Plano Municipal de Defesa da
Floresta Contra Incêndios do Barreiro
Caderno I – Diagnóstico
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra
Incêndios do Barreiro
Caderno I – Diagnóstico
Câmara Municipal do Barreiro
Responsabilidade da elaboração: Comissão Intermunicipal de
Defesa da Floresta Barreiro e Moita
Este plano é financiado pelo Fundo Florestal Permanente
Março de 2014
i
Índice
Índice de Figuras................................................................................ iii
Índice de Quadros .............................................................................. v
Acrónimos ......................................................................................... 6
1 – Caracterização física...................................................................... 1
1.1 Enquadramento Geográfico do Concelho .................................... 1
1.2 Hipsometria ........................................................................... 3
1.3 Declive .................................................................................. 5
1.4 Exposição .............................................................................. 7
1.5 Hidrografia............................................................................. 9
2 – Caracterização climática .............................................................. 11
2.1 Temperatura do ar ................................................................ 11
2.2 Humidade relativa do ar ........................................................ 13
2.3 Precipitação ......................................................................... 13
2.4 Vento .................................................................................. 14
3 – Caracterização da população ........................................................ 18
3.1 População residente e densidade populacional .......................... 18
3.2 Índice de Envelhecimento ...................................................... 20
3.3 População por sector de actividade .......................................... 22
3.4 Taxa de analfabetismo........................................................... 24
3.5 Romarias e festas ................................................................. 26
4 –Caracterização do uso e ocupação do solo e zonas especiais .............. 28
4.1 Uso e Ocupação Solo ............................................................. 28
4.2 Povoamentos florestais .......................................................... 31
4.3 Áreas protegidas, Rede Natura 2000 e regime florestal .............. 34
4.4 Instrumentos de gestão florestal ............................................. 36
4.5 Zonas de recreio florestal, caça e pesca ................................... 38
5 – Análise do Histórico Causalidade dos Incêndios Florestais ................. 40
5.1 Áreas ardidas e número de ocorrências – Distribuição Anual ....... 40
5.2 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição Mensal ........ 45
5.3 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição semanal ...... 47
5.4 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição diária .......... 49
5.5 Área ardida e número de ocorrências - Distribuição horária ........ 51
5.6 Área ardida em espaços florestais ........................................... 53
5.7 Área ardida e do número de ocorrências por classes de extensão 55
5.8 Pontos de início e causas ....................................................... 57
ii
5.9 Fontes de alerta ................................................................... 58
6 - Grandes incêndios (Área> 100 ha) .......................................... 61
iii
Índice de Figuras
Figura 1: Mapa de Enquadramento Geográfico do Barreiro. ...................... 2
Figura 2: Mapa hipsométrico. ............................................................... 4
Figura 3: Mapa de Declives. ................................................................. 6
Figura 4: Mapa de Exposições. ............................................................. 8
Figura 5: Mapa hidrográfico. .............................................................. 10
Figura 6: Mapa da população residente (1991/2001/2011) e densidade
populacional (2011) do concelho do Barreiro. ....................................... 19
Figura 7: Mapa de índice de envelhecimento (2001/2011) do concelho do
Barreiro. ......................................................................................... 21
Figura 8: Mapa da população por sector de actividade (2011) do concelho
do Barreiro. ..................................................................................... 23
Figura 9: Mapa da taxa de analfabetismo (1991/2001/2011) do concelho do
Barreiro. ......................................................................................... 25
Figura 10: Mapa das Romarias e Festas do concelho do Barreiro. ............ 27
Figura 11: Mapa do uso e ocupação do solo. ........................................ 29
Figura 12: Mapa dos Povoamentos Florestais do Concelho do Barreiro. .... 32
Figura 13: Mapa das áreas protegidas, Rede Natura 2000 e regime florestal
do Concelho do Barreiro. ................................................................... 35
Figura 14: Mapa de instrumento de planeamento florestal do Concelho do
Barreiro. ......................................................................................... 37
Figura 15: Mapa de zonas de recreio florestal, caça e pesca do Concelho do
Barreiro. ......................................................................................... 39
Figura 16: Mapa das Áreas Ardidas do Concelho do Barreiro................... 41
Figura 17: Distribuição anual da área ardida e do número de ocorrências no
período de 2003 a 2012. ................................................................... 42
Figura 18: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrência em 2012 e
média no quinquénio 2007-2011, por freguesia. ................................... 43
Figura 19: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrência em 2012 e
média no quinquénio 2007-2011, por freguesia. ................................... 44
Figura 20: Distribuição mensal da área ardida e do nº de ocorrências em
2012 e média 2003-2011. ................................................................. 46
Figura 21: Distribuição semanal da área ardida e do nº de ocorrências em
2012 e média de 2003 a 2011. .......................................................... 48
iv
Figura 22: Distribuição dos valores diários acumulados da área ardida e do
nº de ocorrências. ............................................................................ 50
Figura 23: Distribuição horária da área ardida e do nº de ocorrências. ..... 52
Figura 24: Distribuição da área ardida por espaços florestais (2008-2012).
