Melhores técnicas
para rosquear com macho
Método
prático para
cálculo de Tc
Sandvik Coromant Academy
98 Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISS nº 1518-6091 RGBN 217-147
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4 Soluções de Usinagem
edição 98Índice 04/2014
EXPEDIENTE: O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação
KL�ZLPZ�LKPs�LZ�HV�HUV�L�KPZ[YPI\PsqV�NYH[\P[H�WHYH��������SLP[VYLZ�X\HSPÄJHKVZ��Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP.
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e/ou Creative Commons Attribution-Share Alike Generic License.
Editor-chefe: Fernando Oliveira; Coeditora: Vera Natale;
Coordenação editorial, redação e revisão: Teorema Imagem e Texto (Fernando Sacco,
João M. S. B. Meneses, Patrícia Cueva); Jornalista responsável: Fernando Sacco - MTB 49007/SP;
7YVQL[V�L�LKP[VYHsqV�NYmÄJH! Débora Nascimento; Impressão: Promograf
14 Produtividade 32 Educação e Tecnologia II
10 Negócios da Indústria I
4 Soluções de Usinagem Como escolher o macho correto para a rosca correta
10 Negócios da Indústria I O Brasil da CNI
14 Produtividade Método prático para o cálculo do tempo de usinagem em
um torno CNC usando a área do cavaco a ser removida
18 Educação e Tecnologia I Patentes brasileiras, essas desconhecidas
26 Negócios da Indústria II� � ,ULYNPH�L}SPJH�UV�)YHZPS!�KLZHÄVZ�L�VWVY[\UPKHKLZ
31 Conhecendo um Pouco Mais A (r)evolução das máquinas
32 Educação e Tecnologia II Sandvik Coromant Academy: compartilhando conhecimento
36 Nossa Parcela de Responsabilidade A responsabilidade da comunicação
CoroTap 200
(Z�HÄYTHs�LZ�L�KHKVZ�JVU[PKVZ�LT�TH[tYPHZ�HZZPUHKHZ�ZqV�KL�YLZWVUZHIPSPKHKL�PU[LNYHS�KL�ZL\Z�H\[VYLZ�
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Como escolher
o macho correto
soluções de usinagem
Em toda usinagem moderna, a seleção da ferramen-ta de corte mais adequada para uma aplicação é o fator mais importante para alcançar soluções competitivas. Nossa gama de machos para rosquear um furo é gran-de e a escolha certa pode parecer difícil inicialmente,
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tHá uma ampla gama de machos no programa da Coromant Tecnologia
mas seguindo um roteiro se chega à melhor opção. A seleção determina o nível de desempenho - tem-
po necessário para realizar a operação de rosqueamen-to com macho, vida útil do macho, a segurança da ope-ração e a qualidade da rosca resultante quanto às tole-
para a rosca correta
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A escolha correta do macho determina o sucesso ou não
da operação de rosqueamento
Seleção para otimização – multiúso ou de aplicação específica
Na manufatura, ao preparar a operação de rosquea-mento de furos, além do material da peça existem al-guns fatores fundamentais que determinam o tipo de macho mais adequado:
O volume de furos a ser rosqueado deve ser o primeiro fator considerado. Isso irá orientar a escolha para um macho multiúso (volume pequeno a médio ��ȱ�����Ǽȱ��ȱ��ȱ�����ȱ��ȱ������³¨�ȱ�����Çę��ȱǻ����-me de médio a grande).
O macho multiúso proporcionará versatilidade — uma abordagem multiaplicação abrangerá a maioria dos materiais, com uma gama de tipos mais fáceis de selecionar e uma racionalização do estoque. Um ma-���ȱ ��ȱ ������³¨�ȱ �����Çę��ǰȱ ���ȱ �����ȱ ����ǰȱ �������-
�¦�����ȱ�ȱ��ȱ����������ȱ�����ę����ǯȱHá vários fatores que determinam o que deve in-
Ě�������ȱ�ȱ����³¨�ȱ��ȱ�����ǯȱ�ȱ�����ȱ�����ȱ·ȱ��������ȱos mais recentes desenvolvimentos em machos — se-���ȱ ������ȱ ����������ȱ ��ȱ ���������ȱȯȱ �ȱ ������ȱ ��ȱuma gama abrangente e acessível, de maneira a real-mente otimizar o processo.
Tecnologia�������¹����ȱ��ȱ������ȱ��ȱ���������ǰȱ���ę�������-
de do processo e produtividade são considerações ini-ciais vitais na usinagem atual. Produção e utilização da máquina são os pilares da manufatura competitiva mo-�����ǰȱ���ȱ��Ě�������ȱ�����ȱ��ȱ��������ȱ��ȱ��������-tas e métodos, incluindo o rosqueamento com macho.
Com muita frequência, o rosqueamento com machos é considerado um processo um pouco complexo, por ���ȱ���ȱ���ȱ�����³ä��ȱę����ǯȱ��ȱ�������ȱ�����ǰȱ�ȱ��-cho é uma ferramenta relativamente sensível que usina roscas fora do campo visual do operador, por trabalhar ������������ǰȱ �������ȱ�������ȱ¥�ȱ ���³��ȱ��ȱ ������ǰȱ��-pendente do set-upȱ�ȱ��ȱ���ȱę¡�³¨�ȱ�ę������ȱ��ȱ���-dril, o que é especialmente importante em furos cegos.
No entanto, os avanços tecnológicos transformaram os modernos machos e respectivos mandris em ferra-������ȱ�¤�����ȱ���ę¤����ǰȱ����£��ȱ��ȱ����ȱ���������ȱ�ȱlonga vida útil. Uma vez corretamente selecionados e aplicados, não há motivo para temer paradas de máqui-���ȱ��ȱ�������ȱ���ȱ��������ȱ�����������ȱ�ȱ�ę��¹����ȱ��ȱ�����³¨�ǯȱ����ȱ�����ä��ȱ�����ȱ������ȱ���ȱ������ȱ��ȱ������������ȱ��ȱ���ȱ�����³¨�ȱ��ȱ������������DZ— Quais fatores poderiam comprometer a operação e que devem ser considerados aqui? — Qual é o processo de seleção ideal?
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A escolha da geometria do canal é um dos fatores fundamentais na escolha do macho. A escolha é
determinada pelo tipo de furo e material a ser usinado
Machos laminadores devem ser sempre
considerados como uma escolha possível por serem solucionadores de
problemas
do para otimizar totalmente a operação de uma aplicação, torna a usinagem de lotes grandes ����ȱ�ę��£ȱ��ȱ��ȱ����ȱ��ȱ��������ǯȱ����ȱ��£��ȱparte de uma grande variedade de tipos que pro-porcionam um rendimento otimizado por serem altamente adequados para a operação em ques-tão. Esse conceito permite uma adaptação mais completa para o material e a aplicação.
Para lotes de tamanho médio, a escolha pode ���ȱ�ȱ�����ȱ�����Çę��ȱ��ȱ�����ø��ǰȱ����������ȱdas considerações de materiais, produção, má-quinas, estoque e economia de usinagem.
O tipo de furo – passante ou cego – é o se-gundo fator que determina o tipo de macho. No rosqueamento de materiais de cavacos longos, o canal e o chanfro do macho têm uma função mui-to importante, e o macho precisa ter canais heli-coidais, ou ponta helicoidal, dependendo se esti-ver sendo rosqueado um furo passante ou cego.
Para rosqueamento de materiais de cavacos curtos, os canais podem ser retos e o mesmo ma-cho pode ser usado para furos passantes e cegos. Os cavacos curtos, como os do ferro fundido, são facilmente escoados, e o líquido refrigerante é, assim, uma das outras principais considerações. Para machos laminadores, que não cortam a ros-ca, mas a conformam, os cavacos não são um problema de maneira alguma, e eles são adequa-dos para furos cegos e passantes, não precisando de canais para escoamento do cavaco e, sim, ape-���ȱ����ȱ�����ę��³¨�ǯ
Os machos laminadores, no entanto, só são adequados para materiais dúcteis. As roscas são laminadas por meio da deformação plástica do material, e esse método é muitas vezes usado para fazer roscas que necessitam de maior resis-tência. Esse método é tão bom que deve ser con-siderado sempre ao se iniciar o estudo de uma nova peça. Há uma ampla gama de materiais
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possíveis de serem laminados, normalmente os mais difíceis para os machos de corte.
Os materiais da peça devem, então, ser o ���������ȱ ��ę�����ȱ ����ȱ �ȱ �������ȱ ��ȱ �����ǰȱespecialmente quando se trata de machos dedi-cados. Um macho universal pode lidar com di-versos materiais. Os machos dedicados são de-senhados de acordo com o tipo de material que deve ser usinado e a aplicação. Quando volumes �¨�ȱ�������ȱ�ȱ��ę������ǰȱ��ȱ�����ȱ��������ȱ·ȱimbatível para otimizar uma operação. Os ma-�������ȱ�¨�ȱ���������ȱ��ȱ������ę��³¨�ȱ���ȱ�����ǰȱcomo P — aço, M — aço inoxidável, K — ferro fundido, N — não ferrosos e H — aços duros.
Além do material da peça, que é o principal �����ȱ�ȱ��ȱ����������ǰȱ�ȱ������¨�ǰȱ�ȱ���ę�ȱ��ȱ���-ca exigido, a norma da haste e classe de tolerân-cia devem ser determinados para a seleção do macho. Em seguida, de acordo com o tipo de fu-ro (passante ou cego), o comprimento exigido da rosca diminui ainda mais o campo de escolha. Profundidades variam entre 1,5 e 3,5 vezes o diâ-metro do macho, com a escolha dependendo da profundidade do furo e da geometria do macho.
Modernas características do macho
O material dos machos evoluiu conside-����������ȱ �������ȱ ��ȱ ø������ȱ ����ǰȱ �ȱ ����ȱ ��-mos várias opções. No entanto, o aço rápido tem sido o material tradicional para machos por ter a tenacidade como propriedade dominante. Atu-almente, os desenvolvimentos dos materiais de machos têm otimizado o equilíbrio entre tenaci-dade e resistência ao desgaste de modo a aumen-tar o seu desempenho. ¤ȱ����������ȱ�ȱ����������ȱ�����Çę���ȱ��ȱ��-
chos para atender tanto às exigências dos ma-teriais das peças quanto às aplicações: no mo-�����ȱ �³�ȱ �¤����ȱ ǻ��Ǽǰȱ��ȱ��ȱ ǻ�àȱ�����ø�-
gico) e substratos de metal duro. A tecnologia de cobertura tem melhorado consideravelmente ��ȱ������ǰȱ���ȱ�ȱ����¨�ȱ�����ȱ����ȱ�����ȱ��-lhor, com muito menos desgaste e desplacamen-to. Menos atrito, superfícies mais suaves e geral-mente melhor resistência ao desgaste também �¹�ȱ����ȱ�����³����ǯȱ����������ȱ��³ä��ȱ��ȱ�����-tura proporcionam uma escolha para otimizar o desempenho e os resultados para materiais espe-�Çę���ȱ���ȱ��³��ȱ��ȱ�����¨�ǯ
A geometria da aresta de corte e o material da ����������ȱ �����ȱ �������������ȱ ��ȱ ��������ǰȱproporcionando um novo avanço tecnológico. A geometria avançada da aresta de corte e o tra-�������ȱ�����ę����ȱ����£��ȱ�����ȱ�ȱ���³�ȱ�¡���ȱquanto o torque e melhoram a durabilidade da aresta. Novos desenhos de canais helicoidais ga-������ȱ���ȱ�ȱ¦�����ȱ��ȱ��Ç��ȱ����ȱ�ȱ�����ȱ��ȱtodo o comprimento de rosca cortante do ma-cho. Corretamente balanceados, os chanfros tra-seiros, especialmente aqueles usados em machos com ângulos de hélice acentuados, reduzem o torque e melhoram a ação de corte.
