Universidade Federal do Pará - UFPA Núcleo de Meio Ambiente - NUMA
Programa de Formação Interdisciplinar em Meio Ambiente - PROFIMA XXXII Curso de Especialização em Informação Ambiental
Paulo Cesar Chagas Maia
Fontes de informação ambiental:
uma análise sobre a sua aplicabilidade pelos profissionais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA)
Belém 2009
Paulo Cesar Chagas Maia
Fontes de informação ambiental:
uma análise sobre a sua aplicabilidade pelos profissionais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA)
Monografia apresentada para obtenção de grau de especialista em Informação Ambiental, Programa de Formação Interdisciplinar em Meio Ambiente, Núcleo de Meio Ambiente, Universidade Federal do Pará. Orientador: Prof. Dr. Lucivaldo Barros
Belém 2009
Paulo Cesar Chagas Maia
Fontes de informação ambiental:
uma análise sobre a sua aplicabilidade pelos profissionais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA)
Monografia apresentada para obtenção de grau de especialista em Informação Ambiental, Programa de Formação Interdisciplinar em Meio Ambiente, Núcleo de Meio Ambiente, Universidade Federal do Pará.
Data de aprovação:_____/_____/_____ Banca Examinadora: __________________________- Orientador Membro: Titulação: Instituição: __________________________ Membro: Titulação: Instituição: __________________________ Membro: Titulação: Instituição:
À Josely e Paula, alegria do meu viver. Aos
meus pais e irmãos, amigos confidentes e
inseparáveis.
AGRADECIMENTOS A Deus, pelo dom da vida e responsável pela criação de todas as belezas da
natureza, pois é esse o magnífico que permite a luz de cada dia e um futuro com
dias melhores.
À minha família que é a grande responsável por mais essa vitória da busca
incessante do conhecimento e do saber.
A todos os professores do Curso de Especialização de Informação Ambiental, em
especial ao meu orientador professor Lucivaldo Barros, pela paciência e atenção no
desenvolvimento da pesquisa.
Aos colegas Mara Farah, Terezinha, Eliana Hairai e Rosa Helena, amigos de
trabalho da Sema.
A todos que colaboraram, direta e indiretamente, para a elaboração deste trabalho,
nosso sincero agradecimento.
A informação ambiental é constituída de dados, informações, metodologias e processos de representação, reflexão e transformação da realidade, os quais facilitam a visão holística do mundo e, ademais, contribuem para compreensão, análise e interação harmônica dos elementos naturais, humanos e sociais. (TARGINO, 1994, p. 46)
RESUMO A presente monografia tem como finalidade central analisar como as fontes de
informação ambiental, mais especificamente as usadas na pesquisa via Internet
(sítios, portais, sistemas de informação, redes de informação, bibliotecas virtuais,
digitais e eletrônicas), são aplicadas pelos profissionais da informação da Unidade
de Informação do Núcleo de Documentação e Arquivo (NDA) e pelos educadores
ambientais da Coordenação de Capacitação da Educação Ambiental (CCEA), da
Coordenação das Unidades de Conservação da Natureza (CUC) e da Coordenação
de Informação e Planejamento Hídrico (CIPH) da SEMA. Leva em conta as
possibilidades de organização, disponibilização e acesso às fontes de pesquisa pelo
profissional da informação e pelo educador ambiental. A abordagem metodológica
da pesquisa foi um estudo de caso de caráter qualitativo, onde serão priorizados os
discursos e os conhecimentos dos atores sociais. Esses atores são os profissionais
da informação (bibliotecários) e educadores ambientais (geógrafos, pedagogos,
biólogos, engenheiros florestais e outros) que atuam na área gestão ambiental da
SEMA, num total de 18 profissionais selecionados. Ficou constatado nesse trabalho
que os profissionais utilizam as fontes de pesquisa para acessar a informação com a
finalidade de subsidiar a elaboração de relatórios, projetos, programas, cartilhas
ambientais, jogos educacionais e informativos. A disponibilização da informação
ambiental produzida pela Instituição é disseminada para sociedade por meio de
oficinas, palestras, seminários, sítio da Secretaria e distribuição de kits ambientais.
PALAVRAS-CHAVE: MEIO AMBIENTE; FONTES DE INFORMAÇÃO;
INFORMAÇÃO AMBIENTAL.
ABSTRACTS This thesis aims at examining how the sources of environmental information,
specially those used in the research via internet (sites, portals, information systems,
information networks, virtual libraries either digital or electronic), are applied by
information professionals of the Center for Documentation and Archives, by
environmental educators and Coordination Workshop on Environmental Education,
the Coordination Units for the Conservation of Nature, and the Coordination of
Information on Water Resources Planning and the SEMA. It takes into account the
possibilities of organization, provision, and access to sources of research by
information professionals and the environmental educator. The methodology of the
research was a case study of qualitative nature, where the speeches will be
prioritized and knowledge of social actors. These actors are the information
professionals (librarians) and environmental educators (geographers, educators,
biologists, foresters and others) working in the area of environmental management of
the SEMA, a total of 18 professionals selected. It was found in this work that the
professionals use research sources to access information in order to subsidize the
production of reports, projects, programs, educational environment, educational
games and information. The availability of environmental information produced by the
Institution is disseminated to society through workshops, lectures, seminars, site of
the Secretariat and distribution of environmental kits.
KEYWORDS: ENVIRONMENT; INFORMATION SOURCES; ENVIRONMENTAL
INFORMATION.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANA – Agência Nacional das Águas
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior
CCEA – Coordenação de Capacitação de Educação Ambiental
CIPH – Coordenação de Informação e Planejamento Hídrico
COMUT – Programa de Comutação Bibliográfica
CUC – Coordenação das Unidades de Conservação da Natureza
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
IBICT – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
IESAM – Instituto de Estudos Superiores da Amazônia
IMAZON – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia
INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
MMA – Ministério de Meio Ambiente
NAEA – Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
NDA – Núcleo de Documentação e Arquivo
NTI _ Novas Tecnologias da Informação
REBEA – Rede Brasileira de Educação Ambiental
REBIA – Rede Brasileira de Informação Ambiental
RENIMA – Rede Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente
REPIDISCA – Rede Pan-Americana de Informação em Saúde Ambiental
RIAM – Rede de Informação Ambiental
SEMA – Secretaria de Estado de Meio Ambiente
SEIRH – Sistema Estadual de Informações de Recursos Hídricos
SINIMA – Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente
SISNEA – Sistema Nacional de Educação Ambiental
SNIRH – Sistema Nacional de Informações em Recursos Hídricos
UFRA – Universidade Federal Rural da Amazônia
UMA – Universidade Livre da Mata Atlântica
LISTA DE FOTOGRAFIAS
Fotografia 1 – Kit ambiental com cartilhas e legislações ambientais
Fotografia 2 – Folheto sobre o Programa Estadual de Educação Ambiental
Fotografia 3 – Folheto sobre o Termo de Referência para Elaboração de Projetos
de Educação Ambiental no Processo de Licenciamento
Fotografia 4 – Cartilha sobre Matas Ciliares
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
LISTA DE FOTOGRAFIAS
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 11
2 INFORMAÇÃO AMBIENTAL: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS
2.1 OS USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO AMBIENTAL
2.1.1 Os profissionais da informação: o bibliotecário e o educador ambiental como intermediadores da informação
3 AS FONTES DE INFORMAÇÃO
3.1 CONCEITUALIZAÇÃO
3.2 A INTERNET COMO CANAL DE ACESSO À INFORMAÇÃO
3.2.1 Os sítios e os portais de informação
3.2.2 As redes e sistemas de informação
3.3 O PAPEL DAS UNIDADES DE INFORMAÇÃO
3.3.1 As bibliotecas especializadas em meio ambiente
3.3.2 As bibliotecas digitais
3.3.3 As bibliotecas virtuais
3.4 FONTES ESTRATÉGICAS DE INFORMAÇÃO AMBIENTAL PARA USO DOS BIBLIOTECÁRIOS E EDUCADORES AMBIENTAIS
4 A UTILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO NO CONTEXTO DA SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE (SEMA)
4.1 A ESTRUTURA DA SEMA
4.1.1 O Núcleo de Documentação e Arquivo (NDA)
4.1.2 A Coordenação de Capacitação de Educação Ambiental (CCEA)
4.1.3 A Coordenação das Unidades de Conservação da Natureza (CUC)
4.1.4 A Coordenação de Informação e Planejamento Hídrico (CIPH)
4.2 METODOLOGIA DE USO DA INFORMAÇÃO PELOS BIBLIOTECÁRIOS E EDUCADORES AMBIENTAIS
4.2.1 Os profissionais envolvidos na pesquisa
4.2.2 As fontes de pesquisa mais consultadas
4.2.3 Análise da aplicabilidade das fontes de informação pelos profissionais da SEMA
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS................................. ANEXOS
1 INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje, a informação se apresenta como matéria prima
essencial na produção de bens e serviços e o profissional que conseguir transformá-
la em conhecimento terá grandes chances de solucionar ou amenizar os problemas
da ação do homem sobre a natureza, bem esse, duramente afetado nas últimas
quatro décadas.
Na sociedade globalizada é grande a produção científica de documentos
ambientais, geradas e produzidas pelos órgãos públicos e privados, pelas
instituições de ensino e pelas organizações não-governamentais, ocasionando
também um aumento de fontes de informação ambiental em vários formatos e
suportes de materiais.
A grande motivação para a realização dessa investigação, adveio a partir
do contato direto com profissionais da informação que trabalham em unidades de
informação especializadas em meio ambiente, com experiências nessa área de
estudo e por estar trabalhando em um órgão voltado para essas questões. Desse
modo, a experiência vivenciada na utilização das fontes de pesquisa para a
recuperação e gestão de informação ambiental possibilitou o inicio da realização do
presente trabalho.
Em um levantamento bibliográfico, detectou-se nas experiências de
Tavares e Freire (2003) e Santos e Silva (2006) uma abordagem científica que
aproxima da temática de pesquisa sobre a utilização das fontes de informação
ambiental por pesquisadores da área do meio ambiente.
A relevância dessa pesquisa para Secretaria de Estado de Meio Ambiente
(SEMA) se dá em função da possibilidade de melhoria dos serviços e produtos
oferecidos para os funcionários, pesquisadores e usuários externos, destinatários
das fontes de informação ambiental, como ferramenta de apoio para trabalhos de
pesquisa, bem como de técnicos que se voltam à gestão ambiental. As fontes de
informação são elos entre o conhecimento existente (informação) e o pesquisador.
Acredita-se que a importância social do trabalho propiciará ao bibliotecário
e ao profissional da educação ambiental, identificar no contexto da sociedade da
informação, as vantagens e as dificuldades em acessar e aplicar as fontes de
informação especializadas na área em estudo.
A busca pela informação se concentra na unidade de informação da
SEMA, principalmente quando os profissionais da informação tem acesso a uma
grande quantidade de documentos na área do meio ambiente, por meio de uma
variedade de suportes informacionais e tecnológicos que ajudam no uso e na
aplicação da informação no processo de tomadas de decisões, contribuindo de
maneira significativa na gestão ambiental.
Na verdade, os profissionais das diversas áreas do conhecimento que
estudam e investigam situações técnicas com o meio ambiente, principalmente os
educadores ambientais precisam das fontes de pesquisa para subsidiar e dar
suporte na suas tomadas decisões envolvidos pelas complexibilidades dos grandes
empreendimentos econômicos e onde se faz necessário conscientizar a participação
da comunidade no processo de desenvolvimento sustentável.
A presente monografia tem como finalidade central analisar como as
fontes de informação ambiental, mais especificamente as usadas na pesquisa via
Internet (sítios, portais, sistemas de informação, redes de informação, bibliotecas
virtuais, digitais e eletrônicas), são aplicadas pelos profissionais da informação da
Unidade de Informação do Núcleo de Documentação e Arquivo (NDA) e pelos
educadores ambientais da Coordenação de Capacitação da Educação Ambiental
(CCEA), da Coordenação das Unidades de Conservação da Natureza (CUC) e da
Coordenação de Informação e Planejamento Hídrico (CIPH) da SEMA.
