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A novidade faz-se por arranjosinditos de coisas antigas
Jacques MonodPrmio Nobel da Medicina, 1963
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Muitos so os factores que contribuem para
alterar o estado de sade das populaes e o
modo como a sade [doena] so percebidos.
Estamos hoje mais conscientes de que as
perspectivas como se observa a sade ou a suaausncia so diversas
Curtis & Taket (1996; Geography Department at Queen Mary and
Westfield College)
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A adopo de uma noo holstica de
sade, observada como um recurso para
a vida diria (Carta de Ottawa, 1986),coloca a questo da sua sustentao para
alm da conjugao de aptidesmeramente fsicas, abrangendo,desejavelmente, a articulao de recursoseconmicos, sociais e educacionais cujo
acesso deve ser promovido de modouniversal e equitativo pelos Estados
8/11/2019 Paulo Nossa
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A sade no deve ser considerada comoum estado ideal de bem-estar conseguido
atravs da eliminao completa da
doena, mas como um modus vivendique
permita a Homens imperfeitos ter umavida compensatria e no demasiado
difcil.
Dubos (1968)
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As polticas oriundas dos sectores pblico e privado devemevitar prejudicar a sade dos indivduos:
proteger o seu meio ambiente e garantir o uso sustentvel derecursos;
restringir a produo e comrcio de produtos e substnciasprejudiciais
desencorajar as prticas de marketing nocivas para a sade;
Proteger o cidado no mercado e o indivduo no local detrabalho;
Incluir avaliaes de impacto sanitrio centradas na equidadecomo parte integral do desenvolvimento das polticas.
(OMS, 1998 Responsabilidade Social para a Sade)
8/11/2019 Paulo Nossa
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Com demasiada frequncia, as determinantesprincipais da sade, assim como as solues,esto fora do controlo directo do sector da sade.Esto arraigadas em reas como o saneamento eabastecimento de gua, alteraes climticas eambientais, na educao, na agricultura, no
comrcio, no turismo, no transporte, nodesenvolvimento industrial e na habitao ()
O vnculo entre a qualidade ambiental e a sade decisivo.
OMS (2002) - Report on Infectious Diseases;pp. 26 - 38
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Desde meados do Sec. XIX, com afundamentao da microbiologia dePasteur e Koch, at s primeiras dcadasdo Sec. XX, embora se referisse a validadede uma perspectiva multicausal na
interpretao dos quadros de doena,parece inegvel que o paradigma daunicausalidade assumiu incontestvelhegemonia nos meios biomdicos
Costa e Teixeira (1999)
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Chadwick (1842) e Durkheim (1897), nas suasinvestigaes sobre a morbilidade em meio laboral esobre o suicdio, sinalizaram a vantagem de seavaliarem na doena um conjunto de factoreseconmicos e sociais que interagiam na doena.
()os homens e as mulheres adoeciam porque erampobres, empobreciam mais porque estavam doentese o seu estado de sade continuava a piorar porque
a sua misria continuava.
The Sanitary Condiction of the Labouring
Population of Great-Britain (1842)
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Krieger, Nancy (1994) Epidemiology and the web ofcausation: anyone seen the spider?
Costa, Maria C; Teixeira, Maria G. (1999) A concepo doespao na investigao epidemiolgica
Czeresnia, Dina; Ribeiro Adriana (2000) O conceito de
espao em epidemiologia: uma interpretao histrica eepistemolgica
Quartilho, Manuel J. (2001) Cultura, Medicina e Psiquiatria
Doutrina da etiologia especfica detm um elevado contributona desqualificao da explicao espacial em epidemiologia
limite epistemolgico compreenso do espao como umtotalidade integradora
8/11/2019 Paulo Nossa
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Watzlawick et al. (1975) utilizam a metfora do jogo dos 9pontos para demonstrar a rigidez interpretativasubjacente a modelos ou paradigmas explicativos:
Romper o Enquadramento do Discurso
Fig. 3.1 Jogo dos 9 pontos
Fonte: Abelmalek & Grard, 1999; pp. 26
Figura 3.2 Transgredir o enquadramento
Ligar 9 pontos, atravs de 4 segmentos sem levantar o lpis.
