Não era apenas uma
piada
25 maneiras de encorajar mulheres para
comunidade
XXXVII PUG-PE | Março 2015 - CESAR.EDU
Lidiane Monteiro
PyLadies Recife Blog Voz em Rede Técnica Informática/ETEPAM Women Who Code Recife Blog InspirAda na Computação Caloura LC/UFRPE
- Essa palestra não pretender ser algo como os 10 mandamentos ou semelhante.
- Para entender as palavras que se seguem é preciso considerar que a abordagem se
dá através do contexto em que as mulheres estão inseridas socialmente e profissionalmente.
- Do contrário a compreensão será machista sobre o tema.
Palestra motivada por fatos reais vivenciados por mim e outros fatores do dia a dia das
mulheres na computação e áreas de exatas.
Atenção:
PS.: Um post será criado no meu blog com o resumo desta palestra e lista de 25 pontos.
Será um material complementar a esses slides.
“Entendo os velhos de
Higienópolis temerem o metrô.
A última vez que eles chegaram
perto de um vagão foram parar
em Auschwitz.”
“Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia... Tá reclamando do
quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade.
Homem que fez isso não merece cadeia, merece um abraço.”
“As piadas não são isentas e
carregam consigo os discursos dos
preconceitos (machismo, racismo,
homofobia, etc). Como se a
humilhação diária e a recusa a
cidadania já não fossem
suficientes.”
Até quando utilizarão o humor como
desculpa para serem machistas,
homofóbicxs e preconceituosxs?
Quais valores técnico e humano
agregam às linguagens de
programação e comunidade?
O riso dos outros!
Se você faz piadas que confirmam os lugares-
comuns dessa cultura machista, que objetificam
a mulher, que estigmatizam seu comportamento
sexual, então você possibilita e reforça essa
cultura assassina.
“Você acaba falando assim: o mundo é desigual e
eu estou rindo disso.” (Antonio Prata)
OBS.: Desconsiderar os erros de grafia dos comentários.
Elas estão adaptadas a escrita informal da internet.
OBS.: Desconsiderar os erros de grafia dos comentários.
Elas estão adaptadas a escrita informal da internet.
Não contem ‘piadas’ sexistas!
O tipo de humor que consumimos acabará sendo, inevitavelmente, reproduzindo em nossa vida
cotidiana, nas mesas de bar, em nosso local de trabalho, em casa e nas redes sociais.
“Eu preciso aprender que para eu deixar de ser machista tenho que reconhecer que
sou sem perceber. Afinal, não sou eu quem sente na pele.” (Patrick Mazulo)
Proteste contra ‘piadas’ sexistas!
As pessoas tentam naturalizar a mulher ser inferior ao homem. Não é da natureza, isso é da cultura. A
cultura muda no tempo e no espaço, esse tipo de mentalidade pode mudar também.
É curioso quando evocam a liberdade de expressão, como se a liberdade de expressão fosse também
ilimitada. As liberdades elas tem limites. A minha liberdade se encerra no direito do outro, no
reconhecimento do outro. Por isso eu não sou livre para matar.
Não se queixe da falta de mulheres
na computação
É patético falar sobre a falta de mulheres na computação do ponto de vista de um homem, que acusa a sua vida
amorosa ou ambiente profissional sem brilho por causa da falta de mulheres na computação.
Trate recém chegadas
educadamente!
Tratar como qualquer outra pessoa que você gostaria de ter como parte da
comunidade. Não é agradável nos lembrar que ainda somos algo raro ou estranho.
Começar a fingir que as mulheres são uma parte normal da comunidade ajudará você
a percorrer o caminho para tornar isso uma realidade.
Referências
- https://wiki.python.org/moin/DiversityInPython
- http://www.cartacapital.com.br/blogs/escritorio-feminista/o-verdadeiro-
humor-da-um-soco-no-figado-de-quem-oprime-7998.html
- http://averdade.org.br/2014/01/tem-graca-rir-opressor-nao-oprimido/
- https://umhistoriador.wordpress.com/2012/12/27/o-riso-dos-outros/