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Pedro Luís Fortes Lima Cardona
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Relatório de Estágio Mestrado em Ensino da Filosofia no Ensino Secundário
Trabalho realizado sob a orientação da
Professora Doutora Custódia Martins
Universidade do MinhoInstituto de Educação
maio de 2015
Pedro Luís Fortes Lima Cardona
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
i
DECLARAÇÃO
Nome: Pedro Luís Fortes Lima Cardona
Endereço eletrónico: [email protected]
Número do Cartão de Cidadão: 12423036 9 ZZ3
Título do relatório de estágio: A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia
de Motivação
Orientadora: Professora Doutora Custódia Martins
Ano de conclusão: 2015
Designação do Mestrado: Mestrado de Ensino da Filosofia no Ensino Secundário
É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTA RELATÓRIO APENAS PARA EFEITOS DE
INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE
COMPROMETE.
Universidade do Minho, 19 de maio de 2015
________________________________________________
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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AGRADECIMENTOS
Começo por agradecer à Professora Doutora Custódia Martins pelo acompanhamento
científico e técnico efetuado.
À professora cooperante Professora Paula Guimarães Ribeiro pela confiança
demonstrada, e autonomia que concedeu na lecionação das regências.
Ao Professor Doutor Artur Manso, pela sua honestidade e frontalidade.
Aos meus colegas e amigos Miguel, e em especial ao José, pela ajuda e
acompanhamento.
À Joana, sempre presente.
À minha mãe, que sem o seu apoio não teria concretizado este longo percurso.
Finalmente, e mais do que agradecimento, dedico este trabalho ao meu pai.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
iii
RESUMO
O presente trabalho intitulado “A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como
Estratégia de Motivação” é o relatório de estágio realizado durante o Mestrado de Ensino da
Filosofia no Ensino Secundário, que decorreu durante o ano letivo de 2013/2014 no
agrupamento de Eco-Escolas de Vilela, concelho de Paredes, distrito do Porto.
O objetivo deste estudo é averiguar que materiais didáticos poderão ser mais eficazes
em termos de motivação do aluno, e em termos de eficácia de transmissão dos conteúdos
inerentes à disciplina de Filosofia.
O trabalho está dividido em duas partes distintas: a primeira tem uma vertente de cariz
investigativo, enquanto a segunda apresenta um caráter prático.
Desta forma, na primeira parte serão explanados alguns conceitos de motivação, com o
intuito de contextualizar várias possibilidades de condicionantes da motivação em termos gerais,
verificando a plausibilidade da aplicação de diversos materiais didáticos como fator motivacional.
Ainda na primeira parte serão abordadas algumas definições de materiais didáticos de
uma forma mais abrangente, especificando posteriormente a importância da aplicação de alguns
materiais específicos, como sendo o texto (filosófico), filmes e apresentações multimédia.
Segue-se, na segunda parte, o relatório da forma como foram aplicados os conceitos e
métodos anteriormente abordados, em contexto prático de sala de aula, com alguns exemplos
específicos em que foram aplicados materiais didáticos distintos como estratégia de motivação.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
iv
ABSTRACT
The present work is entitled "The Use of Diversified Teaching Materials as Motivation
Strategy", and summarizes the work conducted during the integrated internship of the Masters
course of Philosophy Teaching in Secondary Education, held during the school year 2013/2014
in the agrupamento de Eco-Escolas de Vilela, Paredes, district of Porto.
The objective of this study is to ascertain what teaching materials may be more effective
in motivating the student, and more efficient in terms of transmission of content related to the
discipline of Philosophy.
The work is divided into two distinct parts: the first has a strand of investigative nature,
while the second presents more of a practical nature.
Therefore, in the first part, there are some motivation concepts presented in order to
contextualize, in general terms, several potential determinants of motivation, while trying to verify
the plausibility of the application of various teaching materials as a motivational factor.
Still in the first part, it will be addressed some teaching materials definitions in a broaden
way, and then specifying the importance of the application of some specific materials, as the
(philosophical) text, films, and multimedia presentations.
It follows, in the second part, the report of how the concepts and methods discussed
above were applied in practical context of the classroom, with some specific examples in which
there were applied different learning materials as motivation strategy.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
v
ÍNDICE GERAL
DECLARAÇÃO ............................................................................................................................. i
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................... ii
RESUMO .................................................................................................................................. iii
ABSTRACT ............................................................................................................................... iv
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 7
1. CONTEXTO GERAL DE INTERVENÇÃO .................................................................................. 9
1.1 Caracterização da escola .................................................................................................... 9
1.2 Caracterização da turma .............................................................................................. 10
1.3 Objetivos do Projeto ..................................................................................................... 10
2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO PARA A VERTENTE DE INVESTIGAÇÃO/AÇÃO ....................... 12
2.1. Motivação ................................................................................................................... 12
2.1.2. Fatores preponderantes à motivação .................................................................... 17
2.2 Materiais didáticos ....................................................................................................... 18
2.2.1 TIC ....................................................................................................................... 19
2.2.2 Textos ................................................................................................................... 20
2.2.3 Audiovisuais .......................................................................................................... 22
3 Prática pedagógica .............................................................................................................. 24
3.1 Unidades lecionadas .................................................................................................... 26
3.1.2 Descrição das aulas – Ética................................................................................... 27
3.1.3 Descrição das aulas – Política ............................................................................... 33
3.1.4 Descrição das aulas – Estética .............................................................................. 36
4. Análise de Dados ................................................................................................................ 38
4.1 Classificação do recurso didático “Manual Escolar” em termos de: ........................... 38
4.2 Classificação do recurso didático “PowerPoint” em termos de: ................................. 39
4.3 Classificação do recurso didático “Vídeos/filmes” em termos de: ............................. 40
4.4 Classificação do recurso didático “Imagens” em termos de: ..................................... 41
4.5 Classificação do recurso didático “Texto Filosófico” em termos de: ........................... 42
4.6 Classificação do recurso didático “Debates” em termos de: ...................................... 43
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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4.7 Classificação do recurso didático “Esquema Síntese” em termos de: ........................ 44
4.8 Classificação do recurso didático “Casos Práticos/Situações do Quotidiano” em termos
de: ................................................................................................................................. 45
4.9 Classificação do recurso didático “Fichas de Trabalho” em termos de: ..................... 46
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 47
Bibliografia ............................................................................................................................. 49
Anexo 1 – Lições n.º 45 a 46.................................................................................................. 52
Anexo 2 – Lições n.º 47 a 50.................................................................................................. 54
Anexo 3 – Lições n.º 54 a 61.................................................................................................. 58
Anexo 4 – Lições n.º 62 a 63.................................................................................................. 65
Anexo 5 – Lições n.º 64 a 69.................................................................................................. 67
Anexo 6 – Lições n.º 81 a 82.................................................................................................. 73
Anexo 7 – Ficha de visionamento Hannah Arendt .................................................................... 75
Anexo 8 – Ficha de visionamento Batman O Cavaleiro das Trevas ........................................... 79
Anexo 9 - Atividade Ética ........................................................................................................ 80
Anexo 10 - Notícias ................................................................................................................. 81
Anexo 11 – Ficha de visionamento O Senhor das Moscas ....................................................... 82
Guião de Exploração de Vídeo ................................................................................................. 82
Anexo 12 - Imagens ................................................................................................................ 83
Anexo 13 - Inquérito ............................................................................................................... 84
Anexo 14 – Projeto ................................................................................................................. 87
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1 ............................................................................................................................... 38
FIGURA 2 ............................................................................................................................... 39
FIGURA 3 ............................................................................................................................... 40
FIGURA 4 ............................................................................................................................... 41
FIGURA 5 ............................................................................................................................... 42
FIGURA 6 ............................................................................................................................... 43
FIGURA 7 ............................................................................................................................... 44
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
vii
FIGURA 8 ............................................................................................................................... 45
FIGURA 9 ............................................................................................................................... 46
INTRODUÇÃO
Porque a disciplina de Filosofia, assim como todas as outras, vai para além da sala de
aula, é necessário, em primeiro lugar, avaliar o que poderá motivar os alunos a estudar esta
disciplina, fazendo de seguida com que esta motivação saia da escola, e acompanhe os alunos
para o local de estudo “habitual” deles. Assim, um dos objetivos deste projeto é efetuar uma
análise sobre os materiais mais eficazes no processo de despertar o interesse dos conteúdos da
disciplina, no processo de aprendizagem propriamente dito, e no auxílio ao estudo para
realização com sucesso das provas de avaliação escrita.
O objetivo final prende-se com a verificação da existência de uma correlação entre estes
fatores, que permita a construção de um mapa referente aos materiais a utilizar nos diferentes
momentos do processo de aprendizagem: numa primeira fase utilizar materiais que ajudem a
cativar e a motivar os alunos para a matéria a ser abordada, seguindo-se o recurso a materiais
que auxiliem o processo de aprendizagem do discente, culminando com a determinação dos
materiais mais eficazes para o trabalho autónomo dos alunos, para a realização das atividades
propostas para fora da sala de aula, e para estudo da disciplina.
Para o efeito, é necessário investigar quais fatores que poderão influenciar a motivação,
recorrendo, para isso, a algumas definições e conceitos de forma a poder avaliar de forma mais
concreta o que poderá criar ou aumentar o grau de motivação para estudar os conteúdos do
Programa Curricular de Filosofia, dados os diferentes contextos e situações em que os alunos se
encontram.
De seguida, é necessário verificar que recursos didáticos estão disponíveis para
utilização, procedendo de seguida a uma análise daqueles que poderão ser mais eficazes
enquanto fator de motivação, e quais os que funcionam melhor como auxiliares de transmissão
de conhecimento, preparando as aulas para que seja possível conjugar todos estes fatores da
forma mais eficaz ou produtiva. De salientar que esta seria a situação ideal, mas sempre com a
noção de que, na realidade, a aula não é estática. Muito pelo contrário, a aula é revestida de
uma vida muito própria e dinâmica, em constante flutuação, que pode ser influenciada por
coisas tão mundanas como um simples barulho vindo do exterior, como o estado de espírito de
um aluno que influência os restantes colegas, ou um acontecimento extra-aula que impede toda
e qualquer tentativa de lecionação conforme previsto. O docente fica assim obrigado a saber
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
8
navegar nestas correntes, e adaptar-se tendo de, muitas vezes, alterar partes, ou a totalidade da
aula.
Independentemente destas flutuações é necessário, de igual forma, ter em mente quais
as estratégias que melhor se adaptam aos módulos programáticos.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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1. CONTEXTO GERAL DE INTERVENÇÃO
1.1 Caracterização da escola
Antes de mais, é necessário contextualizar a escola nos campos geográficos, e
socioculturais, para que seja possível fazer uma caracterização com a devida pertinência.
Antes de pertencer ao Agrupamento de Escolas de Vilela, a escola em questão era
denominada de escola secundária com 3º ciclo do ensino básico de Vilela - Paredes, e foi criada
no ano de 1997, no mês de julho. Localiza-se na freguesia de Vilela, sendo que a maioria dos
alunos provém de Lordelo e Rebordosa.
Verifica-se um baixo grau de escolaridade nos habitantes do concelho de Paredes, e na
freguesia de Vilela. Segundo a Carta Educativa de Paredes de 2011 (AAVV, 2013), verifica-se que
32,9% dos habitantes do concelho com idade superior a 10 anos, possuem apenas o 1º ciclo
completo, diminuindo progressivamente a percentagem de população que completou os 2º e 3º
CEB, 16% (da população com mais de 12 anos) e 5,5% (da população com mais de 15 anos),
respetivamente, a que se acrescenta apenas 5,2% da sua população com idade superior a 18
anos com ensino secundário completo, e que a população com qualificações superiores é
apenas de 3,4%, valor considerado muito reduzido.
Aprofundando o ponto de vista para Vilela, de acordo com os dados da Avaliação Externa
das Escolas de 2008, cerca de 63% dos encarregados de educação têm como nível de
escolarização o 1º ciclo do ensino básico. Verifica-se que, maioritariamente, os homens são
operários, e a população feminina encontra-se distribuída entre o emprego fabril e o trabalho
doméstico.
Verifica-se também uma elevada percentagem (a rondar os 50%) de alunos que recorre
aos auxílios económicos abrangidos pela Ação Social Escolar, o que é representativo das
dificuldades económicas das famílias.
O facto de, ainda segundo a Carta Educativa de Paredes, a taxa de atividade (pessoas
empregadas) no concelho ser de apenas 49,82% (2011), e o facto de haver um predomínio claro
(60%) para o setor secundário, seguindo-se o terciário com 38,4% e o primário com 1,6%
relativamente à distribuição da população por setores de atividade, será uma justificação para a
necessidade de tantos alunos recorrerem a apoios.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
10
1.2 Caracterização da turma
A turma 10º VB é constituída por 24 alunos, 9 do sexo feminino, e 15 do sexo
masculino. A média de idades desta turma é de 15 anos, demostrando que o trajeto escolar tem
sido regular.
Relativamente ao trajeto profissional, 13 alunos ainda não apresentam nenhuma ideia
definida relativamente ao que pretendem fazer após conclusão do ensino secundário, contudo a
maior parte (17) demonstra interesse em prosseguir estudos a nível superior.
É considerada uma turma com elevada capacidade de trabalho, apesar de resultados
fracos (a nível geral), e um comportamento considerado disruptivo que afeta o bom decorrer das
aulas. Também demonstram dificuldades na expressão escrita.
A maioria dos pais dos alunos, a nível de escolaridade, tem o ensino básico (2º ciclo)
concluído.
1.3 Objetivos do Projeto
A questão da motivação dos discentes na aprendizagem em geral e, mais
especificamente, na aprendizagem da Filosofia reveste-se de especial pertinência na atualidade.
Sendo a Filosofia uma disciplina algo diferente das restantes a que os alunos estão
habituados, pelo facto de nunca terem tido contacto com a mesma, de saberem muito pouco
sobre qual o seu objeto de estudo, para que serve, o que é concretamente, e pelo carácter
aparentemente abstrato, a questão da motivação deve ser abordada de forma especialmente
atenta.
Há que relembrar que no panorama atual a frequência do ensino secundário é
obrigatório, transformando assim o acesso ao ensino mais em dever do que propriamente um
direito. Tendo isto em conta, nem todos os alunos que agora frequentam o ensino secundário o
fazem por opção, ao contrário do que acontecia em anos anteriores. Isto faz com que haja um
crescente número de alunos desinteressados nas aulas, o que torna a questão da motivação um
tema especialmente interessante a ser tratado.
Acrescido a estes fatores, é de salientar o facto de, neste momento, não ser obrigatória a
realização de um exame final para aprovação na disciplina, o que faz com que a Filosofia seja
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
11
considerada, pelo menos na prática, pelos alunos ainda mais secundária relativamente às
restantes disciplinas com exame final obrigatório.
Este é o panorama com que os docentes se deparam, e é com isto em mente que se
pretende analisar quais as melhores estratégias de intervenção que poderão ser aplicadas de
forma a potenciar as aprendizagens dos alunos em relação à disciplina.
Em termos mais concretos, e após observação de aulas da turma que iria lecionar, a
temática abordada neste projeto reveste-se de suma importância, uma vez que se trata de uma
turma cujos resultados vão do muito bom ao muito mau. Verifica-se no coletivo uma tendência a
dispersar durante as aulas, tornando-se inclusivamente muito agitados, afetando gravemente o
bom funcionamento da aula.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
12
2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO PARA A VERTENTE DE
INVESTIGAÇÃO/AÇÃO
2.1. Motivação
Antes de mais, será necessário clarificar os conceitos que usarei ao longo deste
trabalho, e fornecer para cada um deles uma definição operatória. Desta forma evitam-se
ambiguidades e confusões que poderiam ter influência no decorrer do trabalho efetuado, de
forma a contextualizar, em termos mais precisos, aquilo a que me refiro concretamente sempre
que falo em motivação.
Existem vários conceitos de motivação, sendo que
“Os conceitos diferentes que surgiram no domínio da motivação são a ilustração não só da
riqueza da investigação neste domínio, mas também das divergências que acabaram por
se manifestar. Assim, ouvimos falar em motivação para a realização, das expetativas, do
valor das metas, das aspirações, do conceito de si próprio, da apreciação de si próprio, do
controle de comportamento, da ansiedade, do medo, do orgulho ou do desânimo, das
atribuições da causalidade, da orientação para objetivos, etc” (Fontaine, 2005: 11).
Especificando mais o âmbito do conceito, passando pela etimologia da palavra, o termo
motivação deriva do termo latino “movere” que significa, precisamente, mover, pôr em
movimento. Embora, conforme supramencionado, não haja uma definição inequívoca do
conceito, a maior parte das teorias acerca deste assunto parecem preferir esta ideia de
movimento (Elliot & Zahn, 2008).
“Motivação é definida como sendo dinamização e direção de comportamento. A motivação
é importante na psicologia educacional porque explica e predita o comportamento de
estudantes, professores, e administradores no âmbito escolar (Elliot & Zahn, 2008: 6871).
1 A tradução das passagens de obras estrangeiras é da minha inteira responsabilidade. Quando surgiram dúvidas em relação à melhor tradução de um termo para português, o mesmo aparece na língua original entre parênteses retos.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
13
Será este conceito de motivação a que farei referência ao longo deste trabalho, sempre que esse
conceito for operatório na dinamização e direção de comportamento, que me referirei sempre
que falo de motivação.
O conceito de motivação é inferido do comportamento das pessoas, não observado
diretamente. Aquilo que pode ser observado em relação à motivação é um comportamento que
pode, ou não, ser explicado usando o conceito de motivação.
