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Orientações da Organização Mundial da Saúde
1 INTRODUÇÃO
A Acupuntura é um importante elemento da Medicina Tradicional
Chinesa. Iniciou há mais de 2500 anos atrás, e sua teoria foi desenvolvida por
muitos e muitos anos, como mostra muitos clássicos chineses. Foi introduzida
nos países vizinhos asiáticos por volta do Século VI, sendo prontamente aceita
e por volta do século XVI, alcançou a Europa. Nas duas últimas décadas, a
acupuntura teve um desenvolvimento mundial, na qual encorajou o adicional
desenvolvimento desta terapia, particularmente através das pesquisas médicas
e desenvolvimento das metodologias de pesquisa.
Muitos elementos da medicina tradicional são benéficos, e a OMS
encorajou e apoiou paises para torná-la um tratamento seguro e efetivo e
colocar em uso nos serviços públicos e privados de saúde. Isto teve particular
atenção no apoio às pesquisas utilizando a acupuntura e sua aplicação e em
1991, na 14º Assembléia Mundial da Saúde, introduziu medidas para
regulamentar e controlar a acupuntura (Resolução WHA 44.34)
Com o aumento do uso da acupuntura, a necessidade para uma
linguagem comum a fim de facilitar a comunicação entre professores,
pesquisadores, prática clínica e trocas de informações tem se tornado
necessárias e em 1989, a OMS convenceu um grupo de cientistas que aprovou
a Standard International Acupuncture Nomenclature que está sendo
extensamente disseminada e aplicada.
O grupo de cientistas também recomendou que a OMS desenvolvesse
uma série de orientações para a prática clínica da acupuntura, o que foi
publicado pela OMS em 1995.
O presente documento consiste de orientações sobre o treinamento e
segurança em Acupuntura. Mais de 50 experts internacionais compartilharam
seus conhecimentos e experiências nesta preparação.
As orientações cobrem desde requisitos básicos para acupunturistas
não-médicos e médicos que usam a acupuntura em sua prática clínica, e inclui
um programa essencial de estudo.
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Pretende-se com isto, que ajudem as autoridades dos países a fixar
padrões e estabelecer exames oficiais, e também escolas médicas e
instituições que desejam organizar programa de treinamento em acupuntura.
Estas diretrizes são importantes para hospitais, clínicas médicas, e
provê padrões de segurança na prática clínica da acupuntura. O propósito
destas diretrizes é minimizar o risco de infecção e acidentes, alertar os
acupuntores para as contra-indicações, e aconselhar na administração de
complicações que podem acorrer durante um tratamento.
Dr Xiaorui ZHANG
Acting Team Coordinator Traditional Medicine
2 SEÇÃO I – TREINAMENTO BÁSICO EM ACUPUNTURA
O aumento da popularidade da acupuntura como forma de terapia e o
interesse de muitos países em introduzi-la como cuidado básico de saúde,
significa que as autoridades nacionais de saúde devem assegurar a segurança
e competência em seu uso. Nos países em que o sistema formal de ensino da
medicina tradicional chinesa está firmemente estabelecido como um
componente normal de cuidado da saúde, com treinamento extensivo por
muitos anos, ao nível de graduação, e mecanismos satisfatórios de supervisão
dos praticantes já foram criados.
Porém, em outros países, onde a Medicina Ocidental Moderna forma a
única base do sistema nacional de saúde, a posição é diferente e talvez não
exista nenhuma base educacional, profissional e legal para o governo praticar a
acupuntura.
Fazer uso da acupuntura no cuidado médico moderno significa levá-la
fora do seu contexto e aplicá-la como uma técnica terapêutica para um limitado
número de condições nas quais tem sido provado ser efetivo, sem fazer uma
ligação com as teorias subjacentes da moderna e tradicional medicina chinesa
Neste tipo de situação, longos períodos de instrução na Medicina
Tradicional Chinesa não são possíveis nem necessários e curtos treinamentos
são suficientes.
Além do mais, em muitos países, a acupuntura não é oficialmente
reconhecida e regulamentada e registros de exigências, onde eles existem,
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variam consideravelmente. Em muitos, somente qualificam médicos para a
prática da acupuntura, enquanto outros, praticantes treinados na MTC podem
utilizá-la também.
Parece útil, portanto, providenciar orientações para períodos
relativamente curtos de treinamento teórico e prático em acupuntura que, com
currículos e instrutores qualificados, seriam suficientes para assegurar a
segurança e competência dos alunos.
Nas últimas décadas, os aspectos teóricos e práticos da acupuntura
tiveram desenvolvimento em vários países, particularmente naqueles em que
as perspectivas da medicina ocidental e metodologias de pesquisa foram
aplicadas por estudantes desta terapia tradicional. As pesquisas destes
estudantes devem ser incluídas no treinamento. Porém, desde que um novo
sistema teórico não tem sido estabelecido, a teoria tradicional da MTC ainda é
tida como base do programa essencial.
2.1 Propósito das orientações
Estas orientações, esperam-se, ajudarão as autoridades nacionais de
saúde nos países onde a Medicina Ocidental forma a base do cuidado médico
para estabelecer regulamentações concernentes a:
1. gerar requerimentos para o treino básico da prática da acupuntura
2. o conhecimento e experiência dos médicos ocidentais requerem dos
praticantes de acupuntura que a utilizem nos sistemas nacionais de
saúde e o conhecimento e experiência da acupuntura requerem dos
médicos e de outros profissionais da área da saúde o desejo de
incluir a acupuntura em seu trabalho profissional dentro da Medicina
ocidental.
2.2 Uso da Acupuntura no sistema nacional de saúde
Uma decisão do Ministro de Saúde para incorporar a acupuntura no
cuidado básico da saúde (ou outro nível de serviço governamental de saúde)
em um sistema baseado na Medicina Ocidental aumenta o número de
importantes questões que devem ser levadas em conta.
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2.2.1 Considerações administrativas e acadêmicas
O treino das pessoas da saúde em acupuntura envolve certas
considerações administrativas e acadêmicas, por exemplo:
Que tipo de pessoa deve ser treinada?
Qual devem ser suas funções e responsabilidades?
Qual deve ser o conteúdo do treinamento, em cada caso?
Onde e por quem será treinado?
Os instrutores disponíveis são apropriadamente qualificados ou eles
também devem ser treinados?
Qual deve ser o mecanismo para o reconhecimento dos cursos de
treinamento, instrutores e instituições?
2.2.2 Exames e licenças
Um sistema de exames e licenças deve ser necessário para assegurar a
competência destes alunos e para prevenir a prática não autorizada da
acupuntura.
Isto traz sob controle, a situação, atualmente em certos países
industrializados e desenvolvidos, em que a exploração comercial do treino e
prática da acupuntura não é incomum, com todas as conseqüências
prejudiciais que podem resultar disto.