A grande dificuldade encontrada nessa pesquisa concentra-se no
manuseio das fontes de informação especializadas em meio ambiente. A falta de
capacitação por meio de treinamentos educativos para o acesso às novas
tecnologias e da educação continuada do bibliotecário, no que diz respeito às várias
interfaces de busca para a aplicabilidade e uso das fontes de informação, dificulta a
recuperação da informação segura, rápida e de qualidade.
O próprio desconhecimento das fontes de informação especializadas na
área ambiental, por parte dos educadores ambientais, também é um dos problemas
que não ajuda no manuseio e no uso da informação para dar apoio às suas
pesquisas e trabalhos técnicos no processo de gestão ambiental.
Diante dessas situações problemas colocados na proposta do trabalho,
foram levantadas as seguintes indagações (questões): até que ponto as fontes de
informação ambiental contribuem para a melhoria dos serviços do profissional da
informação? De que forma as fontes de informação facilitam a pesquisa profissional
do educador ambiental? De que forma as fontes de informação ambiental possibilita
a ajuda na tomada de decisão do educador ambiental?
A proposta metodológica está focada em duas partes: no primeiro
momento foi feita uma pesquisa bibliográfica com a finalidade de localizar trabalhos
em livros, periódicos e artigos científicos já publicados sobre o assunto como base
teórica para realização da monografia. Nessa linha de orientação, sustenta Almeida
(1992, p. 30) que esse tipo de pesquisa “propicia conhecer as contribuições culturais
ou científicas que tenham sido publicadas em todas as áreas do conhecimento
humano”. Ainda dentro desse contexto, foi efetivada uma pesquisa exploratória para
estudar as possibilidades do pesquisador se familiarisar-se com o objeto de estudo
do trabalho e uma pesquisa documental nos relatórios e programas elaborados pela
SEMA; no segundo momento, prosseguiu-se com o trabalho de campo in loco da
pesquisa, a fim de verificar como os atores sociais envolvidos no trabalho aplicam as
fontes de informação ambiental como suporte aos seus trabalhos institucionais e de
que forma contribuem no processo de tomada de decisões no que se refere a
procedimentos de gestão ambiental no âmbito da SEMA.
A abordagem metodológica da pesquisa foi um estudo de caso de caráter
qualitativo, onde serão priorizados os discursos e os conhecimentos dos atores
sociais. Como foi dito, esses atores são os profissionais da informação
(bibliotecários) e educadores ambientais (geógrafos, pedagogos, biólogos e outros)
que atuam na área da educação ambiental recursos hídricos e unidades de
conservação da SEMA, num total de 18 profissionais selecionados.
No que diz respeito às técnicas de pesquisa de campo utilizou-se como
instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista formal semi-estruturada
individual aos atores sociais da pesquisa, objetivando verificar o grau de
aplicabilidade das fontes de informação ambiental em seus serviços técnicos,
identificar as principais fontes de informação ambiental e como essas informações
contribuem nas ações desenvolvidas por esses profissionais.
O trabalho está dividido em quatro partes. Conforme segue: o primeiro
capítulo traz na sua introdução os objetivos, a problemática e a relevância dessa
pesquisa para a informação no âmbito da gestão ambiental.
No segundo capítulo foram analisados os conceitos e características da
informação ambiental sob o aspecto de várias teorias. Traz, ainda os tipos e
denominações do bibliotecário e do educador ambiental como usuários da
informação.
O terceiro capítulo aborda os conceitos, tipos e características da fontes
de informação, além de identificar as mais usadas na área do meio ambiente.
Apresenta também uma análise da internet como canal de acesso a outras fontes de
pesquisa como os portais, os sítios, redes e sistemas de informação e as bibliotecas
virtuais, digitais e eletrônicas.
O quarto capítulo discorre sobre à pesquisa de campo, onde foram
analisados a aplicabilidade das fontes de informação ambiental pelos profissionais
nos setores da educação ambiental, áreas de preservação, recursos hídricos e da
informação da SEMA.
O último capítulo refere-se às considerações finais da monografia com
ênfase na organização, disponibilização e gestão da informação ambiental pelos
profissionais da SEMA. Cabe ressaltar que a forma de redação, elaboração,
apresentação e normalização dessa pesquisa obedeceu as normas e padrões da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Manual Didático da
professora Marise Teles Condurú, intitulado Elaboração de Trabalhos Acadêmicos.
Pretendeu-se, assim identificar e analisar como os profissionais da SEMA
aplicam as fontes de pesquisa no processo de gestão da informação ambiental em
seu ambiente de trabalho. Em face disso, acredita-se que essa monografia contribua
e sirva de base sistematizada para os diversos profissionais da informação
envolvidos com a problemática da questão ambiental, trazendo grandes benefícios
para o meio ambiente.
2 A INFORMAÇÃO AMBIENTAL: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS
Na sociedade contemporânea, a informação desempenha um importante
papel nas relações entre os seres humanos, inserida que está nas atividades
intelectuais, financeiras, comerciais e pessoais, disponibilizada por meio de uma
diversidade de formatos e suportes. A sua produção, organização, domínio e
transformação podem causar mudanças políticas, culturais e econômicas de uma
região ou nação (SANTOS; SILVA, 2006, p. 6).
Para Barros (2004, p. 39), a “informação vem ganhando cada vez mais
importância na humanidade, já que ela reduz a insegurança, revela alternativas
adicionais ou estimula os indivíduos à ação na busca de um ambiente sadio e
agradável para todos”. Constitui-se num insumo de fundamental relevância na
geração do conhecimento, possibilitando de modo eficiente na satisfação das
diversas demandas da população, isto é, a sua necessidade é dada pela
possibilidade de conhecimento que ela representa, o qual pode ser recuperado e
utilizado produtivamente nas variadas atividades da sociedade.
Segundo Le Coadic (2004, p. 4), a informação é definida como sendo:
um conhecimento inscrito (registrado) em forma escrita (impressa ou digital), oral ou audiovisual, em um suporte. A informação comporta um elemento de sentido. É um significado transmitido a um ser consciente por meio de uma mensagem inscrita em um suporte espacial-temporal: impresso, sinal elétrico, onda sonora etc. Essa inscrição é feita graças a um sistema de signos (a linguagem), signo este que é um elemento da linguagem que associa um significante a um significado: signo alfabético, palavra e sinal de pontuação.
Numa outra proposta conceitual, Barreto (1999, p. 1) mostra que a
informação:
sintoniza o mundo, pois referencia o homem ao seu semelhante e ao seu espaço vivencial em seu ponto imaginário do presente, com uma perspectiva do passado e uma esperança do futuro, sendo que a informação é definida como conjuntos significantes com competência e a intenção de gerar conhecimento no indivíduo , em seu grupo ou a sociedade.
A informação está apresentando várias ramificações e interfaces que
ganham espaço na sociedade informacional como na área industrial, florestal,
empresarial e do meio ambiente. Portanto, a idéia da pesquisa é analisar como a
informação ambiental ou ecológica, se relaciona e se integra com as várias ciências
que estudam conhecimento humano resultante das inquietações e problemas
relacionados à questão do meio ambiente.
Marcatto (2005, p.24), baseada na Covenção de Aarhus, conceitua
informação ambiental como qualquer “informação em forma escrita, audível,
eletrônica ou em outro material qualquer, relativa ao meio ambiente”. Essa
informação seria sobre o ar, a água, o solo, a diversidade biológica, os organismos
geneticamente modificados, as políticas, os planos e programas ambientais, as
análises econômicas para tomada de decisão, as condições de vida e os sítios
culturais
De acordo com Targino (1994, p. 46), a informação ambiental pode ser
considerada como:
dados, informações, metodologias e processos de representação, reflexão e transformação da realidade, os quais facilitam a visão holística do mundo e, ademais, contribuem para compreensão, análise e interação harmônica dos elementos naturais, humanos e sociais
Desse modo, a informação ambiental deve contribuir para a mudança de
condutas e comportamentos, tendo papel fundamental na preservação ambiental,
como subsídio para a nossa ação no mundo e para diminuir a incerteza diante do
meio ambiente, quer seja natural ou construído pelo homem, pois para além das
necessidades do sistema produtivo, todos têm direito à informação que possa
diminuir nossa incerteza diante do meio ambiente (FREIRE; ARAÚJO, 1999).
Na proposta de Tavares e Freire (2003, p. 208), há uma afirmação de que
“a informação ambiental é um tipo de informação científica e tecnológica que tem
papel fundamental na superação da crise ambiental que vivemos hoje contribuindo
para a preservação de ambientes naturais e daqueles construídos pelo homem”.
Nesse momento, a informação ambiental tem um importante papel de
informar aos indivíduos os problemas e soluções viáveis sobre a questão, além de
controlar e armazenar a documentação pertinente produzida sobre os assuntos
ligados ao meio ambiente. A sua principal característica é a inter e
multidisciplinaridade, pois leva em consideração conceitos científicos, sociais e
filosóficos. Trata-se de uma área ligada a campos científicos distintos como a
Medicina, Direito, Geografia, Biologia, Geologia e Ciências Sociais (CARIBÉ, 1992,
p. 41).
Ainda de acordo com Caribé (1992, p. 41), existem outras características
da informação ambiental, tais como:
os dados ambientais quase sempre não são publicados e o
conhecimento de sua existência só será possível após longa e experiência;
grande quantidade de informações e dados relevante aparece em
publicações que não são indexadas;
insuficiência de fontes e de obras de referência que indiquem
informações publicadas;
urgência da demanda da informação para a ação do usuário.
A identificação dos conceitos e características da informação ambiental é
importante para compreensão e utilização de trabalhos realizados por técnicos,
pesquisadores e para a sociedade em geral que se interessem pela pesquisa, bem
como na conscientização das pessoas sobre a preservação do meio ambiente.
2.1 OS USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO AMBIENTAL
Na área da informação são vários os conceitos e acepções sobre a
definição do termo usuário da informação, ou seja, aquele indivíduo que de fato dela
necessita e faz seu uso na sua pesquisa ou utiliza como subsídios nos seus
trabalhos técnicos. Esses indivíduos ou grupos buscam dados informacionais sobre
algo e desfrutam dos mesmos individualmente ou coletivamente. Segundo Sanz-
Casado apud Santiago e Paiva (2008, p. 2), “usuário é aquele indivíduo que
necessita de informação para o desenvolvimento de suas atividades”, sendo
beneficiados com os serviços das unidades de informação.
Dentre os usuários da informação ambiental encontram-se os funcionários
dos órgãos governamentais formuladores de políticas e legislação, das empresas
privadas, das organizações não governamentais de meio ambiente, das entidades
nacionais e internacionais, pesquisadores, cidadãos e a mídia. “Esses usuários
demandam informações de todos os tipos, como dados estatísticos, tecnologias,
pesquisas, teses, legislações, estudos e relatórios de impacto ambientais,
instituições e especialistas, eventos etc”. (TAVARES; FREIRE, 2003, p. 213).
Atualmente há uma sociedade repleta de informações científicas e
técnicas, onde cada pessoa é usuário e provedor da informação, considerada num
sentido amplo, o que inclui dados, informações e experiências e conhecimentos
adequadamente apresentados. A necessidade da informação surge em todos os
níveis, desde o de tomada de decisões superiores, nos planos nacional e
internacional, ao comunitário e individual (PARÁ, 1998, p. 394).
De acordo com Caribé (1992, p. 42), os usuários da informação ambiental
são:
os mais variados possíveis, incluindo desde usuários organizacionais, nacionais e internacionais, as autoridades governamentais, empresas privadas, grupos de pressão, entidades ecológicas, órgão governamentais do meio ambiente e usuários individuais. Desta forma, os usuários são muitos importantes para a determinação dos serviços e produtos de uma unidade de informação.
Algumas categorias de profissionais atuam como intermediários no
processo de transferência informacional. Nesse grupo é possível incluir o
bibliotecário e o educador ambiental, que utilizam a informação como ferramenta de
trabalho. Curiosamente, esses profissionais, muita das vezes, atuam também como
usuários da informação, quando buscam a informação para atender às suas
necessidades de uso, como, por exemplo, para dar suporte à construção de
produtos informacionais.