A motivação centra-se primariamente em duas questões centrais – o porquê e o como do
comportamento. Estas questões mapeiam-se nos aspetos de dinamização e direção da
motivação respetivamente. O “porquê” representa a(s) razão(ões) subjacente(s) pela(s)
qual(ais) um sujeito é dinamizado ou impelido para determinado tipo de comportamento2.
[…] O “como” representa a direção ou canalização da dinamização de um forma precisa.
Esta questão “como” foca-se nos objetivos específicos nos quais os sujeitos focalizam e
direcionam o seu comportamento” (Elliot & Zahn, 2008: 687).
O objetivo é, portanto, ver o que motiva os sujeitos, neste caso particular, os discentes.
Segundo Fontaine, (2005), é necessário efetuar, junto dos alunos, uma recolha de
informação referente ao que motiva ou desmotiva a sua aprendizagem. Assim, os docentes
poderão delinear estratégias que poderão eventualmente ser mais motivadoras para o grupo em
questão, analisando o seu grau efetivo de eficácia em situação real, adaptando-as conforme o
necessário.
Neste sentido, devemos considerar que
“um professor, seja qual for a especialidade e o nível de ensino em que intervenha, não pode ser
apenas o transmissor de um determinado número de conhecimentos específicos, mas também o
interveniente no desenvolvimento global do educando. Neste sentido e na sua missão de
educador, o professor deve ter sempre em mente a estrutura do sujeito; ele não pode desconhecer
em que fase etária e estádio se encontram o educando a quem se destina a sua ação educativa.
Por outras palavras, o professor tem de saber como são, como reagem e quais as reais
capacidades que possuem os educandos que tem na sala de aula” (Tavares & Alarcão, 1985: 13,
itálico meu).
2 A expressão original é: “Why” represents the underlying reason(s) that an individual is energized or impelled to engage in a certain type of behavior.”
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
14
A isto, acrescento, o professor tem de saber o que motiva os seus alunos. Voltamos então à
questão “porquê”.
A tentativa de compreender e explicar o comportamento humano requer, segundo Jesus
(2004), o uso de conceitos específicos, apropriados a esta tarefa. Esta tentativa
“requer a utilização de conceitos relativos aos fatores e processos que dinamizam e
direcionam o comportamento e que permitem a sua persistência, isso é, de variáveis
motivacionais, pois o estudo da motivação diz respeito à análise da ativação, direção e
persistência do comportamento” (Jesus, 2004: 59).
É, portanto, necessário distinguir entre aquilo que é o significado de senso-comum acerca da
motivação daquilo que a psicologia diz a este respeito.
“No âmbito da educação escolar, a desmotivação dos alunos constitui uma das principais
preocupações dos responsáveis políticos, dos professores e dos encarregados de
educação. A nível político, as reformas dos sistemas educativos que têm sido realizadas na
maior parte dos países ditos “desenvolvidos” apresentam como um dos objetivos principais
a motivação, a aprendizagem e o desenvolvimentos dos alunos.” (Jesus, 2004: 74).
Sendo um dos fatores que maior influência tem nos resultados escolares dos alunos, este aspeto
tem sido amplamente estudado em estudos da área. Há vários aspetos mensuráveis que
indicam o grau de motivação dos alunos, entre os quais o empenho do aluno, a participação do
aluno e tempo dedicado ao estudo (Jesus, 2004).
“A motivação constitui o fator fundamental ou o “motor” da aprendizagem na ordem
afetiva, assim como a inteligência é o fator fundamental na ordem cognitiva ou estrutural”
(Oliveira & Oliveira, 1996: 105). Na aprendizagem, portanto, influem dois fatores indissociáveis:
emoções e inteligência, sendo que devem ser ambas levadas em consideração. Visto que estes
fatores só encontram lugar na própria pessoa do aluno, isto é, àquele que é “inteligente,
memoriza, aprende e tem emoções e motivações” (Oliveira & Oliveira, 1996: 105), não pode
haver nenhum tipo de resposta “pronto-a-vestir”, capaz de resolver ou explicar cada um dos
variados casos com que nos possamos confrontar no dia-a-dia da prática profissional. Afinal,
estamos a lidar com um grupos muito heterogéneos de indivíduos, com situações
familiares/sociais muito distintas, sendo também necessário ter em mente a volatilidade
sentimental característica das faixas etárias em questão.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
15
Embora a motivação não seja, por si só, suficiente para explicar o sucesso ou insucesso
dos alunos, é um fator importante no processo de ensino-aprendizagem. Segundo Oliveira &
Oliveira (1996) as conclusões de vários autores acerca deste assunto variam. Para uns a
motivação contribuirá em 35% para o rendimento escolar; para outros apenas 25%.
“A motivação designa os fatores internos do sujeito que, juntamente com os estímulos do
meio ambiente determinam a direção e a intensidade do comportamento. Entende-se por
motivação qualquer fator interno que inicia (ativação), dirige (direção) e sustém
(manutenção ou persistência) uma determinada conduta até atingir o objetivo” (Oliveira &
Oliveira, 1996: 107).
E um pouco mais à frente continua:
“Trata-se de um fator interno que dá energia e direção ao comportamento. O sujeito
motivado inicia uma conduta instrumental que o leva à satisfação de um desejo, ajudando-o
a escolher entre os que mais eficazmente atingem o objetivo em vista, além de manter a
sua atividade até à satisfação da necessidade” (Oliveira & Oliveira, 1996: 107).
O esclarecimento do conceito de motivação leva-nos ainda a considerar outras propostas
alternativas, que podem ser agrupadas conforme as suas características. Seguindo a estrutura
proposta por Jesus (2004), será realizada/aplicada uma análise breve a várias teorias cognitivas
da motivação, nomeadamente, a Teoria Relacional de Nuttin, a Teoria da Aprendizagem Social
de Rotter, a Teoria da Autoeficácia de Bandura, a Teoria da Atribuição Causal de Weiner e a
Teoria da Motivação Intrínseca de Deci.
No que concerne à Teoria Relacional de Nuttin, são analisados os conceitos de atitude e
perspetiva temporal, isto é, em termos de objetivos motivacionais, são analisados em termos
temporais (passado, presente, futuro). Esta análise consiste em verificar a relação entre os
objetivos passados, e futuros, e como este influenciam a atitude presente (sendo que os
passados têm menor influência na atitude presente). Verificou-se que os sujeitos considerados
com uma atitude temporal mais pessimista apresentam uma perspetiva temporal de futuro de
menor extensão (Bouffard, Lens e Nuttin, 1983).
A Teoria da Aprendizagem Social de Rotter consiste na análise da expetativa de controlo
dos resultados, ou seja, a crença do sujeito em que os resultados que obtém são mais ou menos
dependentes do seu comportamento. São consideradas expetativas de controlo interno quando o
sujeito acredita que os resultados são fruto do seu comportamento e, por outro lado, quando um
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
16
sujeito considera que os resultados são originados por fatores como a “sorte” – diz-se que este
possui expetativas de controlo externo, sendo que se tem verificado uma maior tendência para
este tipo de expetativa (Rotter, 1990).
Havendo autores que encontram fortes paralelismos entre a expectativa de controlo de
Rotter e a Teoria da Autoeficácia de Bandura, será necessário fazer a distinção, sendo que para
Bandura, o sujeito tem a crença de que é capaz de realizar o comportamento requerido, ao invés
de se limitar a ter a crença que um resultado seja contingente a um determinado
comportamento.
“Bandura distingue quatro fontes de informação para a expectativa de auto-eficácia:
realização comportamental (experiências pessoais de sucesso no confronto com as
situações), experiência vicariante (observação de outros idênticos, bem sucedidos na
situação), persuasão verbal (manifestação de confiança nas capacidades do sujeito) e
ativação emocional quando confrontado com a situação).” (Jesus, 2004: 77).
A Teoria da Atribuição Causal de Weiner foca-se essencialmente no locus e na
estabilidade, entendendo-se o locus como sendo a localização da causa (interna ou externa do
sujeito), e a estabilidade é respeitante ao espectro temporal da duração da causa (Weiner,
1992).
Segundo Deci, a motivação pode dividir-se em motivação intrínseca e extrínseca. Na
motivação de tipo extrínseco, o sujeito age por referência a uma recompensa exterior e essa
recompensa constitui, por si só, a quase totalidade da razão dessa ação do sujeito. “Quando um
aluno estuda unicamente pela nota, está motivado extrinsecamente, sobretudo quando ela
depende de outros fatores incontroláveis […]” (Oliveira & Oliveira, 1996: 108).
A motivação intrínseca, por seu turno, depende inteiramente dos interesses ou dos
gostos do sujeito. Quando o sujeito está intrinsecamente motivado, age sem esperar mais
nenhuma recompensa que a própria satisfação do impulso que o leva a gostar dessa atividade.
Não há, no entanto, motivações puras. As motivações não são nem completamente intrínsecas
nem completamente extrínsecas. Há sempre uma mistura entre os dois fatores (Oliveira &
Oliveira, 1996).
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
17
2.1.2. Fatores preponderantes à motivação
Segundo Oliveira & Oliveira (1996), existem alguns fatores que poderão influenciar o
grau de motivação dos alunos em sala de aula, nomeadamente o interesse dos alunos, o
controlo da ansiedade, as próprias atitude e motivação, as interações e dinâmica do grupo
escolar, e a família. Destes, serão abordados dois, mais relevantes para o trabalho em causa,
nomeadamente os interesses do discente, e as suas atitudes. Assim,
“Os interesses do aluno em grande parte manifestam-se no tempo que despende numa
atividade, na frequência de determinado comportamento e no valor reforçador que atribui
às atividades em causa. […] Assim, para motivar ou interessar o aluno em matérias menos
interessantes podem incluir-se estas dentro das mais interessantes. Se os interesses geram
motivação e consequente aprendizagem, também podem ser resultado ou efeito da
aprendizagem.” (Oliveira & Oliveira, 1996: 121).
Finalmente,
“As atitudes são disposições adquiridas através da experiência e que influenciam as
respostas dos indivíduos. Têm uma componente cognitiva (crenças), afetiva (caráter
agradável ou desagradável associado às crenças) e comportamental (predisposição a agir
de determinada maneira). É evidente que que as atitudes do professor e do aluno para com
a escola e as matérias escolares são altamente determinantes da motivação e da
aprendizagem. Tanto funcionam como fatores positivos ou negativos da aprendizagem,
como também resultam da própria aprendizagem.” (Oliveira & Oliveira, 1996: 121).
Há um conjunto diverso de fatores influenciadores da motivação, assim como
motivações para objetivos a longo prazo e motivações para objetivos a curto prazo. No caso
específico dos alunos, estas podem-se refletir no desejo de ingressão num curso superior
específico, seguir determinada carreira, ou pura e simplesmente o desejo de obter uma
qualificação positiva a determinada(s) disciplina(s) no final do trimestre.
No corrente projeto, o objeto de estudo incide sobre a motivação para objetivos a curto
prazo – a motivação para se manter atento e com desejo de aprender em ambiente de sala de
aula – e a motivação para aprender os conteúdos e as ferramentas proporcionadas pela
disciplina de filosofia.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
18
Este objetivo reveste-se de grande importância no contexto específico da turma em
questão, uma vez que, conforme mencionado no ponto 1.2, apesar da maior parte dos discentes
pretender prosseguir com os estudos a nível superior, há um elevado número de alunos que
ainda não tem uma decisão formada relativamente ao que pretendem fazer após a conclusão do
ensino secundário, sendo que tive oportunidade de observar um comportamento de maior
desleixo académico por parte deste grupo de alunos, ou seja, não se esforçam tanto por obter
avaliações melhores, relativamente ao grupo que pretende ingressar no ensino superior,
claramente mais preocupado com a média final dos três anos do ensino secundário.
Assim, de forma a conseguir alcançar o proposto, optei pela aplicação de diversos
materiais didáticos, tendo em conta a sua aplicabilidade enquanto meio transmissor, ou
facilitador de transmissão de conteúdos, e enquanto fatores motivadores de aprendizagem de
conteúdos, tentando, sempre que possível aplicar os materiais mais cativantes.
Relembro, uma vez mais, que estes alunos têm tendência a dispersar a atenção com
facilidade, o que os leva a terem comportamentos que afetam o bom decorrer da lecionação.
Assim, para além de métodos de ensino/aprendizagem, a aplicação destes matérias didáticos
têm também uma função de controlo comportamental, no sentido em que, se alunos estão
cativados com a apresentação da matéria, ficam atentos ao que se está a passar na sala de aula
e, consequentemente, adotam um bom comportamento.
2.2 Materiais didáticos
Seguindo a mesma metodologia aplicada no ponto anterior, antes de mais, passo a
indicar uma definição de materiais didáticos, de forma a explicitar a que me refiro sempre que
uso o termo material didático.
Assim, recorrendo à definição proposta por Ferrandez, et al (1988):
“Entendemos por material didático os suportes materiais nos quais estão apresentados os
conteúdos e sobre os quais se realizam as distintas atividades.” (Ferrandez, et al., 1988:
177)
Também seguindo Ferrandez, et al (1988), excluem-se desta definição os recursos de
uso pessoal, como o papel, e os instrumentos de escrita.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
19
Serão abrangidos, no entanto, o Manual Escolar, o quadro, textos, filmes/imagens,
apresentações PowerPoint, esquemas síntese, e computador, focando-me, essencialmente, nos
que apliquei mais durante o período de lecionação, nomeadamente o computador/projetor
(enquanto plataformas de visualização de filmes, imagens e vídeos), os textos (neste caso
específico, maioritariamente propostos no manual), e os audiovisuais (como plataforma de
apresentação de conteúdos).
2.2.1 TIC
Atualmente é impossível falar de materiais didáticos, sem se falar das Tecnologia de
Informação e Comunicação (TIC), uma vez que com a proliferação de acesso as estas
tecnologias, estas passaram a fazer parte integrante da lecionação das mais diversas disciplinas.
A Filosofia não é exceção.
Para o presente trabalho, vou assumir a definição de TIC como sendo todo o conjunto de
recursos tecnológicos que poderão ser, neste contexto, considerados materiais didáticos, como
sendo o computador (e devidos periféricos), e o projetor.
As TIC podem ser usadas na sala de aula de uma variedade de maneiras muito vasta,
dependendo para isso, dos objetivos com que é usado.
“As mudanças nos objetivos da educação durante a última parte do século vinte, aliados
com o aumento da quantidade e dos tipos de tecnologia disponível, criou mudanças na
forma como os professores usam a tecnologia. Nas décadas de 1970 e princípios da
década 1980 o principal objetivo da instrução era levar os estudantes a memorizar
informações e procedimentos importantes. A instrução era liderada pelo professor e
dominado por exposições, seguida de prática usando fichas de trabalho e testes de
resposta curta. […] Se houvesse computadores disponíveis na sala de aula o seu uso
espelhava a forma dominante de instrução.” (Williams, 2003: 2509).
Este tipo de ensino tradicional, sendo pouco eficiente, não melhora com o uso de outras
metodologias de ensino, ou com novos equipamentos (Williams, 2003).
O que se pretende aqui é uma utilização destes equipamentos como modificadores do
método de ensino supracitado, isto é, serem aplicados para que se tornem mais do que meros
disseminadores de informação memorizável, mas além disso, veículos potenciadores de
compreensão dos assuntos abordados em sala de aula, assim como forma de conseguir atingir
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
20
o fim último do ensino da filosofia no nível secundário: proporcionar ferramentas que
possibilitem ao aluno uma capacidade autónoma de abstração, reflexão, e argumentação crítica
perante o assunto em causa. De salientar o fator motivacional que o uso deste tipo de material
didático desperta nos alunos, tornando a abordagem aos conteúdos programáticos mais natural
a esta geração de alunos que “vive” as tecnologias ao seu dispor.
2.2.2 Textos
O recurso aos textos, nomeadamente os textos filosóficos são o método mais usual, e
também o mais antigo para a lecionação de aulas de filosofia, pelo que não posso deixar de
mencionar a sua importância. Afinal, a tradição filosófica apoia-se no recurso ao texto como
forma disseminadora dos conceitos trabalhados, assim como no seu próprio estudo e trabalho
evolutivo. É essencial salientar, contudo, que num contexto escolar de nível secundário, é
necessário ter uma especial atenção aos textos selecionados para serem abordados em
ambiente de sala de aula. Afinal, muitos textos filosóficos, devido quer à sua complexidade
teórico-argumentativa, como à própria forma como são escritos, podem originar uma situação
inversa à pretendida, originando nos discentes uma maior confusão de conceitos/ideias e,
consequentemente, um desinteresse crónico pela disciplina.
Num contexto histórico, e em termos mais genéricos, é através dos livros,
nomeadamente após a criação da imprensa, que a cultura humana é transmitida, de forma
massificada, ao longo dos tempos. A possibilidade de registar um discurso de forma a poder ser
lido por outras pessoas, em outras paragens, ou em tempos diferentes, sem que o seu conteúdo
sofra grandes corrupções, torna o texto escrito num dos materiais privilegiados nas aulas de
qualquer disciplina. Nas palavras de Ferrandez, et al (1988):
“O livro é o grande protagonista da cultura humana, aumentando a sua importância com o
aparecimento da imprensa que o converteu num utensílio de uso comum. O texto impresso
continua a ser o meio mais prático e económico para guardar e transmitir ideias e
conhecimentos.” (Ferrandez, et al., 1988: 186).
Embora tivesse deixado de ser o centro da sala de aula (atualmente parece ser
consensual que a aula deve ter como foco o aluno, as suas aprendizagens e os seus interesses),
a utilização de livros é ainda uma forma imprescindível de comunicar e trabalhar no contexto de
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
21
sala de aula. É, “[…] uma valiosa fonte de informação para professores e alunos, ainda que não
de maneira exclusiva” (Ferrandez et al., 1988: 187). A variedade de textos aos quais podemos
aceder, o baixo custo relativo da sua compra, além da imensidão de variedade de títulos ao
nosso dispor, tornam o livro fundamental em qualquer contexto de ensino-aprendizagem.
