Cristo Apela à Ressurreição
Citações das catequeses do Papa João Paulo II
• “História”• “Homem
Histórico”• Após o
pecado original
• Tríplice concupis-cência
• Redenção de Cristo
• “Ressurreição”• “Homem
Escatológico”• Visão beatífica
de Deus “face-a-face”
• Núpcias do Cordeiro”
• Comunhão dos Santos
• “Princípio• “Homem
Original”• Gênesis –
“Paraíso”• Antes do
pecado original
“Períodos Teológicos”
A Pergunta dos Saduceus
Uns saduceus, os quais dizem não existir ressurreição, aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram:
“Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se alguém tiver um irmão e este morrer, deixando a mulher sem filhos, ele deve casar-se com a mulher para dar descendência ao irmão’.
Havia sete irmãos. O mais velho casou-se com uma mulher e morreu sem deixar descendência. O segundo, então, casou-se com ela e igualmente morreu sem deixar descendência. A mesma coisa aconteceu com o terceiro. E nenhum dos sete irmãos deixou descendência. Depois de todos, morreu também a mulher.
Na ressurreição, quando ressuscitarem, ela será a esposa de qual deles? Pois os sete a tiveram por esposa?”
As palavras de CristoJesus respondeu: “Acaso não
estais errados, porque não compreendeis as Escrituras, nem o poder de Deus?
Quando ressuscitarem dos mortos, os homens e as mulheres não se casarão; serão como anjos no céu.
Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó!’ Ele é Deus não de mortos, mas de vivos! Estais muito errados”.
(Marcos 22, 23-32)
A Ressurreição
• O matrimônio e a procriação não constituem o futuro escatológico do homem. Na ressurreição perdem, por assim dizer, a sua razão de ser.
• A ressurreição significa um estado completamente novo da própria vida humana.
• Os corpos humanos, recuperados e também renovados na ressurreição, preservarão seu específico caráter masculino ou feminino. (TdC 66)
A Ressurreição
• O contexto indica claramente que o homem conservará no “outro mundo” a própria natureza humana psicossomática. (TdC 66)
• A “espiritualização” significa não só que o espírito dominará o corpo, mas diria, que ele permeará inteiramente o corpo, e que as forças do espírito permearão as energias do corpo. (TdC 67)
A Ressurreição
• O estado do homem no “outro mundo” não será apenas um estado de perfeita espiritualização, mas também de fundamental “divinização” da sua humanidade. (TdC 67)
• Esta intimidade com deus em uma perfeita comunhão de pessoas não absolverá a subjetividade pessoal do homem. (TdC 67)
A Ressurreição e o Significado Esponsal do Corpo
• Nesta “espiritualização” e “divinização”, em que o homem participará na ressurreição, descobrimos – numa dimensão escatológica – as mesmas características que marcam o significado “esponsal” do corpo. (TdC 67)
• Como conseqüência da visão de Deus “face a face”, nascerá nele [no homem] um amor de tal profundidade e força de concentração sobre o próprio Deus, que inundará completamente a sua inteira subjetividade psicossomática. (TdC 68)
• Professamos a fé na “comunhão dos santos” (...) na redescoberta de uma nova e perfeita intersubjetividade de todos (...) O significado “esponsal” de ser um corpo será realizado como um significado que é perfeitamente pessoal e comunitário ao mesmo tempo. (TdC 68-69)
“Este ‘homem celestial’ – o homem da ressurreição, cujo protótipo é Cristo ressuscitado – não é tanto antítese e negação do ‘homem na terra’ (cujo protótipo é o “primeiro Adão”), mas
sobretudo é a sua consumação e a sua confirmação.
