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O LIVRO DOS MÉDIUNSO LIVRO DOS MÉDIUNS
PARIS 1861
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Capítulo XIV: Os médiunsCapítulo XV: Médiuns escreventes ou psicógrafosCapítulo XVI: Médiuns especiaisCapítulo XVII: Formação dos médiunsCapítulo XVIII: Inconvenientes e perigos da mediunidade - Influência do exercício da mediunidade sobre a saúde sobre o cérebro e sobre as crianças.Capítulo XIX: Papel dos médiuns nas comunicações - Influência do espírito do médium - Aptidão de certos médiuns para língua, música, desenho, etcCapítulo XX: Influência moral do médiumCapítulo XXI: Influência do meioCapítulo XXII: Da mediunidade nos animais
Sumário de “O livro dos médiuns”Sumário de “O livro dos médiuns”O LIVRO DOS MÉDIUNSO LIVRO DOS MÉDIUNS
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Cap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidadeCap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidade
Influência do exercício da mediunidade sobre a saude, sobre o cérebro e sobre as crianças
A faculdade mediúnica é indício de algum estado patológico ou simplesmente anormal?— Às vezes anormal, mas não patológico. Há médiuns de saúdes vigorosa. Os doentes o são por outros motivos.
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Cap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidadeCap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidade
O exercício da faculdade mediúnica pode causar fadiga? — O exercício muito prolongado de qualquer faculdade produz fadiga. Com a mediunidade acontece o mesmo, principalmente com a de efeitos físicos. Esta ocasiona um dispêndio de fluidos que leva o médium à fadiga, mas que é reparado pelo repouso
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Cap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidadeCap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidade
O exercício da mediunidade pode ter inconvenientes em si mesmo no tocante às condições de higidez, excluindo-se os casos de abuso. — Há casos em que é prudente e mesmo necessário abster-se ou pelo menos moderar o uso da mediunidade. Isso depende do estado físico e moral do médium, que geralmente o percebe. Quando ele começa a sentir-se fatigado, deve abster-se.
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Cap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidadeCap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidade
Esse exercício teria mais inconvenientes para uma pessoa de que para outras? — Como já disse, isso depende do estado físico e moral do médium. Há pessoas que devem evitar qualquer causa de superexcitacão, e a prática mediúnica seria uma delas.
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Cap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidadeCap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidade
A mediunidade poderia produzir a loucura? — Não produziria mais do que qualquer outra coisa, quando a fraquza do cérebro não oferecer predisposição para isso. A mediunidade não produzirá a loucura, se esta já não existir em germe. Mas se o seu princípio já existe, o que facilmente se conhece pelas condições psíquicas e mentais da pessoa, o bom senso nos diz que devemos ter todos os cuida dos necessários, pois nesse caso qualquer abalo será prejudicial.
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Cap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidadeCap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidade
Será inconveniente desenvolver a mediunidade das crianças? — Certamente. E sustento que é muito perigoso. Porque esses organismos frágeis e delicados seriam muito abalados e sua imaginação infantil muito superexcitada. Assim, os pais prudentes as afastarão dessas idéias, ou pelo menos só lhes falarão a respeito no tocante às conseqüências morais.
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Cap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidadeCap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidade
Mas há crianças que são médiuns naturais, seja de efeitos físicos, de escrita ou de visões. Haveria nesses casos o mesmo inconveniente? — Não. Quando a faculdade se manifesta espontânea numa criança, é que pertence à sua própria natureza e que a sua constituição é adequada.
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Cap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidadeCap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidade
Qual a idade em que se pode, sem inconveniente, praticar a mediunidade? — Não há limite preciso na idade. Depende inteiramente do desenvolvimento físico e mais particularmente do desenvolvimento psíquico. Há crianças de 12 anos que seriam menos impressionadas que alguns adultos. Refiro-me à mediunidade em geral, pois a de efeitos físicos é mais fatigante para o corpo.
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Cap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidadeCap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidade
A prática do Espiritismo requer muito tato para se desfazer o embuste dos Espíritos mistificadores. Se homens feitos são por eles enganados, a infância e a juventude estão ainda mais expostas a isso, por sua inexperiência. Como não se pode esperar de uma criança a gravidade necessária a um ato semelhante, seria de temer que, entregue a si mesma, ela o transformasse em brinquedo.
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Cap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidadeCap. XVIII – Inconvenientes e perigos da mediunidade
O problema da idade está subordinado tanto às condições do desenvolvimento físico, quanto às do caráter ou amadurecimento moral. A orientação espírita para as pessoas que apresentem distúrbios psíquicos é que busque o tratamento médico. Qualquer tratamento espiritual será realizado em conjunto com o acompanhamento da medicina.