A maior parte dos praticantes impe uma 4. condio ilusria: sem sair do quadrado
8/11/2019 Paulo Nossa
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Geografia Mdica
Geografia Mdica TradicionalAceitao da doena como uma ocorrncia
natural; culturalmente isenta; observada
como entidade real,in tima colaboraocom o modelo bi omdicoprivilegiando a
mensurao e a modelizao dos factores
envolvidos.
Geografia Mdica ContemporneaProblematizao da noo de sade e de
doena com recurso a contributos
interdisciplinares produzidos pelas cincias
sociais; tr ansgr esso dos patamar esmetodolgi cos do modelo bi omdico e danor mal izao subjacente, valorizao dametodologia qualitativa e da experincia
subjectiva .Linha I Padronizao espacial da
morbilidade e da mortalidade:
Cartografia temtica (com recurso amodernas ferramentas SIG);
Estudos ecolgicos (ecologicalmedical
geography):
-Ecologia da doena;
-Estudos de associao (forte relao
com a epidemiologia analtica e com aestatstica espacial);
Estudos de difuso (produo de modelos
descritivos, preditivos e de interdio);
Linha II Padronizao Espacial da
Proviso de Servios:
(Geografia dos Cuidados de Sade)
Padronizao e optimizao espacial da
oferta/consumo dos servios de sade;
Deteco e padronizao de iniquidades na
oferta e utilizao dos servios de sade;
Utilizao dos servios de sade na ptica
do utilizador (inclui anlise de estruturas
administrativas e explicaes behavioristas).
Linha III Abordagem Humanista:
Influncia das correntes fenomenolgica e
existencialista; valorizao da metodologia
qualitativa; valorizao da experincia
subjectiva;
Linha IV Abordagem Estruturalista,
Materialista, Crtica (Medical- socialgeography):
Identificao e investigao das
determinantes econmicas, sociais e
polticas da sade, da doena e na utilizao
dos servios de sade; valorizao da teoria
social e econmica como ferramenta
interpretativa; desqualificao da
fundamentao exclusivamente empirista;
Linha V Abordagem Cultural
(transgresso de limites):
Instrumentos de leitura fornecidos pela
geografia cultural e do bem-estar,
valorizao da metodologia etnogrfica eantropolgica; qualificao das componentes
imateriais do espao na interpretao dos
quadros de sade e de doena.
Considerao de uma designao universal:
Geografias da SaGeografi as da Sade e dos Servide e dos Servios de Saos de Sadede
Geografia Mdica
Geografia Mdica TradicionalAceitao da doena como uma ocorrncia
natural; culturalmente isenta; observada
como entidade real,in tima colaboraocom o modelo bi omdicoprivilegiando a
mensurao e a modelizao dos factores
envolvidos.
Geografia Mdica ContemporneaProblematizao da noo de sade e de
doena com recurso a contributos
interdisciplinares produzidos pelas cincias
sociais; tr ansgr esso dos patamar esmetodolgi cos do modelo bi omdico e danor mal izao subjacente, valorizao dametodologia qualitativa e da experincia
subjectiva .Linha I Padronizao espacial da
morbilidade e da mortalidade:
Cartografia temtica (com recurso amodernas ferramentas SIG);
Estudos ecolgicos (ecologicalmedical
geography):
-Ecologia da doena;
-Estudos de associao (forte relao
com a epidemiologia analtica e com aestatstica espacial);
Estudos de difuso (produo de modelos
descritivos, preditivos e de interdio);
Linha II Padronizao Espacial da
Proviso de Servios:
(Geografia dos Cuidados de Sade)
Padronizao e optimizao espacial da
oferta/consumo dos servios de sade;
Deteco e padronizao de iniquidades na
oferta e utilizao dos servios de sade;
Utilizao dos servios de sade na ptica
do utilizador (inclui anlise de estruturas
administrativas e explicaes behavioristas).
Linha III Abordagem Humanista:
Influncia das correntes fenomenolgica e
existencialista; valorizao da metodologia
qualitativa; valorizao da experincia
subjectiva;
Linha IV Abordagem Estruturalista,
Materialista, Crtica (Medical- socialgeography):
Identificao e investigao das
determinantes econmicas, sociais e
polticas da sade, da doena e na utilizao
dos servios de sade; valorizao da teoria
social e econmica como ferramenta
interpretativa; desqualificao da
fundamentao exclusivamente empirista;
Linha V Abordagem Cultural
(transgresso de limites):
Instrumentos de leitura fornecidos pela
geografia cultural e do bem-estar,
valorizao da metodologia etnogrfica eantropolgica; qualificao das componentes
imateriais do espao na interpretao dos
quadros de sade e de doena.
