3. Conservao Internacional (CI-Brasil) Presidente Roberto
Brando Cavalcanti Vice-Presidente de Operaes Carlos Alberto
Bouchardet Diretores Guilherme Fraga Dutra Isabela Santos Luiz
Paulo Pinto Patrcia Baio Paulo Gustavo Prado Ricardo Bomfim
MachadoUniversidade Estadual de Feira de Santana Reitor Jos Carlos
Barreto de Santana Diretor do Departamento de Cincias Biolgicas
Carlos Costa Bichara Filho Coordenador do Programa de Ps-Graduao em
Botnica Luciano Paganucci de Queiroz
4. Conservao InternacionalUniversidade Estadual de Feira de
Santana Plantas Raras do Brasil Organizadores Ana Maria Giulietti
Alessandro Rapini Maria Jos Gomes de Andrade Luciano Paganucci de
Queiroz Jos Maria Cardoso da Silva Belo Horizonte, MG 2009
5. Coordenao Editorial Isabela de Lima SantosProjeto Grfico
Lcia NemerDesigner Assistente Fbio de AssisFotografias da Capa
M.Trov A. Rapini A. Chautems Ficha catalogrfica elaborada pela
bibliotecria Nina C. Mendona CRB6/1288P713 Plantas raras do Brasil
/ organizadores, Ana Maria Giulietti ... [et al.]. Belo Horizonte,
MG : Conservao Internacional, 2009. 496 p. : il., fots. color.,
mapas; 26 cm. Co-editora: Universidade Estadual de Feira de
Santana. Inclui referncias. ISBN: 978-85-98830-12-4. 1. Plantas
raras Brasil. 2. Diversidade biolgica Conservao. I. Conservao I
nternacional. II. Giulietti, Ana Maria. CDU : 582
10. PrefcioPrefcio 11Um dos maiores desafios deste sculo
desenvolver modelos de desenvolvimento sociale econmico que tenham
como sua base a conservao da biodiversidade. Esses modelos so
especialmente importantesem pases como o Brasil, detentores de
grande parte das espcies existentes no planeta.O desenvolvimento
sustentvel de um pas requer planejamento sistemtico de conservao,
com objetivos bem defini-dos e mtodos consistentes de anlise. Para
isso, informaes precisas sobre a distribuio das espcies so
fundamentais.Nesse processo, nem todas as espcies so iguais. As
espcies com distribuio restrita tm muito mais possibilidades
deserem extintas por um evento catastrfico qualquer ou simplesmente
pela ocupao humana desordenada do que espciesamplamente
distribudas. Por isso, elas recebem maior ateno por parte dos
conservacionistas. O argumento simples:se protegermos as reas onde
estas espcies ocorrem, estaremos protegendo tambm populaes de
outras espcies quepossuem distribuies mais extensas e, assim,
maximizando os esforos de conservao.Este livro uma contribuio
fantstica para a conservao da biodiversidade no Brasil e no mundo.
Produto de uma par-ceria entre a Universidade Estadual de Feira de
Santana e a Conservao Internacional, da qual orgulhosamente fao
partedo seu Conselho Global, ele sintetiza o trabalho intenso de
mais de 170 cientistas de 55 instituies e nos revela o mundodas
plantas raras do Brasil. Plantas raras foram definidas como aquelas
espcies que possuem distribuio menor do que10.000 km2. O nmero
final deste esforo impressiona. Foram reconhecidas 2.291 espcies de
plantas raras brasileiras,cerca de 4 a 6% de todas as espcies de
plantas do pas, muitas das quais se encontram beira da extino. As
distribuiesdas espcies de plantas raras ajudam tambm a delimitar
752 reas que so chaves para garantir a conservao da diversi-dade de
plantas brasileiras. Essas reas deveriam ser rapidamente
reconhecidas por todos como prioridade imediata paraum trabalho
intenso de preservao.Conservar o capital natural brasileiro e
promover o uso sustentvel dos recursos um dever de todos os setores
da socie-dade nacional. Sem o esforo conjunto dos cientistas e sem
livros de sntese como este, s vezes torna-se difcil imaginara
magnitude do desafio que ainda temos pela frente. Espero que esta
obra sirva de inspirao para um pacto nacional maisamplo que tenha
como objetivo desenvolver aes concretas para evitar a extino das
espcies no Brasil. Andr Esteves Membro do Conselho Diretor
Conservao Internacional
11. Agradecimentos Agradecimentos 13Agradecemos a todas as
instituies cujos pesquisadores colaboraram no estudo dasfamlias
relacionadas no livro. Em especial, Universidade Estadual de Feira
de Santana por ter fornecido toda a infra-estrutura necessria ao
projeto. Agradecemos ao Programa de Pesquisa em Biodiversidade
(PPBio) e ao Instituto do Mil-nio do Semi-rido (IMSEAR), ambos do
Ministrio da Cincia e Tecnologia, pelos recursos para o trabalho de
campo queserviu de base para a avaliao de vrias espcies raras. A.M.