..................................................................................................... 54
Figura 25: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrências por classes de
extensão (2008-2012). ..................................................................... 56
Figura 26: Distribuição do nº de ocorrências por fonte de alerta ............. 59
Figura 27: Distribuição do nº de ocorrências por fonte e hora de alerta ... 60
v
Índice de Quadros
Quadro 1: Freguesias do Concelho do Barreiro ....................................... 1
Quadro 2: Temperaturas. .................................................................. 12
Quadro 3: Humidade Relativa. ........................................................... 13
Quadro 4: Precipitação. ..................................................................... 14
Quadro 5: Frequências acumuladas de vento. ...................................... 14
Quadro 6: Vento. ............................................................................. 16
Quadro 7: Distribuição da velocidade média do vento por meses. ........... 17
Quadro 8: População residente, por local de residência.......................... 18
Quadro 9: Índice de envelhecimento. .................................................. 20
Quadro 10: População por sector de actividade. ................................... 22
Quadro 11: Taxa de analfabetismo. .................................................... 24
Quadro 12: Romarias e Festas do Concelho do Barreiro. ........................ 26
Quadro 13: Uso do Solo. ................................................................... 30
Quadro 14: Distribuição das espécies florestais do Concelho do Barreiro. . 33
vi
Acrónimos
AML Área Metropolitana de Lisboa BV Bombeiros Voluntários BVB Bombeiros Voluntários do Barreiro BVSS Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste CMB Câmara Municipal do Barreiro CDOS Comando Distrital de Operações de Socorro CIDF Comissão Intermunicipal de Defesa da Floresta DFCI Defesa da Floresta Contra Incêndios DGRF Direcção Geral de Recursos Florestais FGC Faixas de Gestão de Combustível GTF Gabinete Técnico Florestal GTFi Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal GNR Guarda Nacional Republicana ICNF Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas IGeoE Instituto Geográfico do Exercito IGP Instituto Geográfico Português INE Instituto Nacional de Estatística JF Juntas de Freguesia LEE Locais Estratégicos de Estacionamento PGF Plano de Gestão Florestal
PIDFCI Plano Intermunicipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios
PMDFCI Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios PNDFCI Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios PSP Polícia de Segurança Pública PV Postos de Vigia RPA Rede de Pontos de Água RVF Rede Viária Florestal SEPNA Serviço de Protecção da Natureza SMPC Serviço Municipal de Protecção Civil SGIF Sistema de Gestão de Incêndios Florestais ZIF Zona de Intervenção Florestal ZPE Zona de Protecção Especial
vii
1
1 – Caracterização física
1.1 Enquadramento Geográfico do Concelho
O concelho do Barreiro insere-se na Área Metropolitana de Lisboa – AML,
está localizado no distrito de Setúbal, integrando-se na Península de
Setúbal. Com uma superfície de aproximadamente 36,39 km 2.
Encontra-se representado nas folhas nº: 431, 432, 442, 443 e 454 da Carta
Militar de Portugal.
Está organizado administrativamente em Quatro freguesias: União das
freguesias de Palhais e Coina, Santo António da Charneca, União das
freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena e União das
freguesias de Barreiro e Lavradio.
A Norte os limites do concelho confinam com o estuário do Tejo; a Oeste
com o Rio Coina e concelho do Seixal; a Sul com os concelhos Sesimbra,
Setúbal e Palmela e a Este com o Rio Tejo, concelho da Moita e Palmela. O
concelho do Barreiro encontra-se sob a jurisdição do Departamento de
Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo no que diz
respeito á administração Florestal.
Distrito (DT) Concelho (CC) Freguesia (FR) Designação 15 1504 150407 Santo António da Charneca
15 1504 150409 União das freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena
15 1504 150410 União das freguesias de Barreiro e Lavradio
15 1504 150411 União das freguesias de Palhais e Coina
Quadro 1: Freguesias do Concelho do Barreiro Fonte: Instituto Nacional de Estatística (http://www.ine.pt)
2
Figura 1: Mapa de Enquadramento Geográfico do Barreiro.
Fonte: IGeoE.
1
3
1.2 Hipsometria
A geologia do concelho é caracterizada por camadas sedimentares de
areias, grés, argilas, margas e calcários, todas pertencentes a formações
geológicas de origem marinha dos períodos mais recentes da Era Terciária
(Miocénio e Pliocénio) ou esporadicamente, por camadas de areias soltas e
lodos da Era Quaternária (várzea do Rio Coina).
Este tipo de terreno permite a infiltração e retenção das águas, daí a
abundância de águas subterrâneas, as quais são a única fonte de
abastecimento doméstico, industrial e agrícola do concelho. No que respeita
á altimetria do concelho do Barreiro, como se pode constatar no mapa
hipsométrico, verifica-se que não existem cotas de zona elevada,
encontrando-se a área do município inserida no andar altimétrico
compreendido entre os 10m e os 70m , sendo por isso a altitude verificada
no concelho um vector de pouca importância no que concerne a implicações
D.F.C.I.
4
Figura 2: Mapa hipsométrico.
Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita.
2
5
1.3 Declive
A análise do mapa de declives permite constatar que o concelho do Barreiro
possui um relevo pouco acidentado, na sua maioria inferior a 10 graus.
A distribuição de declives ao nível da paisagem reveste-se de grande
importância uma vez que o declive constitui um dos elementos topográficos
que mais afectam a propagação do fogo (Velez , 2005 e Viegas 2006 ),o
efeito do declive nas características de uma frente de chamas resulta do
facto de as correntes de convecção induzidas pelo fogo em declives
acentuados transmitem calor aos combustíveis que se encontram a jusante,
reduzindo-lhes o teor de humidade, o que leva ao aumento na velocidade
de propagação.
Por outro lado, nos casos em que o fogo se encontra a subir uma encosta a
frente de chamas inclina-se para o combustível ainda não queimado,
levando a que este reduza rapidamente o seu teor de humidade devido á
transmissão de calor por radiação, o que se traduz numa maior rapidez na
ignição dos combustíveis e, consequentemente, no aumento da velocidade
de propagação. Assim dadas as condições de declives existentes no
concelho do Barreiro, verifica-se não haver relevância D.F.C.I por parte
deste elemento.
6
Figura 3: Mapa de Declives.
Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita.
3
7
1.4 Exposição
As exposições do terreno constituem um factor importante a ter em conta
na análise do comportamento do fogo, não só por afectarem a
produtividade dos terrenos, ou seja a sua capacidade de acumulação de
combustíveis, como também por influenciarem as variações climáticas
verificadas ao longo do dia. O ângulo dos raios solares influencia
directamente a temperatura e a humidade dos combustíveis vegetais, assim
como, a direcção dos ventos locais que se mostram ascendentes durante o
dia e descendentes á noite.
No concelho do Barreiro as exposições sul, são as vertentes mais quentes,
apresentando contudo pouca representatividade.
