G R U P O D E T E A T R O C L O W N S D E S H A K E S P E A R E | N A T A L - R N
Estou farto do lirismo comedido
do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
[protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor (...)
Abaixo os puristas (...)
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungentes dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
Manuel Bandeira, Poética
C riad o em 1993 em N atal, Rio G rand e d o N orte, o G rupo d e Teatro C low ns d e Shakespeare vem , d esd e
então, d esenvolvend o um a investigação com foco na construção d a presença cê nica d o ator, a m usica-
lid ad e d a cena e d o corpo, e teatro popular e com éd ia, sem pre sob um a perspectiva colaborativa.
M esm o sem trabalhar d iretam ente com palhaço, a técnica d o clow n está presente na sua estética, seja
na ló gica subvertid a d o m und o, seja na relação d ireta e verd ad eira com a platéia, seja no lirism o que
com põe o universo d esses seres. A lém , é claro, d e tod a a sua carga côm ica. A s com éd ias shakespearia-
nas vieram a contribuir para essa pesquisa. Sem ad otar um a atitud e “m useoló gica” sobre o bard o, no
entanto sem d esrespeitar a sua genialid ad e, o d esafio tem sid o encontrar, na universalid ad e d a obra
d o d ram aturgo, o que faz sentid o para o grupo. N o seu currículo, o grupo traz im portantes conquistas
que conferem um a posição d e referê ncia na cena potiguar e nord estina, com o por e x em plo:
• Passou por cerca d e 100 cid ad es brasileiras entre capitais e interiores, incluind o o d istrito fed eral e 26
estad os d as 5 regiões d o país. Percorreu tam bém m ais d e 30 cid ad es d o d o Rio G rand e d o N orte;
• N o circuito internacional, tem passagens pelo Festival Santiago a M il ( C hile), Festival Iberoam ericano
d e Teatro d e C ád iz ( E spanha), FITE I - Festival Internacional d e Teatro d e E x pressão Ibérica ( Portugal),
faz end o tam bém o encerram ento d o A no d o B rasil em Portugal, E ncuentro Internacional d e M aestros
y E scuelas d e Teatro ( E quad or) e participou d a program ação d o M ontevid eo, C apital Iberoam ericana
d e la C ultura ( U ruguai);
• Participou d e alguns d os m ais im portantes festivais d o país, com o o FIT - São José d o Rio Preto, C ena• Participou d e alguns d os m ais im portantes festivais d o país, com o o FIT - São José d o Rio Preto, C ena
C ontem porânea - B rasília, M ostra Latino-A m ericana d e Teatro d e G rupo ( SP), Festival Latino-A m erica-
no d e Teatro d a B ahia, Festival d e C uritiba - M ostra O ficial, FILO – Festival Internacional d e Teatro d e
Lond rina ( PR), FIT – B H , M IRA D A ( Santos), entre outros;
• Rea liz ou tem pora da s em im porta ntes tea tros do pa ís, com o o Sesc A nchieta (SP) , TU SP (SP) , Tea tro A l-
terosa (B elo H oriz onte) , SE SI Vila Leopoldina (SP) , dentre outros.
• Pa rticipou do Pa lco Gira tó rio 2006, do Sesc N a ciona l, sendo o prim eiro grupo do Rio Gra nde do N orte
a pa rticipa r deste projeto.
• Ga nhou im porta ntes prê m ios, com o o prê m io Shell 2010 de m elhor figurino (O C a pitão e a Sereia ) , e
a inda
receb eu indica ção de m elhor direção m usica l (O C a pitão e a Sereia ) . Ga nhou ta m b ém A PC A (A ssocia ção
Pa ulista de C ríticos de A rtes) em 2007 e F E M SA /C oca -C ola , a m b os com o espetáculo F áb ula s, pa ra direção
(F erna ndo Ya m a m oto) e a tor (Rogério F erra z ) .
•• Pa rticipou de a lguns festiva is com petitivos, com o o F estiva l N ordestino de Tea tro de Gua ra m ira nga , em
2004 (com M uito B a rulho, com o qua l levou 6 prê m ios, inclusive o de m elhor espetáculo) e em 2006 (com
O C a sa m ento..., com o qua l ta m b ém conquistou 6 prê m ios) e o I F estiva l N a ciona l de C a m pos dos Goy ta -
ca z es, RJ (com M uito B a rulho..., leva ndo 3 prê m ios, e F áb ula s, leva ndo m a is 3 prê m ios, incluindo o de
m elhor espetáculo) .
• Percorreu m a is de 30 cida des do interior do RN com espetáculos e oficina s, pelos projetos Roda Tea tro
(2006/2007) e Tea tro no Interior (2007) .