De acordo com Ferrandez et al (1988) o livro pode servir vários propósitos didáticos.
Entre estes podem destacar-se os seguintes: podem ser livros de consulta ou livros funcionais. A
função dos primeiros é apresentar informação relevante sobre um qualquer assunto de forma
rigorosa, mas sucinta, para que os alunos esclareçam as suas dúvidas. Os livros funcionais, por
sua vez, são os livros de exercícios e de treino de tarefas específicas, desenhados para
permitirem um trabalho autónomo por parte dos alunos, e permitam uma autoavaliação das
suas aprendizagens que seja imediata e formativa. Esta distinção, atualmente poderá não ser tão
clara, uma vez que existem livros “híbridos” que acumulam as funções supracitadas, sendo,
inclusive, a norma no que respeita a manuais escolares.
Não só a leitura, mas também outras formas de comunicação foram permitidas por esta
produção abundante de livros. Também imagens e diagramas têm uma função didática
específica, que não deve deixar de ser levada em conta. A ilustração de passagens difíceis, ou de
textos complexos com imagens e diagramas ilustrativos e explicativos da informação lá contida,
pode ser, muitas vezes, uma ajuda preciosa na compreensão de algum assunto. Em situações
específicas de aula, era frequente, durante, ou após a leitura de um texto, registar no quadro um
esquema síntese das ideias e conceitos abordados no texto em questão.
Aquilo que é uma vantagem, nomeadamente a profusão de livros e manuais e o seu fácil
acesso por qualquer pessoa, cria o problema da qualidade daquilo que é impresso e o
correspondente problema do critério de escolha que o professor deve seguir, uma vez que,
pensando uma vez mais nos manuais escolares, a oferta tornou-se avassaladora.
“Na prática, acontece que a indústria editorial é quem controla a metodologia e os
conteúdos do ensino escolar, sobretudo quando não pode ser o próprio professor que
escolhe os textos, nem a administração da escola. […]. Em qualquer caso, é óbvio que a
escolha de textos deve basear-se em critérios exclusivamente didácticos: adequação ao
nível dos alunos, veracidade da informação, adaptação à programação do docente,
variedade de práticas e exercícios, qualidade de apresentação, etc.” (Ferrandez, 1988:
187).
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
22
Dadas as dificuldades supracitadas, e tendo em conta que todos os alunos tinham o
Manual, optei para a lecionação das minhas aulas o recurso aos textos propostos no Manual
escolar adotado. Para além de, na sua grande maioria, me parecerem adequados, fazem-se
acompanhar de algumas notas explicativas, e sempre de um pequeno conjunto de questões
para realização, facilitando desta forma o trabalho autónomo dos discentes.
Visto ser ainda principal forma de aprendizagem, não se vislumbra ainda um substituto
adequado para o livro, pelo que a sua importância na didática de qualquer disciplina não pode
ser subestimada, e especialmente no caso da disciplina de filosofia, uma vez que, como referido
anteriormente, o recurso aos textos filosóficos são o método mais usual, e também o mais antigo
para a lecionação de aulas de filosofia.
2.2.3 Audiovisuais
A facilidade com que se podem projetar filmes, imagens, músicas, apresentações
PowerPoint (ou similares) durante as aulas tornam este método num dos mais interessantes a
usar, uma vez que, por norma, são mais eficazes na captação do interesse dos alunos e,
consequentemente, mais motivadores. Ainda assim, e tal como com qualquer outro método
didático, é necessário ter em consideração as particularidades inerentes ao uso destes recursos
na sala de aula.
Abordarei, de forma mais concreta, a utilização de filmes (e/ou excertos), uma vez que
recorri com relativa frequência a este material didático.
Aquando do uso de filmes, para explanar assuntos estudados pela Filosofia, é essencial,
segundo Litch (2010), que o filme em questão se enquadre na temática filosófica abordada de
tal forma que seja reconhecida por filósofos. Outro ponto pertinente, ainda segundo Litch (2010),
é que o filme a ser apresentado deverá ir de encontro ao adolescente típico, para que lhe seja
familiar. Este é também um ponto levantado por Techio (2012), frisando a necessidade de usar
elementos multimédia (cinema, séries) que façam parte do dia-a-dia do aluno, motivando-o, e ao
mesmo tempo, facilitando a abordagem a questões que por vezes se tornam de difícil
compreensão usando apenas o texto filosófico.
Não é necessariamente difícil encontrar filmes que se adequem à filosofia, uma vez que,
de forma consciente, ou inconsciente, as próprias histórias representadas na tela, vão buscar
ideias e argumentos amplamente abordados nesta disciplina. Não é sem motivo que surgem já
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
23
recomendações, nalguns manuais escolares, de filmes que podem ser usados como apoio à
lecionação de certa unidades temáticas.
No que concerne a apresentações multimédia via PowerPoint ou similares, podemos
afirmar que estão já cimentadas como ferramentas legítimas na lecionação – ao mesmo tempo
que servem como veículos de transmissão de informação, cumprem também um aspeto de
motivação aos discentes (quando bem aplicados).
É preciso salientar que, tal como qualquer outra ferramenta, no sentido literal ou
metafórico, é necessário saber como, e quando usá-la. Um dos perigos que se corre com o uso
de PowerPoint, é o facto de, segundo Proctor (2009), aquando da visualização da apresentação,
haver uma menor retenção de informação verbal – o estudante tende a prender-se à informação
visual. Também se verificou que em termos de retenção de informação, esta é equivalente à que
seria retida durante uma aula “clássica” verbal acompanhada de giz (recuso visual). Contudo, há
o fator motivacional a ter em conta. Afinal, trata-se de uma forma de transmitir informação de
uma forma mais atual, e com que os alunos se identificam mais, e há claras vantagens em
termos de celeridade de apresentação de informação, atendendo a que o material já estará
previamente preparado. Em aulas de 50 minutos de duração, torna-se um aspeto relevante,
dado que por vezes, o simples ato de transcrever alguns conceitos no quadro “rouba” temo
precioso ao período disponível de lecionação.
Apesar de tudo, este não foi um material didático muito usado por mim, uma vez que
constatei que na turma em que lecionei, apesar dos alunos mostrarem entusiasmo com a no
que concerne ao uso de PowerPoint, o resultado final estava longe de ser o desejado, uma vez
que o grau de atenção direcionado ao conteúdo da apresentação diminuía drasticamente,
ficando os discentes “presos” à estética da apresentação em si.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
24
3 Prática pedagógica
No que concerne à intervenção pedagógica, considero que este seja o expoente máximo
de todo o percurso do mestrado e ensino na filosofia.
Após todo um ano letivo de preparação teórica e metodológica, é o momento mais
crucial. Temos de colocar em prática as nossas aprendizagens, os nossos conceitos, as nossas
ideias de intervenção pedagógica, sendo avaliados por uma multiplicidade de fatores formais -
conhecimento científico, metodológico, pedagógico - assim como por fatores informais desde a
postura, ao nível de interesse demonstrado, como a própria empatia criada com os discentes, e
restantes docentes da envolvente escolar na qual estamos inseridos.
Começa-se com um objetivo extremamente prático – aplicação do projeto – culminando
num objetivo mais nobre – ensinar e ajudar os alunos a atingir os seus objetivos.
Tendo este cenário como pano de fundo, a primeira coisa que faço, é tentar responder à
questão do “porque é que é importante ensinar filosofia?” Esta questão reveste-se de suma
importância dado o contexto em que decorre a prática pedagógica. Como já o disse
anteriormente, tenho uma noção, baseada nas minhas intuições, e nas aulas a que assisti, que
me deparo com um grupo de jovens que (julgam) não nutrir interesse nenhum na disciplina de
filosofia, uma vez que, pelo menos após o primeiro contacto, não revela interesse prático num
sentido profissional, vivencial, e mais importante que tudo, “não conta para a média”. Afinal de
contas “para que serve saber o que uns gregos ou alemães disseram sobre o que é, ou não,
justo?”, por exemplo.
Para responder a esta questão, primeiramente, será necessário ter em considerações
duas dimensões distintas relativas ao ensino da filosofia, nomeadamente, a dimensão
humanística, e a dimensão científica, no sentido em que, filosofia é considerada uma disciplina
humanística por excelência devido ao teor dos conteúdos nela abordados, mas por outro lado,
não devemos esquecer que é “mãe” do próprio método científico, e das outras disciplinas,
sendo que será necessário salientar bem estes aspetos. Uma “turma de ciências”, afinal, tem
um grau de ceticismo mais elevando no que respeita a um grau de pensamento mais abstrato, e
hipotético.
O caráter eminentemente humanístico do ensino da filosofia faz com que se vise a
formação do Homem no sentido em que deverá demonstrar que, tal como Sócrates concluiu, a
compreensão e o conhecimento são sempre provisórios, falíveis e que, acima de tudo, é
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
25
arrogante pretender uma palavra final sobre o que quer que seja. No fim de contas a filosofia
fará parte de uma tentativa humana de compreensão do mundo, do Homem e do seu lugar.
Uma tarefa hercúlea a ser realizada perante uma turma de jovens que consideram conhecer já
muitas respostas referentes ao funcionamento do Mundo, em toda a abrangência desta
expressão. É necessário demonstrar que a filosofia vai muito para lá do mero armazenamento de
conhecimentos feitos, mas sim numa constante criação de conhecimento, sujeitando sempre
todo e qualquer conhecimento ao escárnio da reflexão crítica. Considero, então, que o ensino da
filosofia vá muito para lá do mero ensino da história da filosofia. Afinal,
“As áreas novas que a filosofia tem ganho e o incessante enfrentar de problemas antigos
mostra a até que ponto a vitalidade filosófica não está não está no conteúdo mas no
processo, isto é, no tipo de atividade que conseguir desencadear. Por isso, quando se fala
de filosofia não no referimos a uma, mas a muitas, e sempre, ao escolher um conjunto de
matérias para um programa, se optará por algumas delas detrimento das outra, ou se
adotará uma síntese mais ou menos eclética de alguns temas e problemas em prejuízo de
muitos outros.” (Boavida, 2010: 33, itálico meu).
Tendo uma história de perto de vinte e cinco séculos enquanto disciplina, torna-se
problemático decidir o que ensinar. Assim, temos o Programa de filosofia para nos guiarmos
relativamente a quais as partes da história da filosofia deverão ser selecionadas. Contudo, será
necessário ter em conta a forma como ensinamos os conteúdos programáticos. Dado o cariz da
disciplina, considero que se deve então problematizar, indagar, incutir um permanente estado de
interrogação nos alunos. Deverá, no entanto, ser uma interrogação metódica, que parta de uma
base concreta, e que vá sendo construída, nunca perdendo de vista o objetivo: a procura de
resposta. Caso contrário cairemos em clichés, em frases feitas, em falsa sabedoria, em filosofia
de café. Filosofia vai muito para além dum mero “a minha opinião é…”, e essa é uma batalha a
ser travada com o aluno: explicar a diferença entre uma mera opinião, e um argumento refletido,
bem fundamentado.
O aluno (adolescente), por norma, já tem postura crítica. Durante as aulas que assisti à
turma que iria lecionar, tive oportunidade de verificar que aqueles alunos adotavam essa postura
de forma permanente, apesar de, na maior parte das vezes, ser aplicada de forma demasiado
espontânea, e pouco refletida. Era necessário ensinar a canalizar essa postura de forma
produtiva e argumentativa.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
26
Alunos cheios de potencial adotavam uma atitude cínica, repleta de certezas e dogmas
baseados nas próprias crenças, não permitindo influências externas (dos docentes).
Adotando uma perspetiva Kantiana, considero que “o aluno não deve aprender
pensamentos, mas aprender a pensar, não se deve levá-lo, mas guiá-lo, se se pretende que no
futuro seja capaz de caminhar por si mesmo” (Kant, (1990): 174). É necessário mostrar que
algumas das intuições dos alunos se adequam com algumas perspetivas filosóficas (foi essencial
na lecionação da ética, por exemplo), e mostrar que, acima de tudo, não é preciso aceitar as
teorias filosóficas, mas sim saber do que tratam, analisar, e construir uma análise
crítica/argumentativa do porquê de não concordarem com ela. O facto de, em sala de aula, se
salientar explicitamente este aspeto aos alunos, foi altamente motivador, pois ajudou a quebrar a
barreira do "para que é que isto serve?! Afinal um diz uma coisa, e a seguir vem outro que diz
outra, portanto é tudo inútil". Mostrando que há várias perspetivas, e que os alunos podem
encontrar nelas um espaço para si e para as suas próprias ideias, proporcionou a exercícios
argumentativos revestidos de extrema relevância. No campo da política, e mesmo da estética
foram dados passos importantes nesta perspetiva. Mostrar que a filosofia não se aprende só
através de texto e de memorização foi essencial - um preconceito muito comum por entre os
alunos do secundário. Devo frisar que, na realidade da turma que lecionei, estes preconceitos já
estavam abalados, uma vez que a professora titular já adotava um estilo de lecionação com base
na diversidade de materiais didáticos, demonstrando sempre preocupação em fazer perceber
que, acima de tudo, é necessário perceber os conceitos filosóficos e respetivos argumentos,
minimizando a importância da memorização. Partir de uma teoria filosófica, da sua análise, e da
sua compreensão, o objetivo era sempre colocar os alunos numa posição crítica a e
argumentativa, incentivando-os a analisar, por eles, com os novos conceitos apreendidos, os
pontos fortes e os pontos fracos de cada nova teoria lecionada.
3.1 Unidades lecionadas
A prática pedagógica realizou-se num total de 23 aulas, três das quais assistidas pela
Professora Orientadora Doutora Custódia Martins. Estas aulas foram lecionadas à turma 10ºVB,
e tinham uma duração de 50 minutos. As aulas por mim lecionadas cobriram a unidade II - A
ação humana e os valores (AAVV, 2001). Houve algumas interrupções na continuidade das
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
27
minhas regências, sendo os pontos programáticos, durante essas interrupções, foram lecionados
pela Professora titular. As subunidades por mim abordadas foram as seguintes:
1. Ponto 3.1. A dimensão ético-política – Análise e compreensão da experiência
convivencial
a. Intenção ética e norma moral;
b. A dimensão pessoal e social da ética – o si mesmo, o outro, e as instituições;
c. A necessidade de fundamentação moral – análise comparativa de duas
perspetivas filosóficas;
d. Ética, direito e política – liberdade e justiça social; igualdade e diferenças; justiça
e equidade.
2. Ponto 3.2. A dimensão estética – Análise e compreensão da experiência estética
a. A experiência e o juízo estéticos.
De seguida abordarei as aulas lecionadas, com o intuito de demonstrar o tipo de trabalho
efetuado na respetiva preparação, na sua lecionação, e a forma como foram aplicados diferentes
materiais didáticos, de forma a, não só cativar e manter o interesse dos alunos nas temáticas
abordadas, mas também como ferramenta de abordagem e explicação dos conteúdos filosóficos.
Para o efeito, seguirei estruturalmente, e por ordem, todas as lições lecionadas.
Iniciarei a descrição das aulas contextualizando, primeiramente, as atividades realizadas
no que concerne aos conteúdos programáticos. Farei uma abordagem muito genérica de todo o
trajeto, focando, de forma mais exaustiva, algumas situações/aulas que considere serem de
especial relevância.
3.1.2 Descrição das aulas – Ética
Iniciei as minhas regências, no ponto “3.1.1. Intenção ética e norma moral” (AAVV,
2001) (ver anexo 1), onde foram abordados os conceitos primordiais da ética ou da filosofia
moral, nomeadamente, os próprios conceitos de ética e moral, intenção e norma. Foram
também explanados os dualismos ação moral e liberdade moral, ação moral e consciência
moral, e ação moral e responsabilidade moral. De forma menos aprofunda, trataram-se dos
conceitos de egoísmo e conceção mínima de moralidade de James Rachels – não porque
considere estes temas menos relevantes, mas porque fui obrigado a fazer escolhas em relação à
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
28
disponibilidade de tempo em função dos assuntos que tinham de ser abordados, devido ao
tempo disponível para cada unidade, e devido à duração das aulas.
Após esta primeira introdução à ética, passámos ao ponto “3.1.2 A dimensão pessoal e
social da ética – o si mesmo, o outro e as instituições” (AAVV, 2001) (ver anexo 2), onde foram
abordadas questões de comunidade ética global, dando grande enfâse ao conceito de
banalidade do mal de Hannah Arendt. Foi dado especial relevo a este conceito, uma vez que foi
preparada, para aula seguinte à lecionação dessa matéria, o visionamento do filme “Hannah
Arendt” (ver anexo 7), como forma de integração de uma atividade do Projeto N.O.M.E.S.
(Nomes e Olhares sobre a Memória e o Ensino da Shoá)3, em comemoração do septuagésimo
aniversário do fim do Holocausto. A atividade em questão consistiu no visionamento, e
exploração do filme supracitado, tendo sidos abordados os aspetos essenciais do filme,
nomeadamente os problemas de cariz ético que se levantam ao longo de toda a película. A
atividade culminou com a realização de um questionário oral, e com um pequeno debate, que
proporcionou aos alunos uma valiosa oportunidade de pôr em prática as suas capacidades
argumentativas e de análise crítica. Saliento que este exercício cativou mesmo os alunos menos
participativos, uma vez que o assunto era do claro interesse de todos os membros da turma, e
tiveram oportunidade de abordar o assunto em questão (banalidade do mal), aplicando
conhecimentos adquiridos em aulas anteriores.
Chegamos então a um assunto central na lecionação do programa de filosofia do 10º: a
ética utilitarista de John Stuart Mill, e a ética deontológica de Immanuel Kant (ver anexo 3),
abordados no ponto “3.1.3. A necessidade de fundamentação da moral – análise comparativa
de duas perspetivas filosóficas” (AAVV, 2001).
