horizontal da organização.
A análise vertical comprova a importância de cada verba para a empresa
obter aquele resultado, enquanto a análise horizontal apresenta a evolução no
tempo de cada conta. E para complementar as análises vertical e horizontal, são
utilizados os indicadores econômico financeiros, obtendo mais informações sobre a
real situação da empresa.
9
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Na Associação X, um dos principais objetivos é o desenvolvimento e o
fortalecimento econômico e financeiro da classe empresarial. Desta forma, a
atenção na gestão e na tomada de decisão torna-se primordial.
Propondo avaliar a atual situação financeira e econômica da organização, o
presente trabalho é de suma importância para a associação, pois o resultado pode
ser utilizado em diversos processos na tomada de decisão. Vale ressaltar que a falta
da avaliação ou a má interpretação dos dados podem acarretar em prejuízo para a
empresa.
Nesse sentido, elaborou-se a seguinte pergunta a ser respondida:
- Qual a atual situação financeira e econômica da Associação X?
1.3 OBJETIVOS
Baseado no problema definido, temos a seguir os objetivos geral e
específicos.
Geral 1.3.1
O objetivo desta pesquisa consiste em analisar a situação financeira e
econômica da Associação X, na qual se utiliza a demonstração do resultado do
exercício e o balanço patrimonial, no período entre 2012 e 2014.
Específicos 1.3.2
- Calcular os percentuais da análise vertical e horizontal da Associação X;
- Avaliar os resultados da análise vertical e horizontal;
- Mensurar e expor os indicadores financeiros e econômicos da Associação X;
- Analisar os resultados obtidos da aplicação dos indicadores financeiros e
econômicos;
- Comparar os resultados alcançados através da análise financeira e
econômica da gestão anterior com os resultados no período da atual gestão;
- Elaborar um parecer sobre a situação da Associação X.
10
1.4 JUSTIFICATIVA
A análise das demonstrações é essencial tanto para as empresas, quanto
para a sociedade, pois ao mesmo tempo em que auxilia a organização na tomada de
decisão e a gestão de riscos, também assegura ao mercado, associados e credores
quanto a capacidade de pagamento, rentabilidade e endividamento.
De acordo com Gitman e Madura (2003), os associados estão interessados
nos níveis atuais e futuros de risco e retorno, que afetam diretamente a organização;
já os credores estão interessados na liquidez a curto prazo da empresa e em sua
capacidade de efetuar os pagamentos de suas dívidas.
Assim, a Associação X, que possui como objetivo o fortalecimento da classe
empresarial, poderá ter como benefício da diminuição de riscos, gerar mais
credibilidade e proporcionar também mais segurança aos seus associados.
A acadêmica, a partir do presente estudo, terá a oportunidade de aplicar esta
teoria em uma empresa real, acarretando conhecimentos e experiências ainda não
vivenciados.
11
2 AMBIENTE ORGANIZACIONAL1
Denominada Associação X, a organização objeto de estudo neste trabalho
está situada no município de São José, em Santa Catarina. No decorrer deste
capítulo, serão apontadas suas características, histórico e a estrutura
organizacional.
2.1 HISTÓRICO
A Associação X foi fundada em 1984, por um grupo de empresários, que
tinham o objetivo de reunir as empresas da região e buscar soluções para
problemas comuns em conjunto. Desde sua fundação, prestou serviços aos seus
associados e à comunidade em geral.
Ao lançar a campanha para duplicação e melhoria da BR – 101, ampliou sua
área de abrangência, conquistando outros empresários, que também queriam
participar de suas atividades.
Para atender os anseios dos empresários participantes e dos novos
interessados, a Associação X decidiu modificar seu estatuto em 1986, tendo como
princípio o incentivo à livre iniciativa, utilizando como meio a força da união dos
associados. Desta forma, passou a alcançar suas finalidades pelo entrosamento
com entidades congêneres e a comunidade, com a qual pretende ser cada vez mais
útil.
Em agosto de 1999, foi fundada uma entidade de classe, criada por
empresários lojistas, que representa o segmento em âmbito municipal, denominada
Entidade Z.
A união entre a Associação X e a Entidade Z foi concretizada em 2001,
formando uma parceria sólida e voltada aos interesses de todos os segmentos
1 Informações retiradas do site e documentos internos da organização.
12
empresariais do município, fortalecendo ainda mais os trabalhos para o
desenvolvimento da economia local.
O sucesso dessa parceria se materializou no aumento significativo do número
de associados da entidade e no seu reconhecimento junto à sociedade.
2.2 FORMA DE GESTÃO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A Associação X é constituída por pessoas jurídicas, em uma sociedade civil,
de caráter não econômico e de duração indeterminada. A administração e direção
da associação conta com os seguintes órgãos: assembleia geral, conselho
deliberativo, conselho fiscal e diretoria executiva.
A assembleia geral é formada por empresas associadas, que se reúnem
regularmente para deliberar providências, ações, estudos e estratégias que dirijam a
associação. Na assembleia, são eleitos o presidente e os integrantes que fazem
parte dos conselhos. A eleição ocorre a cada dois anos, em ano ímpar, no mês de
junho. Já a posse é realizada em julho.
O Conselho Deliberativo é constituído por um grupo de empresários,
coordenado por um presidente, auxiliado pelo vice-presidente e o secretário. Uma de
suas atividades é monitorar, em todos os níveis, a implantação das decisões e
recomendações aprovadas, além de acompanhar o ingresso e aplicação dos
recursos financeiros. Cabe também ao órgão estar integrado a elaboração dos
planos estratégicos da Associação X, bem como supervisionar os serviços
realizados pela auditoria externa contábil, fiscal e financeira.
O Conselho Fiscal é formado por três integrantes efetivos e suplentes. O
órgão tem como atribuição fiscalizar a gestão financeira da associação, assim como
examinar os balancetes mensais, as prestações de contas, os livros contábeis, as
demonstrações financeiras, a situação do caixa e demais documentos, entre outras
ações.
A Diretoria Executiva é composta por um grupo de empresários, liderada por
um presidente. Os demais integrantes são designados para cargos de vice-
presidentes e diretores. O órgão possui diversas atribuições, como participar das
negociações com empresas contratadas e/ou conveniadas, acompanhar e avaliar o
desempenho das atividades dos prestadores de serviço de saúde, entre outras.
13
Na figura a seguir, apresenta-se o organograma da Associação X, onde estão
representados o presidente, conselho deliberativo, conselho fiscal, diretoria
executiva, assembleia geral e responsáveis por coordenar a execução das ações
estratégicas. Estão representados também os níveis gerenciais encarregados pela
operacionalização de todas as atividades.
Figura 1: Organograma da Associação X.
Fonte: adaptado pela autora, 2015.
14
A gerência administrativa e financeira responde pelas áreas de departamento
pessoal, compras e demais atividades que levam o nome da pasta, executando
funções como a folha de pagamento, compra de materiais, cobranças e pagamentos
e pessoal de apoio.
Já a gerência de soluções é responsável pelas negociações de preços
diferenciados, cadastramento e cancelamento de novos beneficiários nos planos de
saúde, convênios clínicas, planos odontológicos, ticket alimentação, ticket refeição e
ticket car.
A gerência de expansão é incumbida pelos serviços e produtos ofertados pela
organização, assim como auxiliar no cumprimento das ações estratégicas
determinadas pela associação.
A responsabilidade pelas áreas institucional, capacitação, eventos, programa
empreender e comunicação e marketing é da gerência institucional. A área de
capacitação é responsável pela oferta e organização dos cursos. Na área
institucional são realizadas as atividades relacionadas à diretoria, desde a criação
das atas até o agendamento das assembleias. Já a área de eventos visa a
organização e supervisão dos eventos e espaços de toda a instituição. O programa
empreender consiste em reunir empresários de um mesmo segmento, constituindo
núcleos setoriais, como forma de organizar e fortalecer os diversos setores da
economia. E a área de comunicação e marketing é responsável pela divulgação da
instituição no mercado, assim como a divulgação de seu presidente e conselhos e
campanhas organizadas pela associação.
2.3 DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS
Este item compartilha a identidade da Associação X. As informações foram
retiradas do manual interno da organização.
Negócio 2.3.1
Congregamos e incentivamos o desenvolvimento da classe empresarial e colaboramos para a solução de problemas econômicos, financeiros e comunitários. Representamos e defendemos os interesses coletivos como legitima representante de todos os segmentos. (ASSOCIAÇÃO X, 2014, p.3).
15
Missão 2.3.2
Promover a união da classe empresarial, aumentando sua representatividade, através do desenvolvimento de parcerias e do intercâmbio de experiências e soluções para a socialização dos resultados (ASSOCIAÇÃO X, 2014, p.3).
Nossa Visão 2.3.3
“Ser uma organização referência na prestação de serviços, com efetiva
representatividade da classe empresarial e promotora do desenvolvimento
socioeconômico do município de São José e região”. (ASSOCIAÇÃO X, 2014, p.3)
2.4 PRINCIPAIS PRODUTOS/SERVIÇOS
A Associação X oferta uma vasta gama de produtos e serviços, tanto aos
empresários quanto aos seus colaboradores. Entre as inúmeras soluções e
benefícios, estão os planos de saúde, convênio com clinicas médicas, planos
odontológicos, ticket alimentação e refeição, ticket car, cursos para capacitação
diversificados e convênios de educação.
Oferece também o apoio à gestão de seus associados, na qual se destacam:
- Consulta online ao Serasa, aprimorando a capacidade de decisão para
conceder o crédito;
- Consulta online ao SPC, fornecendo informações para facilitar e transmitir
segurança nas decisões de concessão de crédito em operações mercantis ou
financeiras;
- Proteção intelectual, uma consultoria que oferece os melhores caminhos a
serem percorridos para proteção do capital, como a busca de marcas com emissões
de relatórios para a tomada de decisão e orientações de inovação tecnológica;
- Incubadora Empresarial, que dispõe de um espaço físico e oferece
capacitação gerencial, assessoria, consultoria, orientação na elaboração de projetos,
serviços administrativos, acesso à informações, entre outros diferenciais para novos
negócios;
- Consulta jurídica, na qual especialistas em diversas áreas jurídicas
empresariais estão à disposição dos associados, de segunda a sexta-feira, em
horário comercial, com serviços de consulta e orientações, gratuitos, pelo telefone;
16
- Junta Comercial, onde são analisados os atos pertinentes aos registros de
novas empresas, alterações e extinções de empresário individual ou sociedades,
certidões e autenticação de livros mercantis e fiscais, entre outros serviços.
2.5 FORÇA DE TRABALHO
A Associação X é composta por associados dos mais diversos segmentos
empresariais. Sem eles, a organização não existiria. Conta também com uma equipe
de colaboradores capacitados, que buscam cumprir as estratégias definidas pelos
associados. Primeiramente, trataremos dos associados.
Tabela 1: Número de associados da Associação X
Ano Qtd
2012 3.233
2013 3.734
2014 4.094 Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Como mostra a tabela acima, entre os anos de 2012 e 2013 a Associação X
obteve uma ampliação de 15,50% no número de associados. Já de 2013 a 2014, o
aumento foi de 9,64%. Porém, na comparação entre os anos de 2012 e 2014
teremos o aumento de 26,63%. Um crescimento significativo, que mantem a
associação próspera e em constante ampliação.
No quadro de colaboradores, a Associação X possui, atualmente, cerca de 60
funcionários, composto por: uma superintendente executiva; dois gerentes, um
responsável pela área institucional e outro pela área de serviços; seis supervisores
nas áreas administrativa e financeira, qualidade, institucional, apoio à gestão,
solução e tecnologia da informação; cinco coordenadores nas áreas de saúde,
departamento pessoal, capacitação, eventos e comunicação e marketing e quatro
encarregados nas áreas de saúde, financeiro, empreender e institucional.
O nível de instrução dos colaboradores, conforme tabela abaixo, é formado
por pós graduados, superior completo, superior incompleto e médio completo. Ou
seja, todos os seus colaboradores possuem, ao menos, o segundo grau completo.
