CATÁLOGO DE
DOCUMENTÁRIOS
O PROJETO
O projeto PontoDoc é uma iniciativa da
Escola de Políticas Públicas e Cidadania
Ativa (EPUCA), que tem por objetivo levar a
escolas, universidades, comunidades urba-
nas e rurais e outros espaços coletivos do
Cariri cearense, mediante demanda espon-
tânea ou induzida, a exibição de documen-
tários nacionais e estrangeiros que contri-
buam para instigar o diálogo e a reflexão
crítica sobre questões do dia a dia e sobre
aspectos da história da humanidade.
O projeto tem caráter itinerante e prevê,
inicialmente, uma edição mensal, podendo
esse número ser ampliado, dependendo da
demanda surgida e da sua capacidade de
atendimento.
Os documentários são selecionados pela
curadoria do PontoDoc, formada por
membros da própria EPUCA, a partir do
acervo da entidade ou de sugestões de
qualquer pessoa, desde que estas atendam
às finalidades do projeto, indicadas anteri-
ormente.
A EPUCA divulgará um calendário semes-
tral de exibições, com a indicação da data e
local de cada uma delas e o documentário
a ser exibido em cada data. Ocorrendo
demanda espontânea, que deverá ser
sempre de caráter coletivo (associação,
grupo comunitário, escola, universidade,
etc.), o solicitante poderá sugerir o docu-
mentário que gostaria de ver exibido, den-
tro das opções disponíveis no acervo da
EPUCA e divulgadas no blog do projeto, nas
redes sociais e por outros meios.
Cada exibição será seguida de uma roda de
conversa sobre o documentário assistido,
mediada pela coordenação do projeto ou
por pessoa por ela convidada. O tempo
previsto para cada atividade é de, aproxi-
madamente, 120 minutos, incluindo exibi-
ção e diálogo.
ACERVO DE DOCUMENTÁRIOS
[A]
A Caminho da Copa
O documentário “A Caminho da Copa”,
desenvolvido pelo Ponto de Mídia Livre
Pólis Digital, aborda a diversidade de opi-
niões a respeito dos impactos, positivos e
negativos, da preparação dos megaeventos
no cotidiano das principais cidades brasilei-
ras. Raquel Rolnik, Carlos Vai-
ner, Juca Kfouri, Toni Sando,
Vicente Cândido e moradores
de São Paulo e Rio de Janeiro
atingidos por obras urbanas ligadas
aos eventos da Copa do Mundo e Olim-
píadas são entrevistados no filme.
Um documentário de 26 minutos que apos-
ta na internet para lançar luz a uma das
circunstâncias menos contempladas de
exposição no ciclo de Mundial e Olimpíada
no Brasil. “A Caminho da Copa” expõe o
autoritarismo do poder público no proces-
so de remoção de famílias para
viabilizar grandes obras,
presentes no contexto destes
eventos esportivos.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2012 | Duração: 26’00″ | Direção e Roteiro: Carolina Caffé e Florence Rodri-
gues | Produção Executiva: Carolina Caffé e Florence Rodrigues.
A Carne é Fraca
Alguma vez você já pensou na trajetória de
um bife antes de chegar ao seu prato? A
equipe do Instituto Nina Rosa pesquisou
isso e conta o que descobriu no documen-
tário A Carne é Fraca, com a incrível habili-
dade de abordar uma verdade aflitiva sob a
supervisão sensível da própria
Nina Rosa, presidente do Instituto.
É ela quem apresenta o tema co-
mo “ato aparentemente banal de
comer carne, mas que interfere na
saúde, no meio ambiente e no
bem-estar dos animais”. O pedido de com-
paixão de Nina Rosa tem a capacidade de
estabelecer uma comunicação eficaz com
qualquer tipo de público, de crianças a
idosos, passando por jovens consumistas e
adultos insensíveis.
O documentário, que em 2014
completa 10 anos, conta com
depoimentos dos jornalistas
Washington Novaes e Dagomir
Marquezi, entre outros.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2004 | Duração: 52’11″ | Idealização: Nina Rosa Jacob | Imagens, Direção e
Roteiro: Denise Gonçalves | Edição: João Landi Guimarães | Trilha sonora e mixagem: Gustavo
Martinelli | Produção: Instituto Nina Rosa -- projetos por amor à vida | Legendas: português,
inglês, espanhol e francês | Música tema: The flower duet (Intérpretes: Ward Sisters, Autor:
Delibes).