2.2.3 Supervisão, monitoramento e avaliação
A introdução de uma ou mais categorias de pessoas no sistema de
saúde , pode provavelmente se fazer necessário para prover:
Um período de prática supervisionada após o treinamento;
Monitoramento da performance dos treinadores individualmente e do
grupo;
Avaliação dos benefícios (ou não) da inclusão da acupuntura no
cuidado básico da saúde (e em outros níveis) em que não foi
previamente avaliada e dos custos comparados com outras formas de
tratamento em condições normais.
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2.2.4 Educação adicional e possibilidade de carreira
Há possibilidade de que alguns acupunturistas não-médicos desejem
aumentar seu conhecimento em Medicina Moderna, enquanto médicos que não
tenham formação em acupuntura, desejem adquirir este conhecimento e depois
aplicá-lo. Espera-se que uma mistura das duas disciplinas aconteça.
3 NÍVEIS DE TREINAMENTO
As orientações são quatro níveis de treinamento em acupuntura,
nomeados:
1) O Acupunturista não-médico com treinamento completo, que atua
autonomamente nos Sistemas Nacionais de saúde;
2) O Médico com formação plena em Acupuntura, que usa a
Acupuntura em toda a sua extensão;
3) O Médico ou profissionais da área da saúde com formação limitada
em Acupuntura, que usa a Acupuntura apenas como um
complemento à sua prática clínica;
4) Profissionais da área da saúde com formação limitada em
Acupuntura para atuação em serviços primários de saúde (Agentes
de Saúde).
4 PROGRAMAS DE TREINAMENTO
O treinamento básico para os quatro grupos são diferentes. Para o
tradicional praticante de acupuntura, um curso completo de 2 anos de duração
é a recomendação. Para médicos e outros profissionais da saúde que utiliza a
acupuntura como complemento à prática clínica, o treino deve ser adaptado
para seus requisitos específicos e limitados para a aplicação clínica de
acupuntura. Uma indicação do período de treinamento está indicada na tabela
abaixo:
Categoria do Pessoal
Nível de Treinamento
Curriculum em Acupuntura
(ACU)
Curriculum em Medicina Ocidental
(MED)
Exames Oficiais
Certificado
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Acupunturistas (não-médicos)
Curso completo 2000h 500h ACU MED
ACU
Médicos qualificados
Curso completo 1500h ACU
Médicos qualificados
Treinamento limitado como
necessário para a clínica
não menos que 200h
ACU
Pessoal de Saúde
Treinamento limitado para uso em atendimento
primário
varia de acordo com a aplicação
desejada ACU
5 TREINAMENTO PARA ACUPUNTURISTAS
5.1 Acupunturistas (Praticantes de acupuntura)
Este programa de treinamento é desejável para as pessoas com nível
educacional aceitável, mas com pouco ou nenhum treino ou experiência na
Medicina Ocidental. (Acupunturistas não-médicos sem formação em nenhuma
área da saúde)
5.2 Requerimentos necessários
Segundo grau completo, nível universitário ou equivalente e apropriado
conhecimento das matérias da biociência.
5.3 Duração do treinamento
Dois anos ou o necessário para cumprir uma carga horária de 2500
horas, com não menos 1000 horas de prática e trabalho clínico.
5.4 Objetivo
O foco do treinamento neste nível é preparar o acupunturista para sua
subseqüente contratação pelo serviço nacional de saúde. Deverá ser
preparado para oferecer tratamento seguro e efetivo a pacientes selecionados
em hospitais ou fazer parte de uma equipe de cuidados primários em centros
de saúde ou postos comunitários de saúde. Devem, inicialmente, trabalhar sob
supervisão de um médico nesta fase.
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5.5 Conteúdo programático em acupuntura
1. Breve histórico da acupuntura
2. Teoria básica
a. Filosofia da Medicina tradicional chinesa, incluindo, mas não
limitando aos conceitos de Yin-Yang e 5 fases.
b. Funções o Qi, sangue, mente, essência e fluidos corpóreos, bem
como suas relações uns com os outros.
c. Manifestações fisiológicas e patológicas dos zang-fu (órgãos e
vísceras) e seus relacionamentos uns com os outros.
d. Meridianos e colaterais, suas distribuições e funções
e. Causas e mecanismos das doenças
3. Conhecendo pontos de acupuntura
a. Localização dos 361 pontos clássicos dos 14 meridianos e 48
pontos extras;
b. Localização e descrição anatômica dos pontos mais comumente
utilizados em cursos básicos de acupuntura.
c. Código alfanumérico e nomes, classificação dos pontos, direção e
profundidade de inserção das agulhas, ação e indicações dos
pontos mais utilizados listados no Anexo.
4. Diagnóstico
a. Metido de diagnóstico, anamnese, inspeção e diagnóstico pela
língua, palpação e tomada do pulso radial, auscuta e olfação.
b. Diferenciação de síndromes de acordo com os 8 princípios, teoria
das manifestações viscerais (zang-fu), teoria do Qi e sangue, e
teoria dos meridianos e vasos colaterais.
5. Tratamento (permitido por leis nacionais e serviços de saúde)
a. Princípios de tratamento
i. Aplicação prática da teoria e diagnóstico para tratar um
caso individual
ii. Conveniência da acupuntura para tratar o paciente
iii. Planejamento do tratamento por acupuntura
iv. Seleção apropriada dos pontos e métodos de agulhamento
e manipulação
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v. Limitações da acupuntura e necessidade de indicação para
outro profissional da saúde ou especialista.
b. Orientações para uma acupuntura segura
i. Agulhas: esterilizadas e técnica segura de agulhar, seleção
de agulhas, inserção apropriada, profundidade, duração,
manipulação (vários modos de reforçar, reduzir, reforçar-
reduzir uniforme) e retirada, e contra-indicações do
agulhamento.
ii. Micro-sistemas de acupuntura se o país desejarem: teoria,
localização, dos pontos e aplicação.
iii. Estimulação elétrica e terapia a laser: teoria e aplicações
iv. Moxabustão: método direto e indireto, uso apropriado e
contra-indicações
v. Ventosa: uso apropriado e contra-indicações
c. Tratamento emergencial com acupuntura
d. Tratamento de doenças, enfermidades e condições que
normalmente os pacientes procuram o tratamento com
acupuntura.
e. Prevenção na medicina tradicional chinesa
5.6 Conteúdo programático na Medicina moderna ocidental
5.6.1 Abordagem do curso. Ao final do curso o estudante deve saber:
a. Sólida compreensão de anatomia (incluindo localização anatômica
dos pontos de acupuntura), fisiologia, mecanismos básicos das
doenças.
b. Compreensão dos princípios de higiene, formas comuns de doenças
e má-saúde comunitária e seus fatores causais
c. Proficiência para realizar um simples, mas competente exame no
paciente, e chegar a uma tentativa de diagnóstico e uma razoável
avaliação da gravidade dos sinais e sintomas.
d. Habilidade para decidir se um paciente pode ter um tratamento
seguro e efetivo de acupuntura ou deve ser encaminhado a outro
profissional de saúde
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e. Treinamento nos primeiros socorros, ressuscitação cardiopulmonar e
ações em emergências,
5.6.2 Profundidade e extensão do treinamento
Estas devem ser definidas pelas autoridades nacionais de saúde,
definindo deveres e responsabilidades dos acupunturistas dentro do sistema
nacional de saúde, incluindo se podem ou não utilizar métodos da medicina
moderna ocidental (sozinha ou em combinação com a acupuntura) e o grau de
supervisão sob o qual o acupunturista deve trabalhar.