Giulietti, A. Rapini, L.P. Queiroz e J.M.C. Silva agradecemao
Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)
pela bolsa de produtividade em pesquisa.M.J.G. Andrade agradece
Conservao Internacional (CI-Brasil) pela bolsa recebida por meio da
Fundao Instituto parao Desenvolvimento da Amaznia (FIDESA) para se
dedicar organizao do livro. Este projeto foi desenvolvido graas
aoapoio da Gordon and Betty Moore Foundation, baseada em Palo Alto
(EUA), e de Andr Esteves, membro do Conselhoda Conservao
Internacional. Por fim, um agradecimento especial a todos os
autores, que demonstraram envolvimento emuita pacincia ao longo
deste projeto que, como qualquer grande trabalho de sntese,
mostrou-se muito mais complexodo que tnhamos inicialmente
imaginado. Comisso Organizadora
12. Colaboradores e InstituiesColaboradores e Instituies 15A
lista a seguir inclui as pessoas que colaboraram para a produo
deste livro: autoresdos captulos, pesquisadores que contriburam com
a reviso do contedo e tambm aqueles que analisaram determinadas
fam-lias e no encontraram espcies raras segundo os critrios
adotados neste trabalho.Abel Augusto Conceio - Universidade
Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilAdilva de Souza Conceio -
Universidade do Estado da Bahia, BA, BrasilAlain Chautems - Jardin
Botanique de laVille de Genve, Genebra, SuaAlessandro Rapini -
Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilAlessandro
Silva do Rosrio - Museu Paraense Emlio Goeldi, PA, BrasilAlexa
Arajo de Oliveira Paes Coelho - Universidade Estadual de Feira de
Santana, BA, BrasilAlexandre Quinet - Instituto de Pesquisa Jardim
Botnico do Rio de Janeiro, RJ, BrasilAline Costa da Mota -
Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilAna Cludia
Arajo - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, RS, BrasilAna du
Bocage - Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuria, PE,
BrasilAna Luiza Andrade Crtes - Universidade Estadual de Feira de
Santana, BA, BrasilAna Maria Giulietti - Universidade Estadual de
Feira de Santana, BA, BrasilAna Maria Goulart Azevedo Tozzi -
Universidade Estadual de Campinas, SP, BrasilAna Paula Fortuna Prez
- Universidade Estadual de Campinas, SP, BrasilAna Paula M. Santos
- Universidade Federal de Uberlndia, MG, BrasilAnderson Alves-Arajo
- Universidade Federal de Pernambuco, PE, BrasilAnderson F. P.
Machado - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional,
RJ, BrasilAndrea Karla A. Santos - Universidade Estadual de Feira
de Santana e Universidade Federal da Bahia, BA, BrasilAndrea O. de
Araujo - Universidade Estadual Paulista, SP, BrasilAngela Borges
Martins - Universidade Estadual de Campinas, SP, BrasilAntnio
Elielson S. Rocha - Museu Paraense Emlio Goeldi, PA, Brasil
13. 16 Colaboradores e InstituiesAriane Luna Peixoto -
Instituto de Pesquisa Jardim Botnico do Rio de Janeiro, RJ,
BrasilAristnio M. Teles - Universidade Federal de Gois, GO,
BrasilArmando Carlos Cervi - Universidade Federal do Paran, PR,
BrasilCarlos Henrique Reif de Paula - Universidade Santa rsula, RJ,
BrasilCarmen Slvia Zickel - Universidade Federal Rural de
Pernambuco, PE, BrasilCarolyn E. B. Proena - Universidade de
Braslia, DF, BrasilCssio van den Berg - Universidade Estadual de
Feira de Santana, BA, BrasilCeclia O. Azevedo - Universidade
Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilCntia Kameyama - Instituto
de Botnica de So Paulo, SP, BrasilClaudenir Simes Caires -
Universidade de Braslia, DF, BrasilCludia Elena Carneiro -
Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilClaudio
Augusto Mondin - Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do
Sul, RS, BrasilClaudio Nicoletti de Fraga - Instituto de Pesquisa
Jardim Botnico do Rio de Janeiro, RJ, BrasilCristiana Koschnitzke -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, BrasilDenise Monte Braz
- Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, RJ, BrasilDomingos
Bencio Oliveira Silva Cardoso - Universidade Estadual de Feira de
Santana, BA, BrasilDouglas C. Daly - The New York Botanical Garden,
NY, EUAEduardo Bezerra de Almeida Jr. - Universidade Federal Rural
de Pernambuco, PE, BrasilEfignia de Melo - Universidade Estadual de
Feira de Santana, BA, BrasilEliane de Lima Jacques - Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro, RJ, BrasilElnatan B. Souza -
Universidade EstadualVale do Acara, CE, BrasilElsa L. Cabral -
Universidad Nacional del Nordeste, Crdoba, ArgentinaElsie Franklin
Guimares Instituto de Pesquisa Jardim Botnico do Rio de Janeiro,
RJ, Brasillvia Rodrigues de Souza - Universidade Estadual de Feira
de Santana, BA, BrasilEric de Camargo Smidt - Universidade Federal
do Paran, PR, Brasil
14. Colaboradores e Instituies 17Fbio de Barros - Instituto de
Botnica de So Paulo, SP, BrasilFbio Vitta - Universidade Federal
dosVales do Jequitinhonha e Mucuri, MG, BrasilFabrcio Moreira
Ferreira - Universidade Estadual de Feira de Santana, BA,
BrasilFtima Regina Gonalves Salimena - Universidade Federal de Juiz
de Fora, MG, BrasilFernando Regis Di Maio - Universidade Estcio de
S, RJ, BrasilFiorella F. Mazine - Universidade de So Paulo, SP,
BrasilFlvio Frana - Universidade Estadual de Feira de Santana, BA,
BrasilFrank Almeda - California Academy of Sciences, San Francisco,
CA, EUAGardene Maria de Sousa - Universidade Federal do Piau, PI,
