OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE ENQUANTO TECNOLOGIA DE
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA
Luiz Henrique Arroyo
Universidade de São Paulo
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
Sistemas de Informação em Saúde
O que é um Sistema de Informação em Saúde?
Sistemas de Informação em Saúde
Integra as estruturas organizacionais dos serviços de saúde;
Redutor de incertezas;
Instrumento para detectar focos prioritários de atenção;
Planejamento responsável.
Constituído por vários sub-sistemas e tem como propósito geral, facilitar
a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde,
subsidiando o processo de tomada de decisões.
Âmbitos de influência dos Sistemas de
Informação em Saúde (SIS)
Sistema de Informação em Saúde
Investigação
Docência
GestãoAssistência
Requerimentos legais
- Repasse de verbas
- Emissão de documentos
- Planejamentos das ações
- Redutor de incertezas- Manejo dos casos
- Assistência direcionada
- Manejos dos casos
- Perfil epidemiológico
- Pesquisa científica
- Perfil epidemiológico
- Medidas de controle
Sistemas de Informação em Saúde
Gestão Tomada de decisão
Sistemas de Informação em Saúde
Ferramentas importantes para o
planejamento e a avaliação das
políticas de saúde, assim como dos
serviços, redes e sistemas de saúde
Coletam
Processam
Armazenam
Distribuem
Sistemas de Informação em Saúde
Os Sistemas de Informação em Saúde
congregam um conjunto de dados,
informações e conhecimento
BRASIL, 2015
Dados vs Informação
InformaçãoDados
Interpretação e
compreendimento de
um conjunto de dados
Qualquer elemento
identificado em sua forma
bruta e que, por si só, não
conduz a compreensão de
um determinado contexto
Guia de Vigilância Epidemiológica – 6ª edição (2005) – 2ª reimpressão (2007)
Excel
Planilha de DadosBoletim Epidemiológico
de casos de hanseníase
Dados vs Informação
Dados vs Informação
Conhecimento
Interpretar e operar sobre
um conjunto de Informações;
Conhecimento é um conjunto
de informações interligadas
e logicamente relacionadas.
Fonte: www.mobimais.com.br
Sistemas de Informação em Saúde (SIS)
A história dos SIS está intimamente associada há dois
grandes fatores:
Movimentos que marcaram a história da saúde
pública desde inícios do século XX (Consolidação do
SUS)
Era da informação (ou Era Digital) = invenção dos
microprocessadores
1971, foi criado o Núcleo de Informática do Ministérioda Saúde
Em 1975 - SIM (Sistema de Informação deMortalidade) – Primeiro SIS implantado no País,coletando dados por meio da DO.
SNVE (Sistema Nacional de VigilânciaEpidemiológica), que foi estabelecido com base emdocumentos individuais e padronizados de coleta paraas diferentes Doenças de Notificação Compulsória.
Fonte: Almeida, 1998
Sistemas de Informação em Saúde
Norma Operacional Básica do SUS de
1996 (NOB/SUS 01/96)
Cresceu a responsabilidade dos municípios na assunção
do seu papel decisório nas ações em seu território.
Necessidade de produção de
informações confiáveis e disponíveis
Sistemas de Informação em Saúde
Início da descentralização dos SIS e implementação da
Rede Nacional de Informação em Saúde (RNIS), que tem
como objetivo integrar e disseminar as informações de
saúde no país.
Fonte: Almeida, 1998
Sistemas de Informação em Saúde
CIT = Comissão Intergestora Tripartite
CIB = Comissão Intergestora Bipartite
CIR = Comissão Intergestora Regional
Fonte: Ministério da Saúde, 2013 – Proposta metodológica
para monitoramento e avaliação das regiões de saúde.
Sistemas de Informação em Saúde
Sistemas de Informação em SaúdeSiste
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Efetividade
Eficiência
Capacidade de resposta
Significa que há preenchimento das expectativas
do cliente, através de uma ação programada e
planejada para satisfazer os seus desejos.
Significa fazer bem as tarefas, administrar os
custos, reduzir as perdas e o desperdício.
Dinâmica
Pensem nos dados presentes nesta foto.
