Paulo César de Araújo
A IMPORTANCIA DA GESTÃO DE CONTRATOS DE SEGUROS E DE
GERENCIAMENTO DE RISCOS NAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DE
TRANSPORTE RODOVIARIO DE CARGA
Trabalho de conclusão de curso de Pós-Graduação em Gestão de Empresas.
Belo Horizonte
2009
A importância da gestão de contratos de seguros e de gerenciamento de
riscos nas operações logísticas de transporte rodoviário de carga
Paulo César de Araújo
Resumo
Este trabalho apresenta o relação entre o seguro o gerenciamento de riscos no transportes de
carga rodoviário, como esses procedimentos são importantes e contribuem na prevenção de
sinistros diversos e explica porque são exigidos pelas seguradoras. A finalidade é viabilizar o
equilíbrio do negocio, ou seja, o resultado da carteira de seguros até o fim da vigência do
seguro. Explica como o equilíbrio é medido demonstrando no final do período, se existirá
interesse por parte da seguradora em renovar seguro ou não.
1- INTRODUÇÃO
A administração da logística de transportes, manuseio, armazenamento e a entrega dos
produtos, tem sido uma das mais importantes funções dentro de uma empresa. É notório que
todas as organizações devem preocupar-se com esta administração, visto que está função
desempenha e afeta de maneira bem definida os resultados operacionais e financeiros da
empresa. Considerando a importância correta da logística, e podendo mais facilmente
perceber quando os bens necessários não estão disponíveis no momento exato e correto para
atender às necessidades dos consumidores.
Logística é a parcela do processo da cadeia de suprimentos que planeja, implanta e
controla, de forma eficiente, o fluxo reverso e a estocagem de materiais, serviços e
informações correlacionadas entre o ponto de origem e o ponto de consumo, de
forma a atender as necessidades dos clientes e da própria organização
(ALVARENGA; NOVAES, 1994, p.67).
2- DESENVOLVIMENTO
Para Ballou (2006), desde o inicio da humanidade já existia a Logística, antigamente na
história documentada as mercadorias eram produzidas em locais distantes dos que eram
consumidos. Alimentos e outros produtos eram transportados para regiões distantes sendo
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então disponibilizados para o comércio apenas em determinados períodos do ano. Uma das
necessidades das pessoas naquela época era armazenar mercadorias para consumo futuro,
naquela ocasião não existiam meios de transportes e armazenagens adequados e o movimento
de produtos se restringia naquilo que as pessoas conseguiam por suas próprias forças.
Mercadorias como alimentos perecíveis muitas vezes se perdiam por não poderem ficar
armazenadas por muito tempo.
Todo esse cenário, obrigava às pessoas a morarem próximo dos locais onde eram produzidas
as mercadorias. Com isso limitava-se o consumo de produtos, devido à oferta ser menor que a
procura dos consumidores.
Ainda hoje ocorrem alguns fatores que limitam o consumo e produção, esses fatores estão
relacionados especificamente a algumas regiões no mundo, em alguns países
subdesenvolvidos. Porém, com o avanço da globalização e a comercialização de produtos em
todas as partes do mundo, a logística passa a ser uma atividade cada vez mais constante. O
desenvolvimento logístico tem sido cada vez mais rápido, sendo capaz de disponibilizar
produtos nas partes do mundo onde ocorrem a procura. A logística se transforma em uma
atividade de vital importância e que precisa cada vez mais de desenvolvimento.
A Logística empresarial é um campo relativamente novo do estudo da gestão
integrada das áreas tradicionais das fianças, marketing e produção. O Primeiro livro
texto a sugerir os benefícios da gestão logística coordenada foi publicado em 1961, o
que em parte explica porque só agora se consolida uma definição generalizada da
Logística empresarial. Por isso mesmo, vale a pena explorar algumas definições do
escopo e conteúdo dessa matéria. Uma definição dicionarizada do termo Logística é
a que diz: O ramo da Ciência militar que lida com a obtenção, manutenção e
transporte de material pessoal e instalações (BALLOU 2006, p. 26 e 27).
Para Bowersox e Closs (2001), ocorreu um grande avanço da logística empresarial como
disciplina, a partir das quatro últimas décadas, onde a importância do setor saiu de um
depósito e pátio de expedição para a alta administração das grandes empresas globalizadas.