Para este conjunto de aulas, selecionei um conjunto de diferentes recursos didáticos que
me pareceram ser os mais adequados, não só a nível pedagógico, como a nível motivacional,
nomeadamente um vídeo (excerto de filme); fichas de trabalho, e claro, utilização do quadro.
Tendo em conta as aulas que assisti, e aulas por mim já lecionadas até este ponto, já
tinha uma ideia muito clara da dinâmica da turma, e da forma como lidavam com os vários
métodos pedagógicos usados. Também tive oportunidade de refletir, e testar, aquela que
considerei ser a melhor forma de usar vários materiais didáticos. Não só no que concerne à
seleção dos mesmos, assim como a melhor forma dos aplicar, ou seja, qual a melhor altura
3 Projeto do Agrupamento de Escolas de Vilela (Paredes) sobre o ensino e a memória da Shoá (Holocausto) através de relatos humanos, para que se possa perceber que não é de números que se trata mas de seres humanos, quando se evoca a “Solução Final do problema judeu” perpetrada pelos Nazis.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
29
para recorrer ao manual, usar um vídeo, mostrar imagens, discutir notícias, ou desenhar e
aplicar exercícios escritos e/ou orais.
Tendo como documento fundamental e orientador da prática o Programa, definem-se, de
seguida os pontos essenciais que deveriam ser abordados. Tendo também em conta o esquema
de lecionação proposto pelo manual, os textos nele introduzidos, as explicações oferecidas, e
que tipo de questões/exercícios eram propostos, fiz então a seleção de textos e exercícios que
considerei mais pertinentes e úteis, e preparei alguns exercícios para realizar durante as aulas,
intercalando com as leituras do manual, e as explanações orais. O propósito fundamental desta
preparação foi o de criar o trajeto que tornasse a matéria abordada mais clara e fácil de
assimilar, ao mesmo tempo criando uma noção de utilidade dos assuntos abordados, tendo
sempre em conta o fator motivação – não só de empenho durante a aula em si, mas também
como de criação de vontade genuína de aprender.
Apesar de o manual propor começar esta unidade temática abordando Kant, optei por
começar a lecionação abordando a ética utilitarista de Mill. Optei por esta abordagem, uma vez
que me pareceu que, perante o universo muito específico da turma, que seria mais produtivo
abordar a questão do utilitarismo, sendo que este conceito seria mais intuitivo e fácil de ser
entendido pelos discentes, devido ao grau de “objetividade” e “praticalidade” desta teoria em
particular vito que esta turma dava importância exclusiva ao conhecimento que pudesse ser
aplicado no dia-a-dia, ou em hipotéticas situações profissionais nas áreas das ciências,
mostrando especial aversão a conceitos mais abstratos.
Recorrendo, numa primeira fase, ao manual, iniciei a abordagem a Mill com uma
introdução ao conceito de utilitarismo, frisando a ideia de que “as nossas ações serão morais se,
e somente se, previsivelmente maximizarem imparcialmente a felicidade do conjunto dos
afetados” (Amorim e Pires, 2013: 131). Explanei os conceitos de felicidade e utilitarismo,
ditando essas pequenas definições, de forma a facilitar aos alunos a interiorização desses
conceitos, e a ficar com um registo escrito, para recorrer em trabalho autónomo de estudo.
Prossigo com um contexto biográfico do filósofo. Esta contextualização é essencial para
uma boa compreensão do assunto, e é essencial para que se perceba melhor o porquê de terem
ocorrido determinados acontecimentos, assim como a justificação da proliferação de certas
linhas de pensamento.
Após a leitura da pequena biografia apresentada no manual, incentivei os alunos a
recorrerem aos seus conhecimentos de história (por diversas vezes fui surpreendido com a
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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demonstração, por parte de vários elementos da turma, de bons conhecimentos em diversas
áreas), para se lembrarem de acontecimentos relevantes que pudessem ter influenciado o vida e
pensamento de Mill, durante o seu período de vida (1806-1873). Com um pequeno auxílio,
conseguiram indicar a revolução francesa como um evento que poderia ter influenciado o
filósofo. Pareceu-lhes, e bem, que os conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade se
enquadram nos preceitos utilitaristas. Esta contextualização serviu para relembrar os alunos que
as teorias filosóficas não nascem por acaso, sendo sempre influenciadas pelos vários contexto
históricos, sociais, económicos, geográficos, em que se inserem filósofos em questão.
Após esta contextualização, seguiu-se uma explanação e anotação no quadro dos
pressupostos do utilitarismo de consequencialismo, hedonismo, e imparcialidade. Esta anotação
foi feita com intuito de deixar sempre disponível esta informação para consulta durante o
decorrer do resto da aula, uma vez que os alunos demonstraram alguma dificuldade em
distinguir os conceitos.
Foram feitas leituras de textos do manual, seguidas sempre por questões aos alunos,
com o intuito de verificar se os conceitos estariam a ser bem assimilados, e de forma a manter
os discentes “despertos” e atentos à aula. Para além de usar questões propostas no manual,
lançava dilemas éticos hipotéticos, previamente preparados, para que fossem resolvidos de um
ponto de vista utilitarista, colocando os alunos numa posição de primeira pessoa, e portanto, no
centro da ação. Mais especificamente, uma das questões foi, de forma abrangente, e segundo o
ponto de vista utilitarista, se “a vida humana é inviolável”, recordando, de seguida, a uma
situação hipotética já abordada previamente na aula em que iniciamos o estudo da Ética: “o
aluno é um cirurgião, e precisa de órgãos para salvar quatro pessoas. O novo rececionista é
dador compatível com os quatro pacientes. Poderá justificar-se matar o rececionista para salvar
os pacientes?”.
Estes exercícios mostraram-se especialmente cativantes, sendo que os alunos
participavam de forma ativa, com entusiasmo, e de forma (maioritariamente) muito produtiva,
acrescentando variáveis aos dilemas propostos, que poderiam alterar de forma dramática a sua
“resolução”, como por exemplo “um dos doentes vai-se tornar um novo Hitler”, ou “o
rececionista está a estudar medicina e vai descobrir a cura para o cancro”. Enquanto
contemplavam todas estas variáveis, iam usando conceitos já estudados de forma natural como
a de consciência moral, ou mesmo o conceito de hierarquização de prazeres, testando, desta
forma, os limites dos preceitos do conceito utilitarista.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
31
A abordagem a algumas das objeções ao utilitarismo foi especialmente gratificante e
motivador, tanto para mim, enquanto docente, comos para os discentes, uma vez que
descobriram “sozinhos”, com as intuições deles, aliados aos conhecimentos adquiridos,
conseguiram levantar as mesmas objeções que outros filósofos levantaram a esta teoria
filosófica, como a impossibilidade de prever todas as consequências das ações, ou a dificuldade
em quantificar a felicidade.
Após o estudo da ética utilitarista, e mais concretamente, a ética de Mill, passamos
então para a ética deontológica de Kant.
Prevendo um maior grau de dificuldade sentida pelos alunos, devido ao cariz mais
abstrato desta teoria, optei por uma abordagem mais exaustiva da matéria. Usando o mesmo
esquema para Mill, introdução do conceito de ética deontológica, biografia do filósofo, textos, e
dilemas éticos, a grande alteração na metodologia prendeu-se a um maior número de “ditados”
de conceitos, e de realização de exercícios.
Após uma interiorização sólida da distinção de ação por dever (paradigma da moralidade
de Kant – ação por puro respeito à lei, independente dos nossos interesses, inclinações ou
desejos) e ação conforme ao dever (apesar da ação cumprir a lei, é motivada por interesses,
inclinações ou desejos – segundo Kant, desprovida de valor moral, independentemente de ser
conforme a lei), abordei os conceitos de imperativo categórico e hipotético. No tratamento destes
conceitos, foi essencial o recurso aos dilemas éticos, e às suas hipotéticas resoluções, de forma
a clarificar as distinções entre ambos imperativos.
O caráter abstrato, e absoluto do imperativo categórico, e das formulações da lei
suprema da moralidade (dando especial relevo à primeira formulação – “Age apenas segundo
uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”) provocou
grande dificuldade de interiorização por parte dos discentes. Foi necessário, através da criação
de cenários hipotéticos, e algumas variáveis do mesmo, mostrar que o resultado seria sempre o
mesmo. Revisitando, por exemplo, uma vez mais, o cenário do cirurgião, e de algumas variáveis
anteriormente propostas, os discentes finalmente conseguiram perceber, que
independentemente de quem fossem os quatro doentes (cientistas quase a descobrir a cura do
cancro, por exemplo), e do conhecimento certo de quem viria a tornar-se o rececionista dador
compatível de órgãos (o maior tirano e genocida da história de toda a humanidade), segundo o
imperativo categórico, não poderíamos sacrificar a vida do futuro tirano, para salvar a vida dos
pacientes que iriam descobrir a cura para o cancro.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
32
Tal como em Mill, após estes exercícios, os alunos conseguiram levantar algumas
objeções à ética Kantiana, previamente levantadas por outros filósofos.
No final desta unidade, e de forma a consolidar os conhecimentos, conforme
mencionado anteriormente, realizei um conjunto de atividades cujo foco foi a contraposição das
teorias deontológica e utilitarista.
Os alunos mostravam-se algo apreensivos com a aparente complexidade da tarefa. De
forma a facilitar o exercício, optei por aplicar um suporte audiovisual para apresentação do caso
hipotético que serviria de base para o conjunto de exercícios que se seguiria, nomeadamente um
excerto do filme “Batman O Cavaleiro das Trevas”, apoiado num guião de visionamento (ver
anexo 8). Apesar de haver uma aparente aversão a usar filmes blockbuster, e existir uma
tendência para, nas aulas, optar por usar filmes de autor, ou clássicos do cinema, parece-me
que nem sempre essa será a melhor das opções, pois os alunos tendem a desinteressar-se do
filme e, consequentemente, do conteúdo do filme que está a ser projetado, anulando o propósito
do uso desse recurso. Parece-me ser mais interessante, no caso do cinema, procurar filmes
mais recentes e populares, aumentando a probabilidade do aluno já ter visto o filme, e ter
gostado. Para além de motivador, ajuda a mostrar que muitas das ideias usadas nas histórias
desses filmes baseiam-se em conceitos filosóficos, ou podem ser abordadas no campo da
filosofia, mostrando, uma vez mais, que a filosofia é uma disciplina que influencia o mundo em
diversos campos (inclusive no do entretenimento).
Optei por um excerto do filme em questão (1:57:00 - 2:10:16), porque são levantados,
de forma explícita e intencional, vários dilemas éticos que têm de ser resolvidos pelas
personagens do filme: num caso temos uma situação em que Joker (vilão) faz reféns os
passageiros de dois barcos (um com civis, e outro com reclusos), dando a possibilidade a cada
um dos grupos, dentro um período de tempo determinado, de fazer explodir o outro barco para
salvar as próprias vidas – ou matam centenas de vidas, ou arriscam-se a morrer numa explosão
provocada pelas outras pessoas. No outro cenário temos uma situação em Batman (herói) vê-se
perante a possibilidade de matar, ou simplesmente prender Joker, sabendo de antemão que o
Joker, à primeira oportunidade, iria enveredar, uma vez mais, em situações de violência e
destruição desmesuradas.
O facto da maioria dos alunos conhecer e ter visto o filme, motivou-os especialmente, e
despertou-lhes a curiosidade para “o que é que o Batman tem a ver com Kant ou Mill”.
Aparentemente, mais do que eles julgavam. Após o visionamento do excerto, da exploração do
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
33
guião, e resolução da ficha, onde eram confrontados as teorias estudadas, iniciou-se um
pequeno debate no qual foi discutido o código de conduta do Batman (que jurou nunca matar
ninguém, independentemente de tudo), tendo os alunos chegado à conclusão que a personagem
de ficção é, tal como Kant propunha, regido por um imperativo categórico. A descoberta de que
a personagem do filme ser Kantiana divertiu imenso os alunos, que admitiram começar a “olhar
para as coisas” de forma diferente, desde situações do dia-a-dia, a situações fictícias do cinema,
analisando-as de forma mais complexa e crítica.
Apesar do sucesso do exercício em termos motivacionais, detetei que ainda muitos
alunos apresentavam algumas dificuldades na assimilação e domínio da terminologia das teorias
estudadas, especialmente a ética deontológica de Kant. Para consolidar conhecimentos, preparei
a realização em sala de aula, de uma ficha de trabalho escrita (ver anexo 9), onde foram
abrangidas as principais questões e conceitos das éticas deontológicas e utilitaristas, ficando os
alunos com material adicional para posterior estudo autónomo.
3.1.3 Descrição das aulas – Política
Seguindo o Programa, passamos para o ponto “3.1.4. Ética, direito e política (AAVV,
2001).
Para a abordagem desta temática, optei por seguir a estrutura proposta pelo manual,
começando por efetuar uma introdução ao tema, com as definições de direito e política, e qual a
relação entre esses dois conceitos, e a ética (ver anexo 4).
Explicitados estes conceitos, e a relação entre eles (em linhas extremamente simples: a
ética dá-nos forma de refletir sobre como devemos agir, enquanto que a política tem como
objetivo organizar a melhor forma possível a convivência social, recorrendo à formulação de leis),
introduzi também conceito de desobediência civil. Estudados estes conceitos, selecionei duas
notícias de jornal para serem trabalhadas no âmbito da matéria lecionada, abordando os temas
de leis (i)morais e desobediência civil.
A primeira notícia foi retirada do jornal Público (ver anexo 10), e data de 14-01-2014,
sendo referente à recente lei assinada pelo Presidente da Nigéria Goodluck Jonathan, que
criminaliza a homossexualidade, banindo também associações de defesa de direitos dos
homossexuais. Esta notícia foi projetada em sala de aula na íntegra, sendo que também nela se
refere a crítica feita por diversos países e organizações como ONU, que considerou que esta lei
viola o direito internacional, assim como a Amnistia Internacional, que indicou que esta
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34
legislação “ataca os direitos básicos”. Esta notícia serviu para fomentar a discussão sobre a
legitimidade de existência preceitos morais na criação e execução de leis. Uma vez mais, este
exercício foi útil para demonstrar a utilidade do estudo da filosofia, sendo essencial para a
abordagem a estas questões.
A notícia seguinte, também do jornal Público (ver anexo 10), datada de 07-03-2014, foi
antecipada pelos alunos, uma vez que tratava da desobediência civil, e foi publicada no rescaldo
de vários protestos das forças policiais, manifestando-se em prol de melhores condições salariais
e laborais. Na véspera da aula, os manifestantes subiram, de forma considerada pacífica, parte
da escadaria do Parlamento em São Bento, sendo que é prática ilegal. Esta notícia, também
projetada em sala de aula, foi usada como mote para um debate sobre a legitimidade desta
forma de protesto, incentivando os alunos a fundamentarem as suas opiniões, e sempre que
possível, a invocarem argumentos deontológicos ou utilitaristas.
As lições número 64 a 69 (ver anexo 5) destinaram-se ao estudo da legitimidade do
Estado, segundo a perspetiva naturalista de Aristóteles, a perspetiva contratualista de John
Locke, culminando com o visionamento na íntegra, apoiado em guião, do filme “O Senhor das
Moscas” (baseado no clássico da literatura de William Golding), efetuando-se a realização verbal
de uma pequena ficha de trabalho.
Após análise da estrutura proposta pelo manual optei por iniciar a lecionação desta
temática abordando, de forma genérica, a importância de existência e legitimidade do Estado,
questionando os discentes, sobre quais as suas ideias relativamente a este assunto, anotando
no quadro as ideias propostas, como “segurança”, “ordem”, “estabilidade”.
Só depois desta primeira aproximação efetuada com o objetivo de esclarecer quais as
questões que seriam abordadas (“o que legitima o Estado”; “como existe o Estado”; e “o que é
o Estado”) passei à lecionação da perspetiva naturalista de Aristóteles.
Tal como anteriormente, optei por fazer uma breve contextualização histórica da vida
desse filósofo, recorrendo como base a pequena biografia disponibilizada no manual,
recordando, também, alguns aspetos da vida da Grécia Antiga, já abordados pela Professora
titular Dra. Paula Ribeiro, aquando da introdução do conceito de filosofia.
O desenvolvimento da ciência política foi o ponto mais focado nessa contextualização,
assim como o debate que surgiu em torno do conceito de politeia (da constituição), onde a
reflexão cairia sobre qual seria o melhor modelo de constituição que asseguraria um elevado
nível de bem-estar para o maior número de cidadãos (com todas as condições que eram
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
35
necessárias para se ser considerado cidadão na Grécia Antiga – tendo sido estas condições
também recordadas).
Após a contextualização, foram estudados na teoria de Aristóteles os conceitos de vida
boa ou felicidade, assim como as ideias de família, aldeia, e cidade, e conceito do homem ser
um animal político por natureza.
O trajeto usado para a lecionação da perspetiva contratualista de Locke foi semelhante,
recorrendo sempre ao manual, ao uso do quadro para registo das principais ideias a reter, e a
questões colocadas gradualmente: contextualização histórica, explanação dos principais
conceitos como o de estado de natureza e contrato social. Para a abordagem destes conceitos,
recorri, uma vez mais, à narração de situações hipotéticas, colocando questões que situassem
os alunos numa perspetiva de primeira pessoa.
Para culminar a lecionação desta matéria, e de forma a consolidar a perspetiva de
Locke, preparei o visionamento na íntegra do filme “O Senhor das Moscas”.