Principais Sub-Sistemas de Informação em
Saúde
SIM – Sistema de Informação sobre mortalidade;
SINASC – Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos;
SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação;
SAI/SUS – Sistema de Informação Ambulatorial;
SIH/SUS – Sistema de Informação Hospitalar;
HIPERDIA – Sistema de Informação sobre HAS e DM;
SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica;
SISVAN – Sistema de Informação de Vigilância Alimentar e nutricional;
SISPRENATAL – Acompanhamento de Gestantes
HYGIA (Em Ribeirão Preto)
Fonte: Datasus, 2009
Desenvolvido em 1975 (1º SIS)
Documento Oficial
de entradaDelcaração de Óbito (DO)
Variáveis mais
importantes
causa básica, sexo, idade, grau de instrução, ocupação
habitual, local de ocorrência, assistência médica.
Indicadores
Mortalidade Proporcional (%):
• por causas ou grupos de
causas
• por faixas etárias
• por causas mal definidas
Coeficientes:
•Mortalidade Geral
•Mortalidade Infantil (Neonatal e
Infantil Tardia)
•Mortalidade Materna
•Mortalidade por causas ou
grupos de causas específicos
Limitaçõessub-registro de óbitos e qualidade do preenchimento da Declaração
de Óbito
Sistema de Informação sobre
Mortalidade - SIM
FONTE: BRASIL, 2005
Desenvolvido entre 1990 a 1993 - Implementação entre 1993 a 1994
Documento Oficial de
entrada
Ficha Individual de Notificação (FNI)
Ficha Individual de Investigação (distinto para cada agravo)
Variáveis mais
importantes
Casos por semana, sexo, idade
dados complementares do caso
Indicadores
Coeficiente de incidência (casos novos)
Coeficiente de prevalência (casos novos mais casos antigos)
Limitaçõessub-notificação dos casos
qualidade do preenchimento das Fichas
Sistema de Informação de Agravos de
Notificação -SINAN
FONTE: BRASIL, 2005
Portaria 104 de 25/01/11
Define as terminologias adotadas em
legislação nacional , conforme disposto do
Regulamento Sanitário Nacional de 2005, a
relação de doenças, agravos e eventos em
saúde pública de notificação compulsória em
todo território nacional e estabele fluxo,
critérios, responsabilidades e atribuições aos
profissionais e serviços de saúde.
1ª Lista de Notificação Compulsória foi
elaborada em 1377 – Veneza
No Brasil – 1961
Última atualização em 2017 (Portaria de
consolidação nº 4, de 28 de setembro de
2017)
Desenvolvido a partir de 1987 e Implantado oficialmente em 1990 com o intuito de
operacionalizar o sistema de pagamento de internação dos hospitais do SUS
Documento Oficial
de entradaLaudo de Autorização de Internação Hospitalar (AIH)
Variáveis mais
importantes
dados de atendimento, com os diagnósticos de internamento e alta
(codificados de acordo com a CID), idade, sexo, procedência do
paciente e das internações, procedimentos realizados, valores pagos
e dados cadastrais das unidades de saúde
Indicadores
Indicadores de avaliação de desempenho de Unidades de Saúde;
Perfil dos atendimentos na rede hospitalar
LimitaçõesDistorções decorrentes de falsos diagnósticos e os dados não podem
ser corrigidos após serem enviados
Sistema de Internação Hospitalar do
Sistema Único de Saúde -SIH/SUS
FONTE: BRASIL, 2005
Portaria 221 de 17/04/08
Define a Lista Brasileira de Internações por
Condições Sensíveis da Atenção Básica
Aproximadamente 64 doenças
Indicador de acesso e qualidade da
atenção primária à saúde
Internações por condições sensíveis à atenção primária: a
construção da lista brasileira como ferramenta para medir o
desempenho do sistema de saúde (Projeto ICSAP - Brasil)
Implantado em 1998 em substituição ao Sistema de Informação do Programa de Agentes
Comunitários de Saúde (SIPACS) para o acompanhamento das ações e dos resultados das
atividades realizadas pelas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF).
Produz informações que possibilitam conhecer e analisar a situação de saúde, acompanhar a
execução das ações e avaliar a transformação da situação nos municípios com a ESF.
Documentos oficiais
de entrada do
sistema
Ficha A: ficha utilizada para o cadastramento das famílias;
Ficha B: utilizada para acompanhamento de grupos de risco
(gestantes, hipertensos, diabéticos e portadores de tuberculose e
hanseníase);
Ficha C: utilizada para acompanhamento de crianças menores de 05
anos de idade;
Ficha D: ficha utilizada para registro diário de atividades,
procedimentos e notificações.
