UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Rodrigo Carneiro de Oliveira e Joabson Simões Sampaio
POLÍTICAS CULTURAIS EM CONCEIÇÃO DO COITÉ
Conceição do Coité
2010
Rodrigo Carneiro de Oliveira e Joabson Simões Sampaio
POLÍTICAS CULTURAIS EM CONCEIÇÃO DO COITÉ
Trabalho de conclusão apresentado ao curso de Comunicação Social – Rádio e TV, apresentado a Universidade do Estado da Bahia, como requisito parcial de obtenção do grau de bacharelado em Comunicação, sob a orientação da Professora Hanayana Brandão.
Conceição do Coité
2010
Rodrigo Carneiro de Oliveira e Joabson Simões Sampaio
POLÍTICAS CULTURAIS EM CONCEIÇÃO DO COITÉ
Trabalho de conclusão apresentado ao curso de Comunicação Social – Rádio e TV, da Universidade do Estado da Bahia, sob a orientação da Professora Hanayana Brandão.
Data:______________________________
Resultado:__________________________
BANCA EXAMINADORA
Profª (orientador)____________________
Assinatura_________________________
Prof.______________________________
Assinatura_________________________
Prof.______________________________
Assinatura_________________________
AGRADECIMENTOS
Aos professores por toda a bagagem teórica que adquirimos no decorrer do curso e que nos fizeram aptos a realizar esse projeto.
Aos colegas e amigos que nos ofereceram suporte prático para a montagem do produto.
A Deus por ter nos dado força, paciência e serenidade para enfrentar esse desafio.
Aos nossos familiares que nos apoiaram nessa odisseia acadêmica.
RESUMO
A temática, políticas culturais, é bem recente no cenário teórico sua aplicação e gestão é bastante debatida no contexto nacional. Em grande parte dos municípios brasileiros não há secretaria de cultura especifica, e às vezes quando existe, há certas desigualdades ao repartir tais verbas para a cultura. Essa realidade ocorre no município de Conceição do Coité. Por isso o objetivo desse projeto é analisar a razão dessa desigual distribuição da verba para a cultura, e para instigar o debate dessa temática usaremos um vídeo documentário. Sobretudo, a composição de todo memorial registra todo o processo de gravação e construção da obra audiovisual, bem como sua fase de entrevistas, escolha de trilhas sonoras, edição etc.
PALAVRAS-CHAVES: Políticas culturais, manifestações culturais, cultura.
ABSTRACT
The theme, cultural politics, it’s new in the theoretical scenario, its development, application and management is pretty discussed in the national context. In the most of the Brazilian cities there’s no specific department and sometimes when it exist, there are inequality in the way to share the recourses in cash to the culture. This reality apparently occurs in Conceição do Coité. So this project aims to analyze if occurs an inequality distribution of resource in cash to the culture, and to estimulate the discussion of this theme we are going to use a documentary video. Specially, this memorial has all of the process of recording and its construction of the audiovisual material, all of the interviews, the choose of sounds track, editions and stuff are all placed in the Memorial.
KEY-WORDS: cultural politics, cultural manifestations, culture.
SUMÁRIO
1. Apresentação................................................................................................................ ..1
2. Justificativa.................................................................................................................... 5
3. Público alvo..................................................................................................................... 7
4. Breve noção das políticas culturais no espaço coiteense............................................. 7
5. Aspectos do formato audiovisual............................................................................... .10
1. Documentário ..........................................................................................................10
2. Linguagem Audiovisual...........................................................................................12
3. Técnica de vídeo.......................................................................................................13
5.3.1Enquadramento.................................................................................................13
5.3.2 Movimentos da câmera....................................................................................14
5.3.3 Angulação........................................................................................................14
6. Metodologia da produção videográfica........................................................................15
1. Pré-produção............................................................................ ...............................15
1.1. Idéia do vídeo......................................................................................... ….......16
1.2. Pesquisa..............................................................................................................16
1.3. Reconhecimento de campo.................................................................................17
1.4. Pré roteiro............................................................................................................18
1.5. Entrevistas e depoimentos...................................................................................18
2. Produção.....................................................................................................................20
6.2.1 Plano de produção.............................................................................................21
6.2.2 Captação de áudio...........................................................................................24
3. Pós-produção..............................................................................................................24
6.3.1Decupagem.........................................................................................................24
6.3.2Sonorização.........................................................................................................25
6.3.3 Edição ...............................................................................................................25
7. Referencias.........................................................................................................................27
8. Anexos.................................................................................................................................29
1 . APRESENTAÇÃO
A cidade de Conceição do Coité está localizada na região do semi-árido do estado
da Bahia, a 210 km da capital baiana. Segundo último censo demográfico de 2007, possui
62.893 mil habitantes, um crescente setor econômico, grande exportação de sisal, e um
destacável comércio. É rica em diversidade cultural, sendo que as suas expressões culturais,
na maioria, estão situadas principalmente na Zona Rural. Com base nessa estrutura e
distribuição das expressões culturais, se faz imperativo ter políticas públicas de cultura.
Porém é relevante compreender inicialmente a definição de políticas culturais que, segundo
Canclini (2001), são:
Um conjunto de intervenções realizadas pelo Estado, instituições civis e grupos comunitários organizados a fim de orientar o desenvolvimento simbólico, satisfazer as necessidades culturais da população e obter consenso para um tipo de ordem ou transformação social. ( p. 65)
As manifestações culturais mais acentuadas do município de Conceição de Coité
se encontram nas regiões adjacentes, tais como os distritos de Juazeirinho, Salgadália,
Bandiaçu, e os povoados Santa Rosa, Aroeira, Lagoa do Meio, São João.
O Bumba-meu-boi, a Festa de Judas, o Grupo de Sambadores, a “Pascoelinha”, a
Quadrilha junina, a Festa de Cavalo, a Festa da Padroeira, os Reisados entre outros, são
as manifestações culturais mais tradicionais, além de outras expressões culturais que
ganham ênfase no desenvolvimento cultural da cidade, como a orquestra de violinos, a
filarmônica, o artesanato produzido com fibras típicas da região, em suma, são as que
necessitam de apoio cultural para se manterem vivas. Essas manifestações culturais já
citadas, principalmente as manifestações populares mais tradicionais, em toda plenitude
são sustentadas por pessoas de faixa etária mais elevada, geralmente pessoas que
presenciaram o nascimento dessas expressões culturais, isso implica que grande parte da
comunidade juvenil se mantém alheia e desinteressada com a manutenção dessas
expressões culturais populares. Desse pressuposto é que também se faz mais relevante e
decisivo o papel da prefeitura e das políticas culturais.
Outro grande problema, similar ao que ocorre em 84,6 % dos municípios
brasileiros, está na ausência de um órgão gestor específico para cultura. De acordo com a
pesquisa realizada pelo MUNIC (2006, p. 25) esse fator dificulta a concretização dos
incentivos às expressões culturais, já que não há um orçamento exclusivo para a cultura. No
entanto, mesmo com a ausência de uma secretaria específica de cultura no município de
Conceição do Coité, existe a Superintendência de Cultura e Cidadania, que cuida dos
assuntos culturais da cidade, sendo categorizada como o órgão incumbido de financiar e
entender, juntamente com a sociedade civil, quais as necessidades culturais da população
coiteense.
Outra dificuldade no que concerne o fomento à cultura, é que mesmo com a
existência de um órgão destinado aos assuntos culturais, há um enorme entrave quanto à
importância da cultura no orçamento municipal de Conceição do Coité. Os temas
culturais sempre ficam em última instância dentro de uma escala de prioridades, ou seja,
os investimentos em cultura estão sempre em posição secundária, pois em função de
outras necessidades o orçamento é reservado para determinadas “emergências sociais”,
como seca, infra-estrutura entre outros. Essa realidade não é peculiar da cidade de
Conceição do Coité, ela afeta outros sistemas e lugares, tanto que essa questão se
confirma nas palavras de Daniele Canedo:
Esse desinteresse pela área cultural decorre do fato de que os administradores públicos consideram que a sociedade possui problemas mais graves e urgentes para serem resolvidos pelos escassos cofres públicos, como saúde, educação e infra-estrutura (2006, pg.11 – 12).
Desse modo, devemos considerar que as políticas culturais são essenciais para
estender a visão de cultura, antes entendida somente como patrimônio e arte. Por essa
razão a cultura deve ser compreendida como elemento constitutivo de um povo ou de
uma comunidade e elegê-la como atributo de desenvolvimento e gerador de renda. As
diversas manifestações culturais presentes na própria sede municipal e as distribuídas
nos povoados e distritos que circundam o município de coité, formam a identidade
cultural do município, a pluralidade cultural existente nesses demais locais constrói a
identidade do povo coiteense e fortalecem a dimensão simbólica da cultura municipal.
Por essa razão, pela importância da construção e sustentação da identidade cultural por
meio da preservação dos bens materiais e imateriais, pela característica econômica que
está imbricada no elemento cultural, e sua importância simbólica, uma estratégica
organização das políticas públicas de cultura deve “cuidar do patrimônio – tangível e
intangível – pois é fundamental para o desenvolvimento e a identidade dos
agrupamentos humanos”. (Rubim, 2006, p. 13) Como também, o órgão responsável pela
cultura municipal deve reconhecer que uma atitude estratégica de financiamento é
importante para a preservação e o fortalecimento das manifestações culturais, logo que
as Políticas Culturas visam antes de tudo "promover a produção, a distribuição e o uso
da cultura, a preservação e divulgação do patrimônio histórico e o ordenamento do
aparelho burocrático por ele responsável” (Coelho, 1997 p. 293)
Adentrando para um exemplo mais específico sobre o mecanismo de
financiamento exercido pela prefeitura coiteense percebe-se o seguinte: o órgão apóia
financeiramente o Projeto Santo Antônio, que mantém uma orquestra de violinos e de
flautas, e a Filarmônica Coiteense Genésio Boaventura. Porém, este apoio se dá apenas
financeiramente, por meio da remuneração dos maestros. É notório que o município na
maioria das vezes limita-se a financiar projetos que nascem de iniciativas da sociedade
civil ao invés de construir alternativas para o desenvolvimento cultural e social do
município. O município deve compreender a cultura “como parte da socialização das
classes e dos grupos na formação das concepções políticas e no modo em que a
sociedade adota em diferentes linhas de desenvolvimento” (Canclini, 1987 p.25). A
cultura precisa ser trabalhada como agente transformador da sociedade e não apenas
como arte e folclore.