Assim, no concelho do Barreiro não existem relevantes implicações D.F.C.I.
em relação á exposição em nenhuma das freguesias rurais onde existem
parcelas florestais.
8
Figura 4: Mapa de Exposições.
Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita.
3
4
9
1.5 Hidrografia
No Barreiro encontramos dois tipos de bacias hidrográficas: as urbanas e as
rurais. As primeiras, de reduzida dimensão, correspondem à freguesia do
Barreiro e Lavradio e caracterizam-se pelo baixo índice de permeabilidade
do solo.
As segundas, são compostas por terrenos permeáveis e distribuem-se
predominantemente pelo sul do concelho. Neste conjunto destacam-se as
seguintes linhas de água principais: Rio Coina, Ribeiro do Vale de Zebro,
Vala do Vale do Grou e Vala de Alhos Vedros.
Todas estas linhas de água, com excepção para o carácter perene do Rio
Coina e do Rio Tejo, apresentam escoamento intermitente com caudais
muito reduzidos ou mesmo secos no Verão, embora em zonas que não têm
implicações D.F.C.I, assim como toda a restante área do concelho.
A proximidade do Rio Tejo influencia o escoamento do Rio Coina,
condicionando-o em função da maré.
10
Figura 5: Mapa hidrográfico.
Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita.
5
11
2 – Caracterização climática
Para a caracterização climática foram utilizadas as Normais Climatológicas
do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, com um período de cálculo
de 30 anos (1961-1990), onde a estação utilizada foi Lisboa/Portela (nº.
536).
2.1 Temperatura do ar
Realça-se que de Junho a Setembro as temperaturas médias mensais
ultrapassam os 20ºC, sendo Agosto o mês com temperatura média mensal
mais elevada, registando 22,5ºC.
Quanto às temperaturas máximas diárias, situam-se essencialmente nos
meses de Verão destacando-se Junho com 43ºC.
Em relação às temperaturas mínimas diárias é importante destacar o facto
de que, de um modo geral, nos meses de verão existem dias com mínimas
superiores a 15ºC, o que em termos de DFCI implica que os combustíveis
não conseguem arrefecer durante a noite.
12
Quadro 2: Temperaturas. Fonte: Instituto de Meteorologia
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Valor Extremo da Temp.Mínima no Período(°C) -1.6 -2.0 1.8 2.8 6.0 9.2 11.0 12.0 9.6 5.8 2.2 -0.8
Valor da Média da Temperatura Mínima (°C) 7.2 7.8 8.6 10.0 12.1 14.8 16.5 16.8 16.0 13.5 10.0 7.6
Média Mensal 10.8 11.5 12.9 14.4 16.8 20.0 22.0 22.5 21.2 18.0 13.8 11.0
Média Mensal 10.8 11.5 12.9 14.4 16.8 20.0 22.0 22.5 21.2 18.0 13.8 11.0
Média das máximas 14.3 15.2 17.2 18.9 21.6 25.1 27.4 28.2 26.4 22.4 17.5 14.5
Valores máximos 19.6 22.8 26.7 29.2 35.7 43.0 40.0 39.0 38.0 33.4 28.0 20.8
-5.0
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
30.0
35.0
40.0
45.0
50.0
ºC
Valores de temperatura do ar no concelho do Barreiro(Normais Climatológicas 1961-1990)
13
2.2 Humidade relativa do ar
A Humidade relativa média é consideravelmente elevada, uma vez que se
apresenta superior a 50%, derivado da proximidade com o litoral. Os meses
com humidade relativa média mais baixa são os de Verão, nomeadamente
Junho, Julho e Agosto, sendo que Julho apresenta o valor mais baixo, com
50%, registado às 15h.
Quadro 3: Humidade Relativa. Fonte: Instituto de Meteorologia
2.3 Precipitação
Os meses com maior precipitação são, naturalmente os de Inverno, sendo
Janeiro e Novembro os que apresentam maiores valores Totais.
Quanto às máximas diárias existem dois picos de precipitação, em Março e
Novembro.
Denotou-se menor precipitação no mês de Julho, com uma precipitação
total de 3.1mm.
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
9h 85 82 78 75 72 71 68 69 73 79 83 85
15h 73 68 61 61 59 56 50 49 52 62 70 74
0
20
40
60
80
100
%
Humidade relativa mensal no concelhodo Barreiro às 9h e 15h (1961-1990)
14
0.00
10.00
20.00
30.00
40.00N
NE
E
SE
S
SW
W
NW
Frequencias médias acumuladas(%)(Normais Climatológicas 1961-1990)
F(%)
Quadro 4: Precipitação. Fonte: Instituto de Meteorologia
2.4 Vento
As direcções preferenciais do vento são Norte e Noroeste.
Quadro 5: Frequências acumuladas de vento. Fonte: Instituto de Meteorologia
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Total 104.3 98.1 74.6 55.8 38.6 21.2 3.1 5.4 21.9 64.1 102.0 96.8
Máx. (diaria) 75.8 57.5 94.4 37.9 35.2 36.2 16.0 36.4 43.6 77.0 115.4 84.6
0.0
20.0
40.0
60.0
80.0
100.0
120.0
140.0
mm
Precipitação mensal no concelho do Barreiro (1961-1990)
F(%) N 32.89 NE 11.33 E 8.58 SE 2.38 S 3.64 SW 9.13 W 12.23 NW 16.35
15
A velocidade média do vento mais elevada regista-se em Agosto sendo de
22,8Km/h, em termos de DFCI este facto tem relevância, uma vez que esta
velocidade registada, coincide com uma precipitação uma reduzida, Agosto
é o mês com humidade relativa mais baixa e encontra-se inserido nos
meses em que as temperaturas são mais elevadas. Esta combinação produz
um conjunto de factores climáticos favoráveis à deflagração e propagação
de incêndios florestais, uma vez que a carga combustível se encontra pouco
hidratada.
Quanto à velocidade média diária do vento, salienta-se que de modo geral
as mais elevadas nos meses de Verão são do quadrante Norte,
ultrapassando os 20Km/h.