5.6.3 Outros campos relacionados com o cuidado da saúde
Como futuro profissional do sistema nacional de saúde, estudantes não-
médicos devem ter adequado conhecimento da organização dos serviços de
saúde do país, regras e procedimentos relevantes, disposição de instalações e
equipes, considerações éticas, exigências de segurança.
5.6.4 Exames
O treinamento completo, o conhecimento teórico do estudante e
proficiência em acupuntura, bem como o conhecimento básico em medicina
ocidental (nível apropriado), devem ser avaliados por um exame oficial,
reconhecido pelas autoridades nacionais de saúde como evidencia do sucesso
no treinamento, para ser licenciado a exercer a profissão.
6 TREINAMENTO COMPLETO DE ACUPUNTURA PARA MÉDICOS
QUALIFICADOS
Este programa de treinamento é para qualificar médicos (Medicina
Ocidental Moderna) que desejam praticar a acupuntura em toda sua extensão,
tratar as várias condições que os pacientes normalmente tratam com os
praticantes de acupuntura (acupunturistas).
Qualificar médicos que já possuem conhecimento adequado e destreza
na Medicina Ocidental Moderna, somente precisará seguir a grade curricular de
acupuntura. O curso teórico pode se diminuído, já que os médicos podem
aprender a Medicina Tradicional Chinesa com mais facilidade que aqueles sem
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educação médica. O curso deverá compreender não menos que 1500 horas de
treinamento formal, incluindo 1000 horas de trabalho prático e clínico.
Após completar o curso e passar no exame oficial, os participantes
devem receber a titulação para a prática da acupuntura em vários campos da
medicina onde ela for indicada.
7 TREINAMENTO LIMITADO DE ACUPUNTURA PARA MÉDICOS
7.1 Treinamento básico
Cursos de treinamento curtos são suficientes para qualificar médicos e
outros graduados que desejam tornar-se competente em acupuntura como
uma forma de terapia dentro da prática clínica da Medicina Ocidental Moderna
ou como tema para pesquisadores cientistas.
Para estes, uma breve introdução na acupuntura tradicional (derivada da
grade curricular) deve ser suficiente e o treinamento deve ser orientado para o
uso da acupuntura na Medicina Ocidental moderna. O curso deve compreender
de não menos que 200 horas de treino formal e deve ter os seguintes
componentes:
Introdução na Tradicional Acupuntura Chinesa
Pontos de acupuntura
o Localização dos 361 pontos clássicos sobre os 14
meridianos e os 48 pontos extraordinários
o Códigos alfanuméricos e nomes, classificação dos pontos,
direção e profundidade de inserção das agulhas, ação e
indicação dos pontos mais comumente usados,
selecionados para um treino básico.
Aplicação da acupuntura na Medicina Ocidental Moderna
o Principais condições clínicas na qual a acupuntura tem sido
indicada ser benéfica
o Seleção de pacientes e avaliação do progresso/benefício
o Planejamento do tratamento, seleção de pontos e métodos
de agulhamento, manipulação, uso de medicamentos ou
outras formas de terapias concorrentemente com a
acupuntura
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Orientações sobre segurança na acupuntura
Técnicas de tratamento
o Princípios gerais
o Condições clínicas específicas
o Após completar o curso e passar no exame oficial, os
participantes devem estar aptos para integrar a acupuntura
em seu trabalho clínico ou especialização.
Cursos especiais
o Alguns médicos ou dentistas desejam adquirir
conhecimento em certas aplicações específicas da
acupuntura (p.ex. alívio de dores, dor de dente, analgesia
obstetrícia) e para estes deve-se adaptar um curso
especial para suas particulares áreas de interesse.
Treinamento avançado
o Médicos ou outros profissionais da saúde que completarem
satisfatoriamente este pequeno curso básico de
treinamento podem desejar realizar o treinamento
avançado, na qual cursos que vão de encontro com suas
necessidades devem ser criados.
8 TREINAMENTO LIMITADO DE ACUPUNTURA PARA PROFISSIONAIS
DO CUIDADO BÁSICO DE SAÚDE
A introdução da acupuntura na comunidade de profissionais do cuidado
básico de saúde deve requerer o treino de um considerável número de pessoas
dentro de um período curto, se isto tiver um efeito demonstrativo. Isto
provavelmente aumenta o custo para professores e supervisores. Isto deve ser
visto com sabedoria, neste caso, o treinamento de tais profissionais é mais em
acupressão do que em acupuntura. Treinar em acupressão não requer grande
demanda, pode ser incorporado no treinamento de saúde primária e não tem
risco para o paciente. O uso da acupressão na saúde primária deve ser
avaliado após um período de uso. Algumas pessoas que mostram particular
aptidão podem escolher o treino básico em acupuntura, e serem treinadas de
acordo com suas rotina de trabalho.
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9 SELECIONANDO PONTOS DE ACUPUNTURA NO TREINAMENTO
BÁSICO
Participantes da Reunião da OMS na Cérvia em 1996, escreveram a
lista dos pontos mais utilizados e a incluíram nos cursos de treinamento básico.
Estes foram selecionados do documento: Propostas padronizadas da
nomenclatura internacional de acupuntura: escrita pelo grupo de cientistas da
OMS (OMS, Genebra, 1991). Como pode ser visto na tabela abaixo, a seleção
inclui 187 dos 361 pontos clássicos, e 14 dos 48 pontos extras. Portanto, o
curso de treinamento básico para a categoria de pessoas descritas dá ênfase
no uso de somente 201 pontos do total de 409 pontos.
As orientações sobre segurança, a seguir, mencionam certos pontos
como sendo potencialmente perigosos e requerem especial destreza e
experiência em seu uso. Alguns destes estão incluídos na seleção de pontos
mais utilizados e a atenção cai neste fato.
