A VISÃO DO CLIENTE FRENTE AO CRESCIMENTO ACELERADO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO:
UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
1
A IMPORTANCIA DA INTERNET
PARA OS NEGOCIOS Estudos realizados na Região
Metropolitana do Cariri
Piedley Macedo Saraiva
Nágela Maria Alves de Melo
Piedley Macedo Saraiva
2
Copyright © 2014 by Piedley Macedo Saraiva
Todos os direitos reservados ao Autor Piedley Macedo Saraiva
Impresso no Brasil Printed in Brazil
Foto da Capa
Arquivo pessoal do Autor
Montagem de Capa e Diagramação Andreza de Souza
Revisão
Do Autor
O48p Oliveira, Alex Feitosa de, 1978- A prisão preventiva prevista na lei de falências e recuperação de empresas / Alex Feitosa de Oliveira. – Olinda, PE: Livro Rápido, 2010.
104p.
1. FALÊNCIA – FRAUDE – BRASIL. 2. FALÊNCIA – BRASIL – ASPECTOS JURÍDICOS. 3. CRIME COMERCIAL – BRASIL 4. PRISÃO PREVENTIVA – BRASIL. 5. EMPRESAS – BRASIL – RECUPERAÇÃO. 6. PROCESSO PENAL – BRASIL. 7. DIREITO FALIMENTAR – BRASIL. 8. LEI DAS FALÊNCIAS N.11.101 DE 6, DE SETEMBRO DE 2005 – BRASIL. I. Título.
CDU 347.736 CDD 346.078 PeR – BPE 10-0234
Editora Livro Rápido – Elógica Coordenadora editorial: Maria Oliveira
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UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
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PREFACIO
Os atuais métodos de informação, comunicação e
relacionamento, sustentados pelo período digital, sobretudo a
velocidade na troca de informação mostra a maneira como a
sociedade está avançando neste contexto. A internet tem sido uma
dessas maneiras de progresso, onde promove a comunicação e
aumento do elo entre as empresas e seus clientes ou potenciais
clientes.
Sendo assim, as ações digitais estão ganhando cada vez
mais força no mercado empresarial brasileiro, este aspecto pode
ser ratificado devido principalmente à elevação de consumo de
conteúdo digital que o Brasil vem passando nos últimos anos, nos
colocando entre as maiores potências de compras On-line, de uso
de redes sociais e consumo de conteúdo em buscadores online.
Wonton (2007, p. 31), “Poucos setores tão vitais para” a
sociedade contemporânea como a comunicação tecnológica são
também tão recentes, uma vez que, do início ao fim, a história do
telefone, do cinema, do rádio, da televisão, da informática, tem
apenas um século de existência.
Mas as rupturas introduzidas por estas técnicas foram
tão violentas, levadas em um ritmo tão rápido, que se tem a
impressão de que estão aí desde sempre, ainda que a chegada, para
o grande público, do transistor data de 1955, 1960 para a televisão
e dos anos 70 para o computador.
Baseado neste pressuposto este livro foi segmentado em
três blocos, sendo o primeiro enfatizando a visão do cliente com
relação ao crescimento do comércio virtual, o segundo com foco
na utilização das redes sociais para se comunicar com o cliente e
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o último esclarecendo um pouco sobre o modelo de compra
coletiva. Esta publicação tem como motivação a identificação dos
impactos, ações desenvolvidas no ambiente on-line para a RMC
Região Metropolitana do Cariri sua repercussão na maximização
dos resultados das vendas, desta forma busca-se através deste
estudo avaliar se o mercado em questão tem conhecimento do
poder destas ações digitais.
Boa Leitura
Ermeson Silva
A VISÃO DO CLIENTE FRENTE AO CRESCIMENTO ACELERADO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO:
UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
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SUMÁRIO
A VISÃO DO CLIENTE FRENTE AO CRESCIMENTO ACELERADO DO
COMÉRCIO ELETRÔNICO: UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE
ADMINISTRAÇÃO. ...................................................... 7
1.INTRODUÇÃO ...................................................... 8
2.REFERENCIAL .................................................... 10
2.1 INTERNET .................................................... 10
2.2 DO VAREJO TRADICIONAL, PARA O VAREJO ONLINE ... 13
2.3 NEGÓCIOS ELETRÔNICOS (E- BUSINES) ................. 16
2.4 COMÉRCIO ELETRÔNICO (E- COMMERCE) ............... 17
3. METODOLOGIA .................................................. 21
4.ANALISE DOS RESULTADOS ................................. 23
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................... 31
REFERENCIAS ...................................................... 33
A Utilização das Redes Sociais para Divulgação de uma
Marca: Estudo Realizado nas Empresas Varejistas de um
Shopping em Juazeiro do Norte-CE. ........................... 37
RESUMO ............................................................ 37
1. INTRODUÇÃO ....................................................38
2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................ 40
2.1 DEFINIÇÕES DE MARKETING. ............................ 40
2.2 MARKETING DIGITAL. ..................................... 41
2.3 REDES SOCIAIS. ............................................ 43
2.4. Redes Sociais Mais Usadas. ..........................45
2.5 Divulgação da Marca. ................................. 48
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Piedley Macedo Saraiva
6
3. METODOLOGIA. ................................................. 50
4. ANALISE DE RESULTADOS ..................................... 52
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS. ...................................... 63
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................. 64
A CONTRIBUIÇÃO DE UM SITE DE COMPRA COLETIVA PARA O
DESENVOLVIMENTO DE EMPRESAS LOCAIS. UM ESTUDO
REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE ............ 68
RESUMO ........................................................... 69
1. INTRODUÇÃO ................................................... 70
2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................ 72
2.1 INTERNET.................................................... 72
2.2 COMÉRCIO ELETRÔNICO ................................... 75
2.3 – COMPRA COLETIVA ...................................... 81
3. METODOLOGIA .................................................. 85
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................... 87
4.1 PÚBLICO CONSUMIDOR.................................... 87
4.2 – EMPRESA ANUNCIANTE ............................... 96
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................... 103
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................. 104
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UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
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A VISÃO DO CLIENTE FRENTE AO CRESCIMENTO
ACELERADO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO: UM ESTUDO
REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
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Piedley Macedo Saraiva
RESUMO
Esse estudo objetiva-se investigar qual a perspectiva do
cliente final frente ao crescimento acelerado do comércio
eletrônico e seus problemas, visando à adoção desse novo
comércio como uma prática cotidiana de consumo. Essa pesquisa
não se enquadra no escopo de análise do comportamento do
consumidor, mas sim, uma análise da percepção dos clientes
quanto ao futuro do comércio eletrônico como um tipo de varejo
que se estabelecerá a fim de não substituir, mas, aliar-se ao
comércio tradicional. A justificativa desse estudo se ate a
importância do comércio eletrônico para as empresas e
principalmente para os consumidores, que podem se beneficiar
em pontos como variedade em produtos, melhores preços,
comodidade no momento da compra, dentre outras. Os
procedimentos metodológicos da pesquisa foram desenvolvidos
com base na abordagem quantitativa, sendo o tipo da pesquisa
descritivo, e o instrumento de coleta de dados utilizado foi o
questionário aplicado aos alunos do curso de administração da
FAP. Quanto à análise dos dados apresentados, foi percebido que
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a utilização do comércio eletrônico continua ascendente e que a
frequência com que as pessoas realizam suas compras e negócios
pela internet aumentam de maneira célere. Podemos considerar
que esse fato pode estar ligado à comodidade ao realizar uma
compra, em seguida, o preço mais baixo dos produtos/serviços
torna-se visível nas respostas dos pesquisados.
PALAVRAS-CHAVE: Comércio eletrônico. Cliente. Varejo.
1.INTRODUÇÃO
No Brasil, seguindo os passos embrionários dos Estados
Unidos, a internet começou a se disseminar inicialmente no meio
acadêmico, mas, assim que os provedores comerciais de acesso
surgiram no final do ano de 1995, seu uso se popularizou saindo
dos muros da universidade para as residências e empresas.
As empresas formam uma forte corrente, utilizando a
internet como um meio de divulgação institucional e com o
objetivo de manter o relacionamento com o cliente, e ainda com
isso surgiram os primeiros sites comerciais em que as empresas
buscavam lucrar a partir da utilização dos sites.
Para Zilber (2002, p. 76),
“as empresas cada vez mais estão utilizando
a infraestrutura de Internet e das aplicações
do comércio eletrônico, como meio para a
realização de processos de negócios, com
clara predominância daqueles relativos ao
atendimento ao cliente”.
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UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
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A euforia com a chegada da internet apresentou-se
como uma opção capaz de oferecer a conveniência desejada pelos
consumidores, bem como, novas oportunidades aos varejistas. Ao
mesmo tempo em que nos últimos anos o varejo tradicional vem
alternando períodos de crescimento tímido com quedas em suas
vendas, o comércio eletrônico vem crescendo com taxas bastante
elevadas.
Vislumbrando a utilização do comércio eletrônico como
um novo método de se praticar o varejo, essa prática vem tomando
rapidamente o lugar do varejo tradicional tendo em vista a
importância que esse novo jeito de comprar vem trazendo para os
clientes e para os empresários.
Entretanto, a utilização do comércio eletrônico traz
algumas desvantagens, tais como: segurança no processo de
compra, segurança das informações dos clientes, logística no
processo de entrega dos produtos/serviços, dentre outros. Esses
problemas ainda são motivos que influenciam uma grande parcela
da população brasileira não utilização do comércio eletrônico
como opção de compra.
Para tanto, com base nos problemas apresentados, esse
estudo objetiva investigar qual a perspectiva do cliente final frente
ao crescimento acelerado do comércio eletrônico e seus
problemas, visando à adoção desse novo comércio como uma
prática cotidiana de consumo.
Para uma melhor compreensão da pesquisa definimos
como objetivos específicos, determinar os fatores que
influenciam o cliente a comprar na internet, verificar a influencia
das redes sociais para o comércio eletrônico, analisar a visão dos
pesquisados em relação à utilização do comércio eletrônico como
uma prática cotidiana de consumo.
Nágela Maria Alves de Melo
Piedley Macedo Saraiva
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A justificativa desse estudo se ate a importância do
comércio eletrônico para as empresas e principalmente para os
consumidores, que podem se beneficiar em pontos como
variedade em produtos, melhores preços, comodidade no
momento da compra, dentre outras.
A metodologia da pesquisa foi desenvolvida com base
na abordagem quantitativa, sendo o tipo da pesquisa exploratória,
o instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário.
Este trabalho estrutura-se em 5 capítulos. No primeiro,
é realizada a introdução do estudo onde são apresentadas a
problemática da pesquisa, objetivo geral e específico e a
relevância/justificativa do trabalho.
No segundo capítulo, para oferecer uma melhor
compreensão do trabalho, é apresentado o referencial teórico.
Segue com a metodologia aplicada na pesquisa.
O quarto capítulo refere-se à apresentação dos
resultados. Finalmente, são apresentadas a considerações finais
sobre os resultados, e as sugestões de futuras pesquisas referentes
ao mesmo tema.
2.REFERENCIAL
2.1 INTERNET
Durante muito tempo o acesso à rede era encontrado
mais facilmente no meio acadêmico e de pesquisa. Hoje, a
internet representa um grande canal de comunicação e está cada
vez mais acessível às pessoas e organizações. A internet é usada
em muitos momentos na buscar por informações, conhecer
pessoas, fazer compras, trabalhar, são exemplos que nos fazem
entender o quanto tal ferramenta tornou-se essencial. A internet é
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o meio de comunicação mais rápido, e a mídia que mais tem
crescido em todo o mundo. Enviar e receber mensagens,
compartilhar documentos, transferir arquivos, fazer login em
sistemas de computador, bate-papo e mensagens instantâneas, são
os principais serviços utilizados na internet.
A internet caracteriza-se por ser um meio de
comunicação que permite a comunicação entre milhares de
pessoas em escala global. Constitui-se hoje, no conjunto de
tecnologias da informação de maior crescimento e impacto na
sociedade (VASSOS, 1997), permitindo a comunicação,
colaboração, compartilhamento de recursos e acesso à informação
(JANAL, 1996). A Internet vem atender as necessidades dos
consumidores que procuram serviços que facilitem suas tarefas
rotineiras, como fazer compras sem precisar sair de casa ou do
seu ambiente de trabalho.
Parentes (2007, p. 41), afirma que “A Internet tem
provocado uma ruptura dos atuais paradigmas referente ao
relacionamento entre produtos, clientes e concorrentes,
principalmente, no que se referem à distribuição e
comercialização de produtos e serviços”. Por meio da Internet,
lojas de produtos de todo o mundo e até serviços bancários estão
à disposição durante 24 horas, sete dias por semana, disponível
para todo o mundo.
Grande parte das empresas estão presentes na internet,
algumas com publicidade institucional, apresentando apenas
dados como: endereço, telefone, e-mail e produtos e serviços que
a mesma oferece. Essa pequena participação já representa um
grande avanço, pois mostra uma imagem de empresa moderna e
atualizada, trazendo resultados positivos.
Todas as ações feitas através da Internet que
visam ampliar os negócios das empresas
Nágela Maria Alves de Melo
Piedley Macedo Saraiva
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(obtendo mais informações dos clientes atuais
e obtendo novos clientes) desenvolverem
campanhas de relacionamento digital com seu
público-alvo fortalecem sua marca no
mercado. Enfim, gerar negócios... on-
lineouoff-line, Kotler(2006, p. 97).
A existência de um site que represente a empresa
garante a presença de visitantes e possibilita a realização de
contatos e futuros negócios. Alguém que está interessado em um
produto X, ao digitar uma palavra em um determinado site de
busca relacionada a um produto ou serviço a qual se procura, o
mesmo direcionará para a página da empresa, assim, além do
objetivo da busca ele mostrará um leque variado de ofertas.
Quanto menor o nicho de mercado e a especificidade da empresa,
maior a chance de localização e efetivação do negócio.
A interatividade da internet possibilita a comunicação
de duas vias, na qual, o site envia e recebe informações de seus
clientes potenciais. A Internet é hoje considerada uma revolução
na forma com que as pessoas estão se relacionando e as empresas
estão fazendo negócios. A internet tem um grande poder
mercadológico, e pode ser utilizada tanto para distribuir, como pra
obter informações (ELLSWORTH, 1997).
Para entender melhor os processos e obter sucesso na
implantação de um site, é importante entender os princípios e os
recursos que a internet oferece. Boa parte das empresas ao redor
do mundo utiliza a Internet e têm obtido retornos financeiros e de
marketing.
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UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
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2.2 DO VAREJO TRADICIONAL, PARA O VAREJO ONLINE
No decorrer das últimas décadas, as instituições
varejistas vêm atravessando um grande ritmo de transformação.
O a4umento da globalização especialmente no varejo brasileiro
chamou a atenção de grupos empresariais estrangeiros, a chegada
desses grupos internacionais como: Walmart, Carrefour, C&A,
com muitos recursos para investir, aumentou o processo da
consolidação do varejo no Brasil, bem como a concorrência entre
os varejistas tradicionais e os concorrentes substitutos.
