A letra escorre
desce sendo
ela
suave dobra
range na curva
no destinada
oscila, vibrante
segue fuga
de um padro
desconcerta o rude
quando estoura
submundo
perfura
canho
e de
dentro pra
fora
jorra conteno
escorrendo
poesia do pulso
de uma salahad-din a
kurda
////////////////////////
Com quantas
forcas
desconstri-se
Muros ?
Furo
um, dois
de fuzil
rajada
plida
verde musgo
preto fosco
vermelhos espelho
Incontveis
escuros
adentro
do peito
////////////
algo roto
eu ataco
cravado
na negao
recuso
construo
e ser
construdo
saio de mim
eu
estou
saindo
de todos
todo
sou isso
sou limo
ritmo denso
acumulado
em cena
venho
prestado
segurar
pixar o escudo
ficar
algo roto
no espelho
escancara
poros loiros
crateras em uma percepo
desconexa
das mais lindas historias
da centsima
mas no h
no h
foras atrs
chamo conteno
escrevo
corte
talo
e semente
sou rudo
combusto
sem precedentes
chamo conteno
aos presentes
///////////////////////////////////
GALEANOS URBANOS
sentido agudo
em segundos
estala
no breu
ru
sem julgamento
s pena
resenha fricciona
e afoga na multido
o tempo isola
parte da ligao
neurnio versus adrenalina
eu fingo que passo
fujo em outro compasso
e a rima me credita
outro passo em direo
a liberdade que
volta e meia contramo
logo
subo
caio e vertigem
agora na nebulosa decadente
das cidades
sem guia ou guardio
o aviso desabotoa:
uma verdade sanguinria
uma face em desespero
mil cambures no do mais medo
que a existncia falha na gangorra;
//////////////////////////////////////////////
DEPOIS DA RUA TEM
Quase selvagem
porm ainda amordaado
encontro tudo desmaiado
tudo no sincero
enquanto tudo que no quero
tambm no custa dor
custa tambm lidar
necessitando em todos
papis e carves
plaquetas, acidentes, pulmes
Foras fora dada
forcas e emboscadas
latrinas breves, incomparaes
frustraes que no se bebem
Eu ainda quero tudo que me compe
Sou uma abreviao do que no possuo
enquanto tento descrever o quanto cansado fiquei depois
metodicamente quebrando mtrica
fazendo rima ctica sobre pores que j no estou mais
depois do ensaio e da tentativa dilacerada
em fome, frio, insurgncia e rancor
Corro pois no corro mais entre correntes
Vingo, mesmo no sendo deste solo
Escoo parte alguma de uma raiva amedrontada
Pelas buscas
Varrido
Extirpado
Corrodo
Estilhao
Espantoso
Grito oco
forte simples
dentro de esfinges de brinquedo
sambo confuso no meu leito
de escritor
consumido por terror
/////////////////////////////////////////
Em sinal de fumaa
a terra escassa e a dor latente
dentre fogueira
mente a mente
se espalha a noticia de um nome que acabara de ser solto
fortes os abraos
firme as posies
mesmo em destroo rude seco
vo-se as lutas meio a dentro
por no aguentar as colises
mas tambm no aguentando o fracasso mrbido
alguns vo-se em destroos
alguns vo-se nos vos
outros dizem muitos nomes
sempre tem os que dizem no.
Na cura que a muitos salva e muitos frustra,
Escuta o escuro l da mata
Entende
Desfia, farpa por farpa
da agonia e da latncia
frequncia que traduz pouco do jorro
mas entre trigo, mosto e kafka
sobra um pai que amedronta mais o aprendiz do que a caa,
No sei o quanto represento quando digo
que no sei dizer continuo
no sigo trao a trao
mas mantenho compassos que no param de guerrilla
trago memria, imagem e muita dor
difcil tirar daqui de dentro
mais quando ouo mais dois nomes, relembro instantes
da figura paterna da barra, comarca e lenol
da cordialidade assassina
e das breves rotinas
que me curvei em todos passados
que vivi.
