poesia em construção (manual quase didático) Edmar Alves

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apostila: suporte ao processo criativo: nem alternativo nem substituto

de quaisquer outros materiais do gênero, considerando que

(1) geralmente quem escreve sobre poesia não pratica poesia (2) trata-se de material interativo, compondo-se de

fragmentos de textos e poesias, e,

tem como finalidade (1) que cada um seja um co-autor

(2) que se viva a poesia em profundidade

Aqui,

ao longo destas páginas,

poesia é lei!!!

leis que dizem respeito menos sobre as coisas da poesia

e mais sobre a poesia das coisas

...em que também a teoria seja poesia...

definições, crítica, tipos, exemplos, experiência, recital e

poesia

de quem faz

para quem faz

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palavras para muito além do agora um instante bem mais longo que o piscar d’olhos uma dose a mais de poesia admirar o objeto: transcendê-lo fotografia, poesia e objetos em movimento

fotografia

poesia

poema

instalação

performance

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arte de transformar a natureza das coisas e das pessoas a vida como processos irreversíveis a diferença enquanto magia da vida lugar onde as pessoas são as pessoas momento em que as coisas não são as coisas (talvez) ação no passado: a poesia não será construída, foi apaixonar-se pelo desconhecido, tornar íntimo de si a palavra,

a idéia, o estudo,

a forma, o trabalho

poesia para além dos versos: ao lirismo da prosa produção de valores humanos (culturais e sociais) para além de tempos e espaços ócio: preparar-se para o tempo livre, criando

justificação

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foto poesia – construção de poesias com a imagem poesia objeto – observação crítica,

o ambiente invadido pelo elemento alienígena imagens em poesia - fotografia em vídeo poesia literária – a palavra, o verso e a estrofe em foco,

formas clássicas e modernas poesia lírica – fala sobre o olhar maravilhado que se lança

sobre as pessoas, sobre as coisas poesias descritivas – dissecar o objeto poesias sociais – a luta, o engajamento metapoesia – a vaidade, poesia que fala sobre si mesma,

que se reconhece em tudo poesia existencial – angústia de se viver,

o homem que procura a si mesmo poesia filosófica – poesia que provoca a crítica,

pede o diálogo com outras poesia piada – o humor buscando a sua forma poesia visual – o prazer pela visão, a forma poesia síntese – insight, a idéia em busca de sua forma,

a materialização do pensamento infopoesia – a poesia utilizando-se de novas tecnologias,

e já não exige mais ser impressa, (sua existência torna-se virtual)

poesia de fusão – multiplicidade de formas poéticas

oferta

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é maravilhar-se com o mundo, com a vida, e suas manifestações atividade intelectual e filosófica: perguntar-se porque atividade lúdica e prazerosa engajamento e introspecção: olhar para o outro e para si angustia: as palavras (sinais gráficos)

não traduzem os sentimentos (sempre falta algo)

terreno da especulação: asas ao pensamento prazer no penar: lavar panelas e expô-las,

cantando enquanto lava-se roupas prazer e ética como mediador de relações humanas abolição do dinheiro: irmã pobre das artes engajamento e luta sociedade igualitária

poesia

poesia das grandes

e das

pequenas coisas

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é ver no feio o belo na falta de graça o sorriso no estranho um amigo no abandono a necessidade de aconchego

na rotina do dia-a-dia a magia da vida na morte uma saudade e na saudade um fragmento de vida na pedra um caminho no objeto o seu verso; no verso, o seu anverso no rosto de cada um uma história nos olhos de cada um os seus sentimentos no suspiro uma paixão e em cada toque uma emoção na flor mais que uma flor e poesias simples: das que falam de poesia somente; do tipo que também fala de nossas tristezas, das dos outros; das angustias; das alegrias das pessoas e das coisas que nos parecem ser sem poesia

perfil

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criar é a palavra de ordem

O papel das artes em nossas vidas é diversificado. As

artes não tem apenas papel lúdico como pensam muitos, apesar de ser esta também a sua função: alegrar e manter ocupado as mentes de ociosos de toda espécie é importante. As artes tem, também, o papel de geradora de valores no interior de uma sociedade, ou seja, uma sociedade que não cria intelectualmente, carece de valores que nos tornem cada dia melhores, com mais virtudes; assim, criar é produzir valores, discuti-los a cada momento em que nos colocamos diante de uma obra que nos chame à crítica.

procurar a essência das pessoas e das coisas...

nada é mais fugaz que a forma exterior, que perde o viço e muda como as flores do campo

com o aparecimento do outono

umberto eco – em o nome da rosa

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a arte como terapia

Mas tem mais. As artes, a cada dia, tem assumido no

homem um papel libertador, livrando-nos das amarras que nos prendem, criando gerações cada vez mais libertas e conscientes. Um papel ainda não consagrado, mas que a cada dia assume o seu lugar: as artes em suas diferentes formas, a pintura, a poesia, o desenho, a música e o teatro tem servido – e as pesquisas neste campo tem se diversificado e comprovado, segundo os bons resultados – para reinserir pessoas debilitadas por doenças degenerativas ou por males que afetam o perfeito funcionamento do cérebro, como a depressão e o estresse, em que os médicos constatam evidentes melhoras nos pacientes. Internos em hospícios tem conquistado a liberdade praticando arte e produzindo valores, adquirindo independência financeira e abandonando progressivamente os remédios que causam sua dependência. Para constatar isso, basta olhar para fora de sua janela. Produzir acalma estressados e acometidos pela ansiedade.

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(1) o que é poesia?

o que não é poesia?

(2) construção de uma poesia com as palavras

jasmim sândalo

flávia, amor beijo, pedra, flor

desafio

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(*) área de interseção: encontro da criações com elementos de viabilidade como a informática e o vídeo

artes

poesia

literatura

(*)

artes

literatura

poesia

o antes

o agora

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a obra só se completa com a fluição entre o criador e o ouvinte / leitor / assistinte:

aquele que cria virtualmente mortos / virtualmente vivos novas criações surgem de um olhar, de um toque

início de primavera (1998)

...olhares são lançados sobre coisas que mudam que mudam coisas que vão o que vai o que fica o que se sente tudo que sabemos e não sabemos muito mas procuramos algo talvez sejam estas palavras esquecidas ainda hoje ou depois mas não quem as disse quem as ouviu...

obra

construtor

objeto em si (obra)

receptor (que recria)

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a poesia não se entrega a quem a define! frase atribuída a mário quintana vamos desafiar o amigo Mário

vamos inverter a pergunta: o que não é poesia?

o que pode não ser poesia? (3) o que poderia talvez ser poesia? o que não poderia ser poesia?

não existem palavras e imagens que não devam (ou não possam)

ser criticadas

conversa com

mário

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referências e sugestões cd Bhagavat Gita: canção do Divino Mestre Crisantempo – Haroldo de Campos Estrela da vida inteira – Olívia Hime canta Manuel Bandeira livros Amor gramatical – Carlos Roberto Antologia poética – Augusto dos Anjos Bhagavat Gita: canção do Divino Mestre Crisântempo – Haroldo de Campos filmes Fernão Capelo Gaivota O carteiro e o poeta Sociedade dos poetas mortos

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textos e coleta de fragmentos

Edmar Alves – em março de 2000 (versão impressa) (Tiragem de 10 exemplares / Edição do autor)

Edmar Alves – em março de 2011 (versão virtual)

co-autor

edmaralves1972@ig.com.br 0 XX 31 8773-6353