Selecionei este filme por diversos motivos. Num aspeto mais geral, e como referido
anteriormente, constatei que o visionamento de filmes (ou excertos) funciona muitíssimo bem
nesta turma, desde do ponto de vista motivacional (desperta sempre o interesse), como do ponto
de vista pedagógico (ajuda-os a visualizar e a interiorizar melhor alguns conceitos considerados
mais abstratos).
De forma a perceber o interesse deste filme para a lecionação desta parte do Programa,
passo a fazer a um fazer um pequeno resumo do enredo: o filme começa com o despenhamento
de um avião num oceano. Os passageiros desse avião são jovens membros de uma escola
militar, sendo que o único adulto presente é o capitão do avião (que fica extremamente enfermo
devido a ferimentos provocados pelo acidente). Os sobreviventes, em botes insufláveis, chegam
a uma ilha deserta. Esta ilha proporciona recursos aparentemente abundantes, comida, água,
abrigo. Uma vez que não há sociedade instaurada, este cenário representa, na perfeição, o
conceito de estado de natureza. Dado que os jovens se encontram sem as regras impostas (leis)
“pelos adultos” (Estado), e consequentemente sem as represálias de não seguir essas regras,
depressa os protagonistas começam a divergir relativamente à forma com acham que devem
agir. Um grupo tenta criar uma sociedade organizada, com regras, enquanto outro grupo apenas
faz o que quer, tornando-se inclusive violentos. Este cenário é demonstrativo de uma das
justificações do Estado – segurança.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
36
Dado o enredo acima descrito, considerei que este filme fosse especialmente cativante,
pois as personagens principais do filme são jovens, com idades muito próximas das dos alunos,
o que ajuda sempre na autoprojeção para o enredo do filme, ou seja, a identificarem-se com as
personagens, a “viver” as situações representadas no filme, e mais importante de tudo, a
questionarem-se o que fariam naquela posição.
Uma vez que no filme é representada uma situação do estado de natureza, os alunos
ficaram com uma ideia bem mais concreta do cenário proposto por Locke, para justificar a
existência do Estado. Dado que um dos grupos de sobreviventes optou pelo recuso à violência
para se impor ao outro grupo, fiz também, após o visionamento do filme, e apesar de não fazer
parte do Programa, uma breve referência a Thomas Hobbes, e ao seu conceito de estado de
natureza, e à sua justificação de Estado. Fiz este pequeno parêntesis com o objetivo de recordar
os alunos que há muita mais filosofia para além do que é lecionada nas aulas do ensino
secundário, e para dar uma outra perspetiva sobre os conceitos abordados.
Após o filme, foi realizada oralmente, em sala de aula, uma pequena ficha referente de
consolidação dos pontos-chave abordados no filme (ver anexo 11).
3.1.4 Descrição das aulas – Estética
Terminei as minhas regências no ponto “3.2. A dimensão estética – análise e
compreensão da experiência estética” (AAVV, 2001), cobrindo, mais especificamente, o ponto
“3.2.1. A experiência e o juízo estético” (AAVV, 2001) (ver anexo 6).
A decisão de optar por este trajeto, e não pela abordagem à dimensão religiosa,
prendeu-se exclusivamente com o perfil da turma, sendo que demonstraram em diversas
situações de aula, que este tema seria especialmente inflamador, e que não haveria (ainda)
maturidade para o bom estudo desta unidade. Como frisado anteriormente, a turma, enquanto
grupo, apresentava tendência para dispersar, e ter comportamentos disruptivos. Deste modo,
abordar um tema que, aparentemente, seria mais inócuo em termos de proporcionar reações
mais voláteis, assegurou-se um ambiente mais propício à lecionação da matéria, e à boa
transmissão dos conteúdos programáticos.
Apesar da clara evolução da capacidade de pensamento abstrato demonstrada por um
grande grupo de alunos, sentia ainda algumas dificuldades nos restantes. Assim, para a
explanação dos conceitos de experiência estética, e juízo de gosto sob a perspetiva de Kant, para
além do recuso ao materiais didáticos comuns (manual, quadro), preparei o visionamento de
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
37
duas imagens (ver anexo 12), nomeadamente uma fotografia do interior da Capela Sistina no
Vaticano, e uma fotografia de uma trovoada vulcânica durante a erupção do vulcão Puyehue no
Chile.
O objetivo do visionamento desta imagens foi demonstrar que se podem ter experiências
estéticas não só com o contacto com arte, mas também noutras situações, sendo o cerne dessa
experiência o impacto, de tal forma avassalador, que consideremos que qualquer pessoa perante
o mesmo cenário sentiria exatamente o mesmo (universalidade), proporcionando uma
contemplação desinteressadamente (sem interesse na eventual utilidade do que estamos a
observar). Durante este visionamento fui questionando que mais situações poderiam
proporcionar este tipo de experiência. Estes exercícios serviram também para demonstrar a
subjetividade característica do juízo de gosto que, segundo Kant, depende exclusivamente do
agrado ou desagrado do sujeito.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
38
4. Análise de Dados
Como instrumento de recolha de informação para avaliação do projeto, para além do
feedback conseguido durante a observação e regência das aulas, apliquei um questionário com
o intuito de tentar verificar a correlação entre os materiais didáticos que mais motivam os
alunos, os que lhes são mais úteis para apreender os conteúdos programáticos, e os que são
mais utilizados no trabalho/estudo autónomo dos discentes (ver anexo 13).
O objetivo será, após análise efetiva de dados, recolher quais são, especificamente, os
materiais didáticos que os motivam mais, os mais úteis para aprender, e os mais úteis para
estudarem sozinhos, e verificar se e quais os que são abrangidos em todos os espectros a
avaliar.
Este questionário foi passado a um total de 21 alunos presentes em sala de aulas, e foi
realizado de forma completamente anónima, de forma a assegurar a veracidade das respostas.
4.1 Classificação do recurso didático “Manual Escolar” em termos de:
Figura 1
Pela análise do primeiro gráfico acima apresentado pode-se concluir que a utilização do
recurso didático “Manual Escolar” influencia de forma diversificada os alunos da turma em
estudo relativamente à sua motivação para o estudo da disciplina de filosofia. Ainda assim, este
recurso didático recolheu mais respostas positivas quanto ao seu efeito na motivação dos alunos
do que negativas. No entanto, a percentagem de alunos neutra igualou aqueles que consideram
a utilização deste recurso de elevada motivação.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
39
Ao mesmo tempo percebe-se, pela análise dos restantes gráficos apresentados, que a
grande maioria dos alunos utiliza o “Manual Escolar” para aquisição de conhecimentos sobre as
matérias lecionadas e para facilitação do seu trabalho autónomo.
Os três gráficos apresentam uma distribuição de respostas parecida pelas diversas
categorias possíveis o que indicia uma correlação positiva entre a motivação proporcionada por
este recurso didático e a sua utilização por parte dos alunos como veículo para aquisição de
conhecimentos e facilitador do trabalho autónomo.
4.2 Classificação do recurso didático “PowerPoint” em termos de:
Figura 2
Relativamente ao seu efeito na motivação dos alunos da turma em estudo, a utilização
do recurso didático “PowerPoint” reuniu apenas respostas neutras ou positivas, podendo-se
inferir deste resultado que a sua utilização foi extremamente proveitosa em termos de melhoria
da motivação da turma para a aprendizagem na disciplina de filosofia.
Ao mesmo tempo, é percetível pela análise dos outros dois gráficos, que este recurso
didático também foi utilizado de forma positiva pelos alunos para aquisição dos conhecimentos
relativamente às matérias em que foi utilizado e para apoio e facilitação do seu trabalho
autónomo.
Mais uma vez é patente a relação proporcional entre a motivação que o recurso didático
“PowerPoint” proporcionou aos alunos e a sua utilização para aquisição de conhecimentos e
trabalho autónomo.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
40
4.3 Classificação do recurso didático “Vídeos/filmes” em termos de:
Figura 3
Tal como o verificado para a utilização do recurso didático “PowerPoint”, a utilização do
recurso didático “Videos/filmes” não obteve qualquer resposta negativa relativamente à sua
influência na motivação dos alunos, podendo-se também aqui concluir que a sua utilização foi
extremamente proveitosa em termos de melhoria da motivação da turma para a aprendizagem
nesta disciplina.
Segundo as respostas obtidas, a utilização deste recurso didático promoveu eficazmente
a aquisição de conhecimentos, havendo também aqui uma correlação entre o grau de motivação
dos alunos perante a utilização de determinado recurso didático e a sua facilidade na aquisição
de conhecimentos da matéria lecionada.
Este recurso didático não foi, todavia, tão importante como agente facilitador do trabalho
autónomo, o que será facilmente explicado pelo facto de ser um recurso utilizado exclusivamente
durante as aulas (visionamento durante o período da aula).
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
41
4.4 Classificação do recurso didático “Imagens” em termos de:
Figura 4
Pela análise do primeiro gráfico acima apresentado pode-se concluir que a utilização do
recurso didático “Imagens” influencia de forma diversificada a motivação para a aprendizagem
dos alunos da turma em estudo. Apesar de uma distribuição ponderada pelas diversas
categorias, pode-se afirmar que este recurso é positivo na melhoria da motivação dos alunos
pois, para além do facto de a categoria “Muitas Vezes” ter reunido praticamente metade das
respostas obtidas, a categoria “Nunca” obteve zero respostas.
A influência da utilização deste recurso na aquisição de conhecimentos e como agente
facilitador do trabalho autónomo é igualmente positiva, havendo semelhanças na distribuição
das respostas pelas várias categorias para as três questões colocadas, sendo mais uma vez
patente a relação proporcional entre a motivação proporcionado aos alunos e a sua função de
agente da aprendizagem.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
42
4.5 Classificação do recurso didático “Texto Filosófico” em termos de:
Figura 5
Como se pode concluir pela análise do primeiro gráfico apresentado, a utilização do
“Texto Filosófico” no ensino da disciplina de filosofia não motiva os alunos, tendo-se obtido 47%
de respostas negativas em oposição a apenas 29% de respostas positivas.
Relativamente aos campos de aquisição de conhecimentos e através do “Texto
Filosófico” e da facilitação do trabalho autónomo as respostas obtidas tornam-se mais positivas
podendo-se daí concluir que, apesar da pouca motivação que este recurso didático cria nos
alunos, é um veículo considerado minimamente eficaz na aquisição de conhecimentos relativos
á matéria lecionada.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
43
4.6 Classificação do recurso didático “Debates” em termos de:
Figura 6
A avaliação da utilização de “Debates” na motivação dos alunos gerou respostas em
muito semelhantes à utilização de “Imagens”. Apesar de uma distribuição ponderada pelas
diversas categorias, pode-se afirmar que este recurso é positivo na melhoria da motivação dos
alunos pois para além do facto de a categoria “Muitas Vezes” ter reunido praticamente metade
das respostas obtidas, a categoria “Nunca” obteve zero respostas, e as categorias “Muitas
Vezes” e “Sempre” juntas obtêm cerca de três quartos das respostas.
A influência da utilização deste recurso na aquisição de conhecimentos e como agente
facilitador do trabalho autónomo é igualmente positiva, havendo semelhanças na distribuição
das respostas pelas várias categorias para as três questões colocadas, sendo mais uma vez
patente a relação proporcional entre a motivação que o recurso didático proporciona aos alunos
e a sua função de agente da aprendizagem.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
44
4.7 Classificação do recurso didático “Esquema Síntese” em termos de:
Figura 7
Pela análise do primeiro gráfico acima disposto é possível perceber que a utilização do
“Esquema Síntese”, normalmente apresentado aos alunos no final de cada matéria, ajudou a
aumentar os níveis de motivação destes durante a aprendizagem da filosofia, uma vez que a
clara maioria das respostas obtidas foram para a categoria “Muitas Vezes”.
Ao mesmo tempo percebe-se, pela análise dos restantes gráficos apresentados, que a
grande maioria dos alunos utiliza o “Esquema Síntese” para aquisição de conhecimentos sobre
as matérias lecionadas e para facilitação do seu trabalho autónomo.
Os três gráficos apresentam uma distribuição de respostas pelas diversas categorias
positivas possíveis o que indicia uma correlação positiva entre a motivação proporcionada por
este recurso didático e a sua utilização por parte dos alunos como veículo para aquisição de
conhecimentos e facilitador do trabalho autónomo.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
45
4.8 Classificação do recurso didático “Casos Práticos/Situações do
Quotidiano” em termos de:
Figura 8
A utilização de “Casos Práticos” para o ensino das matérias lecionadas na disciplina de
Filosofia teve um grande impacto motivador nos alunos da turma. Este impacto traduziu-se numa
clara maioria de respostas nas categorias “Muitas Vezes” e “Sempre” e num nulo para a
categoria “Nunca”.
O gráfico seguinte, sendo praticamente igual ao primeiro na distribuição de respostas,
demonstra que este recurso didático, para além de motivador, proporciona efetivamente uma
valiosa ajuda na aquisição de conhecimentos pela sua utilização durante a lecionação da
disciplina de Filosofia. O seu efeito como agente facilitador do trabalho autónomo por parte dos
alunos é igualmente positivo, sendo mais uma vez patente a relação de proporcionalidade direta
entre a motivação que o recurso didático proporciona aos alunos e a sua função de agente da
aprendizagem.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
46
4.9 Classificação do recurso didático “Fichas de Trabalho” em termos de:
Figura 9
A utilização deste recurso didático, “Fichas de Trabalho”, é a que, entre os recursos
didáticos estudados, menos motivou os alunos da turma para a aprendizagem da disciplina de
filosofia, tendo reunido mais de 50% de respostas nas suas categorias negativas.
No entanto, pela análise dos outros dois gráficos apresentados, é de notar que este
recurso didático tem um impacto positivo na aquisição de conhecimentos dos alunos e é um
agente facilitador do trabalho autónomo para a maioria dos alunos da turma, apesar de pouco
motivador.
Desta forma conclui-se que apesar da pouca motivação que este recurso didático cria
nos alunos, ele é um veículo minimamente eficaz na aquisição de conhecimentos relativos á
matéria lecionada.
Em conclusão, pelo estudo realizado com a turma em questão, a maioria dos recursos
didáticos analisados apresenta uma forte correlação entre o seu grau motivador e a sua função
como agente facilitador da aquisição de conhecimentos e do trabalho autónomo. As exceções a
esta regra são a utilização do “Texto Filosófico” e das “Fichas de Trabalho” que, embora não
proporcionando aos alunos forte motivação para a aprendizagem, são por estes reconhecidos
como veículos importantes de aprendizagem e de trabalho autónomo.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
47
CONCLUSÃO
Findo o trajeto que culmina com este relatório será importante efetuar considerações
finais, refletindo essencialmente nos pontos-chave da execução do relatório e, acima de tudo, no
que considero tratar-se do principal ponto do Mestrado – o Estágio – uma vez que é nesta
situação que se põem em prática todas as teorias pedagógicas adquiridas durante o período do
curso de Mestrado, que se testa o próprio conhecimento filosófico, e que se desenvolve o Projeto
de intervenção pedagógica no âmbito do Mestrado em Ensino da Filosofia no Ensino Secundário.
Durante a realização deste trabalho, tive oportunidade de confirmar algumas intuições
no que concerne à forma como a disciplina de Filosofia é vista pelos alunos – apenas uma
disciplina sem utilidade prática “que é só para passar”; no que respeita a causas influenciadoras
de motivação; que a diversificação de recursos didáticos é fator essencial como fator
motivacional para a aprendizagem e estudo da Filosofia.
Como instrumento de recolha de informação para avaliação do projeto, para além do
feedback conseguido durante a observação e regência das aulas, apliquei um questionário com
o intuito de tentar verificar a correlação entre os materiais didáticos que mais motivam os
alunos, os que lhes são mais úteis para apreender os conteúdos programáticos, e os que são
mais utilizados no trabalho/estudo autónomo dos discentes, tendo verificado, após tratamento
de dados, que algumas das estratégias que mais motivam os alunos nem sempre são as mais
úteis para trabalho autónomo, sendo, no entanto, facilitadoras de aprendizagem com sendo os
“Debates”. Por outro lado, há materiais que apesar de não serem tão motivadores, facilitam o
trabalho autónomo, e consequente retenção dos conteúdos programáticos como sendo os
recursos mais clássicos: o “Texto Filosófico” e as “Fichas de Trabalho”. Há, no entanto,
materiais que são abrangidos em todos os espectros a avaliados, como por exemplo o recurso a
“Casos Práticos/Situações do quotidiano”.
No que toca à relevância do Projeto, após aplicação do mesmo em ambiente de sala de
aula, e a confirmação das minhas intuições, creio que se reveste de especial importância, e
merecedor de futuros estudos.
Deparei-me também com uma realidade onde é dificílimo manter a atenção dos alunos,
e mais difícil ainda conseguir despertar-lhes o interesse à disciplina de Filosofia no seu espectro
global, obrigando-me a recorrer a todas as ferramentas pedagógicas adquiridas durante a
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
48
realização do Mestrado, por forma a concretizar os objetivos da realização do Projeto, assim
como à própria lecionação da disciplina.
Apesar de tudo, creio que consegui desmontar alguns dos preconceitos existentes em
volta da Filosofia, tendo conseguido demonstrar a sua aplicabilidade não só em casos muitos
específicos, assim como no próprio decorrer do dia-a-dia. Consegui também, exceto nalguns
momentos isolados, manter um grau satisfatório de atenção por parte dos discentes,
conseguindo inclusive despertar um interesse genuíno em algumas temáticas abordadas. Para
isto foi essencial um constante diversificar de metodologias e materiais didáticos durante cada
aula, impondo, sempre que possível, ritmos e momentos distintos durante o decorrer dos 50
minutos.
O facto do tempo de duração das aulas ser de 50 minutos, tal como referido
anteriormente, levaram-me à reestruturação de algumas estratégias já delineadas, e à
reformulação de alguns materiais didáticos, uma vez que em 90 minutos teria mais tempo
disponível para poder utilizar recursos mais variados e motivadores.