Esses grupos aportaram no Brasil munidos de
tecnologias da informação e práticas de gestão, que facilitaram as
atividades rotineiras, reduziram os custos, e melhoraram o
relacionamento com o cliente.
Além do surgimento dos concorrentes substitutos,
novas formas de varejo estão surgindo, e provocando um grande
impacto no desempenho e resultados dos modelos atuais de loja.
Segundo Parente (2007, p. 15), “O varejo é certamente uma das
atividades empresariais que vem atravessando maior ritmo de
transformação, respondendo às modificações do ambiente
tecnológico, econômico e social em que se está inserido”. O
varejo virtual é uma tendência do varejo que cresce
continuamente, aumentando a consolidação do comercio
eletrônico como um importante canal de vendas. Através da
internet, o cliente vem ampliando as alternativas de escolha e
controlando seu poder de compra.
Varejista é aquele que vende produtos ou serviços para
o consumidor. O varejista é uma espécie de ponte entre o
fornecedor e o consumidor final. O Varejista compra do
fornecedor ou atacadista e estoca, a fim de oferecer conveniência
e comodidade ao repassar esse produto para o consumidor final
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diminuindo as questões de espaço e tempo. Parente (2007, p. 22),
“varejo consiste em todas as atividades que englobam o processo
de vendas de produtos e serviços para atender a uma necessidade
pessoal do consumidor final”.
Quando ouvimos falar de varejo lembramos a imagem
de uma loja, com produtos e vendedores para atender o cliente.
Mas, ao longo dos anos as organizações varejistas passam a
moldar-se de acordo com a necessidade do cliente, a venda não é
mais realizada apenas em lojas de departamentos, esta atividade
pode ser realizada por telefone, correios, internet ou até mesmo
em domicílio. Alguns critérios são utilizados para classificar os
tipos de varejo. “As instituições varejistas podem ser classificadas
conforme duas categorias: Varejo com lojas e varejo sem lojas”
(PARENTE, 2007. p, 25).
As instituições varejistas com lojas são classificadas em
alimentícias, não alimentícias e serviços. Os supermercados, lojas
de conveniências, padarias, bares, são exemplos de varejo
alimentício, lojas de departamento, lojas especializadas, são os
principais modelos de varejo não alimentício no Brasil. As lojas
de departamentos são lojas de grande porte com área de venda
superior a 4.000 m², nelas são encontradas uma grande variedade
de produtos e serviços organizados separadamente por
departamentos, elas oferecem produtos como: cama, mesa, banho,
móveis, eletrodomésticos.
No varejo de serviços o consumidor não adquire a posse
dos bens comprados, mas usufruem dos seus benefícios, por
exemplo: salão de beleza, posto de gasolina, clinica médica. O
varejo de serviços caracteriza-se por ser intangível, perecível,
inseparável, e heterogêneo.
O varejo sem loja consiste em vendas feitas ao
consumidor sem o uso de lojas, para realizar essas vendas são
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utilizados canais de comunicação como: rádio, televisão, correios,
mala direta, telefone e internet. De acordo com Kotler (2009, p.
497), “este tipo de varejo é classificado em quatro grandes
categorias: venda direta, marketing direto, venda automática e
serviço de compra”.
O varejo sem loja pode ser realizado em domicilio, no
escritório ou por telefone, o que caracteriza o varejo sem loja é a
forma com que o consumidor adquire um produto ou serviço sem
precisar sair de casa ou do seu local de trabalho mantendo a
comodidade do ambiente em que se encontra. A venda direta ao
consumidor envolve explicações e demonstrações de produtos ou
serviços sem que ele precise se deslocar do seu ambiente para
isso, podendo ser em casa ou no escritório.
O marketing direto usa catálogos, jornais, revistas,
televisão, computador, para realizar contato com o cliente e
posteriormente um pedido de compra. As vendas automáticas são
realizadas em máquinas que oferecem geralmente refrigerantes,
chocolates, cafés, e tem como vantagem o funcionamento 24
horas e autoatendimento.
O serviço de compra é geralmente utilizado pelos
hospitais, escolas e órgãos governamentais, este tipo de compra
consiste em uma associação onde os clientes afiliados ganham
descontos nos produtos, o cliente retira um formulário aprovado
do serviço de compra, e levando a um varejista ele terá desconto
no produto descrito no formulário, logo após o varejista repassa a
comissão ao serviço de compra.
O varejo eletrônico tem se tornado um importante canal
de compra, que oferece mais variedade de produtos e serviços,
baixo custo para o varejista, proporcionando preços mais
acessíveis e comodidade ao consumidor em efetuar uma compra.
O varejo eletrônico oferece, pela Internet, além de produtos e
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serviços, a possibilidade do cliente efetuar transações por meio de
um sistema eletrônico interativo. Assim, os clientes não precisam
mais ir às lojas para fazer compras, eles podem fazer tudo em
domicilio. Com a utilização da internet, os varejistas podem
efetuar melhor o seu papel na negociação, proporcionando
suporte e identificando as necessidades do consumidor, a fim de
ajudá-los a encontrar o melhor produto e satisfazer seu desejo de
compra. A internet oferece novas possibilidades de negócios às
empresas e um melhor relacionamento com seus clientes.
2.3 NEGÓCIOS ELETRÔNICOS (E- BUSINES)
Não bastando mais às empresas competir em um mundo
físico de recursos, mas também em um mundo virtual feito de
informação (RAYPORT & SVIOKLA, 1995), o crescimento
acelerado e facilidade de acesso à internet, a ideia de se fazer
negócios on-line tomou novas dimensões e passou a atrair uma
vasta gama de interesses comerciais. Com isso, o ambiente
tradicional de negócios mudou rapidamente (KALAKOTA;
WHINSTON, 1996), As mudanças tecnológicas, como a internet,
estão conduzindo os setores e líderes de mercado a mudar seus
modelos de negócios, para não entrarem em falência.
As empresas investem em sistemas de informação para
atender a alguns objetivos organizacionais como: desenvolver
novos produtos e serviços, estreitar o relacionamento com o
cliente e atendê-lo melhor, melhorar a tomada de decisão,
assegurar a sobrevivência. O modelo tradicional de negócios deve
ceder espaço para o modelo de e-business, ou seja, as atividades
econômicas que se utilizam de redes eletrônicas como
plataformas tecnológicas têm sido denominada negócio
eletrônico (e-business).
A VISÃO DO CLIENTE FRENTE AO CRESCIMENTO ACELERADO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO:
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“O e-business refere-se ao uso de tecnologia digital e da
Internet para executar os principais processos de negócios em
uma empresa” Kenneth C. Laudon e Jane P. Laudon (p. 58, 2007),
portanto o e-business pode ser definido como uma estratégia de
inserção da empresa na internet, visando automatizar suas
atividades em diversas áreas, como as comunicações internas e
externas, a transmissão de dados, os controles internos, o
treinamento de pessoal, os contatos com fornecedores e clientes e
principalmente a realização de negócios.
As novas tecnologias de comercialização de produtos e
serviços podem atingir diretamente as estratégias com relação aos
canais de marketing das empresas. A exploração do ambiente
digital, utilizando a internet para divulgação de informações
institucionais, possibilita às empresas grande oportunidade de
negócios com empresas de todo o mundo. Frente a esse ambiente,
as empresas precisam estar preparadas para fazer negócios,
buscarem novos meios de se tornarem conhecidas e
permanecerem competitivas (KALAKOTA e WHINSTON,
1997).
2.4 COMÉRCIO ELETRÔNICO (E- COMMERCE)
Segundo Turban (2004, p. 158), “as aplicações do
comércio eletrônico começaram nos primeiros anos da década de
70 com inovações como a transferência eletrônica de capital”. A
partir dessas transferências surgiu o intercambio eletrônico de
dados (EDI), expandindo assim, o número de empresas
participantes e o surgimento de novas praticas de negócios na
internet.
Albertin (2000a) definiu que comércio eletrônico é a
realização de toda a cadeia de valores dos processos de negócio
Nágela Maria Alves de Melo
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em um ambiente eletrônico, por meio da aplicação intensa das
tecnologias de comunicação e de informação, atendendo aos
objetivos de negócio. Segundo Kalakota e Whinston (1997), o
Comércio eletrônico pode ser definido como sendo a compra e a
venda de informações, produtos e serviços através de redes de
computadores.
Além de transferências financeiras, tornou-se possível
adquirir produtos e serviços através da comercialização na
internet. O avanço da tecnologia e a globalização nos últimos anos
fizeram com que houvesse um aumento na velocidade em que as
informações se propagam. No mundo dos negócios foi preciso se
adaptar às mudanças, que se fizeram necessárias par
sobrevivência no mercado.
O comércio eletrônico possibilitou a abertura de
shoppings virtuais, ou seja, a disponibilização de produtos através
de sites, permitindo assim, que as pessoas acessem estas páginas
e adquiram produtos e serviços. A existência deste novo canal de
vendas tem como elementos de sucesso a imagem de marca ou a
oferta.
O e-commerce vem se destacando nos ultimo tempos e
atraindo diversos tipos de consumidores com desejos de compras
diferentes. De acordo com Albertin (1998), a economia para a Era
da Inteligência em rede é uma economia digital. Devido o grande
crescimento dessa nova economia, tornou-se possível comprar
diversos produtos, oferecidos dos lugares mais distantes. Segundo
Kayano (2008) o comércio eletrônico é hoje a parte mais visível
de uma nova era de negócios e investimentos ao redor do globo.
Anualmente, o comercio eletrônico movimenta milhões, com
elevada perspectiva de crescimento, levando em consideração a
comodidade do cliente, ao comprar das mais variadas opções de
pagamento.
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O gráfico abaixo representa o faturamento anual do
comércio eletrônico no Brasil dentre os anos do ano 2001 a 2012
em bilhões.
Figura 01 – Faturamento anual do Comércio Eletrônico no Brasil
(bilhões)
Fonte ebit – WWW. E-commerce.org.br
Kotler (2000) define o comércio eletrônico como um
meio eletrônico para realizar uma ação de marketing direto com
possíveis consumidores, onde são feitas diversas transações
eletrônicas, como um pedido de compra para fornecedores, uso
do e-mail para produzir negociações de caixa eletrônico ou
computadores para efetuar pagamentos, entre outras ações.
O comércio eletrônico é classificado pela natureza da
transação, conforme o quadro 1, que segue abaixo:
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20
Quadro 1- Tipologia do comércio eletrônico
Tipo de comércio eletrônico Descrição
Business-to-business (B2B) ou
empresa-empresa
Transações eletrônicas entre
organizações empresariais.
Business-to-consumer (B2C)
ou
empresa-consumidor
Transações de varejo entre lojas
e consumidor.
Consumer-to-consumer (C2C)
ou
consumidor-consumidor
Consumidores vendem diretos a
consumidores, por meio de
anúncios de classificados, e
comercializam propriedades
imobiliárias, veículos, etc.
Consumer-to-business (C2B) ou
consumidor-empresa
Indivíduos vendem produtos ou
serviços a empresas, bem como
procuram por vendedores,
interagem e concluem uma
operação de compra.
Nonbusiness EC Organizações religiosas, sociais
e agencias do governo utilizam o
comércio eletrônico para reduzir
suas despesas ou para melhorar
suas operações e serviços.
Intrabusiness (organizacional)
EC
Todas as atividades internas à
organização, geralmente por
meio da intranet, envolvendo a
troca de mercadorias, serviço ou
informação, treinamentos on-
line e atividades de redução de
custo.
Fonte: Adaptado de Turban et al(1999).
Estudos mostram que o setor de comércio eletrônico é
um dos canais de distribuição que mais cresceu no mercado
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UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
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brasileiro, nos últimos anos. Considerando-se a explosão de
inovações e de tecnologia, o fácil acesso à informação e o
conhecimento, tal crescimento não é tão surpreendente, se
observado os fatos ocorridos no passado próximo ou distante
(SCHWARTZ, 2000).
Turban (2004) apresenta como vantagens do comércio
eletrônico, a natureza global da tecnologia, seu baixo custo, a
oportunidade de alcançar centenas de milhões de pessoas. Quanto
às limitações do comércio eletrônico segundo o mesmo autor, a
principal e mais notada pelos consumidores são a inexistência de
padrões universalmente aceitos de qualidade, segurança e
confiabilidade.
As principais vantagens para o consumidor do comércio
eletrônico, de maneira geral, são a aquisição de produtos e/ou
serviços mais barato e rápido, bem como as transações 24 horas
por dia e todos os dias da semana. O comércio eletrônico oferece
comodidade ao consumidor além de uma compra mais saudável,
onde o cliente recebe informações detalhadas sobre o produto e
ainda a possibilidade de personalizar produtos ou serviços de
acordo com sua necessidade.
3. METODOLOGIA
Os procedimentos metodológicos de um estudo podem
ser definidos conforme Trujillo (1974, p. 24) como a,
“forma de proceder ao longo de um caminho.
Na ciência, os métodos constituem os
instrumentos básicos que ordenam de inicio o
pensamento em sistema, traçando de modo
ordenado à forma de proceder do cientista ao
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22
longo de um percurso para alcançar um
objetivo”.
Esses procedimentos metodológicos são constituídos
com a intenção de garantir que os objetivos definidos para a
pesquisa científica sejam efetivamente implantados, e seu
objetivo vai mais além, eles são característicos do método
cientifico, ajudando a compreender o próprio processo de
investigação para que possibilite chegar a um resultado final.
O Universo da pesquisa deste trabalho se refere ao curso
de Administração de uma Faculdade. Atualmente o curso é
constituído por 300discentes, distribuídos em oito semestres
ativos nos turnos matutino e noturno. A amostragem da pesquisa
selecionada para análise foi de 90 (noventa) alunos do curso de
administração pesquisados por conveniência, que se situam nos
períodos do primeiro ao oitavo semestre. A aplicação dos
questionários se deu no período do dia 20 a 22 de maio de 2013.
Essa pesquisa foi classificada tomando como base na
classificação apresentada por Vergara (2006, p. 26) que a divide
em dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios:
a) Quanto aos fins, a pesquisa será descritiva. Descritiva
por expor características de determinada população e determinado
fenômeno, estabelecendo correlações variáveis; e
b) Quanto aos meios, à pesquisa será bibliográfica,
utilizando análise de literaturas especificas necessárias para a
fundamentação teórico-metodológica do estudo.
A natureza dos dados se efetuou por meio da abordagem
quantitativa que segundo Mezzaroba (2004, p. 109) é:
“O perfil desse tipo de pesquisa é altamente
descritivo, o investigador pretende sempre
obter o maior grau de correção possível em
seus dados, assegurando assim a
A VISÃO DO CLIENTE FRENTE AO CRESCIMENTO ACELERADO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO:
UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
23
confiabilidade de seu trabalho. Descrição
rigorosa das informações obtidas é condição
vital para uma pesquisa que se pretenda ser
quantitativa”.