O tipo de chanfro e a hélice do canal são dois outros pontos importantes: chanfro lon-go (tipo B que se estende por 3,5 a 5 roscas), mé-���ȱǻ����ȱ�ȱŘȱ�ȱřǼȱ�ȱ�����ȱǻ����ȱ�ȱŗȱ�ȱŘȱę�����Ǽǯȱ�ȱ����ȱ��ȱ����ȱ·ȱ�ȱ���������ȱ��Ě�¹����ȱ��ȱ�������ȱ��ȱ�������ǰȱ �¤ȱ���ȱ��ȱ�������ȱ�����ȱǻ����ȱ�Ǽȱ·ȱ��-ralmente melhor para furos passantes; o médio
O chanfro é fator importante e PUÅ\LUJPH�H�]PKH��[PS�KV�THJOV
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(tipo C) é a escolha geral para furos cegos e os curtos (tipo E) quando a folga for limitada no fundo do furo. O torque sobre o macho varia com o tipo de chanfro, sendo maior para chanfros mais longos. O chanfro ti-po médio (C) é mais comum, usado tanto em machos com canais helicoidais como em canais retos ou mes-mo laminadores.
O desenho do canal tem um grande papel no desem-�����ȱ��ȱ�����ǰȱ ��ȱ ���ę���������ȱ��ȱ��������ȱ �ȱ ��ȱqualidade das roscas. Quando se tratar de rosquear um furo passante, uma ponta helicoidal é empregada para que os cavacos formados possam ser empurrados para �ȱ������ǰȱ����ȱ����ȱ��ȱ����ȱ�ȱ��ȱ�������ȱ�ę��£ǯȱ�ȱ�����ȱdo canal pode então ser mais raso para uma melhor en-trada de líquido refrigerante, proporcionando uma se-ção transversal do macho relativamente robusta.��ȱ�ȱ����ȱ·ȱ����ǰȱ��ȱ������ȱ��������ȱ���ȱ�����������ǰȱ
����ȱ���ȱ��ȱ�������ȱ�����ȱ�¡�������ȱ����ȱ����ȱ��ȱ����ǯȱ��ȱ������ȱ��������ȱ���¨�ȱ���ȱ����������ȱ����ȱ���ȱ�ȱ��-lhor equilíbrio quanto ao transporte de cavacos, forne-cimento de refrigeração e resistência do macho e, na-turalmente, considerando o tipo de material da peça, para que os cavacos tenham espaço pra sair. O ângulo da hélice situa-se normalmente entre 15 e 48 graus, ge-
3\IYPÄJHsqV��L_[LYUH�ou interna) faz parte da decisão inicial na escolha do macho
ralmente mais elevado para materiais de cavacos lon-gos e furos mais profundos.
Em machos modernos e dedicados, o desenho da aresta é adaptado para cada material, tamanho e apli-cação. Os chanfros traseiros apropriados são parte dis-��ȱ�ȱ������ȱ�ȱ ����£��ȱ�ȱ�Ç���ȱ��ȱ ������ȱ������ǯȱ��ȱtratamento de superfície recém-desenvolvido garante arestas com robustez necessária para um processo con-ę¤���ȱ���ȱ�����ȱ��ȱ�����ȱ����ȱ�����ǯ
O líquido refrigerante é um ponto importante no rosqueamento com machos, tanto para o escoamen-to de cavacos quanto para a qualidade da rosca que está sendo gerada e a vida útil da ferramenta, devido à dimi-���³¨�ȱ��ȱ�����������ȱ��ȱ������ȱ��ȱ�����ǯȱ�ȱ�����ę��³¨�ȱcom emulsão é importante no rosqueamento, sendo em geral a primeira escolha. O tipo de refrigeração varia pa-ra furos cegos e passantes. Há opções de refrigeração in-terna e externa e para furos cegos e o refrigerante tem aí ��ȱ�����ȱ�������������ȱ�����ǯȱ��ȱ�ȱ�����³¨�ȱ��ȱ�������ȱé boa, a refrigeração externa pode ser aceita, desde que ��ȱ�����ȱ��ȱ�����ę��³¨�ȱ���ȱ������ȱ�����ȱ������������ȱ��ȱ����ȱ�ȱ������������ȱ��ȱ����ȱ�������ǯȱ�ȱ���������³¨�ȱinterna é a melhor opção, pois proporciona bom escoa-mento de cavacos em furos mais profundos em mate-riais de cavacos longos. O desempenho varia de acordo com o tipo de refrigerante utilizado e de como ele é for-necido. Para obter um processo ideal, o fornecimento de refrigeração deve ser adaptado para cada operação es-���Çę��ȱ��ȱ������������ǯA
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Christer Richt, editor técnico da AB Sandvik CoromantTradução Vera Natale
Adaptado por Marcos Soto, gerente técnico de Ferramentas Rotativas Sandvik Coromant do Brasil
Lista de verificação básica para um rosqueamento bem-sucedido:: Quantidade de furos ::� &RQFHLWR�PXOWL~VR�RX�GH�DSOLFDomR�HVSHFtÀFD:: Material da peça :: Macho de corte ou laminador :: Tipo de furo (passante ou cego) :: Gama de machos (família) :: Diâmetro ::� 3HUÀO�GD�URVFD�:: Norma da haste:: Tolerância:: Relação entre comprimento e diâmetro da rosca:: Chanfro de entrada:: Substrato do macho:: Cobertura do macho:: Tipo de refrigeração (interna ou externa) :: Tipo de refrigerante:: Ângulo da hélice (quando aplicável) :: Macho versão direita ou esquerda:: Mandril porta-macho
��������ȱ �ȱ ������������ȱ ��ȱ ę¡�³¨� (porta--machos) são dois pontos que têm um efeito direto sobre o resultado do rosqueamento com macho. Es-����������ȱ�ȱ��³��ȱę��������ȱ������������ȱ�¨�ȱ��-senciais para garantir um bom rosqueamento; qual-����ȱ���������ȱ������ȱ����ȱ����������ȱ����������ȱo processo e a capacidade de produzir uma rosca sa-tisfatória. Um mandril para rosqueamento sincroni-zado é sempre a melhor opção para se chegar a um processo seguro e boa qualidade da rosca. A precisão e a ação de um bom mandril possibilitam controle preciso da profundidade e minimizam os problemas de erros na usinagem da rosca. Para rosqueamento de grandes volumes e em máquinas CNC modernas, usar modernos machos com um suporte rígido com �������������³¨�ȱĚ�������ȱ����ȱ�ȱ������ȱ�������-do. Em muitos casos, pode-se dobrar a vida útil do macho com o uso do porta-macho adequado.
O porta-macho CoroChuck 970 com compensação contribui para uma rosca
mais precisa e aumenta a vida do macho
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Para saber mais: www.sandvikcoromant.com/br
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negócios da indústria I
10 o mundo da usinagem abril.2014/98
O Brasil
da CNIConfederação, que representa quase
200 mil indústrias, criou as bases para
o desenvolvimento industrial do país
A Confederação Nacional das Indústrias, ou CNI, nasceu em um País com uma indústria ainda inci-piente e que iniciava o desenvolvi-mento de suas bases comerciais e econômicas. Foi na década de 30, ����ȱ������ę�������ȱ��ȱŗşřřǰȱ���ȱ��ȱ ������³ä��ȱ �����������ȱ ��ȱ �¨�ȱPaulo, Minas Gerais, Rio Grande do ���ȱ�ȱ���ȱ��ȱ �������ȱ������ȱ ���³��ȱpara criação da CIB, Confederação Industrial do Brasil, que cinco anos mais tarde se transformaria na CNI.
Atualmente a Confederação Na-cional das Indústrias reúne 27 Fe-derações de Indústria e aproxima-damente 1.300 sindicatos patronais. Isso representa tanto o equivalente a 25% da economia nacional quanto dos empregos com carteira assina-da no país.��ȱ ����ę��ȱ ������ǰȱ ��ȱ �����¤-
rio daqueles impostos à época de
sua fundação, estão em fortalecer a competitividade da indústria na-cional e ser a interlocutora da in-�ø�����ȱ �����ȱ��ȱ�����ȱ�ø�����ǰȱ ��-mentando políticas públicas que atendam às demandas do setor. O combate à alta carga tributária; a re-visão da política industrial, lança-da pelo governo em 2004; a reforma da previdência, o desenvolvimento sustentável e o fomento à pesqui-sa e desenvolvimento são algumas das bandeiras que a entidade vem defendendo. Para colocar em práti-ca essas questões, a CNI integra di-versos conselhos, comissões, comi-tês e grupos de trabalho ligados à administração pública. A atuação em diferentes esferas de poder fez com que a entidade se autodenomi-nasse “a voz da indústria”.
A CNI é presidida atualmen-te por Robson Braga de Andrade,
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engenheiro mecânico formado pe-la UFMG e que foi por dois man-datos presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Ge-rais (FIEMG). Para o dirigente, dois �������ȱ ������������ȱ �������ȱ ��ȱbarreiras que inibem o desenvolvi-mento industrial do país. “Temos um problema muito complexo que é a carga tributária, ela penaliza o investimento. Mas só vamos conse-guir reduzir a carga tributária com a redução dos gastos públicos”, �ę����ȱ �������ȱ ��������ȱ ��ȱ ����-sentação da edição especial do In-�����ȱ �����������ǰȱ ���������ȱ ��ȱdezembro de 2013.
O engenheiro mecânico Robson Braga de Andrade, atual presidente da CNI
Além dos obstáculos domésti-cos, Andrade destaca que as expor-tadoras sofrem ainda mais por cau-sa da expressiva concorrência exter-na. Enquanto o horizonte não se al-tera, o setor debate com o governo melhores condições para competiti-vidade e menos burocracia.