Durante todo o processo da realização do estágio, dando especial relevo às regências,
verifiquei ter uma curva crescente de aprendizagem não só em termos pedagógicos, como em
termos organizacionais e de relações interpessoais. Saí de todas as regências com algo novo a
acrescentar ao meu leque de competências e metodologias, sentindo uma evolução e melhoria
constantes de aula para aula. Tendo noção de que comecei bem, sei que terminei muito melhor.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
49
Bibliografia4
AAVV (2001). Programa de Filosofia 10º e 11º Anos. Cursos Científico-Humanísticos e Cursos
Tecnológicos. Lisboa: Ministério da Educação.
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paredes.pt/NR/rdonlyres/E3F05640-0454-4E12-BA9D-
1FCFF65EF441/0/cmp_carta_educativa_paredes_volume_I.pdf> Consultado: 05-11-2013.
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Bandura, A. (1977). Self-efficacy: Toward a unifying theory of behavioral change,
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Boavida, J. (2010). Educação Filosófica: Sete ensaios. Coimbra: Imprensa da Universidade de
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Ferrandez, A.; Sarramona, J. & Tarin, L. (1988). Tecnologia Didactica. Teoría y práctica de la
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Garanderie, A. De La (1982). Pedagogia dos Processos de Aprendizagem. Porto: Asa.
Tradução portuguesa: Paulo Francisco Melo.
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Reference.
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4 Não se faz distinção entre bibliografia usada e bibliografia consultada.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
50
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Kant, I. (1990) Cursos no Semestre do Inverno de 1765 – 1766, in Filosofia, Vol. II, pp. 174-
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Peterson, P.; Baker, E. & McGaw, B. (2010) (eds.). International Encyclopedia of Education,
3rd Ed. Oxford: Elsevier.
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A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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Weiner, B. (1992). Human Motivation. Metaphors, Theories, and Reaserch. London: Sage
Publications.
Williams, S. (2003). Technology in Education: Current Trends, pp. 2509-2513.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
52
Anexo 1 – Lições n.º 45 a 46
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 23/01/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº45 Sumário: Ética ou filosofia moral; A intenção ética e a norma moral.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.1. Intenção ética e norma moral.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Pressupostos da natureza da moralidade. Distinção concetual entre moral e ética, intenção e norma.
Explicitar os conceitos de ética, moral, intenção, norma. Esclarecer a distinção concetual entre moral e ética, intenção e norma. Introdução dos conceitos de egoísmo ético e egoísmo psicológico.
Ética Moral Intenção Norma Egoísmo psicológico Egoísmo ético
Leitura, exploração e análise do texto nº 1 (pag.106) do manual Clube das Ideias. Realização da questão proposta pelo manual relativa ao texto em questão. Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática. Exploração de dilemas éticos propostos pelo docente. Formulação contínua de questões de forma a verificar se o grau de compreensão desejado dos conteúdos está a ser conseguido.
Quadro Textos do manual Computador Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
53
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 24/01/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº46 Sumário: Uma conceção mínima de moralidade. Comunidade ética global.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.2. A dimensão pessoal e social da ética – o si mesmo, o outro e as instituições.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Relação entre liberdade, responsabilidade e consciência moral.
Relacionar os conceitos de ação moral, liberdade, responsabilidade e consciência moral. Abordagem da ideia de “dever ser moral”. Exploração do conceito de “comunidade ética global”.
Consciência moral Liberdade moral Responsabilidade moral Comunidade ética global
Leitura, exploração e análise do texto nº 2 (pag.110) do manual Clube das Ideias. Realização da questão proposta pelo manual relativa ao texto em questão. Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática. Exploração de dilemas éticos propostos pelo docente. Formulação contínua de questões de forma a verificar se o grau de compreensão desejado dos conteúdos está a ser conseguido.
Quadro Textos do manual Computador Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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Anexo 2 – Lições n.º 47 a 50
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 29/01/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº47 Sumário: Visionamento do filme “Hannah Arendt”.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.2. A dimensão pessoal e social da ética – o si mesmo, o outro e as instituições.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Análise da relação entre liberdade, responsabilidade e consciência moral.
Relacionar os conceitos de ação moral, liberdade, responsabilidade e consciência moral. Abordagem da ideia de “dever ser moral”.
Consciência moral Liberdade moral Responsabilidade moral
Contextualização de vida e obra da filósofa Hannah Arendt. Visionamento do filme “Hannah Arendt”.
Quadro Guião de visionamento de filme Computador Vídeo Projetor Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
55
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 30/01/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº48 Sumário: Visionamento do filme “Hannah Arendt” (continuação).
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.2. A dimensão pessoal e social da ética – o si mesmo, o outro e as instituições.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Análise da relação entre liberdade, responsabilidade e consciência moral.
Relacionar os conceitos de ação moral, liberdade, responsabilidade e consciência moral. Abordagem da ideia de “dever ser moral”.
Consciência moral Liberdade moral Responsabilidade moral
Visionamento do filme “Hannah Arendt” (continuação).
Quadro Guião de visionamento de filme Computador Vídeo Projetor Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
56
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 31/01/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº49 Sumário: Visionamento do filme “Hannah Arendt” (conclusão).
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.2. A dimensão pessoal e social da ética – o si mesmo, o outro e as instituições.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Análise da relação entre liberdade, responsabilidade e consciência moral.
Relacionar os conceitos de ação moral, liberdade, responsabilidade e consciência moral. Abordagem da ideia de “dever ser moral”. Introdução do conceito “banalidade do mal”.
Consciência moral Liberdade moral Responsabilidade moral Banalidade do mal
Visionamento do filme “Hannah Arendt” (conclusão).
Quadro Guião de visionamento de filme Computador Vídeo Projetor Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
57
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 05/02/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº50 Sumário: Visionamento do filme Hannah Arendt (conclusão).
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.2. A dimensão pessoal e social da ética – o si mesmo, o outro e as instituições.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Análise da relação entre liberdade, responsabilidade e consciência moral.
Relacionar os conceitos de ação moral, liberdade, responsabilidade e consciência moral. Abordagem da ideia de “dever ser moral”. Introdução do conceito “banalidade do mal”.
Consciência moral Liberdade moral Responsabilidade moral Banalidade do mal
Visionamento do filme Hannah Arendt (conclusão). Realização de debate seguindo o guião de visionamento do filme.
Quadro Guião de visionamento de filme Computador Vídeo Projetor Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
58
Anexo 3 – Lições n.º 54 a 61
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 13/02/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº54 Sumário: Éticas consequencialistas. John Stuart Mill.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.3. A necessidade de fundamentação da moral – análise comparativa de duas perspetivas filosóficas.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Éticas consequencialistas Princípio da utilidade ou da maior felicidade
Abordagem às éticas consequencialistas. Contextualizar a vida e obra do filósofo John Stuart Mill. Caracterizar o conceito de princípio da utilidade ou da maior felicidade. Analisar os pressupostos do utilitarismo.
Utilidade Felicidade Consequencialismo Hedonismo Imparcialidade
Leitura, exploração e análise da Biografia de John Stuart Mill (pag.132) do manual Clube das Ideias. Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática. Leitura, exploração e análise do texto nº 7 (pag.131) do manual Clube das Ideias. Realização da questão proposta pelo manual relativa ao texto em questão. Formulação contínua de questões de forma a verificar se o grau de compreensão desejado dos conteúdos está a ser conseguido.
Quadro Textos do manual Computador Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
59
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 14/02/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº55 Sumário: John Stuart Mill. Objeções ao utilitarismo.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.3. A necessidade de fundamentação da moral – análise comparativa de duas perspetivas filosóficas.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Éticas consequencialistas Princípio da utilidade ou da maior felicidade Objeções ao utilitarismo
Analisar os pressupostos do utilitarismo. Abordar a hierarquização dos prazeres na teoria utilitarista de Mill. Contrapor os conceitos de prazeres superiores e prazeres inferiores. Explicitar possíveis objeções ao utilitarismo.
Consequencialismo Hedonismo Imparcialidade Prazeres superiores Prazeres inferiores
Leitura, exploração e análise do texto nº 8 (pag.133) do manual Clube das Ideias. Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática. Leitura, exploração e análise do texto nº 9 (pag.135) do manual Clube das Ideias. Leitura, exploração e análise do texto nº 10 (pag.136) do manual Clube das Ideias. Realização da questão proposta pelo manual relativa ao texto em questão. Formulação contínua de questões de forma a verificar se o grau de compreensão desejado dos conteúdos está a ser conseguido.
Quadro Textos do manual Computador Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
60
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 19/02/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº56 Sumário: Éticas deontológicas. Immanuel Kant.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.3. A necessidade de fundamentação da moral – análise comparativa de duas perspetivas filosóficas.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Éticas deontológicas Ações por dever e conforme ao dever Imperativos categóricos e imperativos hipotéticos
Analisar os pressupostos das éticas deontológicas. Contextualizar a vida e obra do filósofo Immanuel Kant. Contrapor os conceitos de ações por dever e conforme ao dever. Explicitar os conceitos de imperativo categórico e imperativo hipotético.
Éticas deontológicas Ação por dever Ação conforme ao dever Imperativo hipotético Imperativo categórico
Leitura, exploração e análise da Biografia de Immanuel Kant (pag.123) do manual Clube das Ideias. Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática. Leitura, exploração e análise do texto nº 4 (pag.125) do manual Clube das Ideias. Leitura, exploração e análise do quadro da pag.126 do manual Clube das Ideias. Formulação contínua de questões de forma a verificar se o grau de compreensão desejado dos conteúdos está a ser conseguido.
Quadro Textos do manual Computador Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
61
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 20/02/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº57 Sumário: Immanuel Kant. Objeções à Ética Kantiana.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.3. A necessidade de fundamentação da moral – análise comparativa de duas perspetivas filosóficas.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Imperativos categóricos e imperativos hipotéticos Objeções à ética Kantiana
Explicitar os conceitos de imperativo categórico e imperativo hipotético. Analisar possíveis objeções à ética kantiana.
Imperativo hipotético Imperativo categórico Liberdade em Kant
Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática. Leitura, exploração e análise do texto nº 4 (pag.125) do manual Clube das Ideias. Leitura, exploração e análise do quadro da pag.126 do manual Clube das Ideias. Formulação contínua de questões de forma a verificar se o grau de compreensão desejado dos conteúdos está a ser conseguido.
Quadro Textos do manual Computador Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
62
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 21/02/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº58 Sumário: Objeções à Ética Kantiana (continuação). Análise comparativa das duas perspetivas filosóficas.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.3. A necessidade de fundamentação da moral – análise comparativa de duas perspetivas filosóficas.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Objeções à ética Kantiana Comparação das duas perspetivas filosóficas
Analisar possíveis objeções à ética kantiana. Contrapor a ética utilitarista de Mill com a ética deontológica de Kant.
Liberdade em Kant
Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática. Leitura, exploração e análise do texto nº 6 (pag.129) do manual Clube das Ideias. Formulação contínua de questões de forma a verificar se o grau de compreensão desejado dos conteúdos está a ser conseguido. Resolução de ficha de exercícios para contrapor a ética deontológica de Kant e a ética utilitarista de Mill.
Quadro Textos do manual Ficha de exercícios Computador Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 27/02/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº60 Sumário: Análise comparativa das duas perspetivas filosóficas – resolução de ficha.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.3. A necessidade de fundamentação da moral – análise comparativa de duas perspetivas filosóficas.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Comparação das duas perspetivas filosóficas
Contrapor a ética utilitarista de Mill com a ética deontológica de Kant.
Visionamento de excerto (1:57:00 - 2:10:16) do filme “Batman O Cavaleiro das Trevas” apoiado em guião. Resolução de questões propostas no guião de visionamento do excerto do filme “Batman O Cavaleiro das Trevas”. Resolução de ficha de exercícios para contrapor a ética deontológica de Kant e a ética utilitarista de Mill.
Quadro Textos do manual Guião de visionamento de filme Vídeo Projetor Ficha de exercícios Computador Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
64
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 28/02/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº61 Sumário: Análise comparativa das duas perspetivas filosóficas – correção de ficha.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.3. A necessidade de fundamentação da moral – análise comparativa de duas perspetivas filosóficas.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Comparação das duas perspetivas filosóficas
Contrapor a ética utilitarista de Mill com a ética deontológica de Kant.
Resolução de ficha de exercícios para contrapor a ética deontológica de Kant e a ética utilitarista de Mill.
Quadro Textos do manual Ficha de exercícios Computador Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
65
Anexo 4 – Lições n.º 62 a 63
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 06/03/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº 62 Sumário: Ética, direito e política.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.4. Ética, direito e política.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Relação entre ética, direito e política. A desobediência civil e a sua eventual legitimidade.
Explicitar a relação existente entre ética, direito e política. Esclarecer o conceito de desobediência civil.
Direito Política Estado Desobediência civil
Apresentação e explicação da relação entre ética, política e direito. Leitura, exploração e análise do texto nº 1 (pag.147) do manual Clube das Ideias. Esclarecimento dos conceitos centrais do texto. Análise da apresentação de PowerPoint relativamente à questão se todas as normas legais são normas morais. Leitura, exploração e análise do texto nº 2 (pag.148) do manual Clube das Ideias. Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática.
Quadro Textos do manual Computador Vídeo Projetor (apresentação de PowerPoint) Caderno diário
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
66
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 07/03/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº 63 Sumário: Desobediência civil.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.4. Ética, direito e política.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Relação entre ética, direito e política. A desobediência civil e a sua eventual legitimidade.
Esclarecer o conceito de desobediência civil. Analisar a i/legitimidade da desobediência civil como forma de protesto/mudança no direito de governação.
Direito Política Estado Desobediência civil
Leitura, exploração e análise do texto nº 2 (pag.148) do manual Clube das Ideias. Leitura do texto I do manual (página 152) do manual Clube das Ideias. Leitura do texto II do manual (página 153) do manual Clube das Ideias. Análise de notícias relativas a exemplos concretos de, ou possibilidade de desobediência civil. Proposta de debate sobre legitimidade de desobediência civil como estratégia. Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática. Formulação contínua de questões de forma a verificar se o grau de compreensão desejado dos conteúdos está a ser conseguido.
Quadro Textos do manual Caderno diário Imagens/Notícias recentes sobre leis imorais/desobediência civil
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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Anexo 5 – Lições n.º 64 a 69
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 12/03/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº 64 Sumário: Desobediência civil (continuação). Aristóteles – O que legitima o Estado?
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.4. Ética, direito e política.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
A desobediência civil e a sua eventual legitimidade. Perspetiva naturalista relativamente à legitimidade do Estado.
Analisar a i/legitimidade da desobediência civil como forma de protesto/mudança no direito de governação. Contextualizar a vida e obra do filósofo Aristóteles. Caracterizar a perspetiva naturalista aristotélica relativamente à legitimidade do Estado.
Desobediência civil Natureza intrinsecamente política do homem
Leitura, exploração e análise do texto II (pag.153) do manual Clube das Ideias. Leitura, exploração e análise da Biografia de Aristóteles (pag.155) do manual Clube das Ideias. Leitura, exploração e análise do quadro da pag.156 do manual Clube das Ideias. Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática. Leitura, exploração e análise do texto nº3 (pag.157) do manual Clube das Ideias.
Quadro Textos do manual Caderno diário Computador
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 13/03/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº 65 Sumário: John Locke – O que legitima o Estado?
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.4. Ética, direito e política.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Estado natureza em John Locke. Perspetiva contratualista relativamente à legitimidade do Estado.
Contextualizar a vida e obra do filósofo John Locke. Analisar o estado natureza em John Locke. Caracterizar a perspetiva contratualista de Locke relativamente à legitimidade do Estado.
Estado natureza Sociedade civil Contrato social
Leitura, exploração e análise da Biografia de John Locke (pag.158) do manual Clube das Ideias. Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática. Formulação contínua de questões de forma a verificar se o grau de compreensão desejado dos conteúdos está a ser conseguido.
Quadro Textos do manual Caderno diário Computador
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 14/03/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº 66 Sumário: John Locke – O que legitima o Estado? (continuação)
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.4. Ética, direito e política.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Perspetiva contratualista relativamente à legitimidade do Estado. Autoridade do Estado e liberdade.
Caracterizar a perspetiva contratualista de Locke relativamente à legitimidade do Estado. Analisar a relação entre os conceitos de sociedade civil e contrato social. Distinguir os conceitos de direito natural e direito positvo.
Sociedade civil Contrato social Direito natural Direito positivo
Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática. Formulação contínua de questões de forma a verificar se o grau de compreensão desejado dos conteúdos está a ser conseguido. Leitura, exploração e análise do texto nº 4 (pag.161) do manual Clube das Ideias. Realização das atividades propostas no manual relativas ao texto em questão. Leitura, exploração e análise do texto nº 5 (pag.162) do manual Clube das Ideias.
Quadro Textos do manual Caderno diário Computador
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 19/03/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº 67 Sumário: Visionamento do filme “O Senhor das Moscas”.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.4. Ética, direito e política.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Perspetiva contratualista relativamente à legitimidade do Estado. Perspetiva naturalista relativamente à legitimidade do Estado.
Distinguir as perspetivas contratualista e naturalista relativamente à legitimidade do Estado.
Sociedade civil Contrato social Natureza intrinsecamente política do homem
Contextualização teórica do filme “O Senhor das Moscas”. Visionamento do filme “O Senhor das Moscas”.
Quadro Guião de visionamento de filme Vídeo Projetor Caderno diário Computador
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 20/03/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº 68 Sumário: Visionamento do filme “O Senhor das Moscas” (continuação).
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.4. Ética, direito e política.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Perspetiva contratualista relativamente à legitimidade do Estado. Perspetiva naturalista relativamente à legitimidade do Estado.
