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SALVADOR DOMINGO 24/6/2012 EMPREGOS, CONCURSOS & NEGÓCIOS 5

OPORTUNIDADESVeja onde investir

Veja a tabela completa deoportunidades no A TARDE On Line

FIBRAS E FILAMENTOSProdução de fibras químicassintética e acrílico

BENEFICIAMENTOPreparação de fios paraalvejamento e mercerização

TECELAGEM E MALHARIATecimento de tecido liso, demalha de trama, de malha deteia ou urdume, de malha mista

ENOBRECIMENTOEncorpamento, tingimento artificial,estamparia artesanal, estampariaindustrial; comércio atacadista deartigos confeccionados

VESTUÁRIOCriação, modelagem, corte,costura, acabamento,embalagem/expedição,aviamento, acessórios

ATIVIDADES DE APOIOConsultoria e assessoria,equipamentos para a indústriatêxtil, pesquisa, produção de moda

NEGÓCIOS Impulsionado pelo mundial de 2014, mercado de roupas esportivas já cresce de 10% a 12% ao mês

Clima de festa da Copa do Mundo abre 58oportunidades no setor têxtil e de confecção

EDELY GOMES

Embalado pelo clima festivo daCopa, confecções da Bahia têmgrandes oportunidades de fa-turar com a produção de ves-tuário e materiais promocio-nais. De acordo com estudo rea-lizado pelo Sebrae, são 58 opor-tunidades criadas pelo evento.

As confecções que investiremnesta área irão pegar um seg-mento que já está aquecido. Se-gundo estimativa da AssociaçãoBrasileira da Indústria Têxtil e deConfecção (Abti), o mercado deroupas esportivas vem crescen-do de 10% a 12% ao mês. “Aoportunidadeérealmenteenor-me. É como se todo o País fossese vestir para jogar”, afirma odiretor-superintendente da Ab-ti, Fernando Pimentel.

Além de peças de vestuário,as oportunidades do setor in-cluem a produção de brindes,bandeiras e outros materiaispromocionais. Diretamente li-gado ao clima festivo da Copa,estes produtos começam a sercomercializados antes do even-to e as vendas crescem de acor-do com o desempenho da Se-leção Brasileira. A estimativa deexpansãoé5%a10%,seoBrasilfor bem nas competições.

Outrocampopromissoréodaprodução de uniformes, quevem crescendo por conta dasobras pela cidade. “Já existeuma grande demanda por contadas construções. O evento em sisó vai aguçar este processo”,afirma o vice-presidente do Sin-dicato da Industria do Vestuário(Sindvest), Wiliam Moura.

O caminho para acompanharo bom momento passa pelo pla-nejamento. Os pequenos em-preendedores são orientados ainvestir massivamente paracompetitividade. “Mesmo quetenhamos um cenário ótimo,com juros baixos, menos buro-cracia, e crédito fácil para o em-preendedor, ainda teremosuma competição brutal aquidentro do País”, diz Pimentel.

Inovação, mão de obra trei-nada, controle de custos e umaequipe de vendas eficiente sãoos pilares para o fortalecimentodo negócio. “É preciso investirna formação de uma equipe devendas mais atraente e agres-siva, além de oferecer aos clien-tes propostas criativas”, afirma

Mila Cordeiro/ Ag. A TARDE

Com lojas em Salvador e na Praia do Forte, a empresária Virgínia Moraes planeja promover a moda baiana entre os turistas da Copa

ONDE PROCURARQUALIFICAÇÃO

SEBRAE Oferece programasde qualificação em diversasáreas como: Diagnóstico deCompetitividade dasEmpresas / Consultoria eCapacitação em Gestão /Consultoria para Melhoria deProcessos - Inovação /Orientação para o Crédito /Consultoria e Capacitaçãopara Mercado / Rodada deNegócios / Articulação dePolíticas Públicas /Tel: 0800 570 0800 /www.ba.sebrae.com.br