2.1.1 Os profissionais da informação: o bibliotecário e o educador ambiental
como intermediadores da informação
Os profissionais da informação, principalmente o bibliotecário, têm na
informação o seu instrumento de trabalho, possuindo um papel especial na área
ambiental, pois precisam filtrar os documentos de qualidade para dar suporte em
suas atividades técnicas, com intuito de disponibilizar e criar aos usuários
informações seguras, estratégicas e com eficácia, para responder às suas
necessidades e às demandas das unidades de informação.
Para Silva (1996, p. 5), o profissional da informação compreende:
todos aqueles indivíduos que, de uma forma ou outra, fazem da informação o seu objeto de trabalho, entre os quais, arquivistas, museólogos, administradores, comunicadores, analistas de sistemas, documentalistas e bibliotecários, além dos profissionais ligados a informática e das telecomunicações. Esses profissionais estão ligados ao setor da informação, no sentido de sua participação nos processos de geração, disseminação, recuperação e gerenciamento da informação.
E Valentim (2000, p. 20) enfatiza que:
o papel do profissional do profissional da informação é de processador e filtrador da informação e utilizá-la de forma coerente e eficiente,
voltado para o usuário/cliente. Novas mediações da informação entre o profissional da informação devem ser estudadas e implementadas, assim como a disseminação da informação e seus canais de informação devem ser estruturados. Ele deve antever as mudanças nos canais de distribuição da informação.
Para isso, o profissional da informação deve estar capacitado para
entender a informação de maneira ampla, trabalhar de forma globalizada, conhecer
e utilizar as novas tecnologias da informação, criar e planejar produtos e serviços
informacionais visando o cliente, relacionar formatos eletrônicos e digitais de
telecomunicação e reestruturar a estrutura organizacional da unidade de informação
de forma a contemplar o cliente (VALENTIM, 2000, p. 26).
As atividades técnicas e de gestão da informação dos bibliotecários
podem incluir: treinamento, consultoria e atendimento a consultas dos usuários
sobre seleção de fontes de informação e desenvolvimento de estratégias de
pesquisa/busca. Esses especialistas podem participar do planejamento e das
atividades decisórias da organização, onde exerçam o processamento, reunião e
coleta de informações ambientais pertinentes à organização procurando desenvolver
um entendimento íntimo de como a informação é usada. Devem buscar entender
qual o impacto da informação adquirida no desenvolvimento do indivíduo e da
organização (TARAPANOFF, 2000, p. 24).
Na área do meio ambiente, o bibliotecário tem a função de ser um agente
socializador e disseminador da informação ambiental, ou seja, tem um papel de
fornecer informações com o intuito de alcançar um comportamento ecologicamente
correto, gerar pensamentos críticos e atitudes conscientes com relação à
preservação do nosso ecossistema. Ele desempenha um papel de suma
importância, agindo como formador de opinião e como agente conscientizador da
problemática ambiental (MARTINS; CIPOLAT, 2006, p. 179).
Para Figueiredo (1979, p. 135), o bibliotecário, como intermediador da
informação deve “assumir um papel mais ativo ou agressivo com relação à
transferência da informação, isto é ele precisa ir em busca dos seus usuários
fornecendo-lhes a informação mais adequada as suas necessidades de pesquisa”.
E ainda, prosseguindo com essa linha de orientação, Guimarães apud
Silva e Arruda (1998, p. 7) afirma que nesse processo de democratização da
informação o bibliotecário assume dois papeis fundamentais no processo de
intermediação da informação:
o primeiro é saber qual a informação que realmente satisfará as necessidades de seus usuários e com a ajuda do processamento técnico terá todas as condições relevantes de atender a comunidade, tornando-se assim qualitivamente intermediário entre as fontes de informação e quem delas utilizar. O segundo papel é ter uma função de ação social, ou seja, é importante que ele assuma sua cidadania, já que esses profissionais além de serem intermediário entre a informação e o conhecimento, são partes integrantes do meio em que vivem.
Os educadores ambientais são profissionais envolvidos com a prática da
educação ambiental voltada para a promoção de mudanças que permeiam o
cotidiano de todos os indivíduos e instituições ligadas com a sustentabilidade do
meio ambiente. As ações desses educadores são coletivas e devem ser voltadas às
atividades de proteção, recuperação e melhoria socioambiental.
Segundo Quintas (1995, p. 16), o educador ambiental é aquele:
capaz de construir e reconstruir, num processo de ação e reflexão, o conhecimento sobre a realidade, de modo dialógico, com sujeitos envolvidos no processo educativo. O educador deve estar capacitado para atuar como catalizador de processos educativos que respeitem a pluralidade e diversidade cultural, fortalecendo a ação coletiva e proporcionando a compreensão da problemática ambiental. Ele deve agir em conjunto com a sociedade civil organizada, sobretudo como os movimentos sociais, numa visão de educação ambiental que priorize as novas relações dos homens com a natureza.
Os educadores ambientais são grupos de profissionais de várias
instituições que atuam no campo da educação ambiental e da educação popular.
Eles desenvolvem processos formativos de educação ambiental destinado à
totalidade da base territorial onde atuam, ou seja, são grupos de pessoas que
compartilham suas visões e interpretações sobre o meio ambiente. Eles favorecem a
continuidade e permanência dos processos educacionais, articulação de programas
e projetos de desenvolvimento sustentável e as competências regionais de
educação e ambiente (PROFEA, 2006, p. 33-34). Assim, atuam também como
intermediadores e gestores no processo informacional.
3 AS FONTES DE INFORMAÇÃO 3.1 CONCEITUALIZAÇÃO
As fontes de informação constiuem-se em um veículo de busca e de
acesso à informação de significativa importância no desenvolvimento da pesquisa
científica e na disseminação da informação.
Barros (2007, p. 9), argumenta que descrobir e saber usar algumas “fontes
da informação (ferramentas de acesso e busca) são condições essenciais para que
o usuário da informação consiga realmente se inteirar com eficiência de pelos
menos parte de sua área de atuação”. Desse modo, as fontes de informação são
elos de ligação entre o conhecimento existente e o pesquisador.
Beckman e Silva apud Barros (2004, p. 207), definem fonte de informação
como:
o lugar de origem, donde a informação adequada é retirada e transmitida ao usuário. Seu conhecimento não é atributo privativo do bibliotecário, porém só este tem obrigação de conhecê-las todas, nas suas características intrínsecas, no seu modo de utilização em relação aos pedidos das diferentes categorias profissionais. De um modo bastante amplo as fontes de informação podem ser distribuídas em: primárias, secundárias e ocasionais.
Tomando outra perspectiva de fontes de informação, Cunha (2001, p. 2),
conceitua como: quaisquer recursos que respondam a uma demanda de informação por parte dos usuários, incluindo produtos e serviços de informação, pessoas ou rede de pessoas. Elas são classificadas em: fontes primárias que contém as novas informações de fatos acontecidos (periódicos, legislações, relatórios técnicos, projetos), fontes secundárias que são os organizadores dos documentos primários e guiam o leitor para eles (base de dados, livros, internet, banco de dados) e terciárias que têm como função principal ajudar o leitor na pesquisa das fontes primárias e secundárias, sendo sinalizadores de localização(bibliotecas, centros de informação, diretórios).
O saber utilizar e acessar essas fontes é de fundamental importância para
a pesquisa e para tomada de decisões de profissionais que a utilizam, com o
objetivo de informar a sociedade, sempre levando em consideração às vantagens
que ela pode trazer para o usuário, dentre as quais destacam-se as seguintes:
rapidez nas buscas das pesquisas; segurança no acesso a informação; economia de
tempo e informação de qualidade e gratuita.
3.2 A INTERNET COMO CANAL DE ACESSO A INFORMAÇÃO
A internet é vista atualmente como uma importante fonte eletrônica de
acesso à informação, em face às facilidades de busca que ela representa,
principalmente servindo de canal para o acesso e manuseio de outras fontes de
informação. A grande rede possibilita ao usuário a acessar e a achar as principais
informações sobre cada área de atuação, possibilitando uma disponibilidade maior
de informação e uma interação imediata com outros indivíduos.
Para Barros (2004, p. 210), a rede mundial de computadores tornou-se:
uma indispensável fonte de pesquisa para os diversos campos do conhecimento. Isso porque representa hoje um extraordinário acervo de dados que esta colocada à disposição de qualquer pessoa do planeta, podendo ser acessada com extrema facilidade, graças aos sofisticados recursos informacionais disponíveis. A Internet liga milhões de sistemas, onde inclui museus, universidades, revistas, correios, bibliotecas e outros..
Na concepção de Cendón (2000, p. 293), a principal vantagem da Internet
para os usuários é:
a possibilidade de acesso a informações que antes eram demoradas de se conseguir ou mesmo completamente inacessíveis. Muitas das vezes a informação que se procura é encontrada em texto completo na rede, e dessa forma, é superada a limitação de acervos locais. Ela facilita e agiliza a identificação e obtenção de fontes impressas, reduzindo a dependência de serviços de terceiros para o acesso a documentos nacionais e estrangeiros.
Desse modo, a Internet é uma fonte de informação secundária que
funciona como um canal de acesso aos sítios e portais da informação, as redes e
sistemas de informação, a bibliotecas digitais e virtuais e a outras fontes de
pesquisas. Essa ferramenta de pesquisa intensificou o compartilhamento da
informação, fomentando novas redes, o que acarretou no desenvolvimento das
bibliotecas eletrônicas, virtuais e digitais em cooperação.
3.2.1 Os sítios e os portais de informação
Conceitualmente, um sítio ou um site é uma palavra que significa um local
ou lugar. No contexto da Internet site é um conjunto de páginas da WWW (Teia de
Dimensão Mundial) que representa uma pessoa, instituição ou empresa na rede, ou
seja, a Web é um conjunto de documentos, disperso em milhões de computadores
ao redor do mundo que pode conter textos, imagens e sons. Nesse local estão
disponíveis várias ferramentas de busca da informação como, por exemplo: o
Google, o Alta Vista, o Cadê e o Yahoo.
Os portais são páginas na Internet sobre um determinado assunto, tema
ou área do conhecimento. De acordo com Detlor apud Vilella (2003, p. 64), define-se
portal como “um ponto único de interfaces baseadas na Web, usadas para promover
a busca, o compartilhamento e a disseminação da informação, assim como a
provisão de serviços para comunidades de interesses”.
Esses lugares de consulta na Web são de real relevância para os usuários
da informação, pois possibilitam o acesso há uma gama de informações nas mais
variadas áreas do conhecimento humano.
3.2.2 As redes e sistemas de informação
As redes de informação facilitam o acesso à informação atualizada e
relevante, em quase todas as áreas de conhecimento humano de forma integrada e
conjunta, primando pelo intercâmbio, compartilhamento e cooperação dos serviços
dos profissionais da informação como excelente fonte de pesquisa.
As redes de informação, vinculadas a serviços e unidades de informação,
tem um papel determinante em todo o processo da gestão da informação, desde a
aquisição, organização, disseminação, recuperação até a obtenção da informação
pelo usuário final. Esse tipo de serviço também reúnem pessoas e organizações
para intercâmbio de informações, ao mesmo tempo em que contribuem para a
organização de produtos e a operacionalização de serviços cooperativos (TOMAÉL,
2005, p. 3-4).
Na proposta de Katz apud Tomaél (2005, p. 4) é possível encontrar um
conceito de rede de informação entendido como:
um grupo de unidade e serviços de informação voltada para um interesse comum, que pode ser a compilação de uma base de dados, um sistema cooperativo de catalogação, sendo seu ponto focal o compartilhamento de recursos e a cooperação em serviços e produtos. Enfim, é um arranjo formal que reúne várias organizações engajadas para um objetivo comum, buscando a troca de informações, materiais ou serviços.
As redes de informação apresentam os seguintes objetivos propostos por
Rowley apud Tomaél (2005, p. 5), que são:
mostrar o conteúdo de um grande número de bibliotecas ou de um grande número de publicações, principalmente por meio de acesso a bases de dados catalográficos, com o emprego de interfaces de catálogos de linha de acesso público; fazer com que os recursos mostrados nessas bases de dados catalográficos se tornem disponíveis para as bibliotecas e usuários, onde e quando necessários; compartilhar custos e esforços despendidos na criação de bases de
dados por meio do intercâmbio de registros e atividades correlatas.