A logística vem se expandido com a Globalização, funciona 24 horas por dia, sete dias por
semana e 52 semanas por ano. Tem como o objetivo disponibilizar produtos e serviços em
todos os pontos onde são necessários, no momento em que forem desejados.
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Nos países altamente desenvolvidos os consumidores cada vez mais estão em busca de
produtos à disposição e recém fabricados. Com isso a cada dia, busca-se implementar na
logística, as melhores práticas desafiadoras para administração de setores públicos e privados.
Para Bowersox e Closs (2001), a Logística representa o esforço integrado de uma empresa
que tem como objetivo criar medidas de valor para o cliente, com o melhor custo total
possível e satisfazer as necessidades, facilitando as operações relevantes.
A empresa que for capaz de gerenciar estrategicamente o abastecimento e a distribuição de
produtos de forma racionalizada, ou seja, permitindo o planejamento, coordenação, a
execução de todo o processo logístico, poderá assim objetivar a redução de custos, a
pontualidade da entrega e o aumento da competitividade da empresa.
Christopher (1999) amplia este conceito, considerando a logística uma área de estudo que
relaciona diretamente o fluxo de beneficiamento das matérias primas em produtos acabados,
tanto no aspecto interno de uma organização empresarial quanto no aspecto externo,
envolvendo todos os fornecedores de matérias primas e partes que compõem um produto, até
a entrega deste produto ao consumidor final.
Dentro deste contexto é necessário que estas empresas prestadoras de serviços de transporte
rodoviário, atentem para a qualificação do atendimento ao pedido do cliente. Tornando assim
possível uma entrega em perfeitas condições de uso do produto, sem acidentes, avarias ou
atrasos de entregas.
É importante ressaltar que o compromisso da empresa prestadora de serviços é de “atender a
um pedido perfeito”, ou seja, uma expressão da área que significa colocar o produto a
disposição do consumidor no tempo pré-determinado no tempo acertado entre a empresa
contratada e a contratante. Normalmente ocorre entre as partes um contrato estruturado de
prestação de serviços, geralmente este podendo ser a curto, médio ou longo prazo que se
sustenta por volumes significativos de transporte.
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A condição do produto no momento da entrega ao cliente é um dos principais fatores
determinantes dentro das considerações dos serviços prestados. Os atrasos na entrega da
carga, ou mercadorias em condições inadequadas de uso, acarretam em danos e prejuízos ao
cliente. O processo de reparação destes danos é um processo minucioso e demorado, pois
exige um envolvimento e esforço do transportador na solução do problema, além de envolver
mobilização de capital e um aumento de custos significante no produto final.
Outro fator muito presente no processo de entrega dos produtos é a segurança dos produtos,
para evitar o furtos e roubos de cargas. Está segurança não está presente apenas no processo
logístico interno, mas principalmente no processo externo, no transporte dos produtos. Estes
fatores conhecidos como sinistros, podem ser evitados ou amenizados com o auxilio do
processo de rastreamento dos veículos, evitando assim altos índices de ocorrências de desvio
de cargas.
Assim sendo, este trabalho tem como objetivo principal identificar os principais problemas de
sinistros no transporte rodoviário de carga.
2.1 Atendimento de pedido perfeito
Para Bowersox e Closs (2001), para a novidade e qualidade no processo Logístico, é preciso
fazer tudo correto na primeira vez, para atender a um pedido perfeito exige-se ter competência
e capacidade para agregar valor na prestação de serviços ao cliente. Atividades que agregam
valor são aquelas que o cliente dá valor e paga por isso.
Esse desempenho do serviço é possível graças à tecnologia atual, mas é caro.
Portanto, poucas empresas assumem um compromisso de zero defeito como
estratégia de serviço básico oferecida a todos os clientes (BOWERSOX; CLOSS,
2001, p. 78).
É importante ressaltar que compromissos de atender um pedido perfeito, normalmente são
feitos para contratos estruturados, que são desenvolvidos ao longo do tempo e que se
sustentam por volumes significativos.