O Instrumento de coleta de dados proposto para esse
estudo foi o questionário, o mesmo foi elaborado com base nos
questionários de outras pesquisas, que está hierarquizado em três
dimensões e estruturado em doze questões. As dimensões
utilizadas para a análise são: Perfil do Entrevistado;
Comportamento do entrevistado no Comércio Eletrônico;
Percepção do entrevistado em relação ao futuro do Comércio
Eletrônico. Tanto essas dimensões desenvolvidas, quanto as
questões foram elaboradas com base em atingir os objetivos
específicos para que assim contribuam com a solução do objetivo
geral deste trabalho.
4.ANALISE DOS RESULTADOS
Com base na aplicação do fenômeno metodológico,
obtêm-se as seguintes proposições, onde os dados capturados no
campo da pesquisa serão aqui analisados.
Tendo em vista a aplicação de 90 (noventa)
questionários ao público pesquisado e a coleta de 100% dos
questionários aplicados, verificou-se que 50,1% do público
participante da pesquisa são do sexo masculino; 49,9% são do
sexo feminino. A apresentação desses dados é necessária à
compreensão do objetivo dessa pesquisa, que investiga qual a
perspectiva do cliente final frente ao crescimento acelerado do
comércio eletrônico e seus problemas, visando à adoção desse
novo comércio como uma prática cotidiana de consumo, para a
Nágela Maria Alves de Melo
Piedley Macedo Saraiva
24
consecução desse objetivo é interessante conhecer a quantidade
de respondentes de sexos distintos.
A faixa etária dos pesquisados é apresentada pelo
gráfico abaixo:
Gráfico 01 – Faixa etária dos pesquisados
Fonte: dados da pesquisa.
Os dados acima refletem o perfil de idade dos
estudantes do curso de administração de uma Faculdade, além
disso, a pesquisa reflete outra característica principal, o público
alvo do comércio eletrônico se caracteriza como um público
jovem.
Segundo o documento SEBRAE Comércio Eletrônico
(2010) a instituição afirma que “o perfil do comprador na web são
jovens que tem maior afinidade com a internet, a maioria com
ensino superior e disposto à comodidade”.
Ainda na análise e compreensão do perfil do
entrevistado, o terceiro questionamento envolve a faixa salarial
dos respondentes, os dados são apresentados abaixo:
Menos de 20 anos 13%
De 20 a 30 anos; 75%
De 31 a 40 anos; 12%
Faixa Etária
Menos de 20anos
De 20 a 30 anos
De 31 a 40 anos
A VISÃO DO CLIENTE FRENTE AO CRESCIMENTO ACELERADO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO:
UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
25
Gráfico 02 – Faixa salarial dos pesquisados
Fonte: dados da pesquisa.
Partindo do gráfico acima, percebe-se que a
concentração de renda familiar dos pesquisados se encontra na
escala de 4 a 5 salários mínimos. Esse resultado expressa o poder
aquisitivo financeiro dos pesquisados, esse fator é influente
quanto à atividade de compra utilizando o comércio eletrônico.
Porém um fator interessante vem ocorrendo, o destaque
da classe “C” como consumidores ativos do comércio eletrônico.
De acordo com a Commerce Consulting em pesquisa realizada no
final do ano de 2012, cerca de 46,5% dos consumidores totais do
comércio eletrônico são consumidores de baixa renda que
pertencem a classe “C”, esse dado corresponde a 5 milhões de
novos consumidores. A região nordeste possui cerca de 14% da
fatia de novos consumidores de baixa renda do comércio
eletrônico no Brasil.
9%8%
29%32%
22%
Faixa salarialAté um salário mínimo
De 1 a 2 salários mínimo
De 2 a 3 salários mínimo
De 3 a 4 salários mínimo
De 4 a 5 salários mínimo
Mais de 5 salários mínimo
Nágela Maria Alves de Melo
Piedley Macedo Saraiva
26
Gráfico 03 – Ocupação dos pesquisados
Fonte: dados da pesquisa.
O próximo dado a ser analisado diz respeito à ocupação
do pesquisado, fator que influencia a frequência de compra do
consumidor no comércio eletrônico. Visualiza-se que cerca de
38% dos entrevistados são empregados de empresas privadas o
que pode-se associar a esse resultado de maneira geral, é que
somente 7% dos pesquisados são estudantes, ou seja, não
possuem renda fixa que os proporcione ser um consumidor
frequente na internet. Do contrário, grande parte dos pesquisados
possuem renda própria que os permitem realizar comprar pela
internet regularmente.
Encerrada a dimensão de análise do perfil dos
pesquisados, foram analisados dados relacionados ao
comportamento do entrevistado no comércio eletrônico.
Lembrando que o objetivo desse estudo não se atém a estudar de
maneira profunda o comportamento do consumidor, mas, sim a
sua percepção quanto o futuro do comércio eletrônico no Brasil,
enquanto forma de comércio prevalecente ao comércio
tradicional.
30%
13%
38%
12%7%
OcupaçãoEstudante
Estagiário (a)
Emprego emempresa privada
Emprego emempresa publica
A VISÃO DO CLIENTE FRENTE AO CRESCIMENTO ACELERADO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO:
UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
27
O primeiro questionamento se referia a realização da
compra pela internet, se os pesquisados já haviam ou não feito
alguma compra pela internet. Cerca de 83 pesquisados, afirmaram
que já realizaram alguma compra, e um pequeno grupo de 7
pesquisados afirmaram que nunca utilizaram o comércio
eletrônico.
Esse resultado irá refletir nas questões seguintes que
envolvem a frequência de compra, a motivação da compra, a
influência do marketing na compra, e o futuro do comércio
eletrônico no Brasil.
Gráfico 04 – Frequência de compra pela internet
Fonte: dados da pesquisa.
A figura acima reflete a frequência de utilização do
comércio eletrônico dos pesquisados. Cerca de 62% compram
frequentemente pela internet. Esse número reflete a intensidade
de compra dos consumidores usuários do comércio eletrônico.
Cerca de 30% compraram uma única vez e apenas 8% dos
participantes nunca compraram.
Na questão de número 7 do questionário da pesquisa,
fora perguntado aos pesquisados “O que geralmente você
8%
30%
62%
Frequencia de compra
Nunca comprei
Uma única vez
Frequentemente
Nágela Maria Alves de Melo
Piedley Macedo Saraiva
28
compra na internet?”, as respostas consistiram em 85,2% dos
respondentes afirmaram que consomem produtos, e 14,8%
consomem serviços.
A questão seguinte indagava sobre os motivos de
compra de produtos e contratação de serviços pela internet. Os
resultados são demonstrados no gráfico abaixo:
Gráfico 05 – Fatores que levam a compra/contratação pela internet
Fonte: dados da pesquisa.
Analisando o gráfico é perceptível a predominância do
fator ‘comodidade’ sendo levado em conta no instante da compra.
A comodidade no momento da compra possibilita ao consumidor
efetuar as suas compras de qualquer lugar e em qualquer horário,
basta ter o acesso a Internet. As transações em sua maioria
acontecem de uma forma mais rápida, eliminando também o
desperdício de tempo em se deslocar para adquirir os produtos.
Partindo da necessidade de conhecer a contrariedade,
desvantagem de utilização do comércio eletrônico, realizou-se a
questão seguinte, indagando por quais motivos o pesquisado
deixaria de comprar pela internet. Conforme dados a seguir serão
47%
28%
13%
12%
Motivo de compra
Comodidade
Preço
Diversidade deprodutos/serviçosFacilidade depagamento
A VISÃO DO CLIENTE FRENTE AO CRESCIMENTO ACELERADO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO:
UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
29
explanados apenas o fator mais relevante, no que diz respeito à
maioria das respostas:
Gráfico 06 – Desvantagens de compra na internet
Fonte: dados da pesquisa.
A segurança (65%) do ponto de vista da
confidencialidade dos dados pessoais é o fator crítico considerado
pelos respondentes que poderiam leva-lo a deixar de realizar
compras pela internet.
Considerado um fator de risco a vulnerabilidade da
segurança das informações na internet também leva os
consumidores a afastarem-se do comércio eletrônico. A
segurança atualmente passou a ser também um fator de
permanência das empresas virtuais na internet, tendo em vista a
preferência dos clientes por empresas que possibilitem segurança
nas informações prestadas por seus clientes.
Ainda analisando o comportamento do consumidor na
internet, a próxima questão investiga a influência do marketing
praticado em redes sociais na compra do consumidor. Cerca de
65%13%
20%
2%
Desvantagem de compra
Segurança(Confidencialidade dosdados pessoais)
Logística (entrega deprodutos/serviços)
Nágela Maria Alves de Melo
Piedley Macedo Saraiva
30
91% dos respondentes afirmam que o marketing realizado em
redes sociais influenciam a sua compra.
Essa influência deve-se ao fato da permanência dos
consumidores conforme já comentado, grande parte um público
jovem que tem maior afinidade com a internet e que pode ser
influenciado pelo marketing realizado através de banner, vídeos e
outros meios que o impulsione a realizar a compra.
Questionados sobre a satisfação na compra ou
contratação realizada, 74,7% dos pesquisados afirmaram que a
compra foi realizada de maneira satisfatória.
Finalizando a análise do instrumento de coleta de dados,
fora realizado uma pergunta chave que permitiu a esse estudo
conhecer a percepção do pesquisado quanto a possível
substituição do comércio tradicional pelo comércio eletrônico, as
respostas são apresentadas no gráfico seguir:
Gráfico 07 - Você acredita que a longo prazo, o comércio eletrônico
poderá vir a substituir parte dos setores do comércio tradicional?
Fonte: dados da pesquisa.
36%
64%
Visão do consumidor
Sim
Não
A VISÃO DO CLIENTE FRENTE AO CRESCIMENTO ACELERADO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO:
UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
31
O resultado expresso no gráfico demonstra que na visão
dos estudantes do curso de Administração de uma Faculdade, o
comércio eletrônico, a longo prazo, não será capaz de substituir
partes dos setores do comércio tradicional.
A visão dos pesquisados reflete a visão pessoal, que é
de suma importância tendo em vista que também se comportam
como consumidores de produtos e serviços do comércio
eletrônico.
Conforme pesquisa realizada pela Ebit (2013), os
números do comércio eletrônico no Brasil continuarão em
crescimento neste ano de 2013, com previsão de crescimento
nominal de 25%, chegando a um faturamento de R$ 28 bilhões
em 2013.
Em confronto com o pensamento administrativo da
visão estratégica, as vendas pela internet no Brasil crescem de
maneira expressiva, além disso, a quantidade de consumidores
que estão utilizando a internet para realizar suas compras
apresenta um crescimento vertiginoso.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização do estudo foi baseada em meio ao rápido
crescimento do comercio eletrônico no Brasil e no mundo, visto
que, a globalização e os retornos financeiros possibilitaram a
economia amplo crescimento, assim como maiores investimentos
em uma tecnologia mais avançada, fins proteção dos clientes, no
que diz respeito a segurança da informação, incentivo
governamental e novas possibilidades de pagamento como a
utilização de cartões de credito, são aspectos que contribuíram
Nágela Maria Alves de Melo
Piedley Macedo Saraiva
32
para o aumento do nível participação de consumires do comercio
eletrônico no Brasil.
A pesquisa expôs dados importantes para um melhor
entendimento sobre o comércio eletrônico, e possibilitou avaliar
a visão do cliente quanto ao crescimento acelerado dessa nova
economia, bem como perceber a perspectiva dos consumidores
frente às mudanças decorrentes da evolução do comércio
eletrônico.
Dentre a perspectiva da pesquisa, o numero de
entrevistados foi bem equiparado com (50,1%) do sexo masculino
e (49,9%) do sexo feminino, ambos com perfil jovem que se
enquadram na classe C a qual (62%) apresentam-se como
consumidores frequentes dos serviços de comércio eletrônico, das
quais sobressaíram como fator motivacional da compra, a
comodidade com 47% do total de pesquisados e, em segundo
plano, 28% optam comprar pelo preço ofertado. Como
desvantagem da utilização do comercio eletrônico 65% dos
respondentes ainda temem a compra devido aos perigos, no que
diz respeito à segurança das informações fornecidas no ato da
compra.
Contudo, o marketing nas redes sociais mostra-se como
importante ferramenta de divulgação de empresas participantes
do comercio eletrônico, refletido em 91% dos pesquisados, ainda
na percepção dos pesquisados 74,7% alegaram satisfação ao
comprar no comercio eletrônico, porem, quando indagados sobre
a substituição do comércio tradicional pelo comércio eletrônico,
64% dos respondentes apreciam o comercio eletrônico como uma
nova forma de economia, mas que o mesmo não vem a substituir
o comercio tradicional.
De acordo com a análise dos dados apresentados, foi
percebido que a utilização do comércio eletrônico continua
A VISÃO DO CLIENTE FRENTE AO CRESCIMENTO ACELERADO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO:
UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
33
ascendente e que a frequência com que as pessoas realizam suas
compras e negócios pela internet aumentam de maneira célere.
Podemos considerar que esse fato pode estar ligado à comodidade
ao realizar uma compra, em seguida, o preço mais baixo dos
produtos/serviços torna-se visível nas respostas dos pesquisados.
A pesquisa apresenta indícios e recursos para a gestão
de comercio eletrônico, pois é limitada ao fato dos dados terem
sido coletados por conveniência e em uma única realidade.
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A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO DE UMA MARCA: ESTUDO REALIZADO
NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
37
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO
DE UMA MARCA: ESTUDO REALIZADO NAS
EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM
JUAZEIRO DO NORTE-CE
Autores: Piedley Macedo Saraiva
Tarley Junior da Silva Gomes
RESUMO
As redes sociais atualmente têm um papel fundamental quando se
trata de divulgação das organizações, pois hoje muitas empresas
utilizam as redes sociais como ferramenta de divulgação, por
proporcionar um amplo alcance de pessoas e deixar mais próximo
a empresa com o cliente. Analisando esse contexto o presente
trabalho tem os objetivos de verificar nas empresas varejistas de
um shopping na cidade de Juazeiro do Norte – CE, qual a
importância da divulgação a partir das redes sociais, quais as
principais redes sociais utilizadas pelas organizações para
divulgação de suas marcas e quais as melhores formas de se
divulgar utilizando mídias sociais. A partir desses objetivos a
metodologia usada para alcançar esses objetivos foi uma
minuciosa pesquisa bibliográfica descritiva e explorativa, junto
com um questionário de 13 questões de múltiplas escolhas
elaborado especificamente para alcançar os objetivos almejados.
Esse questionário foi aplicado a 40 empresas de diferentes
seguimentos a fim de responder os questionamentos levantados.
O resultado da pesquisa demonstra que as empresas divulgam
bastante através das redes sociais, onde cada uma das
organizações possui características particulares de como alcançar
os clientes usando esse tipo de divulgação, e utilizam essas mídias
sociais para além de efetuar a divulgação e captar novos clientes,
Piedley Macedo Saraiva
Tarley Junior da Silva Gomes
38
para oferecer melhores serviços, visando assim à fidelização dos
clientes.
Palavras-Chave. Redes Sociais, Divulgação, Empresas.
1. INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos as organizações vêm buscando
alternativas para cada dia mais se aproximar dos seus clientes
procurando satisfazê-los. Atualmente, tanto as pequenas
empresas quanto as grandes vêm passando um período de muitas
transformações sociais, econômicas, culturais e políticas, que
resultam na criação e utilização de novos meios de comunicação
para melhor alcançar os seus clientes.
Ultimamente uma das ferramentas mais usadas no meio
do marketing para alcançar os clientes, são as redes sociais que
hoje são bastante populares entre as pessoas, onde quase sempre
as procuram para expor suas experiências, procurar
relacionamentos e aumentar suas redes de contatos. Elas trazem,
uma integração e uma proximidade entre os indivíduos deixando
o fator da distância despercebido. Hoje em dia temos o Facebook,
You Tube, e o Twitter entre outras que atuam diariamente, essas
redes sociais tem números surpreendentes de pessoas cadastradas,
pessoas essas de todas as idades ,sexo e lugares que se conectam
de forma rápida.
As empresas observando todo esse crescimento e
desenvolvimento das mídias sociais em todo o mundo e de forma
significante principalmente no Brasil, hoje se utilizam das redes
sociais para divulgar suas marcas. Elas começam a se utilizar
desses mecanismos para expor as suas marcas e novidades aos
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO DE UMA MARCA: ESTUDO REALIZADO
NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
39
clientes, hoje podemos observar muitas empresas que se utiliza
do Facebook para mostrar sua marca, mostrar seus produtos e até
mesmo ter uma melhor aproximação dos clientes, visando um
relacionamento duradouro e de benefícios para ambas as partes.
Verificando o crescimento significante do mercado
varejista da cidade de Juazeiro do Norte-CE a pesquisa terá
grande importância para todos os ramos de comercio da cidade e
até mesmo da região que vem se desenvolvendo de forma
surpreendente, mostrando quais são as melhores alternativas de
redes sociais para divulgação de uma marca, a melhor forma para
se divulgar e os seus benefícios.
A pesquisa também contribuirá em relação ao
marketing de relacionamento que poderá ser utilizado de maneira
constante ao divulgar determinada marca nas redes sociais. Na
região do cariri em especial na cidade de Juazeiro do Norte- CE
existe inúmeras empresas entre pequenas e médias e de diferentes
seguimentos, que já se utilizam de algumas redes sociais para a
divulgação de suas marcas, onde constantemente colhem bons
resultados dessa forma de divulgação.
Este projeto tem a finalidade de analisar no comercio
varejista da cidade de Juazeiro do Norte a seguinte problemática:
Quais as principais redes sociais utilizadas para divulgação das
marcas.
O objetivo geral desse trabalho é verificar qual a
importância das redes sociais na divulgação de uma marca, já os
objetivos específicos são avaliar as principais redes sociais
utilizadas na região, nas empresas de um shopping de Juazeiro do
Norte-CE, verificar as principais e melhores formas de divulgar
usando as redes sociais.
Piedley Macedo Saraiva
Tarley Junior da Silva Gomes
40
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 DEFINIÇÕES DE MARKETING.
O marketing é utilizado pelas organizações para
procurar detectar as necessidades e gostos dos clientes, tendo
ainda como papel fazer com que as organizações possam atender
as necessidades e anseios dos mesmos. Também é um caminho
de mão dupla entre o mercado e as empresas, em que estas buscam
no mercado elementos sobre os desejos e as necessidades,
recebendo como retorno, as informações. As empresas passaram
a proporcionar ao mercado, os produtos e serviços de acordo com
os desejos e as necessidades almejadas dos clientes, tendo como
retorno vantagem econômica e clientes com um bom grau de
satisfação. O marketing moderno engloba o estabelecimento de
um relacionamento aceitável á longo prazo, do tipo em que os
dois lados ganham, no qual indivíduos e grupos alcançam aquilo
que desejam e necessitam. Essa questão é elucidada por Kotler da
seguinte forma:
Marketing é a função empresarial que
identifica necessidades e desejos insatisfeitos,
define e mede sua magnitude e seu potencial
de rentabilidade, especifica que mercados
alvo serão mais bem atendidos pela empresa,
decide sobre produtos, serviços e programas
adequados para servir a esses mercados
selecionados e convoca a todos na
organização para pensar no cliente e atender
ao cliente (KOTLER, 2003, p. 12).
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO DE UMA MARCA: ESTUDO REALIZADO
NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
41
2.2 MARKETING DIGITAL.
A economia se transforma e essa relação produtor-
consumidor beneficia a todos que participam das redes
(CASTELLS, 2004).
Segundo Fascioni (2007), temos a definição de
marketing digital como uma maneira de se realizar marketing
através de ações diretas de comunicação que muitas empresas
empregam com recursos digitais, onde quase sempre são
realizados pela Internet. Sempre lembrando que a definição de
marketing é muito mais vasta que somente marketing digital, ou
do comercial e da propaganda, que é constituído como marketing
digital para algumas organizações.
Logo Stone e Wyman (1992, p. 222) explicam que o
marketing eletrônico ou marketing digital como o “método de
desempenhar funções de vendas ou negociações e assistência a
clientes lançando mão de toda a as formas de recursos de mídia
sofisticada, comunicações de dados e também elementos de
telecomunicações de apoio.”
Na visão de Pinho (2000) os banners que hoje são
muito usados como ferramenta de divulgação e também o
patrocínio de partes de espaços dos provedores de acesso e de
conteúdo foram às primeiras amostras do surgimento do
marketing eletrônico que em sua primeira forma, teve destaque
nos próprios sites de empresas que marcavam sua presença na
rede, com a finalidade de proporcionar informações úteis a
respeito de seus produtos e serviços comercializados, onde a
maioria relacionados com Internet e informática. Hoje, o
marketing eletrônico ou digital cobre praticamente todos os
serviços da rede, desde a web até as mensagens de correio
eletrônico. (PINHO, 2000)
Piedley Macedo Saraiva
Tarley Junior da Silva Gomes
42
Segundo Sheth (2002, p.14-15), “o marketing como um
papel corporativo objetiva a satisfação do cliente, a internet
propiciou uma visão bastante incomum de como a missão
principal do marketing é realizada, analisando e avaliando esta
definição, podemos verificar três mudanças de paradigmas
fundamentais”:
Antes em primeiro lugar, na chamada era industrial, os
profissionais de marketing começavam e controlavam todo o
processo de troca no comercio. Já na era da internet, os clientes
definem de que informações necessitam qual oferta lançada que
trás mais benefícios e a que valores esses clientes estão dispostos
a oferecer, por determinado serviço, e ou produto para atender as
suas necessidades.
Logo em segundo lugar, a clientela esta mais exigente,
buscando produtos de melhor qualidade a preços acessíveis, e
também serviços mais rápidos e melhores. Desta maneira, a
famosa e tão conhecida troca entre eficácia e eficiência já não se
torna tão relevante. Hoje é esperado dos profissionais da área de
marketing na chamada era da internet, é que eles tragam plena
satisfação a todas as necessidades atuais e futuras dos clientes de
maneira eficaz e eficiente.
Em terceiro lugar destacam-se, as empresas possuem
uma visão no futuro, que estão focando a satisfação dos clientes,
surgindo o “Espaço de Mercado”,
Um espaço de mercado é o contexto no qual
os clientes estão ligados não só a produto, mas
ao sistema por inteiro, e no qual as empresas
podem fornecer um conjunto completo de
serviços com valor agregado, como
mecanismo para obter vantagem competitiva
sustentável sobre suas concorrentes (SHETH,
2002, p.14-15).
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO DE UMA MARCA: ESTUDO REALIZADO
NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
43
É visível que o Marketing Digital é uma das expressões
mais utilizadas nos últimos anos e atualmente e vem se
fortalecendo grandemente na Internet, no e-commerce e no e-
business.
2.3 REDES SOCIAIS.
Rede social é uma estrutura composta por pessoas que
estão ligadas umas as outras por meio de um certo tipo de relação
ou afinidade, pessoal, profissional, política, ou comunitária e que
compartilham informações, experiências, objetivos, enfim. A
rede social existe mesmo antes do surgimento da internet, desde
que o homem se tornou um ser sociável e comunicativo.
Segundo Tomaél, Alcará e Chiara (2005), o fato das
redes nas ciências sociais é relacionado à sociedade como um conjunto
de relações e várias funções desempenhadas pelos indivíduos, uns em relação
aos outros. Na internet, as redes sociais são consideradas e
conhecidas como comunidades online, que permite que os seus
usuários se comuniquem e compartilhe informações.
Rede social é gente, é interação, é troca social.
É um grupo de pessoas, compreendido através
de uma metáfora de estrutura, a estrutura de
rede. Os nós da rede representam cada
indivíduo e suas conexões, os laços sociais
que compõem os grupos. Esses laços são
ampliados, complexificados e modificados a
cada nova pessoa que conhecemos e
interagimos.“ (RECUERO, 2009, p.29)
Piedley Macedo Saraiva
Tarley Junior da Silva Gomes
44
Spyer (2007, p.71) “relata que desde o final dos anos
90, era um fato comum encontrar sites de relacionamento que
ajudavam pessoas a encontrar e se relacionar com parceiros. Mas
esse conceito teve uma evolução para atender a demanda de
outros níveis como o de caráter profissional e social e por assuntos
de interesses específicos”.
Segundo Schnoor (2008), uma pesquisa realizada pelo
Ibope//NetRatings mostrou que no Brasil 90% dos brasileiros
usam algumas das redes sociais existentes, onde Orkut é a rede
mais usada no país, com cerca de 16 milhões de usuários únicos
mensais, em segundo lugar se encontra o Sonico , com 1,8 milhão
e logo depois o MySpace, com 1,1 milhão.
As maiorias das redes sociais também fornecem um
mecanismo para que os usuários deixem mensagens nos perfis de
seus amigos, esta característica é tipicamente deixar
"comentários", embora sites empreguem diversos rótulos para
esta funcionalidade, além disso, sites de relacionamento têm
muitas vezes um recurso de envio de mensagens privadas
semelhante ao webmail. Assim, que estiver bem informado e
confortável com seus resultados, você pode começar sua busca de
centenas de comunidades em rede para participar, isso pode ser
feito facilmente através da realização de uma pesquisa na internet.
Sua busca provavelmente irá retornar um grande número de
resultados, mas vamos citar três dos principais sites de
relacionamento (redes sociais) no Brasil, Orkut, Msn, Twitter
(TORRES, 2009).
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO DE UMA MARCA: ESTUDO REALIZADO
NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
45
2.4. Redes Sociais Mais Usadas.
2.4.1 Facebook
A ideia do jovem universitário Mark Zuckerber e seus
colegas de quarto da universidade de Harvard eles Dustin
Moskovitz, Eduardo Saraverin e Cris Hughes de criar um website
no qual as pessoas possam encontrar umas às outras, dividindo
opiniões e fotografias, inicialmente foi limitada apenas aos
universitários da própria universidade, no espaço de dois meses
havia sido expandido ao Instituto de Tecnologia de
Massachusetts, à Universidade de Boston, ao Boston College aos
alunos de Stanford, Columbia e Yale.
O thefacebook é um diretório on-line que
conecta pessoas através de redes em
universidades.Você pode usar o thefacebook
para: procurar pessoas em sua faculdade ,
descobrir quem faz as mesmas aulas que você
, conhecer os amigos dos seus amigos e
visualizar a própria rede social.(MEZRICH,
2010 ,P.89).
Em fevereiro de 2004 o The Facebook como
inicialmente foi chamado, teve 22 mil acessos em 2 horas e em
menos de um ano já era acessado por alunos de mais de 800
universidades que eram convidados a ingressar.
O Facebook é o elefante na sala do marketing
em mídia social. O site é enorme e assustador,
e todos ainda estão desvendando as melhores
formas de fazer marketing dentro dele. O
número de usuários do facebook mais que
dobrou nos últimos seis meses e a curva de
Piedley Macedo Saraiva
Tarley Junior da Silva Gomes
46
crescimento provavelmente permanecerá
bastante acentuada no futuro próximo.
(BAREFOOT e SZABO, 2010, P. 189).
Ele é permitido que qualquer usuário com idade igual
ou acima de 13 anos se registre cadastrando seu perfil, mas hoje
no entanto uma grande quantidade de crianças com idade inferior
a treze anos de idade tem seu perfil cadastrado, violando assim
os termos do facebook.
É um site gratuito, sua receita vem das publicidades,
incluindo banners feed de noticias e patrocinadores, em janeiro
do ano de 2011 a empresa foi agraciada com um ótimo
investimento de 500 milhões de dólares do banco Goldman Sachs
e a empresa russa digital sky permitindo que contratasse
profissionais experientes para desenvolverem o produto.
É uma empresa privada da Facebook Inc., sua sede fica
em Paulo Alto Califórnia, sendo que logo agora no primeiro
trimestre do ano de 2012 já registrou o valor de mais de um bilhão
de dólares em sua receita.
2.4.2 Twitter.
Twitter é uma ferramenta social que possibilita aos
usuários o compartilhamento de informações, também utilizada
para atualizar, enviar e receber atualizações pessoais de outros
contatos com no máximo140 caractere, sabido como “tweets”.
Barefoot e Darren (2010, p.235) diz que o twitter com a
sua criação do microblogging (às vezes chamados de micromídia)
esta transformando a web cada vez mais em um fenômeno em
tempo real, onde o twitter mostrou ser o serviço ao qual se recorre
para atualizações instantâneas do mundo real na web.
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO DE UMA MARCA: ESTUDO REALIZADO
NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
47
O microblogging é a forma mais recente de
mídia social a obter a atenção da mídia
convencional. Introduzindo e popularizado
pelo twitter em meados de 2006, o
microblogging se refere à publicação na web
de mensagens muito curtas – no caso do
twitter, elas não podem ultrapassar 140
caracteres de comprimento. (BAREFOOT e
DARREN , 2010 ,P.235).
Com 6 anos de criação, o twitter passou por varias
transformações. Desde de sua primeira aparição no festival south
by southewest (SXSW), até sua versão atual. A principio o twitter
foi desenvolvido para uso interno na Odeo, cuja a finalidade era
simplismente para o envio de mensagens curtas entre
funcionarios.
Huberman , Romero e Wu (2009) , estudando
as redes sociais existentes concluiram que no twitter o número de
trocas e converças é inferior ao número de seguidores existentes
nos perfis dos usuários.Com isso é demonstrado que as conexões
do twitter não necessáriamente são conexões que exitem interação
entre os participantes. Seguir alguém, no twitter, significa ter
acesso à informação publicada por aquele indivíduo e com quase
nenhum custo, uma vez que não é necessária a interação como
forma de manter o laço social, tornando assim mais fácil a
divulgação de alguma mensagem.
2.4.3 You Tube
O You Tube é um site considerado uma rede social
onde é permitido que seus usuários postem seus vídeos a qualquer
momento, assistam e compartilhem os mesmos em formato
digital.