16
N NE E SE S SW W NW C
f (%) v (km/h) f (%) v
(km/h) f (%) v (km/h) f (%) v
(km/h) f (%) v (km/h) f (%) v
(km/h) f (%) v (km/h) f (%) v
(km/h) f
Janeiro 19.4 15.5 17.9 11.4 12.7 9.8 2.8 10.4 4.5 19.2 10.6 21.4 12.7 16.0 12.6 15.7 6.8 Fevereiro 24.5 18.0 14.1 12.0 10.7 10.9 3.2 12.4 5.4 17.1 10.6 21.3 14.4 18.1 13.1 16.6 4.0 Março 31.9 20.0 12.0 13.5 10.5 11.8 3.1 12.7 3.1 14.9 8.7 17.9 11.3 13.8 16.4 16.6 3.1 Abril 32.3 20.3 9.5 13.5 7.9 12.2 2.2 11.6 4.1 17.5 9.5 19.1 14.5 14.7 17.9 18.0 2.2 Maio 36.4 20.8 6.1 14.4 4.4 11.6 1.2 11.3 2.6 18.5 10.8 18.8 14.1 15.1 23.4 18.6 0.9 Junho 39.2 21.2 3.7 12.3 3.8 9.4 1.1 8.8 2.3 16.5 10.8 17.7 13.7 15.1 24.1 20.0 1.4 Julho 48.2 22.4 4.2 12.5 4.2 9.1 0.9 7.3 1.5 13.0 5.9 15.2 11.6 14.7 22.0 20.0 1.4 Agosto 54.3 22.8 4.5 13.1 3.2 10.8 1.3 8.8 0.9 11.9 5.8 16.1 9.0 14.1 19.6 21.0 1.4 Setembro 36.8 19.3 6.8 11.0 7.3 9.1 2.2 9.6 3.3 15.0 10.3 17.9 12.7 13.4 17.4 18.4 3.3 Outubro 28.2 17.6 12.7 11.1 10.3 9.8 3.4 10.8 6.7 15.7 9.0 16.9 11.9 14.0 13.0 16.1 4.9 Novembro 24.9 15.8 20.2 10.7 13.5 9.2 3.7 12.4 4.6 16.2 7.7 18.8 9.2 14.6 9.4 15.0 6.8 Dezembro 18.6 15.3 24.2 11.4 14.4 10.0 3.4 12.2 4.7 19.9 9.8 20.3 11.7 16.4 7.3 14.8 6.0 (Normais Climatológicas 1961-1990) C= situação em que não há movimento apreciável do ar, a velocidade não ultrapassa 1 km/h Quadro 6: Vento. Fonte: Instituto de Meteorologia
17
Quadro 7: Distribuição da velocidade média do vento por meses. Fonte: Instituto de Meteorologia
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
N 15.5 18.0 20.0 20.3 20.8 21.2 22.4 22.8 19.3 17.6 15.8 15.3
NE 11.4 12.0 13.5 13.5 14.4 12.3 12.5 13.1 11.0 11.1 10.7 11.4
E 9.8 10.9 11.8 12.2 11.6 9.4 9.1 10.8 9.1 9.8 9.2 10.0
SE 10.4 12.4 12.7 11.6 11.3 8.8 7.3 8.8 9.6 10.8 12.4 12.2
S 19.2 17.1 14.9 17.5 18.5 16.5 13.0 11.9 15.0 15.7 16.2 19.9
SW 21.4 21.3 17.9 19.1 18.8 17.7 15.2 16.1 17.9 16.9 18.8 20.3
W 16.0 18.1 13.8 14.7 15.1 15.1 14.7 14.1 13.4 14.0 14.6 16.4
NW 15.7 16.6 16.6 18.0 18.6 20.0 20.0 21.0 18.4 16.1 15.0 14.8
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
Distribuição da velocidade média do vento por meses (Km/h)(Normais Climatológicas 1961-1990)
18
3 – Caracterização da população
3.1 População residente e densidade populacional
População residente (N.º) por Local de residência
Período de referência dos dados
1991 2001 2011
Local de residência N.º N.º N.º
Santo António da Charneca 10376 10983 11536 União das freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena 48505 43355 41760
União das freguesias de Barreiro e Lavradio 23855 21874 21877
União das freguesias de Palhais e Coina 3032 2800 3591 Quadro 8: População residente, por local de residência. Fonte: INE
Observa-se que a freguesia com menos população é a União das freguesias
de Palhais e Coina, enquanto a demograficamente maior é a União das
freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena, embora se
tenha verificado um decréscimo do número de residentes. As freguesias
urbanas são, de um modo geral mais populacionais do que as rurais.
19
Figura 6: Mapa da população residente (1991/2001/2011) e densidade populacional (2011) do concelho do Barreiro.
Fonte: INE – IGeoE - GTF Barreiro/Moita
6
200 - 1000
1001 - 2500
2501 - 4000
4001 - 8000
20
3.2 Índice de Envelhecimento
Índice de envelhecimento (N.º) por Local de residência (à data dos Censos 2011);
Decenal (1) Período de referência dos dados
2001 2011
Local de residência N.º N.º
Santo António da Charneca 71.9 101 União das freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena 403.2 553.8
União das freguesias de Barreiro e Lavradio 280.4 331 União das freguesias de Palhais e Coina 227.3 228.9
Quadro 9: Índice de envelhecimento. Fonte: INE
De um modo geral a freguesia com um índice de envelhecimento inferior é,
St. António da Charneca, enquanto a União das freguesias de Alto do
Seixalinho, Santo André e Verderena é a que tem um índice maior.
21
Figura 7: Mapa de índice de envelhecimento (2001/2011) do concelho do Barreiro.
Fonte: INE – IGeoE - GTF Barreiro/Moita
7
22
3.3 População por sector de actividade
A evolução da distribuição da população do concelho por sectores de
actividade, onde se constata, a evolução crescente da população activa no
sector terciário, em contraste com a residual actividade no sector primário.
