DESCARTES
• O PROJETO DE DESCARTES
O RACIONALISMO DE DESCARTES
• A DÚVIDA METÓDICA
O CÓGITO
A EXISTÊNCIA DE DEUS
A EXISTÊNCIA DAS REALIDADES FÍSICAS
O círculo cartesiano
REVISÕES
Descartes (1596-1650)
Filósofo francês e matemático considerado o fundador da filosofia moderna.
A sua filosofia centra-se na teoria do conhecimento ou gnosiologia.
Procura construir um conhecimento com princípios e princípios sólidos e indubitáveis.
Inspirou-se no modelo matemático
Descartes (1596-1650)
É um filósofo racionalista que atribui um poder superior à razão no conhecimento, defendendo que este depende e não da experiência ou dos sentidos.
O conhecimento da realidade constitui-se a partir de princípios ou ideias da razão.
Descartes (1596-1650)
Principais obras:
Discurso do Método (1637)
Meditações Metafísicas (1641)
Princípios de Filosofia (1644)
Tratado das paixões da alma (1649)
O PROJETO DA FUNDAMENTAÇÃO RIGOROSA DO SABER
A atitude perante o saber do seu tempo:
- O conjunto de conhecimentos que constitui o edifício de conhecimento tradicional está assente em bases frágeis
- O edifício científico é constituído por conhecimentos indevidamente ordenados
O Objetivo de Descartes - A fundamentação do saber e a sua ordenação
“ Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos , recebera Muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que fundei em princípios tão mal assegurados , não devia ser senão muito duvidoso e incerto; de modo que me era necessário tentar desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera Crédito e começar tudo novamente desde os fundamentos …” Descartes
DÚVIDA METÓDICA
-
Consiste em:
-Considerar como absolutamente falso o que for minimamente duvidoso.
- Considerar que nos engana sempre aquilo que alguma vez nos enganou
É colocada para ver se alguma coisa lhe resiste, se apresente como indubitável
“ Nunca aceitar como verdadeira qualquer coisa sem a conhecer evidentemente como tal, isto é, evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção (pré-conceito ou pré-juízo); não incluir nos meus juízos nada que não se apresentasse tão clara e Distintamente “ Descartes
NÍVEIS DA DÚVIDA METÓDICA
Os sentidos não são fontes seguras de conhecimento
Há razões para duvidar que o mundo físico seja uma ilusão
Há razão para acreditar que o nosso entendimento confunde o verdadeiro com o falso
CARACTERÍSTICAS DA DÚVIDA
METÓDICA ≠ CÉTICA
Rejeita provisoriamente todas as coisas que não sejam inteiramente indubitáveis
HIPERBÓLICA
Identifica o duvidoso com o falso, propositadamente exagerada
PENSO (DUVIDO), LOGO EXISTO – UMA VERDADE ABSOLUTAMENTE INDUBITÁVEL
DUVIDO DE TUDO, MAS NÃO POSSO DUVIDAR DE QUE NESTE MOMENTO ME ENCONTRO A PENSAR
NÃO POSSO DUVIDAR DA MINHA EXISTÊNCIA COMO SER (SUBSTÂNCIA) PENSANTE
Dei conta de que assim queria pensar que tudo era falso, era absolutamente necessário que eu, que o pensava, fosse alguma coisa. E observando que esta Verdade, PENSO, LOGO EXISTO, era tão tão firme e segura, que as mais extravagantes suposições dos céticos não eram capazes de a abalar, considerei poder recebê-la Para o primeiro princípio da filosofia que buscava. DESCARTES
IDEIAS CLARAS E DISTINTAS
Qual a característica dessa primeira verdade, o Cógito, que a torne indubitável?
O Cógito é uma ideia clara e distinta que se apresenta ao espírito com tal evidência que não podemos duvidar.