Expectativa que cresce num mo-mento em que a economia pati-na, fru to do que os analistas expli-cam ser o esgotamento do mo delo de cres ci mento calcado pri mor dial-men te no consumo, e que concede à in dústria no va mente o papel de um dos principais indutores da expan-são econômica.
negócios da indústria I
12 o mundo da usinagem abril.2014/98
Teorema Imagem e Texto
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ProjeçõesA CNI é uma importante fonte de
pesquisas macroeconômicas. Os nú-meros levantados pela entidade ba-lizam decisões de investimento, es-tratégias de produção e políticas de importação e exportação. A entidade �������ǰȱ ���ȱ �¡�����ǰȱ ���ȱ ��¡�ȱ ��ȱcâmbio com média anual de R$ 2,35 ��ȱŘŖŗŚǯȱ�¤ȱ�ȱÇ�����ȱ��ȱ�����������ȱdo Produto Interno Bruto (PIB) deve se manter em 2,1%, acompanhando o crescimento da indústria de 2%. “A indústria brasileira pode crescer de 4% a 5% ao ano, mas precisamos au-mentar nossa competitividade. Esta-mos estudando os dez fatores-cha-ve importantes para transformar o Brasil numa economia moderna e mais competitiva. Eles passam pelas questões tributárias, por inovação, educação, burocracia, entre outros”, aponta Andrade.����ȱ�ȱ��������ǰȱ�ȱ��Ě�³¨�ȱ����ȱ
fechar o ano em 5,7%, enquanto a ��¡�ȱ �¤����ȱ ��ȱ �����ȱ ��ȱ ��������ȱdeve permanecer acima dos 10% durante todo o ano de 2014.��ȱ������ȱ���ȱ�ȱ�������ȱ��ȱ���Ç-
�����ȱ�ȱ������·����ȱ��ȱ���ǰȱ���·ȱ��-�����ȱ ���������ǰȱ ȃ�ȱ ����ę�ȱ ����ȱŘŖŗŚȱ·ȱ����¡����ȱ�ȱ��Ě�³¨�ȱ��ȱ����-ção à meta, mas sem ter distorções nos preços administrados”.
Mapa estratégicoA entidade se depara com gran-
���ȱ ����ę��ǯȱ ���ȱ ����ǰȱ �ȱ ���ȱ ����-neou fatores-chave para que o Bra-sil aumente os níveis de produtivi-
����ȱ�ȱ ����ȱ����ȱ �����������ǯȱ����ȱestão no Mapa Estratégico da In-dústria 2013-2022 e englobam edu-cação, ambiente macroeconômico, �ę��¹����ȱ��ȱ������ǰȱ�������³�ȱ���Ç-dica e burocracia, desenvolvimento de mercados, relações de trabalho, ę�����������ǰȱ�����³¨�ȱ�ȱ�������-vidade, infraestrutura e tributação.�¨�ȱ��£ȱ�����������ȱ����ȱ�����-
³��ȱ �ȱ �ę��¹����ǰȱ ������£����ȱ ��ȱum documento elaborado a partir de debates e contribuições de mais de 500 pessoas, entre empresários, executivos, acadêmicos e presiden-tes de associações nacionais seto-riais e federações de indústrias.
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CN
I
Poucos anos após sua fundação, a CNI deu um passo
importante para consolidar os alicerces industriais no
Brasil: a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (SENAI), em 1942. Desde então, foram formados
���PLOK}HV�GH�SURÀVVLRQDLV�H�KRMH�DV�XQLGDGHV�RSHUDFLRQDLV�
PyYHLV�H�À[DV�Mi�VRPDP������
Mas de nada adiantaria a formação de um sistema forte
GH� HGXFDomR� SURÀVVLRQDOL]DGR� VHP� XPD� IRUPDomR� LQLFLDO�
adequada. Pensando nisso, em 1946 surgiu o Serviço Social
GD�,QG~VWULD��6(6,���TXH�KRMH�FRQWD�FRP�PDLV�GH�������HVFR-
las espalhadas pelo Brasil.
O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) é outra iniciativa voltada à
educação. Por meio desse instituto, a Confederação conduz
programas de consultoria em gestão empresarial, capacita
JHVWRUHV�H�GLULJHQWHV��DOpP�GH� LQFHQWLYDU�D�DWXDomR�GH� MR-
vens talentos no mercado de trabalho.
Educação
Prêmios'HVGH������� R� 3UrPLR� &1,� GH�
Economia estimula a pesquisa eco-
nômica sobre a indústria e temas
relacionados que colaboram com o
FUHVFLPHQWR� GR� VHWRU� QR� SDtV�� +i�
DLQGD�R�3UrPLR�&1,�GH�-RUQDOLVPR��
TXH�HP������FKHJD�D�VXD�WHUFHLUD�
HGLomR��SUHPLDQGR�WUDEDOKRV�MRUQD-
OtVWLFRV�TXH�DERUGDP�RV�GHVDÀRV�H�
realizações do setor industrial.
Trabalhando em uma empresa que presta serviços de usinagem, em dado momento necessito fazer um orçamento para um de meus clientes e a primeira di-ę�������ȱ·ȱ�¨�ȱ ���ȱ �ȱ����¤���ȱ �����ȱ��ȱ��������ȱ��ȱuma forma rápida. Alguns softwares de Programação ���������ȱ���ȱ����������ȱ �¤ȱ�¨�ȱ�ȱ�����ȱ�����ȱ����¤-vel quando faço a programação, porém isso só aconte-��ȱ������ȱ�ȱ��³�ȱ���ȱ�����ȱ�����������ȱ�¤ȱ������ȱ��ȱum orçamento aprovado pelo cliente. É apresentado a seguir um método simples e muito rápido para cálculo do tempo, que possibilita fazer um orçamento 5 minu-tos após uma conversa telefônica com o cliente. O méto-do proposto se baseia na área de cavaco a ser removida.
O método tradicional de se calcular o tempo de cor-te “Tc” em qualquer tipo de máquina operatriz consis-te em dividir o comprimento total “Lt” percorrido pela ferramenta pelo avanço de trabalho “at” usado.
Tempo de
Usinagem: método prático para o cálculo do
tempo de usinagem em um torno CNC,
usando a área do cavaco a ser removida
Tc = tempo de corte em minutos
Lt = comp. percorrido em mm
at = avanço em mm/min
Tc = Lt / at
Método I – tradicional
ø 60
ø 40
ø 20
ø 10
0
Analisemos o desenho que será usado nos dois mé-todos.
comprimento total a ser percorrido pela ferramenta, que é a soma de todos os comprimentos gerados em cada passada.
Para que possamos fazer uma comparação do mé-todo tradicional com o método aqui proposto, vamos analisar com um mesmo exemplo cada um deles, para ���ȱ��ȱę���ȱ��������ȱ����ę���ȱ�ȱ������ȱ���������ȱ��ȱnovo método que propomos.
Quando calculamos o tempo para executar uma úni-��ȱ�������ǰȱ����ȱ�¨�ȱ����ȱ�������ȱ��ę��������ǰȱ���·�ǰȱno desbaste, temos sempre que executar várias passa-das. Logo temos que calcular vários comprimentos de ȃ�Ȅȱǻ����ȱ����ȱ�������Ǽȱ����ȱ���ȱ��������ȱ��ȱę���ȱ�ȱ
abril.2014/98o mundo da usinagem14
produtividade
car o valor do avanço em mm/rot pela rotação, então chegaremos a um valor de DW� �������PP�PLQ�
f) O tempo percorrido com a ferramenta usinando será:
g) Levando em consideração que para darmos uma no-va passada é necessário recuar a ferramenta de um va-lor igual ao comprimento usinado, podemos considerar que o comprimento percorrido em rápido (Lr) pela fer-ramenta é o mesmo daquele percorrido em trabalho (Lt).
h) ����ȱ�¤ȱ����������ȱ�ȱ�����ȱ���ȱ�ȱ����������ȱ�����ȱpara desbastar a peça (Tu) e o tempo que ela gasta em deslocamento rápido (Tr), somos tentados a acreditar que basta somar esses dois valores. Para completarmos a usinagem de uma peça, é necessário dar uma passada de acabamento. Para achar esse tempo gasto no acaba-�����ǰȱ�����ȱ����������ȱ�ȱ���Ç�����ȱ��ȱ���ę�ȱ�ȱ���ȱ���-nado (Pu) pelo valor do avanço de trabalho (atǼȱ��ȱ����DZPu = 40 + 10 + 40 + 10 + 40 + 20
Pu = 160 mm
at = 286,5 mm/min
Com esses dados, podemos então determinar o tempo total gasto para se usinar a peça em questão:T total = Tu + Tr + T acab. �7�WRWDO� ������PLQ
Consideração sobre o método I�¨�ȱ�������ȱ��ę�������ȱ����ȱ��������ȱ�ȱ�����������ȱtotal percorrido, pois o exemplo que foi usado é relati-vamente simples, pois em cada diâmetro desbastado os ������������ȱ��������ȱ����ȱ������ǯȱ������ȱ�ȱ���ę�ȱ�ȱ���ȱ�������ȱ·ȱ������¡�ǰȱ��ȱ����ǰȱ��������Ç��ȱ��ȱ¦������ȱ�ȱ�����ǰȱ�������ȱ�ȱ��ę�������ȱ��ȱ��ȱ�����ȱ��ȱ�������ȱ��ȱ“Lt”, pois os valores de cada passada não são iguais.
O primeiro passo será calcular o comprimento percor-rido pela ferramenta para desbastar cada diâmetro. Para isso usaremos uma profundidade de corte de 2,5 mm.a) Para desbastar o diâmetro de 60 mm necessitaremos dar 8 passadas, pois:
��ȱ �����������ȱ �ȱ �����������ȱ �����ȱ ������ȱ �����ȱ Şȱpassadas, teremos:120 x 8 = ����PP�
b) Usando o mesmo raciocínio e com a mesma profun-didade de corte para o diâmetro de 40 mm, serão ne-cessárias 4 passadas, gerando assim um comprimento 320 mm, pois:80 x 4 = ����PP�
c) Para o diâmetro de 20 mm teremos 160 mm, pois:40 x 4 = ����PP
��ȱ��������ȱ�����ȱ��ȱ������������ȱ����������ȱ��ȱȃ�Ȅǰȱ”b” e ”c”, teremos:Lt = 960+320+160
/W� �������PP
Usaremos em nosso exemplo um avanço de trabalho (at) = 0,3 mm/rot. Como a fórmula de cálculo do tempo ��������ȱ�����ȱ�¡���ȱ���ȱ�ȱ����³�ȱ��ȱ��������ȱ����ȱ�¡-presso em mm/min, necessitaremos fazer a transforma-ção necessária: multiplicar o avanço expresso em mm/rot pela rotação a ser usada (rpm). Para executar essa trans-formação, necessitaremos de alguns dados adicionais:Dados adicionais:
Vel. de corte (Vc) = 180 m/min
Avanço rápido (ar) = 5 m/min
Diâmetro médio = 60 mm
Os valores de avanço rápido variam de máquina para máquina.
d) Com a fórmula 9F ������[�'�[�1�������� chegaremos a um valor de N = 955 rot/min.
e) Para obtermos o avanço em mm/min, basta multipli-
��������������� ������������� ��
Tu = Lt / atTu= 1440 / 286,5 Tu = tempo de usinagem7X� ������PLQ
Tr = Lr / ar Lr = Lt
Tr – tempo da ferr. em mov.rápido (sem usinagem)
Tr = 1440 / 5000 ar – avanço rápido7U� ������PLQ
T acab = 160/286.5
7�DFDE� ������PLQ
abril.2014/98 o mundo da usinagem 15
Método II – Teorema usando a área do cavaco removido
Mostro, a seguir, um método inovador, extrema-�����ȱ�¤����ȱ�ȱ������ę����ǰȱ����ȱ��ȱ��������ȱ�ȱ�����ȱde usinagem em um torno CNC, baseado na área do ca-vaco a ser removida, que permite oferecer para o clien-te o custo da usinagem de uma peça em um tempo bas-tante reduzido, sem uso de software.