Mesmo tendo sob ênfase a preocupação de investigar se o problema dos
incentivos a cultura recorre de percalços conceituais ou orçamentários é cabível conferir
outras análises do viés cultural sob três dimensões: a simbólica, a cidadã e a econômica.
A dimensão simbólica é representada evidentemente pela criação humana dos
códigos artísticos de expressão, dos artefatos simbólicos, seus valores, crenças religiosas,
identidades entre outros. A pluralidade de elementos simbólicos constitutivos de uma
sociedade prova sua diversidade cultural. É por meio de uma consciência da presente
pluralidade simbólica cultural, que os órgãos de gerenciamento da cultura devem ter uma
postura imparcial e neutra, não elegendo uma expressão cultural como mais importante e
lucrativa, mas investindo e aceitando que qualquer manifestação cultural é uma
representação simbólica de um povo, comunidade ou grupo, admitindo suas múltiplas
expressões. Dessa abordagem, chegamos a inferir que a dimensão simbólica da cultura não
é compreendida em sua totalidade na esfera municipal de Conceição do Coité, logo que a
Micareta absorve acentuado valor financeiro (R$ 283,640,8), mesmo possuindo um nível
simbólico semelhante ao das demais culturas populares.
O direito a cultura, compreendido em sua prática como a dimensão cidadã da
cultura, é tão importante quanto o direito de ir e vir no território nacional. O direito ao
acesso e a prática cultural está estritamente ligado a consolidação da cidadania, já que a
cidadania engloba a liberdade de acesso ao patrimônio público e cultural, acesso aos
bens culturais tanto materiais como imaterial. Por isso, a incumbência dos órgãos
gestores de cultura é decisiva na promoção da cidadania do individuo, pois os recursos e
incentivos financeiros facilitam o acesso aos produtos e equipamentos culturais. Dessa
forma, as políticas culturais colaboram fortemente para a inclusão do individuo no
universo cultural e social, ajudando-o a criar redes de intercâmbio com outras culturas e
estilos de vivências. Numa dimensão mais ampla dessa estratégia de promoção da
cidadania através da cultura podemos exemplificar que cabe aos órgãos de gestão
cultural e suas políticas simplificar o acesso a teatros, cinemas, museus, investimentos
em feiras culturais de artesanato, conferências de cultura, implantação de bibliotecas
públicas entre outras realizações.
A abordagem sobre as políticas culturais é necessariamente viável observando
também o aspecto da cultura como instrumento de desenvolvimento econômico e gerador
de renda (dimensão econômica), já que se analisarmos a conjuntura cultural em âmbito
municipal, nota-se que algumas expressões culturais são importantes indicadores de renda,
por exemplo, a “Pascoelinha”, festa tradicional do distrito de Juazeirinho, ocorrida na
semana santa, gera empregos alternativos, e agrega um considerável número de pessoas de
regiões circunvizinhas. Dessa forma, essa manifestação cultural contribui para o
crescimento da economia local. Não só a “Pascoelinha” é objeto de crescimento econômico
por meio da cultura, mas também podemos mencionar o rico artesanato local, onde os
artesãos, estes distribuídos em todo o território municipal, confeccionam seus produtos com
fibras de sisal preferivelmente sobre temáticas regionais, e os vendem na feira livre da
cidade, ou então os expõe em feiras culturais da região sisaleira. Citando mais uma
expressão cultural do município de Coité, a Festa da Padroeira Nossa Senhora da
Conceição, ocorrida no início de dezembro, é geradora de renda, pois agrega um
significativo número de fiéis católicos de toda a Região Sisaleira, tanto dos distritos e
povoados como das demais cidades, como Serrinha, Valente, Ichu, Retirolândia entre
outros. Essa tradicional festa classificada como uma rica expressão cultural do município
abastece a economia, principalmente para diversos comerciantes de bares, lanchonetes,
hotéis e trabalhadores autônomos.
Com base em todos os dados e considerações apresentadas objetivamos que
elaboração do vídeo documentário irá mencionar sobre questões relativas ao sistema
cultural da cidade de Conceição do Coité, como se dão os investimentos e sua forma de
fomento entre outras questões concernentes as políticas culturais. Sobretudo, a composição
do memorial tem a finalidade de registrar todo o processo de gravação e construção do
vídeo documentário, bem como sua fase de entrevistas, escolha de trilhas sonoras, edição
etc., ou seja, a importância do memorial se constitui para informar quando e como ocorreu
todo o processo teórico e técnico de confecção do vídeo.
2. JUSTIFICATIVA
A abordagem sobre as Políticas Culturais é importante em vista de um denso e
heterogêneo acervo cultural presente no município de Conceição do Coité, e do baixo
investimento nas expressões culturais, principalmente nas manifestações culturais
populares, já que grande parte dos incentivos culturais é direcionada para a micareta, a
chamada Coitéfolia.
A temática Política Cultural torna-se pertinente em função da análise dessa
desigual distribuição do orçamento com a cultura, e por consequência, as informações e
conclusões dessa análise, serão utilizadas como material para esclarecer a sociedade
civil, qual o real papel das políticas de cultura, bem como deverá apontar onde e como a
sociedade civil deve buscar apoio para a conservação das manifestações culturais
existente em suas respectivas localidades.
O formato vídeo documentário é de grande valia para a propagação e
principalmente para o entendimento do tema abordado. Já que esta ferramenta audiovisual,
além de servir como instrumento de documentação da vida cotidiana, pois “o documentário
tem cumprido, ao longo da sua história, a função de ‘documentar’ a vida das pessoas e os
acontecimentos do mundo de modos diferentes” (Penafria, 1998, p. 1), também se expressa
como um canal de fácil acesso, sendo inteligível a públicos diversos, ou seja, sua
linguagem e versátil estrutura contribuem para a apreensão da mensagem, dessa forma:
A força da linguagem audiovisual está no fato de que consegue dizer muito mais do que captamos chegar simultaneamente por muito mais caminhos do que conscientemente percebemos, e encontra dentro de nós uma repercussão em imagens básicas, centrais, simbólicas, arquetípicas, com as quais nos identificamos, ou que se relacionam conosco de alguma forma” (Gutierrez, 1978 p. 3).
No que diz respeito à escolha e utilização do produto documentário, podemos
perceber ainda que numa sociedade cada vez mais multimídia e tecnológica, onde o
contexto audiovisual se torna mais penetrável em grande parte das camadas sociais, o
vídeo documentário poderá ter maior acessibilidade em função de sua linguagem
democrática, sendo possível o entendimento do tema entre classes de diversos níveis de
escolaridade, por isso, o formato vídeo documentário sobre o tema Políticas Culturais no
município de Conceição do Coité, se estabelece por razão de uma linguagem simples e
inteligível quanto ao esclarecimento das questões culturais.
Outro importante valor atribuído ao modelo vídeo documentário está nas
possibilidades de ser utilizado em eventos culturais do município, como seminários,
conferências ou até mesmo em escolas públicas do próprio município como forma de
material pedagógico das atividades que envolvam a realidade cultural da região
Sisaleira. Sem contar ainda, que o formato do trabalho é uma forma de documentação da
realidade coiteense, e poderá ser propagado por site alternativos na internet, ou como
objeto para futuras pesquisas sobre a conjuntura cultural de Conceição do Coité no
período de produção do vídeo, além de servir de base para outros estudos acadêmicos.
3. PÚBLICO ALVO
O público alvo ao qual se destina o vídeo documentário é constituído por uma
heterogênea comunidade cultural distribuída em todo território coiteense. Em função da
grande massa que forma o território do município de Conceição do Coité, podemos
categorizar como possíveis público alvo, os agentes culturais das comunidades,
membros de associações comunitárias que trabalham com a valorização da cultura,
acadêmicos que tenham como intuito trabalhar as ações das políticas culturais do
município de Conceição do Coité, ou até mesmo, membros de movimentos sociais e
professores de escolas públicas da região que se interessem em abordar a dimensão
cultural coiteense em suas atividades pedagógicas.
4. UMA BREVE NOÇÃO DAS POLÍTICAS CULTURAIS NO ESPAÇO
COITEENSE
A cultura em suas diversas faces reflete o potencial criador do ser humano, sua
forma mais espontânea de expressar sua arte, costumes e crenças. Mesmo culturas que são
vistas de forma marginalizada representam a face do poder de criação do ser humano e sua
maneira de conceber a realidade na qual ele se insere. Além disso, compreendemos que a
cultura surge como importante instrumento de desenvolvimento, já que esta pode
proporcionar consideráveis ganhos econômicos, como por exemplo em aspectos turísticos.
Como também, nós entendemos que a cultura possui a propriedade de ser utilizada como
elemento para a inclusão social e cidadania, pois auxilia o intercâmbio entre universos
distintos, rural e urbano, local e global, ou ainda entre sujeitos de várias faixas etárias. Por
essa razão se faz necessário que instâncias governamentais invistam e apliquem seus
recursos financeiros em manifestações culturais que se encontram em posição desfavorável.