• Vem pa rticipa ndo efetiva m ente de m ovim entos de a rticula ção política e troca s estética s entre grupos
pelo pa ís, com o o Redem oinho - M ovim ento B ra sileiro de E spa ços de C ria ção, C om pa rtilha m ento e Pes-
quisa Tea tra l e A La pa da .
• F oi contem pla do com um dos m a is im porta ntes edita is de m a nutenção de grupos de tea tro pa trocina -
do pela Petrob ra s.
• Tem rea liz a do a tivida des de intercâm b io com nom es de referê ncia do tea tro b ra sileiro e interna ciona l,
ta is com o E dua rdo M oreira , E rna ni M a letta , A delva ne N éia , B a b a y a , Ga b riel Villela , M árcio A urélio, C ia . do
La tão, Ói N ó is A qui Tra veiz , F ra ncesca della M onica , M a urice D uroz ier, entre outros;
• Tem via b iliz a do o registro e com pa rtilha m ento de seu pensa m ento e prática a tra vés da revista
“B a la io”, b em com o a tra vés de pub lica ções com o “C a rtogra fia do Tea tro de Grupo do N ordeste” e
“Tea tro a b ordo”;
•• Vem m a ntendo um espa ço-sede “B a rra cão C low ns”, no qua l rea liz a cotidia na m ente seus tra b a lhos de
produção, treina m ento e pesquisa , m inistra cursos e oficina s, e receb e profissiona is e espetáculos de di-
ferentes esta dos e lingua gens a rtística s.
M arco FrançaCam ille Carvalho, Du du Galvãoe Pau la Qu eirozCésar FerrarioO g ru poM arco FrançaSim one M azzeSim one M azzer, Roberto Tau fic, J únior Prim ata, Sam ir Tarik ,Zé Hilton e Vitor Qu eirozFernando Su assu naA nádria RassyneJ oão M arcelinoJ oão M arcelino, Nando Galdinoe J anielson Sie J anielson SilvaRonaldo CostaO g ru poRonaldo Costa, Nando Galdino eJ anielson SilvaJ osé Veríssim oPau la VaninaRRafael Telles
DireçãoElenco
RoteiroDram atu rg ia
M úsica orig inalM úsicos convidados
Desenho de somDesenho de somPreparação corporal
Fig u rinoA dereços
Ilu m inaçãoCenog rafiaCenotecniaIlu straçõesIlu strações
A nim açõesTécnico de vídeo
Produ ção
Seg u nda parte da trilog ia qu e com põe o projeto de pesqu isa lati-
no(-)am ericano, A brazo é u m a obra voltada para o público infanto-ju -
venil, qu e pode ser assistido por crianças e adu ltos de todas as
idades. Nu m lu g ar em qu e não é perm itido abraçar, personag ens at-
ravessam u m qu adrado contando histó rias de encontros, despedidas,
opressão e, por qu e não, de afeto e liberdade. O espetácu lo não-verbal
conta com a m úsica e vídeo de anim ação especialm ente com postos
para a cena, qu e narram essa aventu ra livrem ente inspirada em “O
Livro dos A braços”, de Edu ardo Galeano.
A brazo
Ficha técnica
Crítica do site da Revista Crescer - 10 / 0 7/ 20 15
Horrores do au toritarism o g anham os palcos infantis
Em ‘A brazo’, em qu e é proibido se abraçar, g ru po de Natal (RN) tradu z tru cu lência e poder em fortes sim bolog ias cênicas, sem palavras
Por Dib Carneiro Neto
Em São Pau lo para u m a cu rta tem porada de três espetácu los no Sesc Pom peia, o prem iado g ru po de Natal (RN), Clow ns de Shak espeare, nos brinda com o seg u ndo infantil de su a trajetó ria de qu ase 23 anos: ‘A brazo’, livrem ente inspirado em ‘O L ivro dos A braços’, do escritor u ru g u aio Edu ardo Galeano (1940 -20 15). Nessa trilog ia, todos os espetácu los têm com o tem a a A m érica L atina. No poético e pu ng ente ‘A brazo’, o g ru po tem a corag em de falar de tem as árdu os para crianças e jovens, com o exílio, poder, repressão, violência, censu ra, au toritarism o, ditatu ra, tru cu lência, dor. Tiro o chapéu para essa ou sadia tem ática da com panhia. Em u m a m odalidade de arte qu e ainda sofre de m u ito preconceito e excessos desnecessários de zelo, é lou vável fu g ir do padrão acom odado de qu em pensa qu e teatro infantoju venil só pode ser aleg re, eu fó rico e colorido. Não há texto no espetácu lo, ou qu ase. Ou tra ou sadia. Isso exig e do elenco (Du du Galvão, Pau la Qu eiroz e Cam ille