A Cidade das Mulheres
Em 1939, a antropóloga norte-americana
Ruth Landes esteve na Bahia pesquisando a
raça negra e se surpreendeu com a força e
a soberania que as mulheres do candomblé
exerciam, formando uma organização ma-
triarcal. Seu pensamento é um dos fios
condutores deste documentário, ilustrado
por imagens das festas populares e dos
cultos africanos, das famosas mães de san-
to e da beleza exuberante da cidade de
Salvador. A produção apresenta Mãe Este-
la, Yalorixá do terreiro Axé Opó Afonjá –
um dos mais antigos e conceituados da
Bahia -, que conta a história do candomblé
e de sua própria vida. Ela discute o matri-
arcado, a energia das mulheres e o sincre-
tismo no Brasil. Por fim, fala do futuro e da
esperança que tem na continuidade e na
força do candomblé.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2005 | Duração: 1:12’00″ | Direção: Lázaro
Faria | Roteiro: Cléo Martins e Isabela Lago | Direção: Lazaro
Faria | Direção de Fotografia: Lázaro Faria e Maoma Faria |
Montagem: Isabela Lago | Produção: Lázaro Faria | Produto-
ra: X Filmes e Casa de Cinema da Bahia | Participações: Mãe
Stella de Oxossi, Mãe Altamira Cecília, Mãe Carmem, Mãe
Nitinha de Oxum, Mãe Gisele Cossard, Mãe Bida.
À Margem da Imagem
Em 2003 estatísticas revelavam que o nú-
mero de moradores de rua da capital pau-
listana chega aos nove mil.
A maioria vivia/vive no centro de São Pau-
lo, onde sobrevive da forma que pode, e é
essa luta que À Margem da Ima-
gem mostra, abordando temas como ex-
clusão social, desemprego, alcoolismo,
loucura, religiosidade, degradação urbana,
identidade e, como sugere o próprio título,
o roubo da imagem dessas comunidades,
promovendo assim uma discussão ética
dos processos de estetização da miséria.
À Margem da Imagem é o primeiro de uma
série de quatro filmes que buscam traçar
um perfil do Brasil urbano.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2003 | Duração: 1:12’00″
| Direção: Evaldo Mocarzel | Roteiro: Evaldo Mocarzel, Ma-
ria Cecília Loschiavo dos Santos | Produção: Ugo Giorgetti |
Fotografia: Carlos Ebert.
[B]
Belo Monte, anúncio de uma guerra
Belo Monte é uma usina hidrelétrica que o
governo pretende instalar no coração da
Amazônia, na Volta Grande do rio Xingu na
cidade de Altamira, Pará. O documentário
“Belo Monte, Anúncio De Uma Guerra” é
um projeto independente e coletivo a res-
peito desta obra, que foi filmado durante 3
expedições à região do rio Xingu. Trata-se
de material riquíssimo sobre os bastidores
da mais polêmica obra planejada no Brasil,
com imagens de alto impacto e entrevistas
com os principais envolvidos na obra, inclu-
indo lideranças indígenas (como o Cacique
Raoni e Megaron), o Procurador da Repú-
blica (Dr. Felício Pontes), o Presidente da
FUNAI (Márcio Meira) e políticos locais a
favor da construção da Usina.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2012 | Duração: 1:44’16″ | Direção: André D’Elia | Produção Executiva: Bea-
triz Vilela, Francisco D’Elia | Direção de Fotografia: Rodrigo Levy Piza, Federico Dueñas
| Direção de Som: Téo Villa, Diego Depane | Desenho gráfico: Federico Dueñas | Montagem:
Mauro Moreira | Site oficial: http://www.belomonteofilme.org/portal/.
[C]
Criança, a alma do negócio
Dirigido pela cineasta Este-
la Renner e produzido por
Marcos Nisti, o documen-
tário promove uma refle-
xão sobre como a socieda-
de de consumo e as mídias
de massa impactam na
formação de crianças e
adolescentes. E mostra
uma realidade difícil de acre-
ditar: crianças que preferem
ir ao shopping a brincar, co-
nhecem marcas pelo logotipo,
e apesar de terem uma vasta
coleção de brinquedos e jo-
gos se encantam mesmo é
por um pequeno bonequinho
de plástico.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2008 | Duração: 49’05’’ | Diretora: Estela Renner | Produtor: Marcos Nisti –
Maria Farinha Produções | Roteiro: Estela Renner e Renata Ursaia.
[D]
Dossiê Jango
O documentário reabre a discussão sobre o
suposto assassinato do ex-presidente João Gou-
lart, em 1976.
“Dossiê Jango” propõe uma reflexão sobre
o período da ditadura militar brasileira a
partir de um dos mais controversos fatos
políticos da história do país: a morte do ex-
presidente João Goulart, em 6 de dezem-
bro de 1976, na Argentina.
Em clima de thriller, o filme – produzido
pelo Canal Brasil – revela documentos do
serviço de inteligência do Uruguai, do
DOPS (Departamento de Ordem Política e
Social), além de apresentar gravações e
depoimentos contundentes. Se sempre
houve suspeitas em torno da causa mortis
de Jango, o documentário agora junta ou-
tras peças desse nefasto quebra-cabeça.
Prêmios: Festival do Rio 2012 – Melhor
Documentário Júri Popular | Mostra Tira-
dentes 2013 – Melhor Longa Metragem
Júri Popular | Mostra DocFAM 2013 – Me-
lhor filme Júri Oficial e Júri Popular.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2012 | Duração: 1:20’00″ | Direção: Paulo Henrique Fontenelle | Produção
Executiva: Tereza Alvarez | Roteiro e Montagem: Paulo Henrique Fontenelle | Argumento:
Paulo Mendonça & Roberto Farias | Coprodução: Instituto João Goulart.