Esse método consiste em:
a) �������ȱ�ȱ�����ȱ���ȱ���¤ȱ�������ȱ ǻ����ȱ��������ȱ��ȱę����Ǽȱ��ȱę�����ȱ��ȱ���ȱ����ȱ�¤���ȱ��������ȱ��ȱ��������-vas áreas (triângulo, retângulo, arcos de círculos, etc.).
No exemplo dado, teremos 3 retângulos:Ȋȱ��ȱ���ȱ����ȱ��ȱŗŘŖȱ��ȱ�ȱ������ȱ��ȱŘŖȱ��ȱǻ�ŗǼǯȊȱ��ȱ���ȱ����ȱ��ȱŞŖȱ��ȱ�ȱ������ȱ��ȱŗŖȱ��ȱǻ�ŘǼǯȊȱ��ȱ���ȱ����ȱ��ȱŚŖȱ��ȱ�ȱ������ȱ��ȱŗŖȱ��ȱǻ�řǼǯ
b) Calculando as áreas, teremos:S1 = 120 x 20 onde S
1� ������PP2
S2 = 80 x 10 onde S2� �����PP2
S3 = 40 x 10 onde S3� �����PP2
c) Considerar que a ferramenta irá dar apenas uma pas-sada para desbastar a peça toda. Isso irá gerar um retân-����ȱ�����ȱ�����ǰȱ����ȱ����ȱ·ȱ������������ȱǻLt), porém a altura é igual à profundidade de corte e a sua área é �����ȱ��ȱ�����à���ȱ���ȱę�����ȱ���������ȱ��ȱ����ȱȃ�Ȅǯ
No nosso exemplo, teremos:
d) Como a área de um retângulo é base x altura, sendo a altura = 2,5 mm e a área = 3600 mm2 podemos achar o valor da base que é Lt.
St = 3.600 mm2
����ȱ��ȱƽȱ��ȱȦȱ�ȱƽȱŗǯŚŚŖȱ��ǰȱ���ȱ·ȱ�ȱ�����ȱ�����ȱ����-do pelo método tradicional. Usando os mesmos parâ-metros do método tradicional, podemos concluir que o tempo será o mesmo.Obs.: As considerações para os cálculos de Tu, Tr e T acab. são as mesmas.
A grande vantagem desse método é:Ȋȱ�¨�ȱ��������ȱ��������ȱ����ȱ�����������ȱȃL” que a ferramenta percorre;Ȋȱ������ȱ����ȱ������¡�ȱ���ȱ�ȱ���������ȱ��ȱ���ę�ǰȱmais difícil será o cálculo do somatório dos valores de “L” usando o método tradicional e mais conveniente o uso do método aqui proposto;Ȋȱ����ȱ�ȱ���ę�ȱ�¨�ȱ����ȱ��������ȱ����������ȱ��ȱę��-���ȱ���ȱ��ę�����ǰȱ�����¤ȱ���ȱ�����ȱ������ȱ���ȱ���-
ÉUHD� �������PP2
Lt
prof=
2,5 mm
Ao invés de se preocupar em calcular os
setores (1/4 de círculo), basta lembrar que
um arco compensa o outro. Basta calcular
D�iUHD�GR�UHWkQJXOR�
���³¨�ȱ����ȱ���ȱ��ȱ�¤������ȱ�����ȱ�����������ǯȱEm resumo, a grande vantagem desse método é calcu-lar o comprimento de Lt de maneira rápida, pois sa-bemos que essa variável é a mais difícil de encontrar usando o método tradicional.
Ezio ZerboneProfessor do Curso Técnico de MecânicaCEFET-RJ - Centro Federal de Educação
Tecnológica do Rio de Janeiro
abril.2014/98o mundo da usinagem16
produtividade
Patentes visam garantir que um inventor divulgue sua desco-berta em benefício da sociedade, e, ao mesmo tempo, impedir que outros lucrem, economicamente, com o resultado do seu gênio.
A palavra patente foi inspira-da no latim patereǰȱ ���ȱ �����ę��ȱ“abrir para conhecimento”. Foi na Itália, mais propriamente na ���ø�����ȱ ��ȱ ����£�ǰȱ ���ȱ ��ȱ ę�-maram, a partir de 1450, as pri-meiras patentes, para proteger as técnicas de fabricação de vidro.
A importância de tal procedi-mento logo se alastrou e foi bem estruturada na Inglaterra, sobre-tudo durante a Revolução Indus-�����ǯȱ�ȱę�à����ȱ����¹�ȱ����ȱ�����ǰȱno século XVIII, somou a noção de “direito à propriedade intelec-tual” àquela da obtenção de privi-légio econômico. No mundo con-temporâneo, ambas estão irreme-diavelmente ligadas.
Patentes brasileiras,essas desconhecidas
O início do patenteamento no Brasil
Entre nós, com o alvará régio de ŘŞȱ ��ȱ �����ȱ ��ȱ ŗŞŖşǰȱ ���ȱ ��¨�ȱ ��ȱguindava o estado brasileiro à quar-ta nação do mundo a ter legislação �����Çę��ȱ��������������ȱ�ȱ�������ȱde uso de invenção, uso e posse de algo criado. ������ȱ ���ȱ ��¨�ȱ ��ȱ ���������ȱ
sua corte ao Brasil, em 1808, fugindo da invasão de Portugal por Napo-��¨�ǰȱ���ȱ�����ȱ��ȱȃ�����ȱ��ȱ�����-volvimento Econômico”, que previa sistema de incentivos ao desenvolvi-mento da tecnologia através de pa-tentes. Isso visava, basicamente, tra-zer indústrias europeias – sobretudo inglesas – para o Brasil.
Grande marca de modernidade, a medida, contudo, sufocava a in-dústria brasileira e privilegiava, cla-
educação e tecnologia I
abril.2014/98o mundo da usinagem18
ramente, as indústrias mais desen-volvidas, principalmente as da gran-��ȱ��������ȱ��ȱ����ȱ��ȱ���ȱ��¨�ǰȱ�ȱInglaterra, berço da Revolução In-dustrial. A primeira patente no Bra-���ȱ ���ȱ ���������ȱ ��ȱ �����ȱ ��ȱ ŗŞŘŘǰȱ���ȱ���ȱ�����ȱ�ǰȱ�ȱ���£ȱ�������ȱ�ȱ���¨�ȱ������ǰȱ����ȱ�����³¨�ȱ��ȱ�¤-quina que descascava os grãos do ca-fé sem quebrá-los, movida por tração animal ou por intermédio de água.
A questão de marcas e patentes ���ȱ �������������ȱ ��ȱ ŗşŚśǰȱ ���ȱa promulgação de nosso primeiro Código de Propriedade Industrial, ����ȱ���ȱŝǯşŖřȦŚśǰȱ���ȱ �����ȱ�ȱ��-�·���ȱ��·ȱŗşşŜǯ
Além de inventar, registrar
A patente é um título de pro-priedade temporária sobre uma in-venção, outorgada pelo Governo Federal a seus inventores. Por ela, �ȱ�����ø��ȱ�·�����ȱ��ȱ�����³¨�ȱę��ȱprotegido e registrado. A validade do título é de 20 anos a partir da da-ta de registro. Após esse prazo, a in-
venção cai em domínio público, ou ����ǰȱ��������ȱ��ȱ����ȱ�¡����¤Ȭ��ǯ
Percebe-se, portanto, que o in-ventor deve ser, também, um em-����������ǰȱ �¤ȱ ���ȱ ��ȱ ����ȱ �����ȱapenas patentear suas ideias: ele de-ve buscar como materializá-las antes que caiam em domínio público.
A Organização Mundial de Pro-priedade Intelectual (OMPI), com ����ȱ��ȱ������ǰȱ��ȱ��dz�ǰȱ·ȱ�ȱ��-������ȱ ���ǰȱ �����ȱ ŗşŜŝǰȱ ��������ȱos esforços globais para o patentea-mento de novas tecnologias, sob a égide da Organização das Nações Unidas (ONU), reunindo 186 na-ções como seus membros.�������ȱ�ȱ����ǰȱ�����ȱ��ȱŝŖƖȱ
das tecnologias no mundo têm sua divulgação exclusiva em patentes, o que torna essa documentação uma rica fonte de informações tecnoló-gicas. Há um crescimento anual de 600 mil documentos de patentes registradas no mundo inteiro, tan-��ȱ���ȱ��Ç���ȱ��ȱ������ȱ����ȱ���-to à Comissão de Patentes e Marcas dos Estados Unidos, que possui um acervo de quase 10 milhões de pa-tentes concedidas.