Considerao de uma designao universal:
Geografias da SaGeografi as da Sade e dos Servide e dos Servios de Saos de SadedeConsiderao de uma designao universal:
Geografias da SaGeografi as da Sade e dos Servide e dos Servios de Saos de Sadede
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Linha I Padronizao espacial da
morbilidade e da mortalidadeQuadro de actuao da abordagem
tradicional:
Cartografia Temtica: padronizao dasprincipais patologias s quais se associam,em determinadas circunstncias, umconjunto de elementos ambientais
destinados a testar hiptese identificadorasde factores suficientes no desencadear deestados mrbidos (Paul, 1985);
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A instrumentalidade e operacionalidade desta linha deactuao foi reforada pela inovao proporcionada pelo
tratamento automtico de dados e SIG, analisados comrecurso a mtodos quantitativos observados enquantoferramentas verificadoras e suscitadoras de hipteses(anlises probabilsticas e associativas);
O principal objectivo das anlises associativas identificar
hipotticos factores de risco para uma dada doena e medir asua relao estatstica em diferentes escalas de anlise(Paul, 1985; pp.400)
Meade (2000; pp.10) sublinha a singularidade e relevncia dasferramentas cartogrficas aplicadas a estudos de morbilidade:
Se no se pode cartografar no geogrfico
8/11/2019 Paulo Nossa
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Os Estudos Ecolgicos buscam padres de
regularidade em relao aos indicadoresepidemiolgicos considerados, verificando apresena de co-variveis (factores ambientais,scio-comportamentais) cuja diferenciaoespacial da sua presena deve conduzir formulao de hipteses testveis;
Desafios:
Vis de agregao; Vis de especificao (dificuldade de
reproduo a nvel individual);
8/11/2019 Paulo Nossa
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Necessidade de submeter as conclusesalcanadas a verificaes de causalidade(causa precede o efeito):
() Plausibilidade biolgica;
Coerncia;
Comprovao experimental;
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Adicionalmente, Phillips (1981) e Stimson (1983)
sublinham um conjunto de desafios de base quepodem comprometer a assertividade de algumasconcluses:
1. Insuficincia de metodologia estatstica deanlise;
2. Problemas resultantes da (des)agregao da(s)bases de dados;
3. Problemas surgidos em torno da confiana dos
dados so discutidos em termos gerais;
(Stimson, 1983; pp. 324-325)
8/11/2019 Paulo Nossa
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Estudos de Difuso (produo de modelos
descritivos, preditivos e de interdio);
Um conjunto de estudos clssicos
Haggett, Peter (2000) The Geographical
Structure of Epidemics; Gould, Peter (1993) The Slow Plague
8/11/2019 Paulo Nossa
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opulacional e espaamento temporal de epidemias de sarampo em 19 cidades inglesas; B) Perfis epidemiolgicos caractersticos dos tA) Relao entre dimensopopulacional eespaamento temporal de
epidemias de sarampo em19 cidades inglesas;
B) Perfis epidemiolgicoscaractersticos dos trstipos indicados em A.
