O EstadO dO ambiEntEindicadores ambientais do Rio de Janeiro 2010
GOvERnO dO EstadO dO RiO dE JanEiRO
Srgio Cabral FilhoGovernador
Luis Fernando Pezo Vice-Governador
Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) Carlos Minc
Secretrio
Subsecretaria ExecutivaLuiz Firmino Martins Pereira
Subsecretrio
Subsecretaria de Projetos e Intervenes EspeciaisAntnio Ferreira da Hora
Subsecretrio
Subsecretaria de Economia VerdeSuzana Kahn Ribeiro
Subsecretria
institutO Estadual dO ambiEntE (Inea)
Marilene Ramos Presidente
Denise Maral RambaldiVice-Presidente
Diretoria de Informao e Monitoramento Ambiental (Dimam)Carlos Alberto Fonteles de SouzaDiretor
Diretoria de Biodiversidade e reas Protegidas (Dibap)Andr Ilha Diretor
Diretoria de Licenciamento Ambiental (Dilam)Ana Cristina Henney Diretora
Diretoria de Gesto das guas e do Territrio (Digat)Rosa Maria Formiga Johnsson Diretora
Diretoria de Recuperao Ambiental (Diram)Luiz Manoel de Figueiredo Jordo Diretor
Diretoria de Administrao e Finanas (Diafi)Jos Marcos Soares ReisDiretor
Organizao
Jlia Bastos e Patrcia Napoleo
Coordenao Geral
Elizabeth Cristina da Rocha Lima
Coordenao Executiva
Andra Franco Oliveira
O EstadO dO ambiEntEindicadores ambientais do Rio de Janeiro 2010
Rio de Janeiro
SEA/inea
2011
Marco para a gesto socioambiental do Rio de Janeiro
A publicao O estaDO DO ambiente inDicaDOres ambientais DO riO De JaneirO - 2010 representa para o Governo estadual um
avano na gesto pblica e no incentivo transparncia e divulgao de informaes.
A compilao e organizao de uma base de dados espaciais pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, a disponibilizao
e a adoo pblica de indicadores ambientais buscam subsidiar aes de planejamento e metas de Governo, bem como o
aprimoramento do monitoramento, do licenciamento e da fiscalizao; atribuies da SEA e do inea.
Os indicadores ambientais, reconhecidos tecnicamente, cumprem etapa necessria a diversos estudos e instrumentos
modernos de planejamento ambiental, tais como: Zoneamento Ecolgico-Econmico, Avaliaes Ambientais Estratgicas,
Avaliaes Ambientais Integradas e Planos de Desenvolvimento Sustentvel Regionais. Atualizados periodicamente, os
indicadores mensuram as aes de crescimento econmico, as condies de vida das populaes, a conservao e a
restaurao do ambiente.
A estrutura organizada e a apresentao dos dados de forma espacial em mapas costumam impressionar os sentidos,
evidenciar problemas e possveis solues para o gestor, indicando orientaes para o desenvolvimento de polticas regionais
e induzindo aes estratgicas locais e coletivas.
As anlises divulgadas buscaram contemplar todos os setores econmicos e territoriais do nosso Estado. Por sua
abrangncia e ousadia, O estaDO DO ambiente torna-se desde agora um marco para a gesto socioambiental do Rio de
Janeiro. Que todos os interessados possam tirar o melhor proveito desta publicao.
Saudaes ecolibertrias!
Carlos Minc
Secretrio de Estado do Ambiente (SEA)
Conhecer para conservar
com grande satisfao que colocamos disposio da sociedade os indicadores ambientais de 2010 uma base de
informaes capaz de subsidiar as tomadas de deciso e o planejamento de aes do setor pblico e privado e a participao
da sociedade na preservao dos nossos recursos naturais.
Entendendo que preciso conhecer para conservar, nesta publicao procuramos reunir o que temos de melhor e mais
consistente em termos de dados e indicadores ambientais produzidos no Estado do Rio de Janeiro, buscando caracterizar
a situao dos 92 municpios fluminenses. So indicadores que revelam, por exemplo, nosso riqussimo patrimnio natural
e ambiental, mas tambm servem de alerta em relao aos impactos ambientais decorrentes da presso antrpica sobre o
meio ambiente.
Desenvolvimento com sustentabilidade e reverso do quadro de degradao ambiental que se identifica em vastas reas do
Estado so desafios gigantescos, mas as informaes aqui reunidas nos auxiliam neste enfrentamento. O estaDO DO ambiente
nos permite saber onde estamos e poder planejar para onde queremos ir.
A quantidade e a qualidade dos dados e indicadores aqui reunidos evidenciam os grandes avanos feitos na rea de controle
e monitoramento ambiental no Estado do Rio de Janeiro. Os dados, os planos, programas e projetos divulgados sintetizam
as realizaes e os desafios assumidos em um primeiro perodo, representativo da tomada de responsabilidade do Governo.
Naturalmente reafirmam os compromissos com metas a serem continuadas e eventualmente acrescidas por esta gesto.
Este retrato o esforo da traduo de dados institucionais e da caracterizao fsica e socioeconmica em informao
acessvel, capaz de instrumentalizar os atores para o processo de gesto participativa e avaliar nosso progresso. O objetivo
servir a todos que desejam contribuir com o desenvolvimento sustentvel em nosso territrio. Aproveitem!
Marilene Ramos
Presidente do Instituto Estadual do Ambiente (inea)
Equipe Tcnica (SEA/Inea)
Ana Cristina Ferrante Vieira de Amorim Andr Polly Assumpo
Andria Menezes de Souza Leite Guilherme Melo Barroso
Leandro Alves Ramos Luciana Cruz Bianco
Mariana Beauclair Domingues de Oliveira Paulo Vincius Rufino Fevrier
Wilson Messias dos Santos Junior
Apoio Tcnico: Heliana Vilela de Oliveira Silva (cOppe/UfrJ)
Consultoria para Anlises Espaciais Avanadas: Felipe Mendes Cronemberger
Estagirios: Ana Carolina Lima de Souza , Danny Mallas, Luis Felippe Morgado e Andras Roelver
Produo editorial: Gerncia de Informao e Acervo Tcnico (Dimam/inea)
Coordenao: Tnia Machado
Copidesque e reviso: Elisa Menezes e Tnia Machado
Normatizao bibliogrfica: Josete Medeiros
Projeto grfico e editorao: Luis Monteiro/Conceito Comunicao Integrada
Impresso: Grfica Editora Stamppa Ltda.
Fotos: Acervo sea/inea. Capa (da esq. para dir): Parque Estadual dos Trs Picos (Hugo de Castro); adensamento urbano de Itaperuna; pesca em Bzios (Divulgao/fiperJ);
Refinaria Duque de Caxias e aterro sanitrio de Seropdica (Alexandre Campbell). Folhas de guarda: Modelo Digital de Elevao (SRTM) em 3D, com exagero vertical,
mostrando a Serra do Mar a partir da Baixada Fluminense.
Colaboradores
Alba Simon SEAAlceo Magnanini ineaAna Paula Ferreira DRM/RJCarla Bernadete Madureira Cruz UFRJ Carlos Eduardo Canejo ineaDlia Paes ibiOEduardo Lardosa inea Eustquio Reis ipeaFtima Casarin SEA Ftima Soares ineaFrancisco Dourado DRM-RJGiselle Menezes ineaGuilherme Frana inea Heloisa Torres SEAJoo Batista Dias SEALara Moutinho da Costa SEALeonardo Daemon DOliveira Silva ineaLucas Moura SEAManuela Torres Tambellini ineaMarcelo Maranho ibgeMrcia Real SEAMrcia Rolemberg SEAMrcio Serro DRM-RJMarcos Santos ceperJMaria do Carmo Horacio ipeaMariana Kahn ineaMariana Palagano Ramalho Silva ineaMariella Uzeda embrapa Maurcio Ruiz ITPAPaulina Maria Porto Silva Cavalcanti inea Paulo Gustavo Pereira Bastos seObrasRoberta Guagliard ineaTelma Mendes da Silva UFRJThomas Wittur PPMA
Secretaria de Estado do Ambiente (SEA)Instituto Estadual do Ambiente (Inea)Avenida Venezuela, 110 Praa Mau Rio de Janeiro RJ CEP 20081-312
Direitos desta edio reservados Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e ao Instituto Estadual do Ambiente (inea). Qualquer parte desta publicao pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Disponvel tambm em www.rj.gov.br/web/sea e www.inea.rj.gov.br
Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Central do inea
R 585
Rio de Janeiro (Estado). Secretaria Estadual do Ambiente. O estado do ambiente: indicadores ambientais do Rio de Janeiro / Organizadoras: Jlia Bastos e
Patrcia Napoleo. Rio de Janeiro: SEA; INEA, 2011. 160 p. : il. ; 29,7 cm
ISBN 978-85-63884-05-3
1. Qualidade ambiental Rio de Janeiro (Estado). 2. Qualidade do ar Indicadores ambientais. 3. Qualidade da gua Indicadores ambientais. I. Bastos, Jlia. II. Napoleo, Patrcia. III. Instituto Estadual do Ambiente. IV. Ttulo.
