O formato MARC 21
Algumas Reflexões
Edwin Hü[email protected]
O formato MARC 21
Algumas Reflexões
Edwin Hü[email protected]
Agenda
• MARC – suas origens e evolução
• Dúvidas e questionamentos freqüentes
• Reflexões sobre os designadores de conteúdo
• Reflexões sobre alguns detalhes importantes
• Reflexões sobre o futuro da catalogação
• Oportunidade para perguntas e contribuições
Agenda
• MARC – suas origens e evolução
• Dúvidas e questionamentos freqüentes
• Reflexões sobre os designadores de conteúdo
• Reflexões sobre alguns detalhes importantes
• Reflexões sobre o futuro da catalogação
• Oportunidade para perguntas e contribuições
O começo:•1965 - Conferência sobre Catálogos Mecanizados (LC). Objetivo: estabelecer um formato para o registro de dados em computador.
•1965 - Conferência sobre Catálogos Mecanizados (LC). Objetivo: estabelecer um formato para o registro de dados em computador.
•1966 – Na 3ª Conferência, ficou determinado que a LC iniciaria o que ficou conhecido como “MARC Pilot Project” – o MARC I que estabeleceu a praticabilidade
•1966 – Na 3ª Conferência, ficou determinado que a LC iniciaria o que ficou conhecido como “MARC Pilot Project” – o MARC I que estabeleceu a praticabilidade
• 1968 – Com o sucesso do projeto piloto, a LC lança o MARC II
• com melhorias e aperfeiçoamento• que se tornou o 1º formato operacional
• 1968 – Com o sucesso do projeto piloto, a LC lança o MARC II
• com melhorias e aperfeiçoamento• que se tornou o 1º formato operacional
• 1983 – USMARC - a nova fase evolutiva do MARC, com:
- integração de materiais bibliográficos,- tornando-se mais
abrangente
• 1983 – USMARC - a nova fase evolutiva do MARC, com:
- integração de materiais bibliográficos,- tornando-se mais
abrangente
O começo: (cont.)
• Paralelamente ao USMARC, surgem muitas versões mundo a fora, como:
• ANNMARC (Itália);
• AUSMARC (Austrália);
• CANMARC (Canadá);
• IBERMARC (Espanha);
• FINMARC (Finlândia);
• INDIMARC (Índia);
• INTERMARC (França);
• JPNMARC (Japão);
• MALMARC (Malásia);
• RUSMARC (Rússia);
• UKMARC (Reino Unido);
• CALCO (Brasil); etc.
O começo: (cont.)• Formato de Intercâmbio Em paralelo com o desenvolvimento do MARC, também foi criado um padrão de intercâmbio de registros bibliográficos:
• Formato de Intercâmbio Em paralelo com o desenvolvimento do MARC, também foi criado um padrão de intercâmbio de registros bibliográficos:
• A norma ANSI Z39.02, através do American National Standards Institute. Esta norma virou uma• A norma ANSI Z39.02, através do American National Standards Institute. Esta norma virou uma
• norma ISO internacional, recomendada pelo International Organization for Standardization, chamada ISO 2709
• norma ISO internacional, recomendada pelo International Organization for Standardization, chamada ISO 2709
O começo: (cont.)
MARC no Brasil
• Em 1942 foi criado no DASP o Serviço de Intercâmbio de Catalogação (SIC)
• O SIC cresceu e em 1954 foi transferido para o IBBD (Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação), hoje IBICT
• 1972 – Maria A. Príncipe Barbosa apresentou sua tese sobre o formato MARC, que chamou de CALCO, pois:
MARC – MAshine Readable Cataloging
CALCO – CAtalogação Legível por COmputador
• Em 1977, a BN publicou um manual descritivo intitulado Instruções de Preenchimento da Folha para Catalogação CALCO e a FGV inicia o projeto CALCO para o desenvolvimento de um visando a catalogação cooperativa
O começo: (cont.)
MARC no Brasil
• 1979 – Os primeiros programas do Projeto CALCO entram em operaração
• 1980 – Com a adesão de outras instituições como IBGE, ESG, JN, PUC-Rio e em seguida a BN, constitui-se a Rede Bibliodata/CALCO. Objetivo: construir um Catálogo Coletivo
• 1994 a 1996 – Migração de CALCO para USMARC e aquisição do sistema VTLS para gerenciamento do Catálogo Coletivo, passando a se chamar apenas Rede Bibliodta
• 1999 – Desenvolvimento do CatBib – um editor MARC
• 2001 – Desenvolvimento do atual sistema de gerenciamento do Catálogo Coletivo Bibliodata, compatível com o MARC 21
O começo: (cont.)