E tendo notado que nada há no eu penso, logo existo, que me garanta que digo a Verdade, a não ser que vejo muito claramente que, para pensar é preciso existir, Julguei que podia admitir como regra geral que é verdadeiro tudo aquilo que concebemos muito claramente e muito distintamente, havendo apenas alguma dificuldade em notar bem quais são as coisas que concebemos distintamente. DESCARTES
CARACTERÍSTICAS DA 1ª CERTEZA
ALICERCE DE TODO O CONHECIMENTO
VERDADE PURAMENTE RACIONAL
CRITÉRIO DE VERDADE: CLAREZA E DISTINÇÃO
A DESCOBERTA DA EXISTÊNCIA DO SUJEITO COMO SUBSTÂNCIA PENSANTE LEVA A CONCLUIR QUE A ALMA È DISTINTA DO CORPO
AFIRMAÇÃO DE UM SER QUE É IMPERFEITO
A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS COMO SER PERFEITO
SOU IMPERFEITO PORQUE DUVIDO
A IDEIA DE SER PERFEITO EXISTE NO MEU PENSAMENTO
SÓ UM SER PERFEITO PODE SER CAUSA DA IDEIA DE PERFEITO
Em seguida, refletindo sobre o facto duvidar, constatei, por conseguinte, que o meu ser não era completamente perfeito, pois via claramente que saber era uma maior perfeição que duvidar … - DESCARTES
DEUS É GARANTIA DE VERDADE (DEUS NÃO ENGANA)
A EXISTÊNCIA DE DEUS COMO SER PERFEITO TIRA O SENTIDO À SUSPEITA DE UM DEUS ENGANADOR (enganar implica imperfeição)
GARANTIA DA VERDADE DAS EVIDÊNCIAS ( as que estão presentes no meu pensamento e as que já não estão na minha consciência)
COMO REALIDADE METAFÍSICA, DEUS É O FUNDAMENTO METAFÍSICO DE TODO O SABER
A PROVA DA EXISTÊNCIA DAS REALIDADES FÍSICAS
SE DEUS NÃO ENGANA POSSO CONFIAR NA IDEIA CLARA E DISTINTA QUE O MUNDO É UMA REALIDADE EXTENSA
A CONSCIÊNCIA DO SUJEITO PENSANTE NÃO PODE POR SI EXPLICAR A EXISTÊNCIA DAS COISAS EXTERIORES
A EXISTÊNCIA DE SENSAÇÕES E SENTIMENTOS LEVA-NOS À CONCLUSÃO QUE NÃO SOMOS APENAS SUJEITOS PENSANTES, MAS TAMBÉM REALIDADES CORPÓREAS
A CRENÇA DE QUE SÃO AS COISAS CORPÓREAS E SENSÍVEIS A CAUSA DAS MINHAS SENSAÇÕES NÃO PODE SER FALSA AÍ TERÍAMOS QUE ADMITIR O SEUS ENGANADOR
O MUNDO EXISTE - NÃO É UM SONHO
O círculo cartesiano
Falácia de circularidade
Deus existe porque concebemos muito claramente a sua existência e tudo aquilo que concebemos clara e distintamente é verdadeiro
Tudo o que concebemos clara e distintamente é verdadeiro porque deus existe
1. Qual o objetivo do pensamento de Descartes?
RESPOSTA
2. Qual a função da dúvida cartesiana?
RESPOSTA
1. Qual o objetivo do pensamento de Descartes?
O objetivo de Descartes é construir um sistema de conhecimento seguro no qual não haja lugar para opiniões falsas
2. Qual a função da dúvida cartesiana?
A função da dúvida cartesiana é distinguir o verdadeiro do falso procurando uma verdade indubitável que permita reconstruir um sistema do saber de conhecimentos verdadeiros e bem organizados
3. Por que razão a existência do sujeito que duvida é uma verdade absolutamente evidente?
RESPOSTA
4. Por que razão a existência do cógito é o primeiro princípio de conhecimento?
RESPOSTA
3. Por que razão a existência do sujeito que duvida é uma verdade absolutamente evidente?
Encontrar-se a duvidar é encontrar-se a pensar o que significa que existe enquanto substância pensante
6. Por que razão a existência do cógito é o primeiro princípio de conhecimento?
É a primeira verdade a que chega Descartes – ainda que seja tudo falso, existe como sujeito pensante – e é a partir dela que vai chegar às outras certeza.
É a certeza do cógito que lhe permite encontrar o critério de verdade – clareza e distinção
5. Exponha o argumento que leva Descartes à conclusão de que Deus existe necessariamente
RESPOSTA
6. Qual o papel de Deus no sistema de conhecimento?
RESPOSTA
5. Exponha o argumento que leva Descartes à conclusão de que Deus existe
necessariamente
Encontro no meu pensamento a ideia de perfeito. Qual a causa da sua existência?
A causa desta ideia só pode ser ou o sujeito pensante ou uma causa exterior
Segundo o princípio de causalidade, tudo tem uma causa e a causa não pode ser menos forte que o efeito
A causa da ideia de perfeição tem de ter tanta perfeição como a que existe na ideia
O sujeito pensante, sendo imperfeito (duvidar é prova de imperfeição) não pode ser a causa da ideia de perfeito
Se a ideia de ser perfeito existe, necessariamente existe o ser perfeito que a colocou no sujeito pensante
6. Qual o papel de Deus no sistema de conhecimento?
Deus é o fundamento metafísico do sistema do saber. Uma vez que não nos ilude nem engana é a garantia de objetividade do conhecimento.
7. Qual o papel de Deus no sistema do conhecimento?
RESPOSTA
6. Qual o papel de Deus no sistema de conhecimento?
RESPOSTA
7. Qual o papel de Deus no sistema de conhecimento?
Deus é o fundamento metafísico do sistema do saber. Uma vez que não nos ilude nem engana é a garantia de objetividade do conhecimento.
6. Qual o papel de Deus no sistema de conhecimento?
Deus é o fundamento metafísico do sistema do saber. Uma vez que não nos ilude nem engana é a garantia de objetividade do conhecimento.
7. Segundo Descartes, o conhecimento é possível?
Até onde pode ir o nosso conhecimento?
RESPOSTA
8. A razão dá-nos conhecimento da realidade independentemente da experiência?
RESPOSTA
7. Segundo Descartes, o conhecimento é possível?
Até onde pode ir o nosso conhecimento?
O conhecimento é possível. Descartes não é cético porque coloca a dúvida com intenção de a ultrapassar distinguindo o verdadeiro do falso.
8. A razão dá-nos conhecimento da realidade independentemente da experiência?
Sim, Descartes é racionalista e rejeita que o conhecimento comece nos sentidos.
11ºB – 2011/ 2012
ESDJII
Adaptação- 11ºano, Plátano editora
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