Fonte: Estudo de Bartletcitado por Haggett (2000;pp 23)
8/11/2019 Paulo Nossa
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Figura 1.2.7 Espao SIDA construdo a partir do modelo de gravidade:
A) espao geogrfico convencional;
B) espao relativo construdo a partir do potencial de interactividade entre centrosurbanos potenciadores da difuso da infeco por VIH;
Fonte: Gould, 1993, pp. 66
8/11/2019 Paulo Nossa
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Figura 10.1 Distribuio espacial da Taxade Mortalidade por VIH/SIDA Ajustada para aIdade (1991-1995; 1996-2000)
Figura 10.5 Estimativa Bayesiana Emprica damortalidade por VIH/SIDA (1991-1995; 1996-2000)
8/11/2019 Paulo Nossa
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Figura 10.12 Mapade clusters LISA paraa EBEm por causa
VIH/SIDA (1991 1995 e 1996 2000)
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Alteraes
climticas globais
Alteraes climticas
regionais
Ondas de calor
Estados de tempo
extremos
Temperatura
Precipitao
Via directa
Via indirecta
- Nveis de poluio
atmosfrica
- Vias de contaminao
- Dinmicas detransmisso
Potenciais efeitos sobre a sade
Patologias e enfermidades
relacionadas com a temperatura
Efeitos sobre a sade decorrentes da
exposio a fenmenos climticos
extremos
Patologias relacionadas com
poluio atmosfrica
Infeces transmitidas pela gua e
alimentos
Infeces transmitidas por vectores eroedores
Alteraes
climticas globais
Alteraes climticas
regionais
Ondas de calor
Estados de tempo
extremos
Temperatura
Precipitao
Via directa
Via indirecta
- Nveis de poluio
atmosfrica
- Vias de contaminao
- Dinmicas detransmisso
Potenciais efeitos sobre a sade
Patologias e enfermidades
relacionadas com a temperatura
Efeitos sobre a sade decorrentes da
exposio a fenmenos climticos
extremos
Patologias relacionadas com
poluio atmosfrica
Infeces transmitidas pela gua e
alimentos
Infeces transmitidas por vectores eroedores
Potenciais efeitos sobre a sade humana gerados por alteraesclimticas Calheiros, Casimiro e Dessai (2002)
8/11/2019 Paulo Nossa
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Acesso e utilizao de dados em
Geografia da Sade
Resultado de um conjunto de barreiras criadas aoprojecto de investigao no acesso aos dados em
sade (discricionrias, arbitrrias, ticas):
- Comisses de tica;
- INE;
- ()
8/11/2019 Paulo Nossa
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Nvel
Pr imrioRegistos
Centros de SadeRegistos
HospitalaresRegistos de baixae subs. de doena
Registos de inquritos,programas sentinela
RegistosCentros de Sade
RegistosHospitalares
Registos de baixae subs. de doena
Registos de inquritos,programas sentinela
Autoridade local
e regional de sadeInstituies de referncia,
observatrios e agncias de sade,
laboratrios de referncia
Informao
estatstica nacional
Organizaes internacionaisde referncia (OMS)
(estatsticas internacionais)
Inquritos, rastreios
e programas de sade
coord. internacionalmente
NvelSecundrio
Figura 4.2 Cadeia de informao de registos de morbilidade e mortalidade entre nveisprimrio e secundrio
Fonte: Adapt. Cliff Hagget, 1988; pp.68
8/11/2019 Paulo Nossa
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1 - Ao nvel dos procedimentos de registo,independentemente da via prosseguida, Meade
(1988) e Rojas (1998) alertam os investigadorespara o risco de se poderem encontrar dados sub-registados o que se converte num problema debase para aferir desigualdade espacial emquestes de sade;
[reas enigma vs reas de silncio epidemiolgico]
2 - Existe uma aparente incompatibilidade entre o quese entende por interesse pblico e cientfico
subjacente aos processos de investigao emsade e o que se designa por dados pessoais[regulamentado na Directiva Comunitria n.95/46/CE]
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Tendncia recente no Reino Unido:
Devem ser equacionadas algumasrestries ao direito de privacidade, no o
observando como um direito absolutoquando esto em causa direitos deterceiros ou de grupos sociais (Chalmers eMuir, 2003; BMJ);
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O acesso a dados identificveis apenas deve ser
orientado na base da necessidade de saber; os doentes
devem ter conhecimento daquilo que acontece sua
informao; podem recusar a revelao de informao
fora da equipa de cuidados de sade imediatos (mas
devem compreender o potencial detrimento para o seu
cuidado e de outros); a lei requer que alguma informaopossa ser partilhada para alm da equipa de cuidados
imediata; quando se usa informao da sade para o
planeamento, tratamento, vigilncia e investigao, estas
actividades devem usar dados annimos, e nestas
circunstncias no se requer o consentimento.
