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MARIANA - MINAS GERAIS / BRASIL
culturalISSN 1519-9665
ALDRAVA LETRAS E ARTESCNPJ 04.937.265/0001-71
JORNAL ALDRAVA CULTURALUtilidade Pública MunicipalLei n° 022/90 - 26/03/2009 Qualis CAPES - C
ANO XIII /// NO. 101 /// ABRIL / 2013 // OUTUBRO / 2013
O Brasil literário do final do sécu-lo XX vivia de saudade. Saudade de Ban-deira, de Vinícius, de Drummond, de Quin-tana, todos falecidos. Diziam que a poe-sia brasileira estava num beco sem saí-da. Os vivos não emplacam mais a glóriade que gozaram os poetas da primeirametade do século XX. As novas mídiasdeslocaram os olhos das páginas dos li-vros para as telas que projetam clips. Osouvidos não ouvem sem os olhos. A lin-guagem refinada da poesia deixou vezpara a definitiva mistura de tratamentona poesia da música popular – “eu te amovocê, já não dá pra entendê”.
O investimento aldravista no tra-balho de pesquisa poética e produção con-junta resultou na proposição de uma for-ma de texto poético que implicasse conti-
nuidade, a superação da simplicidade dametáfora pela provocação da metonímia,da musicalidade e da beleza plástica. Cri-ada em dezembro de 2010, a aldravia con-quistou nesses três anos de existência ocoração de poetas brasileiros e europeus,que semeiam essa nova forma como se-meadores de boas aventuranças; e cadaaldravia é uma voz que grita aos ouvidos:– “há sempre mais um sentido a ser ex-plorado, a ser sentido, a ser degustado, aser visto...”
A rapidez com que essa poesia con-tagiante se expande justifica o investi-mento cultural da Aldrava Letras e Ar-tes iniciado em outubro de 2000, em Mari-ana, Minas Gerais, sob a proteção dospoetas árcades que inauguraram a voznacional da poesia, embora com formascanônicas européias – liras, rondós e so-netos, entre outros.
Como motivação política para sus-tentação das novas proposições artísti-cas, a poesia nascida na Mariana do iní-cio do século XXI elegeu a liberdade comocondição de existência do poeta, confor-me advoga Gilberto Mendonça Teles:
(...) o poeta inaugura sempre umtipo natural de vanguarda, aquela que,sem romper diretamente com o passadoliterário, procura sempre atualizá-lonuma nova mensagem poética. Trata-sede uma atitude de produção literária emque o escritor cria obedecendo às regras,tanto da gramática, como da retórica, daética, do bom senso, da ideologia, enfim,de toda conscientização cultural. Masobediência às regras não significa que oescritor não tenha liberdade e possibili-dade de modificá-las, de ampliar as suasfunções, de acrescentar-lhes novos mati-zes de significação, de descobrir para elasnovas funções no processo cultural. (TE-LES, G.M, 1986, p.1)
A liberdade de modificar formas,criar novas funções e acrescentar ao es-pectro de significação as contribuiçõesdos leitores, faz a trajetória de arte al-dravista direcionar-se para a simples
utilização da palavra como fonte e resul-tado estético da poesia. Ser ousado, pro-palam os fundadores do Movimento Al-dravista, não é fazer coisas complexas eintransponíveis; ser ousado é extrair com-plexidade da simplicidade.
E assim, a poesia universal con-temporânea inaugura O Livro II das Al-dravias– edição bilíngue (português e es-panhol), extraindo complexidade da sim-plicidade, com participação de 66 (sessen-ta e seis) poetas do Brasil e do exterior:Espanha, França e Portugal. Poetas al-dravianistas – assim são chamados ospoetas autores de aldravias – que encon-traram na síntese um caminho de provo-cação dos sentidos, para explorarem asublime tarefa de construir significações,tirando os olhos da zona de conforto deconsumidores de produtos prontos e pen-sados e enviados para as telas dos ta-blets e leptops e clips e shows visuais.Os poemas de O Livro II das Aldravias –edição bilíngue (com tradução e adapta-ção ao espanhol da professora e escrito-ra espanhola, Begoña Montes Zofío, e daMestre em Estudos Literários pela UFV euma das criadoras da aldravia, AndreiaDonadon Leal) exploram a sublime tare-fa de construir significações. A produçãode cada participante de O Livro II dasAldravias convida o leitor para a festa dopensamento, cujo alcance, individualiza-do, depende dos universos discursivosconstitutivos da História de cada espec-tador.