CDU 504.064(815.3)
agradecimentos
O estado do ambIente IndIcadores ambIentaIs 2010 resultado de um esforo coletivo.
nossa gratido a todos os profissionais que direta e indiretamente
contriburam para que este relatrio se tornasse realidade.
alguns rgos e setores governamentais contriburam com informaes significativas:
seobras, sedeIs, seappa, seplag, dRm, embrapa, emater, pesagro, Ipea, ibGE, Ibama,
iCmbio, uFRJ, uFF, Fundao ceperj, prefeituras e entidades civis.
diversas pessoas foram essenciais ao desenvolvimento deste trabalho, especialmente os tcnicos da
secretaria de Estado do ambiente e do instituto Estadual do ambiente.
nosso agradecimento especial a luiz Firmino martins Pereira, atual subsecretrio de Estado do ambiente,
presidente fundador do Inea no binio 2009-2010, pelo incentivo e apoio publicao deste livro.
as organizadoras
O Princpio 10 da Declarao do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento (Rio de Janeiro,
Brasil, junho de 1992) afirma que a melhor maneira de tratar as questes ambientais
assegurar a participao, no nvel apropriado, de todos os cidados envolvidos. A
Conveno sobre o Acesso Informao, Participao Pblica nos Processos de Deciso
e Acesso Justia em Matrias de Ambiente (Aarhus, Dinamarca, junho de 1998) veio
reafirmar, defender e explicitar esta realidade.
No Brasil, a Constituio de 1998 tratou de recepcionar o direito informao ambiental
que j constava, desde 1981, como um dos objetivos da Poltica Nacional de Meio
Ambiente. Em abril de 2003, foi sancionada a Lei no 10.650 Lei do Direito Informao
Ambiental que dispe sobre o acesso pblico aos dados e informaes existentes nos
rgos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (sisnama).
Neste contexto, a disponibilizao de informao sobre diversos temas por parte das
instituies pblicas um dever que proporciona a conscientizao dos cidados e
estimula a sua participao como aliados estratgicos na resoluo de problemas, sejam
eles sociais, polticos ou ambientais. A produo de relatrios peridicos com informaes
ambientais atualizadas um modo de concretizar os princpios referidos.
Imbudos deste objetivo, a SEA e o inea, rgos responsveis pela agenda de desenvol-
vimento sustentvel do Estado do Rio de Janeiro, apresentam este primeiro relatrio O
estaDO DO ambiente - 2010, centrado na caracterizao do Estado do Rio de Janeiro, de seus
compartimentos ambientais e nas estratgias de monitoramento para a conservao da
biodiversidade, direcionando melhores esforos para o aprimoramento das estruturas
e dos mtodos analticos, de modo a instituir o escopo e os objetivos deste relatrio,
caracterizando-o, efetivamente, como instrumento de apoio deciso, fornecendo
uma base de dados confivel e anlises-snteses das dez regies hidrogrficas do Estado
do Rio de Janeiro.
Ao longo das anlises efetuadas foi adotada a tica da sustentabilidade, razo pela
qual o relatrio inicia-se com um captulo referente caracterizao da estrutura
fsica e do desenvolvimento socioeconmico do Estado, balizador de toda a descrio
restante, assim como da anlise do modo como o planejamento ambiental integra
os diferentes setores da atividade econmica. Como ferramenta bsica, foram
estabelecidos objetivos e indicadores que possam dar a medida do quanto se progride
na direo do desenvolvimento sustentvel. Os indicadores so instrumentos que
permitem resumir e transmitir informao de carter tcnico e cientfico de uma forma
sinttica, preservando o significado original dos dados e utilizando apenas as variveis
que melhor espelham os objetivos em causa. A organizao de um banco de dados
espacial georreferenciado permite e facilita a anlise e a representao do espao e dos
fenmenos que nele ocorrem.
Por se caracterizarem como informao concisa e simplificada, os indicadores possibilitam
que a informao ambiental possa ser dominada por pblicos diferentes, alm de reduzir as
confuses s vezes causadas pela grande disponibilidade de dados ambientais que ainda
no foram devidamente tratados. A utilizao de indicadores na avaliao do estado do meio
ambiente uma prtica amplamente consolidada em todo o mundo, constituindo-se numa
etapa indispensvel deste processo de avaliao. Atualmente, existe uma ampla literatura
consagrada definio, caracterizao e induo do uso dos indicadores, literatura esta
que, em grande parte, tem sua origem em organismos internacionais importantes, como a
Organizao para Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE) e a Comisso para o
Desenvolvimento Sustentvel das Naes Unidas (UNCSD).
Enfim, O estaDO DO ambiente ano 2010 busca a representao espacial dos indicadores
selecionados, na escala 1-100.000, com uniformidade de informaes teis ao
planejamento ambiental, que permitiro, em perodo posterior, a avaliao do
desempenho das aes e programas de governo, constituindo-se um marco referencial
para a gesto pblica do meio ambiente do Estado do Rio de Janeiro.
Como um instrumento essencial de acompanhamento da evoluo dos indicadores
ambientais, facilitado e contextualizado pela espacializao da informao, a sua principal
funo dever ser a de permitir uma viso conjunta, estruturada e coerente do estado
do ambiente no Estado do Rio de Janeiro. E mais do que justificar polticas e medidas
adotadas, importa que esta publicao se constitua em documento de trabalho, objetivo e
realista, capaz de permitir uma informao confivel sobre a realidade.
A execuo deste relatrio contou com a colaborao de todas as reas integrantes da SEA
e do inea, bem como, em aspectos pontuais devidamente assinalados, a colaborao de
outros setores do Estado.
Elizabeth Lima
Coordenadora geral, subsecretria de Poltica e Planejamento Ambiental da Secretaria de
Estado do Ambiente de 2008 a 2010.
Prefcio
1Estrutura de anlise, 13
1.1 indicadores ambientais para o Estado do Rio de Janeiro: Presso - Estado - Resposta, 14
1.2 Origem, uniformidade e interpretao dos dados, 17
1.3 Cartografia, 18
2Caracterizao do Rio de Janeiro, 212.1 aspectos Poltico-administrativos, 22
2.2 aspectos Histricos, 22
2.3 aspectos Fsicos, 25 2.3.1 Geologia, 25 2.3.2 Geomorfologia, 28 2.3.3 mapeamento Climtico, 31 2.3.4 bioclimatologia, 35
2.4 aspectos da biodiversidade, 41 2.4.1 vegetao Potencial, 41 2.4.2 Fauna Potencial, 45
3indicadores de Presso, 53
3.1 vulnerabilidade social ano base 2000, 55 3.1.1 dimenso social, 55 3.1.2 dimenso saneamento ambiental, 57 3.1.3 dimenso Econmica:
mercado de trabalho e Renda, 59 3.1.4 ndice de vulnerabilidade
socioeconmica (ivsE), 61
3.2 Potencial Econmico, 63 3.2.1 Economia atual e Perspectiva
do Estado do Rio de Janeiro, 63
3.3 Potencial de impactos ambientais, 75 3.3.1 licenciamento ambiental
de Grandes Empreendimentos, 77 3.3.2 Outorga para usos de gua, 78 3.3.3 disponibilidade Hdrica natural, 79
4indicadores de Estado, 83
4.1 Fragilidade ambiental, 84 4.1.1 tratamento de Esgoto, 84 4.1.2 destinao Final de Resduos slidos, 86 4.1.3 Gesto ambiental dos municpios, 88
4.2 uso e Cobertura do solo, 88
4.3 reas Protegidas por unidades de Conservao, 92
4.3.1 reas Protegidas Federais e Estaduais, 93 4.3.2 reas Protegidas municipais, 98
4.4 Conservao da biodiversidade, 104 4.4.1 ndice de Conectividade Estrutural dos
Remanescentes de Floresta, 105 4.4.2 ndice de Permeabilidade das matrizes, 105 4.4.3 reas de importncia biolgica, 105 4.4.4 reas Funcionais Ecolgicas, 105 4.4.5 ndice de ameaa s Fitofisionomias, 105
4.5 Fragilidade do meio Fsico, 113 4.5.1 ndice de Fragilidade, 113 4.5.2 ndice de suscetibilidade natural
Ocorrncia de incndios, 115
4.6 Qualidade das guas, 117 4.6.1 ndice de Qualidade das guas, 118 4.6.2 balneabilidade das Praias, 120 4.6.3 Caractersticas dos sedimentos, 123
4.7 Qualidade do ar, 124 4.7.1 indicadores da Qualidade do ar, 124 4.7.2 novas Estratgias, 128
5indicadores de Resposta, 135
5.1 Reestruturao do sistema de Gesto, 136
5.2 Controle e monitoramento ambiental, 138
5.3 Educao ambiental, 141
5.4 Conservao da mata atlntica, 144 5.4.1 reas Prioritrias para Conservao
e Potenciais para Restaurao, 144 5.4.2 Produtores de gua e Floresta, 145
5.5 mudanas Climticas, 149
5.6 Recuperao ambiental e Controle da Poluio Hdrica, 150
Referncias bibliogrficas, 157
lista de ilustraes, 159
mosaico entre pastagens e remanescentes florestais na regio pr-montanhosa da serra do mar, entre Rio bonito e silva Jardim
Estrutura dE anlisE
1ndices e indicadores buscam sintetizar a complexidade das relaes sociais e ambientais, de modo a permitir o entendimento da realidade em dado momento. O relatrio o estado do ambIente 2010 buscou apreender a realidade geobiofsica e socioeconmica do Estado do Rio do Janeiro, assim como as mais significativas aes institucionais da secretaria de Estado do ambiente (sEa) e do instituto Estadual do ambiente (Inea) voltadas para a conservao e o desenvolvimento, por meio dos indicadores ambientais, apresentados como mapas que procuraram nortear o planejamento regional com vistas sustentabilidade.
1.1 indicadores ambientais para o Estado do Rio de Janeiro: Presso Estado RespostaO termo indicador definido pela Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE, 1994, 1998) como um parmetro ou valor derivado de parmetros que aponta, fornece informaes ou descreve o estado de um fenmeno, ambiente ou rea e cujo significado excede aquele diretamente associado ao valor do parmetro. Os indicadores tm a funo de sntese e so desenvolvidos para propostas especficas. Parmetro, por sua vez, definido como uma propriedade que pode ser medida ou observada.
