Perplexidade
Título original: Perplexity
Por: James Smith
(1802—1862)
Traduzido, Adaptado e
Editado por Silvio Dutra
Mar/2017
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S651
Smith, James – 1802 -1862 Eu confiarei / James Smith Tradução , adaptação e edição por Silvio Dutra – Rio de Janeiro, 2017. 22p.; 14,8 x 21cm Título original: Perplexity 1. Teologia. 2. Vida Cristã 2. Graça 3. Fé. 4. Alves, Silvio Dutra I. Título CDD 230
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James Smith foi o predecessor de Charles
Haddon Spurgeon na New Park Street
Chapel, em Londres, de 1841 até 1850. No
início, as leituras de Smith foram ainda
mais populares do que as de Spurgeon!
Susana, que viria a ser a esposa de
Spurgeon, fazia parte da membresia
desta igreja pastoreada por James Smith,
bem antes de conhecer aquele com o
qual viria a se casar, sendo uma bênção
em seu ministério.
"Tenho recebido informações de que
meus livros estão sendo feitos uma
bênção em muitos lugares. Que o Senhor
faça com que o que eu escrevo seja
bênção, quando meus lábios forem
silenciados na morte!" James Smith, de seu diário, janeiro 1845
“Meu objetivo é conduzir a mente...
do ego - para Jesus;
do pecado para a salvação;
dos problemas da vida - aos confortos do
evangelho.”
James Smith
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"O que eu devo dizer?" (Isaías 38:15)
Esta pergunta retórica, em Isaías 38.15,
foi expressada em sentido exclamativo
pelo rei Ezequias, diante de todos os
livramentos e ensinamentos do Senhor
em seu favor, em meio a todas as
provações que tinha recentemente
sofrido, e que o inspiraram a escrever a
seguinte carta memorial de gratidão e
louvor que encontramos registrada no
livro do profeta Isaías:
“O escrito de Ezequias, rei de Judá, depois
de ter estado doente, e de ter
convalescido de sua enfermidade.
10 Eu disse: Na tranquilidade de meus
dias hei de entrar nas portas do Seol;
estou privado do resto de meus anos.
11 Eu disse: Já não verei mais ao Senhor na
terra dos viventes; jamais verei o homem
com os moradores do mundo.
12 A minha habitação já foi arrancada e
arrebatada de mim, qual tenda de pastor;
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enrolei como tecelão a minha vida; ele
me corta do tear; do dia para a noite tu
darás cabo de mim.
13 Clamei por socorro até a madrugada;
como um leão, assim ele quebrou todos
os meus ossos; do dia para a noite tu darás
cabo de mim.
14 Como a andorinha, ou o grou, assim eu
chilreava; e gemia como a pomba; os
meus olhos se cansavam de olhar para
cima; ó Senhor, ando oprimido! fica por
meu fiador.
15 Que direi? como mo prometeu, assim
ele mesmo o cumpriu; assim passarei
mansamente por todos os meus anos, por
causa da amargura da minha alma.
16 Ó Senhor por estas coisas vivem os
homens, e inteiramente nelas está a vida
do meu espírito; portanto restabelece-
me, e faze-me viver.
17 Eis que foi para minha paz que eu
estive em grande amargura; tu, porém,
amando a minha alma, a livraste da cova
6
da corrupção; porque lançaste para trás
das tuas costas todos os meus pecados.
18 Pois não pode louvar-te o Seol, nem a
morte cantar-te os louvores; os que
descem para a cova não podem esperar
na tua verdade.
19 O vivente, o vivente é que te louva,
como eu hoje faço; o pai aos filhos faz
notória a tua verdade.
20 O Senhor está prestes a salvar-me;
pelo que, tangendo eu meus
instrumentos, nós o louvaremos todos os
dias de nossa vida na casa do Senhor.”