BrasilGergia R. G. Figueirdo - Universidade Federal da Paraba, PB,
BrasilGleidineia Leite Campos - Colgio Estadual Luiz Pinto de
Carvalho, BA, BrasilGustavo Heiden - Instituto de Pesquisa Jardim
Botnico do Rio de Janeiro, RJ, BrasilGuy R. Chiron - Universit
Claude Bernard, Lyon, FranaHilda Maria Longhi-Wagner - Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, RS, BrasilHeleno dias Ferreira -
Universidade Federal de Gois, GO, BrasilIns da Silva Santos -
Instituto de Pesquisa Jardim Botnico do Rio de Janeiro, RJ,
BrasilJarnio Rafael Ozeas de Santana - Universidade Federal de
Gois, GO, BrasilJimi Naoki Nakajima - Universidade Federal de
Uberlndia, MG, BrasilJoo B. A. Bringel Jr. - Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuria, DF, BrasilJoo Batista Baitello - Instituto
Florestal do Estado de So Paulo, SP, BrasilJoo Luiz M. Aranha Filho
- Universidade Estadual de Campinas, SP, BrasilJoo Renato Stehmann
- Universidade Federal de Minas Gerais, MG, BrasilJohn D. Mitchell
- The New York Botanical Garden, NY, EUAJorge Antnio Silva Costa -
Universidade Federal da Bahia, BA, BrasilJorge P. P. Carauta -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, RJ,
Brasil
15. 18 Colaboradores e InstituiesJosaf Carlos de Siqueira -
Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro, RJ, BrasilJos
Floriano B. Pastore - Universidade Estadual de Feira de Santana,
BA, BrasilJos Iranildo Miranda de Melo - Universidade Estadual da
Paraba, PB, BrasilJos Maria Cardoso da Silva - Conservao
Internacional, PA, BrasilJos Rubens Pirani - Universidade de So
Paulo, SP, BrasilJuan Tun-Garrido - Facultad de MedicinaVeterinaria
y Zootecnia,Yucatn, MxicoJuliana de Paula-Souza - Universidade de
So Paulo, SP, BrasilJlio Antonio Lombardi - Universidade Estadual
Paulista, SP, BrasilKarina Fidanza Rodrigues Bernado - Universidade
Estadual de Campinas, SP, BrasilLaura Cristina Pires Lima -
Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilLeandro Jorge
Telles Cardoso - Instituto de Pesquisa Jardim Botnico do Rio de
Janeiro, RJ, BrasilLeila Macias - Universidade Federal de Pelotas,
RS, BrasilLeilane Naiara Pedreira Sampaio - Universidade Estadual
de Feira de Santana, BA, BrasilLeonardo de Melo Versieux -
Instituto de Botnica de So Paulo, SP, BrasilLeonardo Pessoa Felix -
Universidade Federal da Paraba, PB, BrasilLeslie R. Landrum -
School of Life Sciences, AZ, EUALigia S. Funch - Universidade
Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilLvia G. Temponi -
Universidade Estadual do Oeste do Paran, PR, BrasilLcia G. Lohmann
- Universidade de So Paulo, SP, BrasilLuciano Paganucci de Queiroz
- Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilLuisa Ramos
Senna - Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilMara
Ritter - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, RG,
BrasilMarccus V. S. Alves - Universidade Federal de Pernambuco, PE,
BrasilMarcelo D. M. Vianna Filho - Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Museu Nacional, RJ, BrasilMarcelo Fragomeni Simon -
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria, DF, BrasilMarcelo
Reginato - Universidade Federal do Paran, PR, Brasil
16. Colaboradores e Instituies 19Marcelo Trov - Universidade de
So Paulo, SP, BrasilMarcos da Costa Drea - Universidade Estadual de
Feira de Santana, BA, BrasilMarcos Gonzalez - Instituto de Pesquisa
Jardim Botnico do Rio de Janeiro, RJ, BrasilMarcos Sobral -
Universidade Federal de Minas Gerais, MG, BrasilMarcos Jos da Silva
- Universidade Estadual de Campinas, SP, BrasilMarcus A. N. Coelho
- Instituto de Pesquisa Jardim Botnico do Rio de Janeiro, RJ,
BrasilMaria Bernadete Costa-e-Silva - Empresa Pernambucana de
Pesquisa Agropecuria, PE, BrasilMaria das Graas Lapa Wanderley -
Instituto de Botnica de So Paulo, SP, BrasilMaria de Ftima Agra -
Universidade Federal da Paraba, PB, BrasilMaria de Ftima Freitas -
Instituto de Pesquisa Jardim Botnico do Rio de Janeiro, RJ,
BrasilMaria do Carmo Amaral - Universidade Estadual de Campinas,
SP, BrasilMaria do Socorro Pereira - Universidade Federal de
Campina Grande, PB, BrasilMaria Fernanda Cali - Universidade de So
Paulo, SP, BrasilMaria Iracema Bezerra Loiola - Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, RN, BrasilMaria Jos Gomes de
Andrade - Universidade Estadual de Feira de Santana, BA,
BrasilMaria Mercedes Arbo - Universidad Nacional del Nordeste,
Crdoba, ArgentinaMaria Natividad Sanchez de Stapf - Instituto
Smithsonian de Investigaciones Tropicales, PanamMaria Regina de
Vasconcelos Barbosa - Universidade Federal da Paraba, PB,
BrasilMaria Rita Cabral Sales de Melo - Universidade Federal Rural
de Pernambuco, PE, BrasilMariana Saavedra - Instituto de Pesquisa
Jardim Botnico do Rio de Janeiro, RJ, BrasilMrio Barroso Ramos-Neto
- Conservao Internacional, DF, BrasilMarla Ibrahim Uehbe de
Oliveira - Universidade Estadual de Feira de Santana, BA,
BrasilMarlon C. Machado - Universidade Estadual de Feira de
Santana, BA, BrasilMarta Camargo de Assis - Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuria, SP, BrasilMassimilliano Dematteis - Instituto
de Botnica del Nordeste, Corrientes, ArgentinaMatheus Fortes Santos
- Universidade de So Paulo, SP, Brasil
17. 20 Colaboradores e InstituiesMilena Ferreira Costa -
Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilMilene M.