[E]
Estradas da Cultura
O documentário é o resultado da Expedi-
ção Nordeste Central, uma viagem pelo
sertão nordestino em visita a projetos cul-
turais aprovados pelo edital do Programa
Banco do Nordeste de Cultura, desenvolvi-
dos em pequenos municípios do sul do
Ceará e Piauí, noroeste baiano e oeste
paraibano e potiguar.
O objetivo principal foi registrar de que
forma esses projetos cumpriram ou vem
cumprindo seu papel social de transformar
a realidade de seus municípios, através da
formação de plateia, criação, fruição e de-
mocratização dos bens culturais.
Durante 15 dias o jornalista e gestor cultu-
ral Lenin Falcão, o cinegrafista e editor de
imagens James Gama e o fotógrafo paulista
Alécio César percorreram, em veículos off
road, mais de 2.500 quilômetros e seis
localidades nordestinas, simples, distantes
dos grandes centros urbanos e que, muitas
vezes, as poucas atividades culturais ofer-
tadas são executadas por ONGs ou cida-
dãos comuns.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2013 | Duração: 33’00″ | Roteiro, Direção e Produção: Lenin Falcão
| Imagens: James Gama, Alécio Cezar, Gildivan Martins e Lenin Falcão | Still: Alécio Cezar |
Edição e Finalização: James Gama (Gama Vídeo Produções) e Lenin Falcão.
Eu Preciso lhe Dizer
O documentário Eu Preciso lhe Dizer diz, de
maneira magistral, tudo que homossexuais
e seus familiares já disseram, ou ao menos
pensaram, uma vez na vida.
A obra, que se propõe a descobrir as ori-
gens do preconceito e a encontrar uma
forma de lidar com a intolerância na família
e na sociedade, foi idealizada pelo psicólo-
go Ricardo de Paula e contou com a execu-
ção do cineasta brasiliense Douro Moura.
“Todo realizador de audiovisual quer co-
municar, discutir, mostrar a sua visão para
o público. Todos querem atingir o maior
número possível de pessoas com a sua
obra”, conta Douro.
Dessa vontade de ‘mudar o mundo’, nas-
ceu o recorte necessário para criar o fil-
me Eu Preciso lhe Dizer. “Discutindo com o
Ricardo, chegamos a problemática da rela-
ção do homossexual com o ambiente fami-
liar, com o ambiente de trabalho… Querí-
amos mostrar como eles lidam com esse
preconceito arraigado na sociedade e co-
mo o mundo vê essa orientação”.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2013 | Duração: 1:09’38″ | Direção: Douro Moura | Argumento: Ricardo de
Paula | Roteiro: Douro Moura | Fotografia: Gabriel Trajano | Som direto: Fernando Cavalcante
| Montagem e Finalização: Douro Moura | Produção e Pesquisa: Vanderlei Manaia | Produção:
Douro Moura e Ricardo de Paula | Produção executiva: Douro Moura, Ricardo de Paula e Char-
lotte Vilela.
[I]
Ilha das Flores
"Ilha das Flores, do portoalegrense Jorge Furta-
do, vencedor do Urso de Prata em Berlim'90, é
um filme político que faz rir com
sarcasmo do início ao fim. Em
apenas 13 minutos, diz tudo
aquilo que é preciso saber sobre
quem é responsável pelo massa-
cre do planeta Terra, partindo do
lixo e de um tomate."
[Roberto Silvestri, Il Manifesto,
Milão, 07/03/1991]
Um tomate é plantado, colhido, transpor-
tado e vendido num supermer-
cado, mas apodrece e acaba no
lixo. Acaba? Não. Ilha das Flo-
res segue-o até seu verdadeiro
final, entre animais, lixo, mu-
lheres e crianças. E então fica
clara a diferença que existe
entre tomates, porcos e seres
humanos.
Ficha técnica:
Ano de produção: 1989 | Duração: 12’00’’ | Direção: Jorge Furtado | Produção Executiva: Mo-
nica Schmiedt, Giba Assis Brasil e Nora Goulart | Roteiro: Jorge Furtado | Direção de Fotogra-
fia: Roberto Henkin e Sérgio Amon | Direção de Arte: Fiapo Barth | Música: Geraldo Flach |
Direção de Produção: Nora Goulart | Montagem: Giba Assis Brasil | Assistente de Direção: Ana
Luiza Azevedo | Uma Produção da Casa de Cinema Porto Alegre.
[J]
Janela da Alma
“Não conhecemos as coisas tal qual como são.
Nós as conhecemos mediadas por nossas expe-
riências”.
[Depoimento retirado do documentário Janela da Alma].
O que o escritor José Saramago, o cineasta
Wim Wenders, a atriz Marieta Severo e o
músico Hermeto Pascoal têm em comum?