O rei Ezequias aprendeu e reconheceu
em sua tribulação que há motivo para
agradecermos ao Senhor pelas
provações que Ele traz de variadas
formas sobre os seus filhos, para que
cheguem à plenitude da vida espiritual e
eterna em sua experiência, ainda
vivendo aqui neste mundo. De modo que
ao ter dito “o que direi?” em face de Deus
ter trazido sobre ele todas as tribulações
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que havia prometido, ele mesmo se
apressa a responder no verso seguinte
(16) que é por meio destas provações que
a verdadeira vida do espírito é possuída
por aqueles que amam o Senhor: “Ó
Senhor por estas coisas vivem os
homens, e inteiramente nelas está a vida
do meu espírito; portanto restabelece-
me, e faze-me viver.” Assim, estas coisas
pelas quais vivem os homens e nas quais
está inteiramente a vida espiritual, são as
provações administradas por Deus a nós.
Esta mesma pergunta: “Que direi?”
também a encontramos em Josué 7.8,
quando Israel havia sido batido pelos
habitantes de Ai:
“5 E os homens de Ai mataram deles
cerca de trinta e seis e, havendo-os
perseguido desde a porta até Sebarim,
bateram-nos na descida; e o coração do
povo se derreteu e se tornou como água.
6 Então Josué rasgou as suas vestes, e se
prostrou com o rosto em terra perante a
arca do Senhor até a tarde, ele e os
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anciãos de Israel; e deitaram pó sobre as
suas cabeças.
7 E disse Josué: Ah, Senhor Deus! por que
fizeste a este povo atravessar o Jordão,
para nos entregares nas mãos dos
amorreus, para nos fazeres perecer?
Quem dera nos tivéssemos contentado
em morarmos além do Jordão.
8 Ah, Senhor! que direi, depois que Israel
virou as costas diante dos seus
inimigos?”
Tal exclamação escapou assim, dos
lábios de Josué, e foi a linguagem do
amargo desapontamento. Todavia, foi
por meio daquela perda na batalha para a
cidade de Ai, que muitos aprenderam a
temer ao Senhor, e ter um verdadeiro
apreço pelo cumprimento da Sua
Palavra. Quanto da consternação que foi
trazida por aquele incidente que
culminou com a morte de Acã e todos da
sua casa, que Israel começou aprender o
significado da necessidade de obediência
a Deus para se alcançar a vitória sobre os
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nossos inimigos, pois aqueles inimigos
literais que eles combatiam,
representavam todos os inimigos
espirituais que temos que combater em
relação à carne, ao diabo e ao mundo.
As mesmas palavras foram proferidas
por nosso adorável Senhor quando sua
alma foi dominada pelo sofrimento, na
perspectiva de Suas agonias e suor
sangrento, Sua cruz e morte sacrificial:
"Agora está a minha alma perturbada, e
que direi?" (João 12:27). Aqui está a
linguagem de alguém que estava cheio
de perplexidade pelas dispensações da
Divina Providência. Sua alma estava
oprimida, seu espírito estava de luto, e
comparava suas orações ao tagarelar de
uma andorinha.
Amado, tal é o caso conosco às vezes;
Nossas circunstâncias são tão dolorosas,
tão diferentes do que esperávamos, que,
em espanto, exclamamos: "O que eu
direi?"
Primeiro, devemos dizer que os negócios
de Deus são muito misteriosos. "Porque
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os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos, nem os vossos caminhos,
os meus caminhos, como os céus são
mais altos do que a terra, assim são os
meus caminhos mais altos do que os
vossos caminhos, e os meus
pensamentos mais altos do que os vossos
pensamentos". (Isaías 55: 8-9). O seu
caminho está no mar, e o seu caminho
nas águas poderosas, e os Seus passos
não são conhecidos. Nós procuramos a
luz - mas eis aí a escuridão. Esperávamos
o sucesso - mas nos encontramos com o
fracasso. Nós antecipamos a
prosperidade; mas, estamos
mergulhados na adversidade. Nossos
propósitos são interrompidos. Nossos
planos estão frustrados. Nossos céus
estão vestidos de nuvens. Somos
forçados a dizer: "Verdadeiramente, Tu
és um Deus que te escondes!"
"O que eu direi?"
