Editorial .............................................................................................................................................................................3
Palavras de Esperança
...........................................................................................5
Especial
......................................................................................................................................................................6
.............................................................................................................................................7
.............................................................................................................................................................................8
Fazendo memória
Aconteceu virou notícia
...............................................................13
................................................................................................................14
.........................................................................................................................................................15
Serviço de Animação Vocacional
...................................................16
Formação em foco
Aspirantado..................................................................................................................................................................18
Postulado.......................................................................................................................................................................19
Juniorato .......................................................................................................................................................................20
Experiência Partilhada
24
Carisma emação
...............................................................................................26
Fique por dentro
Comunicados ..............................................................................................................................................................27
i
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Editorial .............................................................................................................................................................................3
Palavras de Esperança..................................................................................................................................................4
Especial
Decágolo da Serenidade de João XXIII...................................................................................................................6
Agradecimento
Obrigado!............................................................................................................................................................................7
Nossos corações experiênciam a grandeza do amor de Deus.....................................................................8
Fazendo memória
Eucaristia, fonte e centro de toda a vida cristã...................................................................................................8
Nascer do alto”................................................................................................................................................................10
Aconteceu virou notícia
200 anos do nascimento de Maria Schiapparoli em Tanzânia...................................................................12
Bicentenário de Madre Maria Schiapparoli – Nordeste.................................................................................13
Serviço de Animação Vocacional
Despertar vocacional....................................................................................................................................................15
Despertar vocacional em Santo André...................................................................................................................17
36ª Assembleia da Pastoral Vocacional................................................................................................................18
Ide e anunciai....................................................................................................................................................................19
Formação em foco
Juniorato
Reflexão sobre a sabedoria de Deus no cultivo de cada dia ........................................................................21
Afetividade, sexualidade e virgindade...................................................................................................................23
Comunidade, onde somos parte de um todo......................................................................................................26
Formação Permanente
Encontro da Formação Permanente......................................................................................................................30
Experiência Partilhada
Irmã de verdade..............................................................................................................................................................32
Fique por dentro
Comunicados ...................................................................................................................................................................34
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stamos no mês de julho, mês das férias
escolares, mês em que o Brasil se
reveste com as cores de sua bandeira
para torcer por sua pátria na Copa do Mundo de
futebol; não somente torce, mas também recebe
pessoas de vários países do mundo que também
desejam apoiar sua pátria, representada pelos vários
jogadores.
Mas a alegria maior neste mês se dá pela celebração de nosso Pai e Protetor São Bento. Ele que
soube ouvir os clamores de Deus e se refugiou numa gruta em silêncio, em oração; que após essa
grande experiência decidiu-se pela vida cenobítica. Um homem de Deus, que se
apoiou nas Sagradas Escrituras para escrever sua Regra de vida e que a vivenciou
tornando-se Cristocêntrico. Que nós possamos nos encorajar por este grande
testemunho para aumentar a qualidade de nossa vida e de nossas relações com
Deus e com o próximo, como fizeram nossas Fundadores e Servas de Deus,
Maria e Giustina Schiapparoli.
Nossas Fundadoras não somente tiveram como modelo, Pai e Protetor São
Bento, mas se sentiram impulsionadas à Confiança na Paternidade Providente que as guiou e hoje nos
guia em nossas ações. É essa Providência que age como seiva em nossas vidas e torna nossos corações
sensíveis e encorajados a realizar a vontade do Pai; que nos mantém vivas, unidas e desejosas de
continuar nossa missão de acolher, assistir e educar, a infância e a juventude.
É imbuídas por essa força e graça provindas de Deus que nossas comunidades partilharam um
pouco das experiências vivenciadas nesses três meses de caminhada. São expressões de gratidão, de
reconhecimento e de luta para alcançar o objetivo almejado.
E como não poderia faltar nesse ano em que celebramos o bicentenário de Madre Maria
Schiapparoli, as comunidades de Homa Bay e Tanzânia partilharam a celebração de sua festa. Que a
celebração de seu nascimento revigore a vida de nossa Família Religiosa e nos conceda um novo vigor
missionário.
Equipe do Informando.
E
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“Sei em quem coloquei a minha confiança.”
Queridas Irmãs, Formandas e oblatos,
O amor de Deus é CRIATIVO E CUIDADOSO para com todos os seus filhos e filhas.Desejo destacar
sua ação providente em nossas vidas de forma zelosa, com alegria e gratidão através de ícones de nossa
espiritualidade congregacional e popular ao longo dosmeses de Abril, Maio e Junho.
Abril: Madre Maria Schiapparoli
Dela conhecemos está única frase: “La fiducia che posta avevo nella Divina Provvidenza non fu
vana.” Mulher forte, simples e humilde. Possuidora de um coração generoso e dedicada no acolher,
assistir e educar as meninas pobres e abandonadas do seu tempo, colocadas sobre sua
responsabilidade.
Orante, confiante e abandonada na Divina Providência, fazia o bem por onde passava, sendo
reconhecida como a “Santa Sombra”.
No dia 12 de Abril p.p, em Nova Veneza/SC, demos
início ao Ano Jubilar dos 200 anos de nascimento de
Madre Maria Schiapparoli, “A pequena e humilde
servidora de todos.” Aqueles que participaram da
celebração Eucarística, da peregrinação e das festividades
em Nova Veneza/SC, voltaram entusiasmados e
agradecidos pela belíssima celebração e pelo testemunho
de amor e doação de nossa Madre Maria, tão bem ilustrado
por nossas co-irmãs. Em tudo Deus seja louvado por sua fidelidade e bondade.
Maio:Nossa Senhora
Papa Francisco em sua Exortação Apostólica: A alegria do Evangelho nos recorda que: “Maria é a
mãe da evangelização. Ela é a mãe da Igreja evangelizadora e, sem ela, não podemos compreender
cabalmente o espírito da nova evangelização. (cf. EG 284).”
Palavras de Esperança
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Maria é aquela que sabe transformar um curral de animais na casa de Jesus, com uns
pobres paninhos e uma montanha de ternura. Ela é a serva humilde do Pai, que transborda de alegria no
louvor. É a amiga sempre solícita para que não falte o vinho na nossa vida. (cf. EG 286.)
Há ternura em nossa vida? Humildade e alegria? De que vinho necessitamos?
Não percamos de vista esse modelo de doação e serviço, de entrega total a Deus. Maria é nossa
companheira rumo ao seu Filho Jesus.
Junho:Sagrado Coração de Jesus
“Vinde a mim, todos vós que estais cansados e eu vos aliviarei. Aprendei de mim que sou
manso e humilde de coração.”
É do Coração de Jesus que jorra uma fonte inesgotável de amor infinito por toda a humanidade.
Temos onde recorrer em todos os momentos. Deixemos ecoar em nosso coração seu convite
insistente: VINDE A MIM!
O Senhor nos espera em todos os momentos e situações. Ele é paciente,
zeloso, amoroso. No tempo certo, sabe nos acolher, nos consolar, nos animar. Não
estamos sozinhos. Não há motivo de desespero.
O Senhor é nossa esperança, nossa consolação. Com fé, recitemos: “Sagrado
Coração de Jesus, tenho confiança em Vós!”
A todos, as minhas preces e o meu abraço de paz;
Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto
Superiora provincial
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o dia 27 de Abril de 2014 foram canonizados dois grandes homens que muito
contribuíram para a história de nossa Igreja, os papas João XXIII e João Paulo II. Eles nos
deixaram um testemunho de amor, doação e fidelidade. São João XXIII escreveu o
Decálogo da serenidade que nos ajuda na busca para sermos pessoas melhores, uma busca que não se
dá nas grandes coisas, mas sim nas pequenas atitudes, nos detalhes do cotidiano da vida que nos
transformam.
1- Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este meu dia, sem querer resolver o problema da minha vida, todo de uma vez. 2- Só por hoje terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: delicado nas minhas maneiras; não criticar ninguém, não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém, senão a mim. 3- Só por hoje me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz não só no outro mundo, mas também neste. 4- Só por hoje me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias se adaptem todas aos meus desejos. 5- Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me que assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida da minha alma. 6- Só por hoje praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém. 7- Só por hoje farei uma coisa de que não gosto e se for ofendido nos meus sentimentos procurarei que ninguém o saiba. 8- Só por hoje me farei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas em todo o caso, vou fazê-lo. E me guardarei bem de duas calamidades: a pressa e a indecisão. 9- Só por hoje ficarei bem firme na fé, de que a Divina Providência se ocupa comigo, mesmo se existisse somente eu no mundo, ainda que as circunstâncias manifestem o contrário. 10-Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de gozar do que é belo e não terei medo de crer na bondade.