Dessa forma, a utilizao de indicadores ou sistema de indicadores ambientais pode se constituir em instrumento eficaz de representao da informao, com atributos para subsidiar processos de tomada de deciso, envolvendo polticos, tcnicos, grupos de interesse e a sociedade, numa perspec-tiva de participao e de sustentabilidade.
Todo ciclo de deciso compreende, pelo menos, quatro etapas principais, para as quais so diferentes a necessidade e o uso da informao: (i) identificao dos problemas; (ii) formulao da soluo poltica por meio de estratgias e aes; (iii) implementao; (iv) monitoramento e avaliao dos resultados.
Assim, no se discute que a incorporao da informao quantificada e simplificada aos processos decisrios de formulao de polticas pblicas (ambiental ou setorial) ajuda a reduzir os nveis de incerteza, permitindo decises quantitativa e qualitativamente mais bem fundamentadas. o que se d nas decises de natureza pblica, que implicam diferentes consideraes, de ordem poltica, ambiental, econmica, social, cultural, institucional, e envolve distintas instncias do Poder Pblico e da sociedade. Em todas elas, a informao sistematizada e sintetizada muito necessria.
Porm, a anlise do carter complexo e dinmico da informao ambiental veiculada por indica-dores revela algumas condicionantes (Somerville, 1992, in Mousinho, 2001), a saber: clareza do que se pretende medir; dificuldade de acesso e recuperao pela insuficincia de fontes e de obras de referncia e pela rpida obsolescncia dos dados e da literatura; qualidade e confiabilidade, pois os mtodos de coleta no so padronizados nem amplamente conhecidos; riscos de manipulao por presses polticas ou de grupos econmicos, consideraes emocionais ou conservacionistas; cautela e cuidado na interpretao de informaes que possam subsidiar aes de diversos grupos de usurios diante de demandas urgentes de informao.
FiGuRa 1: PiRmidE dE inFORmaOFonte: Hammond, 1995
ndices
COnd
Ensa
O
da in
FORm
aO
dados originais
dados analisados
indicadores
QuantidadE dE inFORmaO
FiGuRa 2: PiRmidE dE inFORmaO assOCiada aO tiPO dE utilizadOR
Fonte: Usepa / FSU, 1996
COnd
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FORm
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QuantidadE dE inFORmaO
indicadores para cientistas
indicadores para polticos
indicadores para o pblico em geral
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Os indicadores e ndices esto no topo da chamada pirmide de informao, cuja base formada por dados primrios e secundrios derivados do processo de monitoramento e pela anlise dos dados (Figura 1). De igual forma, verifica-se que, em relao ao pblico-alvo deste tipo de mtodo, a agre-gao de informao segue uma ordem que poder ser representada pelo mesmo tipo de pirmide (Figura 2).
Portanto, os indicadores ambientais podem ser propostos com o objetivo de avaliar a implemen-tao de medidas especficas ou subsidiar a avaliao geral da situao (estado) do meio ambiente ou das questes identificadas como prioritrias para a poltica ambiental do Estado.
Os indicadores e os ndices so projetados para simplificar a informao sobre fenmenos complexos de modo a melhorar a comunicao. Assim, ao ser selecionado um indicador ou se cons-truir um ndice, tal como se utiliza um parmetro estatstico, se ganha em clareza e operacionali-dade o que se perde em detalhe de informao.
A OCDE, em 1994, foi responsvel pela ampla disseminao, por todo o mundo, da estrutura Presso, Estado, Resposta (PER), a mais consagrada organizao da informao, como suporte construo de indicadores ambientais. Mediante tal estrutura, busca-se responder s seguintes questes:
Presso Por que acontece isso? Relaciona-se s foras econmicas e sociais subjacentes ao cres-cimento populacional, ao consumo e pobreza, constituindo-se no fator de partida para enfrentar problemas ambientais;
Estado O que est acontecendo com o meio ambiente? Refere-se condio atual do meio ambiente que resulta das presses;
Resposta O que se pode fazer e o que se est fazendo no momento? Diz respeito s aes coletivas ou individuais que aliviam ou previnem os impactos ambientais negativos, mitigam ou compensam os danos ao meio ambiente, conservam os recursos naturais e contribuem para a melhoria da quali-dade de vida da populao. As respostas podem incluir aes reguladoras, gastos ambientais ou de pesquisa, identificao da opinio pblica e das preferncias do consumidor, mudanas de estrat-gias administrativas e fornecimento de informao sobre o ambiente.
O modelo proposto pela OCDE recomendado pelas principais agncias internacionais, inclusive pela maior parte dos estados-membros da Organizao das Naes Unidas (ONU), o que permite comparaes de indicadores ambientais em nvel internacional, facilitando a comunicao e o acesso informao.
transio abrupta entre o compartimento de colinas utilizado para pastagem e o compartimento montanhoso com floresta em bom estado de conservao (silva Jardim)
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Neste relatrio, os indicadores apresentados para retratar a situao do ambiente so geobiofsicos e socioeconmicos, e buscaram, de acordo com os dados disponveis, retratar o estado da arte da institucionalizao, da conservao e do desenvolvi-mento do Estado do Rio de Janeiro. Para tanto, os indicadores foram selecionados segundo sua compatibilidade com a escala 1:100.000 adotada para o monitoramento, com a disponibili-dade, provenincia e periodicidade dos dados, especialmente no mbito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) e dos relatrios parciais da primeira etapa do projeto ZEE-RJ - Anlise e Qualificao Socioambiental do Estado do Rio de Janeiro: Subsdios ao Zoneamento Ecolgico-econmico, e dados provenientes da gesto ambiental, notadamente de licenciamentos e monitoramentos. A escala adotada permite anlises regionais dos processos de utilizao do territrio para propostas de planejamentos estratgicos e de polticas pblicas. Foram utilizados tambm mapas bsicos ou de apoio, represen-tando informaes do meio fsico e socioeconmico do Estado do Rio de Janeiro, necessrios construo da contextualizao e da sua caracterizao.
Indicadores e ndices permitiram sintetizar e dimensionar tanto as presses quanto o estado e as aes, iniciadas ou no pela SEA e pelo Inea, com o objetivo de medir a abrangncia, a motivao e a efetividade da gesto ambiental no Estado do Rio de Janeiro. Os ndices foram desenvolvidos por meio de frmulas matemticas, pesos, interpolaes e anlises espaciais avan-adas, valendo-se dos dados disponveis e empregando mtodos da geomtica capazes de ponderar a relevncia da informao aos objetivos e anlises.
Os indicadores e anlises demonstram tambm a necessidade de diretrizes capazes de nortear o planejamento para escalas regionais, justificando planos atuais e futuros para cada regio hidrogrfica do territrio do Estado do Rio de Janeiro, buscando conciliar o desenvolvimento e a conservao com o objetivo de auxiliar os municpios e demais organizaes no processo de capacitao e gesto ambiental.
tipo de vegetao encontrada ao longo dos rios, fixadora das margens e fundamental para a manuteno dos ecossistemas Parque Estadual de trs Picos (Foto: Gustavo Pedro)
FiGuRa 3: EstRutuRa PER PaRa ORGanizaO dE inFORmaO ambiEntal
PRESSESatividadEs Humanas
Energiatransportes
indstriaagricultura
Outros
ESTADOambiEntE
arguasolo
Recursos vivos
RESPOSTASaGEntEs ECOnmiCOs
E ambiEntaisadministraes
EmpresasOrganizaes internacionais
Cidados
inFORmaO
REsPOstas
Recursos informao
Poluio Respostas ambientais
decises, aes
Indi
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1.2 Origem, uniformidade e interpretao dos dadosOs dados trabalhados nesta publicao so provenientes das trs esferas governamentais como se pode verificar na Tabela 1. Estes dados esto estruturados em uma Base de Dados Espaciais (BDE), ilustrada pela Tabela 3, que organiza o contedo do relatrio em um conjunto de temas (cartografia, clima, geologia, geomorfologia, recursos hdricos, vegetao, uso e ocupao do solo, socioeconomia, aspectos jurdicos e institucionais e demografia, condio de vida e servios) distribudos em cinco eixos bsicos de acordo com a origem do dado ou seu grau de elaborao: temas, temas derivados, temas agregados, indicadores e ndices.
A origem dos dados apresentados especificada em cada mapa gerado e na descrio metodol-gica de elaborao do mapa. Alguns dados apresentados so ainda provenientes de monitoramentos globais como Shuttle Radar Topography Mission (SRTM), e outros so reproduzidos do projeto Subsdios ao Zoneamento Ecolgico-Econmico do Estado do Rio de Janeiro, realizado para o Estado pela Fundao Coordenao de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnolgicos (Coppetec) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), considerados, nesse caso, como dados estaduais. A escala cartogrfica adotada na Base de Dados Espaciais do Estado do Rio de Janeiro 1:100.000.
As anlises relacionadas aos resultados das espacializaes dos indicadores e ndices devem contemplar tanto a delimitao fsica das bacias hidrogrficas, em funo do reconhecimento da bacia como unidade de estudos e planejamento, bem como a situao dos municpios em funo da origem dos dados socioeconmicos e da condio poltico-administrativa. Os apontamentos conclu-sivos so sintetizados por regio hidrogrfica do Estado.
Contudo, sobre os dados socioeconmicos que compem a etapa Presso (ndice de Vulnerabilidade Social, por exemplo), provenientes do Censo IBGE 2000, cabe ressaltar as intenes de reviso do estudo to logo a base de dados do Censo IBGE 2010 esteja disponvel.