As vantagens que as redes de informação proporcionam para o usuário
são os seguintes: conteúdo informacional; acesso a informação; disponibilidade de
registros bibliográficos; redução de custos esforços; intercâmbio de informações;
cooperação das tarefas e ampliação do universo informacional.
Já os sistemas de informação são componentes inter-relacionados que
promovem a transmissão da informação dos produtores aos usuários da mesma, de
conformidade com normas e procedimentos idênticos ou compatíveis.
Silva (2007, p. 9) conceitua sistema de informação como:
um sistema baseado em informações, ou seja, a sua matéria prima é a informação. Ele pode ser tecnicamente um conjunto de componentes inter-relacionados que coleciona ou recupera, processa e distribui informação. Uma das principais funções dos Sistemas de Informação é a de filtrar a informação para gerar conhecimento. Algumas das características do Sistema de Informação é que ele deve ser fácil de usar, flexível nos ajustamentos, confiável nas informações geradas e rentáveis de modo que os custos justifiquem os benefícios oferecidos.
Uma das principais funções desses sistemas é filtrar a informação para
gerar conhecimento, devendo trazer informações de qualidade, sendo que podem
ser de fácil uso, flexível nos ajustamentos, confiável nas informações geradas e
rentáveis de modo que os custos justifiquem os benefícios oferecidos. Esses
sistemas manipulam e geram informações, com o objetivo de auxiliar na tomada de
decisão do profissional a informação (SILVA, 2007, p. 12).
Na verdade, os sistemas de informação funcionam como fontes de
informação para o profissional bibliotecário e auxiliam o usuário em encontrar
informação no momento certo, de qualidade e com rapidez. Esses serviços são
importantes na organização, recuperação, distribuição, disseminação e divulgação
da informação das unidades de informação.
3.3 O PAPEL DAS UNIDADES DE INFORMAÇÃO
As unidades de informação são organizações de serviços representadas
pelas bibliotecas, sistemas de informação e de documentação que disponibilizam
serviços e produtos informacionais ao usuário final, ou seja, são organizações
sociais sem fins lucrativos, cuja característica como unidade de negócio é a
prestação de serviços para os indivíduos e a sociedade de forma tangível (produtos
impressos) ou intangível (prestação de serviços de forma virtual pela Internet)
(TARAPANOFF; ARAÚJO JÚNIOR; CORMIER, 2000, p. 92).
Essas organizações têm o papel de informar aos indivíduos aonde
encontrar a informação certa e de qualidade, para que possa fazer uso da
informação. Atualmente, as bibliotecas deixaram de ser depósitos de livros e
passaram a ter um papel de filtrar e facilitar o acesso da informação para os
usuários real e potencial de uma instituição pública ou de uma empresa privada.
As unidades de informação são fontes de pesquisa para os usuários que
necessitam de documentos e dados para subsidiar seus trabalhos técnicos,
acadêmicos, ou extensão, dependendo da situação da pesquisa.
Com a revolução tecnológica, as bibliotecas tradicionais passaram a ter
outros formatos e denominações que facilitaram o acesso e a disseminação da
informação. Agora as bibliotecas são chamadas de virtuais, digitais e eletrônicas,
termos novos que serão analisadas no decorrer da pesquisa.
3.3.1 As bibliotecas especializadas em meio ambiente
As bibliotecas são lugares concretos de idéias e de informações, e
funcionam como espaço de leitura, de estudo, de consulta, de busca e de uso da
informação. Nesses ambientes se encontram os diversos tipos de suportes
informacionais que servem de base para qualquer tipo de pesquisa bibliográfica que
são: livros, monografias, dicionários, manuais, enciclopédias, fitas, CD`s, DVD`s,
banco de dados e outros.
Segundo Targino apud Barros (2007, p. 92), define-se biblioteca como:
local onde uma coleção organizada e constituída de acordo com a demanda e necessidades dos usuários efetivos e potenciais a que se destina (tanto no que concerne ao tipo de material como na diversificação dos assuntos), está à disposição dos interessados, para suprir suas necessidades informativas, educacionais ou recreativas.
Atualmente são vários os tipos de bibliotecas ou centros de documentação
que atendem as necessidades dos usuários tanto no meio científico, como na
pesquisa, e isto depende muito das instituições a ela vinculadas. O objetivo, nesse
momento, é mostrar quais são as características, os conceitos e funções de apenas
um tipo de biblioteca que é a biblioteca especializada.
As bibliotecas especializadas são unidades pertencentes a instituições
governamentais, particulares ou associações formalmente organizadas com o
objetivo de fornecer ao usuário a informação relevante de que ela necessita em um
campo específico de assunto, ou seja elas se originam de universidades (bibliotecas
setoriais) ou empresas comerciais (industrias), atuando como agentes
disseminadores dos conhecimentos necessários nos estudos e tomadas de decisões
das instituições (MIRANDA, 2007, p. 88).
Ainda segundo Miranda (2007, p. 88), destacam-se as seguintes funções e
características das bibliotecas especializadas:
a) as funções:
fornecer informação rápida e eficaz, centrada em uma área do
conhecimento;
disseminar seletivamente a informação;
proporcionar o acesso a bases de dados especializada s na área de
interesse da coleção;
permitir a recuperação aprofundada de informações sobre assuntos
específicos da área.
b) as características:
usuários com elevado nível de formação e exigentes nas suas
pesquisas;
acervo composto por uma diversidade por uma diversidade de suportes
informacionais;
os bibliotecários devem possuir conhecimento na área que destina a
coleção;
um alto nível de automação dos serviços.
Atualmente são várias as unidades de informação especializadas em meio
ambiente, principalmente as bibliotecas especializadas em agricultura, recursos
hídricos, resíduos sólidos, engenharia florestal, educação ambiental e unidades de
conservação. Nesse trabalho, devido a sua importância na pesquisa científica e na
disseminação da informação para os usuários, destaque-se como referência de
informação duas bibliotecas especializadas em meio ambiente: a biblioteca do
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) e a biblioteca da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), localizadas no Estado do Pará.
A biblioteca do NAEA é um centro de produção de estudo interdisciplinar
da realidade amazônica, ou seja, atua como colaboradora para facilitar e fortalecer
atividades de pesquisa e extensão e contribui com a produção do conhecimento
sobre a Amazônia. Essa unidade de informação prioriza o acesso à informação,
dando suporte científico a professores, universitários e pesquisadores, a partir de um
rico acervo bibliográfico incluindo os seguintes temas: história, ecologia, agricultura,
antropologia e outros.
Contudo, a biblioteca da EMBRAPA do Estado do Pará, por exemplo, tem
a missão de viabilizar soluções tecnológicas para o desenvolvimento sustentável da
agropecuária da Amazônia, por meio da geração, adaptação e transferência de
conhecimentos e tecnologia em benefício da sociedade. Entretanto, essa biblioteca
surgiu para dar suporte às pesquisas realizadas na unidade, como também
organizar e disponibilizar informações produzidas na área da agricultura e pecuária.
Os temas abordados por essa biblioteca são os seguintes: nutrição animal, manejo
de florestas plantadas, silvicultura tropical, manejo de floresta nativa, cafeicultura,
fruticultura e outros.
Essas bibliotecas funcionam como fontes de informação ambiental para
professores, pesquisadores e profissionais liberais envolvidos com estudos na área
do meio ambiente, pois fornecem informações científicas de qualidade sobre vários
assuntos e temas ambientais conforme a necessidade de uso de cada usuário.
3.3.2 As bibliotecas digitais
Com o surgimento das Novas Tecnologias da Informação (NTI), as
bibliotecas tradicionais passaram por grandes transformações físicas, gerencias e
funcionais, acarretando em novas mudanças em seus serviços e produtos
informacionais. Os impactos dessas tecnologias propiciaram o surgimento de novos
suportes e instrumentos tecnológicos que ajudaram as unidades de informação na
organização, divulgação e disseminação da informação centralizados na mídia
digital, virtual e eletrônica.
Dentre as mudanças da instituição biblioteca, renasce o termo biblioteca
digital fruto da aplicação das tecnologias na informação, surgindo um novo serviço
de biblioteca centrado no processo de criação, organização, preservação e
disseminação da informação em suporte digital.
As bibliotecas digitais se transformaram em portão de entrada para os
recursos mundiais de informação, trazendo significativas implicações para usuários
de bibliotecas, provedores de informação, pesquisadores de todas as áreas do
conhecimento. Esses ambientes, hoje reconfigurados pela presença do computador,
e as possibilidades oferecidas pela Internet passaram a requerer um usuário com
uma formação que o capacite para ler, escrever interpretar sua realidade (AQUINO
apud SANTOS, 2009, p.34).
De acordo com a proposta de Marchiori (1997, p. 4), define biblioteca
digital como:
aquela biblioteca onde a informação que ela contém existe apenas em forma digital, podendo residir em meios diferentes de armazenagem, como memórias eletrônicas (discos magnéticos e óticos), sendo que ela não contém livros na forma convencional e a informação pode ser acessada, em locais específicos e remotamente, por meio de rede de computadores.
A biblioteca digital é um conjunto de objetos digitais construídos a partir do
uso de instrumentos eletrônicos, concebidos com o objetivo de registrar e comunicar
pensamentos, idéias, imagens e sons disponíveis a um contingente ilimitado de
pessoas, dispersas onde quer que a plataforma Web alcance. Com o surgimento
dessa biblioteca mudou-se a forma e o meio através dos quais os documentos
passaram a ser produzidos ou registrados, ou seja, um meio mais leve, ágil e
dinâmico em suas possibilidades de processamento e de comunicação
(ALVARENGA, 2001, p. 5).
Para Cunha (1999, p. 258), são enfatizadas algumas características da
biblioteca digital para compreender melhor a sua estrutura funcional:
acesso remoto pelo usuário, por meio de um computador conectado a
uma rede;
utilização simultânea do mesmo documento por duas ou mais pessoas;
inclusão de produtos e serviços de uma biblioteca ou centro de
informação;
provisão de acesso em linha a outras fontes externas de informação
(banco de dados);
utilização de diversos suportes de registro da informação tais como:
texto, som, imagem e números.
Então, entende-se por biblioteca digital um conjunto de documentos
nascidos, convertidos e advindos do formato digital, em meios diferentes de
armazenagem como os discos magnéticos, óticos e outros, possibilitando uma
organização digital integrada de textos, imagens e sons.
3.3.3 As bibliotecas virtuais
A expressão biblioteca virtual, mais conhecida como biblioteca sem
paredes, funciona baseada na utilização de recursos da realidade virtual para
exploração dos serviços da unidade de informação.
Gapen apud Marchiori (1997, p. 5) define biblioteca virtual como:
o acesso remoto aos conteúdos e serviços de bibliotecas e outros recursos de informação, combinando uma coleção interna de materiais correntes e fartamente usados em ambas as formas (eletrônica e impressa), com redes eletrônicas que provém acesso e a transferência de fontes de conhecimento e de informação, com bibliotecas e instituições externas em todo o mundo. Ela funciona de forma efetiva baseada em três elementos: o usuário, a informação em formato digital e as redes computadorizadas.
A biblioteca virtual aponta para as fontes de informação sem
necessariamente possuir a propriedade física do documento. Portanto, “ela significa
simplesmente a troca de informações por meio da mídia eletrônica e pode abranger
uma grande variedade de aplicativos como: vídeo, animações, áudio e simulações”
(LEVACOV, 1997, p. 2).
Levacov (1997, p. 2), afirma que inicialmente a construção da biblioteca
virtual:
foi acontecendo aos poucos na medida em que a evolução da tecnologia disponibiliza novas ferramentas. Essa construção ocorreu paralelamente de duas maneiras: em off-line (com a introdução de catálogos eletrônicos, obras de referência em CD-ROMS e no armazenamento e recuperação de versões eletrônicas da própria informação) e on-line (foram criados novos recursos utilizados pelos bibliotecários como a www).
