! RioOnWatch é a abrevia-ção de Rio Olympics Neigh-borhood Watch, termo eminglês que significa Comuni-dades do Rio de Olho nasOlimpíadas. Com a capaci-tação de moradores para arealização do trabalho jorna-lístico do site, a ComCatmantém a perspectiva das fa-velas em suas publicações.
“Nós queremos dar umaequilibrada nos olhares so-bre o que acontece nas co-munidades”, explicou The-resa Williamson, que tam-bém falou sobre as fontesque o site procura na apura-ção de suas matérias, quan-do elas não são escritas por
moradores: “A grande im-prensa, geralmente, recorreaos representantes do gover-no. Mas nós temos que pen-sar num ponto de vista glo-bal. Temos uma missão so-cial”, acrescentou.
Além dos moradores capa-citados pela ComCat, inte-grantes da ONG também es-crevem artigos para o site.Theresa afirmou que sãoeles que têm escrito mais tex-tos atualmente. Por isso aComCat está recrutandomais moradores ou interes-sados em atuar como jorna-lista comunitário para darcontinuidade ao projeto nascomunidades cariocas.
Capacitação para moradores
É intenso o processo detransformação nas comu-nidades do Rio nos últi-
mos anos, principalmente apartir de 2009, quando a cida-de foi escolhida para sediar osJogos Olímpicos de 2016. Nes-te contexto, a ONG carioca Co-munidades Catalisadoras(ComCat) criou o siteRioOnWatch.org.br, para fun-cionar como um ‘fiscal’ dosacontecimentos, sob o pontode vista dos moradores.
“Estamos noticiando comoestá o Rio, mas no olhar das fa-velas”, disse Cíntia Luna, lídercomunitária no Morro do Fo-gueteiro, em Santa Teresa, e co-laboradora do site.
As notícias publicadasno RioOnWatch saem
com versão em português e in-glês, e o assunto de maior desta-que tem sido as remoções paraas obras das Olimpíadas.
“Estão varrendo tudo o queeles (governantes) acham feiopara baixo do tapete”, contes-tou Cíntia, citando o exemploda Vila Autódromo, na ZonaOeste, que pode dar lugar auma das instalações olímpicas.
Falar das remoções fez comque uma das maiores agênciasde notícias do mundo, a ameri-cana Associated Press (AP), en-trasse em contato com a Com-
Cat, em março de 2011 — no-ve meses após o início das ativi-dades do RioOnWatch. Alémdo artigo publicado pela AP,outros grandes grupos de co-municação elaboraram maté-rias sobre o assunto, como o in-glês The Guardian e a Al Jazee-ra, do Catar.
“O maior impacto doRioOnWatch foi abrir cami-nho para a imprensa interna-cional e pesquisadores entra-rem nas favelas”, comemorouTheresa Williamson, diretoraexecutiva da ComCat.
! LUIZ [email protected]
! INFORMAÇÕESPARAOMUNDOTODO
Eles são os ‘fiscais’das favelas do Rio
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‘Nós queremos daruma equilibrada
nos olharessobre o queacontece nas
comunidades’,diz TheresaWilliamson
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04 MEIAHORA ! DOMINGO, 9/9/2012
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