O uso de bacias hidrogrficas ou bacias de drenagem como unidade de planejamento e gesto justifica-se pela dependncia da vida pela gua, por ser esta a principal modeladora da paisagem, responsvel por fluxos gnicos e vetores de expanso de cadeias produtivas, e por serem estes sistemas contro-lados pelos elementos de natureza geobiofsica.
Os recursos naturais so constantemente afetados pelos processos socioeconmicos, cujo dinamismo expe vetores de expanso, definidos pela concentrao fundiria, da renda e do uso da terra. Nesta perspectiva, a ocupao, a utilizao, a conservao e as responsabilidades de gesto devem ser neces-sariamente avaliadas e conciliadas, estabelecidas as transies entre produes e vocaes do solo, identificadas as economias e as sustentabilidades, reconhecendo-se a natureza de cada parte do terri-trio, as suas caractersticas e a sua relao com o conjunto, contemplando as condies de gesto que se vinculam aos limites e unidades poltico-administrativas do territrio (Bastos, 2007).
Os mapas de caracterizao fsica, contextualizao histrica, indicadores e ndices so apresen-tados por seus conceitos e objetivos, fluxograma metodolgico resumido e anlise simplificada, agregados em temas relacionados, possibilitando a assimilao de seu conjunto e o entendimento facilitado pelas anlises relacionadas. A proposio da distribuio da Base de Dados Espaciais difundir a ideia de utilizao de uma base nica de informao que permita a integrao do conheci-mento, subsidiando o planejamento ambiental territorial por parte dos agentes locais, regionais e do prprio Estado.
As anlises e as snteses espaciais contribuem efetivamente para a gesto territorial e a tomada de deciso no que se refere aos licenciamentos, negociaes intra e intergovernamentais, incentivos econmicos, limites expanso, investimentos em restaurao e conservao, entre outros programas e projetos. Elas tambm demonstram os avanos das intenes do Governo do Estado do Rio de Janeiro relacionados Poltica de Conservao da Natureza. Dentre os resultados, a utilizao dos dados oriundos da primeira fase do Zoneamento Ecolgico-Econmico (ZEE), referentes ao levanta-mento de informaes e diagnsticos, explicita a inteno de contribuir e avanar com o ZEE e suas propostas efetivas de delimitao de uso da terra, fundamentado em potencialidades econmicas e limitaes impostas pela manuteno do equilbrio ecolgico das regies hidrogrficas do Estado.
A Tabela 2 classifica os indicadores na estrutura do modelo PER (Presso Estado Resposta), limitados ao estado da arte da institucionalizao, da conservao e desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, sintetizando a complexidade de abrangncia das anlises e ilustrando o conjunto de fenmenos e intenes que norteiam o planejamento ambiental, influenciando as atividades anlogas dirigidas a um mesmo objetivo sustentabilidade do territrio.
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1.3 Cartografia Segundo Cruz (SEA/Coppetec, 2009), uma base cartogrfica pode ser conceituada como um documento que representa um determinado espao geogrfico, com caractersticas e especifi-caes apropriadas em termos de escala, sistema de referncia e projeo, completude, atualizao e preciso, para represent-los com qualidade e ser capaz de receber informaes tem-ticas sobre os mais diversos assuntos. A qualidade de uma base cartogrfica depende no apenas dos fatores escala, projeo e sistema geodsico de referncia, que estabelecem as carac-tersticas de preciso de representao e posicionamento das informaes, mas tambm de seu relacionamento com o mundo real, devendo ser considerados os aspectos de atualizao dos elementos representados, assim como a existncia de todos os elementos importantes para aplicaes especficas.
Em funo dessas consideraes e da desatualizao da base cartogrfica oficial existente no IBGE e na Diretoria de Servios Geogrficos do Exrcito Brasileiro (DSG) produ-zida entre as dcadas de 1960-1970 , o projeto Estado do Ambiente utilizou a base cartogrfica do rgo estadual competente, Fundao Centro Estadual de Estatsticas, Pesquisas e Formao de Servidores Pblicos do Rio de Janeiro (Ceperj), antiga Fundao Centro de Informaes e Dados do Rio de Janeiro (Cide), escala 1:450.000. impor-tante ressaltar que a utilizao dessa base cartogrfica teve o propsito nico de apoiar a elaborao de layouts de mapas temticos, diminuindo a defasagem das informaes contidas na base IBGE/DSG 1:50.000. Observa-se, porm, que no h inteno de substituir o documento de f pblica que constitui a base elaborada pelo rgo oficial da cartografia nacional. Para tanto, so envidados esforos para a restituio de uma nova base cartogrfica oficial uma parceria SEA e IBGE na escala 1:25.000.
TABELA 1: ORIGEM DOS DADOS
tEmas tiPO dE dadOs FOntE EsFERa GOvERnamEntal
Geologia Estudos geolgicos Departamento de Recursos Minerais Estadual
Geomorfologia Mapeamento geomorfolgico UFRJ Federal
Recursos Hdricos Mapeamento da rede de gesto ambiental de recursos hdricos Agncia Nacional das guas / inea Federal e Estadual
Vegetao, uso e ocupao do solo
Diagnstico subsdio ZEEMonitoramento ar e gua
Programas e Projetos Ambientais
cOppetec - UFRJ ineaSEA
Estadual
Socioeconomia, aspectos jurdicos e institucionais
ICMS-Ecolgico Licenciamento, Unidades de Conservao, Recursos Hdricos SEA Estadual e Municipal
Demografia, Condio de Vida e Infraestrutura
Censo demogrfico 2000Banco de dados multidimensional
e estatsticoAnurios estatsticos
Fundao IBGEFundao ceperJ
FederalEstadual
TABELA 2: CLASSIFICAO DOS INDICADORES E NDICES
PREssO EstadO REsPOsta
Indicador de DemografiaIndicador de Educao
Indicador de SadeIndicador de Saneamento Ambiental
Indicador de Rendandice de Vulnerabilidade Social
Gesto Ambiental dos Municpios Cobertura Vegetal e Uso do Solo
reas Protegidas por UCsFuncionalidade Ecolgica
ndice de Conectividade Estrutural dos Remanescentes de Florestandice de Permeabilidade das Matrizesndice de Ameaa s Fitofisionomias
reas de Importncia Biolgicareas Funcionais Ecolgicas
Reestruturao do Sistema de Gesto AmbientalControle e Monitoramento
Potencialidades EconmicasEconomias AtuaisPotencial Poluidor
Empreendimentos Geradores de Energia Eltrica
ndice de Fragilidade do Meio Fsicondice de Suscetibilidade Natural Ocorrncia de Incndios
Educao Ambientalreas Prioritrias para Conservao e
Potenciais para RestauraoMudanas Climticas
Outorga para Usos da guaQualidade da gua
Qualidade do ArBalneabilidade das Praias
Recuperao Ambiental e Controle
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TABELA 3: SNTESE DE TEMAS DAS ANLISES ESPACIAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CaRtOGRaFia Clima GEOlOGia GEOmORFOlOGia RECuRsOs HdRiCOs vEGEtaO, usO E OCuPaaO atividadEs ECOnmiCasasPECtOs JuRdiCOs E
instituCiOnaisdEmOGRaFia,
COndiEs dE vida E inFRaEstRutuRa
Modelo Digital de Elevao Precipitao Unidades Geolgicas Compartimentao do Relevo Rede de Drenagem PIB - Agropecuria Secretaria Municipal de Meio Ambiente Demografia
Malha viria Temperatura PIB - Industrial Fundo Municipal de Meio Ambiente Sade
Curvas de Nvel Insolao PIB - Mineral Legislao Ambiental Municipal Trabalho e Renda
Vegetao Potencial Mercado de Trabalho Guarda de Fiscalizao do Meio Ambiente Educao
Uso e Cobertura do Solo Emancipao Saneamento
Altitude Classificao Climtica reas Protegidas por UCs
Monitoramento do Ar Empreendimento de Energia Eltrica
Balano Hdrico reas Funcionais Ecolgicas
Domnios Bioclimticos Fragilidade Meio Fsico ndice de Conectividade Estrutural Potencial EconmicoVulnerabilidade
Socioeconmica
Dficit Hdrico Parmetros Pontuais de Monitoramento da guandice de Ameaa s
Fitofisionomias Economias Atuais
Balneabilidade das Praias
ndice de Permeabilidade das Matrizes
Potencial de Impacto das Atividades Poluidoras
Suscetibilidade Natural a Incndios
ndice de Qualidade da gua
ndice Conectividade Florestal ndice de Qualidade do Ar
Outorga de gua reas Potenciais para Restaurao
Consrcios Gestores de Bacias Hidrogrficas
reas Prioritrias para Conservao Grandes Empreendimentos
Temas (Dados Brutos) Indicadores ndices Temas Agregados Temas Derivados (Dados Analisados)
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Fisionomia de floresta ombrfila densa em bom estado de conservao (mata atlntica), Parque nacional da serra dos rgos (Petrpolis)
2Conhecer as singularidades do Estado do Rio de Janeiro, seus aspectos fsico-estruturais, a diviso poltico-administrativa e um pouco da histria, permite compreender seu processo de construo e ordenamento territorial.
CaraCterizao do rio de janeiro
A caracterizao descrita por ordens temticas capaz de estabelecer relaes entre a infraestru-tura e uma srie de fatores, tais como: capacidades regionais e municipais diferenciadas, vulne-rabilidades sociais e econmicas, desnveis regionais, concentraes populacionais, expresses demogrficas e econmicas prprias da Regio Metropolitana, geomorfologia, fragilidades ambien-tais, riscos iminentes e usos conflitantes que solicitam ateno para reas especficas a serem prote-gidas e recuperadas.