Em segundo lugar, devemos dizer que as
palavras de Jesus ainda são verdadeiras:
"No mundo tereis aflições." Ele previu e
nos preveniu. Ele o nomeou. Ele predisse
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isso. Mas, estávamos muito hesitantes
em acreditar. No entanto, pode ser com
outros - que esperamos que seria
diferente conosco. Ou, esperamos que
tribulações já passadas seriam
suficientes, e que deveríamos ser isentos
no futuro. Mas, não, quase todos os dias
trazem algum nova provação, algum
novo problema, alguma cruz inesperada!
Ó Salvador, as tuas palavras são
realmente verdadeiras! É "através de
muita tribulação que devemos entrar no
reino de Deus", conforme dito pelo
apóstolo Paulo, pelo que havia aprendido
diretamente do Senhor Jesus Cristo e em
sua própria experiência, pois sabia
perfeitamente que sem o trabalho da
tribulação não pode existir o nosso
aperfeiçoamento em santificação, sem a
qual ninguém verá o Senhor.
"O que eu direi?"
Em terceiro lugar, devemos dizer que
algumas das promessas de Deus
requerem uma fé forte para crer nelas.
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Ele nos assegurou que Ele se alegrará por
nós para nos fazer bem; que Ele vai ouvir
as nossas orações, e ouvir os nossos
clamores; que todas as coisas cooperarão
para o nosso bem. Mas onde estão agora
as respostas às nossas orações? Como
essas perdas, cruzes, dificuldades,
perigos e decepções nos fazem bem?
Onde está Seu amor, Seu zelo pelo meu
bem, Sua misericórdia agora? Ele ainda é
o mesmo? Ele ainda preserva a mesma
mente em relação a mim? Devo acreditar
que esta é a melhor coisa que poderia
acontecer comigo? Sim, Suas promessas
e suas relações de aliança exigem isso.
Mas, oh, quão difícil! Que fé forte exige; e
a minha, oh, quão fraca é!
"O que direi?"
Em quarto lugar, devemos dizer que Deus
fará o que bem entender com seus
próprios filhos. Ele tem o direito disso, e
Ele o exercerá. Ele cruzará nossas
vontades, cercará nossos caminhos,
cortará nossas expectativas e nos dará
absinto e fel para beber, para que
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possamos ter as nossas impurezas
purgadas e a aprender a viver segundo a
Sua santa vontade.
E por que isso? Por que usar a tribulação?
Porque Ele gosta de nos causar dor - ou
tem prazer em nossos suspiros e
tristezas? Não! Ah não! Mas, porque Ele
procura o nosso bem-estar. Porque Ele é
mais sábio do que nós. Por que sou pobre
e meu irmão rico? Por que estou doente -
e minha irmã saudável? Por que meus
esforços são frustrados - e meu vizinho é
coroado de sucesso? Nosso Pai se recusa
a responder a essas perguntas! Ele
pergunta: "Não posso fazer o que eu
quiser com o que é meu?" Ele
gentilmente nos acalma com a certeza,
"Você não entende agora o que estou
fazendo - mas vai entender depois." Bem,
o patriarca exclamou: "Ele não dá
prestação de contas de nenhum de seus
assuntos".
Nosso Pai, com sabedoria, designa as
circunstâncias e a sorte de cada um de
Seus filhos. Ele traçou o caminho em que
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eles devem viajar. Ele designou seus
limites, que eles não podem ultrapassar.
Então, com Jó, dizemos: "Ele está em uma
só mente, e quem pode opor-se a Ele? Ele
faz o que quer, e certamente cumprirá o
que Ele decretou para mim, e tem muitas
coisas mais semelhantes em mente". Isso
é muitas vezes profundamente provado;
mas "o que devo dizer?"
"O que direi?"