10 SELEÇÃO DE PONTOS PARA TREINAMENTO BÁSICO EM
ACUPUNTURA
Padrão Internacional para Nomenclatura de Meridianos, Vasos e pontos
extras para treinamentos básicos:
Meridiano Nº ptos + utilizados Nomenclatura
Pulmão 11 6 LU 1 zhongfu LU 7 kongzui LU 10 yuji LU 5 chize LU 9
taiyuan LU 11 shaoshang
Intestino
Grosso
20 12 LI 1 shangyang LI 7 wenliu LI 14 binao LI 3 sanjian LI 6
pianli LI 15 jianyu LI 4 hegu LI 10 shousanli LI 18 futu
LI 5 yangxi LI 11 quchi LI 20 yingxiang
Estômago 45 25 ST 1 chengqi ST 21 liangmen ST 36 zusanli ST 2 sibai
ST 25 tianshu ST 37 shangjuxu ST 3 juliao ST 27 daju ST
38 tiaokou ST 4 dicang ST 29 guilai ST 40 fenglong ST
5 daying ST 31 biguan ST 41 jiexie ST 6 jiache ST 32
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futu ST 42 chongyang ST 7 xiaguan ST 34 liangqiu ST
44 neiting
ST 8 touwei ST 35 dubi ST 45 lidui ST 18 rugen
Baço 21 11 SP 1 yinbai SP 5 shangqiu SP 10 xuehai SP 2 dadu SP 6
sanyinjiao SP 11 jimen SP 3 taibai SP 8 diji SP 15
daheng
SP 4 gongsun SP 9 yinlingquan
Coração 9 5 HT 3 shaohai HT 7 shenmen HT 9 shaochong HT 5
tongli HT 8 shaofu
Intestino
Delgado
19 13 SI 5 yanggu SI 12 bingfeng SI 6 yanglao SI 14
jianwaishu
SI 1 shaoze SI 9 jianzhen SI 17 tianrong SI 3 houxi SI 10
naoshu SI 18 quanliao SI 4 wangu SI 11 tianzong SI 19
tinggong
Bexiga 67 34 BL 1 jingming BL 21 weishu BL 52 zhishi BL 2 cuanzhu
BL 22 sanjiaoshu BL 54 zhibian BL 7 tongtian BL 23
shenshu BL 57 chengshan BL 10 tianzhu BL 25
dachangshu BL 58 feiyang BL 11 dazhu BL 28
pangguangshu BL 60 kunlun BL 12 fengmen BL 31
shangliao BL 62 shenmai BL 13 feishu BL 32 ciliao BL
64 jinggu BL 15 xinshu BL 33 zhongliao BL 65 shugu
BL 17 geshu BL 34 xialiao BL 66 zutonggu BL 18
ganshu BL 36 chengfu BL 67 zhiyin BL 19 danshu BL 40
weiyang
BL 20 pishu BL 43 gaohuang
Rim 27 8 KI 1 yongquan KI 5 shuiquan KI 9 zhubin KI 2 rangu
KI 6 zhaohai LI 10 yingu KI 3 taixi KI 7 fuliu
Pericárdio 9 7 PC 3 quze PC 6 neiguan PC 9 zhongchong PC 4 ximen
PC 7 daling PC 5 jianshi PC 8 laogong
Triplo 23 12 TE 1 guanchong TE 5 waiguan TE 14 jianliao TE 2
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aquecedor yemen TE 6 zhigou TE 17 yifeng TE 3 zhongzhu TE 9
sidu TE 21 ermen TE 4 yangchi TE 13 naohui TE 23
sizhukong
Vesícula
Biliar
44 20 GB 1 tongziliao GB 24 riyue GB 37 guangming GB 2
tinghui GB 25 jingmen GB 39 xuanzhong GB 8 shuaigu
GB 29 juliao GB 40 qiuxu GB 12 wangu GB 30 huantiao
GB 41 zulinqi GB 14 yangbai GB 31 fengshi GB 43 xiaxi
GB 20 fengchi GB 33 xiyangguan GB 44 zuqiaoyin GB
21 jianjing GB 34 yanglingquan
Fígado 14 8 LR 1 dadun LR 4 zhongfeng LR 13 zhangmen LR 2
xingjian LR 5 ligou LR 14 qimen LR 3 taichong LR 8
ququan
Vaso
Governador
28 13 GV 1 changqiang GV 13 taodao GV 20 baihui GV 3
yaoyangguan GV 14 dazhui GV 23 shangxing GV 4
mingmen GV 15 yamen GV 25 suliao GV 9 zhiyang
GV 16 fengfu GV 26 shuigou GV 12 shenzhu
Vaso
Concepção
24 13 CV 3 zhongji CV 10 xiawan CV 17 danzhong CV 4
guanyuan CV 12 zhongwan CV 22 tiantu CV 6 qihai
CV 13 shangwan CV 23 lianquan CV 8 shenque CV 14
juque CV 24 chengjiang CV 9 shuifen
Pontos
extras
48 14 EX-HN 1 sishencong EX-HN 4 yuyao EX-B 1
dingchuan
EX-HN 3 yintang EX-HN 5 taiyang EX-B 2 jiaji EX-UE 7
yaotongdian EX-LE 4 neixiyan EX-UE 9 baxie EX-LE 6
dannang EX-UE 10 sifeng EX-LE 7 lanwei EX-UE 11
shixuan EX-LE 10 bafeng * HN Head and neck; B Back;
UE Upper extremities; LE Lower extremities.
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NOTA: os pontos a seguir foram mencionados nas Orientações de
segurança como potencialmente perigosos e requerem especial destreza e
experiência em seu uso. LU9, ST1, SP11, BL1, GV15. GV16, CV22
11 SEÇÃO II – SEGURANÇA NA ACUPUNTURA
Em mãos competentes, a acupuntura é geralmente um procedimento
seguro com poucas contra-indicações ou complicações. A forma mais
comumente utilizada envolve penetração de agulha na pele e pode ser
comparada a injeção subcutânea ou intramuscular. Contudo, há um potencial
risco, pequeno, de transmitir infecção de um paciente a outro (P.ex. HIV ou
hepatite) ou a introdução de organismos patogênicos. Segurança na
acupuntura portanto requer constante vigilância mantendo altos padrões de
limpeza e higiene, esterilização e assepsia técnica.
Há, contudo, outros riscos que podem não ser previstos ou prevenidos,
mas para os quais o acupunturista deve estar preparado. Isto inclui: quebra de
agulhas, reações desfavoráveis, dor ou desconforto, ferimento inadvertido em
um importante órgão e, claro, certos riscos associados com outras formas de
terapia classificadas com o título de acupuntura.
Finalmente, há os riscos devido a inadequado preparo do acupunturista.
Isto inclui inapropriada seleção de pacientes, erros de técnica e falha na
reconhecida contra-indicação e complicações, ou lidar com emergências,
quando surgirem.