Silva-Castro - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e
Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilMilton Groppo
- Universidade de So Paulo, SP, BrasilNathan Smith - The New York
Botanical Garden, NY, EUAPatrcia Luz Ribeiro - Universidade
Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilPaula Dib de Carvalho -
Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilPaulo Takeo
Sano - Universidade de So Paulo, SP, BrasilPedro Fiaschi - Virginia
Commonwealth University, VA, EUAPedro Germano Filho - Instituto de
Pesquisa Jardim Botnico do Rio de Janeiro, RJ, BrasilPedro Lage
Viana - Universidade Federal de Minas Gerais, MG, BrasilPedro Lus
Rodrigues de Moraes - Universidade Estadual de Feira de Santana,
BA, BrasilPeter W. Fritsch - California Academy of Sciences, CA,
EUARafael A. Xavier Borges - Instituto de Pesquisa Jardim Botnico
do Rio de Janeiro, RJ, BrasilRafael Batista Louzada - Instituto de
Botnica de So Paulo, SP, BrasilRaymond Mervyn Harley - Royal
Botanic Gardens, Kew, Reino UnidoRegina Andreata - Universidade
Santa rsula, RJ, BrasilRenato de Mello-Silva - Universidade de So
Paulo, SP, BrasilRenato Goldenberg - Universidade Federal do Paran,
PR, BrasilReyjane Patrcia de Oliveira - Universidade Federal da
Bahia, BA, BrasilRicardo de Souza Secco - Museu Paraense Emlio
Goeldi, PA, BrasilRita Cristina Seco Lee - Universidade Estadual de
Campinas, SP, BrasilRita de Cssia Arajo Pereira - Empresa
Pernambucana de Pesquisa Agropecuria, PE, BrasilRita Fabiana de
Souza Silva - Universidade Estadual de Feira de Santana, BA,
BrasilRoberto Salas - Universidad Nacional del Nordeste, Crdoba,
ArgentinaRodrigo B. Singer - Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, RS, BrasilRosana Romero - Universidade Federal de Uberlndia,
MG, Brasil
18. Colaboradores e Instituies 21Rosangela Simo Bianchini -
Instituto de Botnica de So Paulo, SP, BrasilRoseli Torres -
Instituto Agronmico de Campinas, SP, BrasilRoxana Cardoso Barreto -
Universidade Federal de Pernambuco, PE, BrasilScott Mori - The New
York Botanical Garden, NY, EUASebastio Jos da Silva Neto -
Instituto de Pesquisa Jardim Botnico do Rio de Janeiro, RJ,
BrasilSergio Eustquio Noronha - Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuria, DF, BrasilSergio Romaniuc Neto - Instituto de Botnica
de So Paulo, SP, BrasilSheila R. Profice - Instituto de Pesquisa
Jardim Botnico do Rio de Janeiro, RJ, BrasilSilvana Aparecida Pires
de Godoy - Universidade de So Paulo, SP, BrasilSilvana H. N.
Monteiro - Universidade Estadual de Feira de Santana, BA,
BrasilSimon J. Mayo - Royal Botanic Gardens, Kew, Reino UnidoSimone
Fiuza Conceio - Universidade Federal do Recncavo da Bahia, BA,
BrasilTaciana Barbosa Cavalcanti - Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuria, DF, BrasilTnia Regina Santos Silva - Universidade
Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilTarciso de Souza Filgueiras
- Unio Pioneira de Integrao Social Faculdades Integradas, DF,
BrasilTatiana Tavares Carrijo - Instituto de Pesquisa Jardim
Botnico do Rio de Janeiro, RJ, BrasilTeonildes Sacramento Nunes -
Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, BrasilThais Pacheco
Kasecker - Conservao Internacional, PA, BrasilThais Trindade de
Lima - Instituto de Botnica de So Paulo, SP, BrasilVanessa L.