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Cap. XIX – Papel do médium nas comunicaçõesCap. XIX – Papel do médium nas comunicações
Aksacof, no século passado, admitiu um tríplice determinismo para os fenômenos mediúnicos: Personismo – Apropriação de um nome. Criação de um personagem a partir dos arquivos do inconsciente do médium Animismo – Fenômenos provocados pela alma do médium. (Parapsicologia) Espiritismo – Ação de outra inteligência
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Cap. XIX – Papel do médium nas comunicaçõesCap. XIX – Papel do médium nas comunicações
- Influência do espírito do médium- Sistema dos médiuns inertes- Aptidão de certos médiuns para línguas, música, desenho etc- Disertação de um espírito sobre o papel dos médiuns
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Cap. XIX – Papel do médium nas comunicaçõesCap. XIX – Papel do médium nas comunicações As comunicações escritas ou verbais podem ser também do próprio Espírito do médium? — A alma do médium goza de um certo grau de liberdade, recobra então as suas qualidades de Espírito. Tens a prova na visita das almas de pessoas vivas que se comunicam contigo, muitas vezes sem serem chamadas. Entre os Espíritos que evocas há os que estão encarnados. Por que o médium não poderia fazer o mesmo?
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Cap. XIX – Papel do médium nas comunicaçõesCap. XIX – Papel do médium nas comunicações Como distinguir se o Espírito que responde é o médium ou se é outro Espírito? — Pela natureza das comunicações. Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás. É sobretudo no estado sonambúlico ou de êxtase que o Espírito do médium se manifesta, pois então se acha mais livre. No estado normal é mais difícil. Há respostas, aliás, que não lhe podem ser atribuídas. Por isso é que te digo para observar e estudar.
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Cap. XIX – Papel do médium nas comunicaçõesCap. XIX – Papel do médium nas comunicações Importante:
ANIMISMO MISTIFICAÇÃO Animismo – Manifestação inconsciente Mistificação - Deliberação consciente de enganar, resultada da má intenção.
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Cap. XIX – Papel do médium nas comunicaçõesCap. XIX – Papel do médium nas comunicações O Espírito do médium influi nas comunicações de outros Espíritos que ele deve transmitir? — Sim, pois se não há afinidade entre eles, o Espírito do médium pode alterar as respostas, adaptando-as às suas próprias idéias e às suas tendências. Mas não exerce influência sobre os Espíritos comunicantes. É apenas um mau intérprete.
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Cap. XIX – Papel do médium nas comunicaçõesCap. XIX – Papel do médium nas comunicações Concebe-se que seja assim para os médiuns intuitivos, mas não quando se trata de médiuns mecânicos. — Não compreendeste bem a função do médium. Há uma lei que ainda te escapa. Para uma comunicação inteligente o espírito desencarnado necessita também de um intermediário inteligente, e esse intermediário é o Espírito do médium.
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Cap. XIX – Papel do médium nas comunicaçõesCap. XIX – Papel do médium nas comunicações Parece resultar dessas explicações que o Espírito do médium não é jamais completamente passivo? — Ele é passivo quando não mistura suas próprias idéias com as do Espírito comunicante, mas nunca se anula por completo. Seu concurso é indispensável como intermediário, mesmo quando se trata dos chamados médiuns mecânicos.
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Cap. XIX – Papel do médium nas comunicaçõesCap. XIX – Papel do médium nas comunicações A aptidão de certos médiuns para escreverem numa língua estranha não provém do fato de a terem usado noutra existência, conservando-a na atual em forma intuitiva? — Certamente isso pode acontecer, mas não é uma regra. O Espírito pode, com algum esforço, superar momentaneamente a resistência material. É o que se verifica quando o médium escreve, na sua própria língua, palavras que não conhece
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Cap. XIX – Papel do médium nas comunicaçõesCap. XIX – Papel do médium nas comunicações A expressão do pensamento pela poesia, o desenho ou a música depende unicamente da aptidão do médium ou também do Espírito comunicante? — Algumas vezes do médium, outras do Espírito. Os Espíritos superiores possuem todas as aptidões, os Espíritos inferiores têm conhecimentos limitados.
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Capítulo XVI: Médiuns especiaisCapítulo XVII: Formação dos médiunsCapítulo XVIII: Inconvenientes e perigos da mediunidadeCapítulo XIX: Papel dos médiuns nas comunicaçõesCapítulo XX: Influência moral do médiumCapítulo XXI: Influência do meioCapítulo XXII: Da mediunidade nos animaisCapítulo XXIII: Da obsessãoCapítulo XXIV: Identidade dos espíritosCapítulo XXV: Das evocaçõesCapítulo XXVI: Perguntas que se podem fazer
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“O médium é como uma ponte. Há pontes rústicas,
mas que são extremamente seguras. Há pontes vistosas,
mas que se encontram prestes a ruir”
DIVALDO FRANCO
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