Celibato: chamado à comunhão
“Quando o chamado à continência ‘pelo Reino dos Céus’ encontra eco na alma humana na condição da temporalidade (...) não é difícil captar nisso uma particular sensibilidade do espírito humano que parece antecipar, já nas condições da
temporalidade, aquilo de que o homem se tornará participante na ressurreição futura.” (TdC 73)
Alguns discípulos se escandalizam com a doutrina do matrimônio (Mt 19< 10) e chegam a dizer: “Se a situação do homem com a mulher é assim, é melhor não casar-se.” Jesus Cristo usa este diálogo para ensinar que:“...existem homens
impossibilitados de casar-se [eunucos], porque nasceram
assim; outros foram feitos assim por mão
humana; outros ainda, por causa do reino dos
Céus se fizeram incapazes do
casamento [eunucos].” (Mt 19, 12)
O Celibato para o reino dos Céus• A Igreja tem a convicção de que estas palavras não expressam um
mandamento que obriga a todos, mas um conselho que diz respeito só a algumas pessoas (TdC 73)
• Essa escolha está conectada à renúncia e também a um determinado esforço espiritual. (TdC 74)
• Essa maneira de existir enquanto ser humano (homem e mulher), aponta para a “virgindade” escatológica do homem ressuscitado, na qual, eu diria, o absoluto e eterno significado esponsal do corpo glorificado será revelado. (TdC 75)
• É sinal de que o corpo, cujo fim não é a morte, tende para a glorificação; é um testemunho entre os homens que antecipa a futura ressurreição. (TdC 73)
“A divina maternidade de Maria é também, em certo sentido, uma
superabundante revelação daquela fecundidade do espírito
Santo, a que o homem submete o seu espírito, quando livremente
escolhe a continência ‘no corpo’.” (TdC 75)
“O matrimônio de Maria com José, encerra em si, ao mesmo tempo, o mistério da perfeita comunhão
das pessoas, do Homem e da Mulher no pacto conjugal, e ao
mesmo tempo o mistério daquela singular ‘continência’ por amor do
Reino dos Céus .” (TdC 75)
Celibato e Matrimônio
• A questão da continência para o Reino dos Céus não é colocada em oposição ao matrimônio, nem se baseia num juízo negativo a respeito da sua importância. (TdC 73)
• A superioridade evangélica e autenticidade cristã da virgindade, da continência, é, portanto, ditada pelo motivo do Reino dos Céus. (TdC 77)
• O matrimônio e a continência nem se contrapõem um ao outro, nem dividem a comunidade humana (e cristã) em dois campos (digamos: aqueles que são “perfeitos” por causa da continência e aqueles que são “imperfeitos” ou menos perfeitos por causa da realidade da vida conjugal). (TdC 78)
Esta renúncia por parte de pessoas individuais, homens e mulheres, é em certo sentido indispensável
para um reconhecimento mais claro do mesmo significado esponsal do corpo em todo o ethos da vida humana e sobretudo no ethos da vida) conjugal. (TdC
81)
O amor esponsal que encontra a sua expressão na continência
“pelo Reino dos Céus”, deve levar, em seu desenvolvimento
normal, à “paternidade” ou “maternidade” no sentido
espiritual (ou seja, precisamente àquela
“fecundidade do espírito santo”, de que já falamos).
(TdC 78)
Solidão e Comunhão
“Embora permanecendo pela sua natureza um ser “dual”
(isto é, inclinado como homem para a mulher, e
como mulher, para o homem), ele [o celibatário] é capaz de descobrir nesta sua solidão, que nunca deixa de
ser uma dimensão pessoal da natureza dual de cada um,
uma nova e até mesmo mais plena forma de comunhão
intersubjetiva com os outros.” (TdC 77)
A renúncia ao matrimônio por amor do Reino de Deus coloca em evidência, ao
mesmo tempo, aquele significado [esponsal do corpo] em toda a sua
verdade interior e em toda a sua beleza pessoal. (TdC 81)
Senhora gloriosa,bem mais do que o sol
brilhais.O Deus que vos criou ao seio amamentais.
O que Eva destruiu, no Filho recriais;
do céu abris a portae os tristes abrigais.
Da luz brilhantes porta, sois pórtico do Rei.
Da Virgem veio a vida. Remidos, bendizei!
Ao Pai e ao Espírito, poder, louvor, vitória,
e ao Filho, que gerastes e vos vestiu de glória.
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