Durante doze horas de um dia posso fazer bem o que me desanimaria se pensasse que teria que fazê-lo durante toda a minha vida. Colaboração: Irmã Beatriz Dias da Silva
N
Especial
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m primeiro lugar, agradeço ao Pai Providente pela recuperação da saúde.Ficar com os
dois braços engessados, por quase dois meses, não foi nada agradável, porém, senti a
presença do Pai Providente a cada momento. Aos poucos, estou retornando as
atividades, agora, na comunidade do Lar Madre Benedita.
Agradeço de modo especial, à Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto
que, ao saber do acontecimento, prontamente providenciou a
minha vinda a Vinhedo, para que pudesse receber um tratamento
mais adequado. À Irmã Joceli Ferreira Mendes, pela generosa
acolhida e prontidão em me receber na Comunidade Água Viva de
Vinhedo e, sobretudo, por ter me acompanhado durante todo o
tratamento realizado a meu favor. Às demais Irmãs da Comunidade
Água Viva, por tudo o que fizeram por mim e pelo acolhimento recebido, obrigada!
A você, Irmã, que me visitou ou telefonou para saber como eu estava passando, meus
agradecimentos. Não poderia deixar de mencionar o cuidado dos médicos, enfermeiros (as) e
fisioterapeutas que muito contribuíram para a minha recuperação. A todos, enfim, um Deus lhe pague.
Irmã Iva Dezan
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Agradecimentos
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tempo quaresmal nos convidou a penetrar no coração de um Deus apaixonado pelos seus filhos e filhas, capaz de doar o seu próprio Filho, para que, através d’Ele, pudéssemos participar da filiação divina.
Somos imensamente agradecidas, pois, só é capaz de doar a vida, aquele (a) que ama com um amor indiviso, amor pleno.
Amor, mortificação, doação e serviço: só quem ama é capaz de mortificar-se, só quem ama é capaz de doar-se e, de servir.
Com a experiência do amor de Deus que doou a sua própria vida: morreu e ressuscitou, somos chamados (as) a viver uma vida plena. Somos imensamente agradecidas: Deus uno e trino, Deus Humano e Divino doou, através do sofrimento, a sua vida por nós.
Temos tanto que agradecer! Queremos em uma só voz dizer: Obrigada! Obrigada! Jesus nosso Amigo e, nosso Irmão.
Da morte à vida, experiência vivida em nosso dia a dia, com Jesus ao nosso lado todo dia é Páscoa, é ressurreição.
Somos imensamente agradecidas, pois não somos trevas, mas simplesmente LUZ, num mesclado colorido de raças, onde só o Amor de um Deus que é Amor nos une em um só coração preenchendo todos os espaços de nosso ser.
Somos imensamente agradecidas por toda Providência que chega até nós,“Delegação HolySpirit - Kenya e Tanzânia”, através do sacrifício das pessoas que no silêncio se doam e trabalham por nós: nossos Oblatos, nossas Irmãs do Instituto São Pio X, Pio XI, Instituto Sagrada Família, da Casa de Repouso Divina Providência, Casa Provincial, nossos benfeitores, nossas Irmãs da Província, nosso Governo Provincial e Geral, que na experiênciada partilha e do Amor de Deus faz acontecer o milagredo Amor doação. Obrigada!
Irmã Mirian Celeste Jeronimo
ste foi o tema do retiro dos adolescentes em preparação
a primeira Eucaristia.
Os adolescentes foram recebidos com muito carinho e
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Fazendo memória
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animação, em seguida foi realizada uma dinâmica de apresentação, com o objetivo do grupo se
conhecer, estavam todos ansiosos e tímidos, mas participaram com muito entusiasmo.
Na sequência, cinco espaços foram montados, proporcionando aos grupos rodízio de temas, para
que eles pudessem refletir sobre a experiência que viverão no domingo, encontrando-se de modo
especial com Jesus. Dentre estes temas destacamos: Maria, a palavra que transforma, Perdão e
Reconciliação, Amor, Fraternidade e doação e Partilha e união.
Após este momento de reflexão, demos início à explanação do tema partindo da pergunta: O que
é Eucaristia? Sabe-se que a Eucaristia é um dos sete sacramentos, e este é conhecido por diversos
nomes, como: Eucaristia, Santa Missa, Ceia do Senhor, Fração do Pão, Celebração Eucarística, Memorial
da Paixão, Santo Sacrifício, Santos Mistérios, Santíssimo
Sacramento do altar, Santa Comunhão.
Originalmente a Sagrada Eucaristia era a oração de ação
de graças da Igreja primitiva, precedia a consagração do pão e
do vinho, posteriormente a palavra foi conferida a toda a
celebração da Santa Missa. A Sagrada Eucaristia é o
sacramento em que Jesus entrega o seu Corpo e o Seu Sangue,
Ele próprio, por nós, para que também nos entreguemos a Ele
em amor e nos unamos a Ele na Sagrada Comunhão.
É o próprio Sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o
sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até o seu regresso, confiando assim à Sua Igreja o memorial
da Sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que
se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna.
A Igreja participa do Sacrifício Eucarístico de forma direta, pois, na Eucaristia, o sacrifício de
Cristo torna-se também o sacrifício dos membros do Seu Corpo. A vida dos fiéis, o seu louvor, o seu
sofrimento, a sua oração, o seu trabalho são unidos aos de Cristo. Jesus Cristo está presente na
Eucaristia de um modo único e incomparável. De fato, está presente de modo verdadeiro, real,
substancial: com o Seu Corpo e o Seu Sangue, com a Sua Alma e a Sua
Divindade. Nela está presente em modo sacramental, isto é, sob as
Espécies Eucarísticas do pão e do vinho.
O cristão é chamado, desta forma, a adorar a Jesus presente na
Eucaristia. Por isso a Igreja conserva com a maior diligência as Hóstias
Consagradas, leva-as aos enfermos e às pessoas impossibilitadas de participar da Santa Missa,
apresenta-as à solene adoração dos fiéis, leva-as em procissão e convida à visita frequente e à adoração
do Santíssimo Sacramento conservado no Sacrário.
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Porém, para receber a Sagrada Comunhão é necessário se preparar, fazer a catequese. O que
dura aproximadamente dois anos, esta preparação requer assiduidade, participação, compromisso,
respeito e responsabilidade. É importante o espírito de recolhimento e de oração, a observância do
jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com
Cristo.
Em seguida fomos à capela e vivemos um lindo momento de Adoração, agradecendo e louvando
a Deus por tantas graças recebidas neste tempo de caminhada. Os adolescentes foram convidados a
silenciar e refletir sobre suas faltas, preparando assim para a sua reconciliação com Deus, através do
Sacramento da Confissão. Falou-se também sobre a importância de receber Jesus vivo, presente na
Eucaristia e que este momento não é apenas para ser um ato social, mas que seja realmente o Alimento
Espiritual necessário para cada dia de suas vidas.
Foram momentos agradáveis, de partilha, de conhecimentos, de confraternização que com
certeza ficaram na memória de cada um que esteve presente, agradecemos a Deus pela oportunidade
concedida, e a todas as pessoas que se fizeram presentes nos ajudando.
Ir. Ângela Maria Medina Souza
“Para se fazer um bom retiro é necessário crer, ter fé”
om estas palavras iniciamos o nosso Retiro de maio deste ano. Sem a fé
é impossível se fazer um bom Retiro,pois este é um tempo oportuno
para aprofundarmos a nossa fé como cristãos. No nosso caso como
cristão católico e ainda mais como religiosas. Tempo de refletir como estamos
vivendo a nossa vocação, a nossa resposta ao chamado de Deus.
Dom Bruno da Silva, OSB, o nosso orientador do Retiro, com muita sabedoria
nos levou a refletir sobre a nossa caminhada de filhas de Deus e principalmente de
religiosas, as esposas-amigas de Cristo e não de servas como às vezes costumamos dizer. Fez conosco
uma caminhada da história do amor de Deus para com o seu povo e da caminhada de nossa própria
história recheada da presença amorosa de Deus.
C
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Algumas personagens da Bíblia e dos santos ficaram marcadas neste
Retiro, assim como o Profeta Elias, em sua grande bravura em anunciar o Deus
único, como também Santa Teresa D´Ávila em sua “determinada
determinação”. Precisamos também nos determinar por Deus. Você já se
determinou por Deus? Já se decidiu por Ele? De fato realiza a sua Vontade?
