O tipo de sangue afeta, sim, a saúdeNão é só na hora de uma transfusão que o grupo sanguíneo faz a diferença. A ciência desvenda que ele protege você contra certos males - e o expõe a outros
Publicado em 13/09/2013
por Theo Ruprecht e Dalena Theron
Conteúdo
Em 2001, o cirurgião vascular Francisco José Osse foi para a Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, estudar mais a fundo a chamada trombose venosa, em que um coágulo entope uma veia, causando inchaço, feridas e dificuldades de movimentação nas pernas. Um dia, ao entrar no ambulatório da faculdade em que realizava seu trabalho, o brasileiro se deparou com seis pacientes acometidos pelo problema. "Por curiosidade, perguntei ao primeiro qual seu tipo de sangue. Ele disse A+. Eu me encaminhei ao segundo e a resposta foi igual. Quando o terceiro falou a mesma coisa, desconfiei que aquilo não era apenas coincidência", lembra-se o hoje diretor do Centro Endovascular de São Paulo. De lá para cá, o especialista vem anotando a classe sanguínea de muitos outros indivíduos com o distúrbio - e os dados colhidos são irrefutáveis. Além de relacionado a mais casos de trombose venosa, o grupo A+ associa-se a quadros severos dessa doença. A partir daí, o médico resolveu descobrir o motivo por trás da evidência. "Portadores do A+ tendem a possuir índices elevados de fator VIII, uma molécula coagulante", observa Osse. Ou seja, esses sujeitos estariam propensos aos perigosos trombos. Para piorar, ao menos em tese o coágulo também poderia bloquear uma artéria que irriga o coração. "Por isso
acredito que detentores de A+ também sofrem com uma maior suscetibilidade de se tornarem vítimas de um infarto", argumenta Osse. Mas por que o sangue A+ seria, digamos, naturalmente viscoso? "Talvez partes do DNA que definem a que tipo pertencemos também provoquem esse efeito adverso", especula Lilian Castilho, bióloga do Centro de Hematologia e Hemoterapia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista.
Cada um, cada um
Essa hipótese de que os genes responsáveis por um ou outro tipo do líquido vermelho influenciam funções do organismo fez com que o americano James DAdamo criasse uma �teoria bem controversa. "Cada grupo sanguíneo apresenta traços de personalidade únicos, assim como uma afinidade com alimentos específicos", defende. O naturopata inclusive elaborou uma dieta detalhada para cada sangue. E concebeu uma série de recomendações sobre como uma pessoa B+, por exemplo, deve agir para potencializar os pontos fortes mentais que detém, supostamente em razão do que carrega nas artérias. Será? Desde os anos 1950, cientistas sugerem que o sangue influi no aparecimento de cânceres gástricos. O epidemiologista Gustav Edgren, do sueco Instituto Karolinska, resolveu tirar isso a limpo. Após investigar dados de mais de 1 milhão de doadores, ele conclui: "O grupo A realmente parece predisposto a desenvolver esse mal". A justificativa estaria, de novo, na genética. Porém, antes de tachar a primeira letra do alfabeto como sinônimo de azar, observe o que a bióloga Lilian Castilho acrescenta: "Existe um vínculo entre o H. pylori e o surgimento de úlceras que propiciam tumores gastrointestinais. E há evidências de que o tipo O está mais sujeito a infecções por essa bactéria". Aliás, um dos temas muito estudados dentro desse assunto é justamente o possível impacto da classe de sangue na colonização de micróbios. Explica-se: como você perceberá nas próximas páginas, o A, o B e o AB possuem moléculas específicas na superfície de suas células. "E determinados parasitas se ligam a essas estruturas. É o caso do protozoário deflagrador da malária", avalia Lilian. Está aí o motivo pelo qual o O, que não possui esses ancoradouros, ofereceria proteção extra diante da enfermidade. Por outro lado, por alguma razão ele é vulnerável à invasão do micro-organismo que causa cólera e à do norovírus, incitador de gastroenterites. Até a probabilidade de engravidar pode ter a ver com o sangue. Mas os experts temem divulgar tais informações por medo de gerar pânico. E pertencer a um grupo não implica necessariamente padecer com complicações ligadas a ele. Agora, conhecer as próprias vantagens e limitações - estejam elas dentro ou fora do sangue - é o passo inicial para se preparar e tirar o melhor de qualquer situação.
Polêmica em dose dupla
A forma de agir e de comer deveria ser regida segundo atributos do sangue?
Cardápio diferenciado
Quem é O se daria melhor ao ingerir proteínas aos montes. Já os donos de hemácias A sairiam ganhando ao investir nos vegetais e fugir de quaisquer produtos lácteos. E por aí
vai. "Não há nenhuma prova científica de que a dieta do tipo sanguíneo funciona", diz Gustav Edgren, epidemiologista do Instituto Karolinska, na Suécia. Personalidade na veia
"O grupo B é resiliente. O AB, carismático. Já o O tende a ser dominante, enquanto o A é sensível", resume Sérgio Ricardo, especialista em gestão comportamental. "Isso é achismo. Ninguém fez uma pesquisa séria para verificar se existe fundamento", contrapõe a bióloga Lilian Castilho, da Unicamp.
O que seu tipo tem
De estudos a mera falação, saiba quais encrencas já foram associadas a ele e o que o difere dos demais
Tipo A
42% dos brasileiros, sendo 34% Rh + e 8% -
Pesquisas mostram que:
Ele aumenta o risco de tumores gástricos, infecções pelo protozoário da malária e até eventos cardiovasculares. Seus portadores estão mais protegidos contra cólera e o norovírus, causador de úlceras no estômago. Já foi dito que: As mulheres A seriam mais férteis. Os integrantes do grupo possuiriam uma predisposição ao diabete e à depressão. A letra é indicativo de um sistema imunológico frágil.
Tipo B
10% dos brasileiros, sendo 8% Rh + e 2% -
Pesquisas mostram que:
O câncer de ovário incidiria com maior frequência entre as detentoras dessa espécie sanguínea. O de pâncreas ameaça ambos os sexos. Como o A, o grupo B deve tomar cuidado com a malária. Já foi dito que: O cérebro em que circula esse sangue teria propensão elevada a demências e esclerose múltipla.
Na contramão, a mente desses sujeitos resistiria com especial eficiência ao estresse �
Tipo AB
3% dos brasileiros, sendo 2% Rh + e 1% -
Pesquisas mostram que:
Cânceres de ovário e de pâncreas poderiam ser mais comuns entre esse pessoal, assim como no da letra B. A bactéria que propaga a cólera aparentemente causa menos estragos nessa turma. Já foi dito que: As gestantes correriam risco de ter pré-eclâmpsia. Problemas de pele como a psoríase acometeriam mais gente do tipo AB. Esse sangue supostamente favorece a anemia.
