O PARADIGMA ECOLÓGICO E SUA CRISE (II)
Objetivos da aula
Compreender a mudança de paradigma que deu origem à uma visão de mundo ecológica Compreender do que se trata o paradigma ecológico, sua relação com o paradigma mecanicista e suas principais características Entender em que consiste a crise do paradigma ecológico que alimenta a necessidade da responsabilidade social e ambiental na sociedade contemporânea Compreender as tensões contemporâneas entre o bem público, o bem privado e o bem comum
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Responsabilidade socioambiental - Histórico
• Década de 1950 – a responsabilidade da empresa passa a ter importância no mundo dos negócios. Howard R. Bowen, lança o livro Responsibilities of the businessman, em 1953;
• Décadas de 1960-70 – emergem novos temas
como proteção ambiental, impactos nocivos da atividade produtiva no meio ambiente, os direitos das mulheres e a própria crítica ao capitalismo como sistema incapaz de atender às necessidades das pessoas;
Responsabilidade socioambiental - Histórico
• A partir de 80 – avanço da globalização, financeirização da economia e privatizações (Europa) fizeram empresas concentrar riqueza. Surgem questionamentos sobre o equilíbrio entre dimensões econômicas, sociais e ambientais;
• Pós década de 90 – o envolvimento das empresas
com questões sociais e ambientais passou a ser crescentemente associado a questões estratégicas de negócios.
A crise e as tensões
O “economicismo toma o lugar das abordagens e lógicas não-utilitaristas, colonizando e empobrecendo o “mundo da vida”, isto é, submetendo-o ao domínio do mercado competitivo” (HABERMAS, 2002)
Ocorre a inversão da relação entre os sistemas ambientais e econômicos
A crise e as tensões
Economia
Meio Ambiente
Social
Visão ecocêntrica de desenvolvimento
Fonte: Passet, 1979
A crise e as tensões
Meio Ambiente
Economia
Social
Visão antropocêntrica de desenvolvimento
Fonte: Passet, 1979
Economicismo: racionalidade econômica
Conhecimento é poder: o indivíduo assume o discurso “competente”, que gera dominação. A relação entre o indivíduo e o Estado se transforma: a racionalidade econômica assume enquanto racionalidade das práticas do Estado e se torna, ela própria, a economia política, a razão do Estado.
A razão econômica de Estado alimenta a transformação da sociedade e as tensões entre o público e o privado.
BEM PÚBLICO, PRIVADO E COMUM
Res Nullius: “coisa de ninguém”
Res Publica: “coisa de todos”
Res Privata: de propriedade privada
BEM PÚBLICO, PRIVADO E COMUM
esfera atores interesses Meios de satisfação das necessidades
Mecanismos
Privada Indivíduos Interesses particulares
Bens privados - Mercado X Normas familiares - relações pessoais - clã tribo
Sociedade Grupos sociais coletivos
Interesses coletivos
Bem comum -Regulação comunitária voluntária - espaço de solidariedade - normas sociais
Pública Governamental
Órgãos públicos governamentais
Interesse público
Bem público - democracia representativa - democracia participativa (gestão pública participativa)
TENSÕES ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO
Interdependência entre o público e o privado
Privatização dos bens públicos e comuns
Regulação pública sobre o privado e do privado sobre o público
A institucionalização do privado sobre o público: a perda da identidade do sujeito social político
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