Foram perguntas que nos levaram a questionamentos e reflexões.
Esse Retiro foi um grande presente de Deus para todas nós;saímos
fortalecidas e com muita vontade de estar, de dedicar mais tempo para Deus,
para o nosso Esposo Jesus Cristo, que tanto nos espera e quer ficar conosco.
A nossa vida cotidiana nos puxa para o trabalho, para o fazer; trabalho é
algo muito bom e necessário, mas que está nos roubando de Deus, está roubando a nossa vocação,
estamos nos tornando boas profissionais e péssimas religiosas/mulheres de Deus. Não nos iludamos: ou
voltamos para Deus ou deixaremos de existir.
Segue agora algumas frases que marcaram o Retiro:
Estar com o Senhor e não fazer nada. Apenas ser.
“Se oriente, retire-se e descanse”.
Onde eu estou? O que eu tenho feito de mim?
O que eu posso fazer por mim? Eu preciso fazer alguma coisa por mim?
Não existe coisa pior do que uma comunidade/igreja cheia de gente vazia.
“Ter uma determinada determinação”. (Santa Teresa)
Sem solidão é impossível fazer experiência de si mesmo e de Deus.
Estamos acostumados a não ouvir mais os apelos de Deus.
A oração nasce da fé, requer esforço, exercício, disciplina; a oração é uma tarefa difícil.
O serviço só tem sentido se tiver: escuta, conhecimento, fé e amor.
“Ó Jesus ficarei eternamente triste se no céu eu encontrar alguém que te amou mais do que eu”.
(Santa Teresa)
Onde existe encontro é Páscoa. “É Páscoa porque eu te
vi”.
“A intolerância com a fraqueza alheia é sinal de que o
amor fez a mala e partiu”.
Agradecemos a Deus por este Retiro, esta semana de
experiências de Deus, pela sua presença em nossa história,
agradecemos à Província e a todos que nos proporcionaram
estes dias de Retiro.
O Senhor não desiste de nós e isso nos impulsiona a
continuarmos na subida desta escada que nos leva a Ele.
Precisamos aprender a “perder” tempo com Deus.
Colaboração de Ir. Eliene da Conceição Lima.
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uito cedo,no dia 27 de abril do ano 2014, domingo, as Irmãs da Comunidade de
Homa Bay chegaram para celebrar juntas com a Comunidade das Irmãs em Tanzânia:
muita alegria, clima de festa e de encontro na fraternidade, para celebrar o
Bicentenário do nascimento de Maria Schiapparoli na Paróquia de “São Miguel
Arcanjo”. A Missa em ação de graças iniciou-se às 8h30min, com a procissão
das Irmãs, as quais foram acompanhadas com o coral local, as crianças,
coroinhas, sacerdote e um Irmão. Ao
rítimo do canto e de danças Irmã Maria
da Penha Zucolotto, Delegada, trouxe o
quadro com a foto de Maria Schiaparoli e
(aqui ver o espaço entre a palavra e e Irmã) Irmã Martina Mutambi
Selebwa com o nosso escudo, representaram a nossa Congregação
em solo Tanzaniano e Keniano. Um momento emocionante foi a
nossa entrada na celebração litúrgica, após a introdução realizada
pelo Padre Christian, Irmã Regina Ivayo no idioma Kiswahilli falou à assembleia presente sobre Maria
Schiapparoli. Logo em seguida a sua foto, assim como o escudo foram colocados no lugar de destaque
preparado especialmente para este momento.
A celebração da Missa transcorreu em clima festivo, pois também era o dia da canonização dos
Papas João XIII e João Paulo II. No ofertório houve a participação das duas comunidades. O jovem
Vincent, motorista das Irmãs em HomaBay ficou responsável de tirar as fotos revelando-se um exímio
fotógrafo. As Irmãs das Comunidades apresentaram-se à assembleia e foram aplaudidas festivamente.
Finalizando a Santa Missa as Irmãs dirigiram-se à residência, onde como abelhinhas cooperadoras,
exemplo de unidade e fraternidade ajudaram a finalizar o almoço, que foi servido e fraternalmente
saboreado, pois através do gesto da partilha a mesa estava farta. Nos gestos, nas palavras, na
simplicidade do ser como I.B.D.P o nosso testemunho de fidelidade ao Carisma, a nossa espiritualidade
herdada continua através dos tempos,a exemplo de Madre Maria Schiapparoli : ser uma chama viva a
chamar:
Irmã Mirian Celeste Jeronimo.
M
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ossas Comunidades religiosas do Maranhão (Cabeceira Grande e Imperatriz) unidas à
Comunidade de Tocantins (Araguatins) celebramos o Bicentenário de nascimento de
nossa querida Madre Maria Schiapparoli.
Escolhemos a Paróquia Sagrada Família, em Imperatriz para ser o local deste evento. Para
facilitar às Irmãs a voltar para suas casas e continuarem seus trabalhos pastorais escolhemos a Missa
paroquial das 8h de Domingo, 29 de Junho.
A Providência Divina nos levou a esta escolha para
que a celebração se desse em um clima mais perto do
que nossa Madre viveu e desenvolveu seu apostolado.
Este horário de Missa se dedica mais à Catequese e às
crianças.
A Liturgia foi desenvolvida pelas Irmãs, por
crianças e por adolescente. Toda a Santa Missa se deu
“online”, por iniciativa de nosso Pároco.
Nossa comentarista, Ir. Raimunda convidou-nos para celebrar a
solenidade de São Pedro e São Paulo e a agradecer a Deus pela vida de nossa querida Madre Maria
Schiapparoli, neste Bicentenário de seu nascimento. Como no tempo de seu apostolado, agora também
se vê rodeada de crianças e adolescentes, a quem tanto se dedicou. Sua grande confiança na Divina
Providência a fazia providência para as filhas sem família.
Majestosamente, a procissão de entrada trouxe a bandeira da Itália, carregada por Ir. Jane,
lembrando nossa origem, e a do Brasil, pelas mãos de um adolescente, resgatando a vida de nossas
Irmãs já na eternidade como também as que hoje ainda constroem o Reino do Pai.
Uma linda placa da foto da Madre Maria com o logo próprio foi trazido por Ir. Carmelita. O
celebrante, Rev. Padre Reginaldo Costa Silva,
nosso Pároco, comungando de nosso entusiasmo,
continuou a Santa Liturgia convidando os que nos
seguiam “online“ a se unirem a nós. Seguiu-se o
Ato penitencial e o canto do glória pelo coral da
Paróquia.
Na Liturgia da Palavra, um grupo de
adolescentes entrou, em procissão ao som do
canto: “Toda a semente...” e jogavam sementes,
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apresentavam frutas, mostravam um tijolo (para edificar) entronizavam o livro da Palavra de Deus. Na
liturgia da Palavra, participaram: Ir. Aldinéia de Sá Linhares Bessa, Ir. Leah Kemunto Gwaro, Ir. Ângela
Maria Medina Souza. O Evangelho foi Proclamado pelo
Diácono Laércio.
O celebrante salientou a presença de São Pedro e São
Paulo na Igreja e a missão de nosso Papa Francisco. Incentivou-
nos a ter carinho e amor por nossa Fundadora Madre Maria, que
soube acolher e amar as meninas necessitadas, sendo exemplo
de caridade e oração.
Expressou sua alegria em ter nossa presença de Irmã
Beneditina da Divina Providência em sua Paróquia e agradeceu a nós que ainda estamos presentes e às
que por aqui passaram nos anos anteriores. Exaltou a Vida Religiosa, que deve ser a vivência do amor a
Jesus, a exemplo de São Pedro: “Tu és o Cristo , o Filho de Deus Vivo.”
Houve a Profissão de fé. Ir. Tânia Lúcia Ferreira rezou as preces.
Na procissão do Ofertório: Ir. Rita Pedro do Canto levou o cálice.
Uma adolescente levou uma bela badeja de frutas, crianças
levaram até o altar faixas com algumas virtudes de nossa
Madre Maria:Simplicidade- Generosidade - Oração
- Amor.Como canto final crianças e Irmãs cantaram
o Hino da Congregação.
À tarde tivemos um alegre almoço
comunitário entre nós e as Irmãs das três
Comunidades.