Puxo como pixo
da memria j cansada
do trago mais pesado
da esquina mais bizarra
da viso mais bem passada ou do terror escancarado
Repuxo e repixo na minha existncia
as dores e horrores da resilincia
que deixou o muro e as costas carregar
Mesmo pesado o corpo
Bem na linha da dormncia
existe na decadncia
uma paixo honrosa na mente da doena
que aprisiona e liberta
palavras e palavras
que agora so
descobertas
Da difcil maneira de lidar com as memorias, como as
ilustraes confundem, o pai, o carcereiro
A mata e o xam
A chama e a morte.
O muro e o corpo
A palavra e a palavra.
/////////////////////////////////////////////////
ARROIO CXNG
Escudo bem forte porto
e tudo que se queira ouvir
tudo que se quer dizer
desconstruir
construir
dentre todas as escolas que quis aprender
as lies no estavam listadas
quero correr
Os muros que nunca quis ver
e as coisas que quis escrever
resgataram sem dizer
tintas cabem muitas bandeiras
o peito atordoa muitas naes
e muitos limites
a mente
destroi
recria
rejeita
escolhe [?]
Na expressa correnteza
que perfura
essa cidade
vivo em imagens distorcidas
de tempo, resposta, panos e ps
h caminhos
que percorro
h tuneis que resmungo
tambm tentam me acertar
tentam soterrar
voz
estandartes
muito embora muitas artes se camuflem
ento fogo-amigo, inimigo, fogo fogo
e fogo extinto esto por toda parte
ouo
desvio
miro
rastejo
protejo
perfuro ao ser perfurado
retiro e retardo
mas respingam e reparam
todo mal que o mal faz
somos mal no ?
somos o que no querem deixar sair para o outro lado
no querem deixar fugir dos limites
no querem
e ns no o queremos
embora muitas artes de confundam
algumas tentam tambm nos arruinar
mas somos ruina
somos destroos de um retrocesso
desastrosos, firmes, papagaios com cerol e linha 10
bomba mil
rojo jamais serviu
h um homem, mas um proposito
morte dor
mas morte muito a fome
morte muito o que mata a sede
de champagne ou fissura
ento perpasso
sussurro
escarro
e repudio, relampejo
e mesmo no fluxo
sendo cansado, calado e sutil
no estanco, espanco todas as cavernas
recaio sobre todas as feridas
mutilo todos os raios
e termino escancarado
sem ser visto
//////////////////////////////////////////
Cada poema estratagema
vertigem insalubre
de tomar
retomar
relva
mesmo que empedrada selva, rude
sem arranjo ou espetculo
raso, mas profundo
e l - Estirado em pano funghi
Um de nossos, um de todos
no levanta mais-mas luta
restringe a todas e todos
o estalar de um urro
como forma no passiva de luto
um reposicionamento no contente
re agrupamento dissidente de efmero contingente
preparados para blica
///////////////////////////////////////////////////////
Enxugo o vomito aparente
as partes da ideia
e as aes incoerentes
umedecem antimatria
enxergo um fonema
belisco uma artria
furto incandescncia
repito uma frase
nos muros de serpente
dilacero apatias
encontro escombros
entre ombros
que fugiram
no ponto de fuga cego
pela batida da agonia
dissipa em corpo todo
floresce sem sada
curva na espinha
retilnea me cada
insonia mal retida
entre salivas doentes
e mos compulsivas
minha percepo
Vulco de encontro
ao mar adentro
mar em
incursiva terrorista.
///////////////////////////////////////////////////
A textura
da serra sempre
calcrio ngreme
latente
asfalto sxeo
estridente
argila de macro-molde serviente
A escalada da criatura
negada que urra
o veto da vontade
que perpetua
o calo da bandeira
escura
sobre o execrado
inconformado,
No somos monstros mas
somos monstruosos
e o amargo do esforo em renegar o sentido
do tiro
para promover o
condicionado instinto
que favorece o particpio
inoperante
de um verbo mrbido
o bastante
pra desfigurar arcadas e
inocular rdeas
No tragdia, ser intrpida a
dissoluo do pouco caso, na joia da rebelio..
em ascenso
/////////////////////////////////////////////////
Top Related