IV CONGRESSO SERGIPANO DE HISTÓRIA & IV ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA DA ANPUH/SE
O CINQUENTENÁRIO DO GOLPE DE 64
PELAS VIELAS DE SIMÃO DIAS: CONHECENDO SUAS
MEMÓRIAS POR MEIO DE SEU PATRIMÔNIO
ARQUITETÔNICO
Daniela Santos Silva1
INTRODUÇÃO
O patrimônio Cultural de um lugar compreende aspectos que conduzem a um
elo entre a memória coletiva e a identidade cultural, sendo agentes que possibilitam a
continuidade do sentimento de pertencimento do indivíduo a um lugar, a um povo e
suas práticas culturais.
As ruas de uma forma geral são locais que refletem as experiências e
expectativas de seus moradores. As construções que as cercam são capazes de abrigar
diversas funções que compreendem períodos históricos diferentes, como
estabelecimentos comerciais, moradias e até mesmo fábricas. Ao passear por uma rua é
possível reconhecer as mudanças físicas ocorridas e as permanências de características
que podem ser consideradas importantes em relação a períodos anteriores. As moradias
em especial podem revelar o comportamento das pessoas, o status social familiar e a
moda prevalecente em sua época de construção.
Simão Dias, uma cidade interiorana do Estado de Sergipe e localizada a 104 km
da Capital, resguarda um belíssimo e interessante patrimônio material arquitetônico
situado entre o século XIX e XX. Essas construções resistiram ao processo de
transformação e urbanização que envolve a cidade, e marcam um período de
prosperidade econômica da região e a passagem de importantes vultos políticos da
1 Especialista em Ensino de História: Novas Abordagens ( FSLF), é também Especialista em Docência e
tutoria em EAD (UNIT). Graduada em História ( UNIT) e Graduanda em Museologia ( UFS) . A autora
atualmente é Professora de História da Rede Pública e Privada de Ensino e Professora Tutora do curso de
Licenciatura em História( UNIT) . e-mail: [email protected]
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história do referido município, além de serem testemunhas de diversos fatos históricos
recorrentes a memória simaodiense.
A expressão memória coletiva surgiu em 1925, a partir de Maurice Halbwachs,
ao buscar “demonstrar que o social está inscrito na memória individual, assim como a
memória está inscrita no coração mesmo da sociedade. Para ele, a memória mais
individual é social, pois seus quadros são feitos de noções que refletem uma
significação social e a visão de mundo de um grupo” (HORTA e DEL PRIORE, 2005,
p. 06).
A identidade cultural e a memória se relacionam de forma mútua. A
memória é um elemento essencial da identidade e contribui para a formação da
cidadania. Almeida enfatiza que
A preservação da memória, dos lugares da memória e dos objetos da
memória nos conecta com todos os tempos, o passado, o presente e o
futuro. A preservação do patrimônio cultural é também, uma questão
de cidadania- temos o dever de preservar o que os homens de outros
tempos nos deixou, cuidar de tudo o que criamos e tudo o que
poderemos deixar para as gerações futuras. (ALMEIDA, 2010, p.19.
Para compreensão do tema proposto torna- se necessário analisar e mapear o
patrimônio arquitetônico localizado no município de Simão Dias, percebendo as suas
características físicas, suas funcionalidades ao longo de sua existência bem como sua
ligação com a memória coletiva e o sentimento de pertencimento e identidade do povo
simaodiense.
O patrimônio arquitetônico de Simão Dias tem passado por alguns problemas,
como a ausência de política de preservação por parte do Estado e não conscientização
de parte da população, em especial alguns proprietários dos bens em relação ao valor
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histórico importância dos bens materiais. Inúmeras construções já não existem, pois
foram sendo substituídas ao longo do tempo, por edificações mais modernas, sendo que
em algumas ruas percebe-se claramente a descaracterização do conjunto arquitetônico.
Como método de pesquisa foi utilizada a coleta de dados nas residências
localizadas nas primeiras ruas que surgiram na cidade, pesquisa bibliográfica nos livros
de Carvalho Déda e Jorge Barreto, que retrata aspectos relevantes da história do
município de Simão Dias e observação da fachada das residências para identificar os
estilos arquitetônicos e possíveis datações que remetem a construção das mesmas.