17
Tabela 2: Nível de escolaridade dos colaboradores
Nível Qtd Percentual
Pós graduado 04 06,67%
Superior completo 18 30,00%
Superior incompleto 15 25,00%
Médio completo 23 38,33%
Fonte: elaborado pela autora.
A empresa oferece aos seus colaboradores benefícios como vale transporte,
vale alimentação, vale refeição, plano de saúde, plano odontológico, seguro de vida,
auxílio creche, além de auxílio educação, treinamentos e cursos.
2.6 MERCADOS ATENDIDOS E AMBIENTE COMPETITIVO
A instituição de estudo do presente trabalho atende ao mercado de São José
e região, buscando abranger a classe empresarial, com o objetivo de auxiliar no
desenvolvimento econômico, financeiro e social.
Por se tratar de uma associação, a empresa de estudo possui em seu
ambiente competitivo organizações que oferecem os mesmos benefícios e
vantagens, que visam facilitar a vida do empresário, como a comercialização de
plano de saúde, convênios clínicas, plano odontológico, ticket alimentação ou
refeição, consulta ao Serasa e SPC e cursos de capacitação.
Sendo assim, entre os atuais concorrentes encontra-se outras associações do
mesmo ramo e a compra direta entre associado e fornecedor. Porém, a Associação
X mantém parcerias com outras associações em sua região, que sejam do mesmo
ramo, mas que não oferecem todos os benefícios. Assim, passa a proporcionar aos
associados destas outras associações as suas vantagens.
18
3 FUNDAMENTAÇÃO
Este capítulo abordará os assuntos relacionados aos objetivos da pesquisa. A
administração financeira é fundamentada de forma ampla, relacionada a análise das
demonstrações financeiras, que é o tema central da pesquisa e nos leva às
definições das análises vertical e horizontal e aos indicadores econômico-
financeiros.
Sendo o objetivo geral da pesquisa analisar a situação financeira e econômica
da Associação X e por ela se tratar de uma entidade sem fins lucrativos, é
necessário sua definição, assim como a descrição do balanço patrimonial e a
demonstração do resultado do exercício, utilizados como fonte durante as análises.
3.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Os ambientes organizacionais estão passando por constantes
transformações, tornando necessário ter soluções rápidas e sensatas, reforçando
assim a importância e o valor da administração.
Conforme Assaf Neto (2010), o processo de tomada de decisão reflete a
essência do conceito de administração. O mesmo autor ainda afirma que administrar
é decidir e a continuidade de qualquer negócio depende da qualidade das decisões
tomadas por seus administradores, nos vários níveis organizacionais.
Durante a tomada de decisão, procuram-se dados e informações em termos
financeiros, assim “o administrador financeiro representa o papel central na
operação da empresa”. (GITMAN, 2010, p. 7). Este mesmo autor também define o
administrador financeiro como aquele que gerencia ativamente os assuntos
financeiros de qualquer tipo de organização e que a administração financeira é o
conjunto dessas atribuições.
Segundo Braga (1995), a função financeira compreende um conjunto de
atividades relacionadas à gestão dos fundos movimentados por todas as áreas da
empresa, que é responsável pela obtenção dos recursos necessários e formulação
de uma estratégia voltada para a otimização do uso desses fundos.
19
Sanvicente (2010, p. 17) complementa ao dizer o que cabe ao administrador
financeiro:
[...] (1) a obtenção de recursos monetários para que a empresa desenvolva as suas atividades correntes e expanda a sua escala de operações, [...] (2) a análise da maneira (eficiência) com a qual os recursos são utilizados pelos diversos setores e nas várias áreas de atuação da empresa.
Administração financeira, portanto, é a área de estudo que busca o melhor
meio de captação e aplicação dos recursos de uma organização.
Na administração financeira o objetivo econômico das empresas é a
maximização de seu valor de mercado, pois dessa forma estará ampliando a riqueza
de seus proprietários (HOJI, 2007). Nesse contexto, Padoveze (2005, p. 3) reforça
ainda que “o objetivo de uma empresa deve ser a criação de valor para seus
acionistas ou proprietários”.
Para Sanvicente (2010), o objetivo básico é a maior rentabilidade possível
sobre o investimento efetuado pelos proprietários, desde que a liquidez da empresa
não seja comprometida.
A administração financeira busca agregar valor por meio do melhor
investimento de recursos financeiros da organização, maximizar os lucros de seus
proprietários, tornando-se um componente importante para o desenvolvimento e
crescimento das organizações.
Braga (1995, p. 23) afirma que a função financeira possui “um papel muito
importante no desenvolvimento de todas as atividades operacionais, contribuindo
significativamente para o sucesso do empreendimento”.
Segundo Assaf Neto (2010), dentro do ambiente empresarial, a administração
financeira volta-se basicamente para as seguintes funções:
a) Planejamento financeiro, o qual procura evidenciar as necessidades de
expansão da empresa, assim como identificar eventuais desajustes futuros;
b) Controle financeiro, dedicando-se a acompanhar e avaliar todo o
desempenho financeiro da empresa;
c) Administração de ativos, que deve perseguir a melhor estrutura, em
termos de risco e retorno, dos investimentos empresariais e proceder um
gerenciamento eficiente de seus valores;
20
d) Administração de passivos, que se volta para a aquisição de fundos e o
gerenciamento de sua composição, procurando definir a estrutura mais adequada
em termos de liquidez, redução de custos e risco financeiro.
Dentro dessas funções, faz parte do cotidiano do administrador financeiro
tomar as decisões relacionadas ao investimento, financiamento e dividendos ou
destinação do lucro.
Para Braga (1995, p. 33), decisões de investimento “referem-se tanto à
administração da estrutura do ativo quanto à implementação de novos projetos”.
Nessa linha, assegura-se ainda que as decisões de investimento dizem respeito à
destinação dos recursos financeiros, para aplicação em seus ativos e realizável a
longo prazo, considerando-se a relação adequada de risco e de retorno dos capitais
investidos (HOJI, 2007).
Quanto às decisões de financiamento, é possível afirmar que “o administrador
financeiro é compelido em determinar o melhor mix de financiamento para o projeto
ou estrutura de capital da empresa, entre capital próprio e de terceiros”
(PADOVEZE, 2005, p. 49).
De acordo com Sanvicente (2010), a destinação do lucro líquido, também
conhecido por política de dividendos, se preocupa com a destinação dada aos
recursos financeiros, que a própria empresa gera em suas atividades. Assim, é
preciso decidir se o lucro será retido para expansão do negócio ou distribuído aos
proprietários.
Para auxiliar tanto nas decisões de investimento, financiamento e dividendos
quanto na tomada de decisão de outras áreas da organização, utiliza-se a análise
das demonstrações financeiras, tema que será aprofundado no próximo tópico.
Análise das demonstrações financeiras 3.1.1
Como pode ser percebido a seguir, as expressões análise de balanços,
análise financeira de balanço, análise das demonstrações contábeis e análise das
demonstrações financeiras são consideradas sinônimos. Sempre que possível, a
expressão será tratada neste trabalho como análise das demonstrações financeiras.
A análise das demonstrações financeiras aborda o procedimento de avaliação
da situação da empresa, nos aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e
financeiros, utilizando os demonstrativos contábeis para tal (PADOVEZE, 2005).
21
De acordo com Perez Junior e Begalli (2009, p. 239), a análise das
demonstrações financeiras pode ser definida como “uma forma de transformar
dados em informações úteis à tomada de decisões”.
Segundo Matarazzo (1998), as demonstrações contábeis fornecem uma série
de dados sobre a empresa, que a análise das demonstrações financeiras transforma
em informações, produzindo, assim, mais conteúdo e tornando-se mais eficiente. A
figura abaixo evidencia esse conceito.
Figura 2: Fluxo do processo de Análise
Fonte: MATARAZZO (1998, p. 18).
Para alguns autores, a análise das demonstrações financeiras é considerada
uma arte. Iudícibus assegura (1998, p. 20):
[...]inevitavelmente caracterizar a análise de balanços como a „arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso‟. Consideramos que a análise de balanços é uma arte, pois, embora existam alguns cálculos razoavelmente formalizados, não existe forma cientifica ou metodologicamente comprovada de relacionar os índices de maneira a obter um diagnóstico preciso.
Hoji (2007) acrescenta que a análise das demonstrações financeiras é
considerada uma arte, apesar de utilizar fórmulas matemáticas e métodos científicos
para extrair dados, pois dependendo do grau de conhecimento teórico,
conhecimento do ramo, experiência prática, sensibilidade e intuição, cada analista
poderá produzir diagnósticos diferentes a partir de um mesmo conjunto de dados.
Apesar de tratarem matematicamente os dados contábeis, as técnicas de análise nem sempre fornecem respostas completas ou inquestionáveis. Atuando sobre as mesmas demonstrações de uma empresa, dois analistas poderão chegar à conclusões diferentes. Se ambos forem bons profissionais, tais conclusões deveriam ser semelhantes, mas não necessariamente iguais. Isto ocorre porque cada empresa constitui um organismos vivo e suas forças e fraquezas poderão invalidar diagnósticos
22
tecnicamente bem elaborados. Assim, somos levados a considerar a análise financeira como uma arte que reúne conhecimentos teóricos, experiência prática e, sobretudo, sensibilidade, argúcia, empenho e bom-senso. (BRAGA, 1995, p.139-140)
Deste modo, entende-se que os resultados da análise das demonstrações
financeiras podem variar, já que ela depende do entendimento e experiência do
analista sobre o assunto.
A avaliação da empresa tem por finalidade “analisar seu resultado e
desempenho, detectando os pontos fortes e fracos dos processos operacional e
financeiro, com o objetivo de propor alternativas de andamento futuro a serem
tomadas e seguidas pelos gestores” (PADOVEZE, 2005, p. 215).
Para Assaf Neto (2010), a análise das demonstrações financeiras objetiva
relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição
financeira e econômica atual, as causas que determinaram a evolução apresentada
e as tendências futuras. Em outras palavras, é possível extrair informações sobre a
posição passada, presente e futura de uma empresa.
A análise das demonstrações financeiras busca, portanto, evidenciar a
situação passada e atual da empresa, nos âmbitos, econômico e financeiro, por
meio das demonstrações contábeis, para auxiliar nos processos de tomada de
decisão de seus gestores.
A análise das demonstrações financeiras sempre estará associada a um processo decisório. Cada agente abordará a empresa com determinado objetivo e este determinará a profundidade e o enfoque da análise. Obviamente, tudo o que disser respeito à saúde financeira da empresa, representada pela sua liquidez e rentabilidade, deverá interessar aos referidos agentes (BRAGA, 1995, p.140).
Os administradores de empresa, acionistas e investidores, instituições
financeiras, fornecedores, clientes, concorrentes e órgãos governamentais são quem
mais utilizam a análise de balanços (HOJI, 2007).
De acordo com Assaf Neto (2010, p. 101), a análise aponta ao administrador
interno da organização “uma avaliação do desempenho geral, notadamente como
forma de identificar os resultados (consequências) retrospectivos e prospectivos das
diversas decisões financeiras tomadas”.
Ela também possibilita aos investidores avaliarem a remuneração e a
segurança do seu investimento, da mesma forma como proporciona aos credores
23
avaliarem a garantia dos capitais emprestados e o retorno nos prazos estabelecidos
(REIS, 2003).
É importante ressaltar que a análise das demonstrações financeiras é
“fundamentalmente comparativa” (ASSAF NETO, 2010, p.42). Se avaliado
isoladamente, o índice não fornece informações suficientes para uma análise
correta. O mesmo autor ainda complementa que “é indispensável que se conheça
como evoluiu o resultado nos últimos anos e em que nível se situa em relação aos
concorrentes e aos padrões de mercado”.
Segundo Assaf Neto (2010), a comparação que processa a análise de
demonstrações financeiras é apresentada de duas formas:
Temporal: envolvendo resultados de períodos anteriores, geralmente
os três últimos exercícios sociais da empresa. O essencial da análise está em
compreender-se a tendência apresentada pelos indicadores de desempenho e não
limitar a avaliação em um resultado restrito a um único período;
Interempresarial: relacionado ao desempenho de uma empresa com o
setor de atividade e o mercado em geral. São utilizados índices-padrão do mercado,
que podem ser obtidos em publicações especializadas ou desenvolvidos pela
própria empresa. Para esse estudo, são utilizadas, normalmente, como fontes de
informações, as principais publicações de índices setoriais disponíveis como
Melhores e Maiores, Estudos Setoriais Serasa, Instituto Assaf, Conjuntura
Econômica etc.