Piedley Macedo Saraiva
Tarley Junior da Silva Gomes
48
Segundo Barefoot e Szabo ( 2010, p.38) Uma presença
mais forte na web deve ser o principal objetivo de toda campanha
de marketing em redes sociais, pois com esse tipo de divulgação
tem-se o poder de maior visibilidade online , e uma das melhores
formas de se ter visualização dos conteúdos postados é em sites
como o You Tube.
No ano de 2006, o YouTube ganhou o título de “A
invenção do Ano” pela revista TIME, e em outubro de 2006 foi
comprado pelo google, pelo valor de US$ 1.65 Bilhões em ações.
O que faz do YouTube e dos vídeos
ferramentas poderosas de divulgação é o fator
'novidade'. O Youtube é um site que retrata os
novos tempos de uma maneira genial. Faz
com que nos tornemos Big Brothers da vida
alheia atraves dos vídeos postados. Permite
que mostremos nossa criatividade para o
mundo. Permite que empresas valorizem seus
usuários por meio de campanhas específicas
pra internet. VAZ (2008, p-.87).
2.5 DIVULGAÇÃO DA MARCA
As marcas significam a parte mais visível das
empresas. O reflexo delas é o indicador de confiança, uma série
de qualidade e defeitos de serviços ou produtos. (Martins, 2005).
Segundo Albertin (2007.) a tecnologia está permitindo
o desenvolvimento de novos produtos e serviços e mudando a
interação entre empresas e clientes.
Teixeira Filho (2001, p.53) cita que há uma consciência
crescente para as organizações não fizerem uso estratégico da
internet em seu modelo de negócios, essas empresas terão
problemas de competitividade no mercado.
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO DE UMA MARCA: ESTUDO REALIZADO
NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
49
As redes sociais são uma excelente forma de divulgação
dos produtos e serviços de qualquer organização, de maneira
barata e eficiente. Nelas é possível alcançar um bom e grande
número de indivíduos e atraí-los para o perfil online da marca que
esta sendo divulgada. A grande vantagem e benefício de se
divulgar em redes sociais é o grande número de usuários que elas
possuem. Logo, quando uma marca é divulgada em uma delas, ela
pode ser acessada e vista por milhares de pessoas em vários
lugares simultaneamente. Mesmo que o percentual de pessoas que
efetivamente clicarão no link seja pequeno, a divulgação ainda
vale a pena.
Existem atualmente uma gama de redes sociais
buscando a atenção dos internautas, onde dentre elas podemos
afirmar que o Facebook o Twitter, e o YouTube são as que detêm
o maior público no momento. Cada uma destas mídias citadas gira
ao redor de uma comunidade de usuários que possuem interesses
diferentes uns dos outros. Entender essa diferença de interesses
do público é essencial para fazer com que a sua campanha seja
bem sucedida e assim garantir que os usuários que entrarão no seu
site ou blog realmente se interessem por seu conteúdo.
Outra forma de divulgar um site é em portais de
divulgação de empresas e de sites.Nestes portais é possível
divulgar diversas informações sobre sua empresa inclusive link
para seu site, caso já tenha sido criado. Geralmente estes portais
de divulgação podem ser utilizados gratuitamente e é uma boa
forma de divulgar sua empresa/marca.
Sendo assim a divulgação de sua empresa em redes
sociais e em portais de divulgação de empresas é uma excelente
alternativa de baixíssimo custo.
Piedley Macedo Saraiva
Tarley Junior da Silva Gomes
50
3. METODOLOGIA
Esta pesquisa de cunho descritiva e explorativa foi
realizada a partir de uma minuciosa pesquisa bibliográfica.
Entretanto quanto aos fins Vergara (2005), define pesquisa
descritiva da seguinte forma:
A pesquisa descritiva expõe característica de
determinada população ou de determinado
fenômeno. Pode também estabelecer
correlações entre variáveis e definir sua
natureza. Não tem compromisso de explicar
os fenômenos que descreve, embora sirva de
base para tal explicação (VERGARA, 2005,
p. 47).
A pesquisa descritiva não propõe soluções ,
apenas descreve os fenômenos tal como são
vistos pelo pesquisador, o que não significa
que não serão interpretados, mas somente que
a contribuição que se deseja dar é no sentido
de promover uma analise rigorosa de seu
objetivo para , com isso, penetrar em sua
natureza (pesquisa quantitativa) ou para
dimensionar sua extensão(pesquisa
qualitativa).Descrição permite diagnóstico do
problema, o que é sempre muito importante
tarefa procedente. .(MEZZAROBA, 2004,
p.116 e 117.)
Ao se tratar dos meios de pesquisa é de caráter
bibliográfica e quantitativa.
Pesquisa bibliográfica é o estudo
sistematizado desenvolvido com base em
material publicado em livros, revistas, jornais
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO DE UMA MARCA: ESTUDO REALIZADO
NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
51
e redes eletrônicas, isto é material acessível ao
público em geral (VERGARA, 2005, p. 47-
48).
Segundo Vergara (2005, p. 53), “a coleta de dados deve
informar o que o pesquisador pretende obter dos dados para
responder o problema”. Este trabalho, por ser descritivo e
bibliográfico foi desenvolvido por meio de consultas realizadas
em livros, revistas, jornais e redes eletrônicas, isto é, material
acessível ao público em geral.
Também foi realizada uma pesquisa através de
questionário aplicado a 40 representantes de empresas entre
gerentes e proprietários, esse questionário é composto de
perguntas de múltiplas escolhas, onde no total foram 13 questões,
e foi aplicado entre as datas 20 de outubro de 2012 e 20 de
novembro de 2012, todos em um shopping de Juazeiro do Norte -
CE.
Segundo Mezzaroba ( 2004 ,p.109) a pesquisa
quantitativa apresenta tudo aquilo que pode ser medido ou
mensurável.
O perfil desse tipo de pesquisa é altamente
descritivo, o investigador pretende sempre
obter o maior grau de correção possível em
seus dados, assegurando assim a
confiabilidade de seu trabalho. Descrição
rigorosa das informações obtidas é condição
vital para uma pesquisa que se pretenda ser
quantitativa.(MEZZAROBA, 2004, p.109)
Piedley Macedo Saraiva
Tarley Junior da Silva Gomes
52
4. ANALISE DE RESULTADOS
Diante dos dados observados no gráfico abaixo é
verificado que foram entrevistados 40 profissionais de 40
diferentes empresas onde 8 das empresas são do ramo de
vestuário que equivale a 20%, 6 do ramo de tecnologia que
representa 15%, o ramo de calçados e alimentação foi
representado por cinco empresas cada que em porcentagem são
12,5% para ambos, em relação a empresas de prestação de
serviços tivemos 1 (2.5%) e 11 empresas de outros diferentes
segmentos (27,5%).
Gráfico 1 – Ramo de atuação das empresas entrevistadas.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Serviços Vestuário
Calçados
Alimentação
Perfumaria
Tecnologia
Outros
Série1 1 8 5 5 4 6 11
RAMO DE ATUAÇÃO DA EMPRESA
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NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
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Gráfico 2 – Crença nas redes sociais.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Foi perguntado aos quarenta entrevistados se eles
acreditam na divulgação de uma empresa através das redes
sociais, onde o resultado foi unanime como mostra o gráfico 2.
Todos os 40 entrevistados foram seguros em dizer que acreditam
nesse tipo de divulgação.
Sim 100%
Acredita na divulgação através das redes sociais?
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Tarley Junior da Silva Gomes
54
Gráfico 3 – Redes Sociais mais Ultilizadas.
Fonte: Dados da Pesquisa
Em relação as redes sociais mais ultilizadas
ultimamente nas organizações, foi feito uma pergunta onde foi
colocado algumas opições de redes sociais hoje ultilizadas no
brasil e uma opção para outras redes sociais que não estavam
descritas na pergunta.O resultado obtido foi 29 das quarentas
pessoas relataram que usam o facebook para divulgação, três
pessoas disseram que preferem o twitter, uma pessoa o orkut, uma
pessoa o msn e seis pessoas se expressaram dizendo que ultilizam
outras redes sociais.Com essa pergunta foi verificado que o
facebook hoje domina na divulgação das empresas no ambiente
onde foi realizado a pesquisa,
Twitter Orkut YouTube
Msn Outras.
Série1 29 3 1 0 1 6
Rede Social mais Utilizada
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NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
55
Gráfico 4 – Quantidade de divulgação Semanal.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Logo após saber qual a rede social mais utilizada na
divulgação das suas marcas , foi perguntado quantas vezes na
semana é feita a divulgação. Os resultados obtidos fora bastante
interessantes, pois 50% dos entrevistados afirmaram que
divulgam diariamente, já 22% relataram que divulgam três vezes
na semana, 8% divulgam quatro a cinco vezes semanalmente e a
surpresa foi 20% dos entrevistados disseram que divulgam apenas
um dia na semana. Com esses resultados foi verificado que não
existe uma quantidade padrão de divulgação.
1 vezes na semana.
20%
Até 3 vezes na semana;
22%
4 a 5 vezes na semana
8%
Diáriamente; 50%
Utilização por semana
Piedley Macedo Saraiva
Tarley Junior da Silva Gomes
56
Gráfico 5 – Existência de funcionários exclusivos para divulgação.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Analisando como se divulga realmente na empresa, no
questionário foi feita uma pergunta relacionada a como era feita a
divulgação e se tinha funcionários exclusivos para efetuar esse
trabalho nas suas organizações.Os resultados gerados foram que
60% dos entrevistados relataram que não possuem funcionários
exclusivos para divulgação já 40% declaram que possuem
funcionários dedicados exclusivamente para divulgação em redes
sociais.Com esses resultados pode-se afirmar que não existe
padrão a ser seguido, tudo vai depender do seu público alvo, caso
esse público seja muito grande é necessário profissionais
exclusivos, caso contrário esse trabalho pode ser coletivo entre os
colaboradores.
Sim 40%
Não; 60%
Funcionários para divulgação
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO DE UMA MARCA: ESTUDO REALIZADO
NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
57
Gráfico 6 – Formas de Divulgação.
Fonte: Dados da Pesquisa.
De que forma as empresas divulgam nas redes sociais,
essa questão foi levantada aos entrevistados e foi colocado
algumas opições para os entrevsitados relatarem quais são as
melhores formas para se ultilizar.Os resultados obitidos foram
que 22 empreas das quarenta entrevistadas citaram que preferem
divulgar através de postagens de promoções nas redes sociais,
sete informaram que preferem a através de videos, três empresas
relataram que divulgam através de recados na caixa de
mensagens dos seus clientes e dois outras empresas preferem
divulgar com conversas olines, no final seis empresas afirmaram
que possuem outras formas de divulgação nas redes sociais.
Através devídeos.
Através depostagens
depromoções
.
Emconversasoline com
osclientes.
Deixandorecados na
caixa derecados
dosclientes.
Outros.
Série1 7 22 2 3 6
Divulgação da empresa
Piedley Macedo Saraiva
Tarley Junior da Silva Gomes
58
Gráfico 7 – Principais Interesses na Divulgação.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Como já visto, as empresas atualmente usam as redes
sociais como ferramenta de marketing, e para procurar entender
melhor os principais interesses das empresas, a divulgação de
suas marca, esse assunto foi abordado no questionário aplicado as
empresas, onde foram apresentadas cinco opções a serem
escolhidas e os resultados foram: 16 empresas divulgam para
captar novos clientes, 14 empresas divulgam pelo poder de ampla
divulgação, 8 empresas faz esse tipo de marketing para atender
melhor as necessidades dos ses clientes, uma das empresas
divulga para não deixar brechas para concorrência e outra
empresa relatou que divulga com outra intenção.
Os resultados obitidos propocianam a conclusão que as
empreas tem diferentes interesses quando se trata de divulgar nas
midias sociais., mais todos estão alinhados a fidelização e
satisfação dos mesmos.
Captarnovos
clientes.
Atendermelhor
asnecessidades dosclientes.
Poderde
ampladivulgaç
ão
Nãodeixar
brechaspara o
concorrência.
Outros.
Série1 16 8 14 1 1
Principais Interesse na Divulgação.
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO DE UMA MARCA: ESTUDO REALIZADO
NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
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Gráfico 8 –Investimento em Dovulgação.
Fonte: Dados da Pesquisa
Os investimentos na divulgação através das redes
sociais não são altos e muitas vezes muito baixos, tornando-se
assim uma alternativa batante viável para divulgação.Os
resultados obtidos perante uma pergunta realizada no questionário
validam essa afirmação, pois 40% dos entrevistados informaram
que o investimento em divulgação é médio, 22% afirmaram que
o investimento é baixo, 20% relatam que o investimento é
nenhum e somente 18% dos entrevistados fazem divulgação com
alto investimento nas redes sociais.
Baixo 22%
Médio 40%
Alto 18%
Nenhum 20%
Investimento em divulgação
Piedley Macedo Saraiva
Tarley Junior da Silva Gomes
60
Gráfico – 9 Principais Interesses na Divulgação.
Fonte: Dados da Pesquisa.
O que leva as empresas a divulgarem nas redes sociais?.
É bastante visivel que os bons resultados obtidos pela divulgação
com redes sociais é o que levam as empresas a continuarem a
divulgação.O gráfico 9 possui informações que se pode usar para
concretizar essa afirmação, pois na pesquisa realizada com as 40
empresas foi debatido quais os principais interesses das
organizações na divulgação apartir das redes sociais e 24
empresas declararam que são os bons resultados alcançados, 8
empresas afirmaram que são os baixos custos nesse tipo de
divulgação, outras quatro empresas foram as mudanças contantes
do mercado que as levam a divulgar , mas três empresas foram
bem claras e afirmaram que divulgam a pedido dos seus clientes
e uma empresa declarou que é por outro motivo.
Asmudançasconstantes
domercado.
O baixocusto de
investimento.
Os Bonsresultadosobtidos nadivulgação.
À pedidodos
clientes.
Outros.
Série1 4 8 24 3 1
O que leva a divulgar
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO DE UMA MARCA: ESTUDO REALIZADO
NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
61
Gráfico 10 – Importância da Divulgação.
Fonte: Dados da Pesquisa
A divulgação de uma marca para as empresas é algo
muito particular quando se refere a importância que esse item tráz
de benefícios para as mesmas, nesse pensamento foi feito uma
pergunta no questionário aplicado as empresas participantes, onde
abordava o grau de importância da divulgação das redes sociais
para cada empresa.Os resultados obtidos foram que 58% das
empresas relataram que a importância da divulgação com redes
sociais para elas eram alta, 40% citaram que o grau de impotância
é médio, e 2% o grau é baixo. Embasado nos resultados pode-se
afirmar que as redes sociais têm grande importância quando se
trata do valor que elas trazem para as empresas.
Baixo 2%
Médio 40%Alto 58%
Nenhum 0% Importancia da divulgação
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Tarley Junior da Silva Gomes
62
Gráfico 11 – Relação entre Empresa e cliente nas Redes Sociais.