Rivera - Universidade de Braslia, DF, BrasilVera Lcia Gomes Klein -
Universidade Federal de Gois, GO, BrasilVidal de Freitas Mansano -
Instituto de Pesquisa Jardim Botnico do Rio de Janeiro, RJ,
BrasilVinicius Castro Souza - Universidade de So Paulo, SP,
BrasilVolker Bittrich - Universidade Estadual de Campinas, SP,
BrasilWellington Forster - Universidade Estadual de Campinas, SP,
BrasilWilliam Antonio Rodrigues - Universidade Federal do Paran,
PR, Brasil
19. IntroduoIntroduo 23Alessandro Rapini, Maria Jos Gomes de
Andrade, Ana Maria Giulietti, Luciano Paganucci de Queiroz &
Jos Maria Cardoso da SilvaUma flora pouco conhecida e bastante
ameaada exigem ateno especial ao longo do ano todo. Para se ter uma
idia, cerca de 40% da rea de Caatinga nunca foiAcredita-se que mais
de 90% das espcies de angios- coletada e 80% dela subamostrada
(Tabarelli & Vicente,permas j estejam descritas, mas a grande
maioria delas 2004). Floristicamente, a Amaznia brasileira
especial-continua praticamente desconhecida (Heywood, 2001) e mente
subamostrada, possuindo uma intensidade de cole-boa parte da flora
tropical permanece subamostrada (e.g. tas menor do que nos pases
vizinhos. Suas coletas estoPrance et al., 2000). Assim, diferente
do que acontece concentradas basicamente nas proximidades de
grandescom grupos relativamente bem conhecidos, como aves e
cidades, como Manaus e So Gabriel da Cachoeira, esten-mamferos,
cujo nmero de espcies pode ser considera- dendo-se pelas principais
rotas de acesso ao longo dos riosdo estvel (Diamond, 1985; May,
1986), as estimativas mais importantes, de modo que uma poro
considervelpara o nmero de espcies de fanergamas ainda podem de sua
rea nunca foi coletada (Schulman et al., 2007).variar
consideravelmente. Baseados em extrapolaesa partir da taxa mdia de
sinnimos em determinados Ainda assim, vale ilustrar a diversidade
da flora brasileiragrupos, Govaerts (2001) e Scotland & Wortley
(2003) a partir de um conhecimento que, apesar de
incipiente,chegaram a nmeros discrepantes: 422.127 e 223.300 tem
avanado consideravelmente desde a Flora Brasilien-espcies,
respectivamente. Wilson (1988) havia sugerido sis. Dada a fase
exploratria que ainda domina os estudoscerca de 290.000 espcies
vegetais, sendo 248.500 s de taxonmicos no Brasil, qualquer
estimativa para o n-angiospermas. Entre 130.000 e 155.000 dessas
espcies mero de espcies brasileiras de angiospermas ser ine-so
tropicais e quase metade delas estar ameaada nas vitavelmente
imprecisa e os nmeros tm girado entreprximas dcadas, uma proporo
bem maior do que os 35.000 e 55.000 (Groombridge, 1992; Govaerts,
2001;10% estimados para a flora temperada (Prance, 1977; Ra-
Shepherd, 2003; Lewinsohn & Prado, 2005; Giulietti etven,
1987). Os Neotrpicos, com 15,8 milhes de km2, al., 2005), o que
deve corresponder a um ndice em tor-incluem seis dos 17 pases
considerados megadiversos no de 15% de toda a flora mundial. O
Brasil o quinto(Mittermeier et al., 1997) e cerca de 90.000 espcies
de maior pas em extenso territorial, mas esses nmerosangiospermas
(Prance & Campbell, 1988), 85.000 s na superam o de qualquer
outro pas: a China (o terceiroAmrica do Sul (Groombridge, 1992).
pas em extenso territorial) possui em torno de 30.000 espcies de
angiospermas, duas vezes mais do que asO Brasil o pas que abriga a
flora mais rica do planeta, floras dos Estados Unidos (quarto pas
em extenso ter-o que certamente est relacionado sua extenso terri-
ritorial) e do Canad (segundo) juntas (http://www.torial, mais de
8.500.000 km, associada enorme di- foc.org/china/mss/intro.htm); a
Austrlia (sexto pasversidade edfica, climtica e geomorfolgica,
levando a em extenso territorial) e a Rssia (primeiro) possuemuma
ampla gama de tipos vegetacionais. Como em outras em torno de
20.000 espcies cada, destacando-se a altapartes do mundo, no Brasil
as angiospermas tambm do- proporo (cerca de 90%) de endemismos na
Austrliaminam praticamente todos os ambientes terrestres. Es-
(Chapman, 2006); e a ndia, um pas essencialmente tro-timativas para
o nmero de espcies de fanergamas no pical e o stimo em extenso
territorial, possui cerca depas, no entanto, ainda so deficientes.