Para a elaboração da análise das demonstrações financeiras são utilizados
dados dos demonstrativos contábeis, basicamente os balanços patrimoniais e as
demonstrações de resultado do exercício, que serão aprofundados nos itens 3.7 e
3.8, respectivamente. Porém, vale ressaltar que para “os resultados da análise
refletirem a realidade da situação da empresa, é imprescindível que os dados
constantes dos demonstrativos analisados estejam corretos” (REIS, 2003, p.109).
Conforme Assaf Neto (2010), o raciocínio básico da análise se desenvolve por
técnicas oriundas de diferentes áreas, principalmente da contabilidade, matemática
e estatística.
Deste modo, a análise das demonstrações financeiras utiliza métodos para
sua elaboração. São eles a análise vertical e horizontal e indicadores econômico-
financeiros, que serão aprofundados futuramente.
24
Antes de iniciar a análise, é importante verificar os dados dos demonstrativos
contábeis e ajustá-los, para evitar distorções significativas na análise. Conforme Hoji
(2007), os procedimentos a serem realizados são:
- o balanço patrimonial, onde as contas que geralmente precisam ser
reclassificadas são as retificadoras duplicatas e saques de exportação descontados,
que, na realidade, são empréstimos;
- o resultado de exercícios futuros, que pode ser considerado patrimônio
líquido;
- a demonstração de resultado, na qual as despesas e receitas financeiras
devem ser separadas do grupo de despesas operacionais.
Análise vertical 3.1.2
A análise vertical é denominada a participação percentual ou de estrutura dos
elementos dos demonstrativos contábeis. Assume-se como 100% um determinado
elemento patrimonial, que inicialmente deve ser o mais importante e realiza-se uma
relação percentual de todos os demais elementos sobre ele (PADOVEZE, 2005).
“A análise vertical facilita a avaliação da estrutura do ativo e do passivo, bem
como a participação de cada item da demonstração de resultado na formação do
lucro ou prejuízo” (HOJI, 2007, p. 281).
Segundo Iudícibus (1998), a análise é importante para avaliar a estrutura de
composição dos itens e sua evolução no tempo. Para Matarazzo (1998, p. 255), a
análise vertical tem como objetivo “mostrar a importância de cada conta em relação
à demonstração financeira que pertence e, pela comparação com os padrões do
ramo ou percentuais da própria empresa em anos anteriores, permite deduzir se há
itens fora das proporções normais”.
No balanço patrimonial, ao comparar exercícios subsequentes, podemos
constatar eventuais mudanças na política da empresa quanto à obtenção e
aplicação de recursos (REIS, 2003). Braga (1995, p. 145) acrescenta ainda que “a
análise vertical fornece indicadores que facilitam a avaliação da estrutura do ativo e
das fontes de financiamento”.
De acordo com Padoveze (2005), a análise vertical da demonstração de
resultados é muito mais significativa que a do balanço patrimonial, já que permite
25
uma visão da estrutura de custos e despesas da empresa. Essa análise deve ser
explorada ao máximo, pois permite extrair informações primordiais.
“A análise vertical da Demonstração do Resultado possibilita avaliar a
participação de cada elemento na formação do lucro ou prejuízo do período”
(BRAGA, 1995, p. 145).
Conforme afirma Padoveze (2005), para o balanço patrimonial é convencional
adotar como 100% o total do ativo e do passivo, e para a demonstração de
resultados do exercício o valor do total da receita de vendas, líquida dos impostos,
denominada legalmente receita operacional líquida.
Análise horizontal 3.1.3
A análise horizontal identifica a evolução dos diversos elementos patrimoniais
e resultados ao longo de um determinado período de tempo. É uma análise temporal
do crescimento da empresa, que permite avaliar a evolução das vendas, custos e
despesas; o aumento dos investimentos realizados nos diversos itens ativos e a
evolução da dívidas (ASSAF NETO, 2010).
De acordo com Reis (2003, p. 110) “o método da análise horizontal compara,
em forma percentual, o valor de determinada verba ou grupo de verbas em relação
ao(s) ano(s) anterior(es)”. Braga (1995) acrescenta que, deste modo, pode-se
avaliar a evolução de cada elemento patrimonial e de resultado ao longo de diversos
períodos sucessivos.
A finalidade da análise horizontal é “apontar o crescimento de itens dos
balanços e das demonstrações de resultados, bem como outros demonstrativos,
através dos períodos, a fim de caracterizar tendências” (IUDÍCIBUS, 1998, p. 90).
Na análise horizontal, é tomado como 100% todas as contas de um
determinado período, frequentemente o mais antigo, constituindo uma relação
percentual em cima dos dados dessa época, na qual o resultado indica quanto o
período subsequente é maior ou menor que o período anterior (PADOVEZE, 2005).
Matarazzo (1998 p. 256) afirma que este tipo de análise tem como propósito
“mostrar a evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela
comparação entre si, permitir tirar conclusões sobre a evolução da empresa”.
Os resultados obtidos por meio da análise horizontal devem ser interpretados
com certa reserva, pois nem sempre os maiores percentuais de aumento são os
26
mais significativos (REIS, 2003). É preciso prestar atenção tanto aos aumentos
quanto as diminuições e levar em consideração a conta que se atribuiu este
resultado, assim como procurar sua causa.
Indicadores econômico-financeiros 3.1.4
Os dados apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do
resultado do exercício podem ser inter-relacionados de inúmeras formas, permitindo
a visão de um aspecto específico da situação ou desempenho da empresa.
Denominamos essas inter-relações com indicadores econômico-financeiros, também
conhecido como índices ou quocientes.
Segundo Reis (2003), os indicadores econômico-financeiros são os métodos
analíticos mais usados, pela qual se comparam dois valores patrimoniais, dividindo
um pelo outro. O mesmo autor explica que esse método tem a vantagem de indicar
a relação de grandeza existente entre os itens comparados.
Os indicadores econômico-financeiros fornecem informações importantes aos
administradores. Muitas vezes um índice serve como “uma vela acesa num quarto
escuro” (MATARAZZO, 1998, p. 153), auxiliando nas tomadas de decisão em toda a
organização.
Também compreendem a geração de um painel básico de indicadores para
complementar as análises vertical e horizontal. Esses indicadores podem ser de
relação entre elementos do balanço patrimonial ou da demonstração de resultados
que se relacionam com o balanço patrimonial e são apresentados em termos de
índices, percentuais, números absolutos ou dias, com o objetivo de facilitar ainda
mais o entendimento da situação da empresa (PADOVEZE, 2005).
Braga (1995) diz que quando se está analisando as demonstrações
financeiras da própria empresa, costuma-se calcular uma quantidade excessiva de
índices, alguns até muito originais ou exóticos. Ele indica que nesse caso deve-se
começar aplicando um pequeno conjunto de índices básicos e acrescentar outros à
medida que a análise for solicitando.
“O importante não é o calculado de grande número de índices, mas de um
conjunto que permita conhecer a situação da empresa, segundo o grau de
profundidade desejada da análise” (MATARAZZO, 1998, p. 154).
27
De acordo com Braga (1995), com uma dúzia de índices é possível realizar
um bom diagnóstico sobre a situação financeira e econômica da empresa, desde
que sejam corretamente interpretados no seu conjunto e avaliados mediante o
confronto com outros índices da própria empresa ocorridos no passado e com os
números dos concorrentes diretos e do agregado do ramo ou setor.
Matarazzo (1998) evidencia a queda de rendimento quando utilizados muitos
índices, pois mesmo que dobre esse número, não se consegue duplicar a
quantidade de informações.
Os autores apresentam várias configurações diferentes nas formas de
classificar os tipos de índices e uma pequena variação também nas suas fórmulas.
Neste trabalho, seguir-se-á linha de raciocínio de Matarazzo.
Segundo Matarazzo (1998, p. 156), deve-se, inicialmente, analisar “a situação
financeira separadamente da situação econômica; no momento seguinte, juntam-se
as conclusões dessas duas análises”.
De modo geral, os autores costumam dividir os índices em financeiros e
econômicos. De acordo com Matarazzo, (1998) é possível ainda dividir os índices
financeiros em liquidez e estrutura de capitais, também conhecido por
endividamento e índices econômicos, que trata-se da rentabilidade. A figura abaixo
ilustra essa situação.
Figura 3: Divisão dos índices.
Fonte: adaptado de Matarazzo (1998).
28
A seguir, apresenta-se uma breve descrição dos tipos de índices:
Liquidez:
De acordo com Assaf Neto (2010), os índices de liquidez buscam conhecer a
capacidade da empresa em cumprir seus compromissos assumidos dentro do
vencimento, além de revelar o equilíbrio financeiro e a necessidade de investir em
capital de giro.
A liquidez de uma empresa é medida em termos de sua capacidade de saldar suas obrigações de curto prazo à medida que se tornam devidas. A liquidez diz respeito à solvência da posição financeira geral da empresa – facilidade com que pode pagar suas contas em dia. Como um precursor comum de dificuldades financeiras é uma liquidez baixa ou em declínio, esses índices podem fornecer sinais antecipados de problemas de fluxo de caixa e insolvência iminente do negócio (GITMAN, 2010, p. 51).
Matarazzo (1998) completa afirmando que os índices desse grupo mostram a
base da situação financeira da empresa.
Estrutura de Capitais ou Endividamento:
Conforme relata Assaf Neto (2010), os índices de estrutura de capitais
avaliam, basicamente, a proporção de recursos próprios e de terceiros utilizados
pela empresa, sua dependência financeira por dívidas de curto prazo, a natureza
das exigibilidades e o risco financeiro.
A situação de endividamento de uma empresa indica o volume de dinheiro de terceiros usado para gerar lucros. De modo geral, o analista financeiro está mais preocupado com as dívidas de longo prazo porque estas comprometem a empresa com uma série de pagamentos contratuais ao longo do tempo. Quanto maior o endividamento, maior o risco de que ela se veja impossibilitada de honrar esses pagamentos contratuais (GITMAN, 2010, p. 55).
Para Matarazzo (1998), os índices desse grupo mostram as grandes linhas de
decisões financeiras, em termos de obtenção e aplicação de recursos.
Rentabilidade:
Segundo Assaf Neto (2010), os índices de rentabilidade avaliam o
desempenho da empresa economicamente, demonstrando o retorno sobre os
investimentos realizados e a lucratividade apresentada pelas atividades da empresa.
29
“Há muitas medidas de rentabilidade. Tomadas em seu conjunto, elas
permitem aos analistas avaliar os lucros da empresa em relação a um dado nível de
vendas, de ativos ou investimento dos proprietários” (GITMAN, 2010, p. 58).
De acordo com Matarazzo (1998), os índices deste grupo mostram qual a
rentabilidade dos capitais investidos, o que significa o quanto renderam os
investimentos e, por tanto, qual o grau de êxito econômico da empresa.
No quadro abaixo, estão resumidos os principais índices de estrutura de
capital, liquidez e rentabilidade utilizados na análise dos indicadores econômico-
financeiros.
Quadro 1: Resumo indicadores econômico financeiros.
Fonte: adaptado de Matarazzo (1998).
Na presente pesquisa serão utilizadas as fórmulas e interpretações contidas
no quadro acima.
30
Índices-padrão 3.1.5
A análise das demonstrações financeiras por meio de índices só adquire
consistência e objetividade quando os índices são comparados com padrões, pois
do contrário, as conclusões se sujeitam à opinião do analista.
“O papel dos índices-padrão parece, em princípio, extremamente simples:
permitir comparar uma empresa com outras semelhantes” (MATARAZZO, 1998, p.
201).
Contrapondo os resultados apurados em nossa empresa com outras, de porte
semelhante e mesmo ramo de atividade, podemos chegar a conclusões mais
realistas sobre a normalidade desses resultados (REIS, 2003). Dessa forma,
verificamos se os problemas da empresa são particulares.