Tipo O
45% dos brasileiros, sendo 36% Rh + e 9% -
Pesquisas mostram que:
Ele resguarda contra a formação de coágulos e ataques cardíacos em geral. A bactéria H. pylori provoca mais lesões no sistema gástrico de integrantes do grupo. As mulheres teriam uma reserva ovariana menor. Já foi dito que: Quem é O teria dificuldades para se manter no peso. A hipertensão abala em especial os vasos dessa população. Esse tipo propicia uma defesa imune forte para debelar micróbios nocivos.
Fator Rh
1. Ser A+ é possuir, além do antígeno A, o D do sistema Rh. O sinal negativo indica a ausência dessa molécula. 2. Se um indivíduo A+ recebe sangue A-, não há problemas. Agora, ao acolher A+, o corpo A- identifica a célula com antígeno D como inimiga e gera anticorpos contra ela. 3. As proteínas anti-D então podem destruir hemácias A+, inutilizando a transfusão e trazendo consequências graves.
Compatibilidade sanguínea
O sangue humano é classificado em grupos e subgrupos, sendo os mais importantes o ABO (A, B, AB e
O) e o Rh(positivo e negativo).
No Brasil, os grupos sanguíneos mais comuns são o O e o A. Juntos eles abrangem 87% de nossa
população. O grupo B contribui com 10% e o AB com apenas 3%.
O sangue O Negativo é conhecido como universal. Pode ser transfundido em qualquer pessoa. Mas
apenas 9% dos brasileiros possuem esse tipo sanguíneo. É muito utilizado pelos hospitais pois é o
sangue que salva em situações de emergência.
O O Positivo é o sangue mais utilizado no Brasil. O estoque de um hemocentro deve ter, no mínimo, 50%
desse tipo sanguíneo.
Se você conhece seu tipo de sangue, passe o mouse por cima do grupo sanguíneo acima
correspondente. Você saberá de quem poderá receber e para quem poderá doar.
Fonte: www.prosangue.sp.gov.br
Tipos de Sangue
COMPATIBILIDADE ENTRE OS TIPOS SANGUINEOSQuem pode doar para quem? Como os tipos sanguineos se combinam entre si?
O Sistema ABOPara entendemos como os grupos sangüíneos podem ser combinados entre si, precisamos entender
alguns conceitos. A compatibilidade entre os vários tipos de sangue humano tem a ver com antígeno e
Anticorpos. Aqui nos referimos a Antígenos Eritrocitários ou seja Antígenos existentes (ou não) nas
nossas hemácias.
São estes Antígenos que diferenciam os grupos sangüíneos entre si. Veja como:
GRUPO SANGUINEO ANTíGENO do sistema ABO
A A
B B
AB A e B
O nenhum
Preste bem atenção. Antígeno é algo que temos nas nossas hemácias ao nascermos, faz parte de sua
estrutura molecular, é determinado geneticamente pela herança de nossos pais.
Observe que se você é do grupo O você não tem nenhum Antígeno (do sistema ABO) em suas hemácias.
Indivíduos são do grupo A porque tem o Antígeno A em suas hemácias, Os do grupo B tem o antígeno B,
os do grupo AB tem antígeno A e B.
Antígenos tem a propriedade de gerar Anticorpos quando introduzidos em organismo que não o contenha.
Por exemplo, indivíduos do grupo A, que tem em suas hemácias o antígeno A, não podem ter em seu
plasma o anticorpo Anti A. O mesmo ocorre com o indivíduo do grupo B, em relação ao antígeno B. Se
um indivíduo tivesse em seu plasma um anticorpo oposto ao seu antígeno correspondente todas as suas
hemácias seriam destruídas por ele.
Um conceito muito importante é que não existe anticorpo anti O, uma vez que não existe antígeno O.
Durante a infância sempre adquirimos naturalmente os anticorpos referentes aos grupos sangüíneos
opostos, ou seja: Se você é do grupo O, em seu plasma existe anticorpos Anti-A e Anti-B, adquiridos
naturalmente durante a infância.
Veja na tabela abaixo:
GRUPO SANGUINEO ANTíGENO ANTICORPO
A A Anti-B
B B Anti-A
A e B A e B nenhum
O nenhum Anti-A e Anti-B
Fica fácil de entender agora como os diversos tipo de sangue podem ser combinados entre si. Se você é
do grupo AB, então você não tem nenhum dos anticorpos em seu plasma, daí você poderá tomar sangue
de todos os grupos: A, B, AB e O (receptor universal).
Se você é do grupo A você tem anti-B em seu plasma, daí não poder tomar sangue do grupo B ou AB.
Pode tomar dos grupos A e O. Como não existe "anti-O" as hemácias do grupo O podem teoricamente
ser transfundidas em pessoas de todos os outros grupos (doador universal).
E o Rh?Bem, existe também o sistema Rh e ele determina a presença de um Antígeno (também em suas
hemácias), denominado Antígeno D. Indivíduos que o tem são Rh POSITIVOS e indivíduos que não o tem
são Rh NEGATIVOS.
Veja a tabela:
Fator Rh Antígeno do sistema Rh
POSITIVO Antígeno D
NEGATIVO nenhum
Não existe Anticorpos Anti-D adquiridos naturalmente e portanto ninguém tem Anti-D em seu plasma a
não ser que tenha sido inoculado de alguma forma com sangue Rh POS., (pode ocorrer inoculação
durante o parto ou aborto, transfusão incompatível ou compartilhamento de seringas em drogados).
Daí o conceito simples de que em relação ao Rh, indivíduos Rh POS podem tomar sangue Rh POS e
NEG, enquanto indivíduos Rh NEG só podem tomar sangue Rh NEG., (na verdade poderiam tomar uma
primeira transfusão Rh POS, mais seriam sensibilizados e desenvolveriam Anti-D e uma segunda
transfusão poderia matá-los).
Eis abaixo um diagrama que ajuda a compreender a relação entre os sangues. Visualize primeiro
sangues do mesmo Rh. Lembre-se: Rh positivo pode receber sangue Rh negativo. O oposto não é
possível.
Diagrama que exemplifica as transfusões possíveis entre os diversos tipos de sangue e Rh.
Fonte: www.hemonline.com.br
Tipos de Sangue
Líquido orgânico de importância vital para o homem e para muitos outros animais, o sangue é o meio
biológico de alta complexidade no qual ocorrem diversos processos bioquímicos e fisiológicos, como o
transporte do oxigênio, as reações imunológicas e a circulação dos nutrientes pelo sistema vascular.