Sobretudo é perceptível, que a carência de reflexões e debates aprofundados sobre
políticas culturais leva o sistema público, em específico à prefeitura de Conceição do Coité,
a não pensar a cultura como elemento de fortalecimento da identidade local, ou ainda, a não
perceber que a cultura é um influente canal de inclusão social, já que promove a execução
da cidadania em aspectos sócio-interativos, levando cidadãos de comunidades urbanas ou
rurais, a interagir com outras gerações e a participar da produção e reprodução da cultura,
tanto em seu universo contemporâneo como tradicional. Por esse princípio, a problemática
que buscamos estudar, se faz importante devido à insuficiente quantia direcionada para a
cultura, como também a precariedade em executar formas estratégicas de financiamento a
cultura.
Podemos observar que essa realidade é bem marcante na cidade de Conceição do
Coité, localizada no interior da Bahia. Com um total de 62.893 mil habitantes, é uma cidade
com amplo crescimento no setor econômico, grande exportadora de sisal, além de possuir
um comércio em ascensão. Referindo-se as expressões culturais dessa cidade podemos
mencionar os festejos juninos do distrito de Juazeirinho e Aroeira que atraem pessoas de
toda a região Sisaleira, exigindo da prefeitura uma quantia de R$ 78.626,00. A Expo coité,
festa de exposição de animais caprinos, ovinos e produtos agropecuários, requer um valor
equivalente a R$ 51.145,63, já o tradicional bumba-meu-boi, o samba de roda e o reisado,
que são manifestações culturais de caráter tradicional, demandam juntamente um gasto de
R$ 15.300,00. A CoitéFolia, que é uma manifestação cultural mais recente, surge como um
traço forte da cultura coiteense. Esse festejo detém grande parte do orçamento da prefeitura,
obtendo um valor de R$ 283,640,86.
O que nós ressalvamos é que a prefeitura não assume uma estratégia de incentivos
às manifestações culturais de forma organizada; isso culmina no simples ato de financiar
informalmente os eventos culturais. Essa prática acaba se convertendo em um modelo
desorganizado e limitante de investimento a cultural. Uma vez que, por não adotar um
planejamento estratégico, a prefeitura deixa de aplicar coerentemente seu orçamento.
Mas trabalhar sobre um tema tão complexo e aberto como as Políticas Culturais
requer um grande discernimento já que envolve dois termos aparentemente distintos,
política e cultura. Por razão da complexidade dessa expressão e sua dimensão teórica e
pratica é decisivo que analisemos alguns conceitos e considerações.
Assim para discorrer sobre políticas culturais, um tema que além de ser complexo,
de certa forma recente e contemporâneo, se faz imperativo observar os fundamentos do
texto de Fábio Maciel de 2009 intitulado “Democracia Cultural”, onde ele argumenta e
defende a execução plena das políticas culturais como forma de atingir uma verdadeira
democracia em que todos os direitos, inclusive os culturais, onde possam ser contemplados
e usufruídos pelos cidadãos.
As ponderações e definições que colaboram para termos uma noção aberta do
conceito de políticas culturais nos ajudam a compreender que o empenho e a ação para
contribuir com as manifestações culturais no processo de alimentação das necessidades
culturais da população dependem concernentemente ao papel do governo, essa afirmação se
confirma no seguinte, As políticas culturais resumem-se a um ‘conjunto de intervenções realizadas pelo Estado, instituições civis e grupos comunitários organizados a fim de orientar o desenvolvimento simbólico, satisfazer as necessidades culturais da população e obter consenso para um tipo de ordem ou transformação social’ (Cancline 2001 p.65).
É relevante enfatizar também, que a execução das políticas culturais não
acontece de forma tão efetiva e plena, ou até mesmo de maneira imparcial, há uma grande
influência do viés político na escolha e seleção de determinada investidura no campo
cultural ou especificamente na contemplação das variadas expressões culturais. Com base
nessa ideia podemos dizer que “os programas de intervenção e os conjuntos de iniciativas
não se dão de forma consensual, mas resultam de uma relação de forças culturais e
políticas” (Barbalho, p. 4), ou seja, as políticas culturais se manejadas de maneira inviável,
servem como veículo de publicidade institucional ou de promoção da figura política num
determinado período ou espaço político.
A observação do perfil político e a individual concepção de cultura, por parte dos
responsáveis pela administração do orçamento direcionado para a cultura, é importante pois
o entrelaçamento de interesses políticos e culturais são determinantes em ultima escala, no
que se refere a distribuição da verba. Essa concepção da influência política na efetivação
das estratégias de financiamento cultural se confirma nas palavras de Barbalho “as decisões
indicadas por uma estratégia de políticas culturais colocam em ação determinadas
organização de poderes que só se manifesta por meio de análise política” (Barbalho, p. 3).
5. ASPECTOS DO FORMATO AUDIOVISUAL
5.1 Documentário
A construção do vídeo documentário envolve diversas questões conceituais, técnicas
e sociais, já que a produção do vídeo requer conhecimentos sobre tais áreas. A
esquematização desse conjunto de elementos se converge para uma única finalidade, expor
o ato criativo para uma possível transformação social.
Sobretudo não é somente a questão técnica que o documentarista deve explorar com
criatividade e imaginação, deve haver um compromisso profissional com a articulação do
vídeo, pois sua responsabilidade permeia todos os elementos que constituem o
vídeodocumentário, enfim, a função geral do documentarista é organizar diversos
elementos: entrevistas, som ambiente, legendas, música, imagens filmadas in loco, imagens
de arquivo, reconstruções, etc. (Penafria 2001, p 5), para uma coerente e atrativa produção
audiovisual.
A associação desses múltiplos elementos pode ser distribuída por todas as três
etapas de montagem do vídeo documentário, a pré-produção, produção e pós-produção.
Mesmo que todo o processo se realize durante a extensão dessas três fases, é na primeira
etapa que todo o vídeo documentário deve ser esquematizado e pensado taticamente. Assim
podemos evidenciar que essa fase é decisiva para a qualidade e maturidade do vídeo,
notamos tal pensamento por meio das considerações de Penafria
A pré-produção é uma fase de preparação para as filmagens. Esta fase caracteriza-se por uma pesquisa e desenvolvimento do tema/assunto a tratar. Não há regras a seguir, aqui trata-se de justificar o interesse de um filme. Assim, há que definir a motivação, ou seja, o documentarista deve, antes de mais, interrogar-se quanto às razões por que quer fazer determinado filme, definir a abordagem ao tema, recolher informação, fazer a caracterização e selecção dos locais a filmar, a caracterização dos intervenientes ("personagens"), definir a estrutura do filme, tipo de planos, etc. (2001, p. 3)
O vídeo documentário é um modelo audiovisual que trabalha com várias temáticas.
Sobre o vídeo documentário “Políticas Culturais em Conceição do Coité” nós procuramos
abordar a desigualdade em se aplicar os recursos financeiros, como também mostrar as
discussões entre vários segmentos sociais. Sendo assim, o documentário é empregado como
forma de socialização dessa temática, registro de fragmentos da realidade e expressão do
ponto de vista de seus realizadores. Dessa forma Nichols afirma
Os documentários mostram aspectos ou representações auditivas e visuais de uma parte do mundo histórico. Eles significam ou representam os pontos de vista de indivíduos, grupos e instituições. Também fazem representações, elaboram argumentos ou formulam suas próprias estratégias persuasivas, visando convencer-nos a aceitar suas opiniões. (2005, p. 30)
Continuando a abordagem conceitual desse produto, algumas definições utilizadas
por Vanessa Zandonade e Maria Cristina Fagundes em seu trabalho de monografia O vídeo
documentário como instrumento de mobilização social apontam que “O documentário é um
gênero audiovisual utilizado como forma de expressão da sociedade e registro dos
acontecimentos, desde o início do século XIX” (Zandonade; Fagundes. 2003, pg 08).
Percebe-se que suas origens não são muito remotas, por esse motivo não se tem ainda um
amplo acervo bibliográfico sobre seu conceito.
O vídeo documentário é um instrumento de representação da realidade, todo
documentarista mostra a partir de seu ponto de vista uma fato específico, logo que, para
exteriorizar essa realidade, um vídeo documentário agrega diversas linguagens e discursos,
interpretando e descrevendo um determinado fato. Sobre essa afirmação Nichols atesta o
seguinte
Documentário, assim como outros discursos do real, contém um vestígio de responsabilidade em descrever e interpretar o mundo de nossa experiência coletiva [...] Mais que isso, ele se alinha a esses outros discursos (da lei, família, educação, economia, política, estado e nação) na efetiva construção da realidade social (2005, p. 10).
É necessário ressaltar que além de ser usado como veiculo publicador de
conhecimento, representador de temas sociais e ferramenta para reflexão das mazelas que
envolvem uma sociedade, o vídeo documentário se configura como um produto que possui
suas diretrizes e exige comprometimento do realizador. Guiado por essa abordagem, onde o
realizador do produto audiovisual deve socializar o seu material em vista da
democratização do saber e dialogar com outros mundos distintos frisamos algumas palavras
de Penafria
Apresentar novos modos de ver o mundo ou de mostrar aquilo que, por qualquer dificuldade ou condicionalismos diversos, muitos não vêm ou lhes escapa, é
então a principal tarefa de um documentarista. Estes muitos a que me refiro, podem ser os espectadores ou os próprios intervenientes – personagens - de um filme (2001, p. 7)
O produto vídeo documentário é uma ferramenta importante na disseminação de
novos conteúdos midiático, além de ser um notável instrumento de exposição da realidade
sob o foco da difusão do conhecimento.