A grande vantagem advinda com a biblioteca virtual ficou relacionada com
a questão do acesso aos usuários da informação, pois houve uma perspectiva de
aumentar a velocidade de acesso aos materiais da biblioteca, selecionando-os da
imensidão de documentos disponíveis, eliminando ainda as visitas físicas a
biblioteca. Os materias estarão sempre acessíveis, não havendo a necessidade de
se terem cópias dos documentos emprestados (MARCHIORI, 1997, p. 5).
Para Rowley (2002, p. 21), “a biblioteca virtual não implica em localização
física, seja para o usuário final, seja para a fonte. O usuário pode acessar a
informação a partir de qualquer ponto e a informação estar em qualquer lugar. Esse
tipo de biblioteca, independente do local, é acessada e fornecida pelas redes de
comunicações”.
A biblioteca virtual não é apenas um conjunto de equipamentos e bons
programas para a gerência de bases de dados e de telecomunicações. É antes de
qualquer coisa, uma possibilidade de revisão de modelos administrativos com a
utilização da tecnologia com novos ambientes virtuais. Nesse momento, a biblioteca
deixa de ser um espaço tranqüilo de leitura de livros e torna-se o ponto de destaque
na pesquisa variada, sendo acessada por qualquer tipo de usuário em vários lugares
do mundo. O novo espaço virtual é um ponto convergente de acesso para usuários
que desejam usar o estoque crescente de fontes eletrônicas.
3.3.4 As bibliotecas eletrônicas
Outra definição a ser colocada nesse trabalho é o de biblioteca eletrônica
ou como muitos autores a conceituam como biblioteca on-line. Na proposta de
Rowley (2002, p. 20-21), incluem-se algumas definições para a expressão ”biblioteca
eletrônica” como seguem listadas abaixo:
um ambiente administrado de materiais multimídia em formato digital, destinado a beneficiar a população de usuários, estruturado para facilitar o acesso a seu conteúdo e equipado com recursos de auxílio à navegação na rede global; um espaço físico ao qual as pessoas recorrem em busca de serviços fornecidos de forma eletrônica, ou seja, a biblioteca é fisicamente identificável onde pode ser visitada fisicamente pelo usuários, mas que não possui material impresso e seu formato é essencialmente eletrônico.
E ainda na concepção de Marchiori (1997, p. 4), os processos básicos
dessa biblioteca:
são de natureza eletrônica, o que implica ampla utilização de computadores e de suas facilidades na construção de índices on-line, busca de textos completos e na recuperação e armazenagem de registros. Ela se direciona para ampliar o uso dos computadores na armazenagem, recuperação e disponibilidade da informação, podendo envolver-se em projetos para a digitalização de livros.
Nesse contexto, entende-se por biblioteca eletrônica uma via de acesso
aos dados de um acervo de biblioteca ou serviços de informação por meio a internet.
Assim, os usuários em geral conseguem acessar os dados do acervo e
eventualmente solicitar serviços como pesquisa bibliográfica, reserva de material,
renovação de empréstimo e enviar envio de sugestões através do correio eletrônico.
Essa biblioteca também assume o papel de um catálogo eletrônico.
3.4 FONTES ESTRATÉGICAS DE INFORMAÇÃO AMBIENTAL PARA USO DOS
BIBLIOTECÁRIOS E EDUCADORES AMBIENTAIS
Atualmente são várias ou até mesmo milhares as fontes de pesquisa
disponibilizadas nas bibliotecas tradicionais (unidades de informação) ou no
ambiente virtual (a grande rede de computadores).
A Internet, como canal de acesso a essas fontes facilita aos usuários
(educador ambiental, profissionais da informação) em a acessar as informações
ambientais que ajudam na tomada de decisão, tanto na área acadêmica como nos
serviços dos técnicos na gestão ambiental, possibilitando a criação de produtos
informacionais (projetos, programas e outros).
As fontes de informação ambiental acessadas via internet, são
estratégicas para tomadas de decisões dos profissionais da informação, mais
especificamente dos bibliotecários e dos educadores ambientais, que utilizam a
informação para tomar decisões em suas respectivas áreas de atuação. Nessas
fontes há uma quantidade enorme de serviços e produtos informacionais
relacionados ao meio ambiente, que serão abordadas nos tópicos seguintes:
a) Os sítios ambientais
Ministério do Meio Ambiente (MMA)
Criada em 1992, o MMA tem a missão de promover a adoção de princípios
e estratégias para o conhecimento, a proteção e a recuperação do meio ambiente, o
uso sustentável dos recursos naturais, a valorização dos serviços ambientais e a
inserção do desenvolvimento sustentável.
É responsável também pela formulação e pela implementação de políticas
de forma transversal, compartilhada, participativa e democrática, em todos os níveis
instâncias do governo e sociedade. Esse Ministério atua nas seguintes áreas do
meio ambiente: biodiversidade, florestas, recursos hídricos, ambiente urbano,
mudanças climáticas, extrativismo e cidadania ambiental.
Esse sitio disponibiliza ao bibliotecário e educador ambiental serviços e
produtos que ajudam em suas tomadas de decisões em seu ambiente de trabalho,
como o Projeto Sala Verde que são espaços interativos de informação, educação,
formação e ação socioambiental, com a finalidade da divulgação e difusão de
publicações sobre temas ambientais. Nele é possível também acessar sistemas de
informação em recursos hídricos, publicações eletrônicas e as legislações sobre o
meio ambiente
As informações sobre essa fonte estão disponíveis no seguinte endereço
eletrônico www.mma.gov.br, onde são encontradas informações necessárias para
dar suporte informacional em pesquisas e trabalhos técnicos.
Agência Envolverde
Essa Agência foi criada em 1995, para administrar no Brasil o Projeto
Terramérica. Desde então, vem se especializando na cobertura de temas
relacionados ao meio ambiente (água, Amazônia, biodiversidade e clima),
desenvolvimento sustentável (energia, governo, resíduos e legislação) e cidadania
(cidades, cultura e saúde).
Esse site divulga como produto informacional, o Envolverde - Revista
Digital – Ambiente, educação e Sustentabilidade que reúne todo o conteúdo
jornalístico produzido pela equipe da Envolverde em uma única publicação digital,
abordando temas relacionados com o meio ambiente, desenvolvimento humano e
educação.
O site disponibiliza como serviço ao usuário uma biblioteca digital com
livros digitalizados, notícias com temas ambientais e artigos científicos na integra.
Atualmente, a maioria das informações desse sítio encontra-se disponível na internet
(www.envolverde.ig.com.br).
Greenpeace
Essa organização global foi criada em 1971, no Canadá, sem fins
lucrativos e independente, atuando para defender o meio ambiente e promover a
paz, inspirando as pessoas a mudarem de atitudes e comportamentos, investigando
e expondo os crimes ambientais.
O Greenpeace site especial que defende também soluções
economicamente viáveis e socialmente justas, oferecendo esperança para as
gerações futuras. Os temas trabalhados neste sítio são: Amazônia, clima, energia,
oceanos e transgênicos.
Esse site disponibiliza como produto aos usuários da informação
documentos (artigos) na integra em pdf nos mais variados assuntos envolvendo a
temática ambiental. Apresenta notícias sobre desmatamentos, relatórios de impacto
ambiental e outros.
As informações sobre essa instituição são acessadas na internet no
seguinte endereço eletrônico (www.greenpeace.org/brasil).
Biodiversitas
A Fundação Biodiversitas é uma organização não governamental, criada
em 1989, com a missão de conservação da biodiversidade brasileira, promovendo
ações de caráter técnico-científico no Brasil. Essa Fundação é um centro de
referência no levantamento e aplicação do conhecimento científico para a
conservação da diversidade biológica.
Os projetos desenvolvidos pela Fundação visam à interação entre o meio
ambiente e o ser humano, buscando meio de conciliar a conservação na natureza e
o desenvolvimento econômico e social. Esse sítio traz informações nas seguintes
áreas de atuação do meio ambiente: conservação da natureza, planejamento
ambiental e áreas protegidas.
Apresenta como produto informacional ao usuário da informação o Atlas
chamado Biodiversidade em Minas Gerais, onde traz informações sobre a
diversidade biológica do Estado. Divulga também notícias relacionadas à
conservação da natureza. O endereço desse site encontra-se disponível na internet
(www.biodiversitas.org.br).
b) Os portais ambientais
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON)
O instituto foi criado em 1990, sem fins lucrativos com a missão de
promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia por meio de estudos, apoio à
formulação de política pública, disseminação ampla da informação e formação
profissional. O trabalho do IMAZON fundamenta-se para os seguintes princípios:
interdisciplinaridade, busca de soluções, abordagem empírica e o método científico.
As atividades de pesquisa do IMAZON incluem diagnóstico
socioeconômico dos usos do solo na Amazônia; desenvolvimento de métodos para
avaliação de monitoramento desses usos; análise de políticas públicas de uso do
solo e elaboração de cenários e modelos de desenvolvimento sustentável para
essas atividades econômicas.
Nesse portal contêm informações em formato digital e eletrônico sendo
possível consultarem artigos científicos, mapas temáticos e livros com assuntos
voltados para Amazônia. A maioria das informações desse portal encontra-se
disponível na internet (www.imazon.org.br).
Portal do Meio Ambiente
É um portal que vem estimulando e desenvolvendo projetos de
democratização da informação socioambiental através de seus veículos de
comunicação. Esse portal serve de base de dados, veículos de notícias, de base de
disseminação e a produção de conhecimento. Apresenta informações agrupadas em
grandes temas tais como: comunicação ambiental, educação e cidadania e cultura
socioambiental.
O portal disponibiliza a Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA)
aos profissionais da informação, com a finalidade a democratização da informação
ambiental, e consequentemente contribuindo com a formação da consciência
ambiental e mobilização da sociedade. O portal pode ser acessado pelo seguinte
endereço na internet (www.portaldomeioambiente.org.br).
Agência Nacional das Águas (ANA)
Criada em 1999, a ANA é uma autarquia de regime especial vinculado ao
MMA que tem como finalidade implementar a Política Nacional de Recursos
Hídricos. E ainda compete a essa Agência criar condições técnicas para
implementar a Lei das Águas e promover a gestão descentralizada e participativa.
No portal da ANA encontramos uma série de opções para ter acesso a
informações hidrológicas como programas, serviços informacionais, redes de
informação, biblioteca virtual, relatórios de atividades e projetos de gestão
especializados em recursos hídricos. As informações completas desse portal
encontram-se disponível na Internet (www.ana.gov.br).
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Criado em 1952, o INPA atualmente é referência mundial em Biologia
Tropical, sendo que vem realizando estudos científicos do meio físico e das
condições de vida da região amazônica para promover o bem estar humano e o
desenvolvimento sócio econômico regional. Esse instituto tem como área de atuação
os seguintes temas de pesquisa: botânica, ecologia, tecnologia de alimentos,
produtos florestais e outros.
Nesse portal é possível acessar a biblioteca eletrônica do Instituto, assim
como acessar também a biblioteca digital de teses e dissertações. A produção
científica do INPA é disseminada na Revista Eletrônica Acta Amazônica e em outras
publicações com temas da região amazônica. O portal do instituto pode ser
acessado pelo seguinte endereço eletrônico na internet (www.inpa.gov..br).
Ambiente Brasil
A missão desse portal é estimular a ampliação do conhecimento ambiental
e a formação de uma consciência crítica sobre os problemas e soluções para o meio
ambiente, realizando a obtenção do conhecimento de forma organizada e
sistemática e com velocidade, através de ambientes que orientam, informam e
oferecem facilidade.
Esse portal oferece os seguintes serviços e produtos on-line: Legislação
Ambiental Brasileira e o jornal Informativo Diário. Ele oferece também informações
divulgadas em formato de artigo científico, relatórios e projetos na integra com as
seguintes temáticas: agropecuária, água, biotecnologia, ecoturismo, fauna, floresta,
gestão de índios e outros.
Atualmente, a maioria das informações desse portal encontra-se
disponível na internet (www.ambientebrasil.com.br).
c) As redes de informação em meio ambiente
Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA)
A REBIA é um projeto de organização da ação humana em torno da idéia
de que é possível empreender e obter resultados e promover a transformação da
realidade rumo ao mundo melhor, mais ecológico, mais fraterno, mais pacífico e
mais democrático.