Foi utilizado também o método iconográfico ao analisar fotografias do início do
século XX para perceber as mudanças ocorridas no estilo arquitetônico da cidade no
decorrer dos anos. Utilizarei de uma abordagem qualitativa ao longo do trabalho para
que possamos compreender a relação entre o patrimônio arquitetônico e a história local.
Breve Histórico de Simão Dias: As origens do município
O local onde a cidade de Simão Dias se encontra foi há alguns séculos uma
povoação de índios que fugiam das expedições colonizadoras do Governador do Norte,
Luis de Brito. No período da conquista de Sergipe por Cristóvão de Barros, alguns
grupos indígenas fugiram do litoral, para o interior do território. Os tapuias se
estabeleceram nas proximidades do rio Caiçá, que foi batizado por esse nome devido a
caiçara erguida por tais índios, conforme escreve Carvalho Déda em seu memorável
Simão Dias: Fragmentos de sua história.
Os tapuias permaneceram ali até que os holandeses invadissem Sergipe. Esse
fato histórico afetou a vida de alguns personagens dessa história. Com a invasão
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holandesa, surge a determinação de conduzir os rebanhos até as margens do Rio Real.
Contudo, o proprietário baiano Braz Rabelo possuidor de rebanhos nas terras da atual
cidade de Itabaiana, resolveu esconder seu gado nas terras das matas à beira do Rio
Caiçá. Incubindo o seu vaqueiro de nome Simão Dias, responsabilidade pela condução
do gado até a referida localidade. Segundo Carvalho Déda, Simão Dias seria o
responsável pelas primeiras instalações que deram origem a cidade. Onde construiu uma
espécie de vendola que servia de estalagem para as pessoas que por ali passavam, no
entanto não há vestígios evidentes dessa construção. “Simão Dias morreu na
obscuridade, sem descendentes; não se sabe como e onde” (DÉDA: 1967, p.30).
O nome do município é uma homenagem ao referido vaqueiro, apesar de fontes
históricas trazerem algumas controvérsias quanto ao seu sobrenome, pois alguns alegam
ser Simão Dias Fontes o sesmeiro das terras em questão enquanto outros apontam a
existência de um Simão Dias Francês, e há ainda um terceiro sem sobrenome. Mas o
fato é que foi um vaqueiro de nome Simão Dias que deu inicio a seu processo histórico
como aponta Felisbelo Freire “Os terrenos onde está edificada hoje (1891) a Vila de
Simão Dias foram doadas a Simão Dias Fontes, Cristóvão Dias e Agostinho da Costa”.
(FREIRE: 1997, p.322).
Antes de ser vila, o atual município foi constituído como Freguesia, pela Lei de
6 de fevereiro de 1835, desmembrando-se da Freguesia de Lagarto. A capela que
motivou a sua criação data de 1655, conforme defende alguns historiadores. Devido ao
progresso da Freguesia o governo da Província baixou em 15 de março de 1850, o
decreto que elevou à categoria de vila com o nome de Senhora Sant’Ana de Simão Dias.
Simão Dias passou da categoria de Vila para a de Cidade em 12 de Junho de
1890, por decreto do presidente do Estado Felisbelo Freire, sob o argumento que a
mesma possuía uma população consideravelmente grande para a época- 10.984 pessoas,
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um comércio próspero, e a existência de uma comarca recém criada. Com base nesses
argumentos a Vila foi emancipada do município de Lagarto. .
Um Patrimônio de muitas histórias
Ao longo de seu processo histórico, as ruas de Simão Dias foram se
transformando e recebendo características predominantes em cada época. As suas
primeiras ruas ainda guardam resquícios desse processo, com casarões do final do
século XIX e inicio do século XX. Alguns preservados e outros sofrendo as ações do
tempo e abandono. Apesar da ausência de trabalhos envolvendo o seu patrimônio
material ainda é possível perceber traços de sua história a partir de suas construções.
Em meados do século XVIII, surgiu nas terras do Caiçá, como era chamada a
região, um engenho de propriedade do Sr. Geraldo José de Carvalho nas terras de seu
pai Manuel de Carvalho Carregosa. Conforme menciona DÉDA:
O novo engenho, favorecido pela situação geográfica, pois situado na
boca do sertão, atraía os sertanejos para o comércio do açúcar, o que
assegurava a prosperidade. A influencia dos sertanejos conduziu
Domingos José de Carvalho a abrir, perto do engenho, uma casa de
negócio, com sortimento de utilidades. Constituiu grande atração.