Louvemos o Senhor por estes momentos de união, de alegria, de
graça que aumentou em nós um grande amor por nossa Madre Maria Schiapparoli. Que o Senhor a
todos recompense por fazer que este momento fosse tão maravilhoso.
Ir. Cassiana Marini e Ir. Carmelita da Silva
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“Ardia o nosso coração quando Ele nos falava no caminho”.
foi com esta bela passagem bíblica adentrando em nosso meio e impulsionando o
nosso coração que realizamos nosso Despertar vocacional realizado em Santo André -
SP, Santa Rosa de Viterbo - SP e Osasco - SP. Envolvendo jovens de diversas
comunidades, neste semestre propomos realizar com eles dois dias de reflexão, oração, partilha e
animação, com o objetivo de nos voltarmos para o chamado que Deus faz a cada um de nós. As
comunidades localizadas nas três cidades que promoveram o encontro se emprenharam para que
pudéssemos ajudar os jovens a terem uma experiência marcante com o Senhor.
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os dias 04 e 05/05 p.p. nós, Irmãs das três comunidades localizadas em Santo André –
Comunidade Betânia: Casa Provincial, Comunidade da Esperança: Instituto Sagrada
Família e Comunidade Ciranda – promovemos um encontro vocacional na Comunidade
Ciranda. O encontro contou com a presença dos jovens das diversas comunidades da Paróquia “Mãe de
Deus e dos órfãos” e jovens de São Caetano do Sul, assim como com a ajuda
de Irmã Edilza Reis- Ursulina de São Jerônimo - Somasca, que muito nos
ajudou na animação.
Iniciamos nosso encontro no sábado à tarde e inserimos os jovens
neste momento com a encenação do jovem rico que levantou a
seguinte questão: O que ainda me falta para estar inteiro aqui? Os
jovens estavam muito receptivos e partilhavam livremente a
respeito da questão, sobre seus anseios e receios. A partir daí
pudemos entrar no tema do encontro propriamente dito, tratando de
questões de relacionamento. Trouxemos presente a relação dos discípulos de
Emaús com Jesus: a distância, a caminhada, a escuta, o diálogo, o estreitar dos vínculos, a partilha das
dores, o desânimo, a acolhida à palavra de Jesus, a intimidade da mesa e enfim, o encontro consciente
com o Ressuscitado.
Refletindo sobre as vozes que ouvimos quando a caminhada se faz escura, fizemos uma dinâmica
dividindo os participantes em três grupos: o primeiro montou um caminho cheio de obstáculos usando
os mais variados objetos que encontraram; o segundo grupo escolheu três voluntários que depois de
visualizarem o caminho tiveram seus olhos vendados e os demais do
grupo os guiariam somente com palavras até o lugar de destino; o
terceiro grupo tinha a missão de atrapalhar essa caminhada com
palavras que os levassem ao lugar oposto ao indicado. Certamente
as dificuldades foram grandes até chegar. Em um segundo
momento, os três voluntários eram convidados a retornarem, mas
sem ajuda, no entanto, sem que eles soubessem, o caminho de
retorno estava totalmente livre, tudo o que tinham de fazer era
seguir na direção indicada no início. A experiência foi muito rica e as
partilhas da juventude nos mostrou isso. A partir daí nos perguntávamos: Que vozes costumamos ouvir?
Conseguimos confiar na voz de Deus quando não enxergamos o caminho à frente?
No final da tarde fizemos um momento de celebração da luz. Trazendo o Cristo, luz dos povos,
como nosso guia. Foi um belo, silencioso e participativo Lucernário. Ao final fomos juntos,
caminhando,para a Comunidade São José,aonde participamos da Santa Missa.
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No dia seguinte, iniciamos nosso domingo com um momento muito expressivo de adoração ao
Santíssimo Sacramento, quando osjovens puderam colocar aos pés de Jesus toda a sua caminhada com
seus limites, potencialidades, percalços e buscas. Em seguida fizemos a construção de uma corrente da
qualcada elo representava um jovem que antes, em partilha, expôs os aspectos que crê importante nas
suas relações.
Terminada a manhã, após um delicioso almoço reiniciamos nossos trabalhos da tarde. Após um
momento de reflexão em grupos e um plenário, iniciamos a
construção de nossa colcha de retalhos. Cada jovem escreveu em seu
retalho de tecido o propósito que se fazia para qualificar sua relação
consigo mesmo, com Deus e com os irmãos, e juntos, costurando,
fizemos uma colcha de retalhos que representava para nós justamente
esta busca de tecer relações a partir de nossa experiência com o
Ressuscitado que conosco caminha e faz história. Assim, deixava-se ali
parte de si mesmo e acolhia-se parte do outro.
Passo a passo, como os discípulos de Emaús, pudemos caminhar trazendo presente as dores da
caminhada, na escuta da palavra, na partilha de vida e iniciar a busca de chegarmos à verdadeira
intimidade com o Cristo que culmina em um autêntico encontro.
Foi um final de semana abençoado onde muito nos alegramos e aprendemos com as partilhas de
vida de uma juventude que, em sua grande maioria, vive em situação de grande vulnerabilidade e que,
no entanto, não deixa de buscar a amizade com a Igreja e a presença de Deus.
Agradecemos imensamente a Comunidade Ciranda que nos deu todo o suporte para realizarmos
o encontro, às três comunidades que comungando do mesmo ideal trabalharam juntas para que
istoacontecesse, às nossas Fundadoras que certamente nos acompanharam maternalmente em cada
passo. Mas agradecemos profundamente à Divina Providência que não se cansa de nos presentear com
seus dons nas pequenas coisas, mostrando-nos continuamente a nossa missão em meio a seu povo,
principalmente marginalizado.
Irmã Kelle Pereira de Souza
“Vocação: Juventude e projeto de vida”
os dias 9,10 e 11 de maio, aconteceu a 36ª Assembleia da Pastoral Vocacional do
Regional Sul 1 da CNBB, em Atibaia (SP). O encontro teve a assessoria do Padre Valdecir
Ferreira, assessor da Pastoral Vocacional na CNBB, que refletiu sobre o tema: “Vocação:
Juventude e projeto de Vida”. Participei juntamente com o diácono Mateus Martins e os seminaristas
Igor Lima e Thiago José, representantes do SAV-PV da Arquidiocese de Ribeirão Preto. Esteve presente
na assembleia o Bispo da Diocese de Bragança Paulista e referencial do SAV-PV no Regional Dom Sérgio
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Colombo, além de representantes das Dioceses do Regional Sul 1. O assessor da assembleia, padre
Valdecir, explanou acerca da necessidade do diálogo entre a “cultura juvenil” e a “cultura vocacional”
nos dias atuais. O assessor lançou questionamentos sobre a realidade juvenil e a necessidade da Igreja,
através do SAV-PV, compreender os jovens em seu tempo e, a partir disso, possibilitar que a vocação se
torne algo atraente a eles, numa sociedade marcada pela crise vocacional e tantos medos. Assim, somos
uma Igreja da atração, lembrou o padre Valdecir, recordando as
palavras do Bispo emérito de Roma, Bento XVI e, reforçando que
o animador vocacional, o padre, religioso (a) e leigo que não se
sente animado vocacionalmente é incapaz de animar a outros. O
acompanhamento vocacional deve levar o jovem a conjugar o
passado, presente e futuro de sua história. Assim, teremos uma
juventude sadia que traga consigo os valores herdados, saibam
organizar-se em seu momento presente e tenham perspectivas
para o futuro a partir de um projeto de vida onde vitórias,
fracassos e mudanças fazem parte dessa realidade. Ao tratar do
“Projeto de Vida”, foram levantados cinco pontos essenciais: 1.
Encontro com Jesus. 2. Conversão 3. Discipulado 4. Comunhão 5. Missão.
Nesse percurso, o vocacionado (a) é capaz de “saber onde está para saber aonde se quer chegar”: há
uma meta a se cumprir. Por isso, a vida deixa de ser questão de sorte e passa a ser um verdadeiro
itinerário onde o projeto de vida traz satisfação mesmo nas pequenas conquistas. É, portanto,
necessário pensar a vocação em nossos dias e projetar metas para que não nos desviemos do caminho,
mas, que, nossa vida, por testemunho e exemplos, torne a vocação atraente aos jovens, levando-os a
assumi-la com coragem e determinação.
Irmã Daiana de Oliveira
Simpósio Vocacional impulsiona a Animação
Vocacional no Brasil, Iluminados pelo tema: “Ide
e anunciai! Vocações diversas para uma grande
missão!”.