(NHS Information Authority; Confidentiality andSecurity Advisory Group for Scotland, 2003)
8/11/2019 Paulo Nossa
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Figura 12.13 - Distribuio concelhia dos casos VIH+ atendidos e notificados noServio de Doenas Infecciosas dos HUC (1996 -2001)
8/11/2019 Paulo Nossa
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Linha II Padronizao Espacial daOferta de Servios de Sade
(Geografia dos Cuidados de Sade) Estruturao e padronizao espacial da oferta de
cuidados de sade;
Deteco de iniquidades e desigualdades naoferta e uso de cuidados de sade; Determinantes no uso de cuidados de sade na
ptica do utilizador; *
* Kleinman (1980) e Quartilho (2001) reconhecem a utilidadede se estender o conceito de cuidados de sade a outrasesferas do conhecimento: sector popular, sectortradicional, sector profissional.
8/11/2019 Paulo Nossa
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Tendncia:
A noo de equidade passa no s a ser observada emtermos horizontais, existindo o dever de proporcionar
igualdade de acesso aos cuidados de sade e igualdade na
afectao dos recursos de acordo com a leges artis;
Introduo crescente de critrios de equidade vertical,
sobretudo ao nvel do financiamento directo e do acesso
condicionado aos cuidados de sade, onde o custo de
utilizao dos recursos deve ser proporcional capacidade
de pagamento de cada indivduo:
capacidades contributivas diferentes, contribuies diferentes
8/11/2019 Paulo Nossa
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Desafio:Problema dos direitos das populaes
(imigrantes) no acesso aos cuidados de sade
Romero-Ortuo, Roman (2005)Access to health carefor illegal immigrants in the EU: should we be
concerned?
Equaciona a problemtica do acesso aos cuidadosde sade, tendo como base a nacionalidade e oestatuto legal, confrontando, num contexto de ps-
modernidade, o que se entende por direitoshumanos fundamentais vs legislao regional decarcter supranacional (Tratados Europeus);
8/11/2019 Paulo Nossa
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Art. 35 do Tratado da EU (2000) reconhece o direito detodos os cidados acederem a cuidados de sade
preventivos e o direito de beneficiarem de tratamentomdico;
Art. 52 admite a emergncia de certas restriesbaseadas na nacionalidade e estatuto migratrio
Comisso Europeia (2003) relembrou aos Estadosmembros que:
os imigrantes ilegais esto protegidos por um conjunto de
direitos humanos pelo que devem beneficiar de direitosbsicos: cuidados de sade em situao de emergncia ede acesso educao bsica para os seus filhos
8/11/2019 Paulo Nossa
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Figura 2.1 Fluxo entre o lugar de residncia e de bito ps-neonatalsobreposto ao padro socioeconmico dos bairros do Rio de Janeiro (1995).
Fonte: Santos, S.; Pina, M.; Carvalho, M., 2000; pp.22
8/11/2019 Paulo Nossa
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Geografia Mdica Contempornea
Problematizao da noo de sade e de
doena com recurso a contributos
interdisciplinares produzidos pelas cinciassociais; tr ansgresso dos patamares
metodolgicos do modelo bi omdico e da
normal izao subjacente, valorizao da
metodologia qualitativa e da experincia
subjectiva.
Linha III Abordagem Humanista:
Influncia das correntes fenomenolgica e
existencialista; valorizao da metodologia
qualitativa; valorizao da experincia
subjectiva;
Linha IV Abordagem Estruturalista,Materialista, Crtica (Medical- social
geography):
Identificao e investigao das
determinantes econmicas, sociais e
polticas da sade, da doena e na utilizao
dos servios de sade; valorizao da teoria
social e econmica como ferramenta
interpretativa; desqualificao da
fundamentao exclusivamente empirista;
Linha V Abordagem Cultural(transgresso de limites):
Instrumentos de leitura fornecidos pela
geografia cultural e do bem-estar,
valorizao da metodologia etnogrfica e
antropolgica; qualificao das componentes
imateriais do espao na interpretao dos
quadros de sade e de doena.