Sangue é um tecido líquido do organismo, caracterizado pela presença de elementos celulares próprios e
pela fluidez que possibilita sua circulação por todo o corpo. Juntamente com o líquido intercelular e com a
linfa, forma o "meio interno", ambiente de características dinâmicas no qual estão imersas todas as
células animais. Apresenta em geral cor vermelha, por causa da hemoglobina, pigmento responsável pela
fixação do oxigênio necessário à respiração. Em alguns vertebrados, no entanto, pode ser esverdeado ou
azulado, por conter outro tipo de pigmento.
Características fisiológicas
O sangue mais complexo é o dos vertebrados, por dispor de um número maior de componentes celulares,
pela variedade de biomoléculas que abriga e pela perfeição dos mecanismos bioquímicos e fisiológicos
por ele intermediados. Nos animais com sistema circulatório diferenciado e fechado, o líquido sangüíneo
circula por todo o organismo através do sistema vascular, impulsionado pelas contrações do coração.
O sangue serve como meio de fixação do oxigênio externo, graças à presença de pigmentos oxidáveis
como a hemoglobina; é veículo para o transporte de nutrientes até os tecidos do organismo e para a
remoção dos produtos da excreção celular; conduz o excesso de calor gerado nos órgãos mais profundos
e ativos para a superfície do corpo, onde é dissipado; intermedeia as reações imunológicas, que
defendem o organismo da agressão de agentes patogênicos; e abriga todos os tipos de biomoléculas,
como os hormônios, autênticos mensageiros celulares que estimulam ou inibem a atividade de órgãos e
tecidos distantes das glândulas que os sintetizam.
Anatomia comparada
As características do sangue variam de acordo com a estrutura da espécie animal, seu tipo de vida e suas
necessidades fisiológicas. Nos protozoários e metazoários mais simples não existem líquidos sangüíneos.
Em virtude das reduzidas dimensões do animal e de seu contato estreito com o meio, o oxigênio penetra
por difusão e satisfaz as necessidades metabólicas. No caso das esponjas e dos celenterados, a própria
água fornece os nutrientes.
Em animais maiores e mais complexos, os tecidos internos estão separados do exterior por membranas e
barreiras biológicas, de tal forma que a assimilação de nutrientes e de oxigênio exige um sistema
circulatório mais desenvolvido. Esse sistema difere, entre as várias espécies, quanto ao número e à
diversidade dos elementos celulares, quanto à concentração de íons e biomoléculas e quanto à presença
de pigmentos respiratórios. Nos animais inferiores, como é o caso de muitos vermes e moluscos, os
pigmentos estão dissolvidos no líquido sangüíneo. Em outros invertebrados e nos animais superiores, se
localizam em células especiais, associados a compostos protéicos.
Em alguns vermes, equinodermos e moluscos, assim como entre os crustáceos, insetos e aracnídeos,
principalmente, existe um líquido denominado hemolinfa, que muitas vezes contém hemoglobina e, em
algumas espécies, pigmentos respiratórios como a hemocianina (com cobre, de cor azulada) ou a
clorocruorina (com ferro, de cor esverdeada), própria das poliquetas (vermes marinhos).
Nos vertebrados, a hemoglobina está presente nas hemácias, ou glóbulos vermelhos, que variam em
número, forma e tamanho de uma classe animal para outra. Dessa forma, em certos anfíbios urodelos
semelhantes à salamandra, essas células são volumosas e ovaladas, enquanto em outros são menores e
arredondadas. Nos mamíferos, as hemácias perderam o núcleo, motivo pelo qual seu tempo de vida,
comparado ao de outras células sangüíneas, é curto.
Sangue humano
Mais denso e viscoso do que a água, o sangue humano é opaco e vermelho e circula livremente pelo
organismo. Sua quantidade varia de acordo com a idade, o sexo, o peso e a constituição do corpo, entre
outros fatores, mas a média aproximada para os adultos é de sessenta mililitros por quilograma de peso.
Composição
Enquanto nos animais mais simples o sangue é formado basicamente de água e sais minerais, no homem
esse tecido apresenta dois componentes fundamentais: o plasma, composto principalmente de água, e os
elementos figurados, que são hemácias, leucócitos e plaquetas.
Plasma
Em essência, o plasma é uma solução aquosa com aproximadamente 91 a 92% de água, diversos íons e
metabólitos, nutrientes (glicose, gorduras e aminoácidos), hormônios etc. Desempenha diferentes funções
no organismo, tais como: servir de meio de transporte aos nutrientes, às células sangüíneas e aos
produtos de excreção resultantes do metabolismo celular; ajudar a manter a pressão sangüínea, de
importância vital para o funcionamento correto de todos os órgãos e para o equilíbrio homeostático geral;
distribuir de maneira uniforme o calor pelo corpo; e preservar o equilíbrio ácido-básico do organismo.
As proteínas plasmáticas -- entre as quais estão as albuminas, as alfa e betaglobulinas (transportadoras
de lipídios, como o colesterol, e de açúcares, esteróides ou íons), o fibrinogênio (que intervém na
coagulação) e as chamadas imunoglobulinas (gamaglobulinas, responsáveis pelas reações antígeno-
anticorpo) -- contribuem de forma decisiva para a manutenção do pH e da pressão osmótica do sangue.
As proteínas plasmáticas impedem a perda excessiva de líquido dos capilares: a água e a maioria das
substâncias dissolvidas no plasma podem atravessar com facilidade as paredes dos capilares, o que não
ocorre com as moléculas de proteína. Isso cria uma pressão osmótica que assegura a manutenção,
dentro de certos limites, do nível de líquido nas vias circulatórias. Essa função reguladora é resultado, em
grande parte, da presença da albumina.
Leucócitos
Existem diversos tipos de células não-pigmentadas, leucócitos ou glóbulos brancos, que podem ser
agrupados em três grupos básicos: (1) granulócitos, que capturam e digerem os microrganismos
invasores pelo mecanismo da fagocitose; (2) monócitos, que capturam tanto micróbios quanto dejetos
celulares e outras partículas produzidas pela desintegração das células e dos tecidos; e (3) linfócitos, não-
fagocitários, aos quais cabe a elaboração de anticorpos para a defesa imunológica. Os granulócitos e os
monócitos são produzidos na medula óssea, enquanto os linfócitos provêm do tecido linfóide. Os
monócitos são os precursores dos chamados macrófagos, que têm vida média de algumas semanas e
que capturam e digerem todo tipo de partículas e de corpos estranhos ao plasma.
Hemácias
As células pigmentadas são representadas pelos eritrócitos, ou glóbulos vermelhos, que possuem
núcleos em todos os vertebrados, com exceção dos mamíferos. Contêm um pigmento que lhes dá cor
vermelha característica, a hemoglobina, heteroproteína constituída de quatro moléculas protéicas, cada
uma das quais com um grupo heme e um átomo de ferro, ao qual o oxigênio se associa para ser
transportado até as células.
