Problemas relativos a adaptação de óculos solares curvados
A “MAGIA” DOS SOLARES
?
NECESSIDADE
AUTO IMAGEM
• Conforto• Proteção
contra luz forte (meio-dia, praia, neve, etc.)
• Mistério• Elegância• Ousadia• Sedução• Esportivida
de• “Bad Boy”• Moda
Queixas
Ocorrem quando tentamos “colocar grau” em armações com curvatura acentuada.
Chão torto
Tontura
Mal estar
Curvatura da armação
Ângulo Pantoscópico
24
6810
1214
0
1618
2022
24
Figura 4 – Angulo de curvatura na armação.
ÁPICE CORNEANO
MÁCULA
Figura 3 – Comparação entre alinhamentos
Preocupamo-nos com o centro óptico da lente e esquecemos o eixo óptico, que é a reta imaginária na qual se encontra o ponto focal e que é perpendicular à mesma, sendo o nosso conhecido “centro óptico” - ponto que em uma lente real é chamado de vértice anterior da lente. Outro aspecto importante são os cálculos mais simples que consideram lentes muito finas, mas nem sempre a espessura pode ser desprezada.
PONTO
FOCAL“CENTRO ÓPTICO”
Figura 1 – Eixo óptico
ÁPICE CORNEANO
MÁCULA
Figura 2 – Eixo visual
Numa condição normal para adaptação de óculos o eixo óptico da lente deve estar alinhado com o eixo visual do olho, que é a reta imaginária que liga a mácula (região mais nobre da retina) com o ápice corneano, como ilustrado na figura 2. Quando utilizamos o pupilômetro é justamente o ponto que passa pelo eixo visual que encontramos.
Figura 3 – Comparação entre alinhamentos
No caso de armações muito curvadas, não é possível obter o alinhamento. Dependendo da armação podemos encontrar ângulos de até 20º entre o eixo da lente e o eixo do olho, que está relacionado com o que chamamos de ângulo de curvatura da armação. Outro ângulo mais conhecido, o pantoscópico, tem função de atender à necessidade fisiológica de alinhamentos dos eixos.
A inclinação da lente produzida pelo ângulo de curvatura induz um astigmatismo com eixo a 90º de mesmo sinal que o esférico da receita, além de aumentar a potência da dioptria esférica, também induz a um prisma de base temporal que depende essencialmente da espessura da lente e de sua base. Um ângulo pantoscópico mal definido induz efeitos semelhantes, porém com um astigmatismo com eixo a 180º e prisma base inferior ou superior.Considerando uma armação curvada, que apresentará simultaneamente o ângulo pantoscópico e o ângulo de curvatura, em que for aplicada uma prescrição que apresente dioptria cilíndrica e, portanto, astigmatismo, todos estes fatores devem ser considerados na fabricação da lente. Se a lente for fabricada conforme a prescrição, sem considerar os ângulos envolvidos, ela aparentemente estará correta ao ser medida no Lensômetro comum que não possui qualquer dispositivo para compensar a inclinação da lente. No Lensômetro comum o eixo óptico da lente está alinhado com o do próprio Lensômetro. Torna-se, então, necessário produzir uma lente com uma prescrição completamente diferente da existente na receita, quando medida no
Lensômetro, mas que neutralizará os astigmatismos e prismas induzidos, gerando na posição de visão do usuário a prescrição que ele necessita.
Exemplificando:
Cliente:
•Prescrição de -5,00 DE•Armação com ângulo de curvatura de 30º, e, portanto 15º de inclinação para cada olho, •Lente em CR39,
Terá diante de seu eixo visual uma dioptria de -5,11 DE <> -0,37 DC x 90°(1), além de um prisma de base temporal de 0,32 dioptrias prismáticas (2).
Para garantir que o paciente tivesse diante de seu eixo visual o valor correspondente a prescrição de -5,00, a lente a ser confeccionada deveria ter a potência de -4,56 DE<>-0,33 DC x 180º, além de se incluir um prisma de base nasal de 0,32 dioptrias prismáticas, que seria obtido através de uma descentração do centro óptico da lente.
Dioptria da lente: +5,00
esf
Percebido pelo usuário:
+5,11 esf +0,37 cil x 90° D
15°
Percebido pelo usuário:
0,61 prisma base temporal
Lente a confeccionar:+4,91 esf -0,29 cil x
90°Prisma 0,32 base
nasal
Percebido pelo usuário: +5,00 esf
15°
Med
ida
do
Lens
omet
ro
Lin
ha
de
vis
ão
Lente entrega -4,32 esf -1,09 cil x 90° e um prisma de 0,61 Base Temporal
Laboratório surfaçou -4,00 esf
Borda Nasal
Ponto convencional de verificação
Med
ida
do
Lens
omet
ro
Lin
ha
de
vis
ão
Laboratório surfaçou
-3,22 esf -0,57 cil x 180° com 0,49 de prisma base
nasal
Lente entrega -4,00 esf na posição “como
em uso”
Borda Nasal
Ponto convencional de verificação
Lente medida no Lensômetro fica em uma posição diferente da que ficará em frente ao olho.
0D -1,50 ESF – 1,75 CIL X 50°
OE -1,25 ESF -1,00 CIL X 130°
OD -1,37 ESF -1,75 CIL X 48° PRISMA 0,25 BN
OE -1,12 ESF -1,12 CIL X 132° PRISMA 0,25 BN
CURVATURA: 15°
PANTOSCÓPICO: 8°
0D +1,50 ESF – 1,75 CIL X 50°
OE +1,25 ESF -1,00 CIL X 130°
OD +1,37 ESF -1,62 CIL X 50° PRISMA 0,25 BI
OE +1,12 ESF -0,87 CIL X 129° PRISMA 0,25 BI
CURVATURA: 15°PANTOSCÓPICO:
8°
O processo de cálculo da lente, considerando os ângulos e a distância vértice certamente levarão a uma receita que lida no lensômetro parecerá diferente daquela necessária ao cliente.
Normalmente os fabricantes apresentam um documento que mostra a receita do cliente e a medida que obteremos no lensômetro.
O aspecto subjetivo da aceitação da lente deve ser levado em conta: É preciso querer usar?
Por que os laboratórios não tentam desenvolver lentes semelhantes?
1 milímetro para cada 2° de
ângulo pantoscópico
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