PAULA, MULHER DE FÉ INABALÁVEL
“Passamos pela água e pelo fogo...Durante um mês
inteiro comemos e bebemos ao som dos canhões e das bombas. O combate era tão perto de nós, que as balas das espingardas caíam no
nosso jardim”(Carta escrita ao Pai no dia 7
de julho de 1809)
Ainda na mesma carta ao pai, conta que , na noite de 1º de julho as tropas deviam apoderar-se da casa e depois
incendiá-la. O comandante do destacamento avisou Paula, em grande segredo que tinha recebido ordem para
incendiar a casa de noite...Era já tarde e Paula não poderia avisar os pais das alunas, nem sabia para onde ir...Não lhe restava outro caminho de saída a não ser a oração...Passou
a noite em aflição, mas CONFIOU!
No dia seguinte um soldado garibaldino bate a sua porta e lhe pede água, Paula com
a maior ternura de coração diz:“ Enquanto houver água para nós, também
haverá para vós”(Memporia, p. 104)
Somos convidados a fazer um passeio contemplativo sobre as nossas atitudes diante das
dificuldades. Pensemos um pouco...Será que somos capazes de mantermos a fé e a confiança
em Deus, mesmo quando tudo parece obscuro aos nossos olhos?
Como está a minha solidariedade?
Sou sensível às necessidades do outro?
No momento do desespero, da dor , da angústia e do temor...Paula permaneceu inabalável em sua fé. Convicta de que Deus não lhe
faltaria naquele momento e manteve-se em atitude de abandono e confiança aos desígnios de Deus....
Sua angústia em nenhum momento lhe fechou os olhos do coração. Manteve sempre acesa a chama do amor e da solidariedade, sendo capaz de atender com ternura às
necessidades daqueles que as perseguiam.
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