MARC no Brasil
Paralelamente outras frentes MARC se abrem, como:
• A aquisição do sistema VTLS (Classic e VIRTUA) por várias instituições
• Desenvolvimento do sistema ORTODOCS
• Sistema ALEPH, através da USP e UNESP
• Pergamum
• SOPHIA , etc.
Campos MARC 21
Definidos Obsoletos Total MARC II 1972(Somente livos)
00x 6 1 7 3
0xx 238 7 245 28
1xx 66 1 67 40
2xx 137 32 169 15
3xx 109 32 141 4
4xx 69 0 69 37
5xx 323 38 361 8
6xx 184 5 189 66
7xx 452 47 499 41
8xx 141 20 161 36
TOTAL 1725 183 1908 278
Fonte: William E. Moen - University of North Texas
Evolução do MARC 21
Dúvidas e indagações:
• Qual é a finalidade do MARC na catalogação?
• Por que usar o MARC 21?
• Por que o MARC 21 é tão complexo?
• Por que preencher tantos detalhes?
• Qual é o futuro da catalogação biliográfica?
• Estamos no limiar de novos paradigmas?
Qual é a finalidade do MARC na catalogação?
• Prover um mecanismo ou recurso através do qual os computadores podem ler e interpretar as informações bibliográficas contidas em um registro
• Servir como formato padrão para o intercâmbio de registros bibliográficos entre computadores e sistemas
Tudo o que é criado é criado com alguma finalidade ou objetivoTudo o que é criado é criado com alguma finalidade ou objetivo
Por que usar MARC 21?• É importante adotar um padrão, poderia ser outro, mas por que “mexer no time que está ganhando!”
• Está mais do que provado que a cooperação e o compartilhamento é o caminho mais curto para se chegar ao resultado
• Para compartilhar é preciso interoperabilidade e portabilidade de dados entre organizações e sistemas.
• O MARC 21 tem contribuído em larga escala para que isto aconteça
“One should actively be engaged in the ongoing process of ensuring that the systems, procedures and culture of an organisation are managed in such a way as to maximise opportunities for exchange and re-use of information, whether internally or externally.”
Citado por William E. Moen em MARC Content Designation Use Implications for indexing & interoperability
Paul Miller
“O ACERVO DA BIBLIOTECA ESTÁ REDONDO, DEIXE-O EM FORMA COM O MARC”
E acrescenta:
“O título não é propaganda da Polishop, com indicação de algum tipo de creme ou cinta redutora de medidas para coleções bibliográficas infladas e de confusa recuperação. A intenção a destacar refere-se ao momento de informatizar o acervo da biblioteca ou trocar seu sistema computacional. O recomendável é adotar um formato de descrição e intercâmbio, em especial o formato MARC”
Fernando Modesto usa um título um tanto engraçado em um de seus trabalhos: (http://www.ofaj.com.br/colunas_conteudo.php?cod=294)
Wanda Paranhos, em um trabalho sobre o projeto de informatização do sistema de bibliotecas da UFPR, afirma:
“... a UFPR, por participar da Rede Bibliodata..., ao adquirir seu sistema aplicativo para gerenciamento das bibliotecas em 2001, já dispunha de 55.000 registros referentes a livros em formato padrão MARC, que puderam ser imediatamente importados no sistema... Assim, a construção da base bibliográfica é o investimento de caráter permanente no processo de informatização de bibliotecas. Sistemas aplicativos, cada vez mais potentes, representam alternativas para eventuais mudanças em seu uso; equipamento tem caráter evolutivo rápido, demandando reserva de recursos para substituição e/ou atualização tecnológica. Já a base bibliográfica, dependendo de como é construída, pode implicar em re-trabalho, conforme se tenha respeito ou não a padrões na prática biblioteconômica e no software aplicativo selecionado: se a base é construída em respeito a padrões, é um ativo permanente que não vai exigir re-trabalho na hipótese de migração entre sistemas que também o adotem.”
VIRTUA
Em junho de 2000, a British Library fez uma pesquisa sobre manter ou não o UKMARC:
• 57% foram favoráveis à migração completa para MARC 21
• 30% sugeriram integração parcial
• 7% queriam manter UKMARC
• Principal vantagem: Download de registros bibliográficos de um leque maior de fontes
British Library
“Você - e não só - considera o formato MARC obsoleto ... Que motivos você vê para o MARC ainda ganhar tanta atenção ...?”Reconhece:
“O formato MARC é um dos padrões de registro bibliográfico mais utilizado nas bibliotecas em todo o mundo. ...“ Justifica dizendo que se atribui maior peso à variável compatibilidade do que ao processamento técnico, à capacitação de pessoal e à manutenção
Mesmo quem é contra, como no caso de Elysio, fornecedor do software PHL, quando perguntado:
Ao preparar este painel, ouviu alguns críticos:
• Não é um bom formato de bases de dados• Não é suficientemente flexível• Não é bom para exibição
Também ouviu:• É muito complexo
e• É simples demais
Is MARC Dead?A panel at the American Library Association Meeting, July, 2000 by Karen Coyle
Um queria um subcampo para sobrenome, outro recuperar inf. de notas, etc. Verificou que o problema não estava no MARC, concluindo:
• Necessidade de ter registros estáveis e compartilháveis• Nenhum formato serve para todas as necessidades• O problema não estava com o formato, mas com os sistemas
Por que o MARC 21 é tão complexo?