So os temas desta etapa: Geologia, Geomorfologia, Bioclima e Biodiver sidade.
2.1 aspectos Poltico-administrativosO Estado do Rio de Janeiro localiza-se na Regio Sudeste, a mais desenvolvida economicamente e de maior densidade demogrfica do pas. A capital, Rio de Janeiro, mundialmente conhecida por suas belezas naturais e culturais, bem como por seus problemas sociais complexos. Em conjunto com os demais municpios da Regio Metropolitana, a cidade do Rio do Janeiro concentra 74,34% da populao total do Estado, estimada em 16.010.429 (IBGE, 2007). O Estado do Rio abrange uma rea total de 43.766 km2 (Ceperj, 2008), dividida em 92 municpios, correspondendo a 4,73% da Regio Sudeste, e destaca-se por possuir extenso litoral, com cerca de 630 km de extenso. So seus vizinhos os estados de So Paulo, Minas Gerais e Esprito Santo.
Ao longo de seu processo de formao histrico-poltica e devido aos aspectos fsicos e sociais caractersticos, o Estado do Rio de Janeiro foi subdividido em regies administrativas conhecidas por Baixadas Litorneas, Centro-Sul Fluminense, Costa Verde, Mdio Paraba, Metropolitana, Noroeste Fluminense, Norte Fluminense e Serrana (Ceperj, 2009). Sob a tica ambiental, por meio da Resoluo do Conselho Estadual de Recursos Hdricos (Cerhi) n 18 (08/11/2006), o Estado do Rio de Janeiro foi dividido em dez regies hidrogrficas, utilizadas como unidades de estudo, plane-jamento e gesto, bem como reguladoras e indutoras das dinmicas hidrolgicas e sociais (Mapa 1).
2.2 aspectos HistricosA conformao geogrfica do Estado do Rio de Janeiro muito influenciou os processos de sua ocupao, forjados inicialmente por uma costa de extensas baas e plancies costeiras. Os caminhos preexistentes, os rios e canais que corriam longas distncias at o mar, foram os principais meios de acesso ao interior (Seraphyco, 1978).
Contudo, a grande barreira natural formada pela Serra do Mar no litoral Atlntico, a Serra da Mantiqueira (interiorizada) e a floresta que as cobria foi transposta pelo desenvolvimento com um atraso de duzentos anos em relao ocupao do territrio costeiro (Lamego, 1950). As cumeadas das duas serras, quase paralelas, separadas pela calha do rio Paraba do Sul, formalizam a geometria de um grande vale onde nascem e correm os afluentes, ao longo dos quais, junto ao rio principal, se distriburam as cidades.
Em uma simplificao da histria, a soma das caractersticas naturais s foras motrizes de uma economia global foi o principal fator a definir o domnio do territrio pelo colonizador e hoje o que delineia a regionalizao econmica ancorada principalmente na demanda por energia e produtos siderrgicos.
A floresta Atlntica, que se desenvolveu ao longo de todo o litoral do pas, com sua diversidade e exuberncia, formando uma longa faixa florestal contnua de extenses variadas para o interior, resultado da influncia climtica mida combinada variao de gradientes de altitude e latitude. Tais caractersticas associadas aos ecossistemas costeiros garantiram ainda maior diversidade paisa-gstica ao Estado do Rio de Janeiro. Os ciclos econmicos e os processos de ocupao do territrio provocaram alteraes na paisagem e deixaram como herana marcas que devem ser consideradas no planejamento territorial.
Reserva biolgica de Guaratiba preserva ecossistemas de manguezais existentes na baa de sepetiba
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Mapa 1: Estrutura Poltico-Administrativa e Regies dePlanejamento Ambiental do Estado do Rio de Janeiro-
Regies Hidrogrficas
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Coordenadas GeogrficasDatum: WGS 84
Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010
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Arraial do Cabo
Cabo Frio
Armao de Bzios
Casimiro de Abreu
Nova Friburgo
Sumidouro
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Carmo
Bom Jardim
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Miguel Pereira
Vassouras
Rio das Flores
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Porto Real
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Rio Claro
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Duque deCaxias
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MangaratibaAngra dos Reis
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REGIES DE GOVERNO
Mdio-Paraba
Costa-Verde
Centro SulFluminense
Serrana
Metropolitana BaixadasLitorneas
NorteFluminense
NoroesteFluminense
Regies HidrogrficasLegenda
RH I - Baa da Ilha Grande
RH V - Baa de Guanabara RH X - ItabapoanaLimite Municipal
RH IX - Baixo Paraba do Sul
RH II - Guandu
RH VI - Lagos So Joo
RH VIII - Maca e das OstrasRH III - Mdio Paraba do Sul
RH IV - Piabanha
RH VII - Rio Dois Rios
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Mapa 2: Fases de Emancipao Administrativado Estado do Rio de Janeiro
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Coordenadas GeogrficasDatum: WGS 84
Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010
Fonte: IBGE/2010; IPEA/2006
LegendaTerritrios Municipais de 1872 a 1920
Fases de Emancipao1565-18721872-19001900-1940
1940-19601960-19701970-19911991-1999
Limite Estadual
Limite Municipal
Hidrografia
O Mapa 2 buscou representar os processos de ocupao para fins de comparao temporal por meio da agregao de municpios referentes ao perodo 1872-1920, dados dos primeiros censos brasileiros e os perodos de emancipao subsequentes (IBGE Cidades, 2010). Os dados de 1872-1920 foram obtidos no mbito do projeto reas Mnimas Comparveis, do Instituto de Pesquisas Econmicas Aplicadas (Ipea), cujo objetivo foi compatibilizar as divises poltico-administrativas dos vrios censos realizados, possibilitando a construo de painis de dados econmicos estaduais e municipais. As datas de emancipao para a representao dos perodos subsequentes foram obtidas por meio do histrico dos municpios disponibilizado pelo IBGE, considerando os anos referentes s leis provin-ciais e estaduais que elevaram as vilas e povoados categoria de municpio.
2.3 aspectos Fsicos
2.3.1 GeologiaO mapa geolgico, que representa a composio estrutural do territrio, capaz de revelar, ao olhar especializado, aspectos sobre a origem do territrio, os materiais que o compem, os fenmenos naturais ocorridos e futuros. A geologia-geotcnica adotada no monitoramento ambiental objetiva medir a interao dos processos fsicos naturais e a interveno do homem, de modo adequado, no espao urbano e rural, mapeando os riscos geolgicos subjacentes. Pretende ainda contribuir com a gesto do meio ambiente de modo a estabelecer critrios para solucionar problemas atuais de ocupao humana, evitar futuros danos ao meio ambiente, alm de poder otimizar a utilizao dos materiais geolgicos como insumo e energia, visando a melhoria da qualidade de vida da sociedade.
A carta de geologia utilizada proveniente do Projeto Carta Geolgica, que faz parte do mapeamento geolgico do Estado do Rio de Janeiro, em escala 1:50.000, sob a responsabilidade do Departamento de Recursos Minerais (DRM). O mapa geolgico (Mapa 3) resultado da integrao das folhas por meio de uma reduo pantogrfica. O mapa integrado no um produto acabado, ainda est sujeito a alteraes, mas reflete o atual conhecimento geolgico (DRM, 1995). Todas as unidades geolgicas bsicas foram brevemente descritas, assim como foram relacionadas as distribuies das mesmas.
Tipos
Sobre os tipos geolgicos mais recorrentes, pode-se verificar a presena de:
Rochas Sedimentares
Sedimentos Quaternrios: representados por areias, cascalhos, lamas, turfas e conglome-rados. So sedimentos encontrados prximos ao litoral dos vales de rios, bordas de lagoas e brejos, caracterizados por materiais depositados entre o presente e dois milhes de anos atrs (Perodo Quaternrio).
Sedimentos Tercirios: constitudos por sedimentos inconsolidados e rochas sedimentares depo-sitados por processos fluviais e marinhos. So representados pela formao barreiras e pelas bacias sedimentares de Campos, Resende e Itabora. A bacia de Itabora destaca-se pela presena de fsseis de animais e vegetais.
Rochas Magmticas
Rochas Alcalinas: de origem magmtica plutnica (formadas no interior da Terra), ricas nos elementos sdio e potssio. A rocha alcalina mais comum no Estado o sienito (que ocorre no macio do Itatiaia, por exemplo). So as rochas gneas mais recentes, formadas entre 70 e 40 milhes de anos.
Diques de Diabsio: rochas magmticas constitudas de minerais ricos em ferro e magnsio. So rochas semelhantes s lavas do fundo dos oceanos, cuja origem est ligada abertura do oceano Atlntico, quando houve a separao do continente sul-americano, h cerca de 130 milhes de anos.
Os granitos homogneos e as rochas bsicas tm cerca de 500 milhes de anos de idade.
Granitos homogneos: estas rochas gneas (ou magmticas) esto entre as rochas que no sofreram metamorfismo. So constitudas basicamente pelos minerais quartzo, feldspato e biotita.
Rochas bsicas: apresentam composio semelhante dos diques de diabsio, no entanto, devido escala do mapa, existem nelas apenas alguns corpos rochosos.
Rochas Metamrficas
So as rochas mais abundantes do Estado, representando mais de 80% do territrio. Tm idades de 500 milhes at dois bilhes de anos.
Rochas ortoderivadas: formadas a partir do metamorfismo de rochas gneas. As mais comuns so os ortognaisses, que apresentam composio semelhante do granito. Estas rochas apresentam estru-turas prprias de metamorfismo como a estrutura planar chamada de foliao.