Essa Rede possui os seguintes objetivos: desenvolver serviços de
informação, democratizar a informação socioambiental, difundir a cultura de rede,
difundir o conhecimento e estimular o intercâmbio de informações e parcerias.
Ela estimula e desenvolve projetos de educação ambiental com a
finalidade de criar novos valores mais sustentáveis e também socialmente mais
justos, capacitando também as pessoas a encontrarem as soluções técnicas e
alternativas que assegure a qualidade de vida, emprego, segurança e
desenvolvimento sustentável.
A Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA) é um dos mais
completos portais privados de informações ambientais, contendo jornais, legislações
e normas nacionais e internacionais, consultas a processos ambientais, denúncias
ambientais, dicionários, revista e portal ao mesmo tempo.
Atualmente, a maioria das informações dessa Rede encontra-se
disponível na internet (www.portaldomeioambiente.org.br).
Rede Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente (RENIMA)
A Rede Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente (RENIMA), criada
através da Portaria n. 48-N, de 23 de abril de 1993, conta com a participação dos
órgãos estaduais de meio ambiente e várias outras instituições ligadas a área
ambiental, através de suas unidades de informação, que participam da Rede na
qualidade de Centros Cooperantes, conforme Termo de Cooperação Técnica
específico. Atualmente a Rede possui 39 Centros Cooperantes.
Ela tem como objetivo principal dar suporte informacional às atividades
técnico-científicas e industriais e apoiar o processo de gestão ambiental através de:
estabelecimento integrado das unidades de informação, capacitação dos recursos
humanos e desenvolvimento de base de dados.
Essa rede possui uma estrutura descentralizada composta por: centros
cooperantes e coordenação central. Ela tem as seguintes competências
informacionais: coletar, processar e disseminar da área do meio ambiente, oferecer
serviços de informação utilizando as bases de dados, prestar serviços aos usuários
da Rede e divulgar os seus serviços, disponibilizando diversos serviços
informacionais tais como: pesquisa bibliográfica, elaboração de bibliografias
especializadas e consultas a legislação ambiental.
Atualmente, a maioria das informações dessa Rede encontra-se
disponível na internet (www..ibama.gov.br/siterenima).
Rede de Informação Ambiental (RIAM)
Criada em 2003, a Rede de Informação Ambiental (RIAM) é coordenada
pelo Núcleo de Meio Ambiente da Universidade federal do Pará (NUMA/UFPA) e
tem como objetivo reunir e tornar disponível a informação na área ambiental para
apoiar o ensino, pesquisa e extensão das demais unidades, o que é essencial para o
desenvolvimento sustentável da Região Amazônica. Traz como conteúdo
informações sobre grupos de pesquisa, cursos, professores, convênios e pesquisas
e bases de dados. As informações completas dessa Rede encontram-se disponível
na internet (www.ufpa.br/numa).
Rede Pan-Americana de Informação em Saúde Ambiental
(REPIDISCA)
A Rede Pan-Americana de Informação em Saúde Ambiental
(REPIDISCA), criada em 1982, é um sistema regional cujo principal objetivo é reunir
e difundir informação especializada nas seguintes áreas temáticas: saúde ambiental
e saneamento, engenharia sanitária e ambiental, ciências ambientais e tecnologias
aplicadas, recursos hídricos e poluição da água, abastecimento de águam resíduos
sólidos e limpeza urbana, solo, poluição do ar, saúde ocupacional e segurança
industrial.
Essa Rede produz uma base que contém informações bibliográficas tais
como relatórios de pesquisas, teses, normas técnicas, vídeos e materiais de ensino
que geralmente são elaborados, porém com distribuição de forma limitada. Ela está
integrada por um centro coordenador regional, nacional e cooperantes. A
REPIDISCA possui os seguintes produtos informacionais: Repindex, Tabcont,
Tesauro de Engenharia e o Catálogo da Biblioteca da Cepis. O endereço eletrônico
da dessa Rede encontra-se disponível na internet (www.cepis.ops-nos.org.br).
Rede Brasileira de Educação Ambienta (REBEA)
A Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA), criada em 1992, na
atmosfera de grande mobilização que antecedia a Rio-92, adotou como carta de
princípios o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
responsabilidades globais e como padrão organizacional a estrutura horizontal em
rede. A comunicação eletrônica tem sido uma ferramenta importantíssima na
ampliação na malha de redes e na manutenção de contatos e articulações.
Essa Rede oferece vários serviços informacionais relacionados a
educação ambiental tais como: programas e tratados na área da educação, artigos
científicos na integra e eventos de educação ambiental.
Atualmente, a maioria das informações dessa Rede encontra-se
disponível na internet (www.rebea.org..br).
d) Os sistemas de informação em meio ambiente
Sistema Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente (SINIMA)
O SINIMA é o instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, Lei
6.938/81, responsável pela gestão da informação ambiental no âmbito do Sistema
Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), de acordo com a lógica da gestão
ambiental compartilhada entre as três esferas de governo.
Tem como objetivo sistematizar a informação necessária para apoiar a
tomada de decisão na área de meio ambiente, permitindo a rápida recuperação e
atualização, bem como o compartilhamento dos recursos informacionais e serviços
disponíveis, ou seja, é responsável pela sistematização, armazenamento e a
divulgação de informações, documentos e dados ambientais.
Atualmente, a maioria das informações desse Sistema encontra-se
disponível na internet (www.mma.gov.br/sinima).
Sistema Mundial de Informação Ambiental (INFOTERRA)
Criado em 1975, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA), o INFOTERRA é sistema de intercambio de informação ambiental mais
amplo do mundo que interliga os usuários às instituições e especialistas, além a
informação substantiva do que o usuário necessita. Esse sistema tem como
objetivos: fornecer informação de melhor qualidade aos tomadores de decisões,
reorganizar a informação nos países e promover serviços de informação para iniciar
o desenvolvimento sustentável nos países.
O INFOTERRA cobre categorias de assuntos, que são subdivididos em
áreas temáticas mais específicos tais como: atmosfera, litosfera, água doce,
agricultura, indústria, transporte, energia, saúde humana, consciência ambiental e
legislação ambienta.
Esse Sistema está composto por uma rede de pontos focais nacionais ou
centros de cooperação em 140 países. No Brasil é coordenado pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), através
do Centro Nacional de Informação Ambiental (CNIA), que tem a missão de registrar
as instituições interessadas na temática ambiental. As informações completas desse
Sistema encontra-se disponível na internet (www.ibama.gov.br).
Sistema Nacional de Informações em Recursos Hídricos (SNIRH)
Criado em 1997, o SNIRH é um dos instrumentos de Política Nacional dos
Recursos Hídricos tendo como objetivos: reunir, dar consistência e divulgar os dados
e informações sobre a situação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos no
Brasil, atualizar as informações sobre a disponibilidade e demanda dos recursos
hídricos e fornecer subsídios para elaboração dos Planos de Recursos Hídricos.
Cabe a ANA implantar e gerir o Sistema.
Esse Sistema abrange as seguintes áreas temáticas: águas balneares
(qualidade da água), albufeiras (usos da água), abastecimento e saneamento
(tratamento de águas residuais, água de consumo humano) e recursos hídricos
(águas subterrâneas, climatologia e monitoramento da seca).
Atualmente, a maioria das informações desse Sistema se encontra
disponível na internet (www.snirh.pt).
Sistema Nacional de Educação Ambiental (SISNEA)
O SISNEA se propõe a estruturar de forma articulada e orgânica, e facilitar
a coordenação das múltiplas e mútuas relações da gestão e da formação da
Educação Ambiental. Além de promover a formação, a comunicação em educação
ambiental e participam da formulação de políticas públicas nas bases territoriais.
Atualmente, a maioria das informações desse Sistema encontra-se
disponível na internet (www.mma.gov.br).
e) As bibliotecas digitais em meio ambiente
Biblioteca Digital do Instituto de Estudos Superiores da Amazônia
(IESAM)
A biblioteca digital do IESAM está dividida em três serviços informacionais:
hemeroteca digital, o sumário eletrônico e o catálogo de periódicos. Na hemeroteca
digital consiste em uma coleção digitalizada de recortes de notícias de jornais e
revistas com assuntos regionais das seguintes áreas do conhecimento: ciências
agrárias, ciências biológicas e outras. No sumário eletrônico são divulgados através
da internet os sumários recebidos pela biblioteca e no catálogo de periódicos é
disponibilizado o acervo de periódicos adquirido pelo Sistema de Biblioteca
(Sibiesam ). Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca digital
encontra-se disponível na internet (www.sib.iesam-pa.edu.br).
Biblioteca Digital da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA)
A biblioteca digital da EMBRAPA apresenta textos digitalizados dos
trabalhos técnicos científicos gerados pela área da pesquisa, desenvolvimento e
inovação, editados e publicados pela instituição.
Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca digital encontra-se
disponível na internet (www.bibdigital.cnptia.embrapa.br).
Biblioteca Digital Worldwatch Institute/UMA
A biblioteca digital do Worldwatch é desenvolvida no Brasil em parceria
com a Universidade Livre na Mata Atlântica (UMA), disponibilizando textos com
versões digitais das publicações especializadas em meio ambiente na integra e
gratuitamente. Essa biblioteca proporciona a professores, alunos, empresários e
comunidades, o livre acesso a um rico conteúdo de publicações sobre geografia do
meio ambiente, ecoturismo, economia e outros, com a finalidade de construir as
bases para o desenvolvimento sustentável.
Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca digital encontra-se
disponível na internet (www.worldwatch.org.br).
f) As bibliotecas virtuais em meio ambiente
Biblioteca Virtual da Agência Nacional das Águas (ANA)
A biblioteca virtual da ANA é um espaço aberto à construção e
compartilhamento de informações, dispondo de recursos de acesso instantâneo e
remoto via internet, em qualquer lugar, a qualquer tempo, com o objetivo de
organizar, recuperar e disseminar as informações em forma eletrônica, necessários
ao desenvolvimento do conhecimento dos recursos hídricos de domínio da união,
garantindo seu uso sustentável, evitando a poluição e o desperdício e assegurando
água de boa qualidade e em quantidade suficiente para atual e as gerações futuras.
Nessa biblioteca o usuário tem acesso virtual a base de dados georeferenciadas, a
mapas, a publicações em formato eletrônico e no catálogo on-line com livros
disponibilizados na integra.
Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca virtual encontra-se
disponível na internet (www.ana.gov.br/bibliotecavirtual).
Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo
Essa biblioteca foi criada em 1997 com o objetivo de atender o público em
geral, tornando-se um serviço de informação acessível a qualquer usuário da
internet. Ela traz informações nas seguintes áreas temáticas: cidadania, legislação,
turismo e temas diversos (meio ambiente, cultura, ecologia e outros).
Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca virtual encontra-se
disponível na internet (www.bibliotecavirtual.sp.gov.br).
g) As bibliotecas eletrônicas em meio ambiente
Biblioteca Eletrônica do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (INPA)
A biblioteca eletrônica do INPA possui um acervo informacional voltado a
Ciências Puras e Aplicadas com ênfase as Ciências Biológicas e reúne uma das
maiores bibliografias nacionais sobre a Amazônia. Ela possue em seu acervo
monografia, teses, livros e materiais especiais, sendo que esse material é acessado
ao catálogo on-line do INPA na base Bilioopac.
Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca eletrônica
encontra-se disponível na internet (www.mapara1.inpa.gov.br/bibliopac).
Biblioteca Eletrônica do Scielo Brasil
Essa biblioteca eletrônica abrange uma coleção selecionada de periódicos
científicos brasileiros que tem como objetivo o desenvolvimento de uma metodologia
comum para a preparação, armazenamento e disseminação da produção científica
em formato eletrônico.
Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca eletrônica
encontra-se disponível na internet (www.scielo.br).