Distinguir as perspetivas contratualista e naturalista relativamente à legitimidade do Estado.
Sociedade civil Contrato social Natureza intrinsecamente política do homem
Visionamento do filme “O Senhor das Moscas” (continuação).
Quadro Guião de visionamento de filme Vídeo Projetor Caderno diário Computador
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 21/03/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº 69 Sumário: Visionamento do filme “O Senhor das Moscas” (conclusão).
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.1.4. Ética, direito e política.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
Perspetiva contratualista relativamente à legitimidade do Estado. Perspetiva naturalista relativamente à legitimidade do Estado.
Distinguir as perspetivas contratualista e naturalista relativamente à legitimidade do Estado.
Sociedade civil Contrato social Natureza intrinsecamente política do homem
Visionamento do filme “O Senhor das Moscas” (continuação). Realização de debate seguindo o guião de visionamento do filme.
Quadro Guião de visionamento de filme Vídeo Projetor Caderno diário Computador
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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Anexo 6 – Lições n.º 81 a 82
PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 08/05/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição nº81 Sumário: Estética e a filosofia da arte. A dimensão estética – análise e compreensão da experiência estética.
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.2. A dimensão estética – análise e compreensão da expressão estética.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
A experiência e o juízo estéticos. A natureza dos juízos estéticos.
Compreender a estética enquanto reflexão filosófica sobre o belo na arte. Analisar a perspetiva kantiana sobre a experiência e o juízo estéticos. Distinguir os juízos estéticos dos juízos do bom e do agradável. Contrapor os conceitos de subjetivismo estético e objetivismo estético.
Estética Experiência estética Juízo estético Juízo de gosto Subjetivismo estético Objetivismo estético
Leitura, exploração e análise do texto nº 1 (pág. 233) do manual Clube das Ideias. Leitura, exploração e análise do texto nº2 (pág. 235) do manual Clube das Ideias. Análise de reproduções de imagens como exemplos de proporcionadores de experiências estéticas. Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática. Formulação contínua de questões de forma a verificar se o grau de compreensão desejado dos conteúdos está a ser conseguido.
Quadro Textos do manual Caderno diário Projeção de imagens
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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PLANO DE AULA Departamento: Ciências Sociais e Humanas Área disciplinar: Filosofia/ Psicologia e EMRC
Ano letivo: 2013 – 2014 Data: 09/05/2014
Disciplina: Filosofia Turma: 10º VB Duração: 50 minutos
Docente estagiário: Pedro Cardona Manual: Clube das Ideias
Lição N.º 82 Sumário: Estética e a filosofia da arte. A dimensão estética – análise e compreensão da experiência estética (continuação).
Unidade: 3. Dimensões da ação humana e dos valores. Subunidade: 3.2. A dimensão estética – análise e compreensão da expressão estética.
Conteúdos Objetivos Conceitos Estratégias Recursos/ Materiais
Avaliação
A experiência e o juízo estéticos. A natureza dos juízos estéticos.
Clarificar a estética enquanto reflexão filosófica sobre o belo na arte. Analisar a perspetiva kantiana sobre a experiência e o juízo estéticos. Distinguir os juízos estéticos dos juízos do bom e do agradável. Contrapor os conceitos de subjetivismo estético e objetivismo estético.
Estética Experiência estética Juízo estético Juízo de gosto Subjetivismo estético Objetivismo estético
Leitura, exploração e análise do texto nº 1 (pág. 233) do manual Clube das Ideias. Leitura, exploração e análise do texto nº2 (pág. 235) do manual Clube das Ideias. Análise de reproduções de imagens como exemplos de proporcionadores de experiências estéticas. Esclarecimento, sistematização e registo dos conceitos essenciais da temática. Formulação contínua de questões de forma a verificar se o grau de compreensão desejado dos conteúdos está a ser conseguido.
Quadro Textos do manual Caderno diário Projeção de imagens
Contínua (formativa). Observação e registo de: - Interesse e participação nas atividades da aula; - Pertinência e correção da expressão oral; - Empenho e cooperação na realização das tarefas propostas.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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Anexo 7 – Ficha de visionamento Hannah Arendt
Realização: Margarethe Von Trotta | Ano de edição: 2012 | Duração: 109 min
Algumas das figuras históricas retratadas no filme
Hannah Arendt | Nascida a 14 de Outubro de 1906, em Hanôver, Hannah Arendt cresceu com os
pais, judeus assimilados sociais-democratas. Estudou filosofia e teologia em Marburg e Heidelberg
e entre os seus professores incluem-se Karl Jaspers, Edmund Husserl e Martin Heidegger, com
quem teve um caso amoroso. O seu primeiro casamento, de 1929 a 1937, foi com o filósofo
Günther Anders. Em 1933, após ter sido presa por pouco tempo pela Gestapo, fugiu para Paris, via Carlsbad e
Genebra. Trabalhou para a Juventude Aliyah, uma organização judaica que ajudava crianças judias a emigrar para
a Palestina. Em Paris, em 1937, conheceu Heinrich Blücher, antigo comunista e autodidata oriundo da classe
operária, com quem casou em 1940. Após um período de detenção e fuga do infame campo de concentração de
Gurs, emigrou em 1941 com o marido e a mãe para os Estados Unidos (nesse processo de fuga passa por
Portugal). Durante muitos anos, subsistiu escrevendo artigos e trabalhando na área editorial, até encontrar trabalho
como secretária executiva da organização Reconstrução da Cultura Judaica. Em 1951, obteve cidadania americana
e nesse mesmo ano foi publicado o seu livro As origens do totalitarismo – um estudo exaustivo dos regimes nazi e
estalinista. Este tornou-se imediatamente num clássico intelectual e lançou a sua carreira nos Estados Unidos. Após
ser professora convidada nas universidades de Princeton e Harvard, tornou-se professora na Universidade de
Chicago e na Nova Escola de Investigação Social, em Nova Iorque. Em 1958, publicou o livro A condição humana e,
em 1961, deslocou-se a Jerusalém para cobrir o julgamento de Eichmann para a revista “The New Yorker” – os seus
artigos foram publicados em cinco partes, em 1963, e despoletaram intensa cobertura mediática. Foi alvo de
resistência violenta e de críticas devastadoras pela descrição dos conselhos judaicos e pelo retrato de Eichmann.
Mas o livro seguinte, Eichmann em Jerusalém: uma reportagem sobre a banalidade do mal, alcançou um lugar de
grande respeito, ainda que sempre controverso, na maior parte dos debates sérios acerca do Holocausto. É hoje
encarado como um dos seus livros mais importantes. Morreu em Nova Iorque, a 4 de Dezembro de 1975.
Adolf Eichmann | Nasceu em 1906, em Solingen. O pai era contabilista. Ele abandonou o ensino secundário e começou, sem nunca concluir, a formação de mecânico. Em 1927, Adolf Eichmann juntou-se ao Deutsch-Österreichische Frontkämpfervereinigung (Associação de Combatentes da Frente Germano-Austríaca). Cinco anos
ANO LETIVO
2013/2014
ASSUNTO
Ficha de Exploração do filme «Hannah Arendt»
DATA
OUTUBRO DE 2012
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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mais tarde, juntou-se ao Partido Nazi Austríaco e às SS. Em 1935, Adolf Eichmann foi transferido para a recém-criada “Secção dos Judeus”, tornando-se “Administrador para os Assuntos Judaicos”. Ambicioso e ávido de sucesso, tornou-se, mais tarde, chefe da Unidade IV D 4/4 e IV B 4, que era responsável pela organização geral da deportação de judeus da Alemanha e dos países europeus ocupados. Supervisionava toda a logística, da compilação dos transportes à utilização dos comboios. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, Adolf Eichmann fugiu de um campo de detenção americano. Sob um nome falso e com a ajuda de monges católicos, bem como de um passaporte do Vaticano, conseguiu escapar para a Argentina. Após ser alertada por judeus alemães que viviam nas redondezas, agentes da Mossad (serviços secretos israelitas) raptaram-no em 1960. O julgamento em Jerusalém atraiu atenção mundial. Mais de 600 jornalistas estavam presentes quando Adolf Eichmann se declarou “inocente das acusações”. O veredicto final, no entanto, foi “culpado” e a sentença “morte por enforcamento”. Após o seu apelo legal ser rejeitado, Adolf Eichmann foi enforcado, em Israel, a 31 de Maio de 1962. Para evitar enterrar os seus restos mortais em solo israelita, foi cremado e as suas cinzas espalhadas no Mediterrâneo.
Martin Heidegger | Nasceu em 1889, em Meßkirch. Tornou-se num dos filósofos mais importantes da Alemanha antes de fazer trinta anos. Com o seu trabalho principal, O ser e o tempo, publicado em 1927, estabeleceu uma nova orientação filosófica no que diz respeito ao conceito fundamental de existência humana, de Ser. De 1923 a 1927, foi nomeado professor na Universidade de Marburg, onde Hannah Arendt foi uma das suas alunas. Começou um caso amoroso ardente. A relação entre o professor casado e pai de dois filhos e a sua aluna de dezanove anos foi, naturalmente, bastante problemática. Martin Heidegger adorava a sua brilhante aluna, mas não queria pôr em perigo o trabalho e não tinha qualquer intenção de deixar a mulher. Depois de Hannah Arendt deixar Marburg, o caso acabou finalmente pouco tempo antes de ela se casar com Günther Anders. Apesar de não terem estado em contacto durante vários anos, ela ficou chocada e desapontada quando Martin Heidegger, o seu prezado professor e primeiro amor, tomou a decisão surpreendente de se juntar ao Partido Nazi em 1933. Apesar de tudo, ela renovou a amizade deles em 1950 e, apesar de várias longas interrupções, a relação permaneceu importante para ambos ao longo de todas as suas vidas. Depois da guerra, Martin Heidegger foi grandemente renegado e foi em grande medida graças aos esforços de Arendt que pôde finalmente ensinar e publicar novamente. Ela não lhe perdoou o comportamento, mas acreditava que ele era um dos filósofos mais importantes do século XX e que se tem de atribuir um lugar de destaque ao seu trabalho no cânone do pensamento ocidental.
In http://alambique.pt/uploads/dossiers/hannah_arendt_-_di_final1.pdf
DISCURSO DE HANNAH ARENDT NA UNIVERSIDADE DE CHICAGO HANNAH ARENDT: «Talvez me permitiram fumar imediatamente, só hoje. Quando a New Yorker me enviou para cobrir o julgamento de Adolf Eichmann, julguei que um tribunal só tinha um interesse: cumprir as exigências de justiça. Esta não era uma tarefa simples, porque o tribunal que julgou Eichmann confrontava-se com um crime que não aparece nos livros de direito e com um criminoso desconhecido de qualquer tribunal anterior aos Julgamentos de Nuremberga. Ainda assim, o tribunal tinha de definir Eichmann como um homem que estava a ser julgado pelos seus atos. Não estava a ser julgado nenhum sistema, nenhuma história, nenhum “ismo”, nem sequer o antissemitismo, mas apenas uma pessoa. O problema com um criminoso nazi como Eichmann era que ele insistia em renunciar a todas as características pessoais, como se não restasse ninguém para ser punido ou perdoado. Ele protestou repetidamente, contra as afirmações da acusação, que tinha apenas obedecido a ordens. Este apelo tipicamente nazi torna claro que o maior mal do mundo é o mal cometido por zés-ninguém, o mal cometido pelos homens sem razões, sem convicção, sem corações perversos ou vontades demoníacas, por seres humanos que se recusam a ser pessoas. E foi a este fenómeno que chamei a “banalidade do mal”.» PROFESSOR MILLER: «Senhora Arendt, está a evitar a parte mais importante da controvérsia. Alega que teriam morrido menos judeus se os líderes não tivessem cooperado!» HANNAH ARENDT: «Essa questão surgiu no julgamento. Eu escrevi sobre isso e tinha de clarificar o papel desses líderes judeus que participaram diretamente nas atividades de Eichmann.» PROFESSOR MILLER: «Culpa o povo judeu pela sua própria destruição.» HANNAH ARENDT: «Eu nunca culpei o povo judeu! Era impossível resistir. Mas talvez haja algo entre a resistência e a cooperação. E só nesse sentido é que digo que talvez alguns dos líderes judeus se poderiam ter comportado de forma diferente. É profundamente importante colocar estas questões, porque
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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o papel dos líderes judeus permite entender de forma surpreendente todo o colapso moral causado pelos nazis na respeitável sociedade europeia. E não apenas na Alemanha, mas em quase todos os países, não apenas entre os perseguidores, mas também entre as vítimas.» ELISABETH: «A perseguição era feita aos judeus. Porque é que descreve os delitos de Eichmann como crimes contra a humanidade?» HANNAH ARENDT: «Porque os judeus são humanos. Precisamente o estatuto que os nazis lhes tentaram negar. Um crime contra eles é, por definição, um crime contra a humanidade. Eu sou, como sabem, judia. E fui atacada por ser uma judia que se detesta, que defende os nazis e desdenha o seu próprio povo. Isso não é um argumento. É um assassinato de carácter. Não defendo o Eichmann, mas tentei reconciliar a mediocridade chocante do homem com os seus atos estarrecedores. Tentar compreender não é o mesmo que perdão. Considero minha responsabilidade tentar compreender. É responsabilidade de qualquer pessoa que se atreva a escrever sobre este assunto. Desde Sócrates e Platão que, normalmente, chamamos pensamento a estar envolvido num diálogo silencioso consigo mesmo. Ao recusar ser uma pessoa, Eichmann desistiu completamente da característica que mais define o humano, a de ser capaz de pensar. E, consequentemente, deixou de ser capaz de fazer juízos morais. Esta incapacidade de pensar tornou possível que muitos homens comuns cometessem atos maldosos a uma escala gigantesca, como nunca antes se vira. É verdade que abordei estas questões de uma maneira filosófica. A manifestação do vento do pensamento não é conhecimento, mas a capacidade de distinguir o bem do mal, o belo do feio. E eu espero que o pensamento dê às pessoas a força para prevenir catástrofes nestes raros momentos críticos. Obrigada.» Tópicos para Debate
1. Tendo por base o julgamento de Adolf Eichmann, nomeadamente os testemunhos deste, Hannah Arendt construiu e fundamentou a teoria da «Banalidade do Mal», segundo a qual o mal pode originar-se não da monstruosidade de uma opção política ou ideológica mas, simplesmente, da obediência cega de funcionários medíocres e zelosos, da inabilidade para pensar autonomamente e até mesmo da falta de motivo. Discute a teoria da «Banalidade do Mal», tendo em atenção os seguintes aspetos:
a. Os alemães que, durante o Nazismo, mataram judeus seriam todos pessoas agressivas e violentas?
b. Eichmann seria um monstro violento ou apenas um funcionário zeloso que tentou cumprir a todo custo as ordens que recebeu?
c. «Em tempo de guerra, de violência, todos pensavam que “era inútil resistir”» é outro dos argumentos usados por Eichmann para justificar o cumprimento de ordens que levavam ao extermínio dos judeus. Concordas com esta posição ética? Porquê?
d. A teoria da «Banalidade do Mal» poderá ser entendida como uma banalização do mal ou relativização da responsabilidade dos oficiais nazis, como Adolf Eichmann?
2. Uma das questões mais polémicas levantadas por Hannah Arendt no seu livro “Eichmann em
Jerusalém. Uma reportagem sobre a banalidade do mal” foi a do papel dos Judenrat (Conselhos Judaicos) na política de extermínio dos judeus pelos nazis. Os Conselhos Judaicos eram organizações judaicas criadas dentro das comunidades judaicas ocupadas pelos Nazis e que tinham a responsabilidade de fazer cumprir as políticas nazis relativamente aos judeus, nomeadamente elaborar as listas de deportações dos judeus dos guetos para os campos de
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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extermínio. Discute o papel polémico e controverso destas organizações, tendo em atenção as seguintes posições:
a. Para Hannah Arendt, “esta participação dos dirigentes judaicos na destruição do seu próprio povo é, sem dúvida alguma, o mais negro capítulo de uma história que foi, toda ela, bastante negra” pois “sem a colaboração das vítimas, teria sido praticamente impossível que uns milhares de pessoas, das quais a maioria eram funcionários de escritório, tivessem conseguido liquidar tantas centenas de milhar de outras pessoas…”.
b. Claude Lanzmann, realizador judeu que realizou diversos documentários sobre o Holocausto a partir de testemunhas da época, sendo o último “Le dernier des Injustes” (“O último dos Injustos”) sobre Benjamin Murmelstein, Grande Rabino de Viena durante a ocupação, que Adolf Eichmann, o chefe da logística de extermínio, nomeou em 1944 para liderar o Conselho Judaico do campo de Theresienstadt e executar os seus planos, tem uma posição completamente oposta à de Hannah Arendt, afirmando que os responsáveis por estes Conselhos Judaicos “nunca quiseram matar judeus, não partilhavam a ideologia nazi e eram infelizes sem poder”. Annete Wieviorka, especialista na história dos judeus no século XX, concorda com Lanzmann: “A grande perversidade do nazismo foi confiar a administração de uma população aos que estavam destinados a ser assassinados.”
3. O Julgamento de Adolf Eichmann apenas aconteceu porque o mesmo foi raptado pela Mossad (Serviços Secretos Israelitas) na Argentina e levado para Jerusalém para ser julgado. Há mesmo quem afirme que este Julgamento foi um espetáculo político organizado por Ben Gurion (Primeiro Ministro de Israel à época) como ato fundador para a criação do Estado de Israel. Ou seja, que o que estava em jogo não era o apuramento da efetiva responsabilidade de Eichmann por crimes contra a Humanidade mas sim a exposição do sofrimento dos judeus no Holocausto para fins políticos. Eichmann estaria condenado de antemão, caso contrário jamais teria sido sequestrado na Argentina para ser julgado em Jerusalém, ato que violava as leis internacionais.
a. Sabendo que Eichmann foi um dos principais responsáveis pelo genocídio dos judeus durante a II Guerra Mundial, debate a posição do Estado de Israel relativamente ao sequestro e julgamento efetuados.
b. Comenta a afirmação de Heinrich Blücher, marido de Hannah Arendt, sobre a notícia da prisão de Eichmann: «Deviam-no ter morto logo ali, em Buenos Aires».