Plaquetas
Derivadas de células da medula óssea, as plaquetas, com dois a quatro micromilímetros de diâmetro, são
os menores elementos figurados. Sua concentração é de 0,3ml por cem mililitros de sangue. São
compostas principalmente de ribonucleoproteínas e cefalinas, além de várias enzimas e substâncias
vasoativas, como a serotonina e a histamina. As funções da plaqueta estão ligadas à coagulação do
sangue, retração do coágulo e formação de trombos.
Coagulação
Quando o sangue extravasa do sistema circulatório em virtude de uma lesão ou de retirada por punção,
ele se solidifica, após algum tempo, numa massa gelatinosa denominada coágulo. Intervêm nesse
processo vários componentes sangüíneos denominados fatores de coagulação. Ao todo, há 13 principais
fatores, entre os quais os mais conhecidos são o fibrinogênio, a protrombina (fatores I e II) e a globulina
anti-hemofílica (fator VIII).
O primeiro passo na coagulação é a formação do ativador da protrombina, em reação à liberação de
compostos pelas paredes dos vasos danificados. O ativador também se forma a partir de mudanças no
próprio sangue, que resultam do contato do sangue com as fibras de colágeno do vaso rompido. Uma vez
formado, o ativador inicia a conversão da protrombina em trombina. Esta catalisa a conversão do
fibrinogênio, uma proteína solúvel do plasma, em longos e viscosos filamentos de fibrina insolúvel.
Os filamentos de fibrina formam uma malha à qual aderem plaquetas, células sangüíneas e plasma. Em
minutos, a malha de fibrina começa a se contrair e expulsa o fluido nela contido. Esse processo, chamado
de retração do coágulo, é a fase final da coagulação e produz um coágulo insolúvel e elástico, resistentes
à pressão do fluxo sangüíneo.
Tipos sangüíneos
Os glóbulos vermelhos apresentam, em sua superfície, substâncias chamadas antígenos (ou
aglutinogênios), que permitem agrupar o sangue em sistemas. Conhecem-se cerca de 15 grupos
sangüíneos, dos quais os mais importantes são o sistema A B O e o Rhesus (ou Rh). Outros sistemas
muito estudados são o MNSs, Kell e I.
Sistema A B O
A classificação do sangue de acordo com o sistema A B O é feita em função da ausência ou presença
dos antígenos A (A1 e A2) e B. Além do antígeno presente na hemácia, o sangue contém ainda, no
plasma, anticorpos (ou aglutinina) dirigidos contra o antígeno ausente. O sangue do tipo O, o mais comum
no mundo, não possui antígenos, mas apresenta anticorpos anti-A e anti-B. Por essa razão, os indivíduos
com esse tipo de sangue são considerados doadores universais (não importa a existência de anticorpos,
pois o plasma do doador se dilui no sangue do paciente que o recebe). Já no tipo AB, o receptor
universal, estão presentes os antígenos A e B e não há anticorpos.
O câncer de estômago é vinte por cento mais freqüente em indivíduos com sangue do tipo A. A anemia
perniciosa e possivelmente a broncopneumonia em crianças também estão relacionadas ao tipo A. Em
indivíduos com sangue do tipo O, há uma freqüência quarenta por cento maior de úlcera duodenal,
especialmente naqueles que não secretam antígenos hidrossolúveis, e de úlcera gástrica.
Fator Rh
O antígeno Rh, presente em 85% da raça , situa-se na membrana da hemácia. Sua denominação deriva
do nome do macaco Rhesus, em que foi inicialmente estudado. O plasma não contém anticorpo anti-Rh,
mas um indivíduo Rh-negativo é capaz de produzi-lo após receber o antígeno numa transfusão. No
primeiro contato não há reação, mas uma outra transfusão pode levar o indivíduo à morte, em função da
aglutinação das hemácias recebidas.
Os bebês
Rh-positivos concebidos por uma mãe com sangue Rh-negativo correm o mesmo risco, quando há
mistura dos sangues no útero. A primeira criança não apresenta problemas, mas a segunda está sujeita à
eritroblastose fetal, doença caracterizada pela aglutinação ou destruição das hemácias do recém-nascido.
A doença acomete cinco por cento dos filhos de mãe Rh-negativo e pai Rh-positivo e pode ser evitada se
a mãe for vacinada com gamaglobulina anti-Rh, antes de dar à luz um filho Rh-positivo.
Fonte: biomania.com
Tipos de Sangue
O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo levando oxigênio e nutrientes a todos órgãos. Ele é
produzido na medula óssea dos ossos chatos, nas vértebras, costelas, crânio e esterno. Nas crianças, ele
é produzido também nos ossos longos como o fêmur, por exemplo.
O sangue humano é classificado em grupos e subgrupos, sendo os mais importantes o ABO (A,B,O e AB)
e o Rh (positivo e negativo).
No Brasil, os grupos sanguíneos mais comuns o O e A . Juntos eles abrangem 87% de nossa população.
O grupo B contribui com 10% e o AB com 3%.
Tipos de Sangue
Você sabia que o tipo de sangue mais comum entre a população brasileira é O Positivo, seguido do A
Positivo.
O sangue tem sua classificação em grupos com a presença ou ausência de um antígeno na superfície
das hemácias. Os grupos mais importantes são: ABO e Rh (+e-). A incidência desses grupos varia de
acordo com a raça por tratar-se de fator hereditário.
No caso de transfusão, o ideal é o paciente receber sangue do mesmo tipo que o seu. Somente em
situações de urgência/emergência lança-se mão de sangue universal O-
Percentual de OcorrênciaTipo de Sangue %
O Positivo 55%
O Negativo 4%
A Positivo 27%
A Negativo 2,5%
B Positivo 8%
B negativo 1%
AB Positivo 2%
AB Negativo 0,5%
Fonte: www.hemopa.pa.gov.br
Tipos de Sangue
Tipos Sangüíneos
RESUMOAs primeiras tentativas de transfundir o sangue de um ser humano para outro, apenas ocasionalmente
eram bem sucedidas. Na maioria das vezes ocorriam reações muito graves ou fatais.
A transfusão de sangue somente se tornou possível após a identificação dos grupos sangüíneo. Os
diferentes tipos de sangue humano foram identificados no início do século por Landsteiner. O sangue é
classificado em grupos, de acordo com certas características das suas células vermelhas.
A transfusão de sangue entre dois indivíduos deve respeitar a presença dos antígenos especiais dos
glóbulos vermelhos e dos anticorpos do plasma sangüíneo. Testes simples de laboratório permitem
determinar o grupo sanguíneo dos indivíduos e identificar a presença de antígenos no sangue do doador
e de anticorpos no sangue do receptor da transfusão.