Para esse estudo são utilizadas, normalmente, como fontes de informações,
as principais publicações de índices setoriais disponíveis, como melhores e maiores,
estudos setoriais Serasa, Instituto Assaf, conjuntura econômica, entre outras.
3.2 ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
As entidades sem fins lucrativos, também chamadas terceiro setor, buscam a
promoção do bem-estar social, atuando entre as lacunas deixadas pelos setores
públicos e privados. Conforme Costa (Motter, 2006, p. 29) afirma:
O Terceiro Setor, embora recente – podem-se considerar três décadas de existência -, é uma realidade frente aos outros setores: Estado e Mercado, e tem ainda muito espaço de crescimento. Estabelece parcerias a partir da iniciativa de cidadãos comuns que se mobilizam e se organizam para cobrar ações do Estado e garantir que recursos e competências sejam aproveitados na implantação de projetos concretos, promovendo uma solidariedade eficiente com a força do voluntariado e do Mercado.
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade – CFC (2012), a
entidade sem finalidade de lucros pode ser constituída sob a natureza jurídica de
fundação de direito privado, associação, organização social, organização religiosa,
partido político e entidade sindical. Pode exercer atividades como assistência social,
saúde, educação, técnico-científica, esportiva, religiosa, política, cultural,
beneficente, social e outras, administrando pessoas, coisas, fatos e interesses
coexistentes e coordenados em torno de um patrimônio com finalidade comum ou
comunitária.
31
Szazi (2003, p. 27) afirma que “uma associação pode ser definida como uma
pessoa jurídica criada a partir da união de ideia e esforços de pessoas, em torno de
um propósito que não tenha finalidade lucrativa”. Ele diz ainda que para criar uma
associação, basta reunir em assembleia pessoas com maioridade civil, que tenham
o objetivo de associar-se para uma finalidade lícita e não lucrativa. A associação é
composta, segundo Szazi (2003, p. 29), por:
[...] no mínimo, de um presidente dos trabalhos e de um secretário, que lavrará a ata, e ser eleita pelos presentes em votação simples,[...] é recomendável que seja distribuída aos presentes uma minuta previamente preparada do estatuto social, que deverá ser simples e claro[...]
As demonstrações contábeis, que devem ser elaboradas pela entidade sem
finalidade de lucros, são o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do
período, a demonstração das mutações do patrimônio líquido, a demonstração dos
fluxos de caixa e as notas explicativas, conforme o Conselho Federal de
Contabilidade - CFC (2012), que ainda orienta:
No Balanço Patrimonial, a denominação da conta Capital deve ser substituída por Patrimônio Social, integrante do grupo Patrimônio Líquido. No Balanço Patrimonial e nas Demonstrações do Resultado do Período, das Mutações do Patrimônio Líquido e dos Fluxos de Caixa, as palavras lucro ou prejuízo devem ser substituídas por superávit ou déficit do período.
Sempre que possível, se fará o ajuste na denominação das contas a partir
deste momento.
3.3 BALANÇO PATRIMONIAL
Para a análise das demonstrações financeiras, é utilizado o balanço
patrimonial das empresa, conforme citado no item anterior, necessitando, assim,
fundamentá-lo. De acordo com Matarazzo (1998, p. 43), balanço patrimonial é:
A demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa – Ativo -, assim como as obrigações – Passivo Exigível – em determinada data. A diferença entre Ativo e Passivo é chamada Patrimônio Líquido e representa o capital investido pelos proprietários da empresa, quer através de recursos trazidos de fora da empresa, quer gerados por esta em suas operações e retidos internamente.
A expressão balanço se deve ao equilíbrio entre Ativo = Passivo + Patrimônio
Social, ou da igualdade entre Aplicações = Origens. Parte-se da ideia de uma
32
balança de dois pratos, em que sempre se encontra a igualdade. Só que, em vez de
denominar-se balança, chama-se, no masculino, balanço (IUDÍCIBUS, 1998).
Sabendo que o ativo corresponde às aplicações, que o passivo está relacionado às
Origens e que o ativo deve ser igual ao passivo, conclui-se:
Ou seja:
Segundo Hoji (2007, p. 260), no balanço patrimonial as contas representativas
do ativo e passivo devem ser agrupadas de modo “a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia e apresentadas em ordem decrescente,
de grau de liquidez para o ativo e de exigibilidade para o passivo”.
É importante, ainda, distinguir entre ativos e passivos de curto e longo prazo.
Os ativos e passivos circulantes se caracterizam pelo curto prazo, significando que
devem ser convertidos em caixa ou pago, respectivamente, dentro de um ano.
Todos os demais ativos e passivos, juntamente ao patrimônio líquido, que se
presume ser de duração indeterminada, são considerados de longo prazo ou
permanentes, uma vez que se espera que permaneçam nos livros da empresa por
mais de um ano (GITMAN, 2010).
Como numa balança, a estrutura do balanço patrimonial é constituído de duas
colunas. “A coluna do lado direito é denominada passivo e patrimônio líquido. A
coluna do lado esquerdo é denominada ativo” (IUDÍCIBUS, 1998, p.40). Conforme
apresentado no quadro abaixo:
Quadro 2: Estrutura básica do balanço patrimonial.
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo Investimento Imobilizado Intangível
Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucros Ações em Tesouraria Prejuízos Acumulados
Fonte: Assaf Neto, 2010.
33
Para Hoji (2007), o balanço patrimonial demonstra a situação estática da
empresa em determinado momento. Cada negócio pode determinar a data de
encerramento do balanço conforme suas conveniências, mas a maioria das
empresas brasileiras encerra o balanço em 31 de dezembro de cada ano,
coincidindo com o encerramento do ano civil. Braga (1995, p. 40) acrescenta que
apesar desse caráter estático, o balanço patrimonial constitui a principal peça
contábil, devido à sua abrangência.
Por conta das relevantes informações sobre tendências, que podem ser
extraídas dos diversos grupos de contas, o balanço servirá como elemento de
partida indispensável para o conhecimento da situação econômica e financeira de
uma empresa.
3.4 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A demonstração do resultado do exercício, segundo Reis (2003), é uma peça
contábil que mostra o resultado das operações sociais – superávit ou déficit – que
procura evidenciar tanto o resultado operacional do período provocado pela
movimentação dos valores aplicados no ativo, como o resultado líquido do período.
“A demonstração de resultado do exercício é uma demonstração contábil que
apresenta o fluxo de receitas e despesas, resultando em aumento ou redução do
patrimônio líquido entre duas datas” (HOJI, 2007, p. 266).
De acordo com Iudícibus (1998), a demonstração do resultado do exercício é
um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período
(12 meses), que é apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas
subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado de superávit ou
déficit.
A atual legislação estabelece uma sequência de apresentação dos diversos
elementos das demonstrações de resultado para efeitos de publicação, conforme
quadro na página seguinte.
34
Quadro 3: Estrutura da demonstração do resultado.
RECEITA BRUTA DE VENDAS E/OU SERVIÇOS ( - ) Descontos Concedidos, Devoluções ( - ) Impostos sobre vendas = RECEITA LÍQUIDA ( - ) Despesas/Receitas Operacionais ( - ) Despesas Gerais e Administrativas ( - ) Despesas de Vendas ( - ) Receitas Financeiras ( - ) Despesas Financeiras ( - ) Juros sobre Capital Próprio ( - ) Outras Receitas Operacionais ( - ) Outras Despesas Operacionais = RESULTADO OPERACIONAL ( - ) Provisão para IR e Contribuição Social = RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES ( - ) Participações ( - ) Contribuições ( + ) Reversão dos Juros sobre o Capital Próprio = RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
LUCRO POR AÇÃO Fonte: Assaf Neto, 2010.
A demonstração do resultado do exercício apresenta aumentos e reduções,
causadas pelas operações da empresa no patrimônio líquido. Matarazzo (1998,
p.47) afirma que:
As receitas representam normalmente aumento do Ativo, através de ingresso de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações. Aumentando o Ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas representam redução do Ativo ou aumento do Passivo Exigível.
Assim, conforme explica Reis (2003), o demonstrativo, ao mostrar em
sequência lógica e ordenada, todos os fatores que influenciaram para mais ou para
menos o resultado do período, torna-se um valioso instrumento de análise financeira
e econômica e preciosa fonte de informações para a tomada de decisões
administrativas.
35
4 METODOLOGIA
Este item vai expor os métodos utilizados para a realização da pesquisa,
baseado em seu tipo e classificado quanto à abordagem, objetivos, procedimentos,
coleta de dados e análise dos dados.
4.1 TIPOS DE PESQUISA
A pesquisa científica atua em busca de novas descobertas e esclarecer as
situações problemas. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas
para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos (GIL, 2010).
Quanto à natureza, esta pesquisa pode ser classificada como aplicada, pois
propõe a análise das demonstrações financeiras na associação de estudo,
agregando, assim, o conhecimento de forma prática.
De acordo com Souza, Fialho e Otani (2007), a pesquisa aplicada, visa gerar
conhecimentos para a aplicação prática e dirigida à solução ou observação de
problemas específicos.
A forma de abordagem do problema pode ser tanto quantitativa, quanto
qualitativa. Silva (2011) afirma que a abordagem quantitativa é tudo que pode ser
quantificável, como tudo que pode ser demonstrado em números e informações,
para classificá-los e ser analisados. O mesmo autor acrescenta que a abordagem
qualitativa considera que há um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a
subjetividade do sujeito. que não pode ser traduzida em números.
Nesta pesquisa, abordar-se-á as duas formas. É considerada quantitativa,
pois trata da análise vertical e horizontal, além dos indicadores financeiros, com
base nas informações da empresa. Mas também pode ser classificada como
qualitativa, por realizar uma análise desses resultados.
Gil (2010, p.27) afirma que “a maioria das pesquisas realizadas com
propósitos acadêmicos, pelo menos em um primeiro momento, assume o caráter de
pesquisa exploratória, pois neste momento é pouco provável que o pesquisador
tenha uma definição clara do que irá investigar”.
36
Desta forma, pode-se classificar ainda esta pesquisa como exploratória, pois
a pesquisadora possui pouco conhecimento no assunto, o que torna necessário
buscar maior entendimento sobre o assunto abordado.
Em relação aos procedimentos técnicos, são utilizados a pesquisa
bibliográfica, documental e estudo de caso.
A pesquisa bibliográfica, segundo Gil (2010), é desenvolvida com material
previamente elaborado. As fontes são, principalmente, livros e artigos científicos.
Assim, o pesquisador tem acesso a um vasto conhecimento, de uma diversidade de
fontes secundárias, que já foram analisadas no que tange a qualidade e a
veracidade do conteúdo.
A pesquisa documental se refere à procedimentos e dados históricos da
empresa, além da observação do participante. Conforme Gil (2010), a análise
documental é elaborada a partir de materiais que ainda não receberam tratamento
analítico, servindo como uma fonte de dados para uma pesquisa, um estudo de caso
etc.
Para Gil (2010), “estudo de caso é um estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objetos, permitindo seu amplo e detalhado conhecimento”.
A utilização da pesquisa bibliográfica é justificada como fonte de
conhecimento e fundamentação, da documental para maior conhecimento da parte
do pesquisador em relação à empresa e o estudo de caso, por se tratar do
detalhamento e aprofundamento na empresa em questão.
4.2 COLETA DE DADOS
A coleta de dados nesta pesquisa foi realizada por meio de pesquisa
documental, bibliográfica e entrevista informal.
Para alcançar o conhecimento necessário ao tema abordado, foram feitas
pesquisas em livros, obras publicadas e periódicas, assim como a análise de
documentos internos da organização.
Quanto à entrevista informal, Gil (2010) afirma que é recomendada para
estudos exploratórios, pois o pesquisador precisa abordar realidades pouco
conhecidas. O ator completa que a entrevista é menos estruturada e só se distingue
da conversação, pois tem como objetivo coletar dados.
37
Para a elaboração da pesquisa, foram necessárias entrevistas informais,
buscando esclarecer informações com pessoas chave da organização. Foram
realizadas através de conversa, sem roteiro de perguntas, com a supervisora
administrativo-financeira e a coordenadora do departamento pessoal.