Fonte: Dados da Pesquisa
Referindo-se ao grau de relacionamento entre empresa
e cliente nas redes sociais, os resultados obitidos foram: 54% dos
entrevistados afirmaram que existe um relacionamento bom com
os clientes, 28% relataram que possuem um relacionamento ótimo
e 18% que um de grau de relacionamneto médio. Ao analizar
esses dados pode-se afirmar que as empresas possuem um grau de
relacionamento muito agradável com seus clientes.
Procurando saber se os clientes compram pelas redes
sociais foi feito essa indagação as empreas entrevistadas, onde os
resultados obitidos foram bem interessantes pois 58% ds
empresas que foram entrevistadas afirmaram que os clientes não
compram diretamente pelas redes sociais, 15% relataram que os
clietes compram poucas vezes, 17% disseram que os clientes
compram pelas redes sociais e 10% expuseram que raramente os
clientes compram diretamente pelas redes sociais na empresa.
Médio 18%
Bom 54%
Ótimo 28%
Relacionamento entre empresa e cliente
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO DE UMA MARCA: ESTUDO REALIZADO
NAS EMPRESAS VAREJISTAS DE UM SHOPPING EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
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Gráfico 12 – Retorno Financeiro.
Fonte: Dados da Pesquisa
E em busca de saber qual o retorno financeiro da
divulgação das empresas através das redes sociais, foi realizado
uma pergunta onde foi questionado qual o grau de retorno
financeiro que esse tipo de divulgação trás para as empresas em
questão. Os resultados obtidos acima mostram que o retorno não
é tão grande, pois 62% dos entrevistados justificaram que o
retorno é médio, 23% que o grau de retorno financeiro é alto, 10%
disseram que o retorno é baixo e 5% afirmaram que não existe
retorno com esse tipo de divulgação.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
De acordo com os resultados obtidos a partir do
questionário aplicado é possível afirmar que as redes sociais são
Baixo 10%
Médio 62%
Alto 23%
Nenhum 5%Retorno Financeiro
Piedley Macedo Saraiva
Tarley Junior da Silva Gomes
64
uma ferramenta de suma importância atualmente nas empresas,
onde o seu uso para divulgação é extremamente particular ou seja,
cada uma das empresas possui características especificas de
como divulgar suas marcas.
Ultimamente a rede social facebook se destaca quando
se trata de divulgação em mídias sociais, pois atualmente mesmo
sendo uma das redes sociais mais novas existentes a maioria das
empresas à utilizam para efetuar divulgações da suas marcas.Com
os resultados obtidos é possível concluir que esse tipo de
divulgação não possui um custo alto e trás bons resultados, como
por exemplo um amplo alcance de clientes e ao mesmo tempo
uma proximidade entre empresa e cliente.
Nos dias atuais as empresas divulgam através das redes
sociais buscando captar novos clientes e ao mesmo tempo manter
os que já possuem sem deixar brechas para concorrência, onde
hoje as organizações têm as redes sociais como uma ferramenta
de marketing indispensável no seu cotidiano. Mesmo com todos
esses benefícios relatados anteriormente, hoje segundo os
resultados alcançados as redes sociais ainda não trás as
organizações um bom retorno financeiro, mais mesmo assim tem
papel fundamental no capital diário de cada empresa.
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A CONTRIBUIÇÃO DE UM SITE DE COMPRA COLETIVA PARA O DESENVOLVIMENTO
DE EMPRESAS LOCAIS. UM ESTUDO REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE
69
A CONTRIBUIÇÃO DE UM SITE DE COMPRA COLETIVA
PARA O DESENVOLVIMENTO DE EMPRESAS LOCAIS.
UM ESTUDO REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO
DO NORTE-CE
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
RESUMO
Devido ao enorme avanço da tecnologia e como
consequência da rápida popularização da internet, fez-se
inevitável uma melhor adequação ao uso dessas ferramentas para
fins comerciais onde, a partir daí surge o comércio eletrônico, que
visa facilitar e até mesmo acelerar os processos de negociações
entre o comprador e o vendedor, independente da forma que se
apresentem. Embora já existam muitas maneiras de se
comercializar bens e serviços através da internet pelos sites de
empresas que fogem da realidade física para conseguir um maior
número de consumidores, oferecendo a eles uma ferramenta
muito apreciada nessa época de facilidades que é a comodidade
de poderem adquirir algo que se necessita ou se deseja de uma
maneira mais confortável, uma nova modalidade vem ganhando
uma atenção especial por parte de consumidores e empresários,
pelo fato de ser uma forma de divulgação com um custo reduzido
e com um poder de alcance em grande escala, os sites de compra
coletiva, que visam atrair novos públicos de uma forma mais
abrangente e diversificada, bem como a oportunidade de
aquisição de produtos e ou serviços por um valor muitas vezes de
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
70
custo. Diante de todas essas vantagens dessa nova modalidade de
negociação, faz-se necessário uma melhor analise da utilidade e
do retorno tanto do ponto de vista visual como financeiro dessa
nova ferramenta de divulgação.
Palavras-chave: Internet, Comércio eletrônico e Compra coletiva.
1. INTRODUÇÃO
Diante do crescente aumento da comercialização de
produtos e serviços através da internet, o chamado comércio
eletrônico ou simplesmente e-commerce vem apresentando
atualmente o desenvolvimento de um novo segmento, essa nova
modalidade é conhecida como compra coletiva, e vem se
destacando e abrindo espaço para novas formas de negociações
no setor varejista.
De acordo com Felipini (2011), esse novo modelo
baseia-se, na promoção de vendas de produtos e serviços de forma
simples e direta, o que ocasiona um grande sucesso em um
curtíssimo espaço de tempo.
Essa nova maneira de divulgação oferece de forma mais
rápida e a um maior número de pessoas os produtos e serviços de
uma determinada empresa a um preço menor do que as transações
tradicionais.
A cada dia mais e mais empresas estão aderindo a esse
tipo de segmento com o intuito de prospectar novos clientes e
como forma de divulgar sua marca a um público bem maior,
oferecendo descontos por um curto período de tempo.
A CONTRIBUIÇÃO DE UM SITE DE COMPRA COLETIVA PARA O DESENVOLVIMENTO
DE EMPRESAS LOCAIS. UM ESTUDO REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE
71
A problemática da pesquisa baseou-se na pretensão de
atestar se esse novo modelo de comércio eletrônico, em questão,
os sistemas de compra coletiva, teria de certa forma, contribuição
para o desenvolvimento de empresas na cidade de Juazeiro do
Norte.
Pretendeu-se com esta pesquisa fazer um levantamento
das vantagens e desvantagens desse tipo de comercialização para
as partes envolvidas, visto que ainda não se teve nenhum estudo
relacionado a essa nova tendência de mercado em nossa cidade.
Com relação a essa problemática, levantaram-se as
seguintes hipóteses: A primeira refere-se ao grande número de
empresas locais que veêm nessa nova forma de comercialização,
à oportunidade de um maior alcance do público alvo; a segunda
hipótese tem relação direta às vantagens que são produzidas
através desse modelo para os integrantes desse sistema.
Teve-se como justificativa para tal pesquisa, a
identificação do impacto desse novo segmento em relação ao
desenvolvimento do varejo local e o seu objetivo foi analisar a
contribuição dos sites de compra coletiva no desenvolvimento de
empresas na cidade de Juazeiro do Norte. Para tanto se buscou
realizar um levantamento dos sites de compra coletiva locais, a
identificação do consumo bem como das ofertas dos produtos
e/ou serviços anunciados, a avaliação do número de cupons
adquiridos pelos consumidores e a demonstração da alteração no
volume de vendas das empresas que divulgam nesses sites.
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
72
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 INTERNET
À medida que evoluímos tecnologicamente, vemos o
quanto ainda podemos avançar tanto em invenções técnicas
quanto sociais. Há um pouco mais 60 anos, estávamos diante da
maior invenção do homem, o computador, o que hoje graças aos
avanços científicos e tecnológicos aliados as mais diversas formas
de utilização se tornaram uma ferramenta fundamental para o
desempenho de diversas atividades.
Segundo Wolton (2007, p.31),
“Poucos setores tão vitais para a sociedade
contemporânea como a comunicação
tecnológica são também tão recentes, uma vez
que, do início ao fim, a história do telefone,
do cinema, do rádio, da televisão, da
informática, tem apenas um século de
existência. Mas as rupturas introduzidas por
estas técnicas foram tão violentas, levadas em
um ritmo tão rápido, que se tem a impressão
de que estão aí desde sempre, ainda que a
chegada, para o grande público, do transistor
data de 1955, 1960 para a televisão, e dos anos
70 para o computador”.
A internet surgiu como o computador, na década de 60
em plena guerra fria devido à necessidade de se acabar com uma
preocupação dos Estados Unidos aos possíveis ataques as suas
bases, onde se fazia necessário criar uma estratégia visando
proteger as suas informações, de forma que pudessem encontrar-
se salvas em caso de bombardeio.
A CONTRIBUIÇÃO DE UM SITE DE COMPRA COLETIVA PARA O DESENVOLVIMENTO
DE EMPRESAS LOCAIS. UM ESTUDO REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE
73
Laudon e Laudon (2007) nos mostram que a palavra
internet; deriva de internetworking e que significa uma conexão
de várias redes com identidades distintas se ligando em uma única
rede.
Segundo Albertin (2010), a princípio, a internet era
exclusividade científica e acadêmica, e somente a partir de 1987,
os Estados Unidos passou a liberar o uso comercial.
Segundo Santos (2009), no Brasil, a internet passou a
ser utilizada a partir de 1988, também com a finalidade de
compartilhar informações entre os ambientes acadêmicos e
científicos, em 1990 foi criada a Rede Nacional de Pesquisa
(RNP), que tinha a finalidade de gerenciar a rede e acompanhar
através de um Comitê Gestor da Internet o seu desenvolvimento,
mas somente em 1995 o seu uso comercial foi liberado pelo
governo brasileiro.
Abaixo, uma tabela mostra a quantidade (em
milhões) de usuários ativos com no mínimo um acesso (em
horas) por mês no Brasil.
Tabela 1 - Acesso a Internet no Brasil – Indicadores Gerais
Janeiro – 2012 Brasil
Pessoas >16 anos c/ acesso a Internet - (milhões) 79,9 mi
Usuários Ativos (milhões) 47,5 mi
Tempo de navegação no mês (hs) 49:06hs
Tempo médio gasto em cada Página visualizada (seg) 00:47seg
Fonte Nielsen Netratings1
1 Compilação www.e-commerce.org.br. Refere-se à quantidade de pessoas, com mais
de 16 anos, que tem acesso à Internet nas residências, trabalho ou lan-house. Usuários
ativos: que tiveram pelo menos um acesso à Internet no mês de janeiro de 2012.
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
74
De acordo com Laudon e Laudon (2007), com a internet
não se deu o contrário, e que como toda invenção, ao ser
idealizada, não se tinha em mente que a mesma seria de um
crescimento tão surpreendente.
Neste contexto, Albertin (2010, p. 29), “como resultado,
o sistema cresceu como uma rede verdadeiramente distribuída e
protocolos de redes foram desenvolvidos para criar um ambiente
de sistema aberto, permitindo rotear mensagens e informações por
meio de plataformas de rede amplamente dispersas”.
De acordo com O’Brien (2010), a internet continua em
crescente expansão, pois a cada dia mais e mais empresas,
usuários domésticos e outras organizações começam a usufruir da
maior e mais importante rede mundial de informações, fazendo
com que ela adquira uma fundamental importância para o
crescimento na oferta de serviços de informação, entretenimento
e aplicações comerciais.
Diante disso, temos em Mattos (2005, p. 70) que “A
internet está mudando a forma como as pessoas se relacionam a
maneira de as empresas funcionarem, o jeito de enxergar o mundo
globalizado”.
Batista (2006, p. 70), “do ponto de vista técnico, a
internet é uma conexão de todas as redes do mundo, mas, do ponto
de vista do usuário, ela representa a possibilidade, quase infinita,
de acesso a serviços online, comunicação entre pessoas ou troca
de dados entre computadores”.
A internet tornou-se para as pessoas que dela fazem uso,
mais que uma simples forma de transferência de informações
entre duas máquinas, tornou-se uma forma de se fazer presente
em diversos locais sem a real necessidade de se ausentar de suas
casas, dos seus trabalhos e ainda executar várias atividades ao
mesmo tempo.
A CONTRIBUIÇÃO DE UM SITE DE COMPRA COLETIVA PARA O DESENVOLVIMENTO
DE EMPRESAS LOCAIS. UM ESTUDO REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE
75
2.2 COMÉRCIO ELETRÔNICO
Com o crescimento da internet e a sua popularização,
surgiu à necessidade de uma modernização na forma de se fazer
transações comerciais, agregando uma maior facilidade, rapidez,
comodidade e segurança, com a possibilidade de um atendimento
mais abrangente.
Por meio da internet são realizadas diversas transações
e dentre elas podemos destacar as de compra e venda dos mais
variados produtos e serviços, tornando-a uma peça fundamental
para uma revolução no conceito de comércio.
Como nos trata Laudon e Laudon (2007), o comércio
eletrônico ou e-commerce está diretamente vinculado ao uso da
internet para realização de negócios.
De acordo com Turban; Rainer JR e Potter (2005, p.
155) “aplicações de e-commerce começaram no início da década
de 1970, com inovações como transferência eletrônica de
fundos”.
Em um espaço de tempo relativamente pequeno, essas
aplicações tiveram uma expansão rápida provocando uma grande
mudança na forma como a maioria das empresas consegue
realizar suas transações e consequentemente conseguem
subsídios para a sua sobrevivência diante desse novo mundo de
negócios.
Segundo Stair e Reynolds (2010) o e-commerce é a
realização de toda a cadeia de atividades comerciais
eletronicamente, através de redes de computadores.
Nesse aspecto Albertin, (2010, p. 3), “é a realização de
toda a cadeia de valor dos processos de negócio num ambiente
Piedley Macedo Saraiva
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76
eletrônico, por meio da aplicação intensa das tecnologias de
comunicação e informação, atendendo aos objetivos de negócio”.
O comércio eletrônico tem contribuído bastante para o
aumento do nível de competitividade entre as empresas e a busca
incessante pelo aprimoramento na captação e manutenção de
clientes, com um baixo custo e com uma possibilidade de retorno
bem maior.
Segundo Laudon e Laudon (2007), em 1995 o
Netscape.com, na época o mais avançado navegador de internet,
iniciou a divulgação de anúncio de grandes empresas em seu
portal, o que fez com que surgisse a ideia de utilização da internet
como ferramenta para publicidade e vendas na web. Com isso,
uma grande transformação estava sendo iniciada na maneira
como se realizavam os acordos comerciais.
Atualmente, nos deparamos com inúmeras
possibilidades de transações comerciais, tanto no que se refere a
bens como serviços. A facilidade com que compramos,
vendemos, trocamos ou simplesmente realizamos um anúncio
publicitário, nos indica o quanto o mercado mundial vem
assimilando essa nova forma de transação.
O’Brien, (2010, p. 254) “O e-commerce está mudando
a forma como as empresas fazem negócios, tanto interna quanto
externamente, com seus clientes, fornecedores e outros parceiros
de negócios”.