A transfusão de sangue de grupos sangüíneo incompatíveis, produz reações que se podem acompanhar
de hemólise, diversos graus de insuficiência renal e outras complicações, capazes de determinar a morte.
Existem substâncias na superfície das hemácias chamadas antígenos, que são produzidas de acordo
com a hereditariedade recebida através dos genes.
Um antígeno é uma substância capaz de estimular o organismo humano a produzir anticorpos. Em
condições normais, um organismo não produz anticorpos contra os seus próprios antígenos.
Os antígenos da superfície das hemáceas ao encontrarem os anticorpos correspondentes, produzem
aglutinação celular. Por esta razão, os antígenos dos eritrócitos são também chamados de aglutinógenos.
Grupos SanguíneosEm 1901, Karl Landsteiner descobriu que há vários tipos de sangue e, portanto, não se podem fazer
transfusões de sangue indiscriminadamente entre diferentes pessoas. Landsteiner obteve sangue de um
grande número de pessoas e separou as células sanguíneas do plasma. Fez depois todas as
combinações possíveis entre o plasma e glóbulos vermelhos dos vários sangues. Observou que em
alguns casos, depois de misturados, os glóbulos se mantinham em suspensão no plasma em que tinham
sido colocados, mas noutros os glóbulos vermelhos agregavam-se em aglutinados enormes que
sedimentavam imediatamente no fundo do tubo de ensaio. Com base nestes resultados, foi possível
considerar três grupos sanguíneos que Landsteiner denominou A, B, e O. Mais tarde reconheceu a
existência de um quarto grupo, AB. A partir desta descoberta inicial dos grupos sanguíneos, pelo menos
mais nove grupos foram reconhecidos no sangue humano, alguns deles com subdivisões.
A causa da aglutinação observada por Landsteiner é a ocorrência de uma reação antigénio-anticorpo.
Assim, os antigénios (ou aglutinogénios ) que caracterizam os grupos sanguíneos são glicoproteínas
específicas localizadas na membrana plasmática dos glóbulos vermelhos e os anticorpos (ou aglutininas),
que reagem especificamente com os aglutinogénios, são y-globulinas e encontram-se dissolvidos no
plasma. Na reacção antigénio-anticorpo, a molécula do anticorpo tem dois locais de ligação e pode formar
uma ponte entre dois eritrócitos, que por sua vez se ligam a outros eritrócitos, produzindo a aglutinação
Mais tarde, em 1940, Landsteiner e Weiner descobriram a existência de um outro antigénio no sangue
humano, o factor Rh, que pode dar reações de incompatibilidade sanguínea muito violentas. Na realidade
este factor é um conjunto de factores, daí a designação de Sistema Rh, dos quais o mais antigénico é o
antigénio D. As pessoas que contêm o factor Rh, designam-se Rh positivas e as que não contêm este
factor são Rh negativas.
A “Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea” (ISBT), instituiu um sistema numérico de
nomenclatura para ajudar a regularizar a terminologia dos grupos sangüíneos. Essa convenção dizia que
a cada sistema é dado um número e letra, e cada antígeno é numerado seqüencialmente em ordem de
descobrimento. Com o designado mais de 20 sistemas de grupos sangüíneos e 7 grupos de antígenos
foram definidos. Antígenos d alta-frequência ou “públicos” e antígenos de baixa-frequência ou “privados”
não estão associados aos conhecidos sistemas ou grupos também delineados em números de série.
Alguns sistemas (i.e.H,li,Lewis) limitam naturalmente a ocorrência de anticorpos, mas a maioria dos
outros sistemas criam iso-anticorpos, os quais resultam em incompatibilidade de transfusões e de
gravidez.
Aglutinógenos muito freqüentes
São eles denominados públicos, porque a maioria dos indivíduos da espécie humana os apresetam em suas hemáceas.
Aglutinógenos muito raros
São eles denominados privados, por estarem ausentes nas hemáceas da maioria dos indivíduos de espécie humana.
Pertencem a esta classe os aglutinógenos denominados LEVAY,
GRAYDON, JOBINS, BECKER, VEM, Ca, BERRENS,
SCOTT, BATTY, ROMUND, Chr, DONNA, STOBO, WEBB,
RIDLEY, YAHUDA, Ot, MURREL, PRITCHARD,
TRAVERSU, WIEL, WRIGHT, SWANN, LUBA, WETZ,
KAMHUBER, MANSFIELD, DIEGO, Bua etc.
Aglutinógenos de freqüência média
Pertencem a esta classe os aglutinógenos do sistema ABO, MN, P , KELL, LUTHERAN, DUFF, KIDD , Rh
AS HERANÇAS DOS GRUPOS SANGÜÍNEOS
SISTEMA RHUm terceiro sistema de grupos sangüíneos foi descoberto a partir dos experimentos desenvolvidos por
Landsteiner e Wiener, em 1940, com sangue de macaco do gênero Rhesus. Esses pesquisadores
verificaram que ao se injetar o sangue desse macaco em cobaias, havia produção de anticorpos para
combater as hemácias introduzidas. Ao centrifugar o sangue dos cobaias obteve-se o soro que continha
anticorpos anti-Rh e que poderia aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. As Conclusões daí obtidas
levariam a descoberta de um antígeno de membrana que foi denominado Rh (Rhesus), que existia nesta
espécie e não em outras como as de cobaia e, portanto, estimulavam a produção anticorpos,
denominados anti-Rh.
Há neste momento uma inferência evolutiva: se as proteínas que existem nas hemácias de vários animais
podem se assemelhar isto pode ser um indício de evolução. Na espécie humana, por exemplo, temos
vários tipos de sistemas sanguíneos e que podem ser observados em outras espécies principalmente de
macacos superiores.
Analisando o sangue de muitos indivíduos da espécie humana, Landsteiner verificou que, ao misturar
gotas de sangue dos indivíduos com o soro contendo anti-Rh, cerca de 85% dos indivíduos apresentavam
aglutinação (e pertenciam a raça branca) e 15% não apresentavam. Definiu-se, assim, “o grupo
sangüíneo Rh+”( apresentavam o antígeno Rh), e “o grupo Rh-“ ( não apresentavam o antígeno Rh).
No plasma não ocorre naturalmente o anticorpo anti-Rh, de modo semelhante ao que acontece no
sistema Mn. O anticorpo, no entanto, pode ser formado se uma pessoa do grupo Rh-, recebe sangue de
uma pessoa do grupo Rh+. Esse problema nas transfusões de sangue não são tão graves, a não ser que
as transfusões ocorram repetidas vezes, como também é o caso do sistema MN.
Os três sistemas de grupos sangüíneos, ABO, MN e Rh, transmitem-se independentemente.
A determinação genética do sistema Rh é bastante complexa, mas de modo mais simplificado pode-se
considerá-la como sendo devida a um par de alelos com relação de dominância completa: o gene D, que
determina a produção do fator Rh, dominante sobre o gene d.