4.3 FORMAS DE ANÁLISE
A análise dos dados foi elaborada com base na pesquisa bibliográfica, na
área de análise das demonstrações financeiras, proporcionando à pesquisadora
formar um conceito de análise seguro e confiável, conquistando um resultado
coerente e organizado.
Durante a pesquisa, foram utilizadas figuras, quadros e gráficos para
apresentar os dados coletados e evidenciar as informações obtidas durante a
análise.
Além disso, foi utilizado como ferramenta de software o programa Microsoft
Excel, durante a análise vertical e horizontal, assim como para obter os indicadores
econômico-financeiros para a análise das demonstrações do resultado do exercício
e do balanço patrimonial dos anos de 2012, 2013 e 2014.
38
5 RESULTADOS DA PESQUISA
Este capítulo pretende demonstrar os resultados obtidos durante a pesquisa
realizada na Associação X, por meio da análise do balanço patrimonial e das
demonstrações do resultado do exercício.
A organização em estudo busca incentivar o desenvolvimento da classe
empresarial e colaborar para a solução de problemas econômicos e financeiros de
seus associados. Para auxiliá-los, a Associação X trabalha com valores
diferenciados nos planos e convênios de saúde e odontologia, assim como ticket
alimentação e restaurante. A seguir, podemos observar a importância deste trabalho
para organização.
Vale ressaltar que ao adquirir o plano de saúde, o associado se torna um
beneficiário da Associação X e o contrato é feito diretamente com ela. É a
associação quem contém o contrato com a operadora de saúde e, por este motivo,
as cobranças de valores da operadora de saúde são pagas primeiramente pela
Associação X, que posteriormente executa a cobrança aos seus associados
beneficiários.
A tabela abaixo apresenta a evolução do número de beneficiários que utilizam
os planos de saúde por meio da associação.
Tabela 3: Evolução no número de beneficiários dos planos de saúde.
2012 2013 2014
13.326 15.400 18.634 Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Neste trabalho de pesquisa, efetuou-se uma análise da situação financeira e
econômica da associação nos anos de 2012, 2013 e 2014. Por tratar-se de uma
entidade sem fins lucrativos, a associação possui uma diretoria executiva eleita por
seus associados a cada dois anos, em ano ímpar, no mês de junho e a posse no
mês de julho.
Portanto, evidencia-se os resultados obtidos pela gestão do presidente do
período anterior no ano de 2012, visto que, referente ao ano de 2013, o primeiro
semestre corresponde ao fim da gestão anterior e o segundo semestre corresponde
39
ao início da gestão do atual presidente, e, em 2014, os dados são somente referente
aos da gestão do presidente do período em vigor.
5.1 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
A análise vertical revela quais contas têm maior ou menor importância e
influência nos recursos da Associação X, enquanto a análise horizontal mostra quais
tiveram aumento ou redução. Na análise em conjunto, é possível extrair informações
importantes, como a situação financeira e econômica da empresa, assim como a
avaliação da gestão de cada presidente.
Durante o desenvolvimento a pesquisadora deste trabalho assumiu o ano de
2012 como ano base para as comparações e análises dos resultados obtidos.
Balanço Patrimonial 5.1.1
Para a análise do balanço patrimonial, buscando facilitar a visualização e
entendimento, são apresentados, separadamente, o ativo e o passivo.
Ativo:
No ativo, são apresentados os bens e direitos da organização. No quadro,
exibido na próxima página, é exposto o ativo da Associação X. Porém, antes de
começar as análises, é importante esclarecer os principais itens, conforme
apresenta-se abaixo:
- O caixa e equivalentes de caixa contêm os valores de caixa, banco e
aplicações financeiras de livre disponibilidade;
- Nas contas a receber de associados, são acumulados os valores a receber
de clientes que estejam inadimplentes há mais de 180 dias;
- As despesas antecipadas contemplam o registro de apólice de seguro do
imóvel sede e os valores a apropriar no resultado de exercício subsequente,
originário do convênio celebrado com a operadora de planos de saúde;
- Em outros créditos – Sincovar contêm os valores das despesas pagas pela
associação, conforme termo de parceria entre as partes, a serem reembolsadas
futuramente;
40
- Os depósitos judiciais acumulam depósitos de INSS das faturas da
operadora de saúde, sendo que a entidade entende que o recolhimento é indevido;
- Unicred e Sicred referem-se às cotas de capital, pertencentes à associação.
41
Tabela 4: Análise Vertical e Horizontal do Ativo no Balanço Patrimonial da Associação X.
BALANÇO PATRIMONIAL 2012 2013 2014
R$ AV(%) AH(%) R$ AV(%) AH(%) R$ AV(%) AH(%)
ATIVO 9.421.216,50 100,00 100,00 10.456.208,93 100,00 10,99 12.808.344,48 100,00 35,95
CIRCULANTE 5.829.507,92 61,88 100,00 6.800.500,59 65,04 16,66 8.485.641,61 66,25 45,56 DISPONIBILIDADES 3.160.955,86 33,55 100,00 3.774.163,59 36,09 19,40 4.979.577,89 38,88 57,53
Caixa e Equivalentes de Caixa 3.160.955,86 33,55 100,00 3.774.163,59 36,09 19,40 4.979.577,89 38,88 57,53 CRÉDITOS 2.668.552,06 28,32 100,00 3.026.337,00 28,94 13,41 3.506.063,72 27,37 31,38
Contas a Receber de Associados 243.299,62 2,58 100,00 434.195,79 4,15 78,46 471.415,80 3,68 93,76 Adiantamentos a Funcionários 26.741,91 0,28 100,00 37.998,01 0,36 42,09 14.714,10 0,11 -44,98 Valores a Compensar e Recuperar 3.525,15 0,04 100,00 2.910,22 0,03 -17,44 6.170,99 0,05 75,06 Despesas Antecipadas 2.394.985,38 25,42 100,00 2.520.753,73 24,11 5,25 2.961.044,79 23,12 23,64 Outros Créditos
30.479,25 0,29 0,00 52.718,04 0,41 72,96
NÃO CIRCULANTE 3.591.708,58 38,12 100,00 3.655.708,34 34,96 1,78 4.322.702,87 33,75 20,35 REALIZÁVEL EM LONGO PRAZO 3.652,57 0,04 100,00 34.202,82 0,33 836,40 572.448,12 4,47 15.572,47
Outros Créditos – Sincovar 3.652,57 0,04 100,00 34.202,82 0,33 836,40 6.138,05 0,05 68,05 Depósitos Judiciais – INSS
566.310,07 4,42 0,00
INVESTIMENTO 23.987,02 0,25 100,00 38.617,41 0,37 60,99 55.135,51 0,43 129,86
Unicred 23.987,02 0,25 100,00 35.617,41 0,34 48,49 52.034,71 0,41 116,93 Sicred
3.000,00 0,03 0,00 3.100,80 0,02 0,00
IMOBILIZADO 3.564.068,99 37,83 100,00 3.582.888,11 34,27 0,53 3.695.119,24 28,85 3,68
Custo Histórico Corrigido 4.629.172,57 49,14 100,00 4.781.979,63 45,73 3,30 5.022.782,99 39,21 8,50 (-) Depreciação Acumulada -1.065.103,58 -11,31 100,00 -1.199.091,52 -11,47 12,58 -1.327.663,75 -10,37 24,65
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
42
Ao analisar o ativo do balanço patrimonial, conclui-se que os principais
recursos da Associação X se encontram em caixa e equivalentes de caixa, com uma
média de 36% atribuída a eles. Nas despesas antecipadas, encontra-se a média de
24% e o imobilizado de 33%.
Pode-se observar que, comparando 2012 com 2013, o ativo total aumentou
10,99%, apesar da redução de 17,44% na conta valores a compensar e recuperar.
Porém, se analisado verticalmente, vemos que a representatividade diminuiu apenas
0,01%. Já a conta despesas antecipadas, considerada uma das principais
atribuições, apresenta um pequeno incremento de 5,25%, mas revelando uma
redução quanto sua representatividade de 1,31%.
Para compensar, a conta caixa e equivalentes de caixa aumentou em
19,40%. Além disso, se analisada verticalmente, nota-se um acréscimo de 2,54%
quanto à representatividade em relação ao total.
Já os valores das contas a receber de associados apresentou uma ampliação
de 78,46%, acarretando um acréscimo em sua representatividade de 1,57%. Em
adiantamentos a funcionários, a ampliação foi de 42,09%, ocasionando um
incremento de 0,08% de sua representatividade. A conta outros créditos – Sincovar
obteve uma ampliação de 836,40% e de 0,29% quanto a sua representatividade. Por
fim, o rendimento nas cotas da Unicred contou com um aumento de 48,49%.
Neste mesmo ano, pode-se verificar o surgimento de uma nova conta
nomeada outros créditos, que possui uma representatividade de 0,29%. O valor é
baixo, porém, se comparado a outras contas, se torna pouco significativo, já que há
contas mais antigas e que não possuem esse mesmo número. Outra conta que
surgiu em 2013 foi a Sicred, apresentando 0,03% de representatividade.
Em 2014, comparado ao ano de 2012, o aumento no ativo total soma 35,95%,
mas se comparado ao ano anterior, a ampliação é na verdade de 22,49%,
consequência do crescimento nas contas caixa e equivalentes a caixa, valores a
compensar e recuperar, outros créditos, outros créditos – Sincovar e Unicred.
A conta caixa e equivalentes a caixa apresenta uma ampliação de 57,53% ou
de 31,94% em relação a 2013. Mas se analisado de forma vertical, mostra um
aumento de 5,33%, ou de 2,79% se comparado a 2013, quanto a sua
representatividade em relação ao ativo total.
43
Já na conta valores a compensar e recuperar, vê-se um aumento de 72,06%,
ou de 112,04% se contraposto ao ano anterior. Em outros créditos nota-se um
acréscimo de 72,96% em relação ao ano de 2013. Se comparado também
verticalmente, temos um incremento de 0,12% em sua representatividade.
O aumento ilusório na conta outros créditos – Sincovar é de 68,05%, mas ao
comparar com o ano anterior, há, na verdade, uma redução de 82,05%. E por fim,
vemos a ampliação de 116,93% na conta de Unicred, ou de 46,09% em relação a
2013.
Na comparação entre os anos de 2012 e 2013, percebe-se um aumento na
representatividade de todas as contas, compensando a diminuição em valores a
compensar e recuperar e na conta, de maior importância, despesas antecipadas.
Porém, a redução nesta conta é somente no âmbito da análise vertical, pois pode-se
ver que possui um aumento de 5,25% se analisada horizontalmente. Um valor baixo,
mas que representa o crescimento da conta.
Ao se comparar a administração do presidente do período em vigor, ano de
2014, com a do presidente do período anterior, em 2012, vê-se que durante a sua
administração, o presidente do período em vigor buscou aumentar o valor mantido
em caixa e equivalentes a caixa, diminuindo o pagamento de despesas antecipadas
e o adiantamento a funcionários.
Passivo:
No passivo da Associação X, apresenta-se as contas referentes às
obrigações da organização, conforme apresentado no quadro da página seguinte.
Antes de iniciar as análises, é importante esclarecer os principais itens. São eles:
- Outras obrigações, que no passivo circulante contém os valores de
adiantamento de associados; despesas com água, luz e telefone; repasse a
parceiras e outras contas;
- Outras obrigações, no exigível a longo prazo, se refere à provisão de
demandas judiciais interpostas contra a entidade, avaliadas como perdas prováveis;
- Nos depósitos judiciais acumula-se o INSS recolhido judicialmente, referente
às faturas da operadora de saúde.
44
Tabela 5: Análise Vertical e Horizontal do Passivo no Balanço Patrimonial da Associação X.