Eles e mais quinze personalidades com
problemas visuais, que vão da simples mi-
opia à cegueira total, dão depoimentos
revelando sua percepção do mundo no
documentário “Janela da Alma”, de João
Jardim e Walter Carvalho.
Distribuído pela Copacabana Filmes, com
lançamento em 2002, “Janela da Alma” foi
o documentário mais visto do ano, che-
gando à marca de 140 mil espectadores.
Com um custo de apenas 790 mil reais, o
filme foi premiado no Festival do Ceará
2001, na Mostra BR de Cinema de SP 2001
e no Festival de Cinema Brasileiro de Paris
2002.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2001 | Duração: 1:12’44″ | Argumento, Produção e Direção: João Jardim
| Codireção e Fotografia: Walter Carvalho | Produção: Flávio R. Tambellini | Pesquisa e Desen-
volvimento: Renée Castello Branco | Música: José Miguel Wisnik.
[L]
Luto como Mãe
A cidade do Rio de Janeiro é palco de exe-
cuções sumárias e arbitrárias cometidas
por agentes do Estado. Cada morte arrasta
consigo a dor de quem fica, afetando todo
o seu círculo social, especialmente a família
e amigos. O documentário “Luto como
Mãe” centra-se nas histórias destes sobre-
viventes, maioritariamente mulheres, e no
seu rito de passagem do luto à luta por
justiça e contra a invisibilidade.
O projeto foi ganhador do prémio de Me-
lhor Documentário no Festival Internacio-
nal de Vídeo e Cinema Digital (FENAVID),
na Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2009 | Duração: 1:10’00″ | Direção: Luís Carlos Nascimento | Fotogra-
fia: Tiago Scorza | Montagem: Fabian Remy e Júlio C. Siqueira | Produção executiva: Tatiana
Moura, Mércia Britto e Carla Afonso | Produtores associados: Rodrigo Letier e Roberto Berliner
| Trilha sonora: JJ Aquino, Daniela Pastore e Jomar Schrank | Vídeo grafismo: André Vieira,
Eduardo Oliveira e Stânio Soares | Produção: Cinema Nosso, TVZERO e Jabuti Filmes.
[M]
Muito Além do Peso
O documentário foi lançado em novembro
de 2012, em um contexto de amplo debate
sobre a qualidade da alimentação das nos-
sas crianças e os efeitos da comunicação
mercadológica de alimentos dirigida a elas.
O filme é fruto de uma longa trajetória da
Maria Farinha e do Instituto Alana na sen-
sibilização e mobilização da sociedade so-
bre os problemas decorrentes do consu-
mismo na infância.
Muito Além do Peso mergulha no tema da
obesidade infantil ao discutir por que 33%
das crianças brasileiras pesam mais do que
deviam. As respostas envolvem a indústria,
a publicidade, o governo e a sociedade de
modo geral.
O documentário conta com a participação
de Jamie Oliver, Amit Goswami, Frei Betto,
Ann Cooper, William Dietz, Walmir Couti-
nho, entre outros.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2012 | Duração: 1:24’00″ | Direção: Estela Renner | Produção Executiva:
Marcos Nisti | Direção de Produção: Juliana Borges | Fotografia: Renata Ursaia | Montagem:
Jordana Berg | Projeto Gráfico: Birdo | Trilha Sonora: Luiz Macedo | Produção: Maria Farinha
Filmes.
Manari: pra nunca mais esquecer
Manari é uma dessas cidades que até pou-
co tempo nem existia no mapa, um desses
lugares que de longe não chamaria atenção
pela arquitetura urbana, mas de perto re-
vela um cotidiano tranquilo e agradável.
Cerca de 17 mil habitantes dividem o espa-
ço urbano e rural. Moradores como Dona
Arister, que viu a cidade nascer e dar os
primeiros passos. Hoje, aos 92 anos de
idade, ela diz que nunca conheceu outra
cidade. Em contrapartida, seu Osvaldo
Rodrigues já esteve em São Paulo pouco
mais de dez vezes e comenta com ar
de felicidade que Manari é o seu lugar.
Esse é o olhar de dentro sobre esta cidade
que já foi rotulada pela ONU como o lugar
mais pobre para se viver. Essa é a visão de
personagens que protagonizam diariamen-
te uma história real, tendo como cenário o
sertão nordestino.
Esse não é um daqueles filmes de romance
que a gente assiste e torce pro mocinho
ficar com a mocinha, mas é um desses que
vale a pena assistir e torcer pelo final feliz.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2013 | Duração:
41’44’’ | Direção e Produção Executiva:
Valéria Fagundes | Codireção e Direção
de Produção: Pedro Luna.
Memória para uso diário
95 mil pessoas consideradas “subversivas”
foram acompanhadas pelo Dops, muitas
delas foram raptadas, presas, torturadas,
quando não assassinadas.