Quase mil animadores e animadoras vocacionais
participaram do Simpósio Vocacional do Brasil, de 16 a 18 de
maio de 2014. O evento, organizado pela Comissão Episcopal
Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da
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Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CMOVC-CNBB) e pelo Instituto de Pastoral Vocacional (IPV),
foi inédito na dinâmica de realização simultânea em cinco cidades do País. O objetivo foi promover a
cultura vocacional na Igreja e na sociedade e avançar no discipulado
missionário. Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Manaus (AM),
Natal (RN) e Vargem Grande Paulista (SP) reuniram cristãos
leigos e leigas, pessoas de vida consagrada e ministros
ordenados das cinco macrorregiões pastorais do Brasil:
Região Centro-Oeste (Regionais CO, N3, O1 e O2);Região
Leste (L1 e L2); Região Nordeste (NE1, NE2, NE3, NE4 e NE5);
Região Norte (N1, N2 e NO) e Região Sul (S1, S2, S3 e S4).
Recordou-se os 50 anos do Concílio Vaticano II (1962-1965),
os 50 anos da instituição do Dia Mundial de Oração pelas Vocações
(1964) e os eventos vocacionais de nosso continente e País (congressos e anos vocacionais).
Houve, também, partilha da riqueza de experiências e iniciativas realizadas em nossas comunidades,
paróquias, dioceses e regionais. Participei do Simpósio juntamente com Vânia Osório e Maria
Aparecida Bergamo integrantes da Pastoral vocacional da Paróquia de Santa Rosa de Viterbo, no Centro
Mariápolis Ginetta, em Vargem Grande Paulista (SP).
Vocações diversas...
O Simpósio Vocacional aprofundou a importância da diversidade a serviço da unidade. Em uma
Igreja toda ministerial é essencial o exercício da autoridade para a alteridade, como Jesus nos ensina no
lava-pés. A Animação Vocacional é um serviço da Igreja e requer atitude de humildade, de docilidade
discipular, de permanente conversão pastoral e formação
permanente. Enquanto animadores e animadoras
vocacionais, em nossa forma de expressão e ação,
necessitamos manifestar explicitamente o valor de todos
os carismas, serviços e ministérios suscitados pelo Espírito
e presentes na Igreja. ...para uma grande missão! Durante
o evento, com as assessorias, os trabalhos de grupos e as
partilhas, foram sendo delineados alguns compromissos
para serem levados às bases, pois os animadores
presentes no Simpósio Vocacional eram representantes de equipes ou comunidades, dioceses ou
regionais. Ao menos em duas Regiões, Leste e Sul, foram elaboradas cartas mensagens. A urgência é,
certamente, o cuidado, o zelo, a atenção à cultura vocacional e o fortalecimento da cultura do
encontro, provocados pelo papa Francisco em sua alegria de anunciar o evangelho. Eis algumas outras
indicações que servirão também para a nossa comunidade e os nossos planos vocacionais:
Investir na formação vocacional de todos, com atenção especial aos membros da equipe de
PV/SAV, utilizando-se de estratégias criativas, tais como a realização de simpósios
vocacionais anuais, em âmbito paroquial e diocesano, envolvendo as pastorais e os
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Juniorato
organismos do povo de Deus (catequese, juventudes, família, novas comunidades,
movimentos eclesiais, institutos seculares, religiosos e religiosas - CRB local e outros);
Que haja uma catequese mistagógica em todos os níveis e idades, com atenção especial ao
acompanhamento de adolescentes e jovens, motivados por um itinerário vocacional, na
construção do próprio projeto de vida;
Fomentar a oração pelas vocações em todos os espaços de Igreja,
cientes de que toda a Palavra de Deus é vocacional (Lectio divina
Leitura Orante da Bíblia; Círculos bíblicos; Celebrações Litúrgicas e
da Palavra, Romarias, Tríduos, Hora Eucarística, Oração do Terço,
Caminhadas e Pedaladas Vocacionais...);
Dar ênfase missionária e intercongregacional à ação vocacional,
sendo presença nas fronteiras geográficas e humanas, com
linguagem apropriada, também nos espaços midiáticos. Ide e
Anunciai! Da mesma forma como Jesus confiou a seus discípulos a
continuidade de sua missão, apesar das limitações humanas,
incredulidade e dureza de coração (Mc 16,14), nós somos hoje os
continuadores da sua missão, apesar de nossas limitações e inseguranças.
Que possamos, com o auxílio de Maria Mãe da Divina Providência, responder à proposta do
mestre ressuscitado: Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura! (Mc 16,15).
Irmã Daiana de Oliveira
Reflexão sobre a sabedoria de Deus no cultivo de cada dia. “O que torna belo o deserto é que ele em algum lugar esconde um poço”
(Saint-Exupéry)
o contabilizar e refletir sobre os anos que já vivi me desperto para
todas as graças concedidas por Deus. Não irei destacar números ou
enfatizar os anos, mas sim a sabedoria de Deus que nos concede
cada novo dia; e este fato é uma graça, afim de que vivamos a vida
buscando estar em comunhão com Ele. Comunhão esta que exige de nós esforço
constante e consciente. Mas não um esforço que nos deixa cansadas ou desanimadas e, sim um esforço
que nos alegra por caminhar e vivenciar a experiência da presença de Deus.
A
Formação em foco
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Tantas vezes nos detemos na correria do dia a dia, em nos esforçar em fazermos bem o que nos
é proposto como plano diário que além do esforço e do encontro com Cristo passa um tanto no
automatismo... Mas, o esforço e o cultivo implica em percebermos no externo uma necessidade para
este mesmo cultivo, no interno. Uma consciência de vigilância, de preferência e de motivação: “Guarda
na tua alma um lugar para o hóspede que não
esperas”.
Por isso como Irmã Beneditina da Divina
Providência, sou chamada ao cultivo consciente de
minha vocação, mas antes baseada na fé que
professo, sou chamada a ser cristã. Os dias que vivi,
os anos que se passaram são a certeza do amor de
Deus, que foi e vai regando a minha vida com a
esperança. A esperança dos dias que virão, do agora
que vivencio. Sabemos que a Vida Consagrada é sinal
da esperança, e é a vivência da comunhão sincera que
nos chama a ser reflexo do modo de viver de Cristo. “A Vida Consagrada anuncia e de certo modo
antecipa o tempo futuro...” (cf.VitaConsecrata, 32)
Então, que saibamos rezar os dias que vivemos e neste agora cultivar a esperança que está em
nós, o amor que nos faz acolher o belo de cada dia. Seja, dias chuvosos ou dias de sol intenso. Que
saibamos perceber que por detrás de cada coisa existem os desígnios de Deus que ultrapassam tudo o
que sabemos. Sua sabedoria é Infinita. E que Confiar na Sua Divina Providência é um entregar-se com
humildade e exige de nós, sempre, o cultivo para que os excessos não nos afoguem nem nos arrastem à
morte sem frutos.
“Oh, que profundidade de riqueza, de sabedoria e de ciência é a de Deus!”
(Rm 11, 33)
Abraço fraterno,
Irmã Lilian dos Santos Soares
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os últimos dias 26 e 27 p.p tivemos a grande oportunidade e alegria de participarmos de
dois dias de palestra com o renomado Amedeo Cencini cujo tema foi “Afetividade,
sexualidade e serviço ao Reino de Deus” na Cúria
Arquidiocesana do Rio de Janeiro. Momentos riquíssimo de
aprendizado e reflexão sobre a qualidade de nossa vivência diante dos
compromissos assumidos perante a Igreja, o povo de Deus, a
Congregação e a sociedade como um todo. Iniciamos como um
pergunta um tanto oportuna: Qual o sentido da virgindade
consagrada?
Este foi o ponto de partida de dois dias de reflexão que trouxe a
virgindade como dom para todos porque indica de algum modo a vocação de todos na expressão mais
profunda da capacidade e qualidade de relação com os homens e com Deus, logo, a virgindade é uma
vocação universal. Amedeo deu algumas definições de virgindade:
• Possibilidade de um relacionamento imediato da criatura com o Criador, sem mediações.
• Expressão da origem do homem e sua destinação final .
• Revelação da verdade do coração humano.
• É um dom na sua essência.
• A virgindade é um dom a ser compartilhado e não
uma propriedade privada.