BALANÇO PATRIMONIAL 2012 2013 2014
R$ AV(%) AH(%) R$ AV(%) AH(%) R$ AV(%) AH(%)
PASSIVO 9.421.146,50 100,00 100,00 10.425.729,68 100,00 10,66 12.808.344,48 100,00 35,95
CIRCULANTE 3.665.276,42 38,90 100,00 4.352.981,83 41,75 18,76 5.009.736,73 39,11 36,68
OBRIGAÇÕES DE FUNCIONAMENTO 3.665.276,42 38,90 100,00 4.352.981,83 41,75 18,76 5.009.736,73 39,11 36,68
Fornecedores 2.986.263,93 31,70 100,00 3.439.636,96 32,99 15,18 3.956.132,93 30,89 32,48
Obrigações Fiscais 135.522,15 1,44 100,00 138.541,89 1,33 2,23 37.931,94 0,30 -72,01
Obrigações Trabalhistas 94.539,06 1,00 100,00 111.339,61 1,07 17,77 135.088,25 1,05 42,89
Obrigações Sociais 59.905,21 0,64 100,00 71.205,92 0,68 18,86 83.820,67 0,65 39,92
Outras Obrigações 190.267,35 2,02 100,00 344.293,87 3,30 80,95 506.219,16 3,95 166,06
Provisões Férias 198.778,72 2,11 100,00 247.963,58 2,38 24,74 290.543,78 2,27 46,16
NÃO CIRCULANTE 5.755.870,08 61,10 100,00 6.072.747,85 58,25 5,51 7.798.607,75 60,89 35,49
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 55.635,44 0,59 100,00 35.382,46 0,34 -36,40 718.989,81 5,61 1.192,32
Outras Obrigações 55.635,44 0,59 100,00 35.382,46 0,34 -36,40 35.382,46 0,28 -36,40
Depósitos Judiciais
683.607,35
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 5.700.234,64 60,50 100,00 6.037.365,39 57,91 5,91 7.079.617,94 55,27 24,20
PATRIMÔNIO LÍQUIDO SOCIAL 5.700.234,64 60,50 100,00 6.037.365,39 57,91 5,91 7.079.617,94 55,27 24,20
Patrimônio Social 5.400.680,37 57,33 100,00 5.700.234,64 54,67 5,55 6.037.365,39 47,14 11,79
Resultado do Exercício 299.554,27 3,18 100,00 337.130,75 3,23 12,54 1.042.252,55 8,14 247,93
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
45
Analisando a tabela acima, pode-se apontar que a conta de maior
importância, dentro do passivo no balanço patrimonial, na Associação X, é a conta
de fornecedores, composta, principalmente, pelas operadoras de planos de saúde.
Em 2013, observa-se uma ampliação de 10,66% no total do passivo, em
grande parte pelo aumento de 18,76% no seu montante circulante, que conseguiu
superar a redução no exigível em longo prazo de 36,40%. Esse incremento no
passivo circulante é devido, principalmente, às contas de outras obrigações e
provisões de férias.
Ainda em 2013, a conta outras obrigações teve um aumento de 80,95%. Se
comparado verticalmente, vemos um acréscimo de 1,28% em sua
representatividade. Já a conta provisões de férias teve ampliação de 24,74%. No
passivo não circulante, dentro do exigível em longo prazo, a conta outras obrigações
diminuiu 36,40%.
Em 2014, houve aumento de 35,95% no total do passivo, de 36,68% no
passivo circulante ou de 15,08%, se comparado a 2013. Esse incremento foi
ocasionado, principalmente, pelo acréscimo nas contas obrigações trabalhistas,
outras obrigações e provisões de férias, mesmo após a conta obrigações fiscais ter
apresentado um grande percentual de redução.
A conta obrigações trabalhistas apresentou um aumento de 42,89%. Se
comparado ao ano de 2013, vê-se que, na verdade, o acréscimo foi de 21,33%. A
conta outras obrigações mostrou ampliação de 166,06% e, confrontado ao ano
anterior, o percentual é, na realidade, de 47,03%. Já a conta de provisões de férias
exibe um aumento de 46,16% e se também comparado a 2013, esse percentual é
de 17,17%.
As obrigações fiscais em 2014 mostraram redução de 72,01%. Em relação ao
ano anterior, percebe-se que o número é, na verdade, 72,62%. Esse resultado se
deve pelo fato do presidente da gestão em vigor passar a contratar prestadores de
serviços em pessoa jurídica e não mais física.
No exigível em longo prazo de 2014, há um aumento de 35,49%, ou 28,42%
em relação a 2013. Esse aumento se deve a inclusão, com um alto valor, da conta
depósitos judiciais, já que a conta outras obrigações manteve o mesmo valor do ano
anterior.
46
Quanto ao patrimônio líquido, se pode ver que em 2013 obteve um aumento
de 5,91%. Já em 2014, ampliou para 24,20% ou 17,26% em relação ao ano anterior.
Porém, sua representatividade diminuiu a cada ano.
Comparando os resultados da Associação X, entre a gestão do presidente do
período anterior (2012) e o presidente do período em vigor (2014), observa-se que a
gestão do atual presidente buscou reduzir a representatividade da conta obrigações
fiscais.
Demonstração do Resultado do Exercício 5.1.2
Na próxima página, será exibida uma tabela com as informações do
demonstrativo do resultado do exercício da Associação X nos três anos estudados.
Nela apresenta-se os percentuais referentes às análises vertical e horizontal,
evidenciados com as siglas AV(%) e AH(%), respectivamente.
Vale ressaltar o significado de alguns itens apresentados no quadro, como:
- Convênios e mensalidades refere-se a receita dos valores pagos pelos
associados devido à aquisição e utilização de soluções e benefícios, dos serviços de
apoio à gestão oferecidos pela associação e da taxa de manutenção;
- Patrocínios/Comissões retrata a receita referente ao repasse de associações
parceiras que utilizem dos benefícios oferecidos pela Associação X;
- Cessão de espaço aluguel dos espaços físicos que a associação dispõe,
como auditório e salas para capacitação;
- A conta devoluções e cancelamentos refere-se à dedução referente à
devolução de valores cobrados de forma indevida ou de cancelamentos;
- Repasses e contribuições associativas retrata a despesa referente ao
pagamento ou repasse dos valores devidos aos fornecedores de benefícios da
associação e parceiros;
- A conta receitas financeiras refere-se aos descontos obtidos, juros recebidos
e rendimento de aplicações financeiras;
- Despesas financeiras relaciona-se aos descontos concedidos aos
associados e tarifas bancárias.
Após essa breve explicação, inicia-se as análises.
47
Tabela 6: Demonstração do Resultado do Exercício da Associação X.
DRE 2012 2013 2014
R$ AV(%) AH(%) R$ AV(%) AH(%) R$ AV(%) AH(%)
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 42.147.819,86 100,19 100,00 50.201.720,06 100,08 19,11 60.492.347,43 100,15 43,52
Convênios e Mensalidades 41.587.068,84 98,85 100,00 49.498.971,67 98,68 19,02 59.705.662,07 98,85 43,57
Patrocínios/Comissões 169.377,69 0,40 100,00 217.519,79 0,43 28,42 280.807,33 0,46 65,79
Cessão de Espaço 13.450,00 0,03 100,00 16.029,00 0,03 19,17 15.866,00 0,03 17,96
Cursos, Palestras e Outras Receitas 377.923,33 0,90 100,00 469.199,60 0,94 24,15 490.012,03 0,81 29,66
DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA -78.461,30 -0,19 100,00 -40.671,24 -0,08 -48,16 -89.040,42 -0,15 13,48
Devoluções e Cancelamentos -78.461,30 -0,19 100,00 -40.671,24 -0,08 -48,16 -89.040,42 -0,15 13,48
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 42.069.358,56 100,00 100,00 50.161.048,82 100,00 19,23 60.403.307,01 100,00 43,58
DESPESAS OPERACIONAIS -41.984.025,30 -99,80 100,00 -50.078.593,70 -99,84 19,28 -59.777.443,09 -98,96 42,38
Repasses e Contribuições Associativas -37.123.187,74 -88,24 100,00 -44.338.718,28 -88,39 19,44 -53.298.809,40 -88,24 43,57
Recursos Humanos -2.537.601,09 -6,03 100,00 -3.003.714,98 -5,99 18,37 -3.660.527,03 -6,06 44,25
Administrativas -2.259.347,06 -5,37 100,00 -2.648.635,17 -5,28 17,23 -2.727.136,31 -4,51 20,70
Tributárias -63.889,41 -0,15 100,00 -87.525,27 -0,17 36,99 -90.970,35 -0,15 42,39
RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO 214.221,01 0,51 100,00 254.675,63 0,51 18,88 416.388,63 0,69 94,37
Receitas Financeiras 334.094,47 0,79 100,00 396.909,64 0,79 18,80 616.559,45 1,02 84,55
Despesas Financeiras -119.873,46 -0,28 100,00 -142.234,01 -0,28 18,65 -200.170,82 -0,33 66,99
SUPERAVIT LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 299.554,27 0,71 100,00 337.130,75 0,67 12,54 1.042.252,55 1,73 247,93 Fonte: elaborado pela autora, 2015.
48
Na tabela 7 abaixo, é possível observar que a principal e quase total receita
da Associação X provém da conta convênios e mensalidades, obtendo o percentual
de 98,68% no ano de 2013 e de 98,85% tanto no ano de 2012, quanto no ano de
2014. Referente às despesas, a conta repasses e contribuições associativas
apresenta a maior representatividade, com o percentual de 88,39% no ano de 2013
e de 88,24% nos anos de 2012 e 2014.
Tabela 7: Principal receita e despesa da Associação X.
DRE 2012 2013 2014
Convênios e Mensalidades 98,85% 98,68% 98,85%
Repasses e Contribuições Associativas 88,24% 88,39% 88,24% Fonte: elaborado pela autora (2015).
Assim, pode-se notar que entre a receita dos convênios e mensalidades e a
despesa dos repasses e contribuições associativas, temos uma margem de 10% de
sobra na receita em todos os anos.
Em 2013, a receita operacional bruta possuía um aumento de 19,11%. Essa
ampliação se deve aos convênios e mensalidades, patrocínios e comissões e nos
cursos, palestras e outras receitas.
Em convênios e mensalidades, verifica-se que, quando analisado de forma
horizontal, mostra um percentual de aumento de 19,02%. Porém, se observado de
forma vertical e comparado ao ano anterior, pode-se ver que na verdade teve uma
pequena redução de 0,17% na sua representatividade, quanto ao total da receita.
Os patrocínios/comissões exibiram um incremento de 28,42%.
Representando 0,43% do total da receita, se comparado ao ano anterior, pode-se
ver um aumento de 0,03%.
Em cursos, palestras e outras receitas, se observa um acréscimo de 24,15%,
sendo sua representatividade de 0,94% do total da receita. Porém, se comparado ao
ano de 2013, a ampliação é de 0,04%.
Por fim, a grande redução que se teve neste ano foi em devoluções e
cancelamentos, de 48,16%. Conclui-se, portanto, que o aumento da receita
operacional líquida em 19,23% procede do aumento das receitas, de convênios e
mensalidades, patrocínios/comissões e cursos, palestras e outras receitas. Já a
diminuição das deduções, provém de devoluções e cancelamentos.
49
Neste mesmo ano, as despesas operacionais ampliaram 19,28%, devido ao
aumento de repasses e contribuições associativas e despesas tributárias.
O aumento nos repasses e contribuições associativas em 19,44% vai em
concordância ao aumento de 0,15% na sua representatividade no total da receita
operacional líquida.
As despesas tributárias tiveram a ampliação de 36,99%, incrementando sua
representatividade em 0,02%. Esse aumento acontece devido ao acréscimo de
pessoas físicas na prestação de serviços e com palestrantes, ocasionando o
recolhimento de seus encargos.
No ano de 2013, ainda, o valor do resultado financeiro líquido possui pouco a
acrescentar na análise, pois mesmo apresentando um aumento de 18,88%, se
verificado de forma vertical e comparado ao ano anterior, pode-se ver que, na
verdade, ele continua possuindo a mesma representatividade em 0,51% no total da
receita operacional líquida. Esse resultado se deve ao acréscimo nas receitas
financeiras, em 18,80%, serem praticamente o mesmo obtido nas despesas
financeiras, em 18,65%.
O resultado do superávit líquido do exercício mostra uma ampliação de
12,54%. Porém, há uma diminuição em sua representatividade de 0,04%. Isso
ocorre, principalmente, pelo aumento na despesa tributária da associação.
