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10 a 25 de maio de 2012

ONG ajuda animais de ruaO GAAR procura realizar um trabalho de conscientização e defendem o direito aos animais

Laísa Borges Diório

Contato:

www.gaarcampinas.org

www.bloggaar.org

Facebook: gaarcampinas

twitter: @gaar_campinas

O GAAR – Grupo de Apoio ao Animal de Rua – é uma ONG ambientalista, fundada na cidade de Campi-nas em 1999. Tem como principal objetivo ajudar animais de rua por meio de ações que procuram solucionar os problemas de super-população nos centros urbanos, ocasionada na maioria das vezes pelo abandono, tendo como refl exo atropela-mentos, maus-tratos e difusão de doenças. Em 2004, o grupo se uniu ao Instituto de Valorização da Vida Animal (IVVA) e, por-tanto o GAAR fi cou inativo, realizando assim suas ações através do Instituto. Mas, em 2009, nove integrantes da ONG decidiram retomar as propostas iniciais e, até hoje, esse mesmo grupo a administra. Além desse grupo, contam também com a participação de vol-untários que ajudam nos bazares - que tem a renda revertida para o cuidado dos animais, bingos benefi centes e feiras de a d o ç ã o realizadas d u r a n t e todo o ano na cidade. Dentre as diversas ações e metas da ONG, a mais importante é a esterili-zação cirúrgica de cães e gatos - mais conhe-cida como castração. Segundo o GAAR, a esterilização é benéfi -ca, pois além de evitar a reprodução, também previne doenças como a piometra (enfermi-dade bacteriana no endométrio), infecções no útero e ovário, doenças hormonais, diminui as brigas en-tre cães e também ameniza o mau cheiro da urina dos gatos.

A webdesigner Ivana Cubas, que ado-tou uma cachorrinha através do GAAR, afi rma que é muito im-portante que a ONG defenda a questão da responsabilidade de adotar um animal e esterilizá-lo. “Existem muitos animais aban-donados, então esse é um meio de evitar que essa situação piore. Vou fazer isso quan-do a “Lola” estiver na idade adequada”, con-ta a dona da cachorrin-ha, hoje com 4 meses. Como a ONG não possui abrigos e tam-bém não faz o recol-himento de animais, desenvolve o trabalho de orientação e inter-venções como proced-imentos veterinários a preços acessíveis para todos os animais aban-donados e abrigados nas casas de voluntári-os, por pessoas que os encontram nas ruas e também por quem os adota via ONG.“Ainda não utilizei os procedimentos veter-inários indicados pela ONG, mas pretendo usar quando for castrar

a “Lola”, e tam-bém já aprovei-to para c a s t r a r m i n h a

outra cachorra tam-bém”, disse Ivana. Além dessas ações, a ONG realiza tam-bém mutirões de castração em locais carentes, onde não há nenhum tipo de es-trutura. Fazem feiras de adoção e, através de visitas, buscam contato e negociações com veterinários con-veniados para realizar os procedimentos clínicos necessários. Procuram também la-res temporários para os animais resga-tados e realizam um

trabalho educativo de conscientização sobre vacinação e doação desses animais, junto a guarda responsável em parceria com o Conselho Municipal de Proteção e Defesa Animal, e com o Setor de Maus-tratos a Ani-mais da Polícia Civil. A psicóloga clínica e também presidente da ONG, Rosana Ocam-pos afi rma que todo o trabalho realizado é pela própria ONG, pois não há apoios fi -nanceiros relevantes – não há verba pública ou privada em caráter permanente. “O poder público em Campi-nas é absolutamente omisso em relação ao bem estar Animal, e não tem interesse em estabelecer parce-

Ivana e sua fi lha aguardam o preenchimento do contrato de adoção pela ONG

rias com as ONGs”, afi rmou a presidente. As ONGs protetoras de animais têm cresci-do muito no país, e isso se deve aos trabalhos que buscam mostrar para a sociedade que não existe ser hu-mano se a natureza for destruída, inclusive toda diversidade de es-pécies de animais sel-vagens e domésticos. A presidente da ONG aposta nessa causa e defende o respeito a todos os animais, inde-pendentemente qual ele seja. “Embora nos-so foco enquanto ONG seja o trabalho com an-imais domésticos, mui-tas vezes nos unimos a causas maiores”, relata Rosana. O GAAR tem toda sua documentação

“O poder público em Campinas é absolutamente omisso(...)”

registrada em cartório, possui um estatuto que traça suas dire-trizes e objetivos, além de organizar sua es-trutura interna. E pelo trabalho realizado há mais de uma déca-da, contabiliza desde 2009 até hoje, 1617 animais submetidos à esterilização cirúrgica e 658 animais doa-dos e, consequente-mente adotados.

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Foto: Divulgação