Isso se deve em 15.000 espcies de angiospermas (Molnar et al.,
1995).parte falta de estudos taxonmicos e florsticos em esca-la
nacional, em vez de regional, e em parte necessidade A falta de
conhecimento da flora brasileira especialmen-de mais coletas
intensivas, especialmente em reas de dif- te preocupante frente
atual crise ambiental e estima-secil acesso, como regies
montanhosas, pontos remotos da que cerca de metade das espcies de
plantas pode estarAmaznia e ambientes com sazonalidade marcada,
como ameaada de extino (Pitman & Jorgensen, 2002). Extin-as
caatingas, as florestas semideciduais e o pantanal, que es so
processos naturais, mas a superexplorao dos re-
20. 24 Introduocursos, eliminao e fragmentao dos ambientes
naturais, que elas ainda so insuficientes para proteger a maior
par-introduo de espcies exticas e liberao de poluentes te das
espcies ameaadas. Algumas dessas reas no sa-tm aumentado em mais de
1.000 vezes a taxa natural ram do papel ou no foram planejadas
cuidadosamente, ede extino (Pimm et al., 1995; Gallagher &
Carpenter, uma grande parcela delas est localizada em pores
re-1997). Em 2008, a lista vermelha da IUCN (http:// motas e pouco
diversas, como regies polares, tundras ewww.iucnredlist.org)
apontou 87 espcies de plantas ex- desertos (Mulongoy & Chape,
2004). A seleo de novastintas (incluindo cinco espcies brasileiras)
e 28 extintas reas para a conservao, portanto, continua sendo
focona natureza (uma delas do Brasil), alm de indicar 8.457 de
ateno especial. Mas, como eleger reas relevantesespcies de plantas
ameaadas (mais de 90% so angios- biologicamente a partir de um
conhecimento to incom-permas), sendo 32 brasileiras. Esses nmeros
mostram-se pleto? E quais critrios devem ser considerados
durantealarmantes se considerarmos que apenas 3% das plantas uma
tomada de deciso desse tipo? As respostas a estasdescritas foram
avaliadas e que dessas, 70% foram consi- questes ainda so
controversas (e.g. Vane-Wright et al.,deradas ameaadas. A lista
oficial das espcies brasileiras 1991; Freitag & Jaarsveld,
1997; Prendergast et al. 1999;ameaadas de extino, publicada em
setembro de 2008 Szumik et al., 2002; Hortal & Lobo, 2006).pelo
Ministrio do Meio Ambiente (MMA), no entanto,considerou 472 espcies
ameaadas, um nmero quase 15 A seleo de reas com base exclusivamente
no nmero devezes maior do que aquele apresentado pela IUCN. Ele
espcies no necessariamente atingir de maneira eficien-bem maior do
que aqueles indicados pelo MMA em maio te seus objetivos, j que a
riqueza observada em algumasde 1968 (13 espcies) e em janeiro de
1993 (108 esp- regies pode denotar apenas a sobreposio de
espciescies), mas ainda ficou muito abaixo do resultado do le-
comuns e no ameaadas (Reid, 1998). Biodiversidadevantamento feito
pelo consrcio de 300 especialistas, que tambm no deve ser encarada
apenas como nmero deapontou 1.472 espcies para a lista atual
(2008), muitas espcies; a discrepncia entre elas, seu patrimnio
evolu-das quais no foram reconhecidas pelo MMA. tivo, um fator que
precisa ser considerado (Vane-Wright et al., 1991; Forest et al.,
2007; Mooers, 2007). QuaisquerBuscando evitar que espcies nativas
sejam ameaadas que sejam os critrios para o planejamento de
unidades depelo comrcio internacional, aproximadamente 29.000
conservao imprescindvel que se tenha um bom co-espcies de plantas j
esto sob a proteo da Conveno nhecimento sobre a distribuio das
espcies e que se pos-sobre o Comrcio Internacional de Espcies
Selvagens sa apontar aquelas com distribuio restrita a stios pon-da
Fauna e da Flora, a CITES (http://www.cites.org/ tuais (Prance,
1994). necessrio que sejam realizadas,eng/disc/species.shtml).
Cerca de 450 espcies brasilei- ento, avaliaes quantitativas sobre
biodiversidade e queras foram includas em um dos trs apndices da
CITES, essas medidas possam ser mapeadas de modo a apontarporm essa
lista se restringe basicamente a Orchidaceae, reas que meream ateno
especial e mais investimentosCactaceae e espcies de samambaias
arbreas (Cyathea para sua conservao (Margules & Pressey,
2000).spp. e Dicksonia sellowiana, o xaxim). Alm desses
grupos,apenas quatro espcies brasileiras de Euphorbia (Euphor- Uma
das alternativas mais difundidas para a seleo de re-biaceae), trs
de Tillandsia (Bromeliaceae), trs de Zamia gies prioritrias
biologicamente so os hotspots, reas in-(Zamiaceae), duas de
Leguminosae e duas de Meliaceae substituveis pela alta concentrao
de espcies exclusivasforam includas nessa lista. e sob forte ameaa
de desaparecerem por j terem perdi- do uma grande proporo de sua
rea original. Myers etA reduo da biodiversidade est em grande parte
rela- al. (2000) apontaram 25 hostpots espalhados pelo
mundo,cionada eliminao dos habitats naturais. Unidades de reas que
abrigam pelo menos 0,5% de espcies de plantasconservao so
reconhecidas internacionalmente como endmicas (cerca de 1.500
espcies de plantas exclusivas)o instrumento mais poderoso de proteo
da biodiversi- e com mais de 70% de sua rea original devastada.