Uma feira semanal passou a funcionar debaixo de um frondoso
gameleiro. Era o nascimento da cidade que não quis ficar engenho. (
DÉDA: 1967,p.33)
Os pais de Geraldo, que eram muito religiosos em especial a sua mãe, sentia a
necessidade de que seus descendentes ficassem próximos da religião daí a necessidade
de construção de uma capela. E assim foi feito a doação das terras e gado para a
construção da capela em homenagem a Senhora Santana, que era a santa de devoção de
dona Ana Francisca de Menezes, sendo concluída em 1785.
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Por volta do ano de 1870 no lugar da capela foi erguida a Igreja Matriz de
Senhora Santana com a ajuda do Governo Provincial, Não foi possível encontrar
registros das características e dimensões que a Igreja tinha nesse período, entretanto a
Figura 01 traz em seu lado esquerdo o que seria uma parte dessa igreja, apresentando
possíveis características de uma simples igreja a moda do estilo colonial com uma
pequena torre, com sino na lateral e portas de estrutura simples. Podemos observar que a
Praça não possuía calçamento e o homem de preto à frente se trata do Barão de Santa
Rosa.
Figura 01: Praça da Igreja Matriz, por volta de 1880.
Fonte: http://www.marcelodomingos.com.br/antigas.html acesso em 19/01/2011.
Em 06 de janeiro de 1910 foi inaugurado a nova Igreja Matriz, construída e
doada pelo Cel. Sebastião da Fonseca Andrade e sua esposa D. Ana Freire, que algum
tempo depois recebeu o título de Barão de Santa Rosa devido esse feito. A Igreja passou
a ter duas torres em estilo neogótico, uma nave central e duas naves laterais, conforme
se observa na Figura 02:
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Figura 02: Igreja Matriz de Senhora Santana em 1920.
Fonte: http://www.marcelodomingos.com.br/antigas.html acesso em 19/01/2011.
“A nova Matriz, de bonita fachada e altos campanários, devido a erros de cálculo
cometidos pelo engenheiro responsável pela edificação apresentou, poucos anos depois,
entre as duas torres, enormes rachaduras” (MATOS, 2007, p.48). Preocupado com a
possibilidade de um desabamento das torres e um possível acidente, o Cel. Sebastião da
Fonseca Andrade fez mais uma doação para que fosse possível a reforma da Igreja, e
com a ajuda dos donativos, colaboração do governo do então Gracco Cardoso e venda
de terrenos do patrimônio de Senhora Santana a reforma foi realizada.
A igreja passou a ter uma nave central e uma única torre em estilo neogótico,
talvez para redução de custos, porém uma torre pequena, que foi reconstruída na década
de 50, assumindo suas características atuais.
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Figura 03: Igreja Matriz de Senhora Santana nos dias atuais.
Fonte:http://www.marcelodomingos.com.br/antigas.html acesso em 19/01/2011
Com o intuito de fazer crescer mais a povoação, e ainda pela
inconveniência da concentração nas proximidades da Capela, à
sombra de um pé de gameleiro, a feira foi mudada, com o
assentimento de todos, para um local mais abaixo, na direção da
estrada do Tanque Nôvo. ( DÉDA: 1967,p.49)
A mudança da feira acarretou em algumas transformações na então Freguesia, o
que antes se resumiam as algumas residências e alguns estabelecimentos comerciais
existentes no entorno da capela, passou a ter mais uma rua em direção a estrada do
tanque novo, atual rua Olímpio Campos. Nesse contexto é provável que tenham sido
construídos alguns estabelecimentos comerciais, dos quais ainda existe duas
construções com características provenientes do século XIX , as demais sofreram
transformações ao longo do tempo, não restando nenhum resquício das edificações
anteriores a exceção do sobrado do seu Janjão protegido pelo artigo 2º da lei
Municipal nº 305/04. As ruas que surgiram nas proximidades da feira, (Rua Cônego
Andrade e Rua Cícero Guerra) são estreitas, dificultando o acesso de vários meios de
transporte, na época em que foram sendo construídas as residências não havia esse tipo
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de preocupação, pois o principal e único meio de transporte que circulava eram animais
e carroças.