12 PREVENÇÃO A INFECÇÃO
Como uma injeção subcutânea ou intramuscular, evitar infecções na
acupuntura requer:
- local de trabalho limpo
- mãos do praticante limpas
- preparação do local a ser picado
- agulhas e equipamentos esterilizados, e seu apropriado
armazenamento
- técnicas de assepsia
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- gerenciamento e disposição cuidadosos do uso das agulhas e algodão
O tratamento com acupuntura não se limita somente a agulhas, mas
também inclui: acupressão, eletro-acupuntura, acupuntura com laser,
moxabustão, ventosa, raspagem, magnetoterapia.
12.1 Local de trabalho limpo
A sala de tratamento deve ser livre de sujeira e pó, e deve ter uma área
especial de trabalho, na qual uma mesa preparada com toalha esterilizada, na
qual o equipamento esterilizado deve ser colocado. Este equipamento,
incluindo bandeja de agulhas, cotonete, bolas de algodão e pinças, em álcool
70%, devem ser colocadas sobre a toalha esterilizada até o momento do uso.
Luz e ventilação adequadas devem ser apropriadas em toda a sala de
tratamento.
12.2 Mãos limpas
O praticante deve lavar sempre suas mãos antes de tratar o paciente.
Lavar as mãos novamente imediatamente depois do procedimento de
acupuntura é particularmente importante na prevenção de infecções e deve
incluir minucioso ensaboamento, esfregamento das mãos e dedos, deixar a
água correr nas mãos por 15 segundos e cuidadosamente secá-las em uma
toalha de papel limpa.
Muitos acupunturistas fazem palpação dos pontos de acupuntura depois
que o local de agulhar foi preparado. Em tais casos, seus dedos devem
novamente ser limpos com uma bola de algodão. O uso de luvas cirúrgicas
esterilizadas ou dedais individuais são recomendados para proteção do
paciente e praticante, especialmente se fizer sangria ou raspagem.
Praticantes que estivem com lesão infectada nas mãos, não devem
praticar a acupuntura até a cura.
12.3 Preparação do local a ser agulhado
O local a ser agulhado deve estar limpo, livre de cortes, feridas ou
infecções. O ponto a ser agulhado deve ser limpo com álcool etílico ou
Biblioteca SATOPAR 17
isopropílico 70%, do centro para a área em volta usando movimento circular e o
álcool secar sozinho.
12.4 Esterilização e armazenamento de agulhas e equipamentos
Todas as agulhas (filiforme, lanceta, 7 estrelas, subcutâneas, cabeça
arredondada), ventosas e outros equipamentos usados (bandeja, fórceps,
mandril, cotonete, pinças) devem ser esterilizados. Agulhas e mandril
esterilizados são recomendados em todas as instâncias. Porém, o uso de
agulhas descartáveis não deve afrouxar a vigilância do praticante em adotar
técnicas de assepsia nos outros aspectos da prática clínica. Todas as agulhas
descartáveis devem ser descartadas imediatamente após o uso e colocadas
em lixo especial. Cada agulha filiforme descartável deve ser utilizada somente
para uma punturação e uma vez somente. Agulhas de sangria ou sete estrelas
podem ser usadas repetidas vezes para punturação somente e no mesmo
paciente, mas devem ser esterilizadas antes de serem utilizadas em outros
pacientes.
O terapeuta é responsável por assegurar que estes procedimentos
sejam mantidos. Imediatamente após o uso, agulhas reutilizáveis e outros
equipamentos contaminados devem ser imersos em um desinfetante químico
efetivo, então molhados com água, com ou sem detergente, após limpeza
cuidadosa, completamente enxaguados em água antes de ser embalado para
re-esterilização.
A embalagem para esterilização deve ser estocada em área segura e
limpa, bem ventilada e livre de umidade excessiva, impedindo qualquer
possibilidade de condensação e crescimento de mofo. O tempo máximo de
estocagem segura varia com o tipo de pacote. Agulhas devem ser colocadas
em um tubo teste que deve então ser tampado com uma bola de algodão e um
rótulo visível com a data de expiração não mais que 7 dias após a data da
esterilização. Condições de armazenamento impróprio, porém, causa perda de
equipamento estéril bem antes de a data expirar. A integridade das
embalagens devem ser inspecionadas antes do uso. Agulhas esterilizadas
armazenadas em bandejas de agulhas devem ser re-esterilizadas até o final do
dia porque a bandeja torna-se contaminada durante o uso no tratamento.
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12.5 Técnicas de assepsia
A agulha deve ser mantida em um local estéril antes da aplicação. As
agulhas devem ser manipuladas de tal modo que os dedos do praticante não
toque nelas
Se há dificuldade na inserção de agulhas longas, tal como as usadas na
punturação do VC30 Huantiao ou B54 Zhibian, segurar a agulha com um
algodão ou gaze. O uso de mandril ou luvas torna mais fácil a manipulação das
agulhas sem contaminação.
Na retirada da agulha, um algodão esterilizado deve ser usado para
pressionar a pele no local da inserção, então proteger a superfície da pele do
paciente da contaminação com patógeno potencial, e expor o praticante a
agulhas contaminadas e fluidos corporais do paciente. Todo algodão e gaze
contaminada por sangue ou fluidos corporais devem ser descartados em lixo
especial para material infeccioso.
13 CONTRAINDICAÇÕES
Na visão de Ação regulatória da acupuntura, é difícil estipular contra-
indicações absolutas para esta forma de terapia. Porém, por razoes de
segurança, deve-se evitar as seguintes condições:
13.1 Gravidez
A acupuntura pode induzir e portanto, não deve ser utilizado em
gravidez, a menos que seja para algum outro propósito terapêutico e então
somente com grande precaução.
Somente a ação da agulhada com um certo modo de manipulação em
certos pontos de acupuntura podem causar forte contração uterina e induzir o
aborto. Porém, isto pode ter uma utilidade em grávidas com o propósito de
induzir o parto ou diminuir sua duração.
Tradicionalmente, a acupuntura e moxabustão são contra-indicados em
pontos do baixo abdome e região lombosacral durante o primeiro trimestre.
Após do terceiro mês, pontos sobre o abdome superior e região lombosacral e
Biblioteca SATOPAR 19
pontos que causam forte sensação devem ser evitados, juntamente com
auriculoterapia que podem induzir o parto.
13.2 Emergência médica e condições cirúrgicas
A acupuntura é contra-indicada em emergências. Em tais casos, aplicar
os primeiros socorros e transportar o paciente para o centro de emergência
médica. A acupuntura não deve ser usada para no lugar de uma intervenção
emergencial.