Sistema de Informação da Atenção
Básica - SIAB
FONTE: Figueiredo, 2009; BRASIL, 2003
Em elaboração desde 2013 – Portaria nº 1.412 (Prontuário eletrônico do SUS)
O e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) é uma estratégia do Ministério da
Saúde através do Departamento de Atenção Básica (DAB) para reestruturar as
informações da atenção primária à saúde (APS)
Objetivos
Reduzir o retrabalho de coleta dados;
• Individualização do Registro;
• Produção de informação integrada;
• Cuidado centrado no indivíduo, na família e na comunidade e no
território;
• Desenvolvimento orientado pelas demandas do usuário da saúde.
Estratégia e-SUS Atenção Básica
FONTE: Portaria 1.412 -2013
Estratégia e-SUS Atenção Básica
FONTE: Portaria 1.412 -2013
Política Nacional de Informação e Informática em Saúde (PNIIS)
Melhoria da qualidade e do acesso ao
sistema de saúde brasileiro;
Transparência e segurança da
informação em saúde;
Acesso à informação de saúde pessoal
como um direito do cidadão;
Suporte da informação para tomada
de decisão por parte do gestor e
profissional de saúde;
Desenvolvimento institucional do SUS.
Prontuário
Eletrônico do
Cidadão (PEC),
Estratégia e-SUS Atenção Básica
Desafios atuais do SIS
Fragmentação dos Sistemas
O viés de faturamento
A captação da informação
BRASIL, 2015
Com qual população você trabalha?
Quantas crianças
menores de 1 ano?
Fraturas de
fêmur em
maiores de 50
anos?
Internações de menores de
5 anos por pneumonia?
Condição
sanitária da
área?
PARTE PRÁTICA:
1.BUSCA DE INFORMAÇÕES
Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde - DATASUSwww.datasus.gov.br
Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde - DATASUS
Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde - DATASUS
Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde - DATASUS
Dados mais detalhados;
Incidência por localidade;
Exportação para Excel e Tabwin
Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde - DATASUS
Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGEwww.ibge.gov.br
Sala de Apoio à Gestão Estratégica
Ministério da Saúdehttp://sage.saude.gov.br/
Grande nível de informações
Informações sociodemográficas
Infomações de Gestão/Financiamento
Sala de Apoio à Gestão Estratégica
Ministério da Saúde
Fundação Sistema Estadual de Análise
de Dados - SEADEwww.seade.gov.br
Curiosidade: São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano e de todo o hemisfério sul e é ainda a
14ª cidade mais globalizada do planeta
PARTE PRÁTICA:
2.ATIVIDADE DE PESQUISA
Selecionar um município;
Descrever as características do município escolhido (Número de habitantes, Indice
de Gini, Incidência da pobreza, IDH, Unidades Básicas de Saúde, População
coberta pela ESF, etc);
Selecionar um agravo;
Descrever a situação do município com relação ao agravo selecionado;
Propor intervenções para os problemas identificados (considerar a organização
da APS, Vigilância em Saúde e a organização da referência de média e alta
complexidade)
REFERENCIAS
Referências Bibliográficas
NOGUEIRA, Jordana de Almeida et al . O sistema de informação e o controle da tuberculose nos municípios prioritários
da Paraíba - Brasil. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 43, n. 1, Mar. 2009 .
BRASIL. Ministério da Saúde. SIAB: Manual do Sistema de Informação de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde;
Departamento de Atenção Básica, 2003. 96p
BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. Política Nacional de Informação e Informática em Saúde – Proposta versão 2.0.
Brasília, MS, 2004
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.412 de 10 de julho de 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 104 de 25 de janeiro de 2011.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Regulação, Avaliação e Controle. Sistemas
de Informação da Atenção à Saúde: Contextos Históricos, Avanços e Perspectivas no SUS/Organização Pan-
Americana da Saúde – Brasília, 2015. 166p.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005.
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIO DA SAÚDE (CONASS). Estratégia e-SUS atenção básica e sistema de informação
em saúde da atenção básica - SISAB
GUEDES, A. B. A. A informação na Atenção Primária em Saúde como ferramenta para o trabalho do enfermeiro.
Dissertação (Mestrado). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP. Ribeirão Preto, 2007. 178p.
Thaines, L.S. et al. Produção, fluxo e análise do sistema de informação em saúde: um caso exemplar. Texto & Contexto
Enfermagem, Vol. 18, Núm. 3, julio-septiembre, 2009, pp. 466-474.
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