PROGRAMA SEBRAE MAISPromove cursos decapacitação para Gestão deestoque e para Gestãofinanceira.www.sebraemais.com.br

SINDIVEST-BA Por meio deparceiros oferece capacitaçãopara confecções industriais /Tel: (71) 3343-1234 /www.sindvestbahia.com.br

SENAC / PRONATEC Oferecediversos cursos de formaçãoprofissional, além de idiomas(inglês e espanhol) /Tel: (71) 3186-4000 /www.ba.senac.br/pronatec

Empresáriosprecisam investirna capacitaçãodos funcionários

Para aumentar a produção e for-talecer a empresa, os empre-sários são orientados a investirna contratação de mão de obraqualificada e na capacitação defuncionários e gestores. Tarefaaté agora árdua para muitosempresários.

O grande problema é que ain-da é pequeno o número de pro-fissionais no mercado. “A mãode obra não está atendendo àdemanda. Em parte porqueaqueles profissionais que bus-cam qualificação acabam se tor-nando também empresários eabrindo suas próprias empre-sas”, explica William Moura, vi-ce-presidente do Sindivest.

Osetordevendaséoutraáreaatingida pela carência de mãode obras. Promover capacitaçãopara os próprios funcionáriosacaba sendo a saída. “Estamossempre buscando cursos de ven-das e de idiomas para atenderbem”, diz Virgínia Moraes.

Fortalecer o conhecimentotécnico entre gestores tambémé um desafio dentro do setor. “Amaioria dos micro empresáriosentra no negócio porque abraçauma ideia, mas não tem conhe-cimento técnico”, diz Moura. Pa-ra encontrar ajuda para criaçãode planejamento, controle fi-nanceiro e gestão, os empre-sários são orientados a buscarcapacitação em órgãos como oSebrae e Sindvest.

Pimentel.Foi pensando neste cenário

que João Neto, dono da Camisade Latinha, criou um planoanual de atividades para a em-presa. A experiência de ter pro-duzido camisetas e outros pro-dutos promocionais durante aCopa de 2010 também influen-ciou na decisão de começar ospreparativos cedo.

Planejamento“É crucial se planejar com an-tecedência. Assim que acabou aCopa de 2010, nós criamos umplano anual de atividades para2014. Os investimentos foramfeitas na área de produção, ca-pacitação e aumento da equi-pe”, conta João Neto.

O foco da Camisa de Latinhaé a produção de materiais pro-mocionais encomendados poroutras empresas. Outra áreaque deve receber grandes in-vestimentos é a confecção deroupas temáticas.

Animada com o cenário, Vir-gínia Moraes, dona da loja deroupas Vivire, está fortalecendoa gestão e imagem da empresa.Com lojas em Salvador e Praiado Forte, ela quer promover amoda baiana entre os turistasda Copa. “Queremos utilizar sig-nos da cultura local, que têm umapelo muito forte entre os tu-ristas”, diz Virgínia.

“É crucial planejar.Logo após a últimaCopa, começamosas atividades para2014”JOÃO NETO, da Camisa de Latinha

“A oportunidade érealmente enorme.É como se todo oPaís fosse se vestirpara jogar”FERNANDO PIMENTEL, presidente da Abit

“Já existe umagrande demanda. Oevento em si só vaiaguçar esteprocesso”Wiliam Moura, vice-presidente do Sindivest

Arquivo Pessoal

Divulgação / Abit

João Alvarez / FIEB

Série 7/9ESTA É A SÉTIMA MATÉRIASOBRE OPORTUNIDADESCRIADAS PELA COPA DOMUNDO. O TEMA DAPRÓXIMA SEMANA ÉMADEIRA E MÓVEIS

ENTREVISTA Odair Fantoni, coach

“ASSÉDIO MORAL NÃO É FÁCIL DE SER CARACTERIZADO”EDELY GOMES

Na busca por resultados numcenário cada vez mais compe-titivo, a linha entre cobrança eagressão pode não ser muitovisível. O número crescente deações movidas por empregadosque se julgam vítimas de as-sédio moral reflete esse movi-mento. O coach Odair Fantoniexplica quais atitudes podemconstituir o assédio, como istoafeta as empresas e quais ati-tudes devem ser tomadas.