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Um reforço que agrega valor ao serviço zero defeito ou atendimento de pedido perfeito é a
utilização de serviço de rastreamento por satélite. Esse serviço apresenta informações em
tempo real e permite que os veículos sejam rastreados sendo monitorados com uma precisão
de localização com acertos de posição até 400 metros da posição real do veículo no momento
em que for necessário. Permitir ainda detectar possíveis problemas de forma mais rápida,
possibilitando uma recuperação concreta do veículo e da carga.
2.2 Transportes
Para Chopra e Meindl (2004), transporte é a movimentação de um bem de um local para
outro, desde o inicio da cadeia de suprimento até a entrega final ao cliente. O transporte é uma
atividade fundamental na cadeia de suprimentos, uma vez que os produtos raramente são
fabricados, comercializados e consumidos no mesmo local. Tem representação significativa
de custo na cadeia de suprimentos.
2.2.1 Transporte Terrestre
Existem pelo menos duas formas de transportes terrestres, por estradas de rodagem,
denominado transporte rodoviário e por ferrovias, denominado transporte ferroviário. Os dois
tipos de transportes podem atender ao transporte nacional ou transporte internacional.
Transporte nacional que tem o inicio e fim no mesmo território ou que ocorre em um único
País. Transporte internacional é aquele que inicia em um território e termina em outro, ou
envolve o percurso em mais de dois países.
2.2.2 Transporte Rodoviário
O transporte rodoviário é composto por dois segmentos: O de carga cheia (TL ou Truckload)
e o de carga não cheia (LTL ou Less Than Truckload). No transporte TL a cobrança do frete é
determinada pela capacidade de carga do veículo, indiferente do veículo estar com carga na
capacidade máxima, os custos variam de acordo com a distância percorrida. Já no LTL os
custos são definidos com a quantidade de carga transportada e a distância percorrida. O
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transporte rodoviário relativamente tem seus custos mais alto que o ferroviário, porém
apresentam vantagens como à entrega porta a porta e em tempo hábil mais rápido de entrega.
As operações de transporte rodoviário de TL contam com custos fixos relativamente baixos
para o início de um negocio, sendo necessários apenas alguns caminhões no começo.
2.3 Tipos de veículos utilizados no transporte rodoviário
Para Keedi (2006), Caminhão é um veículo que possui apenas um bloco, sendo cabine e
carroceria sobre um único chassi.
A Carreta possui duas partes, sendo a primeira o cavalo mecânico veículo de tração, e o semi-
reboque o segundo veículo que é atrelado e puxado pelo cavalo mecânico.
O Bitrem é um veículo composto por duas ou três partes, sendo um caminhão atrelado a um
reboque, ou uma carreta atrelada a outro semi-reboque adicional.
2.4 Transbordo
Para Keedi (2006), Transbordo é caracterizado como a carga que sai de um local para outro
com um documento de transporte descrevendo um determinado veículo, e em um
determinado trecho ocorre à mudança de veículo, seguindo o transporte da carga com o
mesmo documento que se iniciou o transporte.
Caminhoneiro: sonho ou pesadelo? Carreteiro, caminhoneiro, motorista ou chofer
de caminhão, um profissional de alta importância dentro da economia nacional,
responsável pelo deslocamento de 70 por cento das cargas em nosso país. Ser
caminhoneiro era ser especial. À liberdade desse trabalhador, quase autônomo,
somava-se um cotidiano aventuroso de trabalho duro, mas compensador. O
caminhão era sua casa, e nele o caminhoneiro expunha sua filosofia e sua estética.
As vinhetas coloridas, os detalhes da pintura, das forrações, dos enfeites os tornava
singular, reconhecidos por onde passava. Só, o caminhoneiro era um boêmio pelas
estradas, freguês habitual dos postos de gasolina , conquistador, muitas vezes
machista,outras romântico e, freqüentemente, religioso.Acompanhado pela mulher,
às vezes pelos filhos,seu cotidiano se transformava: o caminhão era mais confortável
e o motorista mais cuidadoso. Sempre um trabalhador diferenciado, aventureiro,
pouco instruído, mas popular a ponto de se tornar, nos anos 1980; o personagem de
uma série de televisão, Carga Pesada, refeita em 2003. No terceiro milênio mudou o
país, a vida e a profissão. Mudaram também os caminhoneiros, mesmo na televisão.