Em 2014, a receita operacional bruta teve um aumento de 43,52%, devido ao
incremento nos convênios e mensalidades, em 43,57%. Se comparado ao ano
anterior, tem-se, na verdade, um acréscimo de 20,62%. Entretanto, se analisado de
forma vertical, ampliou 0,17%, em relação a 2013. E, ainda, se comparado ao ano
de 2012, na verdade, a conta volta a ter a mesma representatividade em relação à
receita operacional bruta de 98,85%, conforme apresenta a figura na página a
seguir.
50
Figura 4: Análise Vertical e Horizontal dos Convênios e Mensalidades.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Logo, se conclui que o presidente do período em vigor conseguiu recuperar a
pequena queda apresentada no ano anterior, referente à representatividade da
receita, se equiparando ao presidente do período anterior.
Ainda na receita operacional bruta, aponta-se o aumento significativo nos
patrocínios e comissões em 65,79%, que em relação ao ano anterior se vê um
acréscimo de 29,09%. Todavia, se apurado de forma vertical, mostra que manteve o
aumento progressivo na conta, já que ela, em 2012, representava 0,40%; em 2013
passou a 0,43% e em 2014 chego a 0,46%. Deste modo, conclui-se que o
presidente do período em vigor conseguiu manter a evolução dessa receita.
A cessão de espaço, no ano 2014, teve um incremento de 17,96%. Se
comparado ao ano anterior, nota-se que, na realidade, houve uma redução em
1,02%. Entretanto, se apurado de forma vertical e comparado aos anos anteriores,
essa conta representa somente 0,03% do total da receita operacional bruta.
Figura 5: Análise Vertical e Horizontal da Cessão de Espaço.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
51
Assim, chega-se à conclusão que o presidente do período em vigor, apesar
de diminuir a locação das salas e auditoria da associação, manteve o mesmo
percentual de representatividade para essa receita.
Os cursos, palestras e outras receitas exibiram aumento de 29,66%. Todavia,
em relação ao ano anterior, é possível verificar que essa ampliação é de 4,43%,
bem inferior ao que se poderia esperar. Ao compará-la, ainda, de forma vertical aos
anos anteriores, essa conta, na verdade, teve uma redução de 0,13% em 2013 e de
0,09% em 2012, na sua representatividade em relação ao total da receita
operacional líquida.
Figura 6: Análise Vertical e Horizontal dos Cursos, Palestras e Outras Receitas.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Deste modo, mostra que durante a gestão do presidente do período em vigor
houve uma redução na oferta ou do interesse dos associados em investir em
treinamentos, cursos e palestras.
Quanto às deduções da receita bruta, onde consta somente as devoluções e
cancelamentos, há um aumento de 13,48%. Se comparado ao ano anterior, se
observa que, na verdade, esse valor dobrou, alcançando um crescimento de
118,93%. Ao analisá-lo de forma vertical e compará-lo com os anos anteriores, é
possível ver que, apesar do aumento, essa conta ainda possui um percentual menor
que o do ano de 2012, quanto a sua representatividade em relação ao total da
receita operacional bruta.
52
Figura 7: Análise Vertical e Horizontal das Devoluções e Cancelamentos.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Ou seja, durante o ano de 2013, onde a gestão foi compartilhada entre os
dois presidentes, foi quando se obteve um melhor resultado. Apesar do aumento na
gestão do presidente do período em vigor, ele ainda conseguiu manter essa conta
com percentual um pouco abaixo do encontrado na gestão do presidente do período
anterior.
No ano de 2014, as despesas operacionais apontaram um aumento de
42,38%, que em relação ao ano anterior, a ampliação foi de 19,37%. Esse resultado
se deve, principalmente, à conta de repasses e contribuições associativas, que
obteve um incremento de 43,57%. Se comparado ao ano anterior, vemos que, na
verdade, é de 20,21%. Entretanto, se analisar o resultado verticalmente, apura-se
que essa conta obteve uma pequena redução de 0,15%, voltando a apresentar o
mesmo percentual que o ano de 2012, na sua representatividade quanto ao total da
receita operacional líquida.
Figura 8: Análise Vertical e Horizontal dos Repasses e Contribuições Associativas.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
53
Durante a administração do presidente do período em vigor, conseguiu-se
uma leve redução nessa conta, voltando a apresentar o mesmo resultado da gestão
do presidente do período anterior.
As despesas com recursos humanos mostraram aumento de 44,25%, que se
comparado ao ano anterior, o percentual significativo é de 21,87%. Analisado de
forma vertical se vê que a conta teve um pequeno incremento em relação ao ano
anterior e se comparado a 2012, a diferença é ainda menor. Ou seja, durante a
administração do presidente do período em vigor, há um pequeno aumento no
investimento nos recursos humanos.
Nas despesas administrativas apresenta-se um acréscimo de 20,70%, que se
comparado ao ano anterior, esse aumento se torna inferior, com 2,96%. Analisado
de forma vertical reforça essa diminuição gradativa nas despesas administrativas,
tendo em 2014 uma redução de 0,77% e em 2013, de 0,86%. Assim, pode-se dizer
que durante a gestão do presidente do período em vigor, se buscou diminuir as
despesas administrativas.
Já nas despesas tributárias vemos um aumento de 42,49%, mas, em relação
ao ano anterior, não é tão significativo assim, já que cresceu apenas 3,94%. Ao
analisá-lo de forma vertical, a despesa, na verdade, tem um pequeno decréscimo,
que se comparado a 2013 é de 0,02% e em 2012 volta a se igualar ao mesmo.
Figura 9: Análise Vertical e Horizontal das despesas tributárias.
Fonte: elaborada pela autora, 2015.
Pode-se concluir que, durante a administração do presidente do período em
vigor, o gastos com as despesas estão no mesmo patamar da gestão do presidente
anterior.
54
Quanto ao resultado financeiro líquido, o aumento é de 94,37%, já que as
receitas financeiras obtiveram o incremento de 84,55% e as despesas financeiras
um acréscimo de 66,99%.
Se for analisado cada uma individualmente, nota-se que as receitas
financeiras, se comparadas ao ano anterior, têm um aumento de 55,34% e ao
analisá-las de forma vertical, a ampliação é de 0,23% na sua representatividade
quanto à receita operacional líquida. Esse aumento se deve, principalmente, a
arrecadação de juros e aos rendimentos das aplicações financeiras.
Já as despesas financeiras, em relação ao ano anterior, mostraram um
incremento de 40,73%. Se analisadas verticalmente, representam, na verdade, um
acréscimo de 0,05% em representatividade quanto à receita operacional líquida do
ano anterior.
Por fim, ao analisar o superávit líquido do exercício, observa-se que no ano
de 2014 o aumento foi de 247,93% em relação a 2012 e de 209,15% em relação a
2013. Em concordância a esses resultados, aponta-se na análise vertical um
acréscimo de 1,06% em relação ao ano de 2013, quanto a sua representatividade
em relação a receita operacional líquida.
A Associação X conseguiu alcançar esse resultado, durante a administração
do presidente do período em vigor, pois obteve um incremento de 39,83% no seu
quadro de beneficiários dos planos de saúde.
O presidente do período em vigor conseguiu, durante sua gestão, baixar as
despesas tributárias ao deixar de contratar prestadores de serviços que fossem
pessoa física, além de passar a cobrar, com mais vigor, os juros de pagamentos em
atraso.
5.2 INDICADORES ECONÔMICOS FINANCEIROS
A análise dos indicadores financeiros é utilizada para complementar as
análises vertical e horizontal, e verificar a real situação econômica e financeira da
Associação X quando comparados os resultados obtidos pelos seus
administradores.
55
Estrutura 5.2.1
Os índices de estrutura buscam avaliar a situação financeira da empresa
quanto à obtenção e aplicação de seus recursos. Na tabela a seguir, são
apresentados os índices encontrados para a Associação X e logo abaixo seu gráfico.
Tabela 8: Índice de Estrutura de Capitais da Associação X.
ESTRUTURA DE CAPITAIS
INDICADORES 2012 2013 2014
Participação de Capitais de Terceiros 65,28% 72,69% 80,92%
Composição do Endividamento 98,50% 99,19% 70,76%
Imobilização do Patrimônio Líquido 62,95% 59,98% 52,97%
Imobilização dos recursos não correntes 62,34% 59,64% 48,09%
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Gráfico 1: Estrutura de Capitais da Associação X.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Através do gráfico, podemos observar o crescimento do indicador de
participação de capital de terceiros em forma linear, enquanto o índice de
composição do endividamento apresenta um decréscimo curvilíneo. Ainda no
56
gráfico, é possível ver que os indicadores de imobilização do patrimônio líquido e
imobilização dos recursos não correntes obtiveram quase o mesmo resultado
decrescente.
Participação de Capitais de Terceiros
Fórmula utilizada:
Base de cálculo:
2012
3.720.911,86 x 100 = 65,28%
5.700.234,64
2013
4.388.364,29 x 100 = 72,69%
6.037.365,39
2014
5.728.726,54 x 100 = 80,92%
7.079.617,94
No índice de participação de capitais de terceiros, a associação apresenta, no
ano de 2012, o percentual de 65,28%. Isso quer dizer que a cada R$ 100,00
investido de capital próprio, a empresa tomou R$ 65,28 de capitais de terceiros. O
que seria um resultado aceitável, não fosse o aumento desse índice nos anos
posteriores, passando a ter, em 2014, o valor de R$ 80,92 de capital de terceiros
para cada R$100,00 de capital próprio.
57
Figura 10: Participação de Capitais de Terceiros na Associação X.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
A figura acima ilustra os resultados obtidos no índice de participação de
capitais de terceiros na Associação X.
Comparando as administrações, pode-se verificar que a gestão do presidente
do período anterior apresentava um melhor percentual do que o presidente do
período em vigor. A piora no decorrer do tempo se apresenta no exigível a longo
prazo, na conta depósitos judiciais.
Composição do Endividamento
Fórmula utilizada:
Base de cálculo:
2012
3.665.276,42 x 100 = 98,50%
3.720.911,86
2013
4.352.981,83 x 100 = 99,19%
4.388.364,29
2014
5.009.736,73 x 100 = 70,76%
7.079.617,94
58
A composição do endividamento em 2012 apresenta o percentual de 98,50%
de suas dívidas vencíveis a curto prazo. No ano de 2013, aumentou para 99,19%,
porém em 2014 diminui para 70,76%, melhorando o que se pode chamar de perfil de
dívida.
Figura 11: Composição do Endividamento na Associação X.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Conforme demonstrado na figura acima, a Associação X conseguiu, em 2014,
distribuir melhor suas dívidas, passando a não mantê-las quase que totalmente no
circulante.
Portanto, pode-se afirmar que a gestão do presidente em vigor conseguiu
melhorar o índice de composição do endividamento, melhorando a distribuição de
suas obrigações.
Imobilização do Patrimônio Líquido
Fórmula utilizada:
Base de cálculo:
2012
3.588.056,01 x100 = 62,95%
5.700.234,64
59
2013
3.621.505,52 x100 = 59,98%
6.037.365,39
2014
3.750.254,75 x100 = 52,97%
7.079.617,94
O indicador de imobilização do patrimônio líquido mostra que a empresa foi
conseguindo diminuir, gradativamente, o seu percentual aplicado no ativo
permanente, já que em 2012 apresenta o índice de 62,95% e no último ano de
52,97%.
Figura 12: Imobilização do Patrimônio Líquido da Associação X.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Conforme demonstra a figura acima, durante a gestão do presidente do
período em vigor obteve-se a melhora nesse índice. Porém, se analisarmos junto ao
balanço patrimonial, veremos que esse resultado se deve, principalmente, pelo
aumento do patrimônio líquido.
Imobilização dos recursos não correntes
Fórmula utilizada:
60
Base de cálculo:
2012
3.588.056,01 x 100 = 62,34%
5.700.234,64 + 55.635,44
2013
3.621.505,52 x 100 = 59,64%
6.037.365,39 + 35.382,46
2014
3.750.254,75 x 100 = 48,09%
7.079.617,94 + 718.989,81
A imobilização dos recursos não correntes segue o mesmo padrão do
anterior, apresentando até mesmo valores muito similares, como pode-se ver na
figura abaixo.