Levando em conta que vivemos numa sociedade carente de notícias e reportagens
mais aprofundadas sobre temas sociais, já que as notícias e reportagens são cada vez mais
superficiais e instantâneas, o vídeo documentário surge como um produto reflexivo e
interpretativo, pois observa e avalia uma temática sob uma determinada perspectiva. Sem
contar ainda que vivemos numa sociedade que retém grande parte de seu conhecimento por
meio da TV, já que como atesta o jornalista e chefe do Departamento de Jornalismo e
Editoração da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, Bernardo
Kucinski (1998, p 18), “é por intermédio da TV,que as classes B,C,D e E percebem os
assuntos atuais, adquirem novos hábitos e desenvolvem uma linguagem comum”.
5.2 - Linguagem audiovisual
É importante compreender os vários meios de produção e transmissão de sons e
imagens aplicadas ao vídeo e suas especificidades (Armes, 1999), pois o vídeo não deve ser
observado de maneira totalmente isolada, já que comporta inúmeros elementos
constitutivos, como o comprometimento do produtor, sua ótica sobre o assunto tratado,
perfil da linguagem audiovisual utilizada, elementos técnicos entre outros.
Em um vídeo documentário, o significado da linguagem deve está atrelado as metas
que esse produto pretende atingir, ou seja, a estratégia usada para atrair a atenção,
impressionar ou promover a reflexão, demanda linguagens específicas.
Nesse aspecto da linguagem audiovisual, há alguma subdivisão quanto ao gênero
vídeo documentário, o poético, expositivo, participativo, observativo, reflexivo e
performático Nichols (2005, p. 99-100). De acordo com o autor, mesmo havendo essa
segmentação, um subgênero nunca aparece isoladamente no vídeo, o que ocorre é a
sobreposição de uma modalidade em detrimento de outra.
No que se refere ao documentário deste memorial, “Políticas Culturais em
Conceição do Coité”, nós usamos apenas o subgênero Expositivo, apontado por Nichols.
Nesse modelo que aparece de maneira predominante, o expositivo, utilizamos o
ajuntamento de fragmentos do universo cultural da cidade em questão de forma mais
argumentativa do que estética, se expressando ao espectador com uma linguagem direta,
através de legendas ou vozes que indicam uma perspectiva sobre a temática.
5.3- Técnicas em vídeo
Um documentário, por está relacionado com a realidade, deve obedecer a um
cuidadoso conjunto de combinações: estética de enquadramentos, movimento de câmera,
iluminação, escolha de planos, separação das etapas de pré-produção, produção e pós-
produção, pois por meio da composição desses componentes se estabelece o diferencial
entre ficção e documentário.
5.3.1 Enquadramento
O dimensão da figura humana enquadrada na tela da câmera serve como referência
para a categorização dos planos. Os planos cinematográficos segundo Santos (1993, p. 24-
27) consiste em oito tipos:
O primeiro deles, o grande plano geral, mostra uma visão panorâmica do cenário,
sendo impossível identificar a ação dos personagens; No plano geral nota-se a pessoa
enquadrada, contudo não é possível reconhecê-la; O plano conjunto apresenta a pessoa e
permite distinguir os envolvidos na cena sem muitos detalhes; já o plano médio a
personagem é enquadrada em toda a sua altura, porém os pormenores do cenário não ficam
em destaque; Já o plano americano enquadra acima do joelho ou da cintura da pessoa, este
privilegia a ação em relação ao cenário; O primeiro plano corta a personagem na altura do
busto e ajuda a demonstrar o estado emocional dela; O primeiríssimo plano fecha a imagem
no rosto, nele a ação não é percebida, mas o espectador percebe a emoção da personagem;
O ultimo, o plano detalhe, destaca a imagem causando grande impacto visual e emocional.
5.3.2 Movimentos de câmera
Os movimentos da objetiva e da câmera oferecem para a construção da narrativa
grande contribuição estética. Santos (1993, p. 30-33) cita a existência de dois movimentos
de câmera:
A Panorâmica, onde a câmera gira ao redor de um eixo imaginário qualquer sem
deslocar-se. Já o outro movimento é conhecido como Trevelling, onde a câmera desloca-se
em qualquer direção. Esse último tipo de movimento frequentemente usado para
acompanhar pessoas e objetos em movimento.
5.3.3 Angulação
A angulação da câmera possui forte incidência no conteúdo da cena. A respeito
dessa influência exercida pela angulação da câmera, Santos (1993, p. 64) aponta possíveis
três ângulos: Câmera Normal consiste na câmera posicionada para uma cena numa
superfície plana; na Câmera Baixa (Contre - Plongée) é utilizada para enquadra o assunto
de baixo para cima, Câmera Alta (Plongée) a objetiva enquadra as pessoas e os objetos de
cima para baixo.
6. METODOLOGIA DA PRODUÇÃO VIDEOGRÁFICA
O vídeo documentário é um veículo rico, dinâmico e de fácil assimilação às diversas
camadas sociais. Por ter um perfil que trabalha com a realidade dos fatos, esperamos
utilizar essa propriedade do produto para atingir uma possível conscientização da sociedade
civil quanto a seu direito á incentivos culturais. Para que esta mensagem chegue com
qualidade e transparência ao nosso público-alvo, procuramos obedecer três fases
importantes na construção do vídeo: Pré-produção, Produção e Pós-produção.
A fase de pré-produção é uma etapa essencial na construção de um vídeo
documentário, segundo Manuela Penafria (2001 p.) a fase de “pré-produção é uma fase de
preparação para as filmagens. Esta fase caracteriza-se por uma pesquisa e desenvolvimento
do tema/assunto a tratar.” Um mau planejamento, comprometeria a qualidade do produto e
seria um empecilho para realização das outras fases de produção.
Já realizada a primeira etapa, passamos para a fase de produção. Esta fase se
caracteriza pela captação das imagens, sons e outros elementos necessários para realização
do vídeo. Esta é a etapa onde a técnica a teoria precisam estar afinadas, pois além de saber
manusear os equipamentos é necessário ter embasamento para escolher os enquadramentos
das filmagens e sons que serão ou não necessários para realização do vídeo.
A última etapa é a fase de pós-produção, nela são reunidas as imagens e sons
captados para a edição do vídeo. Este é o momento onde a pesquisa e a captação se tornam
um só produto. É importante ressaltar que na edição é formado o conceito do vídeo.
Manuela ratifica essa idéia atestando o seguinte:
A sucessão das imagens e sons tem como linha orientadora o ponto de vista adaptado e encontra na criatividade do documentarista o seu principal motor. É ao seleccionar e combinar as imagens e sons registrados in loco que o documentarista se expressa. (Penafria, 2001 p.)
1. Pré-produção
Procuramos nesta fase, pesquisar sobre a necessidade de políticas culturais mais
efetivas no município de Conceição do Coité, para sabermos se os principais entraves são
orçamentários ou conceituais. Para isto, colhemos dados da superintendência de cultura do
município, de entidades ligadas à cultura, pesquisas do IBGE e de sites de órgãos ligados à
cultura.
Nessa fase elaboramos o pré-roteiro, o relatório de pesquisa definindo as possíveis
fontes entrevistadas. Também nesta fase, foram catalogados vídeos de manifestações
culturais do município de Conceição do Coité, além de definirmos as funções da dupla na
construção do produto.
A fase de pré-produção durou mais de dois meses, do dia 08 de outubro a 23 de novembro.
6.1.1 Ideia do vídeo
O projeto propôs a investigação do nível de importância que as expressões culturais
de Conceição do Coité recebem a partir do apoio financeiro da prefeitura, ou seja, qual
parcela do orçamento é destinada á cultura local. O nosso foco foi investigar se os
principais entraves são meramente orçamentários ou conceituais.
Além disso, tentamos visualizar se esses entraves residem em um conceito limitante
de cultura, ou se o erro está em escassos recursos orçamentários, bem como buscamos
esclarecer para a sociedade civil, através de um vídeo documentário, onde se devem cobrar
os devidos apoios culturais.
Optamos por fazer um vídeo-documentário, por ser um veículo de fácil absorção
pelas diversas categorias sociais, temos como dianteira, atingir de forma dinâmica uma
possível conscientização da sociedade civil.
6.1.2 Pesquisa
Segundo Manuela Penafria (2001) a fase de pesquisa é primordial em uma obra
audiovisual. “Entendo que só é possível distinguir entre o que é interessante filmar do que
não o é, se tiver pensado sobre o assunto anteriormente. Ou seja, a preparação facilita a
tomada de decisões imediatas perante situações imprevistas.” A pesquisa tem tanta
importância no resultado do vídeo quanto às imagens e sons nele existentes.
Inicialmente, pesquisamos dados da Superintendência de Cultura do município e da
Secretaria de Educação e Cultura, o que acabou norteando nosso trabalho. Depois de
analisarmos o orçamento do município com gastos ligados à cultura, podemos perceber a
disparidade de tratamento dado pela prefeitura ao CoitéFolia em relação com as demais
manifestações culturais. Logo após, fomos orientados a pesquisar dados do IBGE, de sites
ligados ao Ministério da Cultura e órgãos comprometidos com a temática, além de
instituições da cidade ligadas à cultura.
6.1.3 Reconhecimento de Campo
Na cidade de Conceição do Coité existe um Centro Cultural, onde abriga uma
biblioteca, sala de reuniões e um auditório onde acontecem seminários, peças teatrais e
diversos outros eventos. Além disso, é lá que funciona a Superintendência de Cultura da
cidade, portanto, foi a primeira locação a ser observada.
Pelo fato da cidade ter uma Secretaria de Educação e Cultura funcionando no centro
administrativo da cidade, nós observamos o ambiente interno e externo como alvo para
futuras locações.