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Os motoristas dirigem horas sem fim para cumprir prazos. O setor é
demasiadamente pulverizado: 51 por cento deles são autônomos, presos a baixas
tarifas e, certamente não conseguiram repor seu caminhão quando o desgaste o
exigir, apenas 20 por cento transportam carga própria; e 29 por cento dos veículos
pertencem a transportadoras. Há demasiada oferta, dada a falta de regulamentação
do setor e fiscalização das poucas exigências desse mercado (REIS, 1981, p.129).
2.5 Embalagem
Para Bowersox e Closs (2001), as embalagens têm a finalidade de atender aos termos de
Marketing, Logística e Meio ambiente. E tem como finalidade três principais funções
(utilidade e eficiência no manuseio, proteção contra avarias e comunicação).
As embalagens podem ser classificadas de diversas maneiras, por função, finalidade de
movimentação e utilização. Abaixo citamos as principais
1. Embalagem primária – Contém o produto (Vidro, lata, plástico, etc.):
2. Embalagem secundaria – Protege a embalagem primaria, ex: Embalagem com filme
termoencolhivel, embalagem que recobre a caixa de leite:
3. Embalagem terceária – Caixa de papelão, madeira, plástico ou outro material que
envolve embalagem primária e secundária:
4. Embalagem Quartenária – Envolve o contenedor, facilita a movimentação e
armazenagem
5. Embalagem de quinto nível – Unidade conteinerizada ou embalagem especial para
envio a longa distância.
Um ponto importante da embalagem para armazenagem e manuseio de materiais é a
unitização. O termo significa agrupamento de caixas numa carga única, formando um só
volume para melhor manuseio e transporte.
2.6 Pallete
A Paletização proporciona produtividade e contribui muito para a atividade logística. O
investimento em paletes é alto e também apresenta alguns problemas como o remanejamento
de paletes. Paletes mal projetados e de baixa qualidade estragam de forma mais rápida e
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podem gerar avarias nas mercadorias. Paletes bem projetados e específicos para determinados
produtos proporcionam melhor movimentação e redução de avarias nos produtos.
2.7 Danos e perdas
Para Ballou (2006), existem muitas diferenças entre os transportadores no que se refere a
movimentar cargas, onde existem baixos ou altos níveis de perdas e danos com relação à
mercadoria ou transporte. Essa experiência tem que ser mensurada, principalmente como fator
para definir a escolha do transportador que irá prestar o serviço.
A condição do produto no momento da entrega ao cliente é um dos principais determinantes
de considerações do serviço prestado. Os atrasos na entrega de carga, ou mercadorias em
condições inadequadas de utilização, acarretam em problemas e prejuízos ao cliente. O
processo de reparação dos danos é demorado, pois exige um envolvimento e esforço do
embarcador na solução do problema, além de envolver mobilização de capital no processo de
reclamação e representa aumento de custos.
Para Cardella (1999), para se obter segurança é necessário o envolvimento dos profissionais
ligados a área, más é fundamental o envolvimento dos dirigentes, gerentes e supervisores que
têem o maior poder de implantar as ações necessárias. É preciso ter uma visão holística do
processo para entender todas as partes envolvidas no mesmo.
Segundo Cardella (1999, pag. 18) “Do mesmo modo que as letras do alfabeto formam
palavras e as palavras formam sentenças, os conceitos e técnicas devem ser combinados para
produzir idéias, análises e soluções de problemas”.
2.8 Avaliação de risco
Para Cardella (1999), Risco é o dano ou perda esperado no tempo, fato não concreto, mas
previsível. O risco associado ao evento perigoso resulta da freqüência e da conseqüência do
evento. A avaliação do risco abrande a freqüência e conseqüência do evento perigoso.
Medidas de prevenção de riscos podem ser implementadas, a partir de uma visão holística da
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segurança, através dos conhecimentos sobre falhas humanas, comportamento, Sol
(sinalização, organização e limpeza) e BPT (Boas práticas de trabalho).