Não foi possível conseguir registros da data de construção do sobrado, porém a
partir de suas características arquitetônicas e sua localização é possível perceber que
poderia ter se tratado de um estabelecimento comercial construído no período em que a
feira se localizava nessa mesma rua, ou até mesmo anterior a ela. A Figura 04 mostra o
sobrado em data atual.
Figura 04: Sobrado da Rua Olímpio Campos, antigo Sobrado de Seu Janjão.
Fonte: Daniela Santos Silva
A Figura 05 apresenta características do tipo de construção utilizada no século
XIX. São pouquíssimas as casas ainda existentes relacionadas ao inicio do processo de
urbanização da cidade, a partir da Figura 06, é possível perceber os detalhes do telhado
de outra residência situada na Rua Olímpio Campos, possuindo características em estilo
colonial, provavelmente ainda do século XIX.
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Figura 05: Casas na Rua Cônego Andrade Figura 06: Detalhes do telhado de casa do Séc. XIX
na Rua Fonte: Daniela Santos Silva Soares Olímpio Campos
Fonte: Daniela Santos Silva Soares
São pouquíssimas as casas ainda existentes relacionadas ao inicio do
processo de urbanização da cidade, a partir da Figura 06, é possível perceber os
detalhes do telhado de outra residência situada na Rua Olímpio Campos, possuindo
características em estilo colonial, provavelmente ainda do século XIX.
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A casa do Sr. Antonio Alexandrino, político simaodiense, localizada na Rua
Cônego Andrade, carrega traços da arquitetura neogótica, com sua porta frontal e
janelas em formato de ogiva, construída por volta de 1890 possui as cinco janelas com
detalhes talhados em madeira e envidraçados à moda do seu tempo, como mostra a
Figura 07:
Figura 07: Casa que pertenceu ao Sr. Antonio Alexandrino
Fonte: Daniela Santos Silva Soares
Na Rua Cônego Andrade havia também a casa do Sr. Antonio Alexandrino
Filho, na década de 50 funcionou como caiçara clube, local de festas e grandes eventos.
Nas décadas posteriores entrou em decadência, e seu prédio foi se deteriorando através
da ação do tempo, até que foi demolido. Em seu lugar foi construída a Sede da Igreja
Internacional da Graça de Deus e casas de aluguel, ficando a Figura 08, um registro de
sua existência.
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Figura 08: Casa do Sr. Antonio Alexandrino Filho
Fonte: http://www.marcelodomingos.com.br/antigas.html acesso em 04/01/2011
Figura 09: Baile no Cayçara Club, década de 60 .
Fonte: http://www.marcelodomingos.com.br/antigas.html acesso em 04/01/2011
No ano de 1847 surgiu um movimento com o intuito de promover mais uma
mudança do local da feira, encabeçado pelo Cel. Francisco Antônio de Loiola, homem
empreendedor e a frente de sua época, como menciona Carvalho Déda em sua obra, a
feira de Simão Dias mais uma vez é alterada de lugar, passando a ser na estrada das
Caraíbas que hoje recebe o nome de Avenida Coronel Loiola, possibilitando que nova
rua fosse aberta enquanto novas residências e casas comerciais surgissem.
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A mudança da feira causou alguns debates e discussões, estas sendo levada até o
imperador D. Pedro II que teve que resolver a situação, e em 1849 depois de idas e
vindas ficou estabelecido que a feira se realizasse na praça de frente a casa do finado
Simão Correia Pimentel, na estrada da Caraíbas. É interessante pensar na questão
política e econômica que se relaciona com a mudança da feira, a medida que a feira é
transferida enquanto novas ruas vão surgindo, algumas casas passavam a ser mais
valorizadas enquanto outras perdiam o seu valor imobiliário.
O Escritório dos Srs. José Barreto de Andrade & e Cia, foi inaugurado em 1916.
Considerada uma casa soberba, com estoque variado de tecidos e artigos correlatos, que
importava das maiores lojas do país. Jorge Barreto Em sua obra destaca:
“O PRÉDIO MAIS “CHIC” E MAIS IMPORTANTE DA NOSSA
URBS.”
Acaba de ser construída a rua coronel Loyola, o prédio de mais arte
que, até hoje, vem de ser construído nesta cidade. “É ele de
propriedade dos Srs. José Barreto & Cia. E foi construído pelo exímio
artista Sr. Pedro Piedade. (MATOS: 2005,p.15)
O proprietário foi um importante nome da história simaodiense, onde além de
comerciante foi um militante político do Partido Republicano Conservador de Sergipe.