Segundo a OMPI, cerca
de 70% das tecnologias
no mundo têm sua
KP]\SNHsqV�L_JS\ZP]H�LT�
patentes, o que torna
essa documentação uma
rica fonte de informações
tecnológicas
“
“
abril.2014/98 o mundo da usinagem 19
Memorial descritivo de
pedido da patente do
Transmissor por Ondas no
Brasil e desenho L_WSPJH[P]V�KH�
patente obtida nos Estados
Unidos, do invento do padre Landell de Moura
No Brasil, a Lei de Propriedade ����������ȱ �ķȱ şǯŘŝşǰȱ ��ȱ ŗşşŜǰȱ ����-belece que “Os direitos de patente podem ser adquiridos no Brasil so-mente por meio do registro no Ins-tituto Nacional da Propriedade In-dustrial (INPI). Os direitos de pa-tente obtidos nos Estados Unidos não são reconhecidos no Brasil”. Es-sa é uma norma presente em todas as agências reguladoras em todo o �����ǰȱ�¤ȱ���ǰȱ��ȱ����ǰȱ��ȱ��������ȱlocais têm condições de proteger as licenças que ele próprio oferece, não podendo garantir as licenças obtidas em países estrangeiros.��ȱ�������ȱ �����ǰȱ �������ȱ ���-
vações foram imediatamente acei-tas pela sociedade sem que seu in-ventor tivesse recebido qualquer �����Ç���ȱ ę��������ȱ �ȱ ���ȱ�����ȱreconhecimento por seu gênio, co-
mo é o caso do brasileiro inventor da comunicação por ondas magné-ticas, o padre gaúcho Roberto Lan-dell de Moura. Experimentados ���ȱ�������ȱ��ȱŗŞşŘȱ�ȱ���������-���ȱ��ȱŗŞşŚǰȱ��ȱ ����������ȱ�����-����ȱ ���ȱ �����ȱ ���ĵ�����ȱ �����ȱ �ȱ����ȱ��ȱ�������ȱ�ȱ�ȱ�������ȱ������-��ǰȱ��ȱ�¨�ȱ�����ǰȱ����ȱ��������ȱ��-ram patenteados tanto nos Estados ������ȱ������ȱ��ȱ������ǯȱ���ȱ�����-������ȱ��ȱ�����ȱǻ���ĵ�����ȱ��ȱ���-���������Ǽǰȱ ���ȱ ��������ȱ ���ȱ ę�ȱ �ȱseu telégrafo foram patenteados �����ȱŗşŖŖȱȮȱ�ȱ�������ȱ����������ǰȱ��ȱ�ķȱřŘŝşȱȮȱ�ȱŗşŖŚȱȮȱ�ȱ�������ȱ�����-����ǰȱ��ȱ�ķȱŝŝŗǯşŗŝǰȱ�������ȱ����ȱȃ����ȱ�������Ĵ��Ȅǯ���·�ǰȱ��ȱ�����Ç������ȱ�ę�����ȱ����ȱȬ
tam número baixo de registros de pa-tentes brasileiras, sobretudo em rela-ção a gigantes de inventividade como
Os direitos de patente
podem ser adquiridos
no Brasil somente por
meio do registro no
Instituto Nacional da
Propriedade Industrial
�0570���6Z�KPYLP[VZ�KL�
patente obtidos nos
Estados Unidos não são
reconhecidos no Brasil
“
“
educação e tecnologia I
abril.2014/98o mundo da usinagem20
Ranking de patentes por área (2001-2010)
2000
1500
1000
500
0
a China: 130 mil pedidos brasileiros contra 3 milhões de pedidos chineses no decênio 2001-2010. Por mais que o índice brasileiro pareça baixo, ele cresceu 64% nesse período, sendo que ���¨�ȱ�ȱ������ȱ������������ȱ��ȱ��-clínio de 25% e 30% respectivamente, segundo o índice mundial de paten-���ȱ�������ȱȮȱ����ǯ
O levantamento no Brasil, fei-to pelo Instituto Nacional da Pro-priedade Industrial (INPI), aponta a importância de universidades e �������ȱ ��ȱ �ǭ�ȱ���ȱ ���ø������ǰȱ ��ȱinformar que no decênio 2001-2010
recebeu 415 pedidos de registro da ���������ǰȱřşŚȱ��ȱ�������ǰȱŘřśȱ��ȱ���ǰȱŗŚřȱ��ȱ������ȱ�ȱŗřşȱ��ȱ���-versidade Federal de Minas Gerais. Contudo, enquanto o prazo de aná-lise e concessão nos Estados Uni-���ǰȱ ��ȱ ���¨�ȱ �ȱ ��ȱ ������ȱ ������ȱultrapassa quatro anos, no Brasil chega a dez anos, fazendo com que o INPI tenha uma média de 150 mil pedidos acumulados, aguardando análise, pois depende da contrata-ção de mais analistas.
Atualmente, a área que mais re-cebe pedidos de registro é a de TI -
tecnologia da informação - e a aná-lise do percentual de pedidos por áreas nos dá um claro quadro da inovação no Brasil.�������ǰȱ��ȱ�������������ȱ�ȱ���ȱȬ
vação é responsável pelos avanços da sociedade, são os inventores, ho-��ǰȱ ������������ȱ ���ȱ ������ȱ �����ȱsuas patentes?
O caso de Landell de Moura é tí-pico. Ao pedir para testar seu trans-������ȱ ���ȱ ę��ȱ ���������ȱ ��ȱ ��-municação duas naves da Marinha Brasileira, o pedido foi negado, por ���ȱ �����������ȱ �������ǯȱ ���ȱ �à��-
computadores equipamentos
elétricos
industriais
eletrônicos
automotivos
aplicação
elétrica
doméstica
produtos
farmacêuticos
naturais
processamento
de alimentos
(exceto peixe,
carne, panificação)
abril.2014/98 o mundo da usinagem 21
Selo comemorativo de 150 anos do nascimento de
Landell de Moura, em 2011.À direita, sua Telephotorama
da formação em física o levou para além da radiofonia: ele é considera-do precursor da televisão, por suas descobertas no campo da bioeletro-���ę�ǯȱ���ȱ��������ǰȱ��ȱŗşŖŚǰȱ�ȱȃ��-lephotorama”, que fotografava o ha-lo de energia, invisível a olho nu, em �����ȱ ��ȱ �����ȱ �����ȱ �ȱ �������ȱ ���-nimados. Apenas três décadas de-����ȱ�ȱ���������ȱ�����ȱ������ȱ ������ȱapresentaria máquina semelhante. Apenas em 2000 Landell de Moura ���ȱ ���ę�����ȱ ����ȱ ���ȱ ��������ǰȱ72 anos depois de sua morte, e o no-��ȱ������������ę�ȱ����������ǯ
É necessário, contudo, distinguir como o respeito devido às patentes convive com a quebra de patentes de fármacos, que o Brasil liderou, em 2005, em defesa da distribuição gra-�����ȱ��ȱ���·����ȱ������ȱ�ȱ����ǯȱ����ȱquebra de patente não foi ilegal, pois o artigo 71 da Lei de Patentes prevê a licença compulsória de princípios ativos de medicamentos em casos de emergência. Tratando-se de epidemia ��ȱ�������ȱ������³ä��ǰȱ�ȱ����ȱ����ȱ
ser enquadrada nessa categoria e o ��������ȱ����������ȱ·ȱ����ȱ������ȱ��-guido por várias nações.
Além de registrar, produzir���������ȱ��ȱ���������ȱ�¹�ȱ��ȱ
envolvendo na discussão, procu-ran do resguardar os direitos de pro priedade intelectual, inclusi-ve com apoio governamental. A maioria das universidades dispo-nibiliza manuais de propriedade intelectual e, no setor de manufa-tura, a ABIMAQ oferece, em seu Núcleo de Apoio ao Patenteamen-to, inclusive on-line, um Manual de Propriedade Industrial, com o bási-co de direitos e normas vigentes. O próprio INPI orienta a apresentação dos pedidos de registro de patente, embora existam consultorias espe-cializadas que auxiliam na monta-gem do processo, desde o memorial descritivo até os desenhos que de-
���ȱ����������ȱ�ȱ�������ǯAs agências de fomento à pes-
�����ǰȱ ����ȱ ������ǰȱ ������ǰȱ������ǰȱ �ȱ �������ȱ��ȱ�ǭ�ȱ��ȱ����-des empresas, além das universida-des, têm contribuído para não apenas incentivar a inovação como, também, discutir e lapidar a mentalidade de respeito à criação intelectual.
A inovação caminha de mãos dadas com a produtividade, e am-bas, praticadas com ética, criarão espaços de mútuo respeito entre o inventor e a sociedade. Estamos no limiar de transformações sociais e ambientais que nos empurram cada vez mais para a tentativa de com-preender a relação que o ser huma-no tem com o que cria e consome.
A inovação respeita o ambiente, a sustentabilidade, os recursos energé-ticos e o ser humano. Inovar é a única estrada capaz de garantir um futuro para a humanidade.
João Manoel S. Bezerra de MenesesGestor Ambiental/Jornalista
educação e tecnologia I
abril.2014/98o mundo da usinagem22
Processo de dessulfuração do ferro-gusa Patente I9600173-96pUJLR�0XULOR�-XVWXV��/,(&�8)6&DU�H�&61��Novo processo de dessulfuração do ferro-gusa e
adaptações em equipamentos da linha de
PRQWDJHP�PHOKRUDP�VLJQLÀFDWLYDPHQWH�D�TXDOLGDGH�
do aço. O sistema é resultado de pesquisas do
Laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e
Cerâmica da Universidade Federal de São Carlos e,
além de reduzir o consumo de energia, utiliza
resíduos da fabricação de alumínio, transformando
rejeitos tóxicos em inertes.
Patentes de interesse para o setor metalmecânico
Ferro fundido vermicular de alta usinabilidade Patente I0105987 Wilson Luiz Guesser (Tupy
)XQGLo}HV��A Tupy Fundições (SC), especialista em
ferro fundido e ligas de aço, venceu o
prêmio Finep 2004 na categoria
Processo - Região Sul, com um processo
de produção e controle de blocos e
cabeçotes em ferro fundido vermicular.
Os blocos e cabeçotes em ferro fundido
aumentam o desempenho do motor de
automóveis, tornando-o mais leve,
silencioso e menos poluente. O domínio
do novo processo, que demandou nove
anos de pesquisa, possibilitou à Tupy
assinar com a Ford Motor Company o
primeiro contrato mundial para
fornecimento desses produtos em
grande escala.
Cabeçote do Motor Zetec Rocam Patente I0010639-9)HUQDQGR�%DUDWD�GH�3DXOD�3LQWR�Fernando Barata de Paula Pinto, diretor de planejamento e controle da Maxion
International Motores, recebeu o prêmio Henry Ford de Tecnologia em outubro de
2000. Ele é o único brasileiro agraciado duas vezes com a premiação de caráter
internacional e a mais importante concedida pela Ford. O prêmio foi conquistado
pelo projeto da equipe de manufatura da Fundição do conjunto industrial da Ford,
para os motores Zetec Rocam que equipam os veículos Ka, Fiesta e Escort. Em
1982, Fernando Barata conquistou a premiação com o desenvolvimento dos
motores a álcool.
MAPV – Motor a álcool pré-vaporizado Patente I8402740-1Romeu Corsini
O professor e cientista Romeu Corsini, 82 anos, um dos “papas” do álcool e um
dos pais do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), iniciado no Brasil na
década de 70 em função da primeira grande crise do petróleo, deposita toda a
VXD�FRQÀDQoD�QD�YLDELOL]DomR�FRPHUFLDO�GH�VHX�PDLRU�VRQKR��VHX�0$39��PRWRU�D�
álcool pré-vaporizado), que faz 16 quilômetros com 1 litro de álcool.
Aço colorido Patente I9703991 5RVD�-XQTXHLUD��&HWHF�0*��Uma nova técnica limpa e econômica
pode minimizar os danos ao meio
ambiente causados pela produção
industrial de aço inoxidável colorido. A
nova técnica é única no Brasil e foi
desenvolvida na Fundação Centro
Tecnológico de Minas Gerais (Cetec).