4. Apesar de Martin Heidegger se ter juntado ao Partido Nazi e de certa forma ter sido um dos filósofos do regime, Hannah Arendt nunca cortou completamente a sua relação de amizade (amor?) com ele. Como avalias esta posição da vida pessoal de Hannah Arendt?
Sugestões de Trabalhos Individuais ou de Pares
1. Recensão crítica do livro “Eichmann em Jerusalém. Uma reportagem sobre a banalidade do mal” de Hannah Arendt.
2. O papel dos Judenrat (Conselhos Judaicas) no processo da «Solução Final»: dilemas éticos.
3. O dever da obediência e a consciência moral: os argumentos de Eichmann e os de Aristides de Sousa Mendes.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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Anexo 8 – Ficha de visionamento Batman O Cavaleiro
das Trevas
Guião de Exploração de Vídeo
Ficha Técnica
Título: Batman O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight)
Realizador: Christopher Nolan
Data: 2008
Duração: 152 mins
Enquadramento do Excerto: Na cidade de Gotham, dominada pelo crime organizado, há um
herói, Batman, que luta pela justiça. Quando aparece um novo vilão, conhecido somente como
Joker, Batman vai ser obrigado a enfrentar alguns do maiores dilemas da sua vida.
Aparentemente a única forma de parar o Joker é matando-o. Será Batman capaz de o fazer?
Joker faz reféns os passageiros de dois barcos (um carregado de civis, outro de reclusos) e dá às
pessoas a possibilidade de cada um dos grupos fazer explodir o outro para salvar as próprias
vidas, os passageiros têm de tomar uma decisão difícil. Ou matam centenas de pessoas, ou
arriscam eles próprios a morrer na explosão.
Guião de perguntas:
1. Do ponto de vista deontológico, seria aceitável que um grupo de passageiros matasse o outro?
Porquê?
2. Defenderia um utilitarista que o Batman não pode matar o Joker?
3. Podemos considerar que o Batman segue uma ética deontológica? E que o Joker segue uma
ética utilitarista?
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
80
Anexo 9 - Atividade Ética
ATIVIDADES
ÉTICA DEONTOLÓGICA DE KANT
1. Por que razão se considera que a ética kantiana é uma ética deontológica?
2. Por que razão não pode ser considerada uma ética consequencialista?
3. Segundo Kant, para agirmos moralmente bem basta cumprirmos os nossos
deveres, fazer o que devemos. Está de acordo? Justifique.
4. O que é agir por dever? Dê exemplos.
5. O que é agir em conformidade com o dever? Dê exemplos.
6. O que é um imperativo categórico?
7. O que é um imperativo hipotético?
8. Distinga agir de forma autónoma de agir de forma heterónoma em Kant.
9. Que ligação existe entre agir por dever, respeitar a lei moral e obedecer a um
imperativo categórico?
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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Anexo 10 - Notícias
Ilegalização de homossexualidade na Nigéria
Protesto de forças de segurança
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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Anexo 11 – Ficha de visionamento O Senhor das Moscas
Guião de Exploração de Vídeo
Ficha Técnica
Título: O Senhor das Moscas (Lord of the Flies)
Realizador: Harry Hook
Data: 1990
Duração: 90 mins
Enquadramento do Filme: esta impressionante aventura conta a história de um grupo de
adolescentes que é despejado num mundo imenso, no qual lei e confiabilidade são governadas
pela necessidade de sobrevivência. Após a queda de um avião em pleno mar, um grupo de
cadetes militares norte-americanos vê-se isolado numa ilha deserta. Percebendo que as
hipóteses de resgate são mínimas, os jovens unem-se pelo medo e desespero. Mas à medida
que vão tomando conta da paradisíaca ilha, a competição e a disputa pelo poder começa a
dividi-los em dois grupos. Ralph lidera um grupo e prega a engenhosidade civilizada e a
cooperação, mas Jack não quer saber de nada disso e constrói uma fação de caçadores
impiedosos, que acabam por entrar em guerra com Ralph. Essa poderosa mudança de
consciência transforma jovens normais em assassinos primitivos, iniciando uma batalha
devastadora da ordem contra a desordem e trazendo à baila a metáfora do que poderia ser o
Estado Natureza.
Guião de perguntas:
1. Qual a causa que poderá ter provocado a separação dos jovens em dois grupos?
2. No grupo do Ralph, qual a perspetiva que podemos considerar para legitimar a criação de um
Estado?
3. Analisando o comportamento do grupo de Jack, justifique a necessidade de criação de um
Estado segundo a perspetiva contratualista de Locke.
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Anexo 12 - Imagens
Capela Sistina – Vatiano
Trovoada vulcânica no Chile – monte Puyehue
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Anexo 13 - Inquérito
QUESTIONÁRIO
Idade:___ Sexo: M___ F___
Instruções: Assinale com uma cruz (X), no quadrado correspondente, a resposta que
considera mais adequada, sendo que “Nunca" equivale ao mínimo e “Sempre” equivale ao
máximo.
0 = Nunca; 1 = Poucas Vezes; 2 = Às vezes; 3 = Muitas vezes; 4 = Sempre.
1 – Considerando os materiais didáticos utilizados nas aulas de Filosofia, classifique-os em
termos de motivação.
Material didático
0
Nunca
1
Poucas
vezes
2
Às
vezes
3
Muitas
vezes
4
Sempre
Manual escolar
PowerPoint
Vídeos/filmes
Imagens
Texto filosófico
Debates
Esquema síntese
Casos práticos/situações do quotidiano
Fichas de trabalho
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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2 – Considerando os materiais didáticos utilizados nas aulas de Filosofia, classifique-os em
termos de proporção de aquisição de conhecimentos.
Material didático
0
Nunca
1
Poucas
vezes
2
Às
vezes
3
Muitas
vezes
4
Sempre
Manual escolar
PowerPoint
Vídeos/filmes
Imagens
Texto filosófico
Debates
Esquema síntese
Casos práticos/situações do quotidiano
Fichas de trabalho
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3 – Considerando os materiais didáticos utilizados nas aulas de Filosofia, classifique-os em
termos de facilitação de trabalho autónomo.
Material didático
0
Nunca
1
Poucas
vezes
2
Às
vezes
3
Muitas
vezes
4
Sempre
Manual escolar
PowerPoint
Vídeos/filmes
Imagens
Texto filosófico
Debates
Esquema síntese
Casos práticos/situações do quotidiano
Fichas de trabalho
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Anexo 14 – Projeto
Pedro Luís Fortes Lima Cardona
A utilização de materiais didáticos diversificados como estratégia de motivação
Projeto de intervenção pedagógica no âmbito do Mestrado em Ensino da Filosofia no Ensino Secundário
Supervisor: Doutora Custódia Martins
Orientadora: Dr.ª Paula Ribeiro
Local: Agrupamento de Escolas de Vilela
dezembro de 2013
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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I. Enquadramento teórico do projeto
Introdução
O presente trabalho intitulado “A utilização de materiais didáticos diversificados como
estratégia de motivação” é o projeto de intervenção pedagógica supervisionada que faz parte do
estágio profissional do Mestrado em Ensino da Filosofia no Ensino Secundário e que irá decorrer
no Agrupamento de Escolas de Vilela. Será executado na turma 10º VB referente ao curso de
Ciências e Tecnologias, no ano letivo de 2013/2014.
Caracterização da escola
Antes de mais, é do nosso interesse contextualizar a escola nos campos geográficos, e
socioculturais, para que seja possível fazer uma caracterização com a devida pertinência.
Antes de pertencer ao Agrupamento de Escolas de Vilela, a escola em questão era
denominada de escola secundária com 3º ciclo do ensino básico de Vilela - Paredes, e foi criada
no ano de 1997, no mês de julho. Localiza-se na freguesia de Vilela, sendo que a maioria dos
alunos provém de Lordelo e Rebordosa.
Verifica-se um baixo grau de escolaridade nos habitantes do concelho de Paredes, e na
freguesia de Vilela. Segundo a Carta Educativa de Paredes de 2011, verifica-se que 32,9% dos
habitantes do concelho com idade superior a 10 anos, possuem apenas o 1º ciclo completo,
diminuindo progressivamente a percentagem de população que completou os 2º e 3º CEB, 16%
(da população com mais de 12 anos) e 5,5% (da população com mais de 15 anos),
respetivamente, a que se acrescenta apenas 5,2% da sua população com idade superior a 18
anos com ensino secundário completo, e que a população com qualificações superiores é
apenas de 3,4%, valor considerado muito reduzido.
Aprofundando o ponto de vista para Vilela, de acordo com os dados da Avaliação Externa
das Escolas de 2008, cerca de 63% dos encarregados de educação têm como nível de
escolarização o 1º ciclo do ensino básico. Verifica-se que, maioritariamente, os homens são
operários, e a população feminina encontra-se distribuída entre o emprego fabril e o trabalho
doméstico.
Verifica-se também uma elevada percentagem (a rondar os 50%) de alunos que recorre
aos auxílios económicos abrangidos pela Ação Social Escolar, o que é representativo das
dificuldades económicas das famílias.
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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O facto de, ainda segundo a Carta Educativa de Paredes, a taxa de atividade no concelho
ser de apenas 49,82% (2011), e o facto de haver um predomínio claro (60%) para o setor
secundário, seguindo-se o terciário com 38,4% e o primário com 1,6% relativamente à
distribuição da população por setores de atividade, será uma justificação para a necessidade de
tantos alunos recorrerem a apoios.
Caracterização da turma
A turma 10º VB é constituída por 24 alunos, 9 do sexo feminino, e 15 do sexo
masculino. A média de idades desta turma é de 15 anos, demostrando que o trajeto escolar tem
sido normal.
Relativamente a trajeto profissional, 13 alunos ainda não apresentam nenhuma ideia
definida relativamente ao que pretendem fazer após conclusão do ensino secundário, contudo a
maior parte (17) demonstra interesse em prosseguir estudos a nível superior.
É considerada uma turma com elevada capacidade de trabalho, apesar de resultados
fracos (a nível geral), e um comportamento considerado disruptivo que afeta o bom decorrer das
aulas. Também como ponto fraco, demonstram dificuldades na expressão escrita.
A maioria dos pais dos alunos, a nível de escolaridade, tem o ensino básico (2º ciclo)
concluído.
Objetivos do Projeto
O tema do corrente projeto foi selecionado por nos parecer pertinente a questão da
motivação dos discentes na aprendizagem em geral e, mais especificamente, na aprendizagem
da Filosofia.
Sendo a Filosofia uma disciplina algo diferente das restantes a que os alunos estão
habituados, pelo facto de nunca terem tido contacto com a mesma, de saberem muito pouco
sobre qual o seu objeto de estudo, para que serve, o que é concretamente, e pelo carácter
aparentemente abstrato, é do nosso entender que a questão da motivação deva ser abordada.
Relembramos que no panorama atual a frequência do ensino secundário é obrigatório,
transformando assim o acesso ao ensino mais em dever do que propriamente um direito. Tendo
isto em conta, nem todos os alunos que agora frequentam o ensino secundário o fazem por
opção, ao contrário do que acontecia. Isto faz com que haja um crescente número de alunos
A Utilização de Materiais Didáticos Diversificados como Estratégia de Motivação
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desinteressados nas aulas, o que, do nosso ponto de vista, reveste a questão da motivação de
uma crescente relevância para todos os docentes.
Acrescido a estes fatores, devemos salientar o facto de, neste momento, não ser
obrigatória a realização de um exame final para aprovação na disciplina, o que faz com que a
Filosofia seja considerada pelos alunos ainda mais secundária relativamente às restantes
disciplinas.
Este é o panorama com que nos deparamos, e é com isto em mente que pretendemos
analisar quais as melhores estratégias de intervenção que poderão ser aplicadas de forma a
potenciar as aprendizagens dos alunos em relação à disciplina.
Em termos mais concretos, e após observação de aulas da turma que iremos lecionar, a
temática abordada neste projeto reveste-se de suma importância, uma vez que se trata de uma
turma cujos resultados vão do muito bom ao muito mau. Verifica-se no coletivo uma tendência a
dispersar durante as aulas, tornando-se inclusivamente muito agitados, afetando gravemente o
bom funcionamento da aula.
II. Estratégias de Intervenção
- Exposição dos conteúdos programáticos recorrendo, sempre que possível, a uma dinâmica de
diálogo;
- Trabalhos individuais e de grupo;
- Realização de questionários;
- Recurso a materiais audiovisuais apoiados em guiões de visionamento;
- Fichas de trabalho.
Temática
- Qual a relevância da aplicação de materiais didáticos diversificados como estratégia de
motivação?
- De que modo é possível estimular o aluno para que encare a Filosofia como qualquer outra
disciplina?
- Que metodologias de Ensino da Filosofia potenciam um maior grau de atenção e interesse por
parte dos alunos?
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Finalidades e objetivos
- Analisar o nível de correlação entre a motivação dos alunos, e o grau de aprendizagem dos
conteúdos da disciplina da Filosofia;
- Criar uma noção da utilidade do estudo da Filosofia nos alunos;
- Desenvolver estratégias para conseguir um grau elevado de atenção e interesse nas aulas;
- Desenvolver a consciência de que o facto de não haver exame final obrigatório para ter
aprovação na disciplina, não faz dela menos importante.
Metodologia
Como metodologia, tendo em conta o teor deste projeto, usaremos um leque abrangente
de métodos, sendo o principal a interação professor-aluno. Para além disso, usaremos a análise
de textos, iremos recorrer ao uso de esquemas-síntese da matéria lecionada, usaremos novas
tecnologias, nomeadamente a projeção em PowerPoint, e outros materiais audiovisuais.
De salientar que serão tidas em conta as recomendações metodológicas constantes do
programa de Filosofia disponibilizado pelo Ministério da Educação, como sendo basilares à
lecionação das aulas, assim como um conjunto de princípios a seguir, mais especificamente:
Transportada para o plano das aprendizagens, esta ideia reguladora, obriga à
configuração de um processo sustentado por três princípios:
• princípio da progressividade das aprendizagens;
• princípio da diferenciação das estratégias;
• princípio da diversidade dos recursos (M E, 2001: 16).
De frisar, também, a importância do último princípio apresentado, considerando-o
especialmente adequado ao enquadramento do corrente projeto.
Recorrendo ao Programa como guia, e tendo sempre em mente o objetivo final do
projeto, iremos aplicar as diversas metodologias às temáticas lecionadas, nomeadamente:
- Unidade II – A acção humana e os valores; Ponto 3 - Dimensões da acção humana e dos
valores;
- Ponto 3.1. A Dimensão ético-política – análise e compreensão da experiência
convencional;
- Ponto 3.2. A dimensão estética – análise e compreensão da experiência estética.
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O número de aulas destinado a cada um dos temas oscilará dependendo da evolução da
compreensão desejada por parte dos alunos da turma – num mínimo de 12 regências previstas -
sendo que o tempo regulamentar de cada aula é de 50 minutos5.
Instrumentos de recolha de informação
- Questionários;
- Grelhas de observação e análise;
- Fichas de trabalho referentes à unidade que está a ser lecionada;
- Monitorização dos dados.
III. Calendarização
Fase de planificação – a decorrer durante o 1º semestre (outubro a dezembro):
Observação de aulas; pesquisa bibliográfica; elaboração do plano de intervenção; seleção de
materiais didáticos; recolha de informação.
Fase de intervenção – a decorrer durante o 2º semestre (previsto para iniciar em
meados de janeiro, e término durante o mês de maio):
Implementação do projeto através da planificação de aulas e do uso dos materiais didáticos
selecionados para a exposição do programa a lecionar, procedendo à recolha da informação
necessária para o desenvolvimento do projeto.
Fase de avaliação e conclusões finais - a decorrer durante o mês de junho:
Avaliação do percurso procedendo à análise dos dados recolhidos através dos inquéritos
realizados, fichas de trabalho e restante material; preparação do Relatório de Estágio final.
Referências Bibliográficas
AAVV (2007). Relatório de Avaliação Externa da Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino
Básico de Vilela - Paredes. Porto: Delegação Regional do Norte da Inspecção Geral da Educação.
Disponível on-line: <http://www.ige.min-
edu.pt/upload/AEE_2008_DRN/AEE_08_ES_Vilela_R.pdf> Consultado: 05.11.2013.
5 A duração das aulas da disciplina de Filosofia é de 50 minutos conforme o estipulado no regulamento interno do Agrupamento de Escolas de Vilela.
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AAVV (2013). Carta Educativa de Paredes. Disponível on-line: http://www.cm-
paredes.pt/NR/rdonlyres/E3F05640-0454-4E12-BA9D-
1FCFF65EF441/0/cmp_carta_educativa_paredes_volume_I.pdf Consultado: 05.11.2013.
AAVV (2013). Projecto Educativo: Agrupamento de Escolas de Vilela. Disponível on-line:
<http://www3.esvilela.pt/noticias/informacoes-agrup/projeto-educativo-20132016>.
Consultado: 05.11.2013.
Almeida, Maria Manuel Bastos de; Henriques, Fernanda; Vicente, Joaquim Neves; Barros,
Maria do Rosário (2001). Programa de Filosofia 10º e 11º Anos. Cursos Científico-Humanísticos
e Cursos Tecnológicos. Lisboa: Ministério da Educação.
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