Geografia Mdica Contempornea
(Curtis & Taket, 1996);
Reinventada Geografia Mdica
(Kearns & Gesler, 1998)
Geografias da Sade
(Anthony Gatrell, 2002)
Balizar das novas propostasinterpretativas da noo de sade daocorrncia da doena atravs decontornos humanistas, transgressoresdeliberados de conceitos clssicos, onde
se destaca uma produo polissmica lugar, espao, acessibilidade;
Libertas da sombra mdica (Kearns &Gesler, 1998; pp. 5)
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Geografia no contexto das cinciassociais:
A generalidade das cincias sociais,particularmente a sociologia, a antropologia e a
psicologia, desenvolvem uma profunda reflexoem torno da operacionalidade social doconhecimento cientfico; pautam-se pela defesade uma crescente humanizao, validandometodologias de anlise que as tornam mais
prximas e adequadas compreenso dasnecessidades humanas.
8/11/2019 Paulo Nossa
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Percurso de aproximao ao mundo da vida(Schultz (1970);
o percurso para a maturao de uma outra atitudeexplicativa que passa por uma desbiologizaoem proveito de uma crescente socializao, o queconduz a uma nova concepo do espaogeogrfico:
O espao geogrfico nasce da projeco do sistemascio-cultural sobre o sistema ecolgico, de uma
projeco activa que o constri conforme asexigncias do objecto a atingir(Isnard, 1982; pp.10)
8/11/2019 Paulo Nossa
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Processo de transgresso da interpretao
neopositivista, ultrapassando patamaresconceptuais impostos pelo modelobiomdico;
Neste contexto a epidemiologia avana comum conceito extensivo de preveno,conjugando-o numa dupla via de
interveno:
8/11/2019 Paulo Nossa
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Uma via onde se desenham um conjunto deestratgias direccionadas para os indivduos ou
grupos, cumprindo objectivos de sensibilizao,informao e modificao de comportamentostidos como potenciadores de risco(s) para asade;
Uma outra via onde se produzem estratgias deinterveno orientadas para a anlise emodificao das estruturas sociais, econmicas,polticas e jurdicas, conformadoras do meioenvolvente dos indivduos, cuja actuao directaou indirecta gera ou acrescenta situaes de
vulnerabilidade para a sade;(Yen & Sime, 1999; Kawachi, 2000;Barnett & Whiteside, 2002)
8/11/2019 Paulo Nossa
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Linha III Abordagem Humanista
Alterao de paradigma que procura explicar ouso do espao com base na compreenso doprocesso implcito s crenas, aos valores e aossignificados subjacentes condio do homem,legitimando a designao Humanista;
Aggleton (1990) prope uma designao maisespecfica para a compreenso do processo desubjectividade interaccionismo social, i.e., a
percepo da realidade, tal como vivida pelosujeito, aquilo que d coerncia s suas reacese escolhas;
8/11/2019 Paulo Nossa
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Coloca-se o significado naquilo que os
fenmenos representam para o indivduo ougrupo singular, transferindo-se a nfase dainvestigao para a compreenso dosprocessos que conformam as atitudes e os
comportamentos;
O privilegiar da metodologia qualitativa temcomo ltimo objectivo a produo de umconhecimento emptico, perceber a deciso dooutro atravs da descoberta de valores esmbolos latentes;
8/11/2019 Paulo Nossa
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A essncia das coisas objecto de captaointuitiva:
A anlise fenomenolgica uma contemplaodesinteressada dos objectos do mundoconsiderados como fenmenos, ou seja o
verdadeiro ser e a sua essncia(Capel, 1981; pp. 420)
Lessard-Hbert et al. (1990) designa a
abordagem de suporte fenomenolgico porparadigma compreensivo das cincias sociais ;
8/11/2019 Paulo Nossa
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Domnio da prtica etnometodolgica onde osinvestigadores procuram um conjunto de
significados, barreiras ou smbolos que,explicitamente ou implicitamente, esto na basedas decises individuais sobre a procura decuidados de sade e a interpretao subjectivada doena;
A anlise das prticas discursivas na esfera dosocial, bem como a anlise de contedos,contribuem para a compreenso da
racionalizao das prticas do quotidiano,atravs de enunciados de linguagem comum;
8/11/2019 Paulo Nossa
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A linguagem estrutura e ordena a experincia
individual de acordo com os conceitosdisponveis no mbito da cultura.