Ainda na cidade, existe um museu particular, o Museu do Palhaço. Seu proprietário
é um poeta da cidade muito envolvido com a temática do nosso trabalho, por essa razão
escolhemos essa locação além de marcamos com Carlos Neves para nos dar seu
depoimento dentro do museu, para que pudéssemos captar imagens dos diversos tipos de
artesanatos e antiguidades nele existentes.
Nós observamos outra locação à capela do bairro Alto da Colina, onde ensaia a
Orquestra de Violinos Santo Antônio, um patrimônio cultural da cidade. Propositalmente
marcamos a entrevista com o maestro Josevaldo Silva, coordenador do projeto, no local
durante o ensaio para que pudéssemos colher um som ambiente durante sua entrevista.
Para esclarecer à população que ter acesso as políticas culturais é um direito de
todos, mas que também se deve cobrar da sociedade civil, pensamos em realizar a
entrevista com Gerivaldo Alves Neiva, juiz de Direito da comarca de Conceição do Coité,
pois dessa ideia foi observado o ambiente externo e interno do Fórum da cidade, mas
aproveitando somente a locação interno do Fórum.
Analisamos outras locações, como instituições ligadas à cultura, tal como o Centro
de Promoção da Cultura e Cidadania - CEPECC. Observamos esse espaço já que nossa
intenção era mostrar a população os palcos onde se desenvolve e se administra a cultura da
cidade.
Em suma, o processo de reconhecimento de campo transcorreu com a observação
prévia de alguns lugares e praças da cidade, tais como, praça da babilônia, praça do
comercio, praça da matriz, praça da fonte lunimosa, centro administrativo.
6.1.4 Pré-roteiro
O nosso pré-roteiro começou com um relatório de pesquisa identificando possíveis
fontes entrevistadas. O perfil dos entrevistados foi escolhido após várias reuniões de
planejamento, pois, precisávamos de pessoas envolvidas com o tema escolhido. As
indagações foram previamente elaboradas para cada um dos possíveis entrevistados, para
que nos ajudassem a fundamentar a idéia do vídeo.
Buscamos entrevistar os gestores municipais da cultura, assim como também
pessoas que trabalham e necessitam de apoio desses órgãos não só financeiramente, para
que a população fique ciente de onde deve cobrar melhorias no âmbito das políticas
culturais da cidade. Nossa preocupação era fazer com a que a população se sinta inserida no
debate sobre o assunto.
1. 6.1.5 Entrevistas e depoimentos
O nosso documentário visa mostrar como é pensada as políticas culturais no ambiente
da cidade de Conceição do Coité e estimular a discussão sobre essa temática. Por isso,
tentamos ao máximo não interferir significativamente no debate proposto, já que a ideia é
despertar na população o interesse sobre o assunto. Todavia, é sabido por nós que toda obra
audiovisual é baseada na visão de quem o produz, pois, a pesquisa, a captação das imagens,
a escolha do som e a edição em geral são feitas de acordo com o interesse dos
documentaristas. Segundo Penafria (1999, p.3): “É absolutamente necessário que o autor
das imagens exerça o seu ponto de vista sobre essas imagens.”
Apesar das perguntas terem sido previamente elaboradas, as entrevistas e
depoimentos trouxeram consigo novos elementos que nos ajudaram a compor o vídeo. As
perguntas foram elaboradas especificamente para cada entrevistado, exceto uma: “Qual a
sua ideia de cultura?” Essa indagação serviu para iniciarmos de forma dinâmica o debate
pensado no vídeo.
O critério escolhido para seleção dos entrevistados foi o seu envolvimento com a
cultura e com a gestão das políticas culturais do município. Entretanto, fomos a campo
entrevistar uma pequena parte da população para saber dos cidadãos coiteenses qual sua
visão de cultura e se enquanto cidadãos e membros do próprio contexto cultura se sentem
contemplados pela ação dos órgãos públicos na gestão das políticas culturais.
Os entrevistados se definiram por pessoas de várias esferas sociais, a primeira a ser
entrevistada foi a Superintendente de Cultura e Cidadania, Marialva Carneiro, a escolha da
mesma se fez por ela representar um membro do órgão público municipal de cultura.
Genilda Ramos Mota, Secretária de Educação e Cultura, participou do
documentário por ser a responsável pela distribuição da verba para a cultura, além de servir
para prestar informações a respeito do orçamento geral do município.
O poeta, cordelista e pesquisador cultural da cidade, Carlos Neves, prestou
informações a respeito do termo cultura, ainda expressou sua opinião, como conhecedor da
cultura local, sobre a distribuição do orçamento a cultura.
O Juiz Gerivaldo Alves Neiva, colaborou para o video documentário, trazendo o que
corrobora a legislação sobre as políticas culturais, e ainda a importância das políticas
culturais para o alargamento e sustentação das culturas.
Para discorrer sobre a temática políticas culturais, trouxemos a entrevista do
professor universitário Aldo José Moraes Silva, que expõe sua definição sobre políticas
culturais.
O vereador e professor de história, Danilo José Ramos de Oliveira, opina enquanto
representante político qual o objetivo das políticas culturais bem como critica a ação da
prefeitura quanto a desigual distribuição da verba.
O presidente da Associação de Desenvolvimento de Juazeirinho, Jorge Luiz
Carneiro Moraes, falou brevemente sobre a expressão cultural de sua comunidade, pediu
maior investimento e reclamou das dificuldade enfrentadas sem apoio necessário da
prefeitura.
O maestro da orquestra Santo Antônio, Josevaldo Silva, relatou como ocorreu o
início do projeto de violinos e qual a forma de fomento recebida pela secretaria de
educação e cultura.
O aposentado, ex-vereador e agente cultural, Joaquim Carneiro de Oliveira Neto,
comentou sobre dificuldades em realizar as manifestações culturas de sua localidade,
reclamou do insuficiente recurso cedido pela prefeitura.
Valquíria Lima da Silva, mestre em Literatura e Diversidade Cultural, fala quais
razões sociais e políticas levam a ocorrência das disparidades ao se dividir o orçamento da
para as expressões culturais do município bem como da importância das culturas populares.
2. Produção
Nesta etapa colocamos em prática tudo que planejamos na fase de pré-produção:
captamos imagens, sons e entrevistas, enfim todo material necessário para a confecção do
vídeo. Todavia, para que os nossos objetivos fossem alcançados tivemos que traçar um
plano de produção.
O orçamento do documentário foi baixo, já que a câmera utilizada foi cedida pela
UNEB e as imagens foram gravadas na cidade. As despesas somaram R$ 137,50, os gastos
foram de deslocamento da cidade para alguns distritos e povoados, para captação de
imagens e sons, ligações para agendamentos de entrevistas, além de mídias três mini-dv
utilizada na câmera.
6.2.1 Plano de Produção
O plano de produção começou com a divisão das tarefas. Inicialmente Joabson
Sampaio ficou responsável por agendar horários e datas das entrevistas, enquanto Rodrigo
Carneiro ficou incumbido de captar as imagens na sede e alguns povoados e distritos.
Com os encontros já marcados fizemos a seguinte divisão: as entrevistas com
Marialva Carneiro (tempo de entrevista, 00h07min.), Genilda Ramos Mota (tempo de
entrevista, 00:03:36min), Jorge Moraes Carneiro (tempo de entrevista, 00:05:10min),
Danilo José Ramos de Oliveira (tempo de entrevista, 00:09:73min), Aldo José Moraes Silva
(tempo de entrevista,00:07:36min), Carlos Neves (tempo de entrevista, 00:05:21min) e
Fernando Araújo foram realizadas por Rodrigo Carneiro.
Já as realizadas com o juiz Gerivaldo Alves Neiva (tempo de entrevista,
00:12:60min), Josevaldo Silva (tempo de entrevista, 00:06:63min), Valquíria Lima da Silva
(tempo de entrevista, 0:05:50min), Joaquim Carneiro de Oliveira Neto (tempo de entrevista,
00:02:83min) e as demais foram feitas por Joabson Sampaio.
Tendo as entrevistas gravadas, nós separamos as etapas de sonorização e recursos
gráficos. A seleção da trilha sonora ficou a cargo de Rodrigo Carneiro que buscou em CDs
e na internet trilhas instrumentais, como a da banda de pífano e Orquestras Sanfônicas,
ambas adquiridas na internet. Algumas imagens utilizadas no produto foram coletadas em
arquivos pessoais, conseguidas em alguns povoados como o de Almas, Juazeirinho foram
conseguidas por Rodrigo Carneiro.
Os vídeos realizados pela prefeitura municipal foram colhidos por Joabson Sampaio
em uma consulta aos arquivos da Superintendência de Cultura. As entrevistas foram
filmadas da seguinte forma, Joabson Sampaio foi cinegrafista nas entrevistas realizadas por
ele, já Rodrigo Carneiro atuou como cinegrafista nas quais ele executou. As entrevistas
foram selecionadas e separadas de acordo a disponibilidade de cada entrevistador, levando
em conta horário de trabalho e ocupações pessoais.
A câmera utilizada para a construção do vídeo foi disponibilizada pelo Campus XIV
da UNEB.
Procuramos inicialmente, coletar imagens das principais manifestações culturais do
município. Para isso buscamos catalogar vídeos e fotos já existentes, porque essas
manifestações acontecem apenas algumas vezes no ano em datas definidas. Como já
tínhamos feito a pesquisa sobre a temática, ficou mais fácil coletar as imagens. As imagens
do Reisado de Moças, feira de artesanato, pascoelinha encontramos no arquivo público do
Centro Cultural Ana Rios de Araújo. Enquanto as imagens do Coité Folia buscamos na
Agencia Silva. As imagens do São João de Juazeirinho e Aroeira conseguimos com
populares das comunidades. As cenas da igreja da matriz e demais locais da cidade foram
filmadas por Rodrigo Carneiro.