Fonte:www.redetec.org.br/inventabrasil/indexn.htm
educação e tecnologia I
abril.2014/98o mundo da usinagem24
negócios da indústria II
26 o mundo da usinagem abril.2014/98
Energia eólica
no Brasil: KLZHÄVZ�L�VWVY[\UPKHKLZ�
A questão energética tem estado entre as principais preocupações tanto da população quanto de especia-listas em questões ambientais. O apagão que atingiu �ȱ������ȱ��ȱ�¨�ȱ�����ȱ��ȱŘŖŖŗȱ������ȱ �������³¨�ȱ¥ȱpopulação e trouxe certa insegurança quanto à efetivi-dade do serviço. Numa metrópole tão importante, tais falhas trazem inquietações e questionamentos, princi-palmente no que diz respeito à viabilidade de investi-mentos para a melhoria do sistema.
O Brasil se encontra entre os quatro maiores emis-sores de gases do efeito estufa, sem relação com a energia produzida ou consumida no país mas sim de-vido ao desmatamento da Amazônia, que gera três vezes mais poluentes que as atividades industriais, comerciais e serviços realizados no território nacio-nal. O Brasil tem um grande potencial energético, e a maior parte vem de fontes renováveis.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), responsável pela regulação do setor elétrico, tem traba-lhado na criação de incentivos para a difusão da ener-gia eólica no Brasil. O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), criado no âmbito do Ministério de Minas e Energia (MME) pela Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, e revisado pela Lei nº 10.762, de 11 de novembro de 2003, visou aumentar a participação da energia elétrica produzida por em-preendimentos concebidos com base em fontes eólica, *VTWSL_V�,}SPJV�(S[V�:LY[qV�0��UH�)HOPH
biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCH) no �������ȱ��·�����ȱ�����������ȱ��������ȱǻ���Ǽǰȱ���£����ǰȱpor meio das fontes alternativas, maior segurança no abastecimento de energia elétrica no Brasil.
O PROINFA não teve continuidade, porém a partir ��ȱŘŖŖşȱȱ�ȱ�������ȱ���������ȱ�ȱ��������ȱ��ȱ����ä��ȱ���ȱde fato alavancou as eólicas.
Panorama no BrasilO uso de energia originada de fontes naturais, além
da capacidade de regeneração das fontes, gera um im-pacto bem menor ao meio ambiente. Esse tipo de ener-gia é uma alternativa viável e uma forte aliada, princi-
negócios da indústria II
Div
ulga
ção
27o mundo da usinagemabril.2014/98
palmente diante das constantes mu-���³��ȱ����¤�����ȱ�ȱ�����¤ę���ȱ���ȱ�ȱplaneta enfrenta. Além das hidrelé-tricas, da energia solar e dos parques eólicos, contamos ainda com outras fontes alternativas, como a biomas-sa que faz uso do bagaço da cana--de-açúcar, a sobra da produção do álcool e o biodiesel feito a partir da ����ǰȱ��ȱ������ȱ�ȱ��ȱ������ȱ������ȱprodutos que crescem no Nordeste.
A produção de energia eólica cresceu 73% em um ano na matriz energética brasileira, sendo que ho-��ȱ���ȱ����������ȱ�����ȱ��ȱŘƖȱ��ȱ��-pacidade de energia elétrica dispo-nível no Brasil.
Tecnologia avançada
A energia eólica é utilizada há milhares de anos para a moagem de grãos, o bombeamento d’água e ou-tras aplicações mecânicas, inclusive ��ȱ������³¨�ǯȱ���ǰȱ �¡�����ȱ�����-res de turbinas eólicas em operação por todo o mundo, para gerar, tam-bém, eletricidade. Para essa aplica-ção, as turbinas são descritas normal-mente como sistema de conversão de energia eólica ou aerogeradores.
Os aerogeradores captam a for-ça dos ventos pelas pás, ou hélices, que são ligadas a uma turbina, que
Localização dos Parques Eólicos
Hidráulica69%
Térmica28%
Eólica2%
Nuclear1%
Solar0%
Potência Instalada - Brasil (MW) 2013
Fonte: ANNEL/ABEEólica
AM
RR
ROAC
MT
MS
GO
TO
MG
CE
PI
MA
ES
SEAL
PEPB
RN
BA
SP
PR
SC
RS
RJ
PA
AP
Contratos: 259,2 MW
Operação: 18 MWConstrução: 105,6 MW
Operação: 588,8 MWConstrução: 612,9 MWContratado: 750,9 MW
Operação: 727,2 MWConstrução: 1211,1 MWContratado: 1014 MW
Operação: 460,0 MWConstrução: 622,8 MWContratado: 344 MW
Operação: 504 MWConstrução: 796,6 MWContratado: 351 MW
Operação: 69 MW
Operação: 28,1 MW
Operação: 2,5 MW
Operação: 236,4 MWTotal:Operação: 2693,2 MWConstrução: 3427 MWContratado: 2719,1 MW
Operação: 24,8 MWConstrução: 79 MW
Operação: 34,5 MW
DF
negócios da indústria II
28 o mundo da usinagem abril.2014/98
gira e aciona um gerador de eletri-cidade. A velocidade dos ventos, a densidade do ar e a dimensão das pás são os fatores que determinam a quantidade de energia transferida da turbina ao gerador.
A estimativa do potencial eólico consiste na determinação da produ-tividade de uma turbina eólica insta-lada em um determinado local a par-tir do uso da série de dados medidos ou do uso dos dados representados em uma forma compacta. Para um mesmo local, a velocidade do vento varia com a altura acima do nível do terreno pelo menos até os níveis de ���������ȱ��¤�����ȱǻŗśŖȱ�Ǽǰȱ��ȱ����ǰȱ�ȱpotência do vento depende da área de captação, sendo que pequenas va-riações do vento podem ocasionar grandes alterações na potência.�������ȱ ��ȱ ø������ȱ �����ȱ ��ȱ
ABEEólica, estima-se que para os pró ximos seis anos o potencial eó-lico do Brasil deva aumentar cer-ca de 300%. O intenso crescimento
do mercado de geração de energia elétrica eólica provém também dos acentuados avanços na tecnologia dos geradores elétricos, cada vez ����ȱ�ę�������ȱ�ȱ���ȱ�����ȱ�����ǯȱ����ȱ��£ȱ����ȱ��������ǰȱ����ȱ�¡��-tem no mercado turbinas eólicas com uma potência nominal de até řǯŖŖŖȱ��ǯȱ��ȱę����ȱ�����ǰȱ�����-bem-se as dimensões das turbinas disponíveis no mercado mundial, comparadas com as de um Airbus A380 – maior avião de passageiros da atualidade. �ȱ������¡�ȱ�à����ȱ����ȱ����¨�ȱ�ǰȱ
na Bahia, é o maior parque gerador de energia eólica da América Lati-na. Possui 184 torres capazes de ge-���ȱŘşŚȱ���� �Ĵ�ȱ��ȱ�������ǰȱ�ȱ���ȱ����������ȱ��ȱ���·�����ȱ��ȱŘşǰŚƖȱna matriz eólica do país. O com-���¡�ȱ ���ȱ ����������ȱ��ȱ �����ȱ��ȱ2012, nos municípios de Caetité, Guanambi e Igaporã, no sudoeste ������ǯȱ�ȱ�������ȱ��������ȱ¥ȱ����-va Energia, empresa especializada
na geração de energia renovável.É possível também construir
instalações de energia eólica �ě���-re (marítima), embora ainda não exista, no Brasil, esse tipo de gera-ção. Há alguns anos, o estado do ����¤ȱ�ę����ȱ���ȱ���������ȱ��ȱ��-rar energia em alto-mar, por estar próximo à linha do Equador, onde existem os ventos alísios, origina-dos pelos deslocamentos das mas-sas de ar frio das zonas de alta (tró-picos) para as zonas de baixa pres-são (Equador). Esse potencial é o mesmo de outros estados brasilei-���ȱ��ȱ�����ȱ�����³¨�ȱ�����¤ę��ǯ
A capacidade dos parques eóli-cos marítimos é, teoricamente, ili-mitada, pela menor turbulência, devida à ausência de barreiras, e à grande disponibilidade de grandes áreas ainda não exploradas. Assim, pela ausência de relevo acidentado, as turbinas não necessitam de altu-ras tão grandes quanto as terrestres. Em contrapartida, essa tecnologia
Fonte Atlas Eólico da Bahia, 2013Dimensões tipicas das turbinas eólicas disponíveis no mercado atual, comparadas às da aeronave Airbus A380.
1500-2000 KWDiâmetro rotor: 30-100m
2000-2500 KWDiâmetro rotor: 100-115m
2500-3000 KWDiâmetro rotor: 115-130m
>3000 KWDiâmetro rotor: >130m
29o mundo da usinagemabril.2014/98
Principais Parques Eólicos no BrasilComplexo Eólico Alto Sertão I: localizado no semiárido baiano, é o maior parque gerador de energia eólica do Brasil e também da América Latina. As 184 torres geram 294 MW de energia (cerca de 30% de toda a energia eólica no Brasil). Inaugurado em junho de 2012, o complexo pertence à empresa Renova Energia e teve investimento de 1,2 bilhão de reais.
Parque Eólico de Osório: instalado no município gaúcho de Osório, é o segundo maior centro de geração de energia eólica no Brasil, com capacidade instalada de 150 MW em 2011.
Usina de Energia Eólica de Praia Formosa: instalada na cidade de Camocim (Ceará). Possui a capacidade instalada de 104 MW.
Parque Eólico Alegria: instalado na cidade de Guamaré (Rio Grande do Norte). Possui a capacidade instalada de 51 MW.
Parque Eólico do Rio de Fogo: instalado na cidade de Rio do Fogo (Rio Grande do Norte). Possui capacidade instalada de 41 MW.
Parque Eólico Eco Energy: instalado na cidade de Beberibe (Ceará). Possui capacidade instalada de 25 MW.
Div
ulga
ção
tem custos de instalação e manu-tenção bem mais elevados, por sua �����ȱ��ę�����³¨�ȱ������à����ǯȱ��ȱ ����ǰȱ ·ȱ �������ȱ �ȱ ���������ȱ
do nosso país para a geração eólica �ě�����, mas essa é uma realidade ain-da distante, pois se trata de um siste-ma oneroso, se comparado às instala-ções onshore (em terra). Os países que procuram essa geração são aqueles de pequena extensão territorial e/ou que não possuem espaço disponível, o que não é o caso do Brasil.
Desafios e oportunidades���ǰȱ��ȱ���ȱ����������ȱ������-
mas do setor está no fator impres-cindível da distribuição. No Nor-deste brasileiro, região que con-centra as condições ideais para a ����³¨�ȱ��ȱ�������ȱ�à����ǰȱŘŜȱ�����-tos estão concluídos para a produ-ção de energia, mas, para que ela chegue aos consumidores, depen-de-se das redes de transmissão, que não são de responsabilidade das geradoras que mantêm os par-����ȱ�à�����ǯȱ�����ȱ�����ǰȱ�����ȱcom a falta de linhas de transmis-são, os parques geradores, entre-gues no prazo acordado, recebem do governo federal o devido paga-mento contratual, mesmo sem ge-rar energia.