Rochas Paraderivadas: tambm chamadas de metassedimentares, so derivadas do metamor fismo de rochas sedimentares. As mais comuns so os paragnaisses, tais como a sillimanita e a granada.
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Mapa 2: Fases de Emancipao Administrativado Estado do Rio de Janeiro
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Coordenadas GeogrficasDatum: WGS 84
Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010
Fonte: IBGE/2010; IPEA/2006
LegendaTerritrios Municipais de 1872 a 1920
Fases de Emancipao1565-18721872-19001900-1940
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Mapa 3: Geologia do Estado do Rio de Janeiro
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Fonte: DRM-RJ, 1995
SP
MG
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Oceano
Atlntic
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9 0 94,5 Km
Coordenadas GeogrficasDatum: WGS 84
Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010 GAB
LagoaQQcQpvr
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grVpCIIIbupCIIIdepCIIIjppCIIIpa
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pCum
Estruturas
Diques
EmpurroFalhas
Limite Estadual
Agrupamento I Agrupamento II Agrupamento III Agrupamento IV
Agrupamento V
Pr-Cambriano No Agrupado Granitos
Unidades Mesozicas
Unidades Tercirias
Unidades Quartenrias
Granitos
Estruturas
Falhas, Fraturas e Dobras: a geologia do Estado do Rio de Janeiro apresenta estruturas de reao das rochas a esforos por ela sofridos. De acordo com a presso e temperatura, uma rocha pode ser dobrada (deformao dctil=flexvel) ou fraturada, quando ocorre uma deformao rptil (quebra do corpo rochoso). Quando ocorrem as fraturas, as estruturas resultantes so denominadas falhas.
Sntese Geolgica
RH I - Baa da Ilha Grande As rochas paraderivadas esto representadas pelos milonitos gnaisse e blastomilonito, com intercalaes de anfiblios caractersticos da Unidade Santo Eduardo (pCIIse); as rochas ortoderivadas so representadas por granitos/granodioritos, leucogranitos e granitos caractersticos do Batlito Serra dos rgos (pCbso) e os migmatitos da Unidade Bela Joana (pCIbj) e da Unidade Rio Negro (pCIIrn). Observa-se a presena de granitos homogneos representada por granitos do Batlito na Serra dos Orgos (Granito Parati-Mirim) e do Granito Mambucaba e sedi-mentos quaternrios no litoral.
RH II - Guandu As rochas paraderivadas so representadas pela Unidade Santo Eduardo (pCIIse) onde ocorrem milonitos gnaisses e blastomilonito com intercalaes de anfiblios; o Batlito Serra das Araras (pCbsa) caracterizado por plutonitos foliados cinzentos, geralmente protomilontico e variaes de milonitos das Unidades Trs Ilhas (pCIti) e Unidade Monte Verde (pCImv).
RH III - Mdio Paraba do Sul Nesta regio, observa-se o predomnio de rochas ortoderivadas caracterizadas pelo plutonito foliado cinzento, geralmente protomilontico do Batlito Serra das Araras (pCbsa); os milonitos gnaisse de migmatito da Unidade Trs Ilhas (pCIti); o piroxnio diorito da Unidade Juiz de Fora (pCIjf ). As rochas paraderivadas esto caracterizadas pela Unidade Santo Eduardo (pCIIse), com milonitos gnaisse e blastomilonito com intercalaes de anfiblios e pela Unidade Rio Negro (pCIIrn), com migmatitos predominantemente estromticos com paleossoma de biotita (anfiblio) gnaisses e neossoma granitide. Observa-se a presena de rochas alcalinas (Alc) sob a forma de pltons ou como diques e sedimentos quaternrios caracterizados por sedimentos fluviais e sedimentos tercirios da Bacia de Volta Redonda (Qpvr) e da Bacia de Resende (Qtr).
RH IV - Piabanha Na regio predominam rochas ortoderivadas representadas por granodioritos e leucogranitos caractersticos do Batlito Serra dos Orgos (pCbso); migmatitos predominantemente estromticos com paleossomas de biotita (anfiblio) gnaisses e neossoma granitide da Unidade Rio Negro (pCIIrn) e os granulitos norticos da Unidade So Jos de Ub (pCIju). As rochas parade-rivadas nessa regio so representadas por milonitos gnaisses e blastomilonito com intercalaes de anfiblios caractersticos da Unidade Santo Eduardo (pCIIse). Nessa regio, tem-se a presena pontual de corpos granitides representados pelo granito Andorinha (pCgrad), Granito Nova Friburgo (pCgrf) e sedimentos quaternrios de origem fluvial.
RH V - Baa de Guanabara Predominam na regio as rochas ortoderivadas e os sedimentos quaternrios. As rochas ortoderivadas so representadas por granodioritos e leucogranitos carac-tersticos do Batlito Serra dos rgos (pCbso); migmatitos predominantemente estromticos com paleossomas de biotita (anfiblio) gnaisses e granitides da Unidade Rio Negro (pCIIrn). As para-derivadas so representadas pela Unidade Santo Eduardo (pCIIse), com milonitos gnaisses e blasto-milonito com intercalaes de anfiblios. Na rea ocorre a presena de rochas alcalinas sob a forma de pltons ou como diques; granitos homogneos, sedimentos tercirios da Formao Barreiras e a Bacia de Itabora e sedimentos quaternrios de origem fluvial.
RH VI - Lagos So Joo A regio tem predomnio de rochas ortoderivadas caracterizadas por (hornblenda) - biotita - plagioclsio - microclina gnaisses da Unidade Regio dos Lagos (pCIIrl) e quartzodiorito da Unidade Glicrio (pCIVgl). As rochas paraderivadas so representadas por sillima-nita - cordierita - (muscovita) - granada - biotita - ortoclsio - (microclina) - plagioclsio gnaisses e migmatitos da Unidade So Fidlis (pCIIsf); milonito gnaisse e blastomilonito com intercalaes de anfiblios da Unidade Santo Eduardo (pCIIse). A regio apresenta as rochas alcalinas sob a forma de pltons ou como diques; granitos homogneos representados Granitos Caju (pCgrcj), Granito So Pedro (pCgrsp); sedimentos tercirios de Formao Barreiras (Tb) e sedimentos quaternrios de origem litornea e fluvial.
RH VII - Rio Dois Rios Nesta regio, ocorre o predomnio de rochas paraderivadas represen-tadas pela Unidade So Fidlis (pCIIsf), caracterizada por sillimanita, cordierita, muscovita, granada, biotita, ortoclsio, microclina, plagioclsio gnaisses e migmatitos; a Unidade Santo Eduardo (pCIIse), com milonitos gnaisses e blastomilonito, com intercalaes de anfiblios, e migmatitos constitudos, geralmente, de (hn), (hiperstnio), (K-feldspato), biotita, quartzo, gnaisses da Unidade Bela Joana (pCIbj). Ocorrem, tambm, rochas ortoderivadas como os migma-titos predominantemente estromtico com paleossoma de biotita - (anfiblio) gnaisses e neos-soma granitide da Unidade Rio Negro (pCIIrn) e os granodioritos e leucogranitos, caractersticos do Batlito Serra dos rgos (pCbso). Na regio ocorrem granitos homogneos representados pelos Granitos So Jos do Ribeiro (pCgrsjr) e Nova Friburgo (pCgrnf).
RH VIII - Maca e das Ostras Esta regio apresenta o predomnio de rochas ortoderivadas carac-terizadas pela Unidade Regio dos Lagos (pCIIrl), constituda de (hornblenda), biotita, plagioclsio, microclina gnaisses e pela Unidade Glicrio (pCIVgl), representada por quartzodioritos. As rochas paraderivadas so, predominantemente, representadas pela Unidade So Fidlis (pCIIsf), com sillimanita, cordierita, (muscovita), granada, biotita, ortoclsio, (microclina), plagioclsio gnaisses e migmatitos e a Unidade Italva (pCIITv), com (hornblenda), biotita, plagioclsio gnaisses, anfibo-litos, quartzitos e calciossilicatadas. Na regio ocorrem granitos homogneos representados pelos Granitos Nova Friburgo (pCgrnf), o Granito So Pedro (pCgrsp) e o Granito Sana (pCgrs); e sedi-mentos quaternrios de origem litornea e fluvial.
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RH IX - Baixo Paraba do Sul A regio tem predominncia de rochas ortoderivadas e sedimentos tercirios e quaternrios. As rochas ortoderivadas caracterizam-se por migmatitos consti-tudos geralmente de (hn), (hiperstnio), (K-feldspato), biotita, quartzo, gnaisses da Unidade Bela Joana (pCIbj); os granulitos norticos da Unidade So Jos de Ub (pCIju); migmatitos cons-titudos de (hn), (granada), (K-feldspato), hornblenda, biotita, quartzo, plagioclsio gnaisses da Unidade Angelim (pCIIag); e migmatitos e metamorfitos representados por (granada), biotita, (ortoclsio), (microclina), plagioclsio gnaisses e leptinitos da Unidade Vista Alegre (pCIIIva). As rochas paraderivadas so representadas por sillimanita, cordierita, (muscovita), granada, biotita, ortoclsio, (microclina), plagioclsio gnaisses e migma-titos da unidade Unidade So Fidlis (pCIIsf); milonitos gnaisses e blastomilonito com intercalaes de anfiblios da Unidade Santo Eduardo (pCIIse). So observadas na regio granitos homogneos como o Granito Sana (pCgrs) e o Granito Varre-Sai (pCgrv) e sedi-mentos tercirios representados pela Formao Barreiras e sedi-mentos quaternrios de origem litornea e fluvial.