Segundo o autor há uma solidão insuprimível que
nenhuma criatura poderá violar, um espaço que somente
Deus pode habitar, portanto virgindade é também comunicar
o amor de Deus ao outro. O amor será tanto mais virginal
quando souber amar com coração divino o humano e com
coração humano o divino. O amor humano terá ares de
eternidade somente se tiver respeitado esse espaço sagrado
cujo somente Deus será capaz de habitar e saciar a sede mais
profunda do humano. O amor humano só é fecundo e autêntico quando é virginal. A virgindade mostra-
se como uma verdade fraca que exige escolha forte, que precisa necessariamente ser abraçada com
compromisso, ser fortemente fundamentada, numa escolha radical. A vida do virgem deve narrar na
fragilidade terrena, a solidez e a ternura do amor eterno. Portanto, somos convocadas e viver uma
virgindade contagiosa, ou seja, que transmite o amor de Deus. E nos interpelava: A nossa virgindade tem
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sido contagiosa? O virgem á convidado a ser educador para a virgindade, pois compartilhar é educar os
outros para ver a riqueza deste dom. Não há nada mais impuro do que o silêncio do virgem diante da
virgindade; principalmente a sua, pois quem não educa para a virgindade, que tem receios a esse
respeito, é um virgem fingido, pois um virgem por natureza deveria gerar virgindade em torno de si. O
virgem vive a sua virgindade para todos e não somente para os virgens.
Pudemos refletir sobre os escândalos que vemos na vida da igreja e principalmente por parte
daqueles que deveriam viver o celibato e a virgindade: compensações, conseções, repetição, hábito,
ambigüidade e automatismo. Realidades e etapas pelos quais se passa até que se cheguem a realidade
de grandes escândalos, exatamente como a descida de um plano levemente inclinado que pouco a
pouco se ganha velocidade até que se perca por completo o controle da situação. Sabendo-se de onde
se parte perde-se a ideia de onde se chegará. Assim sendo, a gênese do escândalo é a mediocridade
acompanhada de compensações. O vírus da compensação,segundo ele, a internet pode gerar uma série
de problemas, porque é um mundo onde o jovem atua de modo absolutamente privado, escondido.
Utilizando os meios de comunicação social, os jovens podem fazer uma espécie de compensação,
buscando viver uma relação que não existe. São
tentados, pela curiosidade, a buscar experiências
desconhecidas. “Essas compensações são um vírus
que pode impedir a pessoa de viver plenamente a
consagração celibatária”, alertou.
Padre Amedeo afirmou que a formação
intelectual pode ajudar a resolver uma fraqueza
humana, mas que normalmente este saber não é
suficiente para resolver o problema. “Fazer com
que o jovem entenda o significado de sua
castidade é muito importante no caminho
formativo. Porque ele sente a responsabilidade do chamado que recebeu, percebe que precisa viver
bem a castidade, pois por meio dela transmite algo muito importante”, ensinou. Ele ressaltou que a
iluminação intelectual sobre o valor da virgindade precisa ser acompanhada do exercício concreto da
castidade.
Celibato não é causa de pedofilia.
Padre Amedeo também reforçou que o celibato não é a causa da pedofilia e que essa prática é
realizada por pessoas em qualquer estado de vida. Disse que é preciso examinar o grande número de
homens e mulheres, casados e solteiros, com vida sexual ativa, que sofrem de tal distúrbio. “A pedofilia
é muito frequente dentro da família e com pessoas conhecidas. É absolutamente errado ligar o celibato
a isso, não faz sentido e não corresponde aos dados reais”. A sexualidade é uma bênção de Deus. A
Igreja deve encontrar um modo novo de falar de sexualidade.
Padre Amedeo destacou que, algumas vezes, os jovens sentem a Igreja como inimiga da
felicidade sexual, porque a linguagem utilizada é sempre: não faça isso ou aquilo, isto é pecado e errado.
“A Igreja, quando fala sobre sexualidade, é sempre de uma forma moralista. Muitos jovens abandonam
a Igreja por causa disso, porque sabem que a sexualidade é uma força que está dentro deles. A
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sexualidade não vem de Belzebu, mas foi criada por Deus. É algo belo, luminoso, uma bênção de Deus.
“Não se pode mais falar sobre sexualidade apenas a partir do que não se pode fazer”, orientou.
Vida em equilíbrio
Padre Amedeo disse ainda que a Igreja não deve ter vergonha de abordar a castidade e a
virgindade. “Falar sobre estes temas, muitas vezes, é considerado algo ultrapassado, mas isso não é
verdade. A pessoa que vive bem a própria castidade revela uma imensa liberdade e dignidade”. Ele
completou que é necessário apresentar um novo modo de vida, que demonstre que exercitar o
autodomínio e o controle dos instintos gera uma vida equilibrada. “A
educação faz com que a pessoa seja capaz de controlar seu impulso sexual,
o dinamismo que sente dentro de si. Essa disciplina é necessária não
somente na área sexual, mas em tudo na vida. Como a sexualidade ocupa
um posto central dentro da geografia psicológica, o controle desses
impulsos na área afetiva e sexual é sempre benéfico, no aprendizado da
regulação dos instintos”. Nossa relação de virgem deve mostrar que Deus é
o centro de minhas relações. Ser livre afetivamente é ter a certeza de já ser
amado desde sempre e para sempre e ter a certeza de poder amar em
profundidade. A nossa relação com Deus e com os outros expressa a nossa
espiritualidade e a nossa beleza virginal. O virgem é um peregrino da
relação, pois virgindade é relacional por sua natureza, pois nasce dentro
dele uma troca de amor tendo Deus como centro, amadurece como algo
descentralizado e volta-se para Deus enriquecida pela relação humana. É necessário integrar a parte
afetiva e sexual com a dimensão espiritual: não são áreas separadas. Não é possível viver um amor pelo
Senhor, quando a sexualidade e afetividade não são vividas plenamente, centradas em Cristo, em uma
sexualidade pascal. Trazendo a realidade da vivência de uma virgindade efetivamente consciente e
comprometida, foi-nos apresentada uma postura eficaz a ser adotada por um virgem verdadeiro místico
da relação:
• Coloca de lado e ao lado: Sabe seu lugar, até onde deve ir e quando deve ausentar-se, quando
aproximar-se e quando manter distância além de deixar claro para quem se relaciona com ele o espaço
necessário para uma relação saudável. Sabe quando alguém o coloca no centro e sendo coerente coloca
Deus no centro da relação. O virgem é uma pessoa que ama intensamente. Em todo afeto deve emergir
a presença de Deus.
• Tocar sem invadir nem possuir: Vive na liberdade interior. Manifesta extrema delicadeza,
grande tato tocando sem invadir. Tocar com carinho é uma fina arte que faz comungar o interno com o
externo. Deixa claro que não é o corpo o lugar nem o motivo do encontro na relação virginal, mas Deus,
a busca de sua face e de seu amor. Assim o virgem encontra a delicadeza profunda e pura da relação
virginal. Deus é o verdadeiro ponto de encontro entre dois seres.
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• O beijo de Francisco e o abraço de Teresa: a renúncia é inteligente quando é motivada pelo
amor e cria novos gostos, novas maneiras de relação sem interesse. E mais uma vez ser virgem é amar a
Deus com coração humano e o ao homem com coração divino. A sensibilidade é fruto de nossas
escolhas, é a coragem de dizer não ao rosto mais belo para ser livre para amar com generoso sim o rosto
mais feio. É a escolha de amar da maneira de Deus, amando quem corre o risco de não sentir-se amado,
ter em si a vibração de paixão de Deus pela vida.
• A linguagem da beleza: Treinar o não ao instinto, não ter medo dos sentimentos. Deixar-se
amar. O virgem renuncia a algo belo como matrimônio por algo ainda mais belo, pois se a beleza é um
mundo habitado pelo amor, o virgem é seu guarda e artista. Segundo Padre Amedeo, a castidade vivida
pelo sacerdote ou consagrado com a sua vivência celibatária, tem algo de muito importante a revelar.
Ele testemunha que o amor humano não completa a pessoa como
o amor de Deus. Não existe um amor humano que possa saciar a
sede de afeto do coração de uma pessoa. Nenhuma relação
humana nessa vida completa a alma como a relação com Deus. As
relações humanas são parciais. Só Deus preenche os corações.
Oxalá compreendamos nós com a vida, coração e compromisso
fundamentado, a beleza de nossa vida virginal e sejamos
efetivamente educadoras para a virgindade, mostrando ao mundo esse
amor terno de Deus para com a humanidade cuja existência é Ele o
fundamento. Em síntese, ele disse que é preciso aprender a bendizer a
sexualidade.