Atualmente podemos encontrar um grande número de
produtos e serviços sendo ofertados na internet, e o que é mais
importante, com um preço de compra bem menor que os ofertados
em lojas no ambiente físico.
A CONTRIBUIÇÃO DE UM SITE DE COMPRA COLETIVA PARA O DESENVOLVIMENTO
DE EMPRESAS LOCAIS. UM ESTUDO REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE
77
Tabela 2 - Produtos Mais Vendidos no Varejo on-line do Brasil -
2011
Produtos mais Vendidos %
Eletrodomésticos 15
Informática 12
Eletrônicos 8
Saúde e Beleza 7
Moda e Acessórios 7
Fonte: e-Bit2
De acordo com Mattos (2005), a internet, dentre as suas
inúmeras aplicações, a forma mais favorável ao desenvolvimento
e a que possui uma infinidade de possibilidades é a do comércio,
pois envolve em si tanto a compra como a venda de produtos por
meio de lojas virtuais, bancos ou outras instituições financeiras
como também a Bolsa de Valores.
Dessa maneira O’Brien (2010), entende-se que o
elemento decisivo para o sucesso no alcance das expectativas do
varejo eletrônico, está na utilização de forma proveitosa dos
fatores-chave, como seleção e preço, desempenho e eficiência do
atendimento, aparência e impressão causada pelo site, propaganda
e incentivos à compra, atenção pessoal, relações comunitárias,
segurança e confiabilidade.
Mattos (2005, p. 88) faz um exame com antecedência
sobre um dos prováveis acontecimentos devido o
desenvolvimento e a influência do e-commerce no dia a dia dos
consumidores modernos:
2 Compilação: www.e-commerce.org.br
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Xênia Maurília Alencar dos Santos
78
Os supermercados convencionais deverão
desaparecer do cenário econômico, pois é
muito mais conveniente fazer as compras
mensais a qualquer hora do dia ou da noite,
sem sair de casa, e rapidamente (usando as
listas de compras do mês anterior).
Os shoppings e as lojas comerciais, em parte,
também deverão desaparecer. Com menores
investimentos e custos operacionais, o preço
final para o consumidor vai baixar.
Segundo Laudon e Laudon (2007), existem no e-
commerce três modalidades de transações que são fundamentais
na aplicação das negociações que são: comércio eletrônico
empresa-consumidor (B2C); comércio eletrônico empresa-
empresa (B2B) e comércio eletrônico consumidor-consumidor
(C2C).
O B2C é a forma de negociação entre empresas e
indivíduos (pessoa jurídica x pessoa física), na negociação de
produtos ou serviços; o B2B é a aplicação de transações entre
empresas e o C2C é a transação comercial direta realizada entre
indivíduos consumidores.
Recentemente, uma reportagem da revista Pequenas
Empresas Grandes Negócios (PEGN) trouxe os números do
crescimento do comércio eletrônico atualizados no Brasil, aonde
o seu faturamento chegou a ultrapassar 18 bilhões em 2011, tendo
um aumento de 26% a mais que no ano de 2010 de acordo com a
e-bit. No geral, tivemos mais de 30 milhões de pessoas que
compraram pela internet, sendo que desse total, 9 milhões eram
principiantes nessa nova modalidade.3
3 Revista PEGN edição de número 279 em abril de 2012.
A CONTRIBUIÇÃO DE UM SITE DE COMPRA COLETIVA PARA O DESENVOLVIMENTO
DE EMPRESAS LOCAIS. UM ESTUDO REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE
79
A contribuição da internet na aplicação de negócios nos
diversos setores vem sendo percebida como também analisada
não só pelo varejo, mas também por outros tipos de negócios.4
Na tabela abaixo, podemos perceber o aumento
crescente das negociações realizadas ano a ano através da internet
e consequentemente o seu poder de atuação no varejo.
4 Guia Valor Econômico de Comércio Eletrônico. 2003. P. 22.
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
80
Tabela 3 – Valores negociados ano a ano (em bilhões) através do e-commerce.
ANO FATURAMENTO Variação
2013 R$ 31,10 29%
2012 R$ 22,50 20%
2011 R$ 18,70 26%
2010 R$ 14,80 40%
2009 R$ 10,60 33%
2008 R$ 8.20 30%
2007 R$ 6.30 43%
2006 R$ 4,40 76%
2005 R$ 2.50 43%
2004 R$ 1.75 48%
2003 R$ 1.18 39%
2002 R$ 0,85 55%
2001 R$ 0,54 -
Fonte eBit5
5 Tabela adaptada
A CONTRIBUIÇÃO DE UM SITE DE COMPRA COLETIVA PARA O DESENVOLVIMENTO
DE EMPRESAS LOCAIS. UM ESTUDO REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE
81
De acordo com Batista (2006), essa modalidade de
comércio está fazendo com que a cada dia os consumidores
aumentem as suas exigências diante da diversidade de ofertas
encontradas nos portais de B2B ou B2C. Eles esperam que essas
empresas, além da segurança nas transações, lhe ofereçam uma
experiência útil, vantajosa e de mútua satisfação.
Longe de se tornar um mecanismo perfeito, o e-
commerce ainda possui muitas limitações e ainda que possa trazer
uma disponibilidade de acesso a vários mercados e uma maior
variação na quantidade de produtos e serviços, ainda assim possui
uma grande deficiência que envolve o âmbito tecnológico bem
como o de uma melhor percepção com relação ao fator segurança,
o que poderá ser minimizado através de um melhor planejamento.
2.3 – COMPRA COLETIVA
Com o crescente aumento de pessoas com acesso a
internet e o aumento da globalização do comércio, as empresas
cada vez mais estão procurando novas formas de inovarem na
forma de conquistar seus consumidores e quem sabe até os tornar
fiéis.
Conforme definição de Dornelas (2008, p. 62),
“Modelo de negócio que tem como principal
objetivo unir compradores, pessoas físicas ou
jurídicas, e então organizar um pedido com
alto volume, permitindo que empresas ou
pessoas passem a ter poder de negociação de
grandes compradores. Normalmente, o
intermediador fica com parte do valor
transacional”.
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
82
Com bilhões de pessoas tendo acesso a essa maravilha
que se chama internet, as empresas passaram a vislumbrar um
grande potencial e uma grande oportunidade no aumento de
negociações e consequentemente de faturamento.
Segundo Felipini (2011), a ideia de compra coletiva
teve início na China. O costume de se associar a outros
compradores para obter um maior poder de barganha já era
utilizado nesse país, que embora fizessem uso da internet, ainda
se fazia necessário à presença física dos compradores.
Procurou-se então associar à loja física a virtual de
maneira a atrair um maior número de pessoas interessadas não
somente na maneira cômoda de comprar bem como em uma
melhor oferta de preços.
De acordo com Felipini (2011), a forma atualmente
conhecida de Compra Coletiva teve início em 2008 com o site
GroupOn cujo fundador Andrew Mason teve a idéia de reunir um
grupo de pessoas com interesses semelhantes na aquisição de um
determinado produto ou serviço, e desta forma poder brigar por
melhores preços. A forma de negociação foi tão bem aceita que,
desde o seu lançamento em 2008, ela vem obtendo um
crescimento recordista e com pouco mais de um ano de vida,
recebeu uma oferta de 6 bilhões de dólares, oferta essa, proposta
pela empresa Google.
No Brasil, essa febre teve início em 2010 com o
surgimento do site Peixe Urbano cujos fundadores são Júlio
Vasconcelos e Alex Tabor, que da mesma forma utilizam o
modelo do GroupOn, oferecendo a oportunidade de negociação e
barganha por produtos e serviços com um valor mais reduzido.
Diante do sucesso do e-commerce e do surgimento de
inúmeros sites de compra coletiva, as mídias sociais começam a
aderir a essa nova perspectiva de negócio e começam a investir
A CONTRIBUIÇÃO DE UM SITE DE COMPRA COLETIVA PARA O DESENVOLVIMENTO
DE EMPRESAS LOCAIS. UM ESTUDO REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE
83
no que hoje chamamos de social commerce ou s-commerce, que
se utiliza da divulgação de informações de produtos ou marcas
entre grupos com o principal objetivo de concretizar transações e
gerar um maior conhecimento de alguma marca.
Segundo Felipini (2011), dados do Instituto Ibope-
Nielsen indicam que no mês de setembro de 2011, cerca de 5,6
milhões de Internautas visitaram pelo menos um site de compra
coletiva, essa quantidade de visitantes é equivalente a cerca de
10% dos usuários ativos da Internet, percentual de significância
bastante elevado para um segmento recém-criado para o varejo.
Nessa pesquisa, o público desses sites é em grande
maioria masculino, equivalendo aproximadamente 53,8% e a
faixa etária de maior concentração é entre 25 a 34 anos
equivalendo também a 38,3%. Essa mesma pesquisa nos Estados
Unidos esses dados foram divergentes, onde a maioria absoluta
apresentou-se do sexo feminino e a faixa etária predominante foi
de jovens de 18 a 34 anos.
O sistema de compra coletiva é relativamente simples,
consiste na associação de uma empresa interessada em oferecer
seus produtos a um preço razoavelmente reduzido, com descontos
que podem chegar até a 70% com a finalidade de captar novos
clientes, que impulsionados por essas vantagens possam adquirir
um produto que eventualmente estava presente em suas
necessidades atuais ou apenas por oportunidade de adquiri-lo de
forma mais lucrativa e um site de compras coletivas, que servirá
de mediador para as transações.
Dessa forma, temos de acordo com a figura abaixo, o
modelo que nos mostra com clareza todas as etapas necessárias
para o processo da compra coletiva:
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
84
Figura 1 – Modelo de funcionamento do Sistema de Compra Coletiva
proposto por Felipini (2011).
Fonte: Felipini, Dailton (2011).
Essa nova forma de comércio pode trazer vantagens
para os três participantes envolvidos. Tanto o anunciante da oferta
quanto o site de compra coletiva ganham, já que em média 50%
do valor arrecadado com a promoção pertencem ao site como
também o consumidor final que consegue adquirir diversos tipos
de produtos ou serviços a um preço bem abaixo do praticado no
varejo normalmente.
O sistema funciona com a oferta de cupons
promocionais que possuem uma quantidade mínima de aquisição
por promoções diferentes e para cada tipo de oferta. Ao ser
atingido essa determinada quantidade, a promoção é ativada e o
cliente (comprador) recebe um cupom que ele irá utilizar junto à
empresa ofertante para aquisição do produto ou serviço
anunciado.
A CONTRIBUIÇÃO DE UM SITE DE COMPRA COLETIVA PARA O DESENVOLVIMENTO
DE EMPRESAS LOCAIS. UM ESTUDO REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE
85
Os sites de compra coletiva vêm trazendo uma grande
contribuição diante dessa nova maneira de se trabalhar o
marketing das empresas, que atualmente acreditam que esses sites
podem trazer um novo método com maior divulgação e alcance
na captação de novos clientes com um menor custo.
Embora tenham que reduzir bastante a sua margem de
lucro, visto que ofertam um produto bem abaixo do preço
praticado no mercado físico e ainda pagam a esses sites que
divulgam a oferta em média 50% do valor alcançado com a venda
dos cupons, ainda assim, os anunciantes continuam obtendo
vantagem competitiva tendo em vista que esses novos clientes
captados geralmente retornam a empresa e passam a adquirir os
produtos com os valores normais de mercado.
3. METODOLOGIA
A presente pesquisa buscou atestar se o novo modelo de
comércio eletrônico, em questão, os sistemas de compra coletiva,
contribui para o desenvolvimento de empresas na cidade de
Juazeiro do Norte.
De acordo com Gonçalves (2004), uma pesquisa não
consiste simplesmente na divulgação dos seus resultados para o
público, mas também contribui para o aprofundamento e a
compreensão com relação a um determinado tema abordado.
Tratou-se de um estudo descritivo, pois a preocupação
dessa pesquisa foi descrever o desenvolvimento de empresas a
partir de uma nova perspectiva de varejo eletrônico, que são os
sites de compra coletiva.
Possuindo uma natureza exploratória teve uma
abordagem quantitativa no que se refere à forma como foram
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
86
coletados os dados diante do grande número de informações com
relação à população que foi investigada e para melhor apuração
dos dados relacionados ao posicionamento da amostra estudada
com o grau de satisfação por eles evidenciados, apresentando uma
observação direta extensiva com a aplicação de questionários.
Segundo Cervo, Bervian e da Silva (2007, p. 61), “A
pesquisa descritiva {...} Busca conhecer as diversas situações e
relações que ocorrem na vida social, política, econômica e demais
aspectos do comportamento humano, tanto do indivíduo tomado
isoladamente como de grupos e comunidades mais complexas”.
Como nos explica Rodrigues (2007. P. 28).
A pesquisa exploratória destina-se a
esclarecer do que se trata, a reconhecer a
natureza do fenômeno, a situá-lo no tempo e
no espaço, a inventariar suas manifestações
variadas, seus elementos constitutivos ou as
contiguidades presentes a sua manifestação.
A pesquisa teve a duração de um mês e foi realizada no
mês de novembro de 2012 com o intuito de obter os dados para
análise.
Realizou-se uma pesquisa de campo em duas fases
respectivamente: na primeira fase, teve a aplicação de
questionários para o comprador com perguntas que tinham a
pretensão de conhecer a aceitação do público em geral, o perfil
dos usuários, as preferências de consumo e os valores que os
mesmos estavam dispostos a gastar nos sites.
Na segunda fase, optou-se por um levantamento das
empresas que divulgam ou já divulgaram junto aos sites que
operam na cidade. A partir daí, de posse dos dados das empresas,
foi realizada a aplicação de questionários direcionados aos
A CONTRIBUIÇÃO DE UM SITE DE COMPRA COLETIVA PARA O DESENVOLVIMENTO
DE EMPRESAS LOCAIS. UM ESTUDO REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE
87
anunciantes, onde se procurou identificar o tipo e o tamanho da
empresa, o ramo de atividade, os fatores que influenciaram esse
tipo de divulgação, as vantagens e desvantagens dessa nova
ferramenta de marketing, a existência de um aumento ou não no
volume de vendas, bem como a satisfação dos mesmos com a
divulgação.
A amostra dessa pesquisa foi composta por 170
questionários voltados para o consumidor de forma aleatória e
simples dentro da população que se quis investigar e 50
questionários voltados para as empresas anunciantes,
selecionadas de forma aleatória mediante pesquisa nos sites.
A pesquisa bibliográfica segundo Marconi e Lakatos
(2001. p., 43), “trata-se de toda a bibliografia já publicada, em
forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita”.
Como parte do trabalho, foi realizada pesquisa
bibliográfica que serviu para embasamento na análise dos dados
coletados bem como de reforço para a conclusão da pesquisa.
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
A pesquisa foi realizada em duas fases: a primeira com
o público consumidor e a segunda com as empresas anunciantes,
onde os resultados serão apresentados a seguir.