População empregada (N.º) por Local de residência e Sector de actividade económica
Período de referência dos dados
2011
Sector primário
Sector secundário
Sector terciário
Local de residência N.º N.º
Santo António da Charneca 22 975 3702 União das freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena 23 2971 12955 União das freguesias de Barreiro e Lavradio 17 1622 7071 União das freguesias de Palhais e Coina 6 346 1188
Quadro 10: População por sector de actividade. Fonte: INE
23
Figura 8: Mapa da população por sector de actividade (2011) do concelho do Barreiro.
Fonte: INE – IGeoE - GTF Barreiro/Moita
8
0.47%
20.75%
78.78%
0.14%
18.63%
81.23%
0.39%
22.45%
77.14%
0.19%
18.62%
81.18%
24
3.4 Taxa de analfabetismo
Taxa de analfabetismo (%) por Local de residência (à data dos Censos 2011) e
Sexo; Decenal Período de referência dos dados 1991 2001 2011
Local de residência % % %
Santo António da Charneca 6.89 6.98 4.57 União das freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena 15.84 15.97 10.06
União das freguesias de Barreiro e Lavradio 12.05 10.24 6.1
União das freguesias de Palhais e Coina 25.97 20.69 11.08 Quadro 11: Taxa de analfabetismo. Fonte: INE
Denota-se um grande decréscimo na taxa de analfabetismo em todas
as freguesias do concelho do Barreiro, ao logo do período de
referencia dos dados.
25
Figura 9: Mapa da taxa de analfabetismo (1991/2001/2011) do concelho do Barreiro.
Fonte: INE – IGeoE - GTF Barreiro/Moita
9
26
Em relação á caracterização da população no concerne ás implicações
D.F.C.I é notória a necessidade premente de serem efectuadas acções de
sensibilização diferenciada entre as freguesias rurais e as freguesias
urbanas, sendo que nas primeiras deverão ser transmitidas orientações á
população nomeadamente no que diz respeito uso de queimadas e também
á queima de sobrantes, nas segundas deverão ser transmitidos os cuidados
a ter principalmente em pic-nics.
Existe também a necessidade de manter e reforçar a fiscalização por parte
das entidades que detêm essa responsabilidade.
3.5 Romarias e festas
Mês de realização
Dia de início/fim Freguesia Lugar Designação Observações
Agosto 10 - 19 Barreiro Festas do Barreiro
Jul/Ago 27/7 – 5/8 Lavradio Largo do Mercado
Animação de Verão
Junho 29 e 30 Palhais Escola
Primária Santos
Populares
Julho 5 - 8 Coina Largo do Mercado
Festas de Coina
Junho 15 – 24 St. André
Espaço envolvente à
Escola Secundária
Festas de St. André
Maio 25 – 27 Verderena Escola n.º7 do Barreiro
Festas da Verderena
Quadro 12: Romarias e Festas do Concelho do Barreiro. Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita
Em termos de DFCI é necessário adoptar alguma sensibilização para
as populações rurais, uma vez que a maioria das festas em freguesias
rurais coincide com os meses de verão. É importante direccionar a
fiscalização também para estas festas.
27
Figura 10: Mapa das Romarias e Festas do concelho do Barreiro.
Fonte: IGeoE - GTF Barreiro/Moita
10
28
4 –Caracterização do uso e ocupação do solo e zonas especiais
4.1 Uso e Ocupação Solo
Em relação á ocupação do uso do solo podemos verificar que a
predominância da existência de espécies com pouca capacidade de
resiliência existentes na Mata Nacional da Machada representam, no
concelho implicações D.F.C.I bastante significativas. A freguesia de Palhais
e Coina, apresenta também dados preocupantes devido ao facto de ser
povoada essencialmente por Eucaliptal e Pinheiro Bravo.
29
Figura 11: Mapa do uso e ocupação do solo.
Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita - Corine Land Cover.
11
30
Uso e ocupação
do solo (ha)
áreas de extracção mineira
Agricultura com
espaços naturais
Culturas anuais
associadas ás culturas
permanentes
Culturas anuais
de regadio
Culturas anuais
de sequeiro
Espaþos florestais
degradados. cortes e novas
plantações
Estuários Florestas
de resinosas
Industria. comércio e
equipamentos gerais
Pomares Salinas Sapais
Sistemas culturais e parcelares complexos
Tecido urbano
contínuo
Tecido urbano
descontínuo
Freguesia Santo António da Charneca 0 767.92 0 0 767.92 767.92 0 767.92 0 0 0 0 767.92 0 767.92 União das freguesias de Alto do Seixalinho. Santo André e Verderena 0 291.4 0 0 467.19 0 346.3 0 230.69 0 0 0 0 522.09 522.09 União das freguesias de Barreiro e Lavradio 0 0 0 0 281.72 0 588.37 0 588.37 0 588.37 0 0 588.37 588.37 União das freguesias de Palhais e Coina 669.49 1298.65 1298.65 669.49 0 1298.65 1298.65 1298.65 0 1298.65 0 669.49 1298.65 0 1298.65
Total 669.49 2357.97 1298.65 669.49 1516.83 2066.57 2233.32 2066.57 819.06 1298.65 588.37 669.49 2066.57 1110.46 3177.03
Quadro 13: Uso do Solo. Fonte: Corine Land Cover
31
4.2 Povoamentos florestais
A maior área florestal do Concelho é composta pela consorciação de
espécies, nomeadamente eucalipto, pinheiro bravo, pinheiro manso e
sobreiro.
32
Figura 12: Mapa dos Povoamentos Florestais do Concelho do Barreiro.
Fonte: GTF Barreiro/Moita.
12
33
Freguesia Eucalipto Outras folhosas
Pinheiro manso
Pinheiro bravo Sobreiro
Área florestal
total (ha)
Santo António da Charneca 3.40 32.15 8.13 77.51 19.45 140.64 União das freguesias de Alto do Seixalinho. Santo André e Verderena 6.42 10.56 1.25 12.58 21.12 51.93 União das freguesias de Barreiro e Lavradio 0.00 4.38 0.00 0.00 4.96 9.35 União das freguesias de Palhais e Coina 74.89 21.74 12.22 482.23 47.86 638.95 Total 84.71 68.84 21.59 572.32 93.40 840.86 Quadro 14: Distribuição das espécies florestais do Concelho do Barreiro. Fonte: GTF Barriero/Moita.