Irmã Kelle Pereira Irmã Daiana de Oliveira
urante o primeiro semestre nós, Junioristas, fomos
convidadas a ler e refletir o livro, “Comunidade,lugar do
perdão e da festa”, Escrito pelo autor Jean Vanier.
O livro traz uma leitura de fácil compreensão e nos revela o cotidiano
de nossa vivência comunitária, ao mesmo tempo retrata as experiências
vividas pelo próprio autor em uma comunidade de deficientes mentais.
Após uma minuciosa leitura, cada capítulo foi apresentado através de
dinâmicas reflexivas propondo a participação de todas.
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Refletimos e partilhamos que a compreensão de Comunidade para a fé cristã deriva da vida e do
ensinamento de Jesus, assimilados pelos apóstolos e pelas primeiras Comunidades. A experiência de
vida comunitária, proposta por Jesus, tem como base a comunhão. Jesus inicia seu ministério chamando
os discípulos para viverem com ele. (cf. Mc 3,14.) Todo o itinerário do discípulo, desde o chamado, é
sempre vivido em comunhão com o mestre, que se desdobra em comunhão com os outros.
A dimensão de Vida Comunitária é fundamentada na Igreja,
pois se inspira na própria Santíssima Trindade, a Perfeita Comunidade
de amor. Sem comunidade não há como viver autenticamente a
experiência cristã. A dimensão da vida comunitária e da fé cristã
conheceu diferentes formas de se concretizar historicamente, desde
a Igreja doméstica até chegar à concepção atual. Não é fácil nem simples identificar todo esse processo
de configuração de vida e seus diferentes momentos.
Sabe-se que a “comunidade é um lugar ao qual pertencemos, em que se encontra nossa terra e
nossa identidade. Naturalmente, podemos
pertencer à outra coisa que não seja uma
comunidade: uma gangue, uma seita, um
clube ou outras organizações. A primeira
comunidade à qual pertencemos é a família,
um filho pertence à mãe, essa dependência
inicial da criança em relação a sua mãe,
desde que ela está em seu ventre materno é
tão profunda que algumas mães acreditam
ter direito de vida e de morte sobre seu
filho”.
A obra “Comunidade, lugar do perdão e da festa” reflete a graça, a intuição e a fidelidade de um
oficial da Marinha, que motivado pela ação do Espírito, encontrou em um frade dominicano a ocasião
de se integrar e fazer a experiência de morar com alguns deficientes mentais. Teve a alegria de ver
como a vida comunitária contribuiu para o crescimento humano e cristão de todos os que se
encontravam unidos no amor de Cristo. Fonte de aceitação recíproca, de perdão e de festa. Partindo
destes princípios nos faz compreender a importância da Comunidade na vida humana e cristã, inclusive
do ponto de vista da missão qual somos chamadas a desempenhar no mundo.
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A obra aborda cada um dos aspectos particulares do cotidiano da comunidade, feita de perdão e
festa, com indicações precisas sobre como contornar as principais dificuldades que nunca faltam.
Nota-se que o Perdão não é um ato momentâneo de quem ofende e é ofendido, mas é uma
atitude de vida. Desde o amanhecer deparamos com limites pessoais e pessoas limitadas. O exercício do
perdão revela, em primeiro lugar, a aceitação de si mesmo e dos outros. Aceitar não significa “deixar
como está para ver como fica”, mas admitir um ponto de partida possível para acreditar, caminhar e
crescer; de fato a capacidade do perdão é um requisito básico para se conviver em paz e exercitar o
amor.
Entretanto, Perdão e Festa andam juntos; a
melhor Festa é a permanente alegria e a satisfação que
brotam do coração de quem vive por amor e para o
amor. Quando a vida vira festa à convivência se torna o
grande remédio para nossas comunidades e quando
nos vemos melhores a Festa da convivência aumenta
sempre mais.
A nova edição, da obra publicada no Brasil, traz
o resultado de um aprofundamento da experiência
comunitária da Arca em todo o mundo, acentua a
necessidade que responsáveis e Comunidades
sejam sustentados, acompanhados e interpelados na
realização de sua tarefa. Constata o quanto esse
acompanhamento faz falta para passar de uma vida
independente na sociedade para uma vida em
Comunidade. Relata também a importância da presença
de um diretor espiritual, e desenvolve a questão da
missão na Comunidade.
As alegrias e dificuldades da vida em
Comunidade, especialmente das comunidades
religiosas, traz alguns desafios. O autor demonstra, ao longo da obra, que a vida comunitária
não se constrói apenas com leis ou boa vontade. Para que a comunidade cresça é preciso que existam
condições adequadas, entre elas: crises, partilhas, pobreza, oração, doação, perdão, festa, silêncio,
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palavra de Deus, celebração, acolhimento, arrependimento, reuniões, discernimento, fidelidade,
animação, disponibilidade, refeição, amizade, encantamento, escuta, ministros, pequenez, engajamento
político, diretor espiritual, fé e amor. São alguns dos requisitos para se vier em uma Comunidade
saudável.
As palavras de Jean Vanier autor desta obra “Comunidade
lugar de perdão e festa”, são fonte de inspiração para muitos
que se lançam no desafio da vida comunitária. O livro possui
uma densa espiritualidade, pois é fruto de uma vida dedicada
ao próximo. Portanto, mais que argumentos e especulação,
são experiências adquiridas ao longo de toda existência.
Através dessa obra o autor revela como a vida comunitária
favoreceu seu próprio crescimento humano e cristão, o amor a Cristo e aos irmãos;
é o motor da experiência que a cada capítulo se demonstra rico e
desafiador.
Concluo que viver em comunidade implica necessariamente
convívio, vínculos profundos de afetividade, interesses comuns,
estabilidade e solidariedade nos sonhos, nas alegrias e nas dores. A
Comunidade é o lugar da fé do seguimento a Jesus Cristo, pois se trata
de vivência que é reflexo da vida em comunhão. Também é lugar de
acolhida. Saber acolher a todos significa receber cada pessoa na sua
condição religiosa e humana, sem colocar, de imediato, obstáculos
doutrinais e morais para a sua chegada.
Compreende-se que uma Comunidade que vive na força do Espírito de Deus terá suas próprias
características que, certamente, a distinguirão de outros esforços humanos. A fé, como se sabe,
transfigura o mundo e com esta visão os cristãos, sob a ação contínua e soberana de Deus, agem
reconstruindo a vida e o mundo.
Ir. Ângela Maria
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pós termos lido o livro: “As idades da vida na vida religiosa”, do autor: João da Silva
Mendonça Filho, SDB, nas comunidade, o primeiro grupo se reuniu nos dias 26 e 27 de
Abril de 2014, para aprofundar, refletir, partilhar e tomarmos juntas as decisões, para
um maior crescimento, em todos os níveis, individual e comunitário.
A Providência anda sempre a nossa frente, preparando o que for melhor para cada filho (a). O
assessor deveria ter sido o próprio autor do livro, porém, houve imprevisto de sua parte e conseguimos
que uma substituta, perita no assunto e já bem conhecida por muitas de nós, através dos
acompanhamentos, nas etapas de formação o substituisse: Irmã Josefina Franco, salesiana. Com sua
experiencia de 40 anos de convívio com os formandos e religiosos e estando bem por dentro do
assunto, cumpriu com êxito a missão, no dia 26, sábado, sendo também motivo de sentirmo-nos bem à
vontade.
No segundo dia, o primeiro momento foi um tempo de oração, reflexão individual,
fundamentando-se nos dois textos: Gn 12, 1-4 e Capítulo 4 da RB. Após este momento houve partilhas,
que foram muito ricas, cada qual com a sua criatividade se expressou, como Deus se manifestou
individualmente.
O conteúdo dos dois dias está sintetizado nas reflexões de partilha de
Irmã Daina de Oliveira Silva e Irmã Wally Cunico, que segue:
“Encontrar-se!
Nas andanças da vida encontramos o outro e assim nos
encontramos.
A cada encontro o novo acontece e Deus com sua ternura de Pai se
revela e nos revela, mostrando-nos a beleza de cada “ser”, de cada irmã.
Ao Senhor da vida a nossa gratidão pela oportunidade de conviver com tantas
irmãs com sua fase e idade, sinal da Providência, e com o testemunho de vida e doação,anuncia o novo.
É Ressurreição!