()
A narrativa, seria, neste sentido, um processo
selectivo atravs do qual as pessoas organizam,interpretam e compreendem as suasexperincias e lhes conferem os respectivossignificados, num contexto em que os
fenmenos, sendo interpretados tambm sosocialmente construdos
(Quartilho, 2001; pp. 49)
8/11/2019 Paulo Nossa
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Trabalhos de relevo sob a perspectiva fenomenolgica: Utilizao da entrevista estruturada e anlise de
contedos;
Metodologia de investigao etnogrfica;
A nfase da investigao no tem que estar
relacionada com a busca cientfica positivista, masantes com a percepo que os indivduos tm do seuprprio meio;
Eyles e Cornwell (1984) construo do conceitoindividual de sade e de doena bem como aimagem que as redes sociais projectam sobre osservios de sade;
8/11/2019 Paulo Nossa
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Scarpaci (1988) investiga junto dos
utilizadores de cuidados de sadeprimrios a noo subjectiva deacessibilidade, verificando que detm maiorsignificado o tipo de acolhimento dedicado
pelo mdico do que a distncia tempo oudistncia custo;
8/11/2019 Paulo Nossa
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Linha IV Abordagem Estruturalista,materialista, crtica
Utilizam ferramentas terico-interpretativas oriundas daeconomia poltica, revisitando, na dcada de 90, laos com apsicologia e teoria literria;
Admitem a fragilidade interpretativa de concepes empiristas:os factos no falam por si prprios (Johnston et al.; 2000);
Enfatizam a necessidade de anlise ao nvel da macro-escalasocial e poltica, defendendo a profunda implicao que oselementos detm uns sobre os outros na construo darealidade scio-espacial (Gatrell, 2002);
8/11/2019 Paulo Nossa
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Referencias obrigatrias:
Trabalhos produzidos por Phillips (1981) e Eyles(1987) onde escala nacional e infra-nacional soaveriguadas a extenso e organizao dosrespectivos SNS e o impacte ao nvel da prestao
de cuidados vs o processo de deciso dosutilizadores;
Descodificao de barreiras scio-geogrficas e
poltico-organizacionais que condicional o acessoaos cuidados de sade;
8/11/2019 Paulo Nossa
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Reconhece a este nvel a validade das teoriassociais como ferramentas interpretativas (ex.:
teoria funcionalista de Parsons onde se discute oprocesso de regulao social nos quadros desade e de doena);
A transio politicamente determinada do Estado-providncia ampliadas pelo Reganismo eThatcharismo, conduz a teis alianasmultidisciplinares;
A doena no permanece no corpo mas no corpopoltico. (Turshen, 1984; citado por Gatrell, 2002);
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Investigar o impacte gerado por projectos
de desenvolvimento econmico sobre asade (Phillips e Verhasselt, 1994);
Comprometimento das estruturas produtivasque servem de suporte econmico ecultural a determinadas comunidades(deslocamento, rupturas de solidariedade,
desenraizamento.);
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Elevada interdisciplinaridade com a EpidemiologiaSocial, onde releva a varivel espacial,compreendendo as pessoas no espao por elasedificado, pleno de foras sociais estruturadoras econformadoras (Berkaman e Kawachi, 2000);
Tal como advoga Morris (2000):
A determinao ps-moderna dos estados desade-doena deriva da aceitao de umadeterminao biocultural, onde os agentesagressores no so s os agentes clssicos mas
esto imbricados nos riscos inerentes aos estilos devida geradores de vulnerabilidades, conjugados comconstrangimentos sociais como a pobreza, aeducao, criminalidade, stress
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Linha V Abordagem cultural
Acomoda um conjunto de interpretaesfornecidas pela Geografia Cultural,integrando, simultaneamente, contributosmetodolgicos etnogrficos, comportamentais
e materialistas;
Outro registo de compreenso da dimensoespacial, elaborando novas propostas para
conceitos clssicos da Geografia: lugar,paisagem e identidade;
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O espao agora observado e construdoa partir de um conjunto de referentesemanentes a esse espao, onde relevamaspectos imateriais e simblicos: afectos,
sensaes, valores tnicos e religiosos,numa organizao coerente de smbolos esignificados escorados em vivnciasindividuais;
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Topolatria;
Toponegligncia; Topofobia;
No registo da Geografia Cultural, o espao
mais do que um mero recipiente local decaractersticas fsicas, transforma-se emlugar quando articula relaesinformacionais de pertena, excluso ou
anomia, quando adquire, inequivocamenteum significado g construo auto-referente;
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Paisagem, que emerge como uma construo
cognitiva onde cada sujeito, emerge comoagente activo inventor e fazedor de lugares;
A experincia subjectiva conduz a caminhos
muito diferenciados de percepo e deimaginao( Czeresnia e Ribeiro, 2000);
Estamos ao nvel da compreenso emptica,cujo processo construtivo e valorativo deriva devivncias subjectivas e de normas colectivasdefendidas e autorizadas;
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Paisagem teraputica de que fala Gesler(1992,1993):
lugares que alcanam uma reputao duradourapor promoverem cura (healing) fsica mental eespiritual.