GENÓTIPOS FENÓTIPOS
DD, Dd Rh+
dd Rh-
O fator RH está ligado à presença de uma proteína específica no sangue. Quem a possui, ou seja, 85%
da população Mundial, tem fator positivo ( RH+ ). Os que não tem, tem fator negativo(RH-).
A importância do exame no pré-natal, conhecido como "tipagem sanguínea" é para tratar de forma
especial os casos com Bebês de RH + (positivo) herdado do pai, em gestação em mães com fator RH -
( negativo ). Portanto, o problema está no fato do sangue materno ao ter contato e não reconhecer a
proteína do sangue do feto ( RH+ ), reage criando anticorpos para destruí-lo. Isto significa um ataque ao
sistema imunológico da mãe ao sangue do bebê cujas células vermelhas vão sendo destruídas.
Baseado no resultado do exame, há dois caminhos:
1. Se não há anticorpos ao RH+ no sangue da mãe, aplica-se uma dose da vacina anti-D na 28o semana
de gestação e outra após o parto (evita a formação natural dos anticorpos).
2. Se já há anticorpos, é fundamental um bom acompanhamento de toda a gestação, monitorando o
desenvolvimento fetal. Casos mais graves antecipam o parto ou faz-se necessária uma transfusão de
sangue intra-uterina, feita por cateter. Após o nascimento, o bebê passa por fototerapia para eliminar a
"bilirrubina" acumulada. Se necessário, recebe transfusão total do sangue.
RiscosDoença Hemolítica do RN, manifestado por anemia profunda que pode ser letal, quadros graves de
icterícia, paralisia cerebral, lesões auditivas e no sistema nervoso e insuficiência cardíaca.
O inverso nãe é verdadeiro, ou seja; A mãe com RH+ e o feto com RH- não são conflitantes.
O Sistema FisherÉ sabido agora que o sistema Rh é muito complexo, e o conhecimento atual é baseado no sistema Fisher.
Existem três genes determinando o antígeno Rhesus: C,D e E, encontrados no cromossomo 1. Existem
dois alelos possíveis em cada lócus: c ou C; d ou D e e ou E. Um aplotipo consiste em c/C, d/D, e/E e é
herdado de cada um dos pais. O tipo resultante Rhesus de um indivíduo depende do genótipo herdado.
Aos aplotipos são dados um código.
Se um genótipo Rh de um indivíduo contém pelo menos um dos antígenos C, D, E eles são Rhesus
positivo. Apenas indivíduos com o genótipo cde/cde (rr) são Rhesus negativo. Com objetivo a transfusão
sanguínea, doador possuidor de C ou E, mesmo tipo Rh r’r e r”r são classificados como Rh positivo.
Receptores de transfusão sanguínea com os tipos Rh r’ e r” devem receber sangue Rh negativo (rr). Isso
para prevenir a sensibilização a antígenos Rh e subsequente formação de anticorpos Rh. O mais comum
anticorpo Rh é anti-D, mas é possível formar anticorpos para c, C, e e E também, e formar combinações
de anticorpos. Não existe o anti-d.
O Sistema KellNesse sistema existem quatro antígenos em dois locus :K(Kell) e k (cellano), e Kpa e Kpb.
O fenótipo Kp (a+) e o fenótipo Kp(a-b-) são ambos raros. O Fenótipo K- k- Kp(a-b-) é associado a doença
crônica granulomatus (CGD), um defeito hereditário na capacidade bacteriana de neutrofilia. Anticorpos
do sistema Kell são IgG. Nomeado pelo família dos produtores de anticorpos Mrs Kellacher.
O Sistema DuffyO sistema Duffy tem também um único locus com dois antígenos, Fya e Fyb. O único fenótipo raro é Fy(a-
b-), que tem uma grande freqüência em países onde há alta incidência de plasmodium falciparium,
malária. Esse fenótipo é responsável por uma queda na imunidade da pessoa em relação à doença
porque o parasita da malária requer antígenos Duffy para entrar nas hemáceas. Anticorpos Duffy são
quase exclusivamentes IgG. Esse sistema é nomeado depois da família do produtor de anticorpos, Duffy.
O Sistema KIDD (JK)Outro sistema de locus único, dois grupos de antígenos (Jka e Jkb). Existem quatro fenótipos possíveis:
Jk(a-b-); Jk(a+b-); Jk(a-b+); Jk(a+b+). Jk (a-b-) é um fenótipo raro. Anticorpos do antígeno Kidd são quase
exclusivamente IgG.
Incompatibilidade na transfusão ou na gravidez pode levar a formação de anticorpos para todos esses
grupos sanguíneos, se o receptor/mãe não possui o antígeno relevante. É possível detectar todos os
anticorpos das hemáceas usando um painel de detecção de anticorpos e outras diferentes técnicas.
( Alguns anticorpos, freqüentemente a classe IgG, reagem melhor em temperatura ambiente ou um pouco
mais frio, e alguns a 37graus centígrados). Se um anticorpo é detectado em um soro, as hemáceas desse
paciente são testadas pela presença de antígenos. Técnicas de detecção de antígenos também variam
com a natureza da interação anticorpo- antígeno. A presença de um anticorpo particular exclui o paciente
de carregar esse antígeno.
Fonte: www.ufv.br
Tipos de Sangue
Vida longa, saúde, vigor e peso ideal são metas de todas as pessoas. Uma vida saudável também é
influenciada pelo tipo sangüíneo de cada um. É ele que determina a sensibilidade para doenças, o nível
de energia, a queima de calorias e a reação emocional ao estresse. O conhecimento do grupo de sangue
também favorece melhor compreensão do estado de saúde geral. Mas o que talvez nem todos saibam é
que também se pode determinar a compatibilidade ou não da pessoa com certos alimentos, que reagem
de maneiras diferentes no organismo, pelo líquido que corre em nossas veias: é a dieta do tipo
sanguíneo.
Idealizada pelo naturopata (naturopatia é um segmento alternativo que acredita que o corpo deve se
manter equilibrado para desenvolver dispositivos de cura) Peter D´Adamo, a dieta do tipo sangüíneo
mostra o que é bom ou não consumir de acordo com os quatro grupos principais (A, B, AB e O). Os
alimentos, segundo a dieta de D´Adamo, são divididos em três categorias: benéfico (alimento que atua
como remédio, capazes de prevenir e tratar doenças), neutro (atua como alimento mesmo) e nocivo (atua
como veneno ao organismo, podendo causar ou agravar doenças). Como a lista dos alimentos é muito
extensa, separamos os principais que devem ser consumidos ou evitados. A relação traz apenas alguns
itens e serve como uma referência. Não inicie uma dieta sem antes consultar seu médico.