Praia Mansa, em Fortaleza, tem o parque eólico mais
antigo do Ceará
negócios da indústria II
30 o mundo da usinagem abril.2014/98
rísticas naturais do território brasilei-ro, as fontes de energia mais atrativas, com maior potencial de crescimento e possibilidades de viabilidade econô-mica, são a solar, a biomassa e a eóli-ca. A produção de energia renovável �¤ȱ���ȱ�����ȱ����ȱ���ȱ������ȱ�������ǰȱmas, diante do positivo avanço tecno-lógico contra a degradação ambiental e o consumo desordenado, tor na-se imprescindível a discussão da amplia-ção desse mercado, que oferece pers-pectiva de grandes oportunidades.
A necessidade de construção das linhas de transmissão sincroni-zada com a construção do parque é parte do debate do setor.
Impactos ambientais �������ǰȱ �¤ȱ ����·�ȱ ����ę��ȱ
ambientais e territoriais que a ener-gia eólica enfrenta. Por exemplo, os impactos sobre a fauna quanto à lo-calização dos parques em regiões de migrações das aves, pois as pás das turbinas em movimento provocam grande mortandade, por serem in-visíveis aos animais. É necessário, portanto, uma imensa atenção com a colocação das torres no parque, de modo a evitar colisão das aves. Is-so é possível porque a altura do voo das aves é bastante constante e per-feitamente conhecida dos ornitólo-gos, biólogos que as estudam.ȱ �¤ȱ �ȱ �������ȱ ������ȱ ·ȱ ��������ǰȱ
variando segundo as percepções. �����ǰȱ �������ǰȱ ���ȱ �������ȱ ��ȱconsideração as sombras e/ou re-Ě�¡��ȱ �à����ȱ ���ȱ ��ȱ ������ȱ ���-��£��ǰȱ �������¤����ȱ ���ȱ ¤����ȱ ��-sidenciais. Além disso, devido ao �����ę������ȱ��Ç��ǰȱ�������ȱ������-palmente pelas turbinas de grande porte, foram regulamentadas nor-mas para instalação nas proximi-dades de áreas residenciais, embo-ra os avanços tecnológicos tenham �¤ȱ����£���ȱ����ȱ��Ç��ȱ���ȱ������-mentos mais modernos.
Em contrapartida, a paisagem dos parques eólicos pode atrair tu-
ristas e, consequentemente, a gera-ção de emprego e renda.
Considerações finais
Com os leilões realizados no últi-mo ano para a contratação de energia alternativa, a eólica superou a meta de 2 GW, com 4,7 GW de potência con-tratada, sendo 2013 considerado um ano recorde. “Foi um ano em que a eólica cresceu muito em contratação. ���ǰȱ·ȱ�ȱ�����ȱ���ȱ�ȱ����ȱ�ȱ��Ç�ȱ����ȱpode contar”, comemora Elbia Me lo, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). Nes-se contexto, de acordo com as caracte-
Atlas do Potencial Eólico Brasileiro
Eng. Rogério Vinícius LelisServiços ao cliente,
Sandvik Coromant do BrasilPós-graduando em Energias Renováveis,
PECE/Escola Politécnica - USP
Fonte: ANEEL
31o mundo da usinagemabril.2014/98
Fernando SaccoJornalista
conhecendo um pouco mais
A (r)evolução
das máquinasDa Mesopotâmia à Revolução Industrial, a história das máquinas operatrizes é mais antiga do que parece
Mecanizar processos manuais sempre foi um dese-��ȱ��ȱ������ȱ�����ȱ���ȱ����������ȱ��ȱ �����ȱ���ȱ�·��-���ǰȱ��ȱ�����ȱ���ȱ����ȱ�����ȱ������Ç���ȱ������ȱ�ȱ�����ȱsem a presença das máquinas operatrizes.
Mas, apesar de ser um ícone da nossa era, sua origem remonta às primeiras civilizações. Povos da Mesopotâ-���ȱ�¤ȱ�����£����ȱ������ȱ������������ȱ����ȱ�������³¨�ȱ��ȱ�à����ȱ�ȱ�������ȱ����������ǯȱ�ȱ��������ȱ������������ǰȱ��ȱ�����¤���ȱ��ȱ����ǰȱ�����ȱ���ȱ�ȱ�������ǯȱ���ȱ�ȱ������ȱ��ȱtempo, o metal foi ganhando cada vez mais importância e novas técnicas e ferramentas foram surgindo.
O primeiro mecanismo considerado uma máquina--ferramenta data do século XVI: uma mandriladora de canhões de bronze movida à água. O eixo giratório do equipamento era feito de madeira, a partir de troncos de árvore, daí o nome eixo-árvore. Todavia, máquinas capazes de moldar metais pesados só começaram a sur-gir dois séculos depois, com a Revolução Industrial. ��ȱŗŝŜśǰȱ�ȱ�����¤����ȱ�ȱ����������ȱ�����¹�ȱ�����ȱ
��Ĵȱ �����ȱ��ȱ �������ȱ �ȱ �����ȱ ����£ȱ��ȱ����������ȱmáquinas utilizando o mecanismo de um pistão para �����ȱ��ȱ��¡�ȱ��ȱ��������ǯȱȱ�ȱ�����ȱ��ȱ��Ĵȱ�����ȱ����-nho para a invenção das primeiras máquinas operatri-zes modernas. No caso do torno mecânico, as primeiras referências de sua criação remetem à “máquina de bro-���Ȅǰȱ������ȱ����ȱ��������ȱ����¹�ȱ����ȱ���������ȱ��ȱŗŝŝśǯȱTratava-se de uma máquina que, apesar de sua simplici-dade, fazia furos de qualidade superior em metal.
��ȱ�����ȱ�����³ä��ȱ��������ȱ����ȱę���ȱ�ǰȱ��ȱŗŞřŖǰȱas principais máquinas operatrizes conhecidas (torno ���¦����ǰȱ������ȱ���¦����ǰȱ ���Çę��ȱ��ȱ ������ǰȱ�������-���£ǰȱ�������ǰȱ�����ȱ��·�����ȱ�ȱ������ȱ��ȱ������Ǽȱ�¤ȱ����ȱutilizadas em larga escala. Elas possibilitaram um enor-��ȱ����������ȱ��ȱ�������������ȱ�ȱ����£����ȱ�����ę��-tivamente os custos dos produtos, mudando drastica-mente a dinâmica da economia e da sociedade.���ȱ�ȱ�����³¨�ȱ���ȱ�¤������ȱ�¨�ȱę���ȱ��������ȱ¥ȱ��-
����³¨�ȱ����������ȱ�ȱ��ȱ��Ç���ȱ��ȱ�·����ȱ��ȱ�¤ȱ�����ȱ������ȱ���������ȱ���ȱ�������ȱǻŗşŖŜǼȱ�ȱ�������ȱ��·������ȱǻŗşŘśǼǯȱNas décadas seguintes uma nova revolução iria surgir com o advento da eletrônica. Essa é uma outra história que contaremos em breve e que vale a pena conhecer.
Esquema da máquina a vapor de Watts
Uni
vers
idad
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Hou
ston
- E
UA
Sandvik Coromant Academy: compartilhando conhecimento
Há mais de 150 anos, Göran Gö-�������ȱ�������ȱ�ȱ�������ǰȱ������ȱpela primeira vez o método Besse-mer para produzir aço em escala ����������ǯȱ�����ȱ���¨�ǰȱ�ȱ�����³¨�ȱdas soluções para a indústria metal-mecânica, o relacionamento próxi-mo ao cliente, as grandes conquis-tas tecnológicas, sempre tiveram, na empresa, um ponto de partida e de apoio. Outro grande diferencial
A partir de uma aciaria em Sandviken, na Suécia, construiu-se uma tradicional fábrica de conhecimento.
que tem acompanhado a cultura da empresa é o compartilhamento ������ȱ��ȱ������������ǯȱ��ȱ����ǰȱ�ȱempresa acredita que compartilhar conhecimento a fortalece, por obri-gá-la a estar cada vez mais bem pre-parada.
As fronteiras deixaram de ser uma barreira e a sinergia entre as es-pecialidades são compartilhadas en-tre instrutores, pesquisadores e espe-cialistas de cada área no mundo to-do. ��ȱ������ǰȱ�¤ȱ�¨�ȱ����ȱ��ȱśŖȱ����ȱde dedicação à preparação de pro-ę��������ȱ ����ȱ �������ȱ��ȱ�������ȱ�ę��£ȱ��ȱ���������ȱ��ȱ��������ȱ��ȱmercado, que está cada dia mais di-nâmico e complexo. Nesta linha, o treinamento da equipe e dos clientes vai muito além das técnicas de apli-cação de ferramentas e economia de custos, exigências básicas nos dias ��ȱ����ǯȱ��ȱ���������ȱ���ȱ������ȱ�¨�ȱsólidas, com professores doutores da área de usinagem de renomadas universidades. Com isso, por mais de uma década, vem sendo unida a experiência de campo dos especialis-tas Coromant ao conhecimento aca-�¹����ǯȱ��������ȱ��������ǯA
B S
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ant
educação e tecnologia II
abril.2014/98o mundo da usinagem32
Com a evolução da estrutura glo-bal nessa área, a adoção, em 2006, do termo Academia, marcava com clare-za a seriedade do empenho na capa-citação técnica dos usuários das fer-ramentas Coromant.
A Academia é o conceito bimile-nar, que herdamos dos gregos clás-�����ǰȱ����ȱ��ę���ȱ�ȱ����³�ȱ��ȱ�����-dizado onde a discussão e o diálogo estão na base da gestão de novos co-nhecimentos.�ȱ �������ȱ ��������ȱ ������¢ȱ
·ǰȱ �����ǰȱ�ȱ �������ȱ��ȱ�������ȱ��-romant para oferecer o Treinamen-to Certo, para as Pessoas Certas, no Tempo Certo e no Local Certo.
O Treinamento Certo é uma com binação de treinamento técnico com treinamento para negócios. A �������ȱ��������ȱ������¢ȱ�����ȱa desenvolver a competência téc-nica dos colaboradores, clientes e parceiros da Coromant, garantin-��ȱ���ȱ����ȱ �������ȱ ���������£����ȱcom a maximização da produtivi-dade e valor agregados aos produ-tos e serviços disponibilizados pela Coromant.
As Pessoas Certas incluem to-dos os colaboradores, todos os clien-tes e parceiros da Coromant, bem como estudantes de cursos técnicos e de universidades.