Eugênio Decourt usava uma máxima que diz:
“Simplificação na entrada de dados impõe restrições na saída”
É mais fácil derivar o simples do complexo do que o complexo do simples
Na realidade a complexidade do MARC 21 não é maior do a própria informação bibliográfica
O formato precisa ter recursos para os mais variados tipos de material
e o MARC 21 tem
Por que preencher tantos detalhes?• Os detalhes, em parte, são decorrentes das
necessidades dos computadores.
• Computadores não pensam. Para que os sistemas possam atender aos requisitos de recuperação, identificação, seleção, ordenação e apresentação são indispensáveis os detalhes na codificação da informação, ou
• Do ponto de vista do FRBR: Encontrar
Identificar Selecionar
Obter“Only librarians like to search. Every one else like to find” .
RoyTennant
Designadores de conteúdo:
• O MARC 21 oferece três tipos: Indicadores
TAG’s de campos Códigos de subcampos
• Designam ou indicam o conteúdo específico
• São fundamentais para o adequado gerenciamento e tratamento da informação
• É importante colocar cada coisa no seu devido lugar
Elementos de dados de tamanho fixo:
• Dados do Leader, como
Tipo de material
Nível bibliográfico, etc.
• Dados dos campos fixos:
006 – Características de material adicional
007 – Detalhes de descrição física
008 - informações codificadas sobre o registro como um todo e sobre aspectos bibliográficos especiais
Campos e subcampos de ligação:
• Campos de ligação Contêm informações que identificam outros itens bibliográficos relacionados Possibilitam uma conexão (link) por computador entre o registro bibliográfico e o item relacionado
• Subcampos de ligação Servem para estabelecer a ligação entre um campo e outro, ou
para fazer a ligação entre o dado do campo e a instituição relacionada
Qual é o futuro da catalogação biliográfica?
• Barbara B. Tillett no CBBD 2007:
Cataloging Principles for the 21st Century
• Destacando entre outros o seguinte:
IME ICC Goals & Objectives
Goal• Increase the ability to share cataloguing
worldwide by • Promoting standards
Objectives• Develop “Statement of International
Cataloguing Principles”• See if rules/practices can get closer together • Make recommendations for an International
Cataloguing Code
Claudia LuxDiretora Geral da Biblioteca Central de Berlim, Alemanha. Presidente Eleita da – IFLA (2007-2009
Palestra no CBBD sobre:
• A biblioteca moderna: sua face no século XXIDestacando:
A Nanotecnologia, virtualidade e web 2.0 estão mudando o mundo da informação e comunicação. O que isso significa para as bibliotecas em nível mundial? Como será o seu futuro nesse ’’intrépido mundo novo“ ? Muitas bibliotecas já iniciaram as mudanças na forma de prover informações e materiais para os seus usuários. ... Com o foco em seus clientes, as modernas bibliotecas são o coração da sociedade da informação e proporcionam o suporte para o desenvolvimento econômico e social.
• Estamos no limiar de novos paradigmas?
“Como serão as pessoas do amanhã em um mundo em que a leitura e a escrita se torna cada vez mais digital?”
“As estruturas de informação e a interatuação dos receptores com estas estruturas definirão os desafios e tendências da ciência da informação de amanhã.”
Aldo Barreto – Prof. e Diretor do Doutorado em CI do IBICT
em recente apresentação no INTERLOGOS-RJ 2007, colocou a seguinte questão:
Para ele, estamos passando por uma ruptura
“Novo olhar sobre o objeto bibliográfico...mas...
Como as entidades, atributos e relaciona- mentos são refletidos nos registros bibliográ-ficos que temos hoje?”
Fernanda Moreno, no 1º Seminário de Gestão da Informação Jurídica em Espaços Digitais – Brasília, 2007
Diz que o modelo FRBR representa um
MARC 21 Evolução para XML
Fonte: DC2004: IFLA session 13 Oct. 2004Library of Congress
Rebecca Guenther
A necessidade de catalogar é sempre maior do que o tempo disponível. Por isso é preciso
usar modelos e padrões para• minimizar o trabalho
• compartilhando e• reutilizando, logo
MARC 21neles!
Perguntas ?
Críticas ?
Opiniões ?
Contribuições ?
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