A poesia contemporânea encontrao rumo da provocação de sentidos – che-ga de receitas prontas, de prato-feito, derefeição a la carte. A poesia é self-servicee desafia a experimentação da liberdadede criar, inclusive uma nova forma, se to-das as formas já não são formas, masfôrmas, de tão desgastadas que estão.
Boa leitura!
Andreia Donadon Leal– Mestre em Estudos Literários pela UFV
J.B.Donadon-Leal– Doutor em Semiótica pela USP
OLIVRO II
DAS ALDRAVIAS
Forma Sintéticade Poesia
Contemporânea:A L D R A V I A
PREFÁCIO /// (Em Português)
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- ABRIL/2013 // OUTUBRO/2013
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NO. 101 MARIANA - Minas Gerais ANO XIII
El Brasil literario de finales delsiglo XX vivía de la nostalgia. Nostalgiade Bandeira, de Vinicius, de Drummond,de Quintana; todos fallecidos. Decían quela poesía brasileña estaba en un callejónsin salida. Los vivos no conseguían la glo-ria que obtuvieron los poetas de la prime-ra mitad del siglo XX. Las nuevas formasde comunicación desplazaron los ojos delas páginas de los libros a las pantallasdonde se proyectan los clips. Los oídosno oyen sin los ojos. El delicado lenguajede la poesía dejó paso a la definitiva me-zcla de usos en la poesía de la músicapopular- “Yo te amo, ya no se entiende”.
La dedicación aldravista en el tra-bajo de investigación poética y producci-ón conjunta desembocó en la propuestade una forma de texto poético que impli-caba continuidad; la superación de la sim-plicidad de la metáfora por la provocaci-ón de la metonimia, de la musicalidad yde la belleza plástica. Creada en diciem-bre de 2010, la aldravia conquistó en esostres años de existencia el corazón de poe-tas brasileños y europeos, que extiendenesa nueva forma como divulgadores de bu-enas noticias, y cada aldravia es una vozque grita a los oídos: - “siempre hay unsentido más que puede ser investigado,sentido, degustado, visto…”
La rapidez con que esa poesía con-tagiosa se expande justifica la inversióncultural de Aldrava Letras y Artes, inici-ada en octubre del 2000, en Mariana, Mi-nas Gerais, bajo la protección de los poe-tas árcades que inauguraron la voz naci-onal de la poesía, aunque con formas ca-nónicas europeas – liras, rondós y sone-tos, entre otras.
*Sin traducción.
Como motivación política para sus-tentar las nuevas propuestas artísticas,la poesía nacida en Mariana a principiosdel siglo XXI eligió la libertad como con-dición existencial del poeta, conforme abo-ga Gilberto Mendonça Teles:
(…) el poeta instaura siempre untipo natural de vanguardia, aquella que,sin romper directamente con el pasadoliterario, busca siempre actualizarlo enun nuevo lenguaje poético. Se trata de unaactitud de producción literaria en la queel escritor crea obedeciendo las reglas,tanto de la gramática como de la retóri-ca, de la ética, del sentido común, de laideología, es decir, de toda la conscienciacultural. No obstante, la obediencia de lasreglas no significa que el escritor no ten-ga libertad y posibilidad de modificarlas,de ampliar sus funciones, de añadirlesnuevos matices de significado, de descu-brir que tienen nuevas funciones en el pro-ceso cultural. (TELES, G.M, 1986, p.1)
La libertad de modificar formas,crear nuevas funciones y añadir al espec-tro de significados las contribuciones delos lectores, hace que la trayectoria del
arte aldravista se direccione hacia la uti-lización sencilla de la palabra como fuen-te y resultado estético de la poesía. Serosado, propagan los fundadores del Mo-vimiento Aldravista, no es hacer cosascomplejas e insuperables; ser osado esextraer complejidad de la simplicidad.
