Mídias Sociais para Jornalistas
Jacqueline Lafloufajornalista de tecnologia desde 2009, trabalhando com conteúdos para mídias digitais. Integrou a equipe Blue Bus, onde era responsável pela curadoria das editorias de tecnologia, publicidade, jornalismo, inovação e mídia. É editora no Brainstorm#9 e colabora com matérias especiais no Tecnoblog. É formada em literatura e pós-graduada em jornalismo científico pela Unicamp.
Mídias sociais para jornalistas
E você?
Conte um pouco sobre o seu interesse, formação e por que está aqui.
Mídias sociais para jornalistas
1 Pra quê usar mídias sociais no jornalismo?
Por que a sua audiência sabe mais do que você
Internet = rede mundial de PESSOAS
Mídias sociais para jornalistas
Mídias sociais = jeitos de conectar pessoas
Mídias sociais para jornalistas
O jornalismo não é mais o único detentor de notíciasCada pessoa pode emitir sua própria breaking news nas
suas mídias
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Breaking News involuntária, ainda
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Era isso:
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Jornalismo agora é uma conversa, não uma palestra
É um processo, não um produto
Cada vez mais, as notícias são apresentadas ‘em desenvolvimento’
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Surgem online primeiro, pela rapidez da mídia digital
Mídias sociais para jornalistas
Veículos não conseguem ser mais rápido que as mídias sociais, e às vezes não têm mais crédito com o leitor
Mídias sociais para jornalistas
Dados da Raquel Recuero - 17/junho/2013
E os seus leitores são suas melhores fontes
A sua rede pode ter informações valiosas
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E o melhor: antes de chegar aos jornais
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2 Cada rede tem um propósito
Experimente e observe como cada rede se comporta
Twitter: a queridinha dos jornalistas
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Rápida, ágil - 140 caracteres de informaçãoPermite conversas mesmo fora das redes pessoais (@replies)Conceito de seguidores - você é grande curador das suas redesListas - privadas e públicasDMs - Só entre pessoas que se seguem mutuamente
Facebook: a intimidade das redes privadas
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Cunho mais pessoal, reservadoProfissionais costumam separar perfis privados e páginas públicas (personalidades)Permite seguidores e amigos(diferentes graus de intimidade)mensagens em privado - INBOXmensagens públicas - mençõesGrupos de Discussão - grande flanco a ser explorado
Pinterest: a rede social de imagens
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Conteúdos imagéticos conseguem ser melhor organizadosMenos instantaneidade, mais emoçãoUsos curiosos: murais com conteúdos específicos, como por exemplo procurados pela justiça.
Google+
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Ainda está apagadinha, coitadaEm todo caso, ajuda bastante no pagerank do GoogleAutores podem ter suas páginas pessoais linkadas – e a imagenzinha ajuda as pessoas a clicarem
LinkedIn: stalking profissional
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Dá para saber onde a pessoa trabalha, em que cargo está, quais foram os últimos postos ocupadosA ferramenta de conexão pode ser usada para deixar mensagensÉ possível checar tanto interesses e especialidades quanto expertises e recomendações
LinkedIn: postagens mais profissionais
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Como jornalista, dá para fazer postagens razoavelmente frequentes (diárias) para destacar o seu trabalho
LinkedIn: company page
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Pode ser um ambiente interessante para divulgar suas informações para um determinado públicoAs mensagens são exibidas para quem segue a sua empresaÉ possível automatizar esse processo.
Exercício:Escolha uma publicação e imagine o
que poderia ser postado em cada rede
15 min
Ferramentas que podem ajudar
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Hootsuite / Tweetdeck / Storify / Buffer
TWEETDECK
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Visualizar múltiplas timelines
TWEETDECK
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Agendamento de postagensPostagem em mais de uma conta
TWEETDECK
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Acompanhamento de listasBuscas / Filtros
HOOTSUITE
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Similar ao TweetdeckVantagem: controlar mais de uma rede social ao mesmo tempo
HOOTSUITE
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Outra vantagem: automatizar algumas postagens usando RSS
HOOTSUITE
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Diversas abas de streaming
STORIFY
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Criar uma história embedável usando diversas mídias
BUFFER
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Deixar postagens ‘penduradas’ para determinados horários
3 Você é o curador da sua rede de
informações
Atenção aos temas discutidos na sua timeline
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siga pessoas variadas, passe a seguir alguém que está dando uma opinião muito diferente do restante, busque #hashtags para
compreender o contexto.