Doisdade (UNEP-WCMC, 2008). Atualmente, existem mais deles foram
considerados para o Brasil: a Mata Atlntica,de 102.000 reas
protegidas. Elas ocupam 18.764.958 com cerca de 20.000 espcies de
plantas e 92,5% de suakm2 (3,4% da superfcie da Terra), abrangendo
11,57% rea original perdida, e o Cerrado, com 10.000 espciesda poro
terrestre (pouco mais de 1.500.000 km2 no de plantas e 80% de sua
rea original modificada. QuaseBrasil) e 0,45% dos oceanos. Todavia,
existe uma grande 3% das espcies de plantas do mundo todo esto
restritasdesproporcionalidade de rea protegida entre os biomas,
Mata Atlntica e 1,5% ao Cerrado. Proteger todos osdesde 4,6% a
26,3% (Hoekstra et al, 2005), de modo remanescentes desses dois
biomas talvez ainda seja utpi-
21. Introduo 25co e focar esforos exclusivamente neles deixaria
desam- bastante restrita, as mais suscetveis a distrbios
antr-paradas formaes tambm relevantes biologicamente, picos ou
eventos estocsticos naturais. Por isso, devemcomo reas da Amaznia,
da Caatinga ou do Pantanal. Por ser tratadas como vulnerveis. O
mapeamento dessasesta razo, foi sugerido tambm a adoo do conceito
de espcies raras, portanto, revelar stios que so biologi-Regies
Naturais de Alta Biodiversidade (High Biodiversity camente
insubstituveis e, na maioria dos casos, com v-Wilderness Regions,
em ingls) que so reas grandes (mais rias espcies ameaadas
(Callamander et al., 2005). Comde 750.000 km2), com alta concentrao
de espcies en- isso em mente, surgiu a idia de se preparar um
catlogodmicas (pelo menos 1.500 espcies endmicas) e com das espcies
raras de fanergamas do Brasil que pudessemais de 70% de sua rea
original ainda intacta. No Brasil, servir de base para a
identificao de ACBs (Catlogo deapenas a Amaznia, com 30.000 espcies
endmicas de Plantas, neste volume).plantas e 80% de sua rea
intacta, foi classificada nestacategoria (Mittermeier et al.,
2002). Certamente, existem regies que podem apresentar um conjunto
maior de espcies exclusivas de plantas em decorrncia da
especializao em resposta a fatores ed-E spcies raras como base para
deteco de reas- ficos ou topogrficos particulares ou devido a
restries disperso ou ainda associadas a processos recentes deChave
para Biodiversidade (ACBs) diversificao responsveis pela ampliao do
nmero deUm dos objetivos da Conveno sobre Diversidade Bio- espcies
neoendmicas que ainda no ocuparam toda sualgica (Convention on
Biological Diversity, CBD) estabe- distribuio potencial (Lesica et
al., 2006). Essas reaslecer e fortalecer sistemas regionais de reas
de proteo apresentam relevncia biolgica particular e devem ter
s-dentro de um mbito global, tendo como metas para tios de tamanho
suficiente manuteno das espcies con-2010 a proteo de pelo menos 10%
de cada uma das sideradas durante o planejamento de uma rede de
reas deecorregies do mundo, que segundo Olson et al. (2001) proteo
nacional. No entanto, a percepo dessas reastotalizam 867 unidades
distribudas em 14 biomas ter- com composio florstica singular, como
os refgios narestres, e proteger as reas de relevncia biolgica.