Traos simblicos do(s) lugare(s) [templos,estncias termais ou balneares] conferemsentimentos calorosos e de bem-estar,consolidados por mitos curativos, incorporao defamiliaridade, rotinas dirias inerentes ao
processo de tratamento g atmosfera onde asdistncias sociais e as desigualdades soreduzidas ao mnimo (Kearns e Gesler, 1998);
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Uma vez mais somos remetidos para uma noopolissmica de lugar, de sade e de espao:
Pode no ocorrer reconhecimento do consumo doespao como cone ou instrumento de cura noenquadramento biomdico normativo (disease);
Existe um reconhecimento da dimensoteraputica do espao na resoluo de processossubjectivos de enfermidade e mal-estar (illness),atravs do consumo de espaos cujaspropriedades naturais, simblicas proporcionamalvio fsico ou emocional;
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Ao nvel da psiquiatria Kleinman e
Quartilho (2001) usam a construocultural do espao na construo deexplicaes plurais ao nvel da sademental:
() indivduos pertencentes a culturasdiferentes, no s falam lnguasdiferentes, o que sem dvida importante,
mas habitam mundos sensoriaisdiferentes
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Compreender do ponto de vista antropolgicoum conjunto de interaces culturais e sociais,
subjacentes expresso de psicopatologias demanifestao tnica e regional, distinguindoquais os factores etiolgicos mais susceptveisde serem influenciados por elementoscontextuais;
Compreender, ao nvel da prestao doscuidados de sade, um conjunto de queixas esintomas, expressos numa linguagem
culturalmente formada, utilizados para expressardoena ou mal-estar;
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Para Helman (2003) e Quartilho (2001), asdoenas populares (folk illnesses), soaquelas que afectam um elevado nmerode elementos pertencentes a uma
comunidade, oferecendo a cultura local,simultaneamente, uma explicaoetiolgica, uma diagnstico, bem comomedidas preventivas e de cura;
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Inicialmente a Epidemiologia interpretava o espaocomo depositrio de agentes geradores de
endemicidades;
A geografia, ao fornecer uma leituramultidimensional do espao (leitura social ecultural do espao) conjuga um conjunto de
necessidades explicativas que escapam aosmodelos epidemiolgicos convencionais (onde,lido numa perspectiva histrica e dinmica),nomeadamente ao nvel da multicausalidade dadoena;
Falha apontada por Perter Gould (1993), Cap. 12 Time but no space: the failure of a paradigm
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O perfil epidemiolgico dos diferentes
espaos criado pela interaco dasrelaes sociais que caracterizam a suaorganizao, modifica-se atravs dotempo, conforme o momento histrico em
que se encontra o estgio dedesenvolvimento das foras produtivas edas relaes sociais, as quais sofactores definidores da organizao do
espao (Breilh; citado por Costa eTeixeira, 1999)
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Agressesambientais
Indivduo Grupo Sociedade
Organizao
Poltica e Social
Organizao
Cultural
Organizao
Econmica
Espao/Lugar:- dimenso material
- dimenso imaterial
InvestigaoGeogrfica
InvestigaoEpidemiolgica
Geografia(s) da SadeSociologia da Sade
PsicologiaMedicina
Biotica ()
O risco deriva agora daconjugao singular de
factores demogrficosculturais e sociais, cujacomplexidade evariabilidade exigem, paraa sua adequadainterpretao, a adopode mltiplos registosnecessrios para a leituraadequada da dimensoespacial: o planogeomtrico, o plano
espacial e o plano dolugar (Barcellos, 2000).
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