Dê uma fuçada básica na lista de pessoas que são seguidas por gente influente ou informada. É um jeito interessante de expandir a própria rede.
Xerete quem as pessoas influentes seguem
5+ falando sobre o mesmo tema = pode ser relevante
Saiba o que rola nos Trending Topics #TT
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O assunto só chega ao Trending Topics do Twitter quando é citado por muitas pessoas, o que significa que há uma relevância naquele tema. Verifique se é importante ou interessante para você.
Eles são regionais - certifique-se de checar a sua região, o país e, em alguns casos, o TT mundial
TTs são a ‘pauta do dia’ do Twitter.
Organizando seu Twitter
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• siga pessoas influentes nas esferas que você atua
• assine listas• crie suas próprias listas privadas• entenda quem é seguido por
quem, e especule se é útil para você
• utilidade: quando o assunto não for mais do seu interesse, você pode deixar de seguir alguns perfis
• interaja em conversas
Twitter: listas pra que te quero
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https://twitter.com/jacquelinee/lists
Twitter: Magic Recs
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https://twitter.com/MagicRecs
Curadoria de Facebook
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siga pessoas influentesaproxime-se de grupos de discussão acerta do seu temause a inbox para fazer perguntas (caso seja necessário confirmar ou entrevistar)siga páginas de publicações ou siga pessoas que não são suas amigasconfira quem segue quem no Facebook
Facebook: também dá para organizar por listas
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Facebook: 'leia mais tarde' em um grupo só seu
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Realtime: Twitter > Facebook
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Para saber o que está rolando A-GO-RA, o Twitter ainda é mais eficiente que o Facebook. Isso porque o algoritmo do Zuck ainda esconde algumas informações em tempo real por não considerá-las relevantes - é bom ficar atento.
Bom caso de uso de Realtime: Pinguim do @pontofrio
PAUSAvoltamos depois do almoço
VOLTAMOS!
4 Seja profissional SEMPRE
Mas não seja um robô ;)
Jornalista ganha marca própria, independente do veículo
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"Apesar do caráter essencialmente de entretenimento que os brasileiros dão às redes sociais, é importante salientar que muitos pilares da sociedade não podem se dar ao luxo de transformarem esses ambientes em locais de constante festividade. No caso dos jornalistas, sim, o local também é de entretenimento, mas deve ser levado essencialmente como um eterno ambiente profissional, pois jornalistas são jornalistas dentro e fora das redes, 24 horas por dia."
TORRES, Cleyton Carlos - Observatório da Imprensa
O leitor assíduo te ajuda - é crítico, aponta pautas e até auxilia conferindo a ortografia (typos acontecem)
Jorge Pontual: fotos de gatinhos e até piada com Jared Leto no Oscar
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William Bonner: crise de meia idade e escolha da gravata do dia
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Exercício:Escolha um dos jornalistas acima e
imagine como ele poderia usar as redes
Guga Chacra
Juca Kfouri
Ilze Scamparinni
Marília Gabriela
Mônica Waldwogel
Tadeu Schmidt
Rachel Sheherezade
Glória Kalil
15 min
5 Pesque tendências
Mas confira sempre a veracidade da informação
“With great power, comes great responsability" -
PARKER, Benjamin
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O jornalista que está nas mídias será sempre mais cobrado sobre o que escreve - isso porque estar nesse meio é estar mais à disposição (e mais acessível) ao leitor.
É preciso redobrar o cuidado com as informações divulgadas e sobre os posicionamentos pessoais feitos nas redes sociais.
Vale lembrar que nem tudo que circula na rede é verdade, e é preciso se manter cético e sempre verificar as informações ou buscar fontes confiáveis.
Caso: Repórter da Internet
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Coletivo de jornalistas que se dispunha a verificar as informações divulgadas na rede durante as manifestações de junho de 2013.
Funcionamento: uma central pescava boatos e tendências que eram comentadas nas redes e acionava jornalistas que estavam nos locais para confirmar (ou desmentir) a informação.
Nos casos onde não existe a confirmação, deixar isso claro e/ou evitar a publicação.
Quando viável, checar com as autoridades qual é o posicionamento oficial
(uma alternativa é avisar que autoridade X foi contatada para comentar o caso, e que a notícia será atualizada.)
6Ética e transparência: exigências da rede
O jornalista é a sua própria marca. E a rede não perdoa.
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Jamais se esqueça da ética. As pessoas que estão na rede perdoam erros, mas não costumam perdoar má fé.
Cuidado com associações à marcas e falta de veracidade de informações. A empresa para a qual você trabalha pode sair ilesa, mas o jornalista irá carregar o estigma consigo.