Biblioteca Eletrônica da Universidade Federal Rural da Amazônia
(UFRA)
A biblioteca da UFRA é especializada em Ciências Agrárias, sendo um
importante canal na transferência de informações, atendendo uma demanda dos
cursos de Agronomia, Ciências Florestais, Engenharia de Pesca e Medicina
Veterinária. Ela participa de programas cooperativos que contribuem para o avanço
nas soluções de intercâmbio e transmissão de conhecimentos, sendo possível
acessar através dessa biblioteca o portal de periódico da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o Programa de Comutação
Bibliográfica (COMUT) e as Teses Brasileiras do Instituto Brasileiro de Informação
em Ciência e Tecnologia (IBICT). As informações completas dessa biblioteca
eletrônica encontram-se disponível na internet (www.ufra.edu.br/biblioteca).
Biblioteca Eletrônica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente
(SEMA/PA)
A biblioteca eletrônica da SEMA tem como missão disponibilizar a
documentação gerada e recebida pelo órgão, processando tecnicamente o acervo
especializado em meio ambiente de forma a promover a sua disseminação e facilitar
o acesso a informação, servindo de suporte para as atividades da instituição e
tomadas de decisão do guadro técnico.
Por meio dessa biblioteca o usuário acessa vários serviços e produtos
informacionais, tais como: o catálogo on-line (com várias bases de dados), o leia e o
alerta biblioteca e a publicações on-line especializadas (cartilhas e leis) em meio
ambiente colocadas na integra.
Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca eletrônica
encontra-se disponível na internet (www.sema.pa.gov.br).
Essas fontes de pesquisa possuem uma diversidade de informações e são
as mais visitadas pelos usuários que estão envolvidos com a temática da questão
ambiental, e por isso, podem ser consideradas relevantes e estratégicas, ajudando
os profissionais especializados em meio ambiente a tomar decisões em seu setor de
trabalho.
4 A UTILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO NO CONTEXTO DA SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE (SEMA)
4.1 A ESTRUTURA DA SEMA
A SEMA foi criada em 1993 e reorganizada em 2007 com a finalidade de
planejar, coordenar, supervisionar, executar e controlar as atividades setoriais, que
visem a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente e dos recursos
hídricos. Essa Secretaria tem as seguintes funções básicas: formular, coordenar
executar planos e programas de desenvolvimento, visando a proteção, preservação
e conservação do meio ambiente; promover a educação ambiental em todos os
níveis; implantar e manter atualizado o sistema de informações ambientais e outros.
A composição organizacional da SEMA é formada por conselhos, ouvidoria,
núcleos, diretorias, coordenadorias e gerências. O objetivo nesse trabalho é apenas
mostrar as funções e características de algumas coordenadorias e núcleos que
usam e acessam a informação ambiental em beneficio do meio ambiente. O
organograma adaptado da SEMA mostra a seguinte organização:
Organograma 1 - Secretaria de Estado de Meio Ambiente Fonte: Secretaria de Estado de Meio Ambiente (2007), com adaptações
4.1.1 O Núcleo de Documentação e Arquivo (NDA)
O NDA está diretamente subordinado às Diretorias e compete a ela:
gerenciar a documentação e informação gerada e recebida pela Secretaria,
sistematizando e disponibilizando-a para servir de suporte às atividades da
Instituição e tomadas de decisão de seu quadro técnico e a promoção do acesso e
da difusão da informação ambiental à comunidade usuária.
4.1.2 A Coordenação de Capacitação de Educação Ambiental (CCEA)
A CCEA está subordinada à Diretoria de Planejamento Ambiental e
compete a ela: mobilizar e sensibilizar a comunidade para o exercício do controle
social sobre a implementação da Política Ambiental do Meio Ambiente; promover a
implantação e implementação da Política Estadual de Educação Ambiental de forma
articulada com órgãos governamentais e não governamentais; elaborar e executar
programas e projetos de educação ambiental de forma integrada através de
parcerias com órgãos públicos e entidades privadas e promover a capacitação de
gestores e agentes multiplicadores em educação ambiental.
4.1.3 A Coordenação das Unidades de Conservação da Natureza (CUC)
O CUC está subordinado à Diretoria Áreas Protegidas e compete a ela:
coordenar a elaboração dos estudos, planos, programas e projetos das Unidades de
Conservação da Natureza e promover as interações entre as Gerências das
Unidades; estabelecer procedimentos para a tramitação, aplicação e gestão dos
recursos oriundos de processos de compensação ambiental de empreendimentos
causadores de significativo impacto ambiental e orientar e propor a aplicação dos
recursos oriundos da Compensação Ambiental de acordo com as diretrizes
indicadas pela Câmara de Compensação.
4.1.4 A Coordenação de Informação e Planejamento Hídrico (CIPH)
A CIPH está subordinada diretamente à Diretoria de Recursos
Hídricos, compete: elaborar, implementar o Plano Estadual de Recursos Hídricos
observando o Sistema de Divisão Hidrográfica do Estado, além do Plano Nacional
de Recursos Hídricos; elaborar convênios com estados vizinhos para proteção e
administração de aqüíferos comuns; coordenar o Sistema Estadual de Informações
de Recursos Hídricos – SEIRH; promover e disseminar o conhecimento técnico e
científico sobre gestão de recursos hídricos e exercer as demais competências que
lhe forem conferidas.
As coordenações e os núcleos estão voltados a estudar as diversas
áreas do meio ambiente, com o intuito de apontar soluções viáveis e sustentáveis
que obedeçam as normas e regras da legislação ambiental, priorizando a qualidade
de vida da sociedade, tentando construir uma política de desenvolvimento
sustentável que proteja a fauna e a flora dos municípios do Estado do Pará.
4.2 METODOLOGIA DE USO DA INFORMAÇÃO PELOS BIBLIOTECÁRIOS E EDUCADORES AMBIENTAIS
Como resultado da aplicação do roteiro de entrevista que envolve um
grupo selecionado de 18 técnicos da SEMA, ligados a informação, educação
ambiental, áreas de preservação e recursos hídricos, apresento a seguir a análise
dos dados obtidos, por meio dos discursos e percepções dos entrevistados.
4.2.1 Os profissionais envolvidos na pesquisa
Os profissionais que participaram do trabalho de pesquisa são técnicos
em gestão publica e técnicos em gestão de meio ambiente, com a seguinte
formação acadêmica: pedagogos, bibliotecários, geógrafos, psicólogos, biólogos,
engenheiro agrônomo e ambiental e cientista social. A maioria dos entrevistados é
especialista em educação ambiental e gestão ambiental, respondendo por
coordenações e gerências da Instituição.
4.2.2 As fontes de pesquisa mais consultadas
As fontes de pesquisa mais consultadas via internet pelos profissionais da
SEMA, apontadas em primeiro lugar foram os sítios. Em segundo lugar são
apontados os portais e em terceiro as bibliotecas digitais, virtuais e eletrônicas.
Depois são indicados as redes e sistemas de informação. Por último estão as outras
fontes de pesquisa (consulta em bibliotecas, eventos como seminários e cursos).
Percebe-se que os sítios são as fontes mais usadas pelos técnicos e educadores
para acessar a informação ambiental (GRÁF 1).
4.3.3 Análise qualitativa da aplicabilidade das fontes de informação pelos profissionais da SEMA
As categorias de pesquisa serão identificadas e analisadas pela
expressão “técnico” quando nos referimos aos discursos dos profissionais da
informação (bibliotecário) e “educador” quando analisamos os conteúdos dos
educadores ambientais (biólogos, pedagogos e outros).
Os bibliotecários da unidade de informação da SEMA, possuem um papel
importante no processo de gestão ambiental da Secretaria, pois utilizam a
informação como ferramenta de trabalho, disponibilizando serviços e produtos que
irão satisfazer os anseios e necessidades informacionais dos usuários. Esses
profissionais precisam manter-se atualizados a respeito do surgimento de novas
tecnologias, com a finalidade de subsidiar as pesquisas dos seus clientes através da
informação rápida, segura e de qualidade.
GRÁFICO 1 - Fontes de pesquisas mais consultadas
29%
27%7%
11%
22%
4%
Sítios
Portais
Sistemas de Informação
Redes de Informação
Bibliotecas digitais, virtuais eeletrônicas
Outras Fontes de Pesquisa
Segundo a opinião de cinco técnicos entrevistados, considera-se que o
manuseio das fontes via internet, facilita o acesso de informações especializadas em
meio ambiente, por possuir uma variedade sítios ambientais, facilitando os serviços
operacionais e gerenciais dos bibliotecários e possibilitando uma maior divulgação e
disseminação da informação. Mas alertam para o cuidado em considerar a
procedência (credibilidade) das informações disponíveis nas fontes de informação e
verificar o renome da instituição e o tipo de informação que pretende acessar.
Diante desses profissionais, dois técnicos acreditam que as fontes de
pesquisa são excelentes ferramentas de trabalho para subsidiar no processo da
gestão da informação ambiental, pois em posse da informação de qualidade o
profissional poderá toma decisões planejadas com a preparação de planos de ação
e projetos que ajudam nas suas atividades técnicas, possibilitando o surgimento de
novas alternativas para se criar, obter e oferecer novos produtos informacionais aos
usuários.
Essas tomadas de decisões por parte dos cinco técnicos propiciam uma
melhora na gestão da informação em seus serviços disponibilizados aos clientes,
facilitando a relação entre o usuário e o bibliotecário. Segundo afirma um técnico é
de que “no serviço de desenvolvimento de coleções voltado a aquisição de
publicações através de doação, há possibilidade de consultar e avaliar os sítios
especializados em meio ambiente, e solicitar os livros que são de interesse do
usuário e conforme a necessidade da demanda do acervo da biblioteca”.
Para os profissionais bibliotecários entrevistados a informação ambiental
acessada nas fontes de pesquisa é considerada estratégica, pois possibilita um
melhor andamento e precisão nas atividades administrativas e gerenciais dos
serviços bibliotecários, ou seja, surgem novas idéias e as informações são
facilmente processadas e disseminadas.
Com o uso das principais fontes de pesquisa pelos técnicos, é produzido
os seguintes produtos informacionais oferecidos pela unidade de informação da
SEMA, tais como bases de dados, cartilhas ambientais e o kit ambiental, que são
divulgados e disseminados para a sociedade por meio do sítio e da unidade de
informação da SEMA e de viagens educativas com a programação de oficinas e
seminários.
Atualmente, os kits ambientais são distribuídos nas escolas e
comunidades rurais em 23 municípios paraenses que fazem parte do Projeto Arco
Verde do governo federal, com a finalidade de sensibilizar a população para
alternativas de recuperação da natureza nas áreas atingidas pelo desmatamento.
Fotografia 1: Kit ambiental com as cartilhas e legislações ambientais produzidas pela SEMA.
Os técnicos se consideram intermediadores da informação porque se
promovem como elo de ligação entre o usuário e a informação. Nesse momento, é
possível verificar nas seguintes afirmações de dois técnicos:
“Sou intermediador da informação, pois filtro e socializo a informação
para a sociedade por meio da consulta de várias fontes de pesquisa
na internet e repasso os levantamentos bibliográficos de interesses
para os usuários via el-mail” (técnico 1).
“Considero-me um intermediador da informação porque estou atuando
no processo de gerenciamento da informação e oriento os usuários na
busca pelo conhecimento, oferecendo serviços bibliotecários que
facilitam o acesso da informação, tais como: empréstimo de livros,
pesquisa bibliográfica e os alertas da biblioteca” (técnico 2).
Presume-se que todas essas informações são baseadas nos relatos de
profissionais bibliotecários experientes que usam a informação como instrumento de
trabalho, mas precisam estar constantemente atualizados com uma educação
continuada que possibilite criar novas opções nos serviços da biblioteca.
Os educadores ambientais, como já foi mencionado, são profissionais que
estão em contato diário com a informação ambiental, ou seja, desenvolvem
atividades de gestão e educativas voltadas a sensibilização da sociedade,
principalmente para os emergentes problemas ambientais produzido pela ação do
homem sobre a natureza. Esses educadores da SEMA apontam soluções viáveis
para a sustentabilidade do meio ambiente, independente da área de atuação, pois
exercem constantemente atividades estratégicas com o objetivo de preservar a
fauna e flora em nossa região.