34
4.3 Áreas protegidas, Rede Natura 2000 e regime florestal
No concelho do Barreiro a Mata Nacional da Machada apresenta uma
perigosidade de Incêndio elevada, devido ao facto de possuir espécies em
grande número com baixa resiliência como é o caso do Pinheiro Bravo,
embora os episódios de incêndio não sejam muito frequentes, é importante
a sua preservação pois representa um Património inestimável para o
concelho.
35
Figura 13: Mapa das áreas protegidas, Rede Natura 2000 e regime florestal do Concelho do Barreiro.
Fonte: GTF Barreiro/Moita
13
36
4.4 Instrumentos de gestão florestal
No concelho do Barreiro existe um Plano de Gestão Florestal na Mata
Nacional da Machada, sob a responsabilidade do ICNF.
37
Figura 14: Mapa de instrumento de planeamento florestal do Concelho do Barreiro.
Fonte: GTF Barreiro/Moita
14
38
4.5 Zonas de recreio florestal, caça e pesca
No que diz respeito às zonas de recreio florestal, existe somente o
parque de merendas, situado na Mata Nacional da Machada, que até
à data não teve qualquer influência em termos de DFCI. Contudo o
referido parque deveria ter painéis informativos, bem como materiais
de primeira intervenção no caso de existir alguma ignição, ou
projecção para fora dos fogareiros.
39
Figura 15: Mapa de zonas de recreio florestal, caça e pesca do Concelho do Barreiro.
Fonte: GTF Barreiro/Moita
15
Barreiro
40
5 – Análise do Histórico Causalidade dos Incêndios Florestais
5.1 Áreas ardidas e número de ocorrências – Distribuição
Anual
Pode verificar-se que no concelho do Barreiro, para o período dos últimos
10 anos, o ano mais crítico, em termos de área ardida, foi 2008 com um
total de área ardida de 32.7ha.
Em relação ao número de ocorrências podem observar-se três picos,
correspondentes aos anos de 2004, 2006 e 2007 com 91, 82 e 86
ocorrências respectivamente. Não sendo possível no entanto prever a
existência de ciclos.
Quanto à distribuição da área ardida, do número de ocorrências em 2012 e
a média do quinquénio de 2007 a 2011, por freguesia, verifica-se que a
área ardida em 2012 é superior à média do quinquénio nas freguesias de
Santo António da Charneca e na União das freguesias de Alto do Seixalinho,
Santo André e Verderena, sendo especialmente inferior na União das
freguesias de Palhais e Coina.
Em relação ao número de ocorrências, é mais elevado em 2012 do que na
média do quinquénio na União das freguesias de Barreiro e Lavradio. Em
termos de DFCI deverá ter-se especial atenção à União das freguesias de
Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena pelo elevado número de
ocorrências e à de St. António da Charneca pela área ardida
De um modo geral todos os incêndios progrediram de acordo com os ventos
dominantes no concelho do Barreiro, relativamente ao declive, este não
teve especial relevância, bem como as exposições ou a ocupação do solo.
41
Figura 16: Mapa das Áreas Ardidas do Concelho do Barreiro.
Fonte: IGeoE – GTF Barreiro e Moita
16
42
Figura 17: Distribuição anual da área ardida e do número de ocorrências no período de 2003 a 2012.
Fonte: SGIF.
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Àrea ardida 4.1742 5.4993 7.8217 5.0759 12.2328 32.7005 8.4654 18.041 5.4749 11.09
N.º Ocorrências 11 91 61 82 86 74 46 60 56 66
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0
5
10
15
20
25
30
35
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a A
rdid
a
Área ardida e número de ocorrências – Distribuição anual
Àrea ardida
N.º Ocorrências
43
Figura 18: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrência em 2012 e média no quinquénio 2007-2011, por freguesia.
Fonte: SGIF
Santo António da Charneca
União das freguesias de Alto do
Seixalinho, Santo André e Verderena
União das freguesias de Barreiro e
Lavradio
União das freguesias de Palhais e Coina
Àrea ardida (média) 3.54812 0.31296 0.38574 11.1361
Àrea ardida 2012 9.6449 1.0866 0.1585 0.2
N.º de Ocorrências (média) 14.2 25 11.2 14
N.º de Ocorrências 2012 14 23 16 13
0
5
10
15
20
25
30
0
2
4
6
8
10
12
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências por freguesia - média (2007/2011) e 2012
Àrea ardida (média)
Àrea ardida 2012
N.º de Ocorrências (média)
N.º de Ocorrências 2012
44
Figura 19: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrência em 2012 e média no quinquénio 2007-2011, por freguesia.
Fonte: SGIF
Santo António da CharnecaUnião das freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e
Verderena
União das freguesias de Barreiro e Lavradio
União das freguesias de Palhais e Coina
Àrea ardida Povoamento média 0.79994 0 0.008 7.3322
Àrea ardida Mato média 1.20054 0.18522 0.32924 2.84248
Àrea ardida Agricola média 1.69158 0.12774 0.0485 0.96142
Àrea ardida Povoamento 2012 1.05 0 0 0
Àrea ardida Mato 2012 8.519 0.2725 0.0575 0.065
Àrea ardida Agricola 2012 0.0759 0.8141 0.101 0.135
N.º Ocorrências Povoamento média 1 0 0.2 2.4
N.º Ocorrências Mato média 8.6 15 5.6 9.8
N.º Ocorrências Agricola média 4.8 9.6 5 2.6
N.º Ocorrências Povoamento 2012 2 0 0 0
N.º Ocorrências Mato 2012 6 16 6 4
N.º Ocorrências Agricola 2012 8 7 10 9
024681012141618
0123456789
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências por freguesia por espaços florestais -média (2007/2011) e 2012
Àrea ardida Povoamento médiaÀrea ardida Mato média
Àrea ardida Agricola média
Àrea ardida Povoamento 2012
Àrea ardida Mato 2012
Àrea ardida Agricola 2012
N.º Ocorrências Povoamento médiaN.º Ocorrências Mato média
N.º Ocorrências Agricola média
N.º Ocorrências Povoamento 2012
45
5.2 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição Mensal
Em relação à distribuição mensal da área ardida e do número de
ocorrências, no ano de 2012 e a média dos anos 2003 a 2011, verifica-se
que a área ardida em 2012 é sempre menor do comparativamente com a
média, com excepção do mês de Agosto. Em termos de DFCI salienta-se
que o número de ocorrências é de um modo geral superior à média,
exceptuando nos meses de Julho, Outubro, Novembro e Dezembro.