Y así, la poesía universal contem-poránea inaugura El Libro II de las Al-dravias – edición bilingüe (português yespañol), obteniendo complejidad de lasimplicidad, con la participación de 66(sesenta y seis) poetas de Brasil y delexterior: España, Francia y Portugal. Po-etas aldravianistas- así son llamados lospoetas autores de aldravias – que encon-traron en la síntesis un camino de esti-mulación de los sentidos, para investigaren la sublime tarea de construir signifi-cados, desviando la mirada de la zona deconfort de los consumidores de productosrápidos y elaborados, a las pantallas delas tablets y leptops y clips y shows vi-suales. Los poemas de El Libro II de lasAldravias – edición bilingüe (con traduc-ción y adaptación al español de la profe-sora y escritora española, Begoña Mon-tes Zofío, y de Andreia Donadon Leal, li-cenciada en Estudios Literarios por laUFV y una de las creadoras de la aldra-via) exploran esa sublime tarea de cons-truir significados. La producción de cadaparticipante de El Libro II de las Aldra-vias invita al lector a la fiesta del pensa-miento, cuyo alcance, individualizado, de-pende de los universos discursivos queconstituyen la Historia de cada especta-dor.
La poesía contemporánea encuen-tra el rumbo en la provocación de los sen-tidos; llena de recetas rápidas, platospreparados, comidas a la carte. La poe-sía es self-service y desafía la experimen-tación de la libertad de crear, incluso unanueva forma, si todas las formas existen-tes ya no son formas sino moldes, de tandesgastadas que están.
¡Buena lectura!
Andreia Donadon Leal– Mestre em Estudos Literários pela UFV
J.B.Donadon-Leal– Doutor em Semiótica pela USP
Traducción: Begoña Montes Zofío
ELLIBRO IIDE LAS
ALDRAVIAS
Forma Sintéticade la Poesía
Contemporánea:A L D R A V I A
PREFÁCIO /// (Em Espanhol)
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Pós-Doutor em Análise
do Discurso / UFOP
NO. 101 MARIANA - Minas GeraisANO XIII
Na apresentação das Aldravias, emdezembro 2010, os poetas aldravistasanunciaram que as aldravias não seriamfôrmas, inscritas apenas numa proposiçãosintética de seis versos univocabulares,mas formas abertas às mais diversas ex-periências poéticas que tenham como pri-oritária a palavra. Ficava claro que nãoanunciávamos unicamente um novo tipo de“poema”, mas propúnhamos uma nova “po-esia” que expressasse a atualidade dequalquer tempo (aquela da pragmáticasensação do presente eterno), em que aatitude própria da construção das metoní-mias faz emergir a força da palavra domeio do caldo visual que, nesta atualida-de, inunda os meios de comunicação e, rei-teradamente, cobra a veiculação das idei-as através do que esta segunda décadado XXI acostumou-se a chamar de novasnarrativas.
Acontece que na reflexão aldravistada abertura do século XXI, a narrativa é aestrutura básica de qualquer texto. Sejanuma aldravia, encadeamento de seis ver-sos univocabulares, seja num romance,sucessão de eventos em torno de um tema,a narrativa dá estrutura ao que será reco-nhecido como texto. Não são novas narra-tivas as que presenciamos nas veiculaçõesdos novos meios – são novos envelopes tex-tuais às estruturas narrativas básicas –evocação, conflito e resolução.
Historicamente a narrativa, o ato derelatar, constitui a forma básica das rela-ções sociais, uma vez que aquele que pre-sencia um acontecimento sente-se no de-ver de relatá-lo aos demais, seja para sim-plesmente dar ciência, seja para construiralerta. O primeiro caso tem cunho noticio-so e o segundo didático.
Como os discursos sociais são recor-tados por relações de poder, os relatos sim-ples dão lugar aos relatos elaborados paraconquistarem finalidades didáticas espe-cíficas – nas famílias, para garantirem queas regras internas não sejam contamina-das por regras externas; nas religiões,para garantirem seus dogmas; nos esta-dos, para garantirem seus domínios. To-dos estes estamentos, em todos os tempos,elegem algum paradigma literário, de cu-jas narrativas constroem seus heróis paraditarem as diretrizes a serem seguidas pe-las novas gerações – o avô é o herói fami-liar; um profeta, um pajé, um pastor seráo porta-voz de uma divindade; um rei, umarainha, um presidente, um general será umherói nacional.