A obra em questão possui inúmeros detalhes que embeleza seu estilo arquitetônico.
Porém não se encontra protegido por nenhuma lei nas três esferas e se encontra em
estado de deterioração. Quem passa pela Avenida Coronel Loiola hoje, passa muitas
vezes despercebida a presença dessa construção, no passado considerado o prédio mais
luxuoso da cidade e na atualidade, talvez o mais abandonado em alguns aspectos, como
se pode notar na figura 10.
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Figura 10: Loja de seu Josino,na Av. Cel. Loiola
nos Figura 11: Escritório dos Srs. José Barreto de Fonte: Daniela Santos Silva Soares
Andrade & e Cia
Fonte: Acervo Público do Memorial de Simão
Dias.
Em 1835 o Presidente da província tratou de construir uma casa de prisão na
povoação de Simão Dias, única obra pública realizada por essas épocas, visto que a
povoação se desenvolvia e crescia devido o interesse particular de seus moradores. Há
essas épocas não havia sequer calçamento nas ruas.
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Figura 12: Delegacia Municipal de Simão Dias Figura13: Biblioteca Pública Municipal e
Memorial de Fonte: http://www.marcelodomingos.com.br
Simão Dias
Acesso em 10/01/2014 Fonte: http:// WWW.marcelodomingos.com.br.
Acesso . em 10/01/2014
Em 15 de março de 1850 Simão Dias emancipou-se de Lagarto e foi elevada a
categoria de Vila. Nesse período Sergipe sofreu epidemia de Cólera Mórbus e houve a
construção de cemitérios em vários municípios, inclusive em Simão Dias, é de 1868 o
cemitério São João Batista.
Em 1909 foi reinaugurado, adquirindo sua característica atual, o artista
responsável foi Raphael Freitas.
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Figura 14: Entrada do cemitério São João Batista
Fonte: Daniela Santos Silva Soares
O Mercado Municipal, que era situado na avenida Cel. Loiola foi inaugurado em
1889, permanecendo neste local até o início da década de 90, quando foi transferido
para a Rua José Avelino de Oliveira, quando da construção do atual mercado municipal,
que atualmente também comporta a feira que acontece as quartas e sábados. No segundo
mandato do Sr. José Matos Valadares, o espaço foi transformado em clube, onde
acontecem alguns eventos públicos e particulares, tais como festas de casamento,
aniversário, reuniões e encontros, o nome escolhido foi Cayçara Club e homenagem ao
clube que deixou de existir décadas anteriores.
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Figura 15: Mercado Municipal de Simão Dias, em
Fonte: http://www.marcelodomingos.com.br/antigas.html,acesso em 12/12/2010
Figura 16: Cayçara Club nos dias atuais.
Fonte: Daniela Santos Silva Soares
A casa do Sr Nelson Pinto de Mendonça foi testemunha de episódio impar da
política local quando nos primeiros anos da República ocorreu uma séria luta política,
em torno dos livros de atas da câmara municipal. O episódio ficou conhecido como o
tiroteio do sobrado.
O Sr. Cel. José Zacarias de Carvalho, o nono Zacarias, chefe político de muito
prestígio na região que não se conformou com a deposição do intendente Cel. Manuel
da Cruz Andrade, conhecido como Manuel Munganga, seu aliado, levou para a sua
residência as atas, e seus adversários para consegui-las de volta para poder fazer a
deposição foi necessário requisição do juiz de direito, mesmo assim Nonô Zacarias que
não era de recuar prosseguiu e foi necessária a vinda da Força Federal.
Ocorreu assim um duelo entre a guarda municipal, chamados de locais e os calça
vermelha do governo, terminando com a retirada do líder político para o engenho olhos
d água onde ficou encurralado. “A frente do sobrado ficou toda crivada de balas.
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Durante muitos anos, até a reconstrução pelo proprietário sucessor, o Sr. João Pinto de
Mendonça, a sua frontaria atestava a histórica batalha.” (DÉDA: 1967 p.64)
A atual fachada do sobrado carrega características do estilo arquitetônico
eclético, Com base na Figura 01 podemos perceber algumas das características do
sobrado no período anterior ao tiroteio, e a Figura 17 apresenta as modificações sofridas
no sobrado depois da reforma.