13.3 Tumores malignos
A acupuntura não deve ser usada para tratar tumores malignos. Em
particular, agulhar sobre o tumor dever ser proibido. Mas a acupuntura pode
ser usada como uma medica complementar, em combinação co outros
tratamentos, para aliviar a dor e outros sintomas, aliviando os efeitos locais da
quimioterapia e radioterapia e então melhorar a qualidade de vida.
13.4 Desordens sanguíneas
Deve ser evitado agulhar pacientes com sangramento e desordens de
coagulação ou que estão sob tratamento anticoagulante ou tomando drogas
com efeitos anticoagulantes.
14 ACIDENTES E REAÇÕES NÃO ESPERADAS
14.1 Qualidade da agulha
Aço inoxidável é o material de escolha para as agulhas de acupuntura.
Cada uma deve ser cuidadosamente observada antes de usar. Se estiver torta,
corroída, ou ponta grossa ou cega, deve ser descartada.
É necessário que a qualidade de manufaturação das agulhas de
acupuntura deve ser controlada pelas autoridades nacionais de saúde.
14.2 Posição do paciente
O paciente deve assumir uma postura confortável antes da punturação e
Sr avisado para permanecer parado e não mudar de posição abruptamente
durante o tratamento.
Biblioteca SATOPAR 20
14.3 Medo
Durante o tratamento com acupuntura, o paciente pode sentir medo. O
procedimento da punturação e a sensação do agulhamento devem ser
claramente explicado antes de começar. Por aqueles que irão receber a
acupuntura pela primeira vez, o tratamento na posição deitada com
manipulação gentil e suave deve ser a escolha. A compleição deve ser
observada juntamente com o pulso frequentemente para detectar qualquer
reação o mais cedo possível.
Cuidado particular dever ser dado quando agulhar pontos que causam
hipotensão, por exemplo, Taichong F3. Sintomas de medo eminente também
se incluem, bem como a sensação de vertigem, movimento ou tudo girando e
fraqueza. Uma sensação de opressão no peito, palpitação, náusea e vontade
de vomitar. A compleição usualmente torna-se pálida e o pulso fraco. Em casos
severos, pode ter as extremidades frias, suor frio , queda de pressão e perda
de consciência. Tais reações são freqüentes devido nervosismo, raiva, fadiga,
fraqueza extrema do paciente, posição desconfortável ou manipulação forte.
Se os sintomas aparecerem, remover as agulhas imediatamente e fazer
o paciente deitar-se e levantar as pernas e baixar a cabeça, pois os sintomas
são provavelmente devido a suprimento transitório e insuficiente de sangue
para o cérebro. Oferecer uma bebida doce quente. Os sintomas normalmente
desaparecem após um pequeno repouso. Em casos severos, a primeira
providência deve ser dada e quando o paciente estiver estável, o seguinte
tratamento deve ser aplicado:
Pressionar VC26 Shuigou com a unha ou punturar VG26 Shuigou, PC9
Zhongchong, VG25 Suliao, PC6 Neiguan e E 36 Zusanli ou
Aplicar moxabustão em VG20 Baihui, VC6 Qihai e VC4 Guanyuan.
O paciente terá resposta rapida para estas medidas, mas se os sintomas
persistirem, levá-lo a atendimento médico emergencial.
14.4 Convulsão
Todo paciente que recebe acupuntura deve ser questionado se tem uma
história de convulsão. Pacientes que tem tais históricos devem ser observados
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cuidadosamente durante o tratamento. Se a convulsão ocorrer, o praticante
deve remover todas as agulhas e tomar as primeiras providências. Se a
condição não se estabilizar rapidamente ou se a convulsão continuar, o
paciente deve ser transferido para emergência médica urgente.
14.5 Dor durante a inserção
Dor durante a inserção é usualmente devido a técnica deficiente, ou
agulha cega, agulha torta ou agulha grossa. Também ocorre em paciente com
alta sensibilidade. Em muitos pacientes, penetração rápida e hábil da agulha
pela pele é indolor. A técnica correta e o grau de força adequado aprende-se
com a prática. Um pequeno dispositivo pode facilitar a penetração rápida e
suave, tal como o uso de tubos guias (mandril). A sensação do agulhamento
(deqi) deve ser distinguido da reação dolorosa.
14.6 Após inserção
A dor que ocorre quando a agulha é inserida profundamente no tecido
pode ser devida a tocar o receptor de uma fibra nervosa, na qual, a agulha
deve ser levantada até abaixo da pele e cuidadosamente inserida novamente
em outra direção.
Dor ocorrendo quando a agulha é rotacionada com muita amplitude, ou é
erguida e baixada, é freqüente devido ao enroscar das fibras musculares. Para
aliviar a dor, gentimente rotacione a agulha para trás e para frente até que as
fibras relaxem.
Dor ocorrendo enquanto a agulha já está no local é normalmente
causada quando o paciente move o local e é aliviada quando volta a posição
original.
14.7 Após retirar
Dor que ocorre após a retirada da agulha é normalmente a manipulação
indevida ou excessiva estimulação. Em muitos casos, pressionar a área
afetada. Para casos mais severos, moxabustão pode ser aplicado em adição a
pressão.
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14.8 Agulha presa
Após inserção, pode ocorrer dificuldade ou impossibilidade para
rotacional, levantar e empurrar ou até retirar a agulha. Isto ocorre devido a
espasmo muscular, rotalão da agulha com muita força e amplitude, rotação em
uma direção só fazendo com que as fibras musculares se enrolem em volta da
agulha ou movimentação do paciente. Pedir para que o paciente relaxe. Se a
causa foi rotação excessiva em uma direção, a condição deve ser aliviada
quando a agulha é rotacionada na direção oposta. Se a agulha presa é devido
a espasmo muscular, massagear em torno do ponto ou colocar outra agulha
próximo para desviar a atenção do paciente. Se a agulha ficou presa foi
causada por uma mudança de posição do paciente, pedir para voltar a posição
original.
14.9 Agulha quebrada
Quebras podem ser causadas por má qualidade da agulha, erosão entre
o cabo e haste, forte espasmo muscular ou súbita movimentação do paciente,
incorreta retirada de uma agulha presa ou torta, ou prolongado uso de corrente
galvânica.
Se, durante a inserção, a agulha entortar, deve ser retirada e colocada
outra agulha. Muita força não deve se usada quando manipular a agulha,
particularmente durante quando levanta e empurra a agulha. A junção entre a
haste e o cabo é a parte que normalmente quebra. Portanto, na inserção, um
quarto a um terço do corpo da agulha deve estar para fora da pele.
Se a agulha quebrar, o paciente dever ser informado para manter-se
calmo e não se mover, para que a parte quebrada não se aprofunde mais no
tecido.
Se a parte que quebrou está acima da pele, remova-a com um fórceps.