Durante o ano a prefeitura realiza alguns eventos culturais e registra em forma de
vídeo, como o Coité Folia (Micareta). Esse evento é o que mais recebe recurso financeiro
do município, tendo assim uma grande relevância para nosso estudo. O vídeo traz shows de
bandas da região e de grupos musicais de grande repercussão da música baiana, gravadas
durante a micareta da cidade. Entre as imagens estão milhares de pessoas seguindo o trio
em festa.
Buscamos também, imagens que retratassem as manifestações culturais mais
antigas e não menos populares, como a Pascoelinha, o bumba-meu-boi, o samba de roda, o
Reisados de Moças do povoado de Almas, o São João dos distritos da cidade e outros. Para
isso, tivemos que coletar imagens em algumas comunidades como Almas e Juazeirinho,
com a ajuda de moradores locais.
Ainda foram captadas imagens do Centro Cultural Ana Rios de Araujo, Centro
Administrativo, Museu do Palhaço, Centro de Promoção a Cultura e Cidadania - CEPECC,
Orquestra de Violinos, paisagens da zona urbana e rural.
Na elaboração do roteiro precisávamos de entrevistados que dialogassem sobre o
nosso tema escolhido. Todavia, podemos perceber que eles acabaram nos ajudando a
formar o conceito do nosso produto, surpreendendo nossas expectativas trazendo consigo
novos elementos que contribuíram ainda mais para a qualidade do nosso trabalho.
Entre as entrevistas se destacam a de Marialva Carneiro (Superintendente de Cultura
do Município) e Genilda Ramos (Secretária de Educação e Cultura), responsáveis pela
gestão da cultura no município, já que o vídeo propõe uma investigação, para instigar um
debate sobre a administração da verba enviada para o incentivo as práticas culturais. Por
isso, elas foram as primeiras a serem procuradas pela dupla para concederem as entrevistas.
Entre as pessoas envolvidas com o tema abordado no documentário, escolhemos
Carlos Neves de Freitas e Josevaldo Silva. O primeiro é poeta e educador, famoso pelo seu
relevante trabalho pelo desenvolvimento dos projetos culturais da região. O segundo é um
jovem que a dois anos, fundou uma orquestra de violinos para dar aula de música a crianças
de um bairro carente do município. Entre suas falas, os entrevistados ressaltam o prazer em
se trabalhar com o desenvolvimento da cultura.
Para falar sobre a relevância da cultura e questões relativas à legislação direcionada
as políticas públicas de cultura convidamos o juiz Gerivaldo Alves Neiva, onde mencionou
em seu discurso sobre o direito cultural do cidadão, o dever do Estado atrelado à legislação,
e a função das políticas culturais e do município na promoção da cidadania.
A opinião de populares e pessoas integradas com a cultura das localidades foram
extremamente pertinente, pois revelaram detalhadamente quais dificuldades as expressões
culturais enfrentam, dessa forma entrevistamos Jorge Luiz Moraes Carneiro, presidente da
Associação de Desenvolvimento Comunitário de Juazeirinho, que relatou como ocorre o
processo de articulação, produção e financiamento da pascoelhinha.
Ainda nesse mesmo distrito conseguimos a entrevista do aposentado Joaquim
Carneiro Oliveira Neto, ex-vereador e antigo organizador de varias expressões populares,
como bumba-meu-boi, reisado, cavalgadas, são João etc, ele colaborou reforçando a idéia
da omissão ou pouca participação da prefeitura nos assuntos culturais, comentando ainda
mais a respeito da necessidade do apoio público e da luta da sociedade civil na sustentação
de algumas manifestação populares.
6.2.2 Captação de áudio
Para que o nosso trabalho pudesse surtir o efeito esperado, tivemos no planejamento
um cuidado especial com a captação de áudio, pois, em toda obra audiovisual deve haver
uma interação entre som e imagem para um bom andamento do vídeo. Todavia, não
tivemos em alguns casos uma boa captação de áudio pelo fato de não termos em mãos uma
aparelhagem técnica melhor, já que o curso não dispõe de tais equipamentos. Assim,
gravamos todos os áudios com o microfone embutido da câmera.
3. Pós-produção
Esta fase foi marcada pela junção de todo material captado para montagem do vídeo,
desde a pesquisa às entrevistas, sons e trilhas captadas Foi nessa fase que selecionamos o
que iria ou não entrar no vídeo, por isso, fizemos um processo cuidadoso na seleção do
material e buscamos os softwares ideais para a edição, como os editore de vídeo Adobe
Premiere Pro CS e Nero Vision 4, o editor de áudio Audacity Portable e o conversor de
formatos de vídeos WinX Video Converter.
6.3.1 Decupagem
Durante as filmagens, gravamos 02h26min. Toda a decupagem foi feita na própria
câmera por ser mais prático. Após finalizar cada entrevista nós imediatamente decepávamos
as entrevistas especificamente com o objetivo de facilitar o processo de edição. Esse
método colaborou fortemente na montagem do vídeo, pois já sabíamos quais imagens seria
descartadas e aproveitadas. A respeito da importância e da definição desse mecanismo de
facilitação da edição Santos (1993, p. 21-23) afirma o seguinte decupar é dividir o filme ou
o vídeo em planos, reunindo fragmentos de imagem contínua, filmadas ou gravadas sob
diversos ângulos e com pontos de vista diferentes.
6.3.2 Sonorização
Na elaboração do nosso produto tivemos uma preocupação especial quanto à
sonorização, pois sabemos que a interação entre som e imagem é fundamental para a
qualidade de uma obra audiovisual. A interação entre imagem e som nasceu muito antes do
que podemos imaginar. O que se sabe, é que surgiu de uma necessidade humana e foi sendo
desenvolvida ao longo de tempo. Filipe Salles (2002) ressalta em seu texto, A natureza da
Arte: a simbiose do som e a imagem a importância da simetria entre esse dois elementos,
som e imagem, para uma obra audiovisual afirmando que “devemos pensar que a harmonia
é a arte de equilibrar quaisquer formas para gerar uma intenção, um significado”. (Salles,
2002, p. 9).
A maior parte das trilhas selecionadas foram as de temas característicos do sertão,
por entendermos que elas representam simbolicamente a cultura da nossa região.
Selecionamos inicialmente algumas trilhas da Banda de Pífano e Orquestra Sanfônica além
de um trecho da músicas Rebolation e Quebre Igual a Negona da banda de pagode
Parangolé, como também alguns trechos da música Jumento Celestino dos Mamonas
Assassinas. Ainda escolhemos trechos do Coité Folia, como as bandas Fabilú e Batukeré,
também ainda pegamos trechos da orquestra de violino Santo Antônio e do Reisado de
Almas e do São João em Juazeirinho. As principais músicas incidentais foram Asa Branca e
Luar do Sertão interpretado pela Orquestra Sanfônica, e Minha Terra interpretadas pela
Banda de Pífano, alem da música Sete Desejos do cantor Alceu Valença.
6.3.3 Edição
Após a decupagem já tínhamos todo material necessário para começar a montagem
segundo o roteiro elaborado anteriormente. Todavia, ainda tínhamos que fazer cortes e
ajustes nas imagens para que elas construíssem um sentido na edição do vídeo. A exemplo,
as imagens do concerto natalino, uma novidade trazida pela prefeitura há dois anos que
após discutirmos chegamos a conclusão de que se tratava de um evento novo que ainda não
fazia parte dos principais eventos culturais do município.
Após assistirmos a todas as gravações, decidimos fazer algumas alterações também no
roteiro, pois, alguns entrevistados nos deram contribuições importantíssimas, que não
poderiam ficar de fora do conteúdo. Em contrapartida, algumas entrevistas ficaram aquém
do esperado, por exemplo, de alguns populares, do maestro Josevaldo Silva e do Presidente
do CEPECC Fernando Araújo, por isso, a dupla teve que entrar em consenso e abdicar de
algumas cenas previamente elaboradas no script.
Depois de redefinirmos o roteiro, chegou a hora da montagem das imagens
selecionadas. Iniciamos o documentário mostrando as principais características da cidade e
as principais manifestações culturais do município, na sequência introduzimos um bloco
sobre a indagação a respeito do termo cultura, logo após mencionamos sobre o direito a
cultura atrelada ao depoimento do juiz, no bloco seguinte entramos na temática das
políticas culturais em Coité, seguidas das entrevistas de Marialva Carneiro e Genilda Mota,
encerradas essas duas entrevistas jogamos depoimentos de representantes comunitários e
populares, em seguida trabalhamos a questão da divisão da verba para a cultura juntamente
com a entrevista do poeta Carlos Neves, após fazermos algumas considerações sobre o
tema, finalizamos com o depoimento do juiz Gerivaldo Neiva falando sobre a importância
das políticas públicas de cultura para o desenvolvimento da cidadania.
Nesta fase optamos por não ter nenhuma interferência externa, pois, apesar das
dificuldades técnicas, entendemos que precisávamos por em prática todos os
conhecimentos adquirimos no decorrer do curso. Os componentes gráficos foram
elaborados por Joabson Sampaio que empregou gráficos projetados pelo software livre
Gimp, montando o gráfico em forma de pizza indicando o orçamento com a cultura, alem
de contribuir na escolha de efeitos de transição para as cenas. Algumas falas do narrador, e
melhoramentos de áudios foram feito por Rodrigo Carneiro no editor de áudio Audacity
Portable. Concluídos as anteriores etapas, unimos todo o material e efetivamos a edição, no
qual Rodrigo Carneiro usando o software Adobe Premiere editou o produto, obedecendo
rigorosamente à cronologia do roteiro, elaborado por ambos os formandos. A edição do
material se desenrolou por vários dias já que tivemos que fazer diversos reparos e releitura
do produto.