Figura 17: Casa do Sr. Nelson Pinto de Mendonça
Fonte: Daniela Santos Silva Soares
Em 1896, Simão Dias, já emancipada politicamente recebe uma visita não muito
comum, a de um senhor, que mais tarde ficaria conhecido como Antonio Conselheiro.
Desejou celebrar missa, mas o vigário não permitiu, e sendo recebido com nenhuma
hospitalidade seguiu viagem em direção a Vila do Coité, atual Paripiranga, de onde
também não encontrou hospitalidade, então seguiu a sua viagem em direção a Bahia.
Tempos depois as tropas do Governo chegam a Simão Dias se instalando, onde hoje é a
Praça Lucila Macedo Déda. Com a campanha de Canudos, Simão Dias se tornou
entreposto comercial, oferecendo víveres às tropas do governo.
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Com os lucros advindos da campanha contra Canudos, o Sr Pedro Freire
construiu em 1920, uma das mais belas residências da cidade à sua época e na
atualidade. Inspirado em um modelo que tinha visto em uma de suas viagens a cidade
de São Paulo. Viveu com esposa, a popular Dona Marrocas até a sua morte, lá
realizaram memoráveis festas e receberam inúmeras personalidades,
tais como governadores, secretários de estado, deputados, senadores,
juízes, desembargadores, intelectuais, altas patentes do Exército,
bispos, monsenhores, cônegos e padres como aquele Dom Avelar
Brandão Vilela que depois veio a ser cardeal Primaz do Brasil. (
MATOS, 1991,p.06)
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Figura 18: solar da família Freire de Carvalho Figura 19: Lateral do Solar Freire de Carvalho
Fonte: Daniela Santos Silva Soares Fonte: Daniela Santos Silva Soares
Construída em Cal e pedra, com estilo eclético³. Com portão lateral que dá
acesso a um jardim, e este por sua vez através de escadarias se tem acesso a casa
principal e ao escritório localizado ao lado esquerdo da casa. Tem cor predominante
Branco e algumas esculturas no alto da fachada.
No final da década de 80 foi adquirido pelo Sr Manuel Ferreira de Matos quando
prefeito da cidade, e permanece na família na atualidade. Suas esculturas chamam a
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atenção de todos, e se encontra em ótimo estado de conservação devido cuidados dos
proprietários.
A Residência do Barão de Santa Rosa, assim como as demais, tem também seu
valor histórico. Construída no inicio do século XX, foi erguida no local onde antes
havia um engenho da família doadora da capela de Senhora Santana. Apresenta
características arquitetônicas em estilo eclético, possui duas entradas, sendo uma lateral
, que dá acesso a um jardim e ao interior da casa. O piso interior é em madeira, e ainda
preserva alguns móveis e objetos de época, além de quadro a óleo do Barão e Baronesa
de Santa Rosa. Sua cor original era branca. Sendo restaurada em 2001.
________
³ estilo arquitetônico vigente na época de sua construção que aflorava por todo o país.
Figura 20: Antiga residência do Barão de Santa Rosa, atualmente pertence a Alberto de
Carvalho.
Fonte: Daniela Santos Silva Soares
Preocupado com questões estéticas o então Intendente de Simão Dias, o Cel
José Barreto de Andrade procurou modificar o estilo arquitetônico da cidade,
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Não permite aquelas goteiras, estilo colonial deitando água para a rua,
em cima dos transeuntes enfeiando as casas. Assim necessite o prédio
de qualquer reparo, e o fiscal ordena faça de platibanda a frente,
obedecendo a uma orientação segura. Dessa forma Simão Dias, hoje
Anápolis, mudando de nome, mudou também de vestimenta. (Jornal o
“SERGIPE” – 30.10.1927)
A fundação do Grupo Escolar Fausto Cardoso em 02 de abril de 1925, dá início
a uma nova etapa na história da educação simaodiense, pois antes os primeiros estudos
eram realizados em Lagarto.