Em relação à DFCI salienta-se que se deverá ter em atenção os meses de
Junho, Julho e Agosto, tanto no que diz respeito à vigilância como à
fiscalização, uma vez que o maior número de ocorrências incide nesses
meses
46
Figura 20: Distribuição mensal da área ardida e do nº de ocorrências em 2012 e média 2003-2011.
Fonte: SGIF
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Área ardida 0.00 0.06 0.01 0.11 0.41 0.92 6.15 2.59 0.57 0.21 0.01 0.00
Área ardida 2012 0.00 0.00 0.05 0.00 0.17 0.06 1.31 8.69 0.77 0.03 0.00 0.00
N.º Ocorrências 1.11 1.22 2.56 2.11 6.33 10.78 17.22 13.22 6.22 4.89 0.67 1.00
N.º Ocorrências 2012 0.00 0.00 4.00 0.00 16.00 11.00 14.00 14.00 7.00 4.00 0.00 0.00
0.00
2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
16.00
18.00
20.00
0.00
2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências – Distribuição mensal (2003-2011 e 2012)
Área ardida
Área ardida 2012
N.º Ocorrências
47
5.3 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição
semanal
Relativamente à distribuição semanal da área ardida em 2012 e média dos
anos 2003 a 2011, pode verificar-se que a área ardida em 2012 é, de um
modo geral inferior à média, com a excepção de Quinta-feira e de Domingo,
onde é superior.
Em termos de DFCI regista-se que o número de ocorrências de 2012 é
superior à média, para o mesmo parâmetro, com excepção de Quarta-feira,
Sexta-feira e Sábado, existindo um pico muito elevado, comparativamente
com a média, situados à Terça-feira.
Em relação à DFCI salienta-se que se deverá ter em atenção ás, Segundas
e Terças, tanto no que diz respeito à vigilância como à fiscalização, uma vez
que o maior numero de ocorrências incide nesses dias da semana.
48
Figura 21: Distribuição semanal da área ardida e do nº de ocorrências em 2012 e média de 2003 a 2011.
Fonte: SGIF
Segunda-feira
Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sabado Domingo
Área ardida média 4.19 1.33 1.05 0.54 0.94 1.27 1.74
Área ardida 2012 0.10 0.52 0.57 1.00 0.04 0.03 8.82
N.º Ocorrências média 9.56 11.11 8.44 10.11 6.56 8.67 8.56
N.º Ocorrências 2012 12.00 20.00 11.00 6.00 5.00 3.00 9.00
0.00
5.00
10.00
15.00
20.00
25.00
0.00
1.00
2.00
3.00
4.00
5.00
6.00
7.00
8.00
9.00
10.00
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências – Distribuição semanal (2003-2011 e 2012)
Área ardida média
Área ardida 2012
N.º Ocorrências média
N.º Ocorrências 2012
49
5.4 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição diária
Quanto à distribuição dos valores diários acumulados da área ardida no
período de 2003 a 2012, verificara-se um dia críticos, 07 de, com 22,77%
do total da área ardida, o correspondente a 25,8 (ha).
Relativamente ao número de ocorrências, salientam-se um dia crítico, 08 de
Julho, onde sucedeu 1,74% das ocorrências o que corresponde a 11.
Em relação à DFCI salienta-se que se deverá ter em atenção ao conjunto
dos meses de Maio a Outubro, e não a dias específicos, tanto no que diz
respeito à vigilância como à fiscalização, uma vez que o maior número de
ocorrências incide aleatoriamente nesses meses.
Dos dados analisados e em comparação com os resultados do PIDFCI do
Barreiro e Moita anterior, não é possível fazer-se uma correlação dos
incêndios com factores socioeconómicos, fidedigna, uma vez que existe uma
grande variação dos valores.
50
Figura 22: Distribuição dos valores diários acumulados da área ardida e do nº de ocorrências.
Fonte: SGIF
25.180
11
0
2
4
6
8
10
12
0.000
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.0001/
Jan
10/J
an19
/Jan
28/J
an6/
Fev
15/F
ev24
/Fev
4/M
ar13
/Mar
22/M
ar31
/Mar
9/A
br18
/Abr
27/A
br6/
Mai
15/M
ai24
/Mai
2/Ju
n11
/Jun
20/J
un29
/Jun
8/Ju
l17
/Jul
26/J
ul4/
Ago
13/A
go22
/Ago
31/A
go9/
Set
18/S
et27
/Set
6/O
ut15
/Out
24/O
ut2/
Nov
11/N
ov20
/Nov
29/N
ov8/
Dez
17/D
ez26
/Dez
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências – Distribuição diária (2003-2012)
Área ardida
Nº Ocorrências
51
5.5 Área ardida e número de ocorrências - Distribuição horária
Existem manifestamente dois períodos críticos, no que respeita às áreas
ardidas no período de 2003 a 2012, um situado entre as 13h00m e as
13h59m e outro entre as 16h00m e as 16h59m, em conjunto representam
43,36% da área ardida, 47,94 (ha).
Em termos de número de ocorrências, existe um período crítico, das
16h00m às 16h59m, onde surge 65 ocorrências o que corresponde a
10,27% das ocorrências.