7 REFERÊNCIAS
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BARBALHO, Alexandre. Por um conceito de política cultural. 2000 Pg. 4, apud COELHO, José Teixeira. Guerras culturais. Arte e política no novecentos tardio. São Paulo, Iluminuras, 2000.
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CANEDO, Daniele. Cultura, democracia e participação social: um estudo da II Conferencia Estadual de Cultura da Bahia. 2008, pg.11 – 12
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CANCLINI, Nestor García. Definiciones en transición. Buenos Aires: CLACSO, 2001, pg 65.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Concei%C3%A7%C3%A3o_do_Coit%C3%A9, acessado em
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http://www.culturaemercado.com.br/post/democracia-cultural/, acessado dia 14 de
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NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas, SP: Papirus, 2005.
PENAFRIA, Manuela. Unidade e diversidade do filme documentário. 1998, pg 01.
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cultural no Brasil – uma leitura sobre as leis de incentivo à cultura. 2003, pg 12.
SALLES, Felipe Matos de. A Natureza na Arte: a Simbiose do Som e da Imagem. 2002, pg 09SANTOS, Rudi. Manual de vídeo. Rio de Janeiro, UFRJ, 1993.
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Conceição do Coité. Disponível na e consultado em 02 de setembro de 2009.
ZANDONADE, V. ; FAGUNDES, M. C. O vídeo documentário como instrumento de mobilização social. 2003, pg 08.
ZANDONADE, V. ; FAGUNDES, M. C. O vídeo documentário como instrumento de mobilização social. 2003, pg 40, apud KUCINSKI, Bernardo. A síndrome da antena parabólica: ética no jornalismo brasileiro. São Paulo: Fundação Perseu Abramo,1998.
8. Anexos
ROTEIRO
POLÍTICAS CULTURAIS EM COITÉ
Um roteiro de
Rodrigo Carneiro de Oliveira
Joabson Simões Sampaio
Copyright© 2010
Todos os direitos reservados
Relatório de pesquisa
10/2009Entrevista com a Srª Marialva Carneiro- Superintendente Municipal de Cultura é uma das responsáveis pela gestão da verba para cultura do município.
Informações: Em sua entrevista Marialva, fala sobre seu conceito de cultura, como é administrada e tenta explicar a disparidade que existe no incentivo de uma manifestação cultural em relação a outras.
12/2009
Entrevista com Antônio Fernando Araújo, Presidente do Centro de Promoção á Cultura e Cidadania, a entidade apóia e desenvolve projetos culturais, buscando através desses projetos mapearem e energizar as manifestações culturais do município.
Informações: Fernando esclarece sobre ações da entidade, menciona sobre a fundação e realizações da instituições.
12/2009Entrevista com o Sr. Carlos Neves de Freitas- Poeta, educador e empresário, é conhecido na cidade por seus poemas, palestras e esforço para valorização da cultura no município. É um dos fundadores do CEPEC (Centro Popular de Educação e Cultura).
Informações: Falou sobre seu conceito de cultura, comentou sobre a gestão da cultura no município de Coité e cidades da região, falou sobre os desafios de trabalhar com a cultura e de como a burocracia atravanca as políticas culturais.
01/2010
Entrevista com Josevaldo Silva- Maestro e um dos fundadores da Orquestra de Violinos Santo Antonio, que oferece educação musical a crianças de um bairro carente do município.
Informações: Falou sobre o inicio do projeto, as principais dificuldades encontradas e a felicidade de se trabalhar com a cultura. Ainda em seu depoimento o maestro fala sobre o apoio dado pela prefeitura ao projeto.
12/2009
Entrevista com o Sr. Gerivaldo Alves Neiva- Juiz de Direito da Comarca de Conceição do Coité. Está empenhado em desenvolver um grande trabalho cultural na cidade através da Orquestra de Violinos Santo Antonio. No dia 07 de outubro o juiz realizou um concerto no salão do júri do fórum de Coité. O objetivo do evento era discutir com empresários, autoridades e a comunidade as possibilidades de implantação do projeto em outros bairros da cidade.
Informações: O juiz fala sobre a responsabilidade da sociedade civil no desenvolvimento das políticas culturais da cidade, e como esse projeto musical poderia contribuir para uma cidade melhor.
01/2010
Entrevista com a Secretária da Cultura e Educação, Genilda Ramos de Araújo.
Informações: Comenta sobre sua idéia particular de cultura, e explica como é executada a distribuição da verba municipal, e as prioridades no momento de serem distribuídas.
12/2009
Entrevista com Jorge Carneiro Moraes presidente da Associação de desenvolvimento Comunitário de Juazeirinho.
Informações: Fala a respeito do da pascoelinha, as formas de incentivo recebido e faz apelo aos órgãos públicos.
01/2010
Entrevista com Joaquim Carneiro de Oliveira Neto, ex-vereador e principal organização e participantes de vaias expressões culturais como reisados, bumba-meu-boi, sambadores etc.
Informações: Importância da sociedade civil na conservação das expressos populares, e reclama da falta de apoio do órgão gestor de cultura.
02/2010
Entrevista com Aldo José Moraes Silva, professor universitário do curso de História da UNEB campus XIV.
Informações: Opinião sobre a idéia das políticas culturais, como também trata de qual deve ser a finalidade das dessas políticas.
02/2010
Entrevista com Danilo José Ramos de Oliveira, professor de história e vereador pelo partido dos trabalhadores.
Informações: Comento sua idéia de política cultural, finalidade dessas políticas e tece critica a verba excessiva para micareta.
02/2010
Entrevista com Valquíria Lima da Silva, mestre em Literatura e Diversidade cultural.
Informações: Explica as razões sociais e políticas que induz um orgão público a privilegiar determinada expressão cultural, faz critica a micareta.
POLÍTICAS CULTURAIS EM COITÉ
CENA I
OFF 1 – A introdução situa geograficamente qual realidade ira mostrar. Inicia com o BG Asa Branda da orquestra Sanfônica, daí em diante o narrador esclarece alguns aspectos da cidade de Conceição do Coité, simultânea e respectivamente as imagens relativas aos dados sobre a localização, população, economia, comercio e conjuntura cultural estarão acompanhado sincronizadamente o texto do narrador. Na medida em que o narrador for encerrando seu texto sobre esses aspectos da cidade o BG ira reduzir seu volume gradativamente.
FADE IN
CENA II
OFF 2- Abre texto sobre manifestação culturais da cidade com fundo negro, por conseguinte, em BG da Banda de Pífano,
seqüência de imagens exibindo as diversas manifestações culturais de coité. A primeira a ser exibida é a festa da padroeira que traz juntamente em caracteres informações sobre o festejo, a outra imagem também em caracteres á do artesanato municipal, em seguida as imagens da micareta com caracteres relatando sobre o evento em áudio original, em voz off acompanhada pela imagens da orquestra o narrador fala a respeito do projeto musical realizado pelo maestro Josevaldo Silva, logo vem às imagens do bumba-meu-boi em voz off falando sobre a existência dessa expressão popular em vários distritos e povoados, na seqüência as imagens da pascoelhina do distrito de Juazeirinho em voz off informando sobre a festa, em seguida entra as imagens dos festejos juninos em áudio original , em caracteres breves informações sobre as festas juninas, apresenta-se as imagens do Reisado de moças do povoado de Almas
FADE IN
CENA III
OFF - Texto em fundo preto traz pergunta sobre o que é cultura atrelado a BG da orquestra sanfônica luar do sertão, na seqüência pequenas imagens de entrevistas com populares e pessoas que trabalham com cultura.
COITÉ /CENTRO CULTURAL/ SALA DA SUPERINTENDENTE / INT / MANHÃ
SONORA – Superintendente da Cultura e Cidadania, Marialva Carneiro relata qual é sua concepção de cultura.
CORTA PARA
JUAZEIRINHO/ CASA/ SALA/ INT / TARDE
SONORA – O aposentado Joaquim Carneiro de Oliveira Neto fala qual é sua idéia de cultura.
CORTA PARA
COITÉ/ CEPECC/ SALA/ INT / NOITE
SONORA – presidente do CEPECC Fernando Araújo, fala qual a sua noção do termo cultura.
CORTA PARA
COITÉ/ MUSEU DO PALHAÇO / SALA/ INT / TARDE
SONORA – O pesquisador cultura, Carlos Neves fala entusiasmado qual é o seu conceito de cultura.
CORTA PARA
JUAZEIRINHO/ RUA/ EXT / TARDE
SONORA – o professor de língua portuguesa Mario Leandro da Hora fala o que é cultura para ele.
CORTA PARA
JUAZEIRINHO/ RUA/ EXT / MANHÃ
SONORA – O estudante da faculdade de Geografia diz o que pra ele significa a cultura.
FADE IN
OFF – Sobe BG, seguindo as imagens das expressões culturais,e na seqüência num fundo negro expresso a primeira definição do termo cultura.
FADE IN
CENA IV
OFF – Fundo preto com letreiro mencionando sobre o direito a cultura estabelecido pelo artigo da Constituição Federal.
FADE IN
COITÉ/ SALA DO JUIZ/ INT / MANHÃ
SONORA – Gerivaldo Alves Neiva, Juiz de Direito da Comarca de Coité, fala sobre o que a legislação menciona a respeito do papel do estado e da sociedade civil.
CORTA PARA
CENA V
OFF – Fundo negro com caracteres trazendo texto, políticas culturais em Coité, junto com BG da música Sete Desejos. Imagens da Secretaria de Educação e Cultura, onde narrador, fala que o órgão apóia as manifestações culturais, em seqüência surge gráfico com distribuição da verba municipal para cultura, e narrador comenta sobre a disparidade existente na aplicação do orçamento para cultura.