Ultimamente, a questão do as-sédio moral vem sendo bastan-te discutida. O que caracterizaesta situação?

Resumidamente, podemoscaracterizar o assédio moralno local de trabalho como umconjunto de agressões psico-lógicas exercidas com fre-quência, por uma ou maispessoas, sobre alguém, ob-

jetivando com que esta acabedesistindo do seu emprego.Para caracterizar o assédio,estes ataques devem se re-petir numa frequência médiade duas vezes por semana epor no mínimo seis meses.

Esse tipo de agressão no am-biente de trabalho pode serconsiderado um fenômeno re-cente?

O assédio moral é tão antigoquanto as relações de traba-lho.Entretanto,oassédiover-tical descendente (aqueleque é praticado por um su-perior imediato sobre um deseus colaboradores) é maisrecente. Sua origem provávelcoincide com a efetivação dasnormas legais que restringi-ram as dispensas imotivadas.No Brasil, por exemplo, estetipo de assédio, provavel-mente, nasceu logo após aimplantação da Consolida-ção das Leis do Trabalho.

Arquivo Pessoal

O assédio moralafetanegativamente otrabalhador emtodos os setores desua vida

Quais situações não podem sercaracterizadas como assédiomoral?

O assédio moral não é fácil deser caracterizado. Muitas ve-zes, exige uma análise crite-riosa por parte de um espe-cialista. Quando a pressão noambiente de trabalho é exer-cida na justa medida, dentrode padrões éticos que nãofiram a dignidade da pessoahumana, é um direito do em-pregador. Ultrapassado estelimite, o empregador está su-jeito à indenização por danomoral. Isto ocorre quando secobra do empregado o que éhumanamente impossível deser realizado ou de formaabusiva.

As consequências do assédiomoral estão restritas ao am-biente de trabalho? Como o tra-balhador é afetado?

O assédio moral afeta nega-tivamente o trabalhador emtodos os setores de sua vida.

O trabalhador assediado mo-ralmente passa a acreditarque ele é o “grande proble-ma”, o “errado em tudo”. Abaixa autoestima, a ansieda-de, o medo e até mesmo a“culpa” acabam influencian-do a saúde física e psíquica dotrabalhador.

Quais são as consequências so-bre o ambiente organizacio-nal?

O clima encontrado nesteambiente é péssimo, resul-tando em atrasos, faltas,afastamentos temporários,entre outros. Por este motivoé superimportante que o RHfique sempre em alerta emrelação a estes indicadores.Quanto aos custos para a or-ganização, eles são imensu-ráveis, principalmente porafetar diretamente a produ-ção, tanto em relação a quan-tidade como da qualidadedos produtos e serviços. Ou-tras consequências são os au-

mento nos custos com planosde saúde, recrutamento, se-leção, integração e treina-mento de novos colaborado-res além de rescisões e in-denizações, entre outros.

Quem deve ser responsabiliza-do pelos casos de assédio morale o que é preciso fazer parapedir reparação?

Alguns estados e municípiosjá aprovaram leis específicasnormatizando a questão da“Coação Moral”, termo quenossos legisladores vêm ado-tando comumente em subs-tituiçãoa“AssédioMoral”. Es-tas normas regularizam ape-nas o funcionalismo públicoe, geralmente, penalizam oassediador com advertência,suspensão ou demissão. Naárea privada ainda não exis-tem normas específicas sobrea questão. Entretanto, istonão impede a ocorrência deações trabalhistas originadano assédio moral.