Se está ao mesmo nível da pele, pressione em torno do local gentilmente até
que o final da agulha quebrada seja exposta, e então remova-a com um
fórceps. Se está completamente abaixo da pelo, pergunte ao paciente que volte
a posição original e normalmente o final da agulha normalmente é exposta. Se
isto não der certo, é necessária intervenção cirúrgica.
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14.10 Infecção local
O não uso de técnicas de assepsia pode causar infecção, especialmente
na acupuntura no ouvido. Quando tais infecções são encontradas, medidas
apropriadas devem ser tomadas imediatamente, ou o paciente deve fazer
tratamento médico. Agulhas devem ser evitadas no tratamento de áreas de
linfoedema.
14.11 Queimadura durante a moxabustão
Queimar a pele deve ser previnida na moxabustão indireta. Apesar de
cicatrizes de moxabustão seja esperada por técnicas de queimar a pele como
resultado de uma supuração não bacteriana, esta técnica deve ser usada
somente com muito conhecimento e consentimento do paciente.É uma técnica
especial terapêutica em alguns pontos específicos.
Moxabustão direta não deve ser aplicada em pontos sobre a face ou
locais onde passem tendões e vasos sanguíneos. Moxabustão para supuração
perto a juntos é também inapropriado porque o movimento da junta pode fazer
a cicatrização demorar a cicatrizar. Cuidado especial deve ser dado a
pacientes com nível reduzido de consciência, distúrbios sensitivos, desordens
psicóticos, dermatite purulenta, áreas de circulação prejudicada.
15 ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA E TERAPIA LASER
Estimulação elétrica é potencialmente prejudicial. É contraindicada em
gravidez, se o paciente tem um marca-passo, se tem perda de sensibilidade e
em casos de circulação prejudicada, doença arterial severa, febre ou lesão na
pele.
Monitoramente cuidadoso da estimulação elétrica é recomendada para
prevenir dano neural. Corrente galvânica deve ser usada somente em curtos
períodos de tempo.
Terapia a laser de baixa energia pode ser prejudicial para olhos e
ambos, paciente e praticante devem usar óculos protetores.
Biblioteca SATOPAR 24
16 DANO A IMPORTANTES ORGÃOS
Se a administração for correta, a acupuntura não deve causar dano a
nenhum órgão. Porém, se o dano ocorrer, pode ser sério.
Há um grande número de pontos, alguns com pouco risco ou nenhum
risco e outros onde o potencial de sério dano sempre existe, particularmente
por mãos inexperientes.
Os programas de treinamento em acupuntura são planejados para
diferentes níveis de pessoas, que devem ser adaptados conforme o
conhecimento, habilidade e experiência. Como nível elementar, a seleção de
pontos de acupuntura deve ser limitada. No nível profissional, a gama pode se
expandir, mas o uso de certos pontos e manipulação deve ser restrito a
pessoas com grande experiência.
A seguinte lista apresenta exemplos de pontos que tem potencial risco.
Como em todos os tratamentos, é importante avaliar o risco e o beneficio
esperado.
16.1 Áreas que não devem ser punturadas
Certas áreas não devem ser punturadas, por exemplo: as fontanelas de
bebes, a genitália externa, mamilos, umbigo e globo ocular.
16.2 Precauções a serem tomadas
Especial cuidado deve ser tomado em pontos próximos a órgãos vitais
ou áreas sensíveis. Por causa das características do agulhamento usado,
locais especiais, profundidade de inserção, técnica de manipulação e
estimulação, os acidentes podem ocorrer durante o tratamento. Estes podem
ser evitados se precauções adequadas forem tomadas. No entanto, se eles
ocorrerem, o acupunturista deve saber como resolvê-los efetivamente e evitar
um dano maior. Um acidente em um importante órgão requer medidas
urgentes, tais como: ajuda médica ou cirurgia.
16.2.1 Peito, costas e abdome
Pontos no peito, costas e abdome devem ser agulhados com cuidado,
preferencialmente obliquamente ou horizontalmente, evitando ferir órgãos
Biblioteca SATOPAR 25
vitais. Atenção deve ser dada na direção e profundidade de inserção das
agulhas.
16.2.2 Pulmão e Pleura
Ferir o Pulmão e Pleura devido a inserção profunda de agulhas em
pontos do peito, costas ou fossa supraclavicular pode causar traumatismo
pneumotórax. Tosse, dor no peito e dispnéia são sintomas normais e ocorrem
abruptamente durante a manipulação, especialmente se há severa laceração
do Pulmão pela agulha. Alternativamente, os sintomas podem se desenvolver
gradualmente após algumas horas após o tratamento com acupuntura
16.2.3 Fígado, Baço e Rins
Punturar o Fígado ou Baço pode causar sangramento, dor local e rigidez
dos músculos abdominais. Punturar o Rim pode causar dor na região lombar e
hematúria. Se a injúria for pequena, o sangramento pára espontaneamente,
mas se for séria, pode ocorrer choque com queda de pressão sanguínea.
16.2.4 Sistema nervoso central
Manipulação inapropriada de pontos entre ou perto da vértebra cervical,
tais como Yamen VG15 e Fengfu VG16, podem punturar a medula oblonga,
causando dor de cabeça, náusea, vômito, súbita diminuição da respiração e
desorientação, seguindo por convulsão, paralisia ou coma. Entre outras
vértebras acima da primeira lombar, agulhamento profundo pode punturar a
medula espinhal, causando dor irradiada para as extremidades ou sobre a
região abaixo do nível punturado.
16.2.5 Outros pontos
Outros pontos que são potencialmente perigosos e que requerem
especial cuidado e experiência em seu uso, incluem:
Jingming B1, Chengqi E1 – localizados na região do globo ocular.
Tiantu VC22 - em frente à traquéia
Renying E9 – perto da artéria carótida.
Jimen BP11 e Chongmen BP12 – perto da artéria femoral
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Taiyuan P9 na artéria radial
16.2.6 Sistema circulatório
Deve-se tomar cuidado ao agulhar áreas com problemas circulatórios,
ex. veias varicosas, em que há risco de infecção, e evitar punturar
acidentalmente as artérias que podem causar sangramento, hematoma,
espasmo arterial ou complicações mais sérias quando uma alteração
patológica estiver presente (aneurisma, aterosclerose). Geralmente, o
sangramento devido à puntura de um vaso sanguíneo superficial pára com
pressão direta.
17 HISTÓRICO DO PACIENTE
O histórico do paciente deve conter detalhes completos de seu histórico
médico, achados clínicos, dados de diagnóstico, plano de tratamento e
resposta do tratamento. Deve ser considerado confidencial.
18 APÊNDICE
18.1 Esterilização das agulhas de acupuntura e equipamentos
Esterilização é definida como a destruição de todos micróbios, incluindo
esporos bacterianos (Bacillus subtilis, Clostridium tetani, etc). Alto nível de
desinfecção é definido como a destruiçãao de todos os micróbios, mas os
esporos podem sobreviver se estiverem presente em alto número.