Além de permitir a redução de acidentes e perdas de produtos, a gestão de risco pode
trazer outros benefícios, como a gestão de frotas e a gestão de fretes. Tais serviços,
embora sejam mais direcionados para empresas que possuem um maior número de
veículos transportadores e também diversidade de rota, também podem ser úteis aos
postos revendedores que utilizam caminhão próprio para o transporte de
combustíveis. A gestão de frotas inclui controles de cadastro (seguros, leasing),
documentação (licenciamento, impostos, taxas, boletins de ocorrência, entre outros),
manutenção, consumo de combustíveis, lubrificantes, pneus e câmaras dos veículos,
além de controle de funcionários. Já a gestão de fretes possibilita, entre outras
coisas, cálculos do custo do frete e simulações.(GUIDONI, 2009)
Crime organizado é toda organização cujas atividades são destinadas a obter poder e lucro,
transgredindo as leis formais das sociedades. Entre as formas de sustento do crime organizado
encontram-se o tráfico de drogas, os jogos de azar, a corrupção pública e privada e a compra
de "proteção", como acontece com a Máfia italiana.
2.9 Segurança
Para Cardella (1999), Segurança é o contrário do risco, é uma variável que tem a função de
prevenir contra o risco. É o conjunto de ações que tem como finalidade a redução de perdas e
danos provocados por agentes agressivos. A gestão da segurança deve estar integrada as
outras funções vitais da empresa.
2.9.1 Rastreamento
(http://www.gristec.com.br/glossario.php?letra=R) Atividade que tem por fim acompanhar o
posicionamento dos veículos de transporte de carga pelo GPS1, informando aos operadores,
em intervalos pré-definidos, onde e como o veículo se encontra.
2.9.2 Atuador
(http://www.gristec.com.br/glossario.php?letra=A) Dispositivo que atua com o objetivo de
aumentar a segurança da carga, do veículo e do motorista, minimizando a ação dos bandidos.
1 GPS-Sistema global de posição – equipamento rastreador permiti localizar o veículo e tem ações sobre o mesmo
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Pode ser ativado automaticamente pelo sistema ou pelo operador no monitoramento. Entre os
principais atuadores estão o bloqueio mecânico do veículo transportador da carga; o
travamento das portas do baú, do motorista e do carona; o travamento do desengate do cavalo
mecânico e a carreta, o acionamento da sirene e da buzina e a disponibilização do botão de
pânico.
Ilustração de sistema de rastreamento
Figura 1 – Sistema de rastreamento: disponível em
http://www.wsolution.com.br/IMG/sistema_ws.jpg
(http://www.gristec.com.br/glossario.php?letra=M) Ação de controle de um operador do
centro de monitoramento sobre um veículo rastreado visualizado em seu monitor, a qual lhe
permite, quando necessário, adotar medidas preventivas ou corretivas sobre o veículo
transportador, com o objetivo de evitar um sinistro ou atividade suspeita de roubo de carga e
ainda alertar os órgãos de segurança pública situados na região.
2.10 Seguro de transporte
Segundo as condições gerais e particulares dos seguros de transportes de carga 2009, site
http://www.portoseguro.com.br/porto-seguro/produtos/transporte-de-carga/condicoes-
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gerais.html?uid=698c68f15b5041e9a2af8c713724da12, acessado em 24/11/2009, o seguro de
transporte para transportadores no percurso nacional se divide em dois seguros, um para
sinistros de acidentes e avarias em transporte que é o RCTR-C e outro para Desaparecimento
de carga o RCF-DC
RCTR-C – Responsabilidade civil do transportador rodoviário de carga – Danos à
carga – Cobertura exclusiva a carga transportada., coberturas: Tombamento,
capotamento, colisão, incêndio
Coberturas acessórias particulares: Avarias em transportes, amassamento,
arranhamento, molhadura, queda de mercadorias
RCF-DC – Responsabilidade civil facultativa em desaparecimento de carga, cobertura
desaparecimento de carga concomitante com o veículo transportador
Em ambos os casos, quando da ocorrência de sinistro, torna-se obrigatório o acionamento da
seguradora através do serviço de atendimento para salvamento ou investigação para
recuperação da carga. O transportador ainda deverá tomar todas as medidas de salvaguarda e
minimização dos prejuízos sobre pena de perda de direito a indenização.