Conhecer o que se passou nesse período
no país é essencial para se conhecer a ver-
dade escondida pela imprensa tradicional,
que desde sempre, apoiou todo este esta-
do de repressão violenta, que se instalou e
persiste em muitas polícias de nosso país.
Sinopse: Ivanilda busca evidências que
provem que seu marido, desaparecido
desde 1975, foi preso pelo governo brasi-
leiro. Romildo procura pelo corpo de seu
irmão num cemitério do subúrbio carioca.
Mães choram por seus filhos, assassinados
pela polícia nas favelas. Elas pertencem ao
grupo “Tortura Nunca Mais” que, intera-
gindo entre a lembrança traumática e o
esquecimento, trazem à tona a memória
de fatos recentes. Revelam ainda a seleti-
vidade da história oficial e constroem uma
memória política. Pensam o passado para
que possam libertar o futuro dos fantas-
mas que ainda os perseguem no presente.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2007 | Duração: 1:34’00″ | Direção: Beth Formaggini | Produção: Beth For-
maggini e Grupo Tortura Nunca Mais | Direção de Fotografia: Cleisson Vidal e Tiago Scorza |
Montagem: Márcia Medeiros e Litza Godoy | Som direto: Pedro Moreira e Altir Pereira | Trilha
e edição sonora e mixagem: Aurélio Dias.
Memórias do chumbo: o futebol nos tempos do Condor (Brasil)
O filme tem a nada fácil tarefa de investi-
gar qual foi a verdadeira influência da dita-
tura militar no futebol em quatro países:
Argentina, Chile. Uruguai e Brasil. Foram
meses de um mergulho profundo e surpre-
endente nessa história pouco explorada
até hoje e que revela, entre outros impor-
tantes fatos, a participação de um grande
jogador brasileiro nos esquemas formados
pela ditadura.
Com produção, reportagem e roteiro de
Lucio de Castro, o documentário traz depo-
imentos de historiadores, militares e ex-
jogadores. As incontáveis idas de Lucio aos
arquivos nacionais, resultou na coleta de
um extenso conteúdo, que é mostrado de
forma emocionante e traz revelações abso-
lutamente novas e inesperadas sobre os
regimes ditatoriais na América Latina.
O objetivo de Lúcio com esse documentá-
rio vai além das novas informações sobre
um assunto polêmico. Ele espera que esse
seja o clique que faltava para que muitos
outros trabalhos relacionados ao assunto
sejam feitos.
Eduardo Galeano, um dos entrevistados,
simboliza muito bem a importância deste
trabalho em uma das suas falas: “Recupe-
rar a memória, não com o objetivo de sau-
dar o passado, mas para evitar que ele
retorne“.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2012 | Duração: 51’18’’ | Reportagem, roteiro e produção: Lúcio de Castro |
Imagens: Luís Ribeiro e Rosemberg Farias | Edição: Fábio Calamari e Alê Vallim | Narra-
ção: Luís Alberto Volpe | Arte: Stela Spironelli | Chamadas: Rodrigo Takigawa.
Meninas
No dia em que completa 13 anos, Evelin
descobre que está grávida de seu namo-
rado, um rapaz de 22 anos que acaba de
se desligar do tráfico de drogas para o
qual trabalhava na Rocinha, Rio de Janei-
ro, onde vivem. A gravidez não a impede
de continuar sendo a garota de sempre.
A possibilidade de um aborto nem passou
pela cabeça de Luana, 15 anos, quando
ela descobriu que estava grávida. Órfã de
pai, Luana vive com quatro irmãs e a mãe
em uma casa onde só há mulheres. Des-
de cedo ajuda a mãe a criar as irmãs mais
novas, e há meses vinha alimentando a
ideia de ter um filho “só para ela”.
Edilene não planejou nem evitou sua gra-
videz. Tampouco o fez sua mãe. Agora,
mãe e filha estão grávidas. Edilene espera
um filho de Alex, por quem é apaixonada.
Alex engravidou ao mesmo tempo sua
vizinha, Joice, de 15 anos. Edilene, aos 14
anos e grávida, já vai viver o drama de
um triângulo amoroso.
Ao longo de um ano a equipe acompa-
nhou o cotidiano destas quatro “meni-
nas-mães”.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2005 | Duração: 1:11’00″ | Direção e Produção: Sandra Werneck | Diretora
assistente: Gisela Câmara | Roteiro: Bebeto Abrantes | Produção executiva: Luís Antônio Sil-
veira | Fotografia e Câmera: Fred Rocha e Heloisa Passos | Som direto: Valéria Ferro | Monta-
gem: Fernanda Rondon | Edição de som e Mixagem: Denilson Campos | Música tema: José
Miguel Wisnik e Paulo Neves | Finalização de imagem: Fábio Souza.
[O]
O Veneno está na Mesa
O cineasta Silvio Tendler aprofunda a ques-
tão do uso abusivo de agrotóxicos no Bra-
sil, o país que mais se alimenta com vene-
no no mundo.