Carvalho) u m rig or corporal, g estu al e facial extrem am ente form alista e preciso. Eles dão conta, exibindo u m a am pla alternância de ‘m áscaras’ com g rande talento e versatilidade. A plateia m irim não tem alg o fácil diante dela para dig erir. A m u ltiling u ag em é extrem am ente sofisticada, alternando m ím ica, dança, m úsica, poesia, clow ns, palhaçaria, anim ação em vídeo, narração em off, sonoplastia incidental, referências a a desenhos anim ados e ao cinem a m u do. Esse acerto na m u ltiplicidade de recu rsos e de ling u ag ens confere u m dinam ism o cênico qu e não deixa literalm ente a peteca cair. (Há u m a peteca u sada com o aleg oria do u niverso indíg ena, por cau sa das penas.) A cenog rafia, assinada coletivam ente pelo g ru po, é rica em adereços e objetos qu e ‘falam ’ com a plateia, relativos a esse m u ndo de repressão e de poder desm edido. A força sim bó lica de cada objeto escolhido (g aiola, avião etc) é u m g rande tru nfo da direção de M arco França, bem com o do roteiro dram atúrg ico criado por Cesar Ferrario. Crianças e jovens precisam desse m u ndo de sím bolos, m etáforas e poéticas – u m m u ndom u ndo qu e os estim u le a exercitar a fantasia e a com preender qu e a arte será tão m ais arte qu anto m ais fu g ir de
linearidades ó bvias e m ais m erg u lhar nas profu ndezas da im ag inação. A sacada de dem arcar u m qu adrado no palco, por onde os personag ens transitarão o tem po todo, prepara o público para as cenas finais, em qu e os atores ju stam ente arrancam do chão a fita adesiva (ou corda) e passam a ter m ais espaço no m u ndo, m enos controle, m ais liberdade de ir e vir. Essa com u nicação com a público feita à base de su g estões, nu nca de entreg as facilitadoras, faz de ‘A brazo’ u m estím u lo às descobertas e u m a au la de potência criativa. No enredo, proclam a-se desde a prim eira cena qu e é proibido abraçar. A ssim , o desfile de personag ens passa pelas m ais variadas situ ações de relacionam ento, m as sem pre qu e su rg e a hora de trocar afeto soa u m a sirene de polícia, im pedindo a aproxim ação dos corpos. Isso vai im pressionando as crianças de tal form a qu e, na cena em qu e finalm ente u m a avó abraça o neto, a plateia não se seg u ra e explode em aplau sos de aprovação e alívio. É lindo tam bém , du rante o espetácu lo, ou vir as risadas das crianças qu e vão despontando aqu i e ali, com espontaneidade e com o form a de aprovação e perfeito entendim ento do qu e está se passando no palco sem palavras. Não tem nada m aism ais prazeroso do qu e isso no teatro infantil: crianças dem onstrando qu e estão absortas e com pletam ente entreg u es às ling u ag ens propostas – ainda m ais nu m caso com o ‘A brazo’, em qu e nada é m astig ado, ao contrário, tu do tem de ser desvendado. Incrível é a trilha sonora de M arco França, com inserções estim u lantes de sonoplastia. Pais, m ais do qu e filhos, enchem os olhos de ág u a ao ou vir Gracias a la Vida, por exem plo. Incríveis tam bém são as ilu strações de J osé Veríssim o, com seu traço firm e em preto e branco, perfeito para as estripu lias da anim ação em vídeo criada por Pau la Vanina. É raro u m espetácu lo em qu e a projeção de im ag ens anim adas se integ re com tam anha harm onia às m arcações dos atores e à trilha. Contribu i tam bém para isso o eficiente desenho de lu z, a carg o de Ronaldo Costa.
Ponto m áxim o para o fig u rino todo em branco, da g rife de J oão M arcelino, u m m estre qu e sem pre acom panha os Clow ns de Shak espeare. A dança de chapéu s, boinas, qu epes, bonés, dá consistência ao jog o de identidades proposto pela direção. E, assim , a cada ‘ratatá-tá’ disparado com os dedos pelos atores, com o se brincassem de cau bó i, su rg e u m novo sobressalto na plateia, com pletam ente enredada pela força da com u nicaçãocom u nicação não-verbal. A violência da g u erra desponta de form a lúdica, im pactando pelo contraste entre a du reza das arbitrariedades do m u ndo e a riqu eza/ delicadeza expressiva de qu e é capaz o teatro, qu ando é u m teatro assim tão bem feito. Não percam . Faltam só m ais dois fins de sem ana, antes qu e a tru pe faça as m alas de volta à su a sede potig u ar.
