Persuasão racional e manipulação ou os dois usos da retórica
• Catarina Teixeira nº5;
• Fátima Costa nº7;
• Joana Pinto nº10.
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Introdução
No discurso retórico-argumentativo está sempre presente a intenção de influenciar aqueles a quem se dirige , levando-o a aderir ao ponto de vista que se considera a melhor e a adotar o comportamento que se considera preferível. E para isso recorre-se a duas estratégias: a persuasão e a manipulação.
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Recorda
O que é a retórica?
Retórica é a aptidão de considerar o que pode ser adequado para persuadir. Habitualmente, significa tanto a arte da persuasão como a disciplina que exerce sobre essa arte. Abrange atitudes não dedutivas e é o objeto de estudo da lógica informal. É definida, também, como arte da palavra ou arte de bem falar.
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Persuasão racional e manipulação
O que é a persuasão racional?
A persuasão (do latim “persuadere”) consiste numa situação comunicacional que visa operar uma mudança de comportamento do auditório. Aquele que persuade procura respeitar os direitos do auditório. Abarca argumentos racionais e emocionais.
Ex.: A lotaria (pode ser um exemplo de persuasão); A publicidade para compra de bilhetes de festivais.
O que é a manipulação?
A manipulação é um ultrapassar de certos limites. Não existe uso da retórica, mas sim um abuso dela. Ignora as razões e as estratégias que visam o conhecimento e aposta na sedução e sugestão. Esta atua de forma astuta, explorando as fraquezas do auditório ao iludi-lo e ocultando muita informação. O significado original está relacionado com a ideia do que pode ser contido na mão.
Ex.: Publicidade enganosa; Propaganda política.
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Persuasão ou bom uso da retórica
Visa operar uma mudança no comportamento;
Pretende levar em conta os legítimos interesses do auditório, tendo em vista a procura da verdade;
Utiliza estratégias que validam o convencimento –ênfase das razões;
O auditório adere livremente à tese do orador.
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Manipulação ou o mau uso da retórica
Visa operar uma mudança no comportamento (tal como a persuasão);
Não manifesta o propósito de respeitar os interesses do auditório não aceitando opiniões nem críticas vindas do auditório;
Utiliza estratégias que têm por base a sedução e a sugestão, tendo em intenção o controlo do auditório;
A mensagem é imposta, não havendo liberdade na adesão por parte do auditório à tese do orador;
É uma forma de persuasão intelectualmente desonesta.
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“Manipular consiste emparalisar o juízo e em tudofazer para que o recetor abraele próprio a sua porta mentala um conteúdo que de outromodo não aprovaria” –Philippe Breton
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Há dois tipos de manipulação: manipulação dos afetos e manipulação cognitiva.
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Manipulação dos afetos Manipulação cognitiva
Sedução pela pessoa:Sedução pelo recurso a
comportamentos e atitudes (falsas) que possam impressionar o auditório.
Enquadramento mentiroso:Mente-se acerca de factos ou
apresentam-se de uma forma que induz à distorção, tomando-se o falso por
verdadeiro ou vice-versa.
Sedução pelo estilo:Recurso às figuras de estilo para fugir
ao conteúdo do discurso e impressionar pela forma.
Reenquadramento abusivo:Orientam-se o factos de forma a deformar a realidade, induzindo à
ilusão.
Esteticização da mensagem:Recurso frequente à arte por forma a
seduzir.
Enquadramento coercivo:Dissimulam-se factos, cria-se uma
situação de aceitação de uma primeira mensagem, sendo uma armadilha.
Recurso ao medo:Cria-se uma situação de medo pelo uso abusivo da autoridade, que acaba por
funcionar como condicionadora.
Amálgama:Mistura da mensagem com elementos exteriores, sugerindo-se uma conexão
entre ambos.
Repetição da mensagem:Repetem-se palavras, ideias, sons ou imagens de forma a parecer aceitável.
Hipnose e sincronização:Constrói-se uma relação com o auditório
a partir da sincronização de gestos, ritmo de voz, tom para atingir o
vocabulário, ideias e conceitos. A certa altura, a pessoa hipnotizada torna-se
incapaz de resistir à entrada da mensagem no seu espírito.
Recurso ao tato:O contacto físico pode ser utilizado com
intuito de aumentar a adesão à mensagem.
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Comenta a seguinte afirmação:
“Não é a retórica que manipula, mas o manipulador.”
Apesar da manipulação fazer parte de uma dasmaneiras de persuadir um auditório pela retórica, nãoé a retórica que manipula, mas sim o manipulador, ouseja, o que discursa, pois a retórica apresenta o seubom uso pela persuasão racional, mostrando que aretórica consegue ter “duas facetas”, não sendo ela apersuasora ou manipuladora.
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Exemplos de persuasão racional
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Exemplos de manipulação
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Exercício:
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Manipulação
Manipulação
Exercício:
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Persuasão Racional
Persuasão Racional
Conclusão
O desenvolvimento dos meios de comunicação e dastécnicas de marketing levaram a um aumento damanipulação em geral. Estes produtos tentam manipularo auditório a aceitar uma falsa verdade, ou seja, aacreditarem em algo que na realidade não transmite oque diz.
Ex.: Publicidade enganosa em que nela estãoincorporados os produtos dietéticos, entre outros.
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Conclusão
A propaganda política enquadra-se perfeitamente no tema da manipulação, pois estes, quando se encontram nas eleições, prometem mundos e fundos sabendo que não o poderão fazer, apenas para tentar mudar a opinião das pessoas para atingir o seu fim, que é ganhar as eleições.
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Conclusão
Também na internet aparecem anúncios enganosos que são mais um exemplo de manipulação, são em maior número sobre perda de peso devido ao aumento de obesidade, ou então sobre a oferta de carros ou equipamentos tecnológicos, devido ao peso que agora estes representam na sociedade.
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