Entrevistas com agricultores, especialistas
em saúde, representantes da Anvisa e am-
bientalistas mostram a realidade
vivida no campo – fruto
de questões políticas e um lo-
bby poderoso das indústrias.
Produtos banidos há anos em
diversos países ainda encontram
mercado por aqui e os agriculto-
res perdem cada vez mais autonomia para
grandes corporações, que controlam as
sementes geneticamente modificadas e os
agrotóxicos.
“Os governos aceitam os agrotóxicos como
se fosse uma necessidade inevitável sem
perceber que tem aí uma
certa traição aos princípios
ligados à saúde humana e
da natureza”, diz Eduardo
Galeano, escritor uruguaio
entrevistado no documen-
tário.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2011 | Duração: 49’22″ | Fotografia e entrevistas: Aline Sasahara | Pesquisa
e Produção: Helene Pailhous | Roteiro: Sílvio Tendler | Produção Executiva: Ana Rosa Tendler.
O Segredo dos Lírios
Documentário sobre o amor incondicional
de 3 mães: Christiane, Estela e Vera. Reali-
zado em Novo Hamburgo/São Leopoldo
(RS), o filme traz o amor de mães por suas
filhas lésbicas em três casos de superação
das expectativas conservadoras da socie-
dade.
“Sempre levei o processo de aceitação que
eu e minha mãe tivemos como um exem-
plo. Desde então, pude aconselhar várias
amigas/meninas que resolveram “sair do
armário” mas não conseguiam abrir a ca-
beça de seus pais. Vi de perto histórias
horríveis, famílias que queriam manter
uma imagem bonita pra sociedade e den-
tro de casa faziam da vida de seus filhos
um verdadeiro inferno. Eu nunca tive a
oportunidade de conversar de perto com
uma mãe ou um pai assim, mas sempre
morri de vontade. Desde lá começou a
martelar na minha cabeça o que eu queria
que eles vissem e sentissem, o que poderia
fazer com que eles mudassem de ideia,
sem agredi-los e sem levantar nenhuma
bandeira”.
Depoimento de Brunna Kirsch, uma das direto-
ras do documentário.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2012 | Duração: 16′ | Direção: Brunna Kirsch e Cris Aldreyn | Dir. de Foto-
grafia: Roberto Valduga | Montagem: Eduarda Nedel | Produção: Francielle Pothin | Som:
Willian Soares.
Os Últimos Cangaceiros
Durante mais de meio século Durvinha e
Moreno esconderam sua verdadeira iden-
tidade até dos próprios filhos, que cresce-
ram acreditando que os pais se chamavam
Jovina Maria da Conceição e José Antônio
Souto, nomes falsos sob os quais haviam
reconstruído suas vidas.
Durvinha e Moreno fizeram parte do bando
de Lampião, o mais controverso líder do
cangaço. A verdade só é revelada quando
Moreno, então com 95 anos, resolver divi-
dir com os filhos o peso das lembranças e
reencontrar parentes vivos, entre eles seu
primeiro filho.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2013 | Duração: 1:19’00″ | Dire-
ção: Wolney Oliveira | Roteiro: Wolney Oliveira
| Produção: Bucanero Filmes e Corte Seco Filmes
| Elenco: José Antônio Souto (Moreno) e Jovina Maria da Conceição (Durvinha).
Ouvir o rio: uma escultura sonora de Cildo Meireles
A cineasta Marcela Lordy acompanhou o
artista plástico Cildo Meireles enquanto ele
captava o som das principais bacias hidro-
gráficas do país para a sua exposição RIO
OIR.
Eles viajaram da Foz do Iguaçu à Foz do Rio
São Francisco, passando pela Pororoca do
Macapá e pelo Parque das Águas Emenda-
das, no Distrito Federal. Depois disso, o
material foi levado a um estúdio para ser
combinado à cacofonia das gargalhadas
humanas.
Cildo tenta mostrar como a relação do
homem com a água amplia nossas percep-
ções, criando uma espécie de “escultura
sonora”.
Além disso, o artista chama nos chama à
atenção para temas ecológicos e a impor-
tância de preservar este elemento funda-
mental para a vida humana e não humana.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2012 | Duração: 1:19’00″ | Direção: Marcela Lordy |
Roteiro: Marcela Lordy e Thiago Dottori | Produção: Paulo Dantas e
Carol Dantas.
O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto
O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto apre-
senta um resgate da memória e da história
da comunidade religiosa do Caldeirão, lide-
rada pelo beato José Lourenço, que se or-
ganizava em moldes comunitários primiti-
vos.
Depois de alcançar grande progresso, a
comunidade localizada no município do
Crato, no Cariri cearense, foi destruída pela
polícia cearense e pelo bombardeio de
aviões, em 1936, deixando mais de 2 mil
camponeses mortos. A partir dos depoi-
mentos dos remanescentes e dos símbolos
da cultura popular, o filme faz uma refle-
xão sobre o poder, a liberdade e a luta pela
terra.