Grupo sangüíneo OQuase 50% da população tem este tipo de sangue, é o grupo mais antigo e é o resultado do cruzamento
de várias culturas. Geralmente precisam comer proteína animal todos os dias. O aparelho digestivo é
forte, pois produz sucos gástricos em abundância, importante para a digestão da carne. Mas justamente
por produzirem maior quantidade desses sucos gástricos, ocorre a maior incidência de doenças
estomacais, como gastrites e úlceras. Não são bem-vindos: aveia, trigo, grãos e derivados do leite. O
sistema imunológico é bem ativo e consegue reagir ao estresse com grande atividade física.
Prefira
Carnes: bovina, cordeiro, avestruz
Peixes e frutos do mar: bacalhau fresco, linguado, salmão
Derivados do leite: mussarela, leite de soja, tofu
Frutas: ameixa frescas e secas, pretas ou vermelhas, figo
Verduras: acelga, alcachofra, brócolis, cebola, escarola, espinafre
Cereais, massas e pães: prestar atenção nos alimentos a serem evitados. O restante pode ser ingerido
Evite
Carnes: porco, presunto, toucinho
Peixes e frutos do mar: caviar, salmão defumado, polvo
Derivados do leite: creme de leite, iogurte, leite (integral ou magro), a maioria dos queijos, sorvete
Frutas: laranja, morango, coco, amora
Verduras:berinjela, champignon, milho, repolho
Cereais, massas e pães: aveia, trigo, cuscuz, pão branco, semolina
Alimentos que estimulam a perda de peso: algas, brócolis, peixes e frutos do mar, couve-manteiga, sal
iodado, carne vermelha (carneiro, boi, caça, fígado), espinafre.
Alimentos que estimulam o aumento de peso: couve-flor, feijão, lentilha, milho, couve-de-bruxelas,
repolho, trigo e derivados (glúten).
Grupo sangüíneo A
Por volta de 38% da população tem esse tipo sangüíneo. Com o início das práticas agrícolas, esse grupo
foi um dos primeiros a evoluir (por causa do consumo de vegetais). As pessoas pertencentes a esse
segmento saem-se melhor como vegetarianos. O aparelho digestivo é sensível, com dificuldades para
decompor as proteínas e gorduras de origem animal, pois produzem menos suco gástrico. Essas pessoas
são mais sensíveis a doenças do coração, ao câncer e ao diabetes. Alimentos como proteínas de soja,
grãos, legumes, comidas frescas, orgânicas, peixes e frutas são muito importantes. O sistema
imunológico é tolerante e reage melhor ao estresse com atividades relaxantes.
Prefira
Carnes: avestruz, frango, peru
Peixes e frutos do mar: bacalhau fresco, salmão fresco, sardinha, truta
Derivados do leite: leite e queijo de soja, tofu
Frutas: abacaxi, ameixa, cereja, figo, limão, amora, damasco
Verduras: acelga, alcachofra, brócolis, cebola, cenoura, espinafre
Cereais, massas e pães: farinhas de centeio, arroz, soja e aveia, pão de farinha de soja
Evite
Carnes: bovina, carneiro, cordeiro, pato, porco, vitela
Peixes e frutos do mar: camarão, caviar, caranguejo, marisco, mexilhão, ostra, polvo
Derivados do leite: creme de leite, sorvete, leite magro e integral, manteiga, requeijão
Frutas: banana, laranja, manga, papaia, coco
Verduras: berinjela, repolho, tomate
Cereais, massas e pães: Creme e germe de trigo, farinha de trigo integral, pão preto, pão integral,
farinha branca
Alimentos que estimulam a perda de peso: abacaxi, verduras, óleos vegetais, feijão de soja e pratos
com soja.
Alimentos que estimulam o aumento de peso: carne, feijão mulatinho, produtos do leite, trigo (em
grandes quantidades).
Grupo sangüíneo BUma base de 10% da população tem esse tipo de sangue. Ele surgiu quando os seres humanos
migraram para o Norte, encontrando terras mais frias e sombrias. A dieta pode ser mais variada, incluindo
carne, e é o único tipo de sangue que se dá muito bem com os laticínios. O sistema imunológico das
pessoas que tem o tipo B é forte, reage melhor ao estresse com criatividade. As recomendações gerais
de alimentação são: carnes como cordeiro, carneiro, coelho, peru; peixes como bacalhau, salmão,
linguado; laticínios como leite magro, iogurte e queijos; cereais como arroz, aveia, batata e inhame; azeite
de oliva e muita verduras e legumes.
Prefira
Carnes: carneiro, cordeiro, coelho, veado
Peixes e frutos do mar: bacalhau, salmão, truta, caviar, sardinha
Derivados do leite: iogurte, leite, mussarela, ovos, ricota
Frutas: abacaxi, ameixa, banana, mamão, uva
Verduras: beterraba, brócolis, cenoura, couve, repolho
Cereais, massas e pães: arroz integral, aveia, pão de aveia
Evite
Carnes:frango, pato, porco, presunto
Peixes e frutos do mar: anchova, camarão, caranguejo, lagosta, marisco, ostra, polvo, mexilhão
Derivados do leite: queijo fundido e roquefort, sorvete com leite
Frutas: carambola, caqui, coco, romã
Verduras: alcachofra, tomate, milho verde, azeitona
Cereais, massas e pães: arroz selvagem, farinha de trigo, milho, centeio
Alimentos que estimulam a perda de peso: ovos, leite e derivados com baixo teor de gordura, carne,
verduras, chá de alcaçuz.
Alimentos que estimulam o aumento de peso: milho, trigo, lentilhas, amendoins e gergelim.
Grupo sangüíneo ABCerca de 4% da população tem esse tipo de sangue. É uma adaptação moderna que surgiu da mistura do
A e do B. Seu aparelho digestivo é sensível. Necessita de alimentos misturados em porções equilibradas.
Já o sistema imunológico é excessivamente tolerante, tem reações às mudanças dietéticas e de
ambientais. No geral, os alimentos recomendados são carne, peixe, produtos do leite, legumes, cereais,
frutas e verduras.
Prefira
Carnes: carneiro, coelho, cordeiro e peru
Peixes e frutos do mar: atum, bacalhau, cavala, sardinha e truta
Derivados do leite: coalhada, iogurte, mussarela, ricota, queijo cottage
Frutas: abacaxi, ameixa, cereja, figo, kiwi, uva
Verduras: aipo, alho, beterraba, berinjela, brócolis, couve, pepino
Cereais, massas e pães: arroz, farinha de centeio, de trigo, aveia
Evite
Carnes: bovina, búfalo, frango, porco, presunto e vitela
Peixes e frutos do mar:anchova, camarão, caranguejo, lagosta, linguado, ostra, mexilhão, siri
Derivados do leite: leite integral, creme de leite, queijo parmesão, brie, provolone, roquefort, sorvete
cremoso
Frutas: banana, caqui, goiaba, laranja, manga
Verduras: alcachofra, milho verde, nabo, pimentão, rabanete
Cereais, massas e pães: farinha de cevada, de milho, cereais matinais, amido de milho
Alimentos que estimulam a perda de peso: abacaxi, peixe, couve-manteiga, produtos do leite, tofu.