Citar outros jornalistas (ou até a concorrência) não é vergonha.
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Quando a informação divulgada não tiver sido obtida em primeira mão, não deixe de citar a fonte do original.
O mesmo vale para a dica vinda do leitor. Agradeça sempre que possível.
Esse reconhecimento de que é preciso fazer uso das suas conexões para completar a matéria é bem visto pelo público. Reconhece quem deve e completa o trabalho jornalístico que fulaninho talvez não saiba/possa/tenha meios de fazer.
Acredite no poder da transparência
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É preciso ter a coragem de fazer uma nota de rodapé na notícia em questão para avisar sobre o conteúdo que foi atualizado, e deixar claro qual era a informação que havia sido veiculada erroneamente.
Isso é especialmente importante para o caso de alguém ter copiado e colado a matéria com o dado errado, ou ter compartilhado um print screen do conteúdo com falhas. A versão web precisa ser sempre a mais recente, e estar atualizada de acordo com as erratas necessárias.
7 Não tenha medo de inovar e experimentar
“Não se faz jornalismo digital da sua zona de conforto”
- Steve Buttry
Entenda as novas ferramentas e utilize-as a seu favor
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Twitter, por exemplo, permite boa cobertura em tempo real, e gera uma boa gama de leitores para o futuro. A tendência, que levou a Mídia Ninja ao seu reconhecimento, é importante e tem público.
Quando a cobertura tradicional (televisiva ou impressa) cessa, o virtual surge como uma forma de prover mais conteúdo para quem ainda quer mais material.
Conteúdo com pouca edição e foco no tempo real passa sensação de veracidade. Fotos e pequenos vídeos ajudam a ilustrar o momento. O leitor gosta do conteúdo ‘cru' - ele tira as próprias conclusões depois.
Caso: Mídia Ninja
Caso: Entrevista via Skype + Soundcloud
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Em 2013, a pós TV fez um enorme sucesso durante os protestos. Em uma das transmissões, chegou a um ponto do Ibope. Consegui o contato do Bruno Torturra e conversei com ele. A conversa foi inteira para o Blue Bus.
https://soundcloud.com/jacquelinelafloufa/entrevista-com-bruno-torturra
Caso: Entrevista via Skype + Soundcloud
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http://www.bluebus.com.br/cobertura-independente-do-midia-ninja-entrevista-com-bruno-torturra-ouca-aqui/
o Velozo Diretoo Licença poética para não
editaro Realização remotao Multimídia
Caso: Entrevista via Skype + Soundcloud
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http://www.bluebus.com.br/cobertura-independente-do-midia-ninja-entrevista-com-bruno-torturra-ouca-aqui/
BASTIDORES:
Mídias ainda não consolidadas podem ser 'embedadas'
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Cada vez mais o jornalismo é multimídia. As pessoas querem ler, mas também ter a possibilidade de assistir, ver ou de ouvir uma notícia.
6 segundos de vídeo fotos e 15 segundos de vídeo
Aúdios mais extensos
Use-as a seu favor. Cada mídia pode ser útil em um ambiente diferente.
Caso: Coberturas imagéticas com auxílio de Vine e Instagram
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Eventos como a Campus Party ou o youPIX são essencialmente imagéticos. As pessoas querem ver as imagens, ou vídeos, para se sentirem mais próximas da cobertura.
Essa é, no geral, a vantagem de uma cobertura televisiva, mas parte desse encantamento pode ser replicado com a publicação de imagens em tempo real (ou no tempo mais real que o 3G permitir).
No Blue Bus, a equipe foi instruída a publicar conteúdos no Vine e no Instagram, e essas postagens eram então incorporadas ao site. A inovação era feita trazendo a cobertura de cada um para um mesmo local, com imagens, vídeos, etc.
Caso: Coberturas imagéticas com auxílio de Vine e Instagram
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Caso: Coberturas imagéticas com auxílio de Vine e Instagram
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Caso: Coberturas imagéticas com auxílio de Vine e Instagram
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Caso: Coberturas imagéticas com auxílio de Vine e Instagram
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Caso: Coberturas imagéticas com auxílio de Vine e Instagram
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Caso: Coberturas imagéticas com auxílio de Vine e Instagram
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Exercício:Escolha um assunto, evento ou cobertura
jornalística que você tenha interesse e imagine como ela poderia ser melhorada com as redes
30 min
“Não se faz jornalismo digital da sua zona de conforto”
- Steve Buttry
Obrigada!
[email protected]@jacquelinee
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