Ficha técnica:
Ano de produção: 1985 | Duração: 1:18’00″ | Direção e Produção: Rosemberg Cariry | Pesqui-
sa e Roteiro: Rosemberg Cariry e Firmino Holanda | Produção Executiva: José Wilton (Dedé),
Francis Vale e Teta Maia | Direção de Produção: Jefferson de Albuquerque Jr. e Robson Azeve-
do | Montagem: Manfredo Caldas e Carlos Cox | Fotografia: Ronaldo Nunes | Som Direto:
Chico Pereira (Bororo) | Assistentes de Direção: Firmino Holanda e Nirton Venâncio | Textos:
Rosemberg Cariry, Firmino Holanda e Oswald Barroso | Trilha Sonora: Cleivan Paiva | Arte:
Audifax Rios.
[P]
Patativa do Assaré: Ave poesia
A vida e a obra do poeta Patativa do Assa-
ré, a relevância dos seus poemas, o signifi-
cado político dos seus atos e a sua imensa
contribuição à cultura brasileira. Dono de
ritmo poético de musicalidade única, mes-
tre maior da arte da versificação e com um
vocabulário que vai do dialeto da língua
nordestina aos clássicos da língua portu-
guesa, Patativa do Assaré é a síntese do
saber popular versus saber erudito.
O poeta Patativa consegue, com arte e
beleza, unir a denúncia social e o lirismo.
Aço e rosa. Quem lê ou escuta sua poesia
pensa, emociona-se e conscientiza-se do
mundo, porque na sua poesia estão pre-
sentes todas as lutas e esperanças do povo;
estão reunidas palavras e ideias que se
erguem com a dignidade guerreira dos
justos, contra todas as formas de obscu-
rantismos e de exploração do homem.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2007 | Duração: 1:24’00″ | Roteiro, Direção e Montagem: Rosemberg Cariry
| Produção executiva: Petrus Cariry e Teta Maia | Fotografia: Jackson Bantim, Ronaldo Nunes,
Beto Bola, Kin, Rivelino Mourão, Luiz Carlos Salatiel e Fernando Garcia | Edição digital: Kin,
Débora Lima e Felipe Lobovsky | Edição de som e Finalização: Kin | Mixagem: Érico Paiva (Sa-
pão) | Produção de finalização: Severino Dadá | Coordenação de produção: Adriana Amaral e
Bárbara Cariry | Trilha sonora: Patativa do Assaré, Fagner, Pingo de Fortaleza e vários outros.
Pro Dia Nascer Feliz
Definido pelo próprio diretor como “um
diário de observação da vida do adolescen-
te no Brasil em seis escolas”, Pro Dia Nas-
cer Feliz flagra o dia-a-dia e adentra a sub-
jetividade de alunas e professores de Per-
nambuco, São Paulo e Rio de Janeiro.
As entrevistas são intercaladas com se-
quências de observação do ambiente das
escolas – meio, por sinal, bem pouco fre-
quentado pelo documentário.
Sem exercer interferência direta, a câmera
flagra salas de aula, esquadrinha corredo-
res, pátios e banheiros, testemunha uma
reunião de conselho de classe (onde os
professores decidem o destino curricular
dos alunos “difíceis”) e momentos de rela-
tiva intimidade pessoal.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2006 | Duração: 1:22’36″ | Direção, Edição e Roteiro: João Jardim
| Produção: Flávio R. Tambellini e João Jardim | Pesquisa e Colaboração no Roteiro: Renée
Castello Branco.
[Q]
40 Horas na Memória: resgate da experiência dos alunos de Paulo Freire em Angicos/RN
A partir da memória dos ex-alunos freireanos, o
documentário visa resgatar a experiência pio-
neira de alfabetização de jovens e adultos,
denominada Angicos 40 horas.
Passados 50 anos, os ex-integrantes do
Projeto Angicos 40 horas relembram a ex-
periência inédita na área da educação, com
a proposta de alfabetização de jovens e
adultos. A proposta é resgatar essa história
por meio da oralidade, com depoimentos
dos ex-alunos, hoje idosos com idade aci-
ma de 70 anos. O cenário para o documen-
tário é a cidade de Angicos, mais especifi-
camente, o ambiente familiar de cada inte-
grante do projeto.
Os idosos fazem um recorte histórico de
como aconteceu e o que representou o
projeto em suas vidas. As memórias dos
idosos, bem como o resgate das marcas do
tempo, serão valorizadas nesse documen-
tário.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2013 | Duração: 30’00″ | Direção: Passos Júnior | Roteiro: Passos Júnior e
Renata Jaguaribe | Fotografia: Eduardo Mendonça | Edição: Diego Faria | Produção: Amanda
Freitas | Assistentes de Produção: Higo Lima, Vanessa d’Oliviêr, Valéria Dantas e Cinara Ribeiro
| Trilha Sonora: Carlos Zens | Participação Especial: Hílton Mangabeira (poeta cordelista).
[S]
Sob Vinte Centavos
Sob Vinte Centavos retrata de forma crítica
as manifestações ocorridas em junho de
2013 em São Paulo que culminaram com a
revogação do aumento de vinte centavos
da tarifa de ônibus.