CORTA PARA
CENA VI
COITÉ /SERETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA/ SALA DA SECRETÁRIA / INT / MANHÃ
SONORA – Secretária de Educação e Cultura fala a respeito do orçamento geral da prefeitura, como é elaborado e dividido, acompanhado de arte gráfica indicando os respectivos dados.
CORTA PARA
JUAZEIRINHO/ CASA/ INT / MANHÃ
SONORA – O presidente da Associação de Desenvolvimento de Juazeirinho, reclama dos poderes públicos, critica o apoio a micareta.
CORTA PARA
COITÉ /SERETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA/ SALA DA SECRETÁRIA / INT / MANHÃ
SONORA – Secretária de Educação e Cultura continua falando a respeito do orçamento geral da prefeitura, como é elaborado e dividido.
CORTA PARA
COITÉ /GABINETE DO VEREADOR DANILO / INT / MANHÃ
SONORA – Vereador Danilo comenta sobre as políticas culturais de modo geral.
CORTA PARA
COITÉ/ SALA DO JUIZ/ INT / MANHÃ
SONORA – Comenta que no mundo contemporâneo é necessária uma política pública de cultura.
CORTA PARA
OFF – Cenas das manifestações culturais unidas a bg da música dos mamonas assassinas.
FADE IN
CENA VII
COITÉ /CENTRO CULTURAL/ SALA DA SUPERINTENDENTE / INT / MANHÃ
SONORA – Superintendente da Cultura e Cidadania, Marialva Carneiro, diz que todas as expressões culturais recebem seus incentivos.
CORTA PARA
JUAZEIRINHO/ CASA/ INT / MANHÃ
SONORA – O presidente da Associação de Desenvolvimento de Juazeirinho, fala sobre apoio da comunidade à pascoelinha.
FADE IN
OFF – Bumba-meu-boi com imagens laterais mostrando expressões culturais.
FADE IN
CENA VIII
COITÉ/ CEPECC / INT / NOITE
SONORA – Fernando Araújo, presidente do CEPECC fala sobre origem da entidade como também quais os três culturais eixos nos quais trabalham.
CORTA PARA
COITÉ /CENTRO CULTURAL/ SALA DA SUPERINTENDENTE / INT / MANHÃ
SONORA – Superintendente da Cultura e Cidadania, Marialva Carneiro, elenca quais projeto foram realizados.
CORTA PARA
COITÉ/ CEPECC / INT / NOITE
SONORA – Fernando Araújo menciona a respeito das atividades culturais realizadas pela entidade, e finaliza se queixando do pequeno apoio dado pela Prefeitura de Conceição do Coité.
FADE IN
CENA IX
OFF – Em fundo preto surge vagarosamente definição do teórico Nestor Garcia Canclini sobre políticas culturais.
FADE IN
COITÉ /GABINETE DO VEREADOR DANILO / INT / MANHÃ
SONORA – Vereador Danilo dá sua opinião a respeito das políticas culturais e sua aplicabilidade.
FADE IN
OFF – Orquestra de violino com áudio original.
FADE IN
COITÉ /UNEB/ COLEGIADO DE HISTÓRIA / INT / TARDE
Sonora – Professor Aldo Moraes aponta qual deve ser o papel das políticas culturais.
CORTA PARA
OFF – Reisado de Moças no povoado de Almas em áudio original.
FADE IN
COITÉ /GABINETE DO VEREADOR DANILO / INT / MANHÃ
SONORA – Vereador Danilo diz que preciso investir mais na cultura.
CORTA PARA
JUAZEIRINHO/ CASA DE JOAQUIM CARNIRO/INT /TARDE
SONORA – Joaquim diz que no inicio recebia pouca ajuda e que sem o apoio da comunidade não pode progredir.
CORTA PARA
COITÉ /GABINETE DO VEREADOR DANILO / INT / MANHÃ
SONORA – Vereador Danilo diz que preciso descentralizar os recursos.
CORTA PARA
JUAZEIRINHO/ CASA DE JOAQUIM CARNIRO/INT /TARDE
SONORA – Joaquim que sem ajuda da prefeitura não há como dar continuidade.
FADE IN
CENA X
COITÉ /CENTRO CULTURAL/ SALA DA SUPERINTENDENTE / INT / MANHÃ
SONORA – Superintendente da Cultura e Cidadania, Marialva Carneiro, fala de onde vêm investimentos.
CORTA PARA
SONORA – Josevaldo Silva, maestro, conta como iniciou o projeto, primeiros incentivos, os atuais investimentos recebidos.
CORTA PARA
COITÉ/ CEPECC / INT / NOITE
SONORA – Fernando Araújo fala que a entidade não possui recurso, mas que o dinheiro que provem do programa Ponto de Cultura do governo estadual da Bahia, e que o projeto visa também ensinar jovens a buscar informações sobre as manifestações culturais da cidade.
CORTA PARA
OFF – imagens de expressões culturais e com bg em forro.
FADE IN
CENA XI
COITÉ /CENTRO CULTURAL/ SALA DA SUPERINTENDENTE / INT / MANHÃ
SONORA – Superintendente da Cultura e Cidadania, Marialva Carneiro, fala que não há uma secretaria de cultura isoladamente, mas que há a superintendência de cultura e aponta o que esse departamento objetiva.
FADE IN
OFF – imagens de expressões culturais e com bg em forro.
FADE IN
COITÉ /GABINETE DO VEREADOR DANILO / INT / MANHÃ
SONORA – Vereador Danilo menciona sobre a finalidade da política pública de cultura.
CORTA PARA
FÓRUM / SALA DO JUIZ / INT / DIA
SONORA - Gerivaldo Alves Neiva- Juiz de Direito da Comarca de Conceição do Coité, que é preciso fomentar as atividades culturais contemporâneas e também as tradições.
FADE IN
CENA XII
OFF – Intercala imagem da micareta, unida de BG de banda com áudio original.
CORTA PARA
COITÉ / MUSEU DO PALHAÇO / SALA / INT / TARDE
SONORA – Carlos Neves, pesquisador cultural coiteense, diz que poderá acontecer se proibirem a micareta.
CORTA PARA
COITÉ /SERETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA/ SALA DA SECRETÁRIA / INT / MANHÃ
SONORA – Secretaria de educação e cultura justifica gasto desigual com a micareta.
CORTA PARA
COITÉ/RESIDENCIA DE VALQUÍRIA LIMA/INT/TARDE
SONORA – Indaga por que há uma desvalorização de das culturas populares.
CORTA PARA
COITÉ /CENTRO CULTURAL/ SALA DA SUPERINTENDENTE / INT / MANHÃ
SONORA – Superintendente da Cultura e Cidadania, Marialva Carneiro, dia que a verba maior é na micareta por que é a festa mais tradicional.
CORTA PARA
COITÉ / MUSEU DO PALHAÇO / SALA / INT / TARDE
SONORA – Carlos Neves, pesquisador cultural coiteense fala que não tem nada contra e que tal festa virou um mecanismo comercial.
OFF – Cena da micareta com áudio original.
CORTA PARA
COITÉ /SERETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA/ SALA DA SECRETÁRIA / INT / MANHÃ
SONORA – Secretaria de educação diz que pela organização da festa precisa-se de maior recurso.
CORTA PARA
COITÉ/RESIDENCIA DE VALQUÍRIA LIMA/INT/TARDE
SONORA – Relata que o governo valoiza aquilo que reflete no imaginário popular.
CORTA PARA
OFF – Imagens da micareta com áudio original.
CORTA PARA
COITÉ /CENTRO CULTURAL/ SALA DA SUPERINTENDENTE / INT / MANHÃ
SONORA – Superintendente da Cultura e Cidadania, Marialva Carneiro, diz que a festa que agrega maior número de pessoas.
CORTA PARA
COITÉ /GABINETE DO VEREADOR DANILO / INT / MANHÃ
SONORA – Vereador Danilo fala que Coité entendeu historicamente cultura apenas como a micareta.
CORTA PARA
COITÉ /SERETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA/ SALA DA SECRETÁRIA / INT / MANHÃ
SONORA – Secretaria de educação e cultura explica que pela grandeza da festa se investe mais dinheiro.
CORTA PARA
COITÉ /CENTRO CULTURAL/ SALA DA SUPERINTENDENTE / INT / MANHÃ
SONORA – Superintendente da Cultura e Cidadania, Marialva Carneiro, rediz que é comum investir em festa que agrega maior número de pessoas.
CORTA PARA
COITÉ/RESIDENCIA DE VALQUÍRIA LIMA/INT/TARDE
SONORA – A mestre em literatura e diversidade cultural, Valquíria Lima, diz que outras manifestações são muito importantes já que arrebatas corações de comunidades inteiras.
CORTA PARA
OFF – Samba de roda em áudio original.
CORTA PARA
COITÉ / MUSEU DO PALHAÇO / SALA / INT / TARDE
SONORA – Carlos Neves, pesquisador cultural coiteense fala que agrada todo mundo principalmente o povo de outras cidades pouco sobra pra outras culturas.
CORTA PARA
COITÉ /GABINETE DO VEREADOR DANILO / INT / MANHÃ
SONORA – Vereador Danilo fala que Coité historicamente concentrou verbas na micareta e que política cultural é muita mais ampla.
CORTA PARA
FÓRUM / SALA DO JUIZ / INT / DIA
SONORA - Gerivaldo Alves Neiva- Juiz de Direito da Comarca de Conceição do Coité, surge dizendo que uma sociedade precisa ter políticas culturais que incentive a criatividade em todas as formas de expressão e que tenha um olho no passado e suas tradições.
OFF – Sobre créditos atrelado as diversas imagens usadas na montagem do vídeo.
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