Em quinto lugar, devemos dizer que a
provação da fé é muitas vezes muito
severa, extremamente dolorosa. O ouro é
o mais fino dos metais, e é provado mais
do que qualquer outro; mas a provação de
nossa fé é muito mais severa, profunda e
preciosa do que o ouro. Nunca o Espírito
Santo operou a fé no coração de um
pecador, senão pelo trabalho da
providência de providência de Deus que
a provou. E quando está passando pelo
fogo para ser separado de toda escória
carnal, sensual - quão extremamente
pequeno às vezes isto aparece! Sim, às
vezes quando o buscamos, ele não pode
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ser encontrado. O fogo faz com que a
escória suba ao topo, e tudo o que
podemos ver é o medo, a dúvida, a
incredulidade, a autocomiseração, a
queixa, a perplexidade, a inveja, a
inquietação, a irritação e o orgulho!
Buscamos a nossa fé, que antes da
provação parecia tão saudável e tão forte
- mas onde está? A fé não testada é fé
incerta na melhor das hipóteses. A
Providência prepara a fornalha, acende o
fogo, acrescenta o combustível, e nossa
pobre fé deve passar pela provação. Quão
difícil é dizer às vezes: "Embora ele me
mate, contudo eu confio nele!" Como é
difícil acreditar que este caminho difícil é
o caminho certo, que leva à cidade
celestial. Mas, a fé provada será
encontrada em honra, glória e louvor na
aparição de Jesus Cristo.
“3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua
grande misericórdia, nos regenerou para
uma viva esperança, pela ressurreição de
Jesus Cristo dentre os mortos,
16
4 para uma herança incorruptível,
incontaminável e imarcescível,
reservada nos céus para vós,
5 que pelo poder de Deus sois guardados,
mediante a fé, para a salvação que está
preparada para se revelar no último
tempo;
6 na qual exultais, ainda que agora por
um pouco de tempo, sendo necessário,
estejais contristados por várias
provações,
7 para que a prova da vossa fé, mais
preciosa do que o ouro que perece,
embora provado pelo fogo, redunde para
louvor, glória e honra na revelação de
Jesus Cristo;
8 a quem, sem o terdes visto, amais; no
qual, sem agora o verdes, mas crendo,
exultais com gozo inefável e cheio de
glória,
9 alcançando o fim da vossa fé, a salvação
das vossas almas.” (I Pedro 1.3-9).
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Ainda assim, enquanto a fumaça da
fornalha obscurece as nossas
perspectivas, e as chamas enrolam em
torno de nossas almas, muitas vezes
somos levados a gritar: "O que eu direi?"
"O que direi?"
Em sexto lugar, devemos dizer que a
paciência e a perseverança são
necessárias sob nossas provações. Não
devemos murmurar, não devemos nos
queixar - mas seguir pacientemente
onde quer que o Senhor nos conduza, e
suavemente suportar tudo o que o
Senhor colocar sobre nós. Ele não
colocará sobre nós mais do que somos
capazes de suportar; mas, com cada
tentação Ele fará um caminho para a
nossa fuga, para que possamos suportá-
la, conforme a sua promessa: “Não vos
sobreveio nenhuma tentação, senão
humana; mas fiel é Deus, o qual não
deixará que sejais tentados acima do que
podeis resistir, antes com a tentação dará
também o meio de saída, para que a
possais suportar.” (I Cor 10.13).
18
A paciência deve acalmar o espírito,
silenciar o coração, e fechar a boca. Então
diremos com o salmista: "Fiquei em
silêncio, não abri a minha boca, porque
Tu és Aquele que fez isto!" Se tivesse sido
homem - poderia ter sido errado. Se
tivesse sido casualidade - poderia ter sido
prejudicial. Mas foi o Senhor; e, portanto,
deve ser sábio, santo e bondoso.
Não é sem motivo que muitas vezes nas
Escrituras, o Senhor nos ordena a nos
aquietarmos e vermos a salvação
operada por Ele, de modo que nos
convém estarmos em silencio, tanto em
nossos lábios quanto em nossos
pensamentos e em nosso coração.
Se o Senhor se aproximar de alguém para
lhe transformar à Sua semelhança e lhe
ensinar a andar em conformidade com a
Sua vontade, certamente, Ele antes lhe
dirá: “Fica quieto”. Pois sem este silêncio
reverente na alma, não há como
aprender efetivamente o que seja
relativo à vida espiritual.