No período do processo de instalação do grupo escolar, a cidade era denominada
Anápolis. Apesar do jornal oficial do Estado reconhecer que essa cidade deveria se
chamar Simão Dias. Em sua monografia Verônica Silva coloca que
Para homenagear tal personalidade, o governo tinha a intenção de dar
seu nome a instituição de ensino de Annapólis. Essa deveria ser
inaugurada como grupo escolar “Simão Dias”, no entanto faltando
alguns meses para inauguração do grupo as autoridades envolvidas
acharam por bem homenagear uma figura mais atuante na política
sergipana, e assim através do ato nº 8, de 10 de janeiro de a925, o
grupo escolar “ Simão Dias” passou a denominar-se, Grupo Escolar
fausto Cardoso, este representava com mais clareza aos ideais
republicanos. ( SILVA: 2009,p.16)
A fachada do grupo escolar não foi modificada, e ainda preserva a águia que era
o símbolo do governo Gracco Cardoso e sua cor padrão em amarelo.. A partir da figura
21 é possível perceber toda a estrutura do grupo escolar em formato de c, marca também
de seu governo.
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Figura 21: Visão aérea do Grupo escolar fausto Cardoso, podendo ver a sua estrutura em
formato de C.
Fonte: http://www.marcelodomingos.com.br/antigas.html acesso em 19/01/2011
Apenas em 1958 a cidade ganha uma nova escola, esta com ensino secundário.
O Colégio Cenecista Carvalho Neto possibilitava que os jovens não precisassem sair da
cidade para avançar nos estudos.
A casa onde atualmente serve de Sede para a Prefeitura Municipal foi residência
do Dr. Joviniano de Carvalho, passou ao município pela Lei nº 318/05 de 16 de março
de 2005:
Art.1º Fica o Executivo Municipal autorizado a adquirir ao
excelentíssimo Senhor Doutor Sebastião Celso de Carvalho, pelo
valor de R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais) a casa residencial de
nº 275, de sua propriedade, localizada na Praça barão de Santa Rosa,
nesta cidade, livre e desimpedida de qualquer embaraço, para
instalação da sede da Prefeitura Municipal de Simão Dias.
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Edificada entre as últimas décadas do século XIX preserva características da
época, várias janelas em toda a extensão da casa, com portais arredondados e fachada
revestida com azulejaria portuguesa, conforme a Figura 22:
Figura 22: Atual Sede da Prefeitura Municipal de Simão Dias
Fonte: http://www.marcelodomingos.com.br/antigas.html acesso em 19/01/2011
O calçadão Joviniano de Carvalho carrega em suas estruturas, casarios do final
do século XIX e primeiras décadas do século XX, em fotografias de época é possível
perceber que era local de passagem no cortejo da procissão da tradicional Festa de
Senhora Santana. O local contemplava estabelecimentos comerciais e residências, como
se mantém até hoje. Porém muitas casas já foram demolidas e erguidas outras em seus
lugares, com características modernas. Algumas, porém, como no caso da Farmácia
Déda e escritório do Dr. Roberto Carvalho ainda resguardam os estilos arquitetônicos
originais. No caso da última, Possui a fachada em estilo que imita a arte neveau.
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Figura 23: Farmácia Déda, construída na década de
30. Figura 24: Escritório do Dr. Roberto Carvalho Fonte: Daniela Santos Silva Soares
Fonte: Daniela Santos Silva Soares
A Praça Barão de Santa Rosa no decorrer de sua existência mudou de
características várias vezes. Inicialmente tinha seu calçamento em pedra. Em 1923
através do Sr. Emílio Rocha e contribuições da população foi construído um pequeno
jardim na Praça em frente ao Grupo Escolar “ Fausto Cardoso”, era protegido por cerca
devido o hábito dos habitantes em criarem alguns animais em via pública. Esse jardim
recebia o nome de Pedro Barreto, em homenagem ao importante político local. Em 1926
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foi inaugurado o Jardim Graccho Cardoso, “O Sr. José Barreto logo que assumiu a
administração municipal mandou ajardinar a Praça Barão de Santa Rosa, transformando
a capineira ali existente num belo cartão postal para gozo da população e deslumbre dos
visitantes” (MATOS, 2005, p.23).
Na década de 30 foi demolido o antigo coreto, sendo construído pelo Dr. Celso
de Carvalho um novo na década de 40 , sem cobertura.
Em 1998, no mandato do prefeito Dr. Luiz Albérico a praça sofreu sua última
modificação, construíram um novo cloreto, cercados para os jardins, os bancos que
eram de cimento passaram a agregar a madeira. Enfim a Praça ganhou seu aspecto atual,
sendo considerada uma das mais belas do Estado.
Figura 25: Praça Barão de Santa Rosa, homens construindo o calçamento.