18.2 Métodos e esterilização
Esterilização com vapor é o método mais comumente usado para
agulhas de acupuntura e outros equipamentos de metal. É não tóxico,
econômico, rápido, esporicida se usado de acordo com as instruções do
fabricante, ou seja, tempo, temperatura, pressão, quantidade e posicionamento
dos equipamentos forem corretos. Esterilização com vapor é realmente efetivo
quando livre de ar, ou seja, o ideal é 100% de saturação. Pressão não tem
influencia na esterilização, mas serve como um recurso necessário para obter
alta temperatura.
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Calor seco deve ser usado para esterilização de agulhas e
particularmente para esterilização de materiais que possam ser danificados
pelo calor úmido, mas o calor seco pode tornar a agulha frágil. Requer altas
temperaturas e tempo mais longo.
Recomendações para esterilização, temperature, tempo, pressão, calor
seco são mostrados abaixo.
Recomendações para métodos de esterilização:
Vapor sob pressão (autoclave, panela de pressão) – requer pressão de
15 libras por polegada (101 kp)
Temperatura Tempo
115° C 30 minutos
121° C 15 minutos
126° C 10 minutos
134° C 3 minutos
Calor seco (forno elétrico)
Temperatura Tempo
160° C 120 minutos
170° C 60 minutos
180° C 30 minutos
(Fonte: WHO - GPA/TCO/HCS/95/16 p.15.)
Os instrumentos de borracha ou plástico que são podem ser submetidos
a alta temperatura da autoclave, devem ser esterilizados quimicamente, com
concentração apropriada e adequado tempo de imersão (6% de peróxido de
hidrogênio estabilizado por 6 horas).
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Para ventosas, é recomendado que o vidro ao invés de borracha ou
plástico deve ser usado uma vez que o vidro pode ser submetido a altas
temperaturas da esterilização.
Deve-se frisar que ferver as agulhas em água não é suficiente para
esterilização, nem deixá-las de molho em álcool, uma vez que estes métodos
não destroem esporos de bactérias resistentes ou certos vírus.
18.3 Desinfecção
O alto nível de desinfecção é alcançado quando os instrumentos forem
fervidos por 20 minutos. Este é o método mais simples e mais confiável para
inativação de micróbios patogênicos, incluindo HIV, quando os equipamentos
de esterilização não são disponíveis. A fervura deve ser usada somente
quando a esterilização por vapor ou calor seco não puderem ser utilizados. O
vírus da Hepaite B é inativado pela fervura por vários minutos. HIV que é muito
sensível ao calor, também é inativado pela fervura por vários minutos. Porém,
deve-se ferver por 20 minutos. A desinfecção química é usada para
equipamentos sensíveis ao calor e varia na taxa de eliminação de micro-
organismos.
Os itens devem ser desmontados e imersos completamente no líquido
desinfetante. Deve-se tomar cuidado para enxaguar os itens desinfetados com
água limpa correndo risco de contaminação novamente. Desinfetantes
químicos são instáveis e pode ocorrer desagregação química. Não é tão
seguro como a fervura ou esterilização. Os agentes incluem:
- Agentes a base de cloro (alvejantes)
- Solução aquosa de glutaraldeido a 2%
- Álcool isopropílico ou etílico a 70%
19 MANUTENÇÃO
Todos esterilizadores devem ser checados periodicamente. Os
esterilizadores devem ser utilizados de acordo com as instruções do fabricante,
com suficiente espaço entre um pacote e outro permitindo apropriada
circulação de ar e penetração de vapor ou ar quente. A efetividade da
esterilização deve ser regularmente checada com indicadores biológicos,
Biblioteca SATOPAR 29
autoclave controle destes indicadores ou outros testes que podem ser usados
para garantir que o conteúdo da carga tenha sido submetido a condições
adequadas de esterilização.
20 LISTA DE PARTICIPANTES
Consultores de acupuntura – 28 de outubro a 1 de novembro de 1996
Cervia. Itália
Dr Steven K.H. Aung, President, World Natural Medicine Foundation,
"Natural, Integrated and Compassionate Medicine for All", 9904-106
Street, Edmonton, ABT5K 1C4, Canada.
Dr Jean Bossy, Professeur des Universités, Service d'Explorations
Fonctionnelles du Système Nerveux et Acupuncture, Centre Hospitalier
Universitaire, G. Doumergue, Boîte Postale 26, 5 rue Hoche, 30029
Nîmes, France.
Dr Joseph M. Helms, Founding President, American Academy of
Medical Acupuncture, 2520 Milvia Street, Berkeley, California 94704,
United States of America.
Dr Sung-Keel Kang, Chairman, Department of Acupuncture &
Moxibustion, College of Oriental Medicine, Kyung Hee University, No. 1
Hocki-dong Tongdaemun-ku, Seoul 130-702, Republic of Korea.
Professor Kenji Kawakita, Department of Physiology, Meiji College of
Oriental Medicine, Hiyoshi, Funai, Kyoto 629-03, Japan.
Dr Petrus Gito Mario, Chief of Traditional Health Manpower Section,
Ministry of Health, Jl. H.R. Rasuna Said Kav. X.5 No.: 04 s/d 09, Jakarta
12950, Indonesia.
Dr Emilio Minelli, President, Italian Society of Acupuncture, Via
Schiaparelli 17, 20125 Milan, Italy.
Professor Carole Rogers, Head, University of Technology, UTS College of
Acupuncture, Department of Health Sciences, Faculty of Science. P.O.
Box 123, Broadway, NSW 2007, Australia.
Biblioteca SATOPAR 30
Professor Umberto Solimene, Università Degli Studi di Milano, Istituto di
Anatomia Umana Normale, Catedra di Idrologia e Climatologia Medica
I, Centro di Ricerche in Bioclimatologia Medicina, Via Cicognara, 7,
20133 Milan, Italy.
Dr Zhu-Fan Xie, Former Director of Institute of Integrated Medicine,
First Hospital, Beijing Medical University, 1, Xi An Men Street, Beijing
100034, People's Republic of China.
Dr Li Yutang, Director, Acupuncture Institute, Nanjing University of
Traditional Chinese Medicine, 282 Hanzhong Rd, Nanjing 210029,
People's Republic of China.
Secretariat
Dr Xiaorui Zhang, Medical Officer, Traditional Medicine, Action
Programme on Essential Drugs, World Health Organization, Avenue
Appia, 1211 Geneva 27, Switzerland.
Mme Maryse Cestre, Secretary, Traditional Medicine, Action Programme
on Essential Drugs, World Health Organization, Avenue Appia, 1211
Geneva 27, Switzerland.