Em relação à DFCI salienta-se que se deverá ter em atenção ao período da
tarde, assim entre as 11h e as 19h, tanto no que diz respeito à vigilância
como à fiscalização, uma vez que o maior número de ocorrências e área
ardida incide nesse período.
Dos dados analisados e em comparação com os resultados do PIDFCI do
Barreiro e Moita anterior, não é possível fazer-se uma correlação dos
incêndios com factores socioeconómicos, fidedigna, uma vez que existe uma
grande variação dos valores.
52
Figura 23: Distribuição horária da área ardida e do nº de ocorrências.
Fonte: SGIF
29.32
65
0
10
20
30
40
50
60
70
0.00
5.00
10.00
15.00
20.00
25.00
30.00
35.00
00:00 -00.59
01:00 -01:59
02:00 -02:59
03:00 -03:59
04:00 -04:59
05:00 -05:59
06:00 -06:59
07:00 -07:59
08:00 -08:59
09:00 -09:59
10:00 -10:59
11:00 -11:59
12:00 -12:59
13:00 -13:59
14:00 -14:59
15:00 -15:59
16:00 -16:59
17:00 -17:59
18:00 -18:59
19:00 -19:59
20:00 -20:59
21:00 -21:59
22:00 -22:59
23:00 -23:59
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências – Distribuição horária (2003-2012)
Área ardida
NºOcorrências
53
5.6 Área ardida em espaços florestais
Relativamente à distribuição da área ardida por espaços florestais, observa-
se que, de um modo geral, os espaços florestais que mais ardem são os
povoamentos, com a excepção de 2009 e 2012, com 50,94% e 80,37% de
matos ardidos. Dentro dos povoamentos verificou-se que os anos mais
críticos foram, 2008, 2010 e 2011, com 76.45%, 46,65% e 50,18%
respectivamente.
Em relação aos espaços agrícolas o ano onde estes foram mais afectados foi
2011, com 21,49% de área ardida.
54
Figura 24: Distribuição da área ardida por espaços florestais (2008-2012).
Fonte: SGIF
2008 2009 2010 2011 2012
Agricola 0.09 1.78 3.42 1.18 1.13
Mato 7.61 4.31 6.21 1.55 8.91
Povoamento 25.00 2.37 8.42 2.75 1.05
0.00
5.00
10.00
15.00
20.00
25.00
30.00
35.00
Áre
a ar
dida
Área ardida em espaços florestais (2008-2012)
Agricola
Mato
Povoamento
55
5.7 Área ardida e do número de ocorrências por classes de
extensão
Verifica-se que a distribuição da área ardida por classes de extensão não é
uniforme, ou seja, 23.35% da área ardida encontram-se na primeira classe
(0-1 ha), na classe 1-10ha encontra-se 43.66% e na classe de (> 20-50
ha) existem cerca de 33% de área ardida, todas as outras classes
apresentam valores de 0%.
Quanto ao número de ocorrências, cerca de 96.67%, encontram-se na
primeira classe (0-1 ha), na segunda classe existem 2.98% das ocorrências
e nas restantes valores inferiores a 0.5%.
Em relação à DFCI regista-se que a maior percentagem de área ardida
advêm do somatório das pequenas áreas ardidas do grande número de
ocorrências embora exista pontualmente ocorrências que originam áreas
ardidas de maiores dimensões.
56
Figura 25: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrências por classes de extensão (2008-2012).
Fonte: SGIF
0-1ha >1-10ha >10-20ha >20-50ha >50-100ha <100ha
Área ardida 17.69 33.08 0.00 25.00 0.00 0.00
N.º ocorrências 292 9 0 1 0 0
0
50
100
150
200
250
300
350
0.00
5.00
10.00
15.00
20.00
25.00
30.00
35.00
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências por classes de extensão (2008-2012)
Área ardida
N.º ocorrências>100ha
57
5.8 Pontos de início e causas
O Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal Barreiro e Moita não possui dados relativos a pontos de inicio e causas.
58
5.9 Fontes de alerta
Quanto à distribuição do número de ocorrências por fonte de alerta, denota-
se que a maior percentagem dos alertas é realizado pelos Populares
(85.1%), e em segundo a classe denominada “outros” com 11.6%. o CDOS
surge em terceiro lugar com 2.98% e os postos de vigia com 0.66%.
O mesmo sucede ao analisar-se as fontes de alerta por hora.
59
Figura 26: Distribuição do nº de ocorrências por fonte de alerta
Fonte: SGIF
2.98
11.26
85.10
0.66
% de n.º de Ocorrências por fontes de alerta (2008-2012)
117
Outros
Populares
Postos de Vigia
60
Figura 27: Distribuição do nº de ocorrências por fonte e hora de alerta
Fonte: SGIF
1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 03
1 20 0 0 0 1 0 0 0
22 2
0 0 0 0 0 00 1 1
3
12
29
42
01
1 0 1
19
69
75
0 1 2 3 2
7
11
1111
2324
23
1920
13 10 12 13
6
0
0
0
0
0
00
00 0
0
0
00
0
1
1
00
00
0 0
0
0
5
10
15
20
25
30
35
00:00 -
00.59
01:00 -
01:59
02:00 -
02:59
03:00 -
03:59
04:00 -
04:59
05:00 -
05:59
06:00 -
06:59
07:00 -
07:59
08:00 -
08:59
09:00 -
09:59
10:00 -
10:59
11:00 -
11:59
12:00 -
12:59
13:00 -
13:59
14:00 -
14:59
15:00 -
15:59
16:00 -
16:59
17:00 -
17:59
18:00 -
18:59
19:00 -
19:59
20:00 -
20:59
21:00 -
21:59
22:00 -
22:59
23:00 -
23:59
Número de ocorrências por hora e fonte de alerta (2008-2012)
Postos de Vigia
Populares
Outros
117
61
6 - Grandes incêndios (Área> 100 ha)
Não existem áreas ardidas superiores a 100 ha registadas no concelho do Barreiro.
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