4.1 PÚBLICO CONSUMIDOR
Diante dos dados demográficos, podemos afirmar que
do total de 170 entrevistados, 60% são do sexo feminino e 40%
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
88
pertencem ao sexo masculino, divergindo a amostra dessa
pesquisa dos dados da Pesquisa relatada anteriormente, realizada
pelo Instituto Ibope-Nielsen. Pode-se observar ainda com relação
aos dados obtidos, que a faixa etária de maior predominância
entre os entrevistados, variou de 18 a 27 anos, obtendo um
percentual de 65% do total, afirmando de acordo com a amostra
uma maior concentração do público jovem.
Gráfico 1 – Entrevistados Fonte: Dados da Pesquisa
Gráfico 2 – Faixa etária Fonte: Dados da Pesquisa
60,00%
40,00%
Entrevistados
Feminino
Masculino
32%
33%
19%
6%
6% 4%Faixa Etária
18 a 22
23 a 27
28 a 32
33 a 37
38 a 42
A CONTRIBUIÇÃO DE UM SITE DE COMPRA COLETIVA PARA O DESENVOLVIMENTO
DE EMPRESAS LOCAIS. UM ESTUDO REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE
89
Ainda com relação aos dados demográficos,
observamos que 71,76% dos entrevistados são solteiros e a renda
mensal predominante foi acima de R$ 1.555,00 e os níveis de
escolaridade com maior relevância foi o superior incompleto
seguido de superior completo e especialização.
Gráfico 3 – Estado Civil Fonte: Dados da Pesquisa
Gráfico 4 – Renda Mensal Fonte: Dados da Pesquisa
71,76%
27,65% 0,59%Estado Civil
Solteiro(a)
Casado(a)
Desquitado/divorciado(a)
8%8%
20%
17%
47%
Renda Mensal
Até R$ 622,00
622,01 a 933,00
933,01 a R$ 1.244,00
1.244,01 a R$ 1.555,00
Acima de R$ 1.555,01
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
90
Gráfico 5 – Escolaridade Fonte: Dados da Pesquisa
De acordo com a pesquisa, 37,65% dos entrevistados já
adquiriram produtos ou serviços nos sites de compra coletiva,
enquanto que 62,35%, não costumam comprar produtos ou
serviços desses sites. Com relação ao motivo que os faz não
adquirirem, o fator mais relevante com 42%, foi à falta de
confiança.
Outro ponto observado, é que ainda existe um pouco de
desinteresse do público consumidor com relação a essa nova
forma de comercialização o que seria relevante uma análise do
marketing dessa modalidade na nossa cidade.
4% 9%
62%
11%
11%3%
EscolaridadeAté 1º grau completo
Até 2º grau completo
Superior incompleto
Superior completo
Especialização (pós-
graduação, MBA e
outros)
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Gráfico 6 – Aquisição em sites de Compra coletiva Fonte: Dados da Pesquisa
Gráfico 7 – Motivos para não aquisição Fonte: Dados da pesquisa.
Como puderam ser observados, os sites mais visitados
pelo público consumidor foram o site barato coletivo acumulando
um percentual de 58%, ficando em segundo colocado o site
37,65%
62,35%
Aquisição de
Produtos/Serviços em Sites
de Compra Coletiva
Sim
Não
27%
42%
5%
17%9%
Motivos da não aquisição
Falta de interesse;
Falta de confiança (segurança);
Não encontra o que procura
Tem receio do Produto/Serviço não corresponder ao que seria se a compra fosse
através da forma convencional;Outros motivos.
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
92
ofertão urbano com 35% dos entrevistados. Pode-se afirmar
diante da pesquisa, que o produto e serviço mais procurado, são
os de Gastronomia somando a 57,81%, aparecendo em segundo
lugar na pesquisa, lazer e turismo com 29,69% dos entrevistados.
Gráfico 8 – Sites visitados Fonte: Dados da Pesquisa
Tabela 4 – Produtos/Serviços mais procurados
Produtos /Serviços mais procurados
Nº de
consum
idores
Freq.
Gastronomia 10 15,63
%
Estética/Beleza 7 10,94
%
Lazer/Turismo 6 9,38%
Gastronomia e Lazer/Turismo 4 6,25%
Gastronomia e Esportes/Saúde 4 6,25%
Produtos eróticos e lingerie 4 6,25%
Gastronomia e Estética e Beleza 3 4,69%
31%
8%
14%6%
2%
5%
34%
Sites visitadosBarato coletivo
Ofertão urbano
Barato Coletivo e Ofertão
Urbano
Barato Coletivo, Ofertão
Urbano e Compra Cariri
Barato Coletivo, Ofertão
Urbano e Bonde Barato
Barato Coletivo, Ofertão
Urbano e Outros
Outros
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Esportes e Saúde 3 4,69%
Gastronomia, Lazer/Turismo e
Diversão/Entretenimento 3 4,69%
Gastronomia, Lazer/Turismo, Estética e
Beleza e Outros 2 3,13%
Lazer/Turismo, Esporte e Saúde,
Educação/Cultura e Artes e Outros 2 3,13%
Educação/Cultura e Artes 2 3,13%
Estética/Beleza e Lazer/Turismo 1 1,56%
Lazer/Turismo e Educação/Cultura e Artes 1 1,56%
Educação/Cultura e Artes,
Diversão/Entretenimento e Esportes e Saúde 1 1,56%
Outros 11 17,19
%
Total 64 100,0
0% Fonte: Dados da Pesquisa
Pode-se constatar com a pesquisa, que a maior
motivação para o consumo dessas ofertas nos sites de compra
coletiva é a promoção (um bom lugar comum ótimo desconto),
visto que 60% dos entrevistados afirmaram ser esse o motivo pelo
qual compram os cupons de oferta.
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
94
Gráfico 9 – Condições e ofertas mais procuradas Fonte: Dados da pesquisa
Em relação ao percentual de cupons adquiridos e
consequentemente ao valor gasto nesses sites pelos entrevistados,
a pesquisa revelou que os 71,88% adquirem de 1 a 3 cupons por
oferta e 40,62% estão dispostos a gastar até R$ 150,00 por oferta.
Gráfico 10 – Quantidade de cupons adquiridos Fonte: Dados da Pesquisa
11%
60%
2%
3%
18% 6%
Condições e Ofertas mais procuradasApenas preço (a procura é
pelo mais barato)
Promoção (apenas achar
um lugar legal e com
desconto)Preço e Promoção
Preço e Conhecer novos
estabelecimentos
Conhecer novos
estabelecimentos ( novas
experiências)Promoção e Conhecer
novos estabelecimentos
71,88%
28,12%
Quantidade de cupons por oferta
De 1 a 3 cupons por
oferta
De 4 a 6 cupons por
oferta
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DE EMPRESAS LOCAIS. UM ESTUDO REALIZADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE
95
Gráfico 11 – Média de valores gastos nos sites
Fonte: Dados da pesquisa
Quando questionados com relação ao atendimento com
o uso de cupons de ofertas, 26,56 afirmaram que sentiram
diferença no atendimento e 73,44% afirmaram que não houve
diferença.
Gráfico 12 – Diferença no atendimento
Fonte: Dados da pesquisa
21,88%
40,62%
37,50%
Média de valores gastos nos
sites
Até R$ 50,00.
De R$ 51,00 a R$
150,00.
De R$ 151,00 acima.
26,56%
73,44%
Diferença no atendimento
Sim
Não.
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
96
As afirmações para explicitarem o fato de os
consumidores terem sentido a diferença no atendimento, estão
relacionadas na tabela a seguir:
Tabela 5 – Justificativa
Justificativa Nº de Consumidores Freq.
O atendimento é inferior em relação à
outra forma de compra. 10 58,82%
Pouca atenção em relação aos outros
que não possuem cupons. 3 17,65%
Dificuldade em agendamento. 1 5,88%
Produtos com qualidade inferior e
opções reduzidas. 2 11,76%
Preconceito por parte dos funcionários
da empresa, por se tratar de cliente com
cupom.
1 5,88%
Total 17 100%
Fonte: Dados da pesquisa
4.2 – EMPRESA ANUNCIANTE
Para a realização dessa segunda fase, foram
entrevistadas 50 empresas locais, onde através da análise dos
resultados, podemos afirmar que 44% são do tipo Empresa
Individual (empresa composta por um único sócio e com
faturamento anual de até R$ 360.000,00) e 36% são de Micro
Empreendedor Individual (assim como a Empresa Individual, é
composta por um único sócio, mas seu faturamento anual limita-
se ao valor máximo de R$ 60.000,00). Dentre elas, a
predominância foi das microempresas com 68% das empresas
pesquisadas.
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Gráfico 13 – Tipo de Empresa Fonte: Dados da Pesquisa
Gráfico 14 – Porte da Empresa Fonte: Dados da pesquisa
Verificou-se que das empresas pesquisadas, 36% são do
ramo alimentício, justificando em parte, o fato de ser a oferta mais
procurada pelos consumidores entrevistados.
20,00%
44,00%
36,00%
Tipo de Empresa
Sociedade
Limitada
Empresa
Individual
Empreendedor
Individual
68%
24%
8%
Porte da Empresa
Microempresa
Pequena Empresa
Média Empresa
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
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Gráfico 15 – Ramo de atividade Fonte: Dados da pesquisa
Com relação ao fator mais relevante para a decisão de
anunciar nos sites de compra coletiva, 44%, afirmaram que o
interesse maior deles era atrair um publico diversificado, pois
como mencionado anteriormente, essa modalidade possui um
maior alcance com um custo bem menor e 26%, afirmaram que
quiseram experimentar uma nova forma de divulgação.
36%
26%2%
2%
4%
2%
28%
Ramo de AtividadeAlimentação
Estética/Beleza
Lazer/Turismo
Esportes e Saúde
Educação/Arte e
Cultura
Lingerie/Produtos
eróticos
Outros
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Gráfico 16 – Motivação para divulgação Fonte: Dados da pesquisa
Foi solicitado para que fosse enumerado qual a maior
vantagem de se anunciar em um site de compra coletiva utilizando
o critério de 1 a 3 de acordo com a importância (onde 1 é uma
grande vantagem e 3 uma pequena vantagem), obtivemos os
seguintes resultados: 52% das empresas pesquisadas responderam
que a maior vantagem era a visibilidade de sua empresa como
mostra a tabela 6.
Tabela 6 – Principais vantagens em ordem de importância
Principais vantagens em ordem de importância
Maior Média Pouca Frequência
Visibilidade 26 20 4 52%
Novos consumidores 23 26 1 46%
Retorno financeiro 1 4 45 2%
Total 50 50 50 100%
Fonte: Dados da pesquisa
44%
20%
26%
10%
Motivação para a divulgação nos
Sites
Acesso ao público
diversificado
Baixo custo de divulgação
Experimentar uma nova
ferramenta de divulgação
Outro.
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
100
Da mesma forma, foi solicitado que fosse enumerada a
maior desvantagem utilizando o critério de 1 a 3 de acordo com o
grau de desvantagem (onde 1 é uma grande desvantagem e 3 uma
pequena desvantagem), obtivemos de acordo com a tabela 7, que
62%, afirmaram que seria o aumento das despesas.
Tabela 7 – Principais desvantagens em ordem de importância
Principais desvantagens em ordem de importância.
Grande Média Pequena Freqüência
Aumento súbito de clientes
devido à promoção 3 12 35 6%
Aumento de despesas 31 16 7 62%
Queda na qualidade do
atendimento 16 22 8 32%
Total 50 50 50 100%
Fonte: Dados da pesquisa
Respondendo a um dos objetivos da pesquisa, pode- se
verificar que 38% das empresas entrevistadas afirmaram ter tido
um aumento no volume de vendas e dentre elas, 17% afirmou que
o seu aumento no volume foi entre 10% e 15%.
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Gráfico 17 – Alteração no volume de vendas Fonte: Dados da pesquisa
Gráfico 18 – Percentual de aumento nas vendas Fonte: Dados da pesquisa
Quanto à rentabilidade do anúncio, 42%, afirmaram que
consideram ter obtido um retorno financeiro e 58% afirmou que
não houve retorno financeiro, justificando como mostra na tabela
abaixo os motivos que as fizeram não obterem sucesso financeiro
com o anúncio.
76,00%
24,00%
Alteração no volume de vendas
Sim
Não
29%
45%
21%
5%
Percentual de aumento no volume
de vendas
Inferior a 10% no
volume de vendas
Entre 10% a 15% no
volume de vendas
Entre 15 a 20% no
volume de vendas
Acima de 20% no
volume de vendas
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
102
Tabela 8 - Justificativas
Justificativas: Anunc. Freq.
A redução obrigatória de 50% no valor do
produto/serviço inviabiliza o lucro 2 6,90%
O retorno financeiro é mínimo, comparado as
despesas 21 72,41%
Não atingiu as expectativas, pois não houve
alteração nas vendas 6 20,69%
Total 29 100%
Fonte: Dados da pesquisa
Gráfico 19- Rentabilidade do anúncio Fonte: Dados da pesquisa
42,00%
58,00%
Foi rentável a divulgação
Sim
Não
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora o comércio eletrônico esteja em constante
crescimento e desenvolvendo-se de forma rápida lançando para
as empresas novas formas de divulgação de suas marcas, produtos
e serviços com estratégias cada dia mais ousadas, como
salientamos nessa pesquisa muito ainda se tem de planejar e
desenvolver.
Os sites de compra coletiva estão em constante
crescimento como uma forma de divulgação em massa com um
custo de investimento praticamente nulo. Embora não tenha um
retorno financeiro considerável, possui um retorno no que diz
respeito à exposição de uma empresa para um maior público,
fazendo com que ela seja alcançada de forma mais diversificada.
Como pode ser observado nessa pesquisa, embora
anunciar nestes sites sejam uma forma de marketing com um
grande potencial, pois conseguem proporcionar a alguns
consumidores a oportunidade de conhecer novos produtos ou
serviços que antes não estavam ao seu alcance no nosso varejo
local, torna-se ainda pequena a sua utilização, sendo que menos
de 50% dos entrevistados costumam adquirir produtos/serviços
através das divulgações.
Observa-se com essa pesquisa, que ainda é necessário
um pouco mais de planejamento tanto por parte das empresas que
resolvem adotar essa nova forma de divulgação quanto dos sites
que intermediam a negociação, necessitando uma melhor
estruturação das divulgações e um melhor atendimento junto aos
compradores das ofertas, pois os mesmos diante de um
encantamento com a forma como foram atendidos possam tornar-
se não somente um cliente de ofertas passageiras e sim um cliente
fidelizado que retornará sempre que necessitar.
Piedley Macedo Saraiva
Xênia Maurília Alencar dos Santos
104
Não é pretensão de essa pesquisa tornar-se piloto nessa
abordagem de compras coletivas logo, ainda faz-se necessário um
melhor estudo dos potenciais desta nova ferramenta, para que a
mesma possa garantir uma melhor satisfação para os três atores
envolvidos que são: o consumidor, as empresas anunciantes e os
sites que fazem a intermediação da negociação, visando para
todos, um melhor resultado e o desenvolvimento de um maior
número de marcas no varejo local.
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