RH X - Itabapoana A regio caracterizada por rochas para-derivadas representadas por sillimanita, cordierita, (muscovita), granada, biotita, ortoclsio, (microclina), plagioclsio gnaisses e migmatitos, da Unidade So Fidlis (pCIIsf) e milonitos gnaisses e blastomilonitos com intercalaes de anfiblios da Unidade Santo Eduardo (pCIIse). As rochas ortoderivadas so caracte-rizadas pela Unidade So Jos de Ub (pCIju), com granulitos norticos; a Unidade Vista Alegre (pCIIIva), com migmatitos e metamorfitos representados por (granada) - biotita - (orto-clsio) - (microclina) - plagioclsio gnaisses e leptinitos; e a Unidade So Joo do Paraso (pCIIIjp) com migmatitos constitu-dos de (granada) - (hornblenda) - biotita - plagioclsio - micro-clina gnaisses, (granada), - biotita-plagioclsio - microclina - gnaisses e de leptinitos. Observa-se granitos homogneos como o Granito Varre-Sai (pCgrv) e sedimentos tercirios represen-tados pela Formao Barreiras e sedimentos quaternrios de origem litornea e fluvial.
2.3.2 GeomorfologiaO Mapeamento Geomorfolgico representa importante subsdio para o planejamento econmico e ecolgico do Estado do Rio de Janeiro. Por meio dele possvel compreender a dinmica dos fatores geobiofsicos que sofrem interferncia direta do relevo, tais como: pluviosidade, umidade, distribuio da vegetao, do clima, dos solos e da fauna. Ademais, o entendimento do relevo permite estabelecer reas suscetveis ocorrncia de enchentes, de deslizamentos de terra e de eroso e assoreamento de rios, subsidiando o traado de estradas, dutos, linhas de transmisso, o planejamento de zonas industriais, comerciais, residenciais e a instalao de grandes projetos.
O Estado do Rio Janeiro composto geomorfologicamente por duas grandes reas, separadas pelas escarpas da Serra do Mar, que se constitui no divisor de guas central do Rio de Janeiro e se estende do litoral de Paraty e Angra dos Reis at a regio de So Fidlis.
COmPaRtimEntaO tOPOGRFiCa (silva, 2002)
maPaGEOmORFOlGiCO
amPlitudE altimtRiCa
ibGE 1:50.000
FiGuRa 4: EtaPas dE COmPOsiO da GEOmORFOlOGia
usO dO sOlOFEiEs CORdEs
aREnOsOs, dunas E REstinGas
Ao norte das escarpas, principalmente na rea central do Estado, predominam feies morfolgicas de amplitudes altimtricas maiores, como morros, serras escarpadas, serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes altimtricas diferentes.
Ao sul e sudeste das escarpas, encontram-se feies geomorfo-lgicas de amplitudes altimtricas baixas, com extensas reas de plancies fluviais e fluviomarinhas e colinas, como na Baixada Fluminense, na Regio dos Lagos e na regio de Campos dos Goytacazes.
A Figura 4 mostra a construo do mapa geo morfolgico a partir de uma adaptao de compartimentao topogrfica, idealizada por Meis et al. (1982), e amplitude altimtrica.
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Mapa 4: Geomorfologia do Estado do Rio de Janeiro
Fonte: Silva (2000) - adaptado
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Oceano
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10 0 105 Km
Coordenadas GeogrficasDatum: WGS 84
Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010
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Legenda
Cordes arenosos, Dunas e Restingas
Plancies Fluviais e Flvio-Marinhas - at 20m
Colinas - 20m-100m
Morros - 100m-200m
Serras Escarpadas - acima de 400m
Serras Isoladas e Serras locais de transio entreamplitudes altimtricas diferentes (200m-400m)
Feies Geomorfolgicas Costeiras
Feies Geomorfolgicas Continentais
Regies Hidrogrficas
Hidrografia
Limite Estadual
Limite Municipal
Sntese Geomorfolgica
RH I - Baa da Ilha Grande Predomnio de serras escarpadas (acima de 400 m). Esta regio carac-teriza-se pela proximidade das serras escarpadas com o oceano, sendo que somente nas reas mais prximas costa e nos vales fluviais de maior expresso encontram-se as plancies fluviais e fluvioma-rinhas (at 20 m). Observa-se a presena das serras isoladas e serras locais de transio entre ampli-tudes altimtricas diferentes (200 400 m) na vertente voltada para a Baa da Ilha Grande, enquanto que na vertente voltada para o Estado de So Paulo h o predomnio de morros (100-200 m) e colinas (20-100 m).
RH II - Guandu Predomnio de plancies fluviais e fluviomarinhas (at 20 m) na poro leste da regio, onde se inicia a baixada da Guanabara, abrangendo os rios Guandu e Santana e Ribeiro das Lajes. Na vertente norte-noroeste, voltada para o Mdio Vale do Paraba do Sul (RH III), h predo-mnio de colinas (20-100 m), caractersticas dessa regio. Separando esses dois ambientes morfol-gicos, observam-se serras escarpadas (acima de 400 m), serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes altimtricas diferentes (200400 m), no alinhamento NE-SW, caracterstico da geomorfologia do Estado e do Sudeste brasileiro. Na Restinga de Marambaia (Baa de Sepetiba), observa-se a ocorrncia de feies geomorfolgicas costeiras, classificadas como cordes arenosos, dunas e restingas.
RH III - Mdio Paraba do Sul Predomnio de colinas (20-100 m) na maior parte da regio, o que caracteriza o mar de morros do mdio vale do rio Paraba do Sul. Contudo, na poro NW, nos munic-pios de Resende e Itatiaia, prximo ao limite com o Estado de So Paulo, encontram-se serras escarpadas (acima de 400 m) que compem o Parque Nacional de Itatiaia, onde est localizado o Pico das Agulhas Negras. Observa-se, tambm, uma maior abrangncia da plancie fluvial (at 20 m) do rio Paraba do Sul na rea da bacia sedimentar de Resende e algumas feies de morros (100-200 m) e serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes topogrficas diferentes (200-400 m) na rea central e NE da regio, seguindo o alinhamento NE-SW.
RH IV - Piabanha A regio apresenta todas as classes geomorfolgicas continentais, sendo que na poro sul, prximo Serra dos rgos, observam-se, predominantemente, as serras escarpadas (acima de 400 m), serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes topo-grficas diferentes (200-400 m), caracterizando o divisor de guas que separa a RH IV da RH V. Notam-se algumas plancies fluviais (at 20 m) de maior expresso prximas ao rio Paraba do Sul, no nordeste da regio, e nos rios de Terespolis, alm de morros (100-200 m) no oeste e leste da regio.
RH V - Baa de Guanabara Predomnio de plancies fluviais e fluviomarinhas (at 20 m). Observam-se serras escarpadas (acima de 400 m) na poro norte, correspondente Serra dos rgos, e tambm nos macios da Tijuca, da Pedra Branca e do Mendanha, na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro. Ademais, colinas (20-100 m) e morros (100-200 m) apresentam-se dispersos nesta regio. Observa-se a presena de cordes arenosos, dunas e restingas em algumas reas costeiras, destacando-se os que se encontram entre o mar e a Lagoa de Maric (rea da APA de Maric).
RH VI - Lagos So Joo Predomnio de plancies fluviais e fluviomarinhas (at 20 m). H ocor-rncia de colinas dispersas pela rea central da regio e presena de serras escarpadas (acima de 400 m) e serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes topogrficas diferentes (200-400 m) nos limites norte e noroeste, onde se localizam os divisores de guas. Ainda ocorrem serras escarpadas (acima de 400 m) na rea do Morro de So Joo. Destacam-se, tambm, reas de cordes arenosos, dunas e restingas na regio costeira, mostrando a maior influncia da ao marinha e elica na formao do relevo da regio.
RH VII - Rio Dois Rios Assim como na RH IV, observam-se todas as classes geomorfolgicas conti-nentais nesta regio. Porm, dois grandes domnios podem ser observados: ao sul e sudoeste, prximo ao divisor de guas central do Estado, observam-se feies de maiores amplitudes altimtricas, serras e morros, enquanto que ao norte, mais prximo do rio Paraba do Sul, podem ser vistas plan-cies fluviais e colinas, feies com menores amplitudes altimtricas. Prximo ao limite com a RH IX, seguindo o alinhamento NE-SW do Estado e no entorno do Parque Estadual do Desengano, encontra-se uma grande rea de serras escarpadas (acima de 400 m).
RH VIII - Maca e das Ostras Na poro oeste h o predomnio de serras escarpadas (acima de 400 m) e serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes topogrficas diferentes (200-400 m); e na poro leste h o predomnio de plancies fluviais e fluviomarinhas (at 20 m) com ocorrncias de colinas (20-100 m). Observa-se a presena de cordes arenosos, dunas e restingas no litoral do municpio de Rio das Ostras (parte sul desta regio hidrogrfica).
RH IX - Baixo Paraba do Sul Esta regio destaca-se pela presena de cordes arenosos, dunas e restingas na rea da foz do rio Paraba do Sul e na restinga de Jurubatiba, formadas pela ao conjunta deste rio e do mar por meio das sucessivas regresses e transgresses marinhas. Na poro leste da regio predominam plancies fluviais e fluviomarinhas (at 20 m) e de colinas (20-100 m). Nas pores oeste e norte da regio observa-se a ocorrncia de serras escarpadas (acima de 400 m), serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes topogrficas dife-rentes (200-400 m) e morros (100-200 m).
RH X - Itabapoana Na poro sudeste h predomnio de plancies fluviais e fluviomarinhas (at 20 m) e de colinas (20-100 m). Estas se mesclam, na regio central, com serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes topogrficas diferentes (200-400 m). Na poro norte predo-minam morros (100-200 m).
