O REGISTRO DO CRESCIMENTO NOS INSTRUMENTOS DE ACOMPANHAMENTO DA SAÚDE INFANTIL SOB A GUARDA DA FAMÍLIA
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
CAMPOS, Rayana R¹; NUNES, Natália RT¹; ROCHA, Ana PC¹; SILVEIRA, Warley C¹; BUENO, Mariana C²; GOULART, Lúcia MHF3,4
(1) Acadêmico(a) de Medicina da UFMG; (2) Médica Generalista; (3)Professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG; (4) Coordenadora do eixo da Caderneta de Saúde da Criança e do Adolescente do Programa Observatório da Saúde da Criança e do Adolescente.
Área: Políticas Públicas de Promoção da Saúde
INTRODUÇÃO
A avaliação do crescimento é um importante indicador de saúde da criança. Desde
a iniciativa de Morley, em 1956, com o “Caminho da Saúde”, surgiu uma
preocupação com o registro do crescimento infantil em documentos entregues à
família. No Brasil, do “Caminho da Saúde” à “Caderneta de Saúde da Criança”
(CSC) do Ministério da Saúde, observa-se aprimoramento das curvas de
crescimento e ênfase em informações nutricionais, refletindo mudança do padrão
nutricional com aumento da prevalência de sobrepeso/obesidade infantil.
Estudar os instrumentos oficiais de registro do acompanhamento da saúde infantil,
que ficam sob a guarda da família, sob a perspectiva da avaliação do crescimento e
nutrição.
Estudo descritivo com análise documental dos instrumentos oficiais de
acompanhamento da saúde da criança – Caminho da Saúde, Controle da Saúde,
Cartão da Criança (CC) e CSC – enfatizando conteúdos sobre crescimento e
nutrição infantil.
Através do estudo dos quatro instrumentos de acompanhamento, observou-se
modificações referentes aos dados de avaliação nutricional da criança. O CC
utilizava curvas de crescimento com o padrão peso-idade do estudo norte-
americano do NCHS. Em sua primeira versão, 1986, considerava-se desnutrição
abaixo do percentil 10 (Figura 1 a). No final da década de 90, com a redução de
quase 20% no déficit de crescimento em menores de 5 anos, foi lançado novo CC,
com percentil 3 como ponto de corte, aumentando a especificidade para
desnutrição (Figura 1 b). Na CSC 2007, as curvas foram estendidas até 10 anos e
acrescentou-se a avaliação altura-idade. A CSC 2009 utiliza curvas preconizadas
pela OMS, com pontos de corte em escore Z e introduz avaliação IMC-idade (Figura
2). Além disso, houve aumento progressivo nas orientações sobre alimentação e
atividade física, enfatizando risco de sobrepeso/obesidade (Figura 3).
Apoio/Parcerias:
(a) (b)
As modificações observadas nos instrumentos de registro da saúde infantil
enfatizam a preocupação com o sobrepeso e a obesidade, compatíveis com a
mudança do perfil nutricional no país.
PALAVRAS CHAVE: Saúde da Criança; Curvas de crescimento; Padrão
nutricional Infantil; Caderneta de Saúde da Criança.
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Zeferino, A.M.B.; Filho, A.A.B.; Bettiol, H.; Barbieri, M.A. Acompanhamento do crescimento. 0021-
7557/03/79-Supl.1/S23. Jornal de Pediatria.Copyright © 2003 by Sociedade Brasileira de Pediatria. 2. Engstrom, E.M; Anjos, L.A. Déficit estatural nas crianças brasileiras:relação com condições sócio-
ambientais e estado nutricional materno. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 15(3):559-567, jul-set, 1999.
3. Sigulem, D.M.; Devincenzi, M.U.; Lessa, A.C. Diagnóstico do estado nutricional da criança e do adolescente. J Pediatr (Rio J) 2000;76(Supl.3):s275-s84.
4. IBGE: Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Disponível em http://www.ibge.gov.br.
5. Filho, M.B.; Rissin, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(Sup. 1):S181-S191, 2003.
(b) Figura 1 a) Primeira versão do CC; b) Terceira versão do CC
Figura 2: Curva IMC-idade, CSC 2009. Figura 3: Fragmento das orientações para
alimentação de crianças de 2 a 10 anos.
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