Ficha técnica
Direção | Renato Carrera
Assistência de direção| Marcia Lhoss
Elenco | César Ferrario, João Júnior
e Titina Medeiros
Texto | Gustavo Ott
DiDireção musical | Marco França
Figurino | João Marcelino
Cenário | Rafael Telles
Desenho de luz | Ronaldo Costa
Produção | Rafael Telles
Numa terça-feira qualquer Pablo vai com sua esposa
Karen visitar o zoológico onde trabalha a ilha do casal, a
médica veterinária Carol. Lá eles se surpreendem por
encontrar um orangotango em uma jaula separada dos
seus iguais. Ao perguntar o motivo o pai descobre que o
macaco não se comportou bem, molestou seus
companheiros e, por isso, está de castigo. E quando a filha
pepergunta ao pai porque ele esteve preso durante quarenta
dias há quinze anos. Neste instante está delagrada toda a
potência fabular de Gustavo Ott.
Com uma produção dramatúrgica que nada fica a
dever a outros contemporâneos mundialmente
reconhecidos, Ott nos oferece em “Dois Amores y um
Bicho” uma estrutura de espelhos multifacetada que trata
de reletir a realidade, simultaneamente, em várias
perspectivas. Através de infindáveis recursos narrativos o
espetáculo, na velocidade do cotidiano, deixa para o
espectadorespectador as responsabilidades conclusivas. Porém,
atendo-se a dilatar (e brincar) sobre a multiplicidade de
entendimentos possíveis do mundo que nos circunda, o
texto aniquila qualquer possibilidade de constituirmos
valores definitivos ou absolutos.
Ficha técnica
Direção
Fernando Yamamoto
Diretora assistente
Camille Carvalho
Dramaturgia
Arístides Arístides Vargas
Tradução
Fernando Yamamoto
Elenco
Dudu Galvão, Joel Monteiro,
Paula Queiroz e Renata Kaiser
Figurino e adereços
João RicardoJoão Ricardo Aguiar e
Maria de Jesus
Cenografia
Fernando Yamamoto e
J.Ricardo Aguiar
Música
Rafael Telles e Marco França
Direção de textoDireção de texto
Babaya Morais
Iluminação
Ronaldo Costa
Assistente técnico
Janielson Silva
Produção
RafaelRafael Telles
Inaugurando o projeto de pesquisa
latino(-)americano, e partindo da obra de
Arístides Vargas - diretor, ator e dramaturgo
argentino, exilado no Equador, e um dos
fundadores do Grupo Malayerba, um dos
mais importantes da América Latina -, os
Clowns de Shakespeare investigam as
relaçõesrelações da memória e identidade, somando
também as experiências provocadas pelo
golpe civil e militar brasileiro de 1964.
Aproximando o realismo fantástico ao
político-épico, as histórias de Nuestra
Senhora de las Nuvens são apresentadas por
quatro atores, tendo como fio condutor os
encontrosencontros entre Oscar e Bruna, dois
exilados. A narrativa permeia o universo do
exílio através do humor, violência, crítica e
lirismo, expondo a estrutura do discurso
político. entre o exílio imposto e o “in”xílio
autoprovocado, há mais a ser encontrado e
descoberto. Nenhuma pessoa está
totalmentetotalmente livre do exílio da plentude de sua
própria realidade.
NUESTRASENHORA DELAS NUVENS
Meados do século XIII, um senhor de nome Thomas Kid
formulou uma poética através de uma peça de teatro,
considerando o movimento de transformação de sua
sociedade. Essa obra foi consideravelmente reprocessada
sob o olhar de outro tantos poetas ao longo da história
dos homens.
Gosto sempre de ter em mente uma anotação do poeta e
dramaturgo Bertolt Brecht, analisando este período a
Itália a transformação do globe, Shakespeare estudava no
Globe a transformação do homem”.
peça. Utilizou como base a tradução alemã clássica,
produzida pelos irmãos Schlegel. Escreveu uma
é uma prisão: o teatro do cotidiano era material consid-
erável para esclarecimento político e poético do tema.
Enfim, chegamos a este momento.
a permanência dos Clowns em sua temporada na cidade
de São Paulo. Esse encontro fortaleceu o relacionamento
pessoal e profissional, e a proposta acordada foi montar
Personagens são acrescidos, outros tirados, a cena ganha
outra cara, outro som, outra ação.
Esperamos que o público regozije de prazer nessa
empreitada.
Marcio Aurelio
Encenador: Marcio Aurelio
Medeiros (Ofélia)
Texto original: William Shakespeare
Adaptação do texto: Lígia Pereira e Marcio Aurelio
Cenário: Marcio Aurelio
-
speare com Marcio Aurelio, um dos mais importantes
nomes do teatro brasileiro contemporâneo. A
encenação se baseia no princípio de que a peça,
obra-prima da dramaturgia universal, consiste em uma
poética da representação. Assim, utilizando os
espelhamentos que Shakespeare propõe e o desequilí-
brio de um mundo em transição, seja na Dinamarca
representada na obra ou no Brasil de hoje, o
espetáculo traz uma radicalização do uso das
convenções teatrais e dos elementos que compõem a
estrutura cênica.
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