O Tempo Certo inclui estar atua lizados com a tecnologia, com as oportunidades de mercado e com as necessidades das pessoas. A �������ȱ��������ȱ �������£ȱ�����-res de novos produtos a cada ano e esforça-se para ter certeza de que seus colaboradores e clientes estão
cientes das vantagens agregadas à nova tecnologia e à produtividade que esses produtos oferecem. Nos últimos anos, por exemplo, viu-se o crescimento do setor de energia eó-lica e de novos materiais compósi-���ǯȱ�ȱ�������ȱ��ȱ��ȱ����ȱ������¢ȱtem se adaptado rapidamente a es-sas mudanças, providenciando ma-terial de treinamento e cursos que
Equipe de treinamento do Centro de Produtividade
em Santo Amaro-SP.Da esquerda para a
direita: Rodrigo Andrade, Thayna Cunha, Aldeci
Santos e Plínio Pires
Arq
uivo
San
dvik
Cor
oman
t do
Bra
sil
a Sandvik Coromant Academy também oferece cursos sobre negócios, que ajudam H�JVUZ[Y\PY�H�JVUÄHUsH�de nossas equipes de maneira que podemos melhor entender HZ�L_WLJ[H[P]HZ�KL�nossos clientes
John Jacobsen
“
“
abril.2014/98 o mundo da usinagem 33
Centro de Produtividade Sandvik CoromantSanto Amaro-SP
auxiliam clientes e colaboradores a aprenderem como acompanhar es-sas novas oportunidades, não im-�����ȱ��ȱ���ȱ���¤���ȱ�������ȱ��ȱ��-as carreiras.
O Lugar Certo �����ę��ȱ ���ȱos treinamentos estão disponíveis quando as pessoas precisam apren-der o que precisam aprender, ou quando querem aprender o que querem aprender, tanto nos Cen-tros de Produtividade como nas plantas dos clientes e nas escolas, colocando os alunos mais próximos da realidade da indústria.
Na prática���ȱ�¡����ȱ���������ȱ������ȱ���-
tada para atender essa demanda de formação em que o aperfeiçoamen-to técnico é fruto da interação, com 27 Centros de Produtividade Co-romant ao redor do mundo, com a missão de tratar o conhecimento téc-nico de tal maneira que clientes e
��ȱ�����ȱ����ȱ��ȱ�����ȱ�����Ȭ��ǰȱentre alunos, professores e clientes. No âmbito de treinamento geral, incluindo a atuação também da re-de de distribuidores autorizados, o
número médio de pessoas treinadas
por ano chega a 7.000.
Atividades nas regiões onde es-�¨�ȱ ��ȱ ��������ȱ��������ȱ �ȱ �����ȱ �ȱentidades, com participação da em-presa nas semanas de tecnologia, da indústria, engenharia e demais eventos do setor, em escolas técni-cas e faculdades, são mais uma por-ta aberta para troca de experências e conhecimento. Cursos e palestras técnicas são oferecidos de maneira presencial ou virtual, via Internet. Eles não estão direcionados apenas a empresas, mas a qualquer entida-de, que de uma maneira ou de outra ������ȱ�����������ȱ��ȱ����ǯ�ȱ �������ȱ��������ȱ������¢ǰȱ
além de contemplar as necessidades ��ȱ�������£���ȱ���ȱ���ę��������ȱ��ȱmercado e do próprio pessoal inter-no, tem atuado também como uma ferramenta de apoio à área acadêmi-ca. Os materiais de treinamento são disponibilizados aos professores e alunos, como referência adequada para as aulas: apresentações em ppt, vídeos de usinagem, materiais para produção de impressos como pôs-teres didáticos e apostilas. Esse ma-
Arq
uivo
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dvik
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t do
Bra
sil
parceiros da Coromant possam ter a oportunidade de extrair os melhores resultados de seus processos de usi-nagem, com a máxima redução de seus custos e consequente criação de sua própria cultura técnica.
A estrutura de cada Centro de Produtividade oferece demonstra-ções práticas, testes de ferramentas em determinados processos, como a geração de engrenagem em má-quinas multitarefas, a busca de so-��³ä��ȱ����ȱ���������ȱ���ȱ�����ȱ��-cessários aos clientes, testes de no-vas ferramentas, estratégias de cor-te, entre outros.
No Brasil, o Centro de Produti-vidade conta com uma área cons-truída de 400m2, com máquinas de última geração e sala de aula para 35 pessoas. Além disso, outras salas na planta podem receber grupos de até 100 pessoas.
Essa estrutura tem recebido cerca de 2.000 visitantes por ano à planta de fabricação de pastilhas
educação e tecnologia II
abril.2014/98o mundo da usinagem34
E-learning - conhecimento sem fronteirasA mobilidade também é um fator que tem uma grande
LQÁXrQFLD�QR�PRPHQWR�WHFQROyJLFR�DWXDO��SRLV�KRMH�SRGH-mos aprender na palma da mão.
A Sandvik Coromant Academy lançou recentemente no mercado o que pode ser considerado um grande apoio para quem tem interesse em aperfeiçoar-se na área de SURFHVVRV�GH�XVLQDJHP��R�SURJUDPD�FRPSOHWR�GH�FXUVRV�via Internet (EAD), muito didático e totalmente gratuito.
Trata-se do pacote de cursos on-line para o mercado mundial.
Cursos que serão de grande utilidade para os mais ex-SHULHQWHV��SDUD�RV�QRYRV�SURÀVVLRQDLV�GD�iUHD�WpFQLFD�H�das engenharias, para professores, alunos e todos que de alguma maneira interagem dentro dessa área. O treinamento e-learning da Sandvik Coromant Academy p�FRPSRVWR�SRU��
:: Guia técnico completo com 360 páginas de teoria
:: 9 capítulos
:: 75 cursos
:: 18 introduções e resumos com vídeos
:: 50 questões para comprovação de aproveitamento
:: &HUWLÀFDGR�TXH�SRGH�VHU�LPSUHVVR�DR�ÀQDO�GD� conclusão de todo o programa.
Para isso basta acessar o site www.sandvik.coromant.com/br
John JacobsenGerente sênior Sandvik Coromant
Academy, Área de Mercado Américas Aldeci Santos
Supervisor de treinamento técnico e do Centro de Produtividade
Sandvik Coromant do Brasil
terial, usado como ponto de partida didático, sugere e encadeia a busca por maior aperfeiçoamento.�����ȱ�����������ȱ���ę����ȱ�ȱ��-
�������ȱ�ȱ�ȱ��������³¨�ȱ���ȱ�ȱ����-vik Coromant tem em compartilhar seu conhecimento com o mercado, sob a luz da ética de que seu conheci-mento, compartilhado, é o caminho para garantir que as empresas bra-
sileiras tenham a produtividade e a competitividade ideal para se man-ter à frente no cenário mundial.
O que norteia a Sandvik Coro-
mant Academy é a certeza que a me-
lhor maneira de crescimento mútuo
é compartilhando conhecimento.
���ę��ȱ�ȱ���ȱ�ȱ�������ȱ��������ȱ������¢ȱ��������ȱ����ȱ���¹ȱ��ȱ����DZȱ ǯ�������Ĵ������ �����ǯ���
AB
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abril.2014/98 o mundo da usinagem 35
Comunicação fez a di ferença desde os primórdios na nossa es-pécie, quem se comunicou me-lhor, evoluiu e sobreviveu. O sé-culo XX viu as mais aceleradas mudanças em termos de comu-nicações na história da huma-������ǯȱ ��ȱ ����ǰȱ ���ȱ ���ȱ ����-tumamos a um novo sistema, a ��ȱ����ȱ ��������ǰȱ �ȱ ���ȱ �¤ȱ ���¤ȱ������ȱ����ȱ����ȱ����ȱ�ę����-��ǰȱ ����ȱ ��������ǯȱ ��ȱ �������ȱgeral, a sociedade vem acompa-nhando a mudança, com enorme aceleração do ritmo de decisões e
concretizações.Nesse quadro, o inglês tornou-se a lín-
gua das comunicações e a globalização das empresas, com deslocamentos de funcio-�¤����ȱ��ȱ�����ȱ��ȱ�����ǰȱ������ȱ�����ȱmais a fazer dela a maior ferramenta de trabalho do mundo atual. Cursos de inglês proliferam em cidades grandes e peque-nas, até mesmo para crianças que ainda não falam a língua-mãe. O inglês é exigi-do em seleções para colocações até mesmo modestas e empresas globais anunciam �����ȱ�¤ȱ�����������ȱ��ȱ����¹�ǯ�ȱ���Ç���ȱ��ȱ �Ç����ȱ����ȱ���������ȱ ·ȱ
um ponto positivo no desenrolar das ativi-dades, enorme facilitador para leitura de catálogos, normas técnicas, procedimen-���ǯȱ���ȱ �����ȱ������³�ǰȱ �������ǰȱ�¨�ȱ��-ve obscurecer a importância do aprendi-zado de outras línguas, sobretudo aquelas de nossa própria raiz cultural, chamadas neolatinas: o espanhol, o italiano e o fran-cês. Pois para além do inglês técnico, a co-
A responsabilidade
da comunicação
Marcos SotoGerente técnico de Ferramentas Rotativas
Sandvik Coromant do Brasil
Viv
ian
Cam
argo
municação entre as pessoas, no ambiente de trabalho global, tem importância indis-cutível. Por outro lado sem querer exigir demais para uma área técnica como a me-talmecânica, o alemão faria toda a diferen-ça, tendo em vista que as normas técnicas mais usadas estão nesse idioma.
A vivência da cultura do país onde se trabalhará provisoriamente é um dos enormes benefícios pessoais no atual sis-tema econômico. Limitar-se a falar inglês no ambiente de trabalho e depois sair pe-las ruas da Espanha, sem falar o idioma, é �����������ȱ �ȱ ����ȱ �ȱ����£�ȱ��ȱ ��ȱ ��������ȱoutra cultura e de compreender os nacio-nais do país hospedeiro. Também devem ser levados em conta, ao decidir-se por aprender o castelhano, os negócios e os países que nos cercam. Podemos até achar graça do “portunhol”, mas se pararmos para pensar, veremos que o esforço reque-����ȱ����ȱ���ȱ���������ȱĚ������ȱ��ȱ�����ȱlíngua tão parecida com a nossa, não é as-sim tão grande.
Embora existam uma economia de ca-racterísticas globais, empresas globais e produtos globais, não existe um homem global. Apenas a capacidade de comuni-car-se claramente enfatiza o que existe de bom e suaviza possíveis desentendimen-tos. Falar outros idiomas abre portas, en-curta caminhos, além de dar muito prazer de entender e ser entendido.
A responsabilidade de sermos compre-endidos é enorme e, claro, toda nossa.
A responsabilidade de sermos compreendidos é enorme e, claro, toda nossa.
“ “
abril.2014/98o mundo da usinagem
nossa parcela de responsabilidade
36
A responsabilidade
da comunicação
38 o mundo da usinagem abril.2014/98
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nesta edição
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Movimento - CursosDurante todo o ano, a Sandvik Coromant oferece cursos específicos para os profissionais do mundo da usinagem.
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