Entre os tantos exemplos históricos derelatos, podemos citar os dos livros sagra-dos e as epopeias. Os livros sagrados, cadacivilização à sua maneira, constroem re-
latos da criação do mundo e das lutas pelasorganizações sociais; as epopeias (seja Gil-gamesh da Mesopotâmia ou Odisseia da Gré-cia) são poemas que relatam feitos na cons-trução de heróis; mitos que são tomados comoexemplo de força e poder.
Imaginando a possibilidade de um relatopoético instaurar a construção não de um he-rói, persona divinizada, mas de um tema he-róico, grandioso, capaz de elevar uma pala-vra da simples condição de palavra simples àde palavra grávida de sentidos heróicos egrandiosos, apresentamos a possibilidade deconstrução de um conjunto de aldravias te-máticas, ao qual se designará por ALDRAVI-PEIA, conjunto de 20 aldravias dedicadas auma palavra, que deverá aparecer ou ser alu-dida em todas as aldravias desse conjunto.
Não se trata de uma nova narrativa, masde uma nova formulação de texto que utilizaum conjunto definido de uma forma poéticaespecífica, a aldravia, colocando em destaqueum conceito, um nome, um lugar, um senti-mento, uma sensação, explorando a polifonia,isto é, a multidão de sentidos que explodemde cada palavra de uma língua.
As possibilidades de exploração de senti-dos diferentes de uma palavra são experimen-tadas cada vez que nós percebemos univer-sos discursivos diferentes. Azul para o uni-verso discursivo de um aeronauta pode tersentido de céu aberto; mas pode ser possibili-dade de emprego, se assumir o sentido de em-presa aérea; pode representar a monotoniade uma longa viagem, a estabilidade de umvoo sem turbulência, o poder do pássaro, aalegria da vastidão do céu ou a tristeza deser minúsculo nessa mesma vastidão; o pa-vor de ter azul acima e negritude na barrigado avião. Que dizer então de multidão de sen-tidos de azul nas religiões, nos símbolos naci-onais e institucionais, nos esportes, nas ar-tes, nos sentimentos. Não importa a palavra;todas são polifônicas; todas têm inúmeros sen-tidos. Para construir uma aldravipeia, bastaexperimentar uma palavra em lugares e situ-ações diferentes, compondo 20 aldravias apartir de uma mesma palavra.
O nome Aldravia foi sugerido por An-dreia Donadon Leal em 2010 e agora, inspira-da no livro transmutações de Gabriel Bica-lho, construído por aldravias dedicadas à pa-lavra pedra, publicado em Germinais (2011),primeiro livro mundial de aldravias, essa in-ventora de palavras propõe Aldravipeia paradesignar o conjunto de 20 (vinte) aldraviasdedicadas a uma palavra. Em 20 aldravias,uma palavra poderá ser experimentada em20 diferentes universos discursivos. Bom sem-pre lembrar que a Aldravia é um poema autô-nomo, de seis versos univocabulares, e deve-rá manter sua autonomia e unicidade, mes-mo quando faz parte de uma Aldravipeia.///
GB / 534poetas
abandonaivossastorres
demarfim!
GB / 535topo
dafama
/ cantoda
cama
GB / 536dentro
doarmário
/ forado
aquário
GB / 537missão
atroz: correr
atrás/ sem
cartaz!
GB / 538olhaipara
ela/ orai
pormim!
GB / 539por
mimpornóssemvoz!
GB / 540não
sentesnossas
faxineirasfaxinando
mentes?
sete
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LÁGRIMA(S)Andreia Donadon Leal
Iapaixonadas
torrenteslacrimais
olhossaudadepoesia
IIcompreensão
lacrimaisversos
carpidosdesafinam
linométricas
IIIfino
chorofiníssimalágrima
orvalhadaalma
IVfio
aquosofiapo
sentimentalfiníssimo
choro
Vlíquido
lacrimaltransborda
dorou
alegria
VIlágrimas
inundaçãodevastadora
dealma
transborda
VIIquentes
lágrimasevaporam-se
verãofinda
primavera
VIIIlágrimas
regamfloressobresolo
pedregoso
IXseusolhos
molhadosespargem
almaressecada
Xchorofingido
palavrasmolhadaslágrimas
cenográficas
XItristeza
particularalegriapública
comunicadolacrimal
XIIsonhos
lágrimasvêm
evão?
