Onde o cérebro ganhou depressão .Como motivar um cérebro deprimido.
Estratégias e formas de ativação.
Depressão• Afecta 10% da população ao longo do tempo;• É a 2ª perturbação mais comum do foro mental;• A depressão pode ser devastadora e uma experiência solitária;• Os sintomas afectam pensamentos, emoções e comportamentos;• Cerca de 1 em cada 20 homens vão sofrer um episódio depressivo ao longo
das suas vidas e este número duplica nas mulheres;• É a situação em saúde mental que mais facilmente pode ser mortífera (1/3
tem ideação suicida e 8% faz pelo menos 1 tentativa);• A OMS calcula que, até 2020, a depressão venha a tornar-se a principal causa
de incapacidade;• O tratamento com psicoterapia e medicação pode ser efectivo.
TristezaCulpaDesesperançaIrritabilidadeAnsiedade
Isolamento socialFalta de energiaBaixa motivaçãoDificuldade concentraçãoPertubação sonoMudanças apetitePerda interesse actividades prazer
Baixa auto-estimaFalta interesseIdeação suicídaCatastrofizaçãoPreto ou branco
Factores biológicos, psicossociais e psicológicos
• Genética- importante a história familiar;
• Quem já teve uma vez é mais provável que volte a ter;
• Desequilíbrios dos neurotransmissores com impacto no funcionamento cerebral
• Condições de vida
• Eventos traumáticos
• Situações de stress
• ....
Onde mora a Depressão no cérebro?
O Cortex em dois Hemisférios na Depressão
Esquerdo
Emoções positivas
Aproximação/Acção
Orientação detalhe
Distingue Emoções e pensamentos
Sede da Linguagem
Direito
Emoções Negativas
Evitamento/Retirada
Passividade
Global /big Picture
Intensidade/avassalamento
Num episódio depressivo, os dois hemisférios ficam em desequilíbrio:o lado direito fica mais activo e o esquerdo retrai-se.
O Hipocampo e a AmígdalaHipocampo
Criação e recordação de memórias a partir experiência (Explicita)
Ajuda a encontrar novos caminhos
Receptores de cortisol
Amigdala
Grava 1ªs impressões (Memória Implicita)
Processa estímulos como recompensas ou ameaças (dispara alarme)
Centro de Memórias Emocionais
O hipocampo e a amígdala, trabalham em conjunto para recordar memórias ansiosas e depressivas.
Quer o hipocampo, quer a amígdala atrofiam quando sujeitos a stress crónico, sempre presente numa depressão, o que debilita a sua atuação.
Na depressão o Hipocampo torna-se menos activo e ficamos presos na letargia.A Amígdala fica hiperactiva e responde excessivamente a eventos negativos, o medo e a ansiedade ficam presentes e o Cortex é informado para se preocupar.
O Cortex Cingulado Anterior:
• Como um gestor intermédio, o CCA recebe e gere informações “de cima e de baixo”;
• Integra a informação cognitiva e emocional e selecciona e codifica as experiências que passam ou não para a memória de longo prazo;
• Na depressão, as memórias que nos surgem são apenas as negativas Se estamos contentes, lembramo-nos de coisas boas, mas, se estamos tristes só nos conseguimos lembrar do que foi também triste.
• Quando está hiperactivado fica avassalado por perspectivas globais negativas e “cego” para o que se possa passar de bom.
• Por isso, o CCA encontra uma imensidade de coisas que correram mal e fica hiper-activado surgindo mais medo e preocupação.
O Paradoxo
• O Evitamento de situações ansiosas tornam o já hiperactivo Córtex pré-frontal direito mais hiperactivo o que provoca mais ansiedade e depressão.
• Quando as pessoas se aproximam do que as torna ansiosas activam o Córtex pré-frontal Esquerdo que é o melhor controlo da hiperactividade da amígdala.
• O Evitamento de comportamentos em direcção ao alcance de objectivos positivos favorece a hipoactividade do CPF-esquerdo.
• A aproximação e implicação em comportamentos para alcançar objectivos, activa o CPF esquerdo e permite experimentar emoções positivas.
E agora?
• É preciso criar condições, com técnicas criteriosamente escolhidas, para quebrar o ciclo vicioso de negativismo e inacção;
• Favorecer comportamentos de aproximação;
• Acalmar emoções, tranquilizar “a amígdala;
• Impulsionar o circuito motivacional – esforço/recompensa;
• Favorecer a neuroplasticidade que requer ativação moderada;
• Relação terapêutica – vinculação segura para que o cliente se atreva a sair da zona de conforto.
O circuito motivacional e activação
• A activação do circuito esforço-recompensa é fundamental para sair da depressão;
• A motivação está dependente de quão iminente a recompensa é percebida;
• Pode-se “ligar” este circuito implementando os comportamentos através de tarefas realistas e realizáveis. Os clientes podem ganhar terreno no alcance dos objetivos, sentirem satisfeitos com os sucessos e activarem o CPF esquerdo;
• A activação do CPF esquerdo aumenta emoções positivas e possibilidade de repetição do comportamento;
• O aumento da recompensa e das emoções positivas aumenta a sensação de controlo de auto-estima.
Crescentes Aproximações sucessivas• CPF-E pode ser ativado por pequenos e deliberados comportamentos
práticos que ajudam a acalmar a amígdala e reduzem ansiedade edepressão. Etapas toleráveis, ligeiramente fora da zona de conforto ;
• CPF-E -orientado para pequenos detalhes - cliente foca-se e envolve-se em pequenos detalhes de comportamentos específicos numa aproximação crescente;
• O planeamento da actividade e a expectativa do comportamento positivo activa o CPF esquerdo;
• Favorecem-se os comportamentos de aproximação com a activação do Cortex Préfrontal esquerdo.
Estratégias de Intervenção• Relação terapêutica – vinculação segura para sair zona de conforto e
primeira experiência de “socialização” – orientação para a aproximação CPF esquerdo para emoções positivas ;
• Acalmar emoções;
• Restruturação cognitiva – co-construção de novas narrativas aumenta auto-eficácia, favorece a neuroplasticidade;
• Reactivação do circuito esforço/recompensa. Favorecer comportamentos de aproximação;
• Orientação para o presente (sair do “modo” ruminação);
• Criação de uma narrativa orientada para objetivos (narrativa de eventos para nova interpretação) novas memórias;
• Reequilibrar a activação das duas partes do cérebro
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