Alimentos que estimulam o aumento de peso: trigo, feijão-mulatinho, milho, nozes e sementes, carne
vermelha.
Roberta Godoy
Fonte: www.mulherdeclasse.com.br
Tipos de Sangue
O SANGUE é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes a todos os órgãos. Ele
é composto por plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas. O sangue é produzido na medula óssea dos
ossos chatos, vértebras, costelas, quadril, crânio e esterno. Nas crianças o sangue também é produzido
nos ossos longos como o fêmur.
Sistemas ABO - Tipos Sanguíneos
Vários sistemas de grupos sanguíneos são encontrados no sangue. Os mais importantes para a
transfusão de sangue são os sistemas ABO e Rh. A incidência destes grupos varia de acordo com a raça,
pois se trata de um fator hereditário.
Um indivíduo pode ter sangue de um dos quatro grupos sanguíneos O, A, B ou AB que funciona
da seguinte forma:
Doador Receptor
B B; AB;
A A;AB;
AB AB.
O AB; B; A; O.
DOADOR E SANGUE UNIVERSAL
A pessoa portadora do tipo de sangue O Rh negativo é considerado como sendo doador universal, mas
no caso de transfusão, o ideal é o paciente receber sangue do mesmo tipo que o seu.
Estes grupos sanguíneos poderão ser de fator Rh positivo ou negativo. Considerando o total da
população, sua ocorrência percentual é de aproximadamente:
No Brasil, os grupos sanguíneos mais comuns são:
Os grupos sanguíneos O e o A, que juntos eles abrangem 87% de nossa população.
O grupo sanguíneo B contribui com 10% e o grupo sanguíneo AB com apenas 3%.
O sangue O Negativo é conhecido como Universal, que pode ser teoricamente transfundido em qualquer
pessoa. Mas apenas 9% dos brasileiros possuem esse tipo sanguíneo. É muito utilizado pelos hospitais,
pois é o sangue que salva em situações de emergência.
O sangue O Positivo é o mais utilizado no Brasil. O estoque de um hemocentro deve ter, no mínimo, 50%
deste tipo sanguíneo.
Considerando o total da população, percentualmente sua ocorrência é de aproximadamente:
Grupo Sanguíneo Positivo Negativo
O 45% 36% 9%
A 42% 34% 8%
B 10% 8% 2%
AB 3% 2,5% 0,5%
O sangue doado é sempre separado em vários componentes e cada paciente receberá aquela parte que
seu organismo precisa.O sangue doado passa por um processo chamado fracionamento, no qual são
obtidos os componentes sanguíneos, que são transfundidos a vários pacientes.
SOMENTE NAS URGÊNCIAS LANÇA-SE MÃO DO SANGUE UNIVERSAL O NEGATIVO
Fonte: www.saude.pr.gov.br
Tipos de Sangue
Os grupos sanguíneos ou sangüíneos foram descobertos no início do século XX (cerca de 1900),
quando o cientista austríaco Karl Landsteiner se dedicou a comprovar que havia diferenças no sangue de
diversos indivíduos.
Ele colheu amostras de sangue de diversas pessoas, isolou os glóbulos vermelhos e fez diferentes
combinações entre plasma e glóbulos vermelhos, tendo como resultado a aglutinação dos glóbulos em
alguns casos, formando grânulos, e em outros não.
Landsteiner explicou então por que algumas pessoas morriam depois de transfusões de sangue e outras
não. Em 1930 ele ganhou o Prêmio Nobel por esse trabalho.
Diagrama de compatibilidade
Doadores do tipo O podem doar para A, B e AB; doadores do tipo A e B podem doar para AB.
Sistema AB0
Distribuição do fator Rh mundial.
Os resultados dos experimentos realizados por Landsteiner o levaram a sugerir o Sistema AB0. Ele
considerou que havia três tipos de sangue: A, B e 0(zero).
Outros cientistas identificaram um quarto tipo, nomeado AB.
A diferença entre esse grupo de sangue deve-se à presença ou ausência, nas hemácias, de uma
substância chamada aglutinogênio A e B. Dependendo dessa substância na hemácia, existe no plasma
uma substância chamada aglutinina, que pode ser Anti-A e Anti-B.
Portanto os indivíduos do: Tipo A possuem nas hemácias aglutinogênio A e no plasma aglutinina Anti-B;
Tipo B possuem nas hemácias aglutinogênio B e no plasma aglutinina Anti-A; Tipo AB possuem nas
hemácias ambos os aglutinogênios (A e B) e no plasma não possuem aglutininas; Tipo 0 não possuem
nas hemácias nenhum aglutinogênio (daí a sua designação de zero) e no plasma possuem aglutinina
Anti-A e Anti-B;
Atualmente sabe-se que existem outros antígenos na superfície das hemácias que também podem
estar implicados em reações hemolíticas transfusionais, exemplos destes são: Factor Rh Antígeno Kell Antígeno Duffy Antígeno Kidd Antígeno Lewis
Da combinação entre o Sistema AB0 e Factor Rh, podemos encontrar os chamados receptores e
doadores universais.
Logo os indivíduos do tipo AB+ (AB, Rh positivo) são os Receptores Universais e os indivíduos do tipo 0-
(Zero, Rh negativo) são os Doadores Universais.
Consultando a tabelaVeja as tabelas abaixo comparando a compatibilidade entre os tipos de sangue.
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FreqüênciaA distribuição dos grupos sanguíneos na população humana não é uniforme. O mais comum é 0+,
enquanto que o mais raro é o AB-.
Além disso há variações na distribuição nos diferentes grupos étnicos:
Nos aborigenes da Austrália, 68 % são 0 e 32 % são A
Nos esquimós, 86 % são 0
Nos asiáticos, a grande maioria da população é do grupo B.
Tipos de sangue (média por cada população)Tipos de sangue (média por cada população)
População 0+ A+ B+ AB+ 0- A- B- AB-
EUA 38% 34% 9% 3% 7% 6% 2% 1%
Reino Unido 37% 35% 8% 3% 7% 7% 2% 1%
Austrália 40% 31% 8% 2% 9% 7% 2% 1%
Finlândia 27% 38% 15% 7% 4% 6% 2% 1%
Suécia 32% 37% 10% 5% 6% 7% 2% 1%
França 36% 37% 9% 3% 6% 7% 1% 1%
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