Os educadores consideram fácil o manuseio da internet para acessar a
informação ambiental, devido se conseguir muitas informações de modo rápido e
prático, com um espaço de tempo menor na hora da pesquisa. Isso pode ser
constatado nas seguintes afirmações:
“A internet nos dias de hoje, requer curiosidade e dedicação quando
nos propormos a usá-las como fonte de pesquisa, sítios muitos
importantes e confiáveis apresentam uma quantidade significativa de
informações verídicas, portanto, facilitam em muito os trabalhos
relacionados com a questão ambiental” (educador 1).
“Na internet existem os sítios de busca para localizar um determinado
assunto, ou seja, eles são usados para se chegar a determinada fonte
de pesquisa especializada é como se fosse uma biblioteca. Depois
que encontrarmos os documentos e as informações necessárias,
armazenamos no computador para posteriores consultas” (educador
2).
Então, a internet possibilita um acesso mais rápido a qualquer tipo de
fontes de informação, e conseqüentemente a consulta do documento necessário
para suporte técnico em sua área de atuação.
A respeito da gestão ambiental, os educadores comentam que através do
acesso das fontes de informação ambiental você pode tomar atitudes que melhorem
na criação de um projeto ou relatório técnico, basta que se encontre a informação
que esteja procurando e que ajude no andamento do trabalho. E isso é colocado nas
seguintes afirmações:
“No momento que eu acesso a uma informação ambiental de
qualidade, e partir desse momento é possível tomar uma boa decisão,
por exemplo, preciso de dados sobre o desmatamento na Amazônia,
basta que acesse o sítio especializado como o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) e procure o local ou a fonte que tenha
essas informações e aplique no meu trabalho (educador 1).
“Ajuda principalmente na elaboração de projetos e relatórios técnicos,
que são grandes gargalos na hora de buscar dados estatísticos sobre
o volume de água dos rios, por exemplo. Agora por outro lado as
informações auxiliam com clareza na tomada de decisões”. (educador
2).
“As fontes fornecem dados, experiências e resultados que auxiliam na
elaboração de projetos, termos de referência e parecer técnico
ajudando a tomar decisões dependendo da área de atuação.”
(educador 3).
É visível que no ambiente de trabalho dos educadores as fontes de
pesquisa ajudam a tomar decisões, tornando-as estratégicas para o andamento dos
serviços de gestão ambiental da SEMA.
Os produtos informacionais produzidos pelos educadores ambientais,
advindos com o acesso nas fontes de pesquisa são materiais técnicos como
relatórios, programas e projetos e materiais didático pedagógico como cartilhas
ambientais, folders, jornais, jogos educativos, folhetos e cartazes (banners). A
divulgação desses matérias só é possível graças a uma parceria com as prefeituras
dos municípios, organizações não governamentais (ONGs), escolas através da
Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) e centros comunitários.
Segue abaixo os resultados da produção técnica e educativa dos
educadores ambientais da SEMA ao utilizarem as fontes de pesquisa:
Fotografia 2: Folheto sobre o Programa Estadual de Educação Ambiental (PEAM)
Fotografia 3: Folheto sobre o Termo de Referência para Elaboração de Projetos de Educação Ambiental no Processo de Licenciamento
Fotografia 4: Cartilha sobre Matas Ciliares
Essas informações são disseminadas pelos educadores para a sociedade
(escolas, municípios, centros comunitários e outros) por meio de cursos de
capacitação e formação, palestras, seminários, trabalhos em grupo e no sítio da
Secretaria.
Todos os educadores da SEMA desenvolvem ações de trabalho
envolvendo a educação ambiental em sua área de atuação, e por isso, se
consideram intermediadores (socializadores) no processo de acesso,
disponibilização e divulgação da informação ambiental. Essas informações são
confirmadas nos conteúdos dos seguintes discursos:
“Sou um intermediador da informação ambiental porque estamos
dialogando com a sociedade de maneira direta, ministrando cursos,
palestras e seminários, que sensibilizem a sociedade sobre as
questões relacionadas ao meio ambiente” (educador 1).
“Sou um intermediador da informação ambiental porque
eventualmente realizo ações de educação ambiental voltada a gestão
de recursos hídricos, tais como palestras e oficinas para as
comunidades” (educador 2).
“Sou um intermediador da informação ambiental porque socializo
informações sobre o meio ambiente, especialmente sobre as áreas
protegidas, ministrando cursos, oficinas e palestras desenvolvidas
pelo Programa de Capacitação de educação Ambiental em Unidade
de Conservação da SEMA” (educador 3).
Esses profissionais da educação estão compromissados em ajudar a
construir um planeta sustentável, colaborando com estudos ambientais que possam
diminuir a problemática do meio ambiente, mostrando ao Estado, a iniciativa privada
(empresários) e a sociedade sobre a importância de alertar a população em
preservar e conservar os recursos da natureza.
Podemos afirmar baseado em seus relatos que tantos os técnicos como
educadores utilizam a informação ambiental para sensibilizar de maneira integrada a
sociedade, trazendo benefícios a preservação ambiental, pois no momento que a
informação é democratizada as pessoas começam a formar opiniões e conclusões a
respeito da situação atual do meio ambiente. Esse tipo de informação é
disponibilizado pelas instituições de ensino e pesquisa, pelos governos, pela
sociedade civil organizada e pelos meios de comunicação.
Essas foram às principais impressões e percepções colhidas pela análise
da pesquisa de campo dos profissionais da SEMA a respeito do acesso e uso das
fontes de informação ambiental.
5 CONCLUSÃO
Atualmente podemos considerar a importância das fontes de informação
para o acesso e uso dos usuários, pois é uma ferramenta de trabalho que precisa
ser divulgada pelas instituições do estado e empresas privadas, sempre levando em
consideração as possibilidades da organização da informação que cresce
diariamente na sociedade.
A informação ambiental é acessada e transformada por uma parcela
significativa da sociedade, por ser interdisciplinar e se envolver em vários campos do
conhecimento, sempre primando pela tentativa de solucionar os problemas
ambientais, construindo um mundo mais saudável.
A experiência desse trabalho trouxe à luz, a relevância de se trabalhar
diretamente com a informação voltada para o meio ambiente, sob o prisma técnico e
administrativo, onde o profissional pode trabalhar com informações precisas e de
qualidade, facilitando a sua tomada de decisão e conseqüentemente facilitando a
gestão ambiental. É também dando ênfase ao aspecto pedagógico direcionado a
sensibilizar as pessoas em preservar e conservar a natureza.
Houve uma melhora na organização da informação na SEMA, porque só
nesse momento, foi criado um regimento interno dando direções e apontando o
papel administrativo de cada diretoria com normas, funções e rotinas. Deve ainda
haver a integração de cada coordenação tanto dos recursos hídricos, da área de
proteção, da educação e da documentação, para que se desenvolva um
planejamento holístico de gestão ambiental que atenda as necessidades
informacionais da sociedade.
Pode-se considerar que as fontes de pesquisa desenvolvem uma papel
crucial no desenvolvimento das atividades técnicas dos profissionais da SEMA
relacionado ao acesso e uso da informação ambiental, pois direcionam o melhor
lugar para encontrar os documentos necessários a realização de um bom trabalho.
Mas ainda há alguns profissionais que não conseguem enxergar o papel estratégico
das fontes por falta de conhecimento ou então por falta de comodismo.
A internet foi percebida pelos profissionais da Instituição, como uma
ferramenta de busca de qualquer fonte de informação on-line, facilitando o acesso à
informação ambiental, no que diz respeito à redução do tempo e do espaço. Essa
tecnologia facilita também a divulgação e disseminação da informação dos produtos
e serviços dos profissionais da SEMA.
Percebe-se também o compromisso educacional do profissional da
informação e dos educadores ambientais da Secretaria, em relação da
disponibilização da informação ambiental, pois se consideram intermediadores
(mediadores e socializadores) no processo de acesso e disseminação dessa
informação, por meio de vários suportes infomacionais que cheguem aos mais
variados tipos dos usuários como: alunos, pesquisadores, professores, agricultores,
empresários e outros.
A SEMA, nesse momento deve criar políticas públicas com o intuito de
buscar ampliar os serviços de cooperação, tratando e eliminando as barreiras para o
acesso e divulgação da informação, propiciando a difusão de informações
disponíveis nas diversas áreas do conhecimento humano, tanto nas áreas técnicas
como na gestão da informação ambiental.
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ANEXOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA NÚCLEO DE MEIO AMBIENTE - NUMA
PROGRAMA DE FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM MEIO AMBIENTE - PROFIMA XXXII
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM INFORMAÇÃO AMBIENTAL
QUESTIONÁRIO
DADOS SOBRE A MONOGRAFIA
TITULO: Fontes de informação ambiental: uma análise sobre a sua
aplicabilidade pelos profissionais que atuam na Secretaria de Estado de Meio
Ambiente (SEMA).
OBJETIVO: Analisar como as fontes de informação ambiental, mais
especificamente as usadas na pesquisa via Internet (unidades de informação,
sítios, base de dados, sistemas de informação, redes de informação e portais)
são aplicadas pelos profissionais que atuam na Secretaria de Estado de Meio
Ambiente (SEMA).
AUTOR: Paulo Cesar Chagas Maia, discente da turma de 2008/2009 do Curso
de Especialização em Informação Ambiental do NUMA/UFPA.
ORIENTADOR: Lucivaldo Barros – Professor adjunto da UFPA, doutor em
Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UNB), com
pesquisa em direito à informação socioambiental.
DADOS DO ENTREVISTADO1
Nome do Entrevistado: Formação Acadêmica: Função (cargo): Ano de Ingresso na SEMA: Setor de Trabalho (coordenação): E-mail mais usual: Contato telefônico: __________________________________
1 Os dados pessoais do entrevistado serão preservados.
SOBRE A APLICABILIDADE DAS FONTES DE INFORMAÇÃO AMBIENTAL
1) Que fontes de pesquisa você mais utiliza para acessar a informação
ambiental?
( ) sítios
( ) portais
( ) sistemas de informação
( ) redes de informação
( ) sistemas de informação
( ) bibliotecas digitais, virtuais e eletrônicas
( ) nenhuma
( ) outras. Quais
são?________________________________________________
2) Você acredita que as fontes de pesquisa em meio ambiente são ferramentas
de trabalho no processo de gestão da informação ambiental?
( ) Não. Por quê?
( ) Sim. Por quê?
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3) Você considera fácil o manuseio das fontes de pesquisa via internet para
facilitar seus trabalhos técnicos relacionados à questão ambiental?
( ) Não
( ) Sim. Por quê?
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4) Em sua opinião o acesso às fontes de informação ambiental ajudam a tomar
decisões no seu setor de trabalho?
( ) Não
( ) Sim. De que maneira?
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5) Você acredita que a informação encontrada nas fontes de pesquisa na área
ambiental são estratégicas para a realização de sua atividades técnicas de
trabalho?
( ) Não. Por quê?
( ) Sim. Por que?
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6) Você aplica a informação ambiental disponível nas fontes de pesquisa para
elaborar programas, relatórios ou planos de trabalho?
( ) Não
( ) Sim. Para que finalidade?
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7) Que produtos informacionais são produzidos no seu setor de trabalho
advindos com a aplicação das fontes de informação ambiental?
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8) Em sua opinião o uso adequado da informação ambiental pode ajudar a
sociedade a se sensibilizar a respeito da preservação ambiental?
( ) Não
( ) Sim. De que maneira?
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9) De que forma a informação ambiental produzida na sua área de atuação é
levada (disseminada) à sociedade?
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10) Em sua opinião você se considera um intermediador (mediador,
socializador) da informação ambiental?
( ) Não. Por quê?
( ) Sim. Por quê?
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Maia, Paulo Cesar Chagas
Fontes de Informação ambiental: uma análise sobre sua aplicabilidade pelos profissionais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) / Paulo Cesar Chagas Maia. – Belém, 2009.
60f. Orientador: Lucivaldo Vasconcelos Barros Monografia (especialização) – Núcleo de Meio Ambiente, Universidade
Federal do Pará. 1. Meio Ambiente 2. Fontes de informação 3. Informação Ambiental I.Barros,
Lucivaldo Vasconcelos, orientador II. Universidade Federal do Pará. Núcleo de Meio Ambiente III. Título.
CDD 333.7014 M217f
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