A
Formação Permanente
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Não importa a idade da vida, o mais importante é perceber a beleza da vida em cada idade.
Na primeira idade, comtemplamos a beleza da vida, com alegria e esperança, sonhando um
mundo diferente, onde reine a justiça e o amor. Somos como Abraão e não temos medo de partir.
Na meia idade, a experiência da missão é grande. É preciso renovar as motivações da própria
escolha e sentir o prazer de estar com o Senhor. Queremos ser como Abraão, que se abandonou nas
mãos do Pai e encontra Nele a força e a coragem para ir à multidão.
A idade adulta é período de uma nova busca de sentidos, e nessa busca de significado se
instaura a crise, as mudanças e sofrimentos.Diante de tantos desafios queremos ser como Abraão, que
com fé e confiança foi fiel a sua missão.
Na melhor idade, as flores brotam perfumadas e coloridas. Tudo é novo! E a vida é um dom de
Deus. Queremos caminhar como Abraão, carregando a certeza de que: Equanto há vida, há esperança!
Obrigado Senhor, pelo dom da vida e pelo amor que nos dedicastes até aqui.
Até aqui o Senhor nos conduziu. E como Abraão queremos responder: Eis-nos aqui.”
(Irmã Daiana.)
“Parafraseando Gn 12, 1-4, intercalando RB 4.
O Senhor me chamou e me disse: “Wally, sai da tua terra e da casa de teus pais e de teus irmãos.
Deixa o Picadão e vai para um ligar diferente, um claustro, uma comunidade de eleitas.
Lá, iniciarás comigo uma caminhada, que poderá ser longa, se
nada antepores ao amor de meu Filho, Jesus Cristo.Darte-ei
minha benção e tu abençoarás a quem te abençoar, darás a
paz a quem te amaldiçoar e tu verás, no claustro e na
estabilidade da comunidade, a oficina da arte espiritual,
cujo prêmio os teus olhos verão e os teus ouvidos ouvirão
no dia em que Eu te chamar novamente: Vem, bendita do
Senhor! Vem ocupar o lugar que, desde sempre, foi preparado para ti.”
E eu parti. E minha mãe me acompanhou.
Eu, Wally, tinha treze anos e onze meses quando deixei a casa paterna no Picadão.Amém.”
(Obs. Para quem não sabe, Picadão é um bairro da cidade de Nova Veneza- Santa Catarina, por sinal
muito lindo, cujo, padroeiro é São Roque.)
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Obrigada, a umas pela ajuda do resumo do que foi o nosso encontro e a todas pelo motivo de ter
sido muito participativo e receptivo e cada uma sentir a grande necessidade de sempre estar em
processo de crescimento, cada qual na etapa de vida em que se encontra.
Agradecimento a Deus e a cada uma que colaborou, às Irmãs Amélia Gava e Clara Rosa de Souza
Medeiros, à Comunidade Bêtania, sempre grande acolhedora, à Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto,
pela sua presença.
Em nome do grupo,
Irmã Luzia Romagna
uem não ouviu ainda esta expressão, usada por pessoa leiga que admira as atitudes dos
religiosos: “Fulana é uma Irmã de verdade. Fulano é padre de verdade...” Eu já escutei
muitas vezes.
Por que nem todos nós, consagrados professamos nossos Votos de verdade? Todos nós fomos
chamados para sermos Irmãs e Padres de verdade. Por que será que não
testemunhamos nossa vida de consagrados de verdade? Uns são apontados
como verdadeiros e outros dão mal testemunho. Já ouvi esta
expressão:“Fulana nem parece ser uma Irmã. Fulano nem parece ser padre.”
Eu acho que viver como Irmã de verdade é ser simples, humilde, servidora
como nosso querido Papa Francisco, Madre Tereza de Calcutá e como outros
tantos, que fizeram um caminho de luz, atraindo a atenção de todos, como fez
Jesus Cristo.
Eu quero referir-me a uma nossa Irmã, que trilhou este caminho no
anonimato, mas com o mesmo valor de “Irmã de verdade.” É Irmã Benedita
Magenis, hoje na Eternidade. Ela passou no meio de nós, viveu a nossa
realidade, cumpriu seu dever de consagrada, rezou conosco e trabalhou pelo
Reino de Deus.
Veja a reportagem de uma sobrinha minha sobre um fato ocorrido com seu tio, Paulo Marini.
Irmã Cassiana Marini
Q
Experiência Partilhada
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Irmã Benedita Magenis
á cerca de 20 anos o aposentado Paulo Marini, 69 anos, vinha sofrendo de dores na
perna. Coisas simples como caminhar e até mesmo dormir eram sacrifícios, pois, a dor
se agravava cada vez mais com o passar do tempo. Andava manco e com muita
dificuldade e, segundo ele, muitas vezes chegou a ficar acamado. Ao fazer uma radiografia, foi
diagnosticado um desgaste no fêmur: “Os médicos disseram que não havia tratamento, nem mesmo
cura, porém que eu não morreria desse problema. Só foram receitados analgésicos e pomadas para
aliviar a dor”. Afirma Marini, contando ainda que um deles alertou que ele poderia ficar dependente de
uma cadeira de rodas para se locomover.
Morador de Nova Veneza, Santa Catarina, o aposentado sempre foi muito atuante na Paróquia
São Marcos, do município. É cantor no coral e Ministro da Eucaristia. O problema de saúde o
atrapalhava nas atividades. “Muitas vezes eu mal conseguia ficar de pé nas celebrações”, conta ele.
A esposa, Aurora Magenis Marini, lembra que o desgaste já era percebido desde que ele era
jovem, porém as dores e a dificuldade para caminhar começaram a piorar há 20 anos. Vendo o
sofrimento do esposo, ela o aconselhou a realizar uma novena pedindo à sua falecida tia, Irmã Benedita
Magenis, sua intercessão para ser curado. Marini conta que orou por nove dias pedindo a benção,
porém, não contou para a esposa. “Quando eu estava rezando e fechava os olhos, eu a via na minha
frente ajoelhada e vestida de branco”, revela.
Ele afirma que após isso, foi notando uma melhora gradativa. Primeiramente, foi a dor que
desapareceu. Aurora lembra que notou que o esposo não mais mancava e então lhe perguntou como se
sentia. “Ele me disse quehavia feito a novena para a Irmã Benedita”. Segundo ela, outros milagres,
porém de menores proporções já foram alcançados por sua família.
Uma vida de Santidade
A esposa de Paulo lembra que sua tia Irmã Benedita era uma pessoa
que sempre gostou da simplicidade, era muito trabalhadora e vivia orando.
Irmã Benedita Magenis é natural de Treviso, Santa Catarina e faleceu em
1992, aos 81 anos. “Antes de ir para o convento, ela trabalhou em olarias
e na roça”. De acordo com Aurora, Benedita iniciou sua vida religiosa muito
nova na Congregação das Irmãs Beneditinas da Divina Providência, em Nova
Veneza. Depois de formada, foi para outras cidades dedicar-se à enfermagem em
hospitais. “A maior parte do tempo ela trabalhou no hospital de Orleans. Quando ela percebia que o
paciente estava morrendo, ia ao sacrário e pedia para Jesus não leva-lo. Ela batia na porta do Sacrário e
dizia “não está vendo Jesus, acorda”! As próprias Irmãs a chamavam de “santinha”, conta ela,
recordando um episódio:Chegou uma criança no hospital, que havia sofrido um acidente; estava com o
crânio aberto e após a Irmã pedir a Jesus, ela sobreviveu.
H
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Quando estava no final da vida, voltou para Nova Veneza, onde cuidava do colégio e ministrava
aulas de catequese, pois não podia mais trabalhar demais.
Depois que estava na cidade, Irmã Benedita ia toda semana até a casa de Aurora, caminhando
cerca de um quilômetro para levar a Comunhão à sua irmã Catarina, a qual era acamada e cuidada por
Aurora.Disse Aurora: “Ela fazia questão de fazer sacrifício. Ela tinha problemas de coluna e andava
corcunda; mesmo assim, muitas vezes vinha debaixo de um sol muito forte”.
Camila Marini
- Em 21/04/14 – faleceu a Sra. Emília Lopes de Brito – mãe da Irmã Odir Teresinha Lópes de Brito. - Em 19/05/14 – faleceu Silvestre Adalla – tio da Irmã Marcelyne Aluoch Omondi - Em 24/05/14 – faleceu Laci Florentino da Silva – tio da Irmã Selma Florentina da Silva.
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