Figura 13: Imobilização dos recursos não correntes na Associação X.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Liquidez 5.2.2
Os índices de liquidez buscam verificar, quanto a situação financeira, a
capacidade da associação em sanar suas dívidas. Na tabela a seguir, apresenta-se
os índices encontrados para a organização de estudo.
61
Tabela 9: Índice de Liquidez da Associação X.
LIQUIDEZ
INDICADORES 2012 2013 2014
Liquidez Geral 1,57 1,56 1,58
Liquidez Corrente 1,59 1,56 1,69
Liquidez Seca 1,52 1,45 1,59 Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Para evidenciar a evolução dos indicadores, auxiliar no entendimento e
análise dos mesmos apresenta-se abaixo um gráfico.
Gráfico 2: Liquidez da Associação X.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Pelo gráfico é possível verificar que todos os índices possuem uma melhora
no ano de 2014, sendo que os índices de liquidez corrente e liquidez seca são os
que apresentam maior variação.
Liquidez Geral
Fórmula utilizada:
Base de cálculo:
2012
5.829.507,92 + 3.652,57 = 1,57
3.665.276,42 + 55.635,44
62
2013
6.800.500,59 + 34.202,82 = 1,56
4.352.981,83 + 35.382,46
2014
8.485.641,61 + 572.448,12 = 1,58
5.009.736,73 + 718.989,81
O índice de liquidez geral mede quanto a empresa possui em investimentos
realizáveis a curto prazo e longo prazo, verificando se o mesmo consegue sanar
todas as suas dívidas ou não.
Os resultados obtidos na Associação X indicam que a empresa possui uma
boa folga entre as suas dívidas e receitas, já que esse índice começa em 2012 com
o valor de 1,57, diminui em 2013 levemente para 1,56, mas consegue se recuperar
em 2014 passando a apresentar 1,58.
Figura 14: Liquidez Geral da Associação X.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Se forem comparar os resultados da gestão do presidente do período anterior
com os resultados da gestão do presidente do período em vigor, pode-se notar que
houve uma leve melhora em seu resultado. Porém, se analisado em conjunto com o
balanço patrimonial, percebe-se que, na realidade, os resultados são basicamente
os mesmos.
63
Liquidez Corrente
Fórmula utilizada:
Base de cálculo:
2012
5.829.507,92 = 1,59
3.665.276,42
2013
6.800.500,59 = 1,56
4.352.981,83
2014
8.485.641,61 = 1,69
5.009.736,73
O índice de liquidez corrente nos diz o quanto de ativo circulante a empresa
possui para sanar o seu passivo circulante.
A Associação X conseguiria, em todos os anos, sanar suas dívidas de curto
prazo somente com seu ativo circulante, apesar da leve queda que apresenta no
ano de 2013.
Figura 15: Liquidez Corrente da Associação X.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
64
Ao avaliar em conjunto com a análise vertical do balanço patrimonial,
observa-se que na gestão compartilhada, em 2013, houve a queda desse índice
devido ao aumento em mais de 2,85% da representatividade do passivo circulante,
enquanto o ativo circulante obteve o aumento de 3,16%. No ano de 2014, durante a
gestão do presidente do período em vigor, buscou-se diminuir a representatividade
do passivo circulante, deixando-a similar a gestão do presidente do período anterior
e aumentar a representatividade do ativo circulante.
Liquidez Seca
Fórmula utilizada:
Base de cálculo:
2012
3.160.955,86 + 2.394.985,38 = 1,52
3.665.276,42
2013
3.774.163,59 + 2.520.753,73 = 1,45
4.352.981,83
2014
4.979.577,89 + 2.961.044,79 = 1,59
5.009.736,73
O índice de liquidez seca busca medir o grau de excelência de sua situação
financeira, ou seja, verificar se o valor que a empresa dispõe no momento
conseguiria sanar as dívidas em curto prazo.
Durante a montagem da base de cálculo, verificou-se que as aplicações
financeiras da associação já se encontravam somadas na conta caixa do balanço
patrimonial e também que os clientes de rápida conversibilidade em dinheiro – assim
chamados na fórmula – seriam o que na associação se encontra na conta despesas
antecipadas. Para chegar a este conceito, utilizou-se as notas explicativas, sendo
que, esta ainda explica que a conta despesas antecipadas, na verdade, são os
65
valores que a associação paga antecipadamente para a operadora de saúde e
depois cobra de seus clientes. Ou seja, a associação paga a operadora de saúde os
valores de mensalidade e coparticipação de seus associados e posteriormente
remete esta dívida aos mesmos.
Os resultados obtidos neste índice pela associação se assemelham aos
resultados obtidos no índices anteriores. A empresa obteve um bom desempenho,
porém com a pequena diminuição no ano de 2013. Ao avaliar esses resultados,
junto a análise vertical do balanço patrimonial, pode-se verificar que o decréscimo no
ano de 2013 deve-se, principalmente, ao aumento no passivo circulante em 2,85%,
que apesar do aumento na conta caixa, não é suficiente, pois a conta despesas
antecipadas diminuiu 1,31% na sua representatividade sobre o total.
Figura 16: Liquidez Seca da Associação X.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Apesar da queda de 0,07 em 2013, durante a gestão compartilhada, o
presidente do período em vigor conseguiu em 2014 recuperar e ainda crescer em
0,07 em relação ao ano de 2012.
Rentabilidade 5.2.3
Aos índices de rentabilidade, cabe avaliar o desempenho econômico da
organização, evidenciando o seu retorno sobre os investimentos realizados e sua
lucratividade. Na tabela a seguir, apresentam-se os resultados da empresa de
estudo e logo a seguir o gráfico.
66
Tabela 10: Rentabilidade da Associação X.
RENTABILIDADE
INDICADORES 2012 2013 2014
Giro do Ativo 4,47 4,80 4,72
Margem Líquida 0,71% 0,67% 1,73%
Rentabilidade do Ativo 3,18% 3,22% 8,14%
Rentabilidade do Patrimônio Líquido 5,40% 5,74% 15,89%
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Gráfico 3: Rentabilidade da Associação X.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
No gráfico, é possível ver que os resultados obtidos pelos índices foram
sofrendo um aumento todo ano, com exceção do índice de giro do ativo, que em
2014 apresenta um pequeno declínio.
O índice que chama mais atenção no gráfico é o de rentabilidade do
patrimônio líquido, por obter um aumento de mais de 10% de um ano para o outro.
Logo abaixo, iremos aprofundar um pouco mais as causas desses resultados.
67
Giro do Ativo
Fórmula utilizada:
Base de cálculo:
2012
42.069.358,56 = 4,47
9.421.216,50
2013
50.161.048,82 = 4,80
10.456.208,93
2014
60.403.307,01 = 4,72
12.808.344,48
O índice de giro do ativo busca saber o volume de vendas em relação ao
montante de investimentos da empresa, ou seja, quanto a empresa vendeu para
cada R$1,00 de investimento total.
Os resultados obtidos pela Associação X neste índice vai contra o resultado
do restante, já que nele o ano de 2013 apresenta um crescimento maior que nos
outros anos.
Enquanto as vendas líquidas aumentam cerca de 20% a cada ano, 43% de
2012 a 2014, o ativo teve um crescimento um pouco inferior em cerca de 16%,
totalizando 35% de 2012 a 2014.
68
Figura 17: Giro do Ativo da Associação X.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Podemos observar que o presidente do período em vigor conseguiu manter o
índice próximo ao do ano de 2013, onde se obteve o melhor índice entre os três
anos.
Margem Líquida
Fórmula utilizada:
Base de cálculo:
2012
299.554,27 x 100 = 0,71%
42.069.358,56
2013
337.130,75 x 100 = 0,67%
50.161.048,82
2014
1.042.252,55 x 100 = 1,73%
60.403.307,01
O índice de margem líquida busca evidenciar quanto a empresa obtém de
lucro sobre a mercadoria vendida. Esse índice complementa o de giro do ativo,
69
auxiliando ele a verificar quais as possíveis razões quando há uma diminuição no
seu percentual.
Figura 18: Margem Líquida da Associação X.
Fonte: elaborado pela autora, 2015.
A Associação X, apesar de mostrar um leve declínio no ano de 2013, se
recupera e supera os índices no ano de 2014, apresentando um resultado com
aumento de 1,02% em relação ao ano de 2012.
Rentabilidade do Ativo
Fórmula utilizada:
Base de cálculo:
2012
299.554,27 x 100 = 3,18%
9.421.216,50
2013
337.130,75 x 100 = 3,22%
10.456.208,93
2014
1.042.252,55 x 100 = 8,14%
12.808.344,48
70
O índice de rentabilidade do ativo busca medir o potencial de geração de
lucro por parte da empresa, ou seja, estima a capacidade da empresa em gerar
lucro líquido e de capitalizar-se.
Analisando os resultados, chegamos na tabela abaixo para apresentar os
percentuais de crescimento de cada ano.
Tabela 11: Percentuais de crescimento.
Crescimento Lucro
Líquido Ativo
2012/2013 12,54% 10,98%
2013/2014 209,15% 22,49%
2012/2014 247,93% 35,95% Fonte: elaborado pela autora, 2015.
Conclui-se, então, que enquanto o ativo crescia cerca de 10% ao ano, o lucro
líquido de 2013 para 2014 chega a triplicar o seu montante. Ou seja, a gestão do
presidente do período em vigor conseguiu triplicar o superávit da associação.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Fórmula utilizada:
Base de cálculo:
2012
299.554,27 x 100
= 5,40% 5.550.457,51
2013
337.130,75 x 100
= 5,74% 5.868.800,02
2014
1.042.252,55 x 100
= 15,89% 6.558.491,67
O índice de rentabilidade do patrimônio líquido busca mostrar qual a taxa de
rendimento do capital próprio.
71
O que nos leva a tabela de crescimento abaixo.
Tabela 12: Crescimento Lucro Líquido x Patrimônio Líquido Médio.
Crescimento Lucro
Líquido Patrimônio Líq. Médio
2012/2013 12,54% 5,73%
2013/2014 209,15% 11,75%
2012/2014 247,93% 18,16% Fonte: elaborado pela autora, 2015.
A tabela repete basicamente o mesmo resultado do índice anterior, porém
nesse o patrimônio líquido médio tem um crescimento ainda menor.
72
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa se propôs analisar a situação econômica financeira de uma
associação, que busca promover o associativismo e incentivar o desenvolvimento da
classe econômica. O resultado foi alcançado através da formulação e execução dos
objetivos específicos.
Ao calcular os percentuais das análises vertical e horizontal, foi possível
descobrir que as contas de maior importância da Associação X encontram-se em
caixas e equivalentes de caixa e despesas antecipadas, e que sua maior obrigação
está em fornecedores.
Ao comparar os resultados no decorrer dos anos, constata-se que o
presidente da gestão em vigor buscou aumentar os valores mantidos em caixa e
diminuir o valor gasto com terceiros, principalmente os fornecedores.
Na análise do demonstrativo do resultado do exercício, descobriu-se que a
principal e quase total fonte de receita da Associação X está na arrecadação de
convênios e mensalidades, enquanto a maior despesa encontra-se em repasse e
contribuições associativas.
Na comparação entre as gestões, percebe-se apenas uma leve redução na
dedução em devoluções e cancelamentos, de valores cobrados de forma indevida
durante a presidência em vigor. Ou seja, a atual gestão buscou manter seus
associados e diminuir a cobrança errônea.
Quanto ao objetivo de mensurar, expor e analisar os indicadores financeiros,
vemos que os índices de estrutura do presidente da gestão em vigor se sobrepõe
em quase todos, menos em participação de capitais de terceiros. O presidente da
gestão em vigor também se destaca em relação ao presidente da gestão anterior
através dos índices de liquidez e rentabilidade.
Por fim, pode-se concluir que a Associação X está colhendo bons frutos nesta
administração. A boa situação financeira e econômica encontrada da gestão do
presidente anterior, durante a atual presidência foi ampliada, principalmente a
capacidade da organização em sanar as dívidas, aprimorando a estrutura de capitais
e melhorando a rentabilidade.
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REFERÊNCIAS
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