Franquia do seguro: Refere-se à parte que o transportador terá de assumir no montante do
prejuízo decorrente do sinistro. A franquia pode ser extinta do seguro a partir de negociação
antecipada que prevê cobrança adicional de taxa especifica para isenção da franquia. Cabe ao
transportador avaliar se vale a pena o pagamento adicional para todos os embarques ou
assumir os casos que ocorrem sinistros. Nesse caso específico, a franquia só está prevista para
a cobertura acessória de avarias em transportes.
A franquia em seguros, neste caso funciona como um limitador para redução das reclamações
de sinistros cobertos pelo seguro, decorrente dos problemas causados pelos transportes, mais
precisamente as avarias em transportes.
Existem ainda várias outras particularidades no seguro, como por exemplo, a exigência de
veículo rastreado e/ou com escolta armada, cadastro e consulta de motoristas nas empresas
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gerenciadoras de riscos especificadas no contrato do seguro de RCF-DC para prevenção de
sinistros de roubo de cargas, para cargas de alto valor agregado e das mercadorias especificas
relacionadas na apólice de seguro muito visada no roubo de cargas. Caso não ocorra o
cumprimento das exigências de gerenciamento de risco hora especificadas nos contratos de
seguro, o transportador poderá perder integralmente o direito ao reembolso do seguro.
Reembolso: Devolução, pela seguradora, dos valores totais ou parciais pagos com recursos
próprios do segurado, no caso de eventos e/ou sinistros cobertos pelo seguro.
Finalidade do seguro: Garantir a reparação dos prejuízos hora assumidos pelo transportador
em decorrência dos sinistros de riscos cobertos pelos contratos de seguros até o limite
máximo de responsabilidade estipulado na apólice de seguro.
2.10.1 Averbação
Ato de comunicar o inicio do embarque ou transporte, é comprovado através de documento a
comunicação do embarque para se obter a cobertura do seguro de transporte.
2.10.2 Sinistro
Sinistro é o evento de dano que gera prejuízo material ou pessoal e que tem previsão de
cobertura/indenização pelo contrato de seguros.
Vistoria de Sinistro: Visita por pessoa devidamente habilitada ao local onde se encontram os
bens hora sinistrados a fim de apurar o montante dos prejuízos sofridos pelo segurado
decorrente do evento previsto e coberto pelo contrato de seguro.
2.10.3 Salvados
Entende-se como todo objeto, material ou bem resgatado como salvado em um sinistro e que
possui ainda algum valor econômico.
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De acordo com GLOSSÁRIO GRISTEC site http://www.gristec.com.br/glossario.php,
acessado em 24/11/2009, “Gerenciamento de riscos é o conjunto integrado de procedimentos
e medidas preventivas, implementados com o objetivo de, reduzir ou minimizar danos ao
patrimônio ou à vida humana”.
2.11 Recebimento de mercadorias
Para Ballou (2206) No recebimento das mercadorias deve ser feito a conferência fiscal do
produto onde é verificada a quantidade e especificação de produtos relacionados na nota
fiscal, com o que esta sendo entregue em relação ao pedido que foi feito pelo departamento de
compras da empresa. Essa conferência visa evitar a falta de produtos ou divergência de
especificação do produto solicitado com a entrega efetuada.
Posteriormente a conferência fiscal, também é feito a conferência de qualidade da mercadoria,
ou seja, essa conferência visa apurar o estado em que as mercadorias estão sendo entregues e
se estão com as devidas condições de serem comercializadas, se estiverem todas em perfeito
estado serão encaminhadas ao almoxarifado para estoque. Se as mercadorias apresentarem
qualquer não conformidade, como indicio de avaria decorrente do transporte, o cliente deverá
apurar no momento da entrega efetuando conferência cautelosa e analisando se o problema de
fato é na mercadoria ou somente nas embalagens do produto. Em ambos os casos o receptor
deverá comunicar ao transportador imediatamente notificando no verso da nota fiscal e
informando imediatamente ao cliente fornecedor para providencias quanto à devida reparação
dos prejuízos.
Deverá ainda ser feito teste do produto, na recepção da mercadoria, o receptor deverá testar as
condições do produto para apurar se é possível receber na condição da entrega para tomar as
devidas providências para reparação dos danos/prejuízos onde, as despesas com reparações
serão repassadas ao remetente ou transportadora de acordo com o contrato entre comprador e
vendedor. Dependendo do tipo do produto será necessária a devolução do mesmo ao
remetente para apuração mais detalhada por se tratar de produto especifico que dependa de
mão de obra especializada para teste de qualidade do produto e ou recuperação.