Nesse Amaznia, vem sendo questionada (Nelson et al., 1990).sentido,
a deteco de reas-Chave para Biodiversidade Elas freqentemente
denotam reas mais exploradas pelos(ACBs, mas Key Biodiversity
Areas, KBAs, em ingls; Eken botnicos, estando geralmente associadas
a centros urba-et al., 2004; Langhammer et al., 2007) tem surgido
como nos (Moerman & Estabrook, 2006), mas no necessaria-uma
estratgia prtica em escalas menores do que aque- mente so
diferenciadas biologicamente. Mapear as esp-las delineadas pelos
hotspots e compatvel com implanta- cies raras em pases
megadiversos, amplos e heterogneoso de unidades de conservao. Essas
ACBs so stios de como o Brasil, portanto, no uma tarefa simples e
seusinteresse global que devem ser identificados e protegidos
resultados devem ser constantemente reavaliados.em mbito regional
ou nacional atravs de uma rede dereas de proteo. Em se tratando de
plantas, destacam- Uma espcie geralmente considerada rara quando
seusse entre esses stios aqueles que abrangem as populaes
representantes esto confinados a uma pequena rea (reade uma proporo
relativamente alta de espcies amea- de ocorrncia restrita), quando
ocorrem sob condiesadas e/ou com distribuio restrita e que por isso
so especficas (rea de ocupao restrita) e/ou quando soinsubstituveis
e esto vulnerveis extino, precisando escassos ao longo de sua
distribuio (baixa densidade)de proteo imediata. (Rabinowitz, 1981;
Kruckeberg & Rabinowitz, 1985). Cerca de 20% da flora mundial,
no entanto, caracteri-A maioria das espcies de plantas pode ser
considerada zada por dados deficientes, e os estudos em
conservaorara e so poucas as espcies cosmopolitas; um quarto
dependem da complementao e da atualizao constanteda Terra, no
entanto, ocupado por cerca de 200 esp- dos dados taxonmicos
(Callamander et al., 2005). Diantecies apenas (Kruckeberg &
Rabinowitz, 1985). A maioria da atual lacuna no conhecimento da
flora brasileira, a reados estudos indica que a preservao de
algumas poucas de ocorrncia o critrio mais objetivo para se
classificarespcies comuns pode ser suficiente para manter os prin-
uma espcie como rara com base em materiais de herb-cipais processos
biolgicos de um ecossistema; porm, rio, na literatura e na
experincia dos especialistas. Dessapouco se sabe sobre a
funcionalidade das espcies raras maneira, foram estabelecidos
limites de distribuio geo-neste contexto (Lyons et al., 2005). Por
outro lado, so grfica restritivos para o enquadramento das espcies
nes-as espcies raras, especialmente aquelas com distribuio te
levantamento e consultados mais de 170 especialistas
22. 26 Introduode 55 instituies de pesquisa nacionais e
internacionais. prximo, o que as enquadraria tambm na categoria
Vul-Com essa vultosa colaborao foi possvel, ento, aces- nervel (VU)
de acordo com o critrio D2. Muitas dassar obras raras ou pouco
conhecidas, teses e trabalhos no espcies mais ameaadas, no entanto,
no foram includasprelo, bancos de dados pessoais, alm de observaes
de no catlogo. So aquelas que ainda no foram descritas oucampo de
vrios pesquisadores. cujo conhecimento parco impede que sua
identidade seja estabelecida com segurana. Desamparadas, vrias
delasNeste catlogo, foram includas apenas espcies exclu- sero
extintas antes mesmo de serem descobertas.sivamente brasileiras e
com distribuio pontual. A listase restringe s espcies com registros
at 150 km distan- Os stios de relevncia biolgica detectados a
partirtes entre si, o equivalente a cerca de 1 de latitude e 1
dessa flora de espcies raras no devem ser automati-de longitude de
diferena entre eles. Isso corresponde a camente igualados s IPAs
(Important Plant Areas, IPAs;uma rea de ocorrncia de at 10.000 km2.
Espcies com Anderson, 2002), conforme definido para os pases
dadistribuio linear, ao longo da costa brasileira ou de ca- Europa
a partir de fungos, algas, liquens e embrifitas.deias montanhosas,
por exemplo, estaro restritas a reas Diferente daquela proposta,
eles no abordam nmerobem menores que essa, no entanto. Esse limite
foi estabe- de espcies, nem espcies ameaadas ou biomas nicoslecido
de maneira arbitrria, visando uma deteco prti- de maneira direta;
alm disso, para as IPAs, os endemis-ca e objetiva das espcies
raras. Ele bem menor do que mos foram definidos com base em limites
polticos. Aos 50.000 km2 sugerido com base na congruncia global
presena de espcies endmicas com distribuio restri-de centros de
endemismos de aves, anfbios e mamferos ta um dos vrios critrios
utilizados para a identifica-(Eken et al., 2004), mas coincide com
aquele utilizado o de ACBs (Langhammer et al., 2007). Desse modo,em
outros levantamentos de espcies de plantas com dis- os 752 stios
detectados neste estudo como importan-tribuio restrita, prximo a
100 milhas (e.g. Sivinki & tes para as plantas raras
brasileiras (Kasecker et al., esteKnight, 1996). Na realidade, a
definio dos limites para volume) representam um subconjunto das
informaesendemismos pontuais em plantas e invertebrados ainda
necessrias para a definio de todas as ACBs do pas.exige anlises
mais detalhadas, j que eles possuem, em Estes stios tm um valor
imenso por dois motivos. Pri-sua maioria, reas de distribuio
relativamente menores meiro, eles devem servir de base tanto para
anlises dee mais especficas (Langhammer et al., 2007). lacunas e
complementaridade utilizadas na seleo de novas reas para conservao
e, como muitos deles soComo o catlogo refere-se exclusivamente s
espcies definidos por espcies com reas de ocorrncia menoresendmicas
restritas de fanergamas, extrapolaes des- de 1.000 km2, eles devem
ser protegidos em sua inte-ses resultados para outros grupos
taxonmicos ou para gridade (Rodrigues et al., 2004). Segundo, esses
stioso nmero total de espcies devem ser vistas com reserva devem
ser percebidos pelos rgos ambientais como os(Prendergast et al.,
1993; Reid, 1998). Tambm no se setores mais frgeis do territrio
brasileiro e que porpode assumir que essas espcies estejam
necessariamente isso exigem uma ateno maior no que diz respeito
aoameaadas. No entanto, com exceo de 2% das esp- licenciamento
ambiental, dado que um planejamentocies com dados deficientes (no
contam com localidade inadequado poder levar perda de espcies nicas
dode coleta), as demais possuem limites restritos de ocor-
patrimnio biolgico brasileiro.rncia (