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Somos obrigados a perseverar
silenciosamente, para prosseguirmos,
embora o caminho seja acidentado,
embora os espinhos furem nossos pés,
embora não possamos ver um passo
diante de nós. Devemos andar pela fé,
não pela vista, acreditando que estamos
seguros - em meio ao perigo; que
estamos certos - apesar de tudo ser
perplexidade; e que tudo terminará bem
- pois "Sabemos que Deus faz com que
tudo funcione em conjunto para o bem
daqueles que O amam, e são chamados
de acordo com o Seu propósito!"
(Romanos 8:28). Ainda assim, embora
tentemos exercitar a paciência, e
lentamente avançar no caminho
tentador, seremos alertados às vezes
para exclamar: "O que direi?"
"O que direi?"
Em sétimo lugar, devemos dizer que
quando Satanás nos impede, ninguém
além de Deus pode efetivamente nos
ajudar; portanto, devemos olhar para Ele.
Satanás é nosso inimigo jurado, nosso
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inimigo feroz e vigilante. Se ele não pode
nos levar de volta, ele vai tentar nos
impedir, e fazer o nosso trabalho e nosso
caminho amargo para nossas almas. Sua
oposição não é brincadeira de criança.
Ele não é um inimigo fraco, ou adversário
inexperiente. Ele impediu Paulo - e ele
nos tem impedido. Ele sempre tentará
nos impedir, seja adormecendo-nos,
atraindo-nos do caminho certo, ou
bloqueando nosso caminho com
dificuldades e tentações. Com tal inimigo
- tão esperto, tão cruel, tão diligente, tão
determinado - o que podemos fazer?
Fazer? Digamos com o profeta Micaías
em sua provação: "Quanto a mim, espero
ajuda do Senhor. Espero com confiança
que Deus me salve, e meu Deus
certamente me ouvirá!"
Ó Satanás, és um inimigo maldito e cruel;
mas o teu dia está chegando, e assim,
ponho o meu pé sobre a tua cabeça
maldita; e na fé do Senhor Jesus eu posso
dizer: "Não vos regozijeis, meus inimigos,
porque, ainda que eu caia, ressuscitarei,
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ainda que me assente nas trevas, o
Senhor será a minha luz." Ainda assim, a
influência satânica, e os obstáculos
satânicos, muitas vezes nos fazem
suspirar: "O que direi?"
"O que direi?"
Finalmente, devemos dizer que, por mais
áspero que seja o caminho - o fim vai mais
do que compensar suas dificuldades e
provações, pois o fim será glorioso. Sim,
minha alma, "há um fim, e a sua
expectativa não será frustrada". "A luz é
semeada para os justos, e a alegria para os
retos de coração". Eu posso agora estar na
escuridão - eu posso agora ser um
miserável - eu posso agora até mesmo
injuriar a fidelidade do meu Deus; mas
"confiarei o meu caminho ao Senhor,
confio também nele, e ele o fará
acontecer, porque ele me fará sair à luz, e
eu contemplarei a sua justiça."
Dir-vos-ei, então, que Deus é fiel, que a
Sua Palavra é verdadeira, que as Suas
promessas são certas, que os Seus
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caminhos são certos, e que as Suas
perfeições serão glorificadas,
paulatinamente, pelas suas relações
comigo agora. Eu digo: Tenho um
Advogado no alto, Jesus Cristo, o Justo.
Tenho um bastão em que posso apoiar-
me, uma esperança que não me faça
envergonhar, uma fé que não falhe e uma
perspectiva, apesar de tudo, de uma
herança inestimável - uma herança que é
mantida no céu para mim, pura e
imaculada, além do alcance da mudança
e da decadência!
Eu digo que creio que vencerei e serei
mais do que um vencedor de todos os
inimigos - por meio daquele que me
amou e se entregou por mim! Bendito
seja o Seu santo nome, pela sabedoria me
guia e pela graça que tem em ajudado em
tudo o que tenho passado; e agora vou me
esforçar para confiar nele, e confiar nele
por tudo o que há de vir.
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