Fonte: http://www.marcelodomingos.com.br/antigas.html acesso em 10/01/2011
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Figura 26: Visão aérea do coreto sem cobertura.
Fonte: http://www.marcelodomingos.com.br/antigas.html acesso em 10/01/2011
O complexo arquitetônico da Praça compreende residências construídas desde o
final do século XIX à meados do Século XX que misturam características do estilo
neogótico com o eclético tendo sido algumas construídas em cal e pedra.
Tombada pela lei municipal nº 305/04 se situa onde foi construída a primeira
capela em homenagem a Senhora Santana.
Figura 27: Praça Barão de Santa Rosa nos dias atuais.
Fonte: http://www.marcelodomingos.com.br/antigas.html acesso em 10/01/2011.
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O patrimônio cultural e o meio ambiente histórico em que está inserido
possibilitam oportunidades de provocar nos alunos a curiosidade, em conhecer mais
sobre o que se encontra ao seu redor. Há necessidade de uma política de educação
patrimonial, visto que é um instrumento de alfabetização cultural, que leva o indivíduo a
fazer a leitura do mundo que o cerca e a compreender a sua realidade sócio- cultural.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O patrimônio histórico material de uma sociedade é muito importante como
guardiões de memórias que remetem a um passado. È importante que a comunidade
esteja consciente de seu valor para que não se perca através da ação do homem e do
tempo.
Em Simão Dias, constatou-se a existência de inúmeras residências e alguns
estabelecimentos comerciais que remetem ao século XIX e Início do XX. Alguns se
encontram em bom estado de conservação, devido os cuidados dos proprietários dos
imóveis, enquanto outros a exemplo a antiga loja de seu Josino, em estado de
deterioração.
Apenas o prédio que abriga o memorial de Simão Dias é protegido por Lei
Estadual desde 2000, e o conjunto arquitetônico da Praça Barão de Santa Rosa, por Lei
Municipal desde 2004 estando os demais bens considerados patrimônio pela maioria da
população, desprovidos de proteção legal, e a mercê do espírito de modernidade que se
alastra pela cidade, levando ao desaparecimento muitos registros arquitetônicos, que
com seu valor histórico e beleza ímpar fazem parte da cidade.
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Portanto torna-se necessário a mobilização da comunidade pela preservação de
seu patrimônio Cultural, através da conscientização e proteção legalizada pelo poder
público, bem como a inserção de política de educação patrimonial nas escolas.
FONTES DOCUMENTAIS:
DÉDA, Carvalho. Simão Dias: Fragmentos de sua História. Aracaju: Livraria Regina.
1966.
MATOS, Jorge Barreto. O intendente José Barreto de Andrade e os políticos de seu
tempo. Aracaju, 2005.
MATOS, Jorge Barreto. Síntese de uma senhora que se chamou Maria Julia de
Andrade Carvalho. Aracaju, 1991.
MATOS, Jorge Barreto. Sesquicentenário do Barão de Santa Rosa 05/04/1857 –
05/04/2007. Aracaju, 2007.
FONTES ICONOGÁFICAS:
Acervo Público do Memorial de Simão Dias.
Site: http://www.marcelodomingos.com.br/antigas.html acesso em 10/01/2011.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Fernanda Cordeiro de. Patrimônio Cultural. Aracaju: UNIT, 2010.
HORTA, Maria de Lourdes Parreiras. Guia Básico de Educação patrimonial/ Maria
de Lourdes Parreiras Horta, Evelina Grunberg, Adriane Queiroz Monteiro. – Brasília:
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 1999.
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HORTA, M.L.P.; DEL PRIORE, M. Memória, Patrimônio e Identidade. In. Memória,
Patrimônio e Identidade. Ministério da Educação. Boletim 04, p. 03-11, Abril de
2005.
POLLAK, Michel. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos. Rio de Janeiro,
vol.5, n.10.1992, p.200- 215.
POULOT, Dominique. Um ecossistema do Patrimônio. In: um olhar contemporâneo
sobre a preservação do patrimônio Cultural Material. Rio de Janeiro: Museu
Histórico Nacional, 2008.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed.rev. e ampl.
De acordo com a ABNT. São Paulo: Cortez, 2002.
SILVA, Verônica Cristina da Conceição. Uma viagem pelas memórias do Grupo
Escolar Fausto Cardoso. FJAV: Lagarto, 2009. Monografia (Licenciatura em
História).
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