O documentário conta com entrevistas de
diversos manifestantes, membros do Mo-
vimento Passe Livre (MPL), Lúcio Gregori
(ex-secretário de Transportes de São Pau-
lo), Marilena Chauí (filósofa e professora
da USP), Marcelo Feller (jurista) e diversas
outras pessoas.
Com legendas em inglês e espanhol, Sob
Vinte Centavos foi produzido de forma
totalmente independente por Gustavo
Canzian e Marco Guasti, membros do Mo-
vimento Urbano de Diálogo Audiovisual
(MUDA).
Ficha técnica:
Ano de produção: 2013 | Duração: 45′00’’ | Direção: Gustavo Canzian e Marco Guasti | Rotei-
ro: Gustavo Canzian e Marco Guasti | Produção: Gustavo Canzian e Marco Guasti.
ACERVO ESPECIAL
[A]
A Corrente do Bem
Eugene Simonet (Kevin Spacey) é um pro-
fessor de Estudos Sociais que em todo iní-
cio de ano letivo propõe um desafio às
classes: observar o mundo à sua volta e
concertar aquilo que não gosta.
Ele nunca achou que algum de seus alunos
pudesse levar à sério, até ouvir a ideia de
Trevor (Haley Joel Osment, que aos 12
anos dá um banho de interpretação).
O garoto propõe uma espécie de corrente
da caridade: cada um faz um favor a três
pessoas e cada uma dessas três faz carida-
de a mais três, e assim por diante.
Trevor resolve colocar seu projeto em prá-
tica, a começar por sua mãe, Arlene (Helen
Hunt), alcoólatra que mantém dois empre-
gos para sustentar o filho. O que o menino
não esperava é que a corrente fosse chegar
tão longe, a ponto de um repórter seguir o
rastro da corrente até encontrar Trevor.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2000 | Duração: 1:55’00″ | Diretor: Mimi Leder | Elenco: Kevin Spacey, Jim
Caviezel, Helen Hunt, Haley Joel Osment, Angie Dickinson, James Caviezel, Jay Mohr, Jon Bon
Jovi | Produção: Peter Abrams, Paddy Carson, Robert L. Levy | Roteiro: Leslie Dixon | Fotogra-
fia: Oliver Stapleton | Trilha Sonora: Thomas Newman.
[C]
Como Estrelas na Terra: toda criança é especial
Uma lousa de sala de aula preenchida por
números e letras misturados e, na frente
dela, professoras típicas anunciando as
notas de seus alunos.
Aqueles que tiveram bom desempenho
ganham um sorriso de satisfação, e aquele
que sempre vai mal recebe uma expressão
de decepção.
Assim inicia-se o filme que nos apresenta,
através da história de um menino com
dislexia, o sofrimento pelo qual uma crian-
ça em idade escolar pode passar, cercada
de pessoas incapazes de entender o que se
passa com um outro, especialmente quan-
do este é uma criança.
“Como Estrelas na Terra” é dirigido pelo,
até então, ator e produtor Aamir Khan e
nos mostra as negligências, falta de cuida-
do e de atenção com a maioria das crian-
ças. Em especial, mostra o real papel do
educador para a formação de um novo ser.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2007 | Duração: 2:35’00″ | Direção: Aamir Khan | Elenco: Aamir Khan (Ram
Shankar Nikumbh), Darsheel Safary (Ishaan Awasthi), Tanay Chheda (Rajan Damoda-
ran), Alorika Chatterjee (Science Teacher), Aniket Engineer (Young Yohan).
[E]
Ensaio sobre a Cegueira
Um filme envolvente, que intriga tanto
quanto o livro homônimo do escritor por-
tuguês José Saramago, que o inspirou.
Dirigido por Fernando Meirelles, com co-
produção de Brasil, Japão e Canadá, o lon-
ga conta a história de uma inédita e inex-
plicável epidemia de cegueira que atinge
uma cidade.
À medida que os afetados são colocados
em quarentena e os serviços oferecidos
pelo Estado começam a falhar, as pessoas
passam a lutar por suas necessidades bási-
cas, expondo seus instintos primários.
Nesta situação a única pessoa que ainda
consegue enxergar é a mulher de um mé-
dico (Julianne Moore), que juntamente
com um grupo de internos tenta encontrar
a humanidade perdida.
Ficha técnica:
Ano de produção: 2008 | Duração: 2:00’00″ | Direção: Fernando Meireles | Roteiro: Don
McKellar, baseado em livro de José Saramago | Produção: Andrea Barata Ribeiro, Niv Fichman
e Sonoko Sakai | Música: Marco Antônio Guimarães | Fotografia: César Charlone | Desenho de
Produção: Matthew Davies e Tulé Peake | Direção de Arte: Joshu de Cartier | Figurino: Renée
April | Edição: Daniel Rezende.
Escola de Políticas Públicas e Cidadania Ativa | EPUCA
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