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2.3.3 Mapeamento ClimticoClima, num sentido restrito, geralmente definido como
tempo meteorolgico mdio, ou, mais precisamente, como a descrio estatstica de quantidades relevantes de mudanas do
tempo meteorolgico num perodo de tempo, que vai de meses a milhes de anos. O perodo clssico de 30 anos, definido pela
Organizao Mundial de Meteorologia (OMM). Essas quantidades so geralmente variaes de superfcie como
temperatura, precipitao e vento. O clima num sentido mais amplo o estado, incluindo as descries estatsticas do sistema global.
(Glossary Intergovernmental Panel on Climate Change)
O mapeamento climtico do Estado do Rio de Janeiro tem impor-tncia fundamental no contexto do monitoramento ambiental. Parmetros climticos so adotados para monitorar a evoluo climtica do mundo, assim, regies climticas podem ser classi-ficadas dividindo o planeta em regies de domnios climticos. O mesmo pode ser feito em escalas maiores. Mapear o clima em escala compatvel escala proposta para o planejamento terri-torial no s propiciar o conhecimento sobre manifestaes e expresses da natureza biofsica do Estado, como tambm possi-bilitar a gerao de uma srie de mapeamentos relacionados.
Os diversos fenmenos climticos que ocorrem na atmosfera so definidos pelo balano de energia solar. A modelagem das projees climticas pode identificar possveis alteraes no comportamento dos fenmenos atmosfricos e as interaes com os estgios sucessionais da vegetao, auxiliando no planeja-mento e monitoramento ambiental.O WorldClim um projeto que monitora as condies climticas ao redor do mundo por meio de inmeras estaes pluviom-tricas e meteorolgicas. O Estado do Rio conta com mais de 100 estaes e os dados de temperatura e precipitao coletados representam os valores mdios mensais calculados para uma srie histrica de 50 anos (1950-2000). Com estes dados foram gerados mapas de precipitao (total, da mdia anual, de inverno e de vero) e de temperatura (mdia anual, vero e inverno) (Mapas 5 e 6). A evapotranspirao real mensal e anual foi gerada por meio dos dados referentes aos ndices de calor para cada ms ndice anual de calor (somado ms a ms) e a temperatura mdia mensal.
Balano Hdrico
O Balano Hdrico a relao entre a perda e a armazenagem de gua no solo em determinado perodo de tempo. Ao planejar o uso dos recursos hdricos disponveis no territrio importante dimensionar esta dinmica, assim como avaliar diretamente os fatores que contribuem ou causam prejuzo a essa equao. Deste modo possvel avaliar, no espao-tempo, as medidas cabveis manuteno desse recurso, em especial em determinadas regies responsveis pelas reas de recarga dos grandes mananciais de abastecimento pblico.
O uso da gua para abastecimento fator de limitao ao desen-volvimento do Estado do Rio de Janeiro, expanso urbana, de empreendimentos e agricultura. Assim, o conhecimento sobre o comportamento da dinmica hdrica do solo de fundamental importncia ao planejamento e reflete, em parte, o estado atual de cobertura vegetal, entre as demais relaes com aspectos ambientais do clima.
Para o clculo do balano hdrico, so necessrios dados de temperatura e precipitao de forma a gerar os dados de evapo-transpirao, que representam a parcela maior de sada de gua das bacias hidrogrficas, sendo, por isto, fundamental para o ciclo hidrolgico. A essa parcela se somam o escoamento super-ficial dos rios e o armazenamento de gua no solo (Hewlett, 1982) (Figura 5).
Concluda a etapa de gerao de dados, obtm-se o balano hdrico, cujo objetivo apresentar dois parmetros funda-mentais gesto do recurso: o dficit hdrico e o excedente hdrico (Mapas 7 e 8). Tais parmetros contemplaram ainda o ndice de Calor e Evapotranspirao Potencial compostos por: Negativo Acumulado, Armazenamento, Alterao, Capacidade de Armazenamento, Capacidade de gua Disponvel (CAD) e Evapotranspirao Real (ER).
dFiCit HdRiCO mEnsal E anual
ExCEdEntE HdRiCO mEnsal E anual
EvaPOtRansPiRaO REal mEnsal E anual
FiGuRa 5: EtaPas dE ElabORaO dOs maPas ClimtiCOs
EvaPOtRansPiRaO POtEnCial mEnsal
E anual
PRECiPitaO dO EstadO dO RiO dE JanEiRO
mdia mEnsal anual
WORldClim (1950-2000)
tEmPERatuRa mdia mEnsal E anual
ndiCE anual E mEnsal dE CalOR
CaPaCidadE dE aRmazEnamEntO
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410'0"W
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210
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'0"S
220
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230
'0"S
230
'0"S
Mapa 5:Total Anual de Precipitaodo Estado do Rio de Janeiro
SP
MG
ES
Oceano
Atlntic
o
10 0 105 KmCoordenadas Geogrficas
Datum: WGS 84Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEA
Julho 2010
/
VeroValue
High : 1121
Low : 48
InvernoValue
High : 1121
Low : 48
Legenda
Value
High : 2384
Low : 812
Hidrografia
Regies Hidrogrficas
Limite Municipal
Limite Estadual
Fonte: WorldClim (1950-2000)
RH-IX
RH-III
RH-VRH-II
RH-VII
RH-VI
RH-IV
RH-X
RH-I
RH-VIII
RH-I
410'0"W
410'0"W
420'0"W
420'0"W
430'0"W
430'0"W
440'0"W
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210
'0"S
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'0"S
220
'0"S
220
'0"S
230
'0"S
230
'0"S
Mapa 6:Temperatura Mdia Anualdo Estado do Rio de Janeiro
Fonte: WorldClim (1950-2000)
SP
MG
ES
Oceano
Atlntic
o
10 0 105 Km
Coordenadas Geogrficas Datum: WGS 84
Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010
/
VeroValue
High : 26
Low : 7
InvernoValue
High : 26
Low : 7
Legenda
Value
High : 26
Low : 7
Hidrografia
Regies Hidrogrficas
Limite Municipal
Limite Estadual
RH-IX
RH-III
RH-VRH-II
RH-VII
RH-VI
RH-IV
RH-X
RH-I
RH-VIII
RH-I
410'0"W
410'0"W
420'0"W
420'0"W
430'0"W
430'0"W
440'0"W
440'0"W
210
'0"S
210
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'0"S
220
'0"S
230
'0"S
230
'0"S
Mapa 8:Total Anual de Excedente Hdricodo Estado do Rio de Janeiro
Fonte: WorldClim (1950-2000)
SP
MG
ES
Oceano
Atlntic
o
10 0 105 Km
Coordenadas Geogrficas Datum: WGS 84
Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010
/
VeroValue
High : 926
Low : 0
InvernoValue
High : 926
Low : 0
Legenda
Value
High : 1794
Low : 0
Hidrografia
Regies Hidrogrficas
Limite Estadual
Limite Municipal
RH-IX
RH-III
RH-VRH-II
RH-VII
RH-VI
RH-IV
RH-X
RH-I
RH-VIII
RH-I
410'0"W
410'0"W
420'0"W
420'0"W
430'0"W
430'0"W
440'0"W
440'0"W
210
'0"S
210
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220
'0"S
220
'0"S
230
'0"S
230
'0"S
Mapa 7:Total Anual de Dficit Hdricodo Estado do Rio de Janeiro
SP
MG
ES
Oceano
Atlntic
o
10 0 105 KmCoordenadas Geogrficas
Datum: WGS 84Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEA
Julho 2010
/
VeroValue
High : 144
Low : 0
InvernoValue
High : 144
Low : 0
LegendaValue
High : 334
Low : 0
Hidrografia
Regies Hidrogrficas
Limite Municipal
Limite EstadualFonte: WorldClim (1950-2000)
RH-IX
RH-III
RH-VRH-II
RH-VII
RH-VI
RH-IV
RH-X
RH-I
RH-VIII
RH-I
410'0"W
410'0"W
420'0"W
420'0"W
430'0"W
430'0"W
440'0"W
440'0"W
210
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210
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220
'0"S
220
'0"S
230
'0"S
230
'0"S
Mapa 9: Total Anual de Evapotranspiraodo Estado do Rio de Janeiro
Fonte: WorldClim (1950-2000)
SP
MG
ES
Oceano
Atlntic
o
10 0 105 Km
Coordenadas Geogrficas Datum: WGS 84
Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010
/
VeroValue
High : 450
Low : 50
InvernoValue
High : 450
Low : 50
Legenda
Value
High : 1292
Low : 589
Hidrografia
Regies Hidrogrficas
Limite Municipal
Limite Estadual
Sntese do Comportamento Hdrico
RH I Baa da Ilha Grande uma regio onde ocorrem muitas chuvas durante todo o ano, como se pode comprovar pelos mapas de Dficit Hdrico e de Precipitao. interessante observar que mesmo no vero no h dficit hdrico, pois o acmulo de gua sempre maior do que a perda durante todo o ano, principalmente no litoral. Mesmo no inverno observa-se um excedente hdrico, enquanto o restante do Estado apresenta perodo seco mnimo. Neste caso, o quadrante geogrfico, sob influncia marinha e a barreira formada pela Serra do Mar, fator que favorece a regio.
RH II - Guandu O mapa de dficit hdrico e excedente hdrico nesta regio mostra que, no acmulo total de ambos, a taxa de evapotranspirao maior do que a de precipitao. Isso pode ser compro-vado ao se observar as estaes de inverno e vero, nas quais, respectivamente, no h dficit e no h excedente hdrico; ou seja, no vero h incidncia de chuvas convectivas pelo aumento da tempe-ratura e alta taxa de precipitao, e, no inverno, a regio seca