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3 CONCLUSÃO
A gestão de seguros tem finalidade de gerenciar as negociações como contratação de seguro,
gestão da carteira, bem como todos os processos relativos ao gerenciamento de riscos,
negociação e contratação de seguros, comunicação de sinistros, regulação e acompanhamento
de processos junto às seguradoras, controlar contas a pagar e receber e ainda informar através
de indicadores a diretoria da empresa, quanto às perdas diversas decorrente do transporte
rodoviário de carga. Esse monitoramento permitirá a empresa uma análise e tomada de ação
que possibilite a melhoria nos serviços prestados. Com a implantação de um plano de
gerenciamento de riscos a partir da análise de indicadores de sinistros é possível ampliar
treinamentos específicos nas operações. O modal de transporte rodoviário de carga detém hoje
cerca de 60% das operações de transportes no país, às estradas brasileiras têm mais de 55% de
suas vias classificadas como ruins ou péssimas e isso contribui para grande parte dos
acidentes de transito. O roubo de carga ganha força no País devido à ação do crime
organizado. Em conseqüência disso, as empresas de transportes investem cada vez mais na
compra de equipamentos rastreadores e em monitoramento dos veículos e carga, bem como
na qualificação de seus funcionários, com o objetivo de reduzir os índices de sinistros em
diversos. Porém, esse contexto, visa também atender interesses em comum dos embarcadores
proprietários das mercadorias e das seguradoras na redução dos sinistros para manutenção das
contas de seguros. Algumas seguradoras, inclusive, oferecem como diferencial de mercado,
no momento da negociação do seguro, equipamentos rastreadores a título de comodato, como
forma de reduzir os sinistros e balancear a relação de conta sinistros X Prêmio pago.
Observa-se que o gerenciamento de risco agrega valor a qualidade do serviço de transporte e
contribui na prevenção e redução de perdas e obstáculos diversos no transporte de cargas.
Porém, é importante frisar que, para uma eficiente gestão na operação de transporte é
necessário conhecimento técnico para elaboração de normas e procedimentos específicos,
com a finalidade de simplificar e possibilitar o entendimento dos usuários para a obrigação do
cumprimento das regras de gerenciamento de risco, pré-determinada no contrato de seguro de
transporte. Com o entendimento e cumprido os procedimentos diversos na integra, é garantido
os reembolsos dos prejuízos indenizáveis por perdas diversas decorrentes de sinistros.
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REFERÊNCIAS
BOWERSOX, Donald J, CLOSS, David J. Logística Empresarial, São Paulo: Editora Atlas,
2001. 594f.
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/Logística empresarial,
São Paulo: Editora Atlas, 2006. 615.f
CARDELLA, Benedito. Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes, Uma Visão
Holística, São Paulo: Editora Atlas, 1999. 254 f.
KEEDI, Samir. Transportes, Unitização e Seguros Internacionais de Carga, São Paulo:
Editora Atlas, 2006. 264f.
CHOPRA, Sunil, MEINDL, Peter. Gerenciamento da cadeia de suprimentos Estratégia,
Planejamento e Operação, São Paulo: Editora Pearson Education do Brasil Ltda, 2003. 465f.
MICHEL, Maria Helena. Metodologia e Pesquisa Científica em Ciências Sociais, São
Paulo: Editora Atlas, 2005.138f.
PIRES, Silvio R.I, Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management), São
Paulo: Editora Atlas, 2004. 310f.
Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de
Rastreamento e Monitoramento. Disponível em:
<http://www.gristec.com.br/glossario.php>. Acesso em 24 Nov.2009.
Consulte aqui as Condições Gerais do Porto Seguro Transportes. Disponível em:
<http://www.portoseguro.com.br/porto-seguro/produtos/transporte-de-carga/condicoes-
gerais.html?uid=698c68f15b5041e9a2af8c713724da12>. Acesso em 24 Nov.2009.
Gestão de riscos contra o roubo de cargas. Disponível em:
http://www.gristec.com.br/disco_virtual/Combustiveis_e_Conveniencia-GR.pdf. Acesso em
08 Dez. 2009.
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