XIIIlágrima
falao
quevoz
embarga
XIVlágrimadivina
orabrilhoora
mistério
XVlágrima
almarefletidaespelho
deespelho
XVIlágrima
cristalinasombra
demistériosinteriores
XVIIvela
choraslágrimas
deceras
crentes
XVIIIlua
gerâniosciclos
lágrimasespinhos
fases
XIXcorposem
pousolágrima
semrosto
XXconcebida
noespíritolágrimanasceágua
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LÁGRIMA(S)gabriel bicalho{às lágrimas da andreia}
Ilágrima
: sealguémchorar
fazbem?
IIlágrima
brilhantepelorosto
deamante!
IIIante
felicidadeexuberante
tualágrimaescorre!
IVamarga
emásua
lágrima?: consagre-ma!
Vuma
lágrimaescassa
demulherdevassa
VIqualquersolitárialágrima
demulherinfértil
VIIindesejável
lágrimade
inconsolávelmulher
violentada
VIIIessa
rejeitadalágrima
demulher
abandonada
IXqualquerlágrima
arroxeadade
mulherespancada
Xlágrima
traiçoeirade
apaixonadamãe
solteira
XIsãe
docelágrima
demãe!
XIIlágrimas
debebê
chorandopor
quê?
XIIIdói
maisquando
lágrimasde
pais!
XIVlágrima
sembrilho\ mãe
velandofilho
XVlágrimarevolta: quem
foinão
volta!
XVIuma
últimalágrima
demãe
morrendo
XVIIdisfarçada
lágrimaagorameupai
chora!
XVIIIai!
comodói
lágrimade
pai!
XIXdogma
cai\ lágrima
dehomem
também!
XXinsistenteferrolho
/ lágrimano
olho /ardente!
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ESTRELA(S)José de Castro
Iagulhas
deestrelasespetam
océu
IIlua
estrelabrilhou
teuolharassim
IIIestrelas
teusolhos
luzindonos
meus
IVestrela
tãobelatualuz
aquarela
Vfaróis
estrelasme
guiampelocéu
VIestrelacadente
teubeijo
faíscaardente
VIIestrelascadentespedidossilentes
pelocéu
VIIIestrelascadentes
brilhantespromessas
deamor
IXestrelascadentesriscadosilêncioamorilusão
Xpaixõesserenasnoites
amenasestrelasplenas
XInoite
negrumedespido
lumede
estrelas
XIIlua
dormindoestrelassonha
solapaixonado
XIIIsolidão
deestrelasvagueialuzindo
imensidão
XIVlágrimas
deluz
estrelaschoramsolidão
XVsolitáriaestrela
saudadedoída
candentepasseia
XVItriste
estrelasilenterabisco
nocéu
XVIIquem
medera
brilhode
estrela
XVIIIsenãoestrela
pelomenos
vaga-lumeserei
XIXdormemversos
travessosberços
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XXversos
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FLOR(ES)Goretti de Freitas
Imil
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IImuitasfloresnessacasadiafeliz
IIIestação
dasflores
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IVmuitosaindasabem
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flores
Vaqui
nascemalgumas
floresestação
primavera
VIna
beiratrilhotrem
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VIIfloresabremornamportas
dojardim
VIIIfloresmaio
convidamexplorar
ossentidos
IXfontecanta
correntezalevandofloresmar
Xflores
colhidastempocertocasa
adorna
XIapaixonada
falasó
dialogandocom
flores
XIIem
meiofloresvivetododia
XIIIentreflores
efolhas
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XIVentreluz
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XVestrada
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floresmil
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XVItrilha
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floresenfeitandopassagem
XVIIinicia
madrugadainsôniainvadecolhoflores
XVIIInos
maresflores
colaresperfumesaltares
XIXcultivofloresnum
jardimnada
secreto
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aquiacoláquallírio
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123456789012345678901234567890121234567123456789012345678901234567890121234567123456789012345678901234567890121234567123456789012345678901234567890121234567123456789012345678901234567890121234567123456789012345678901234567890121234567123456789012345678901234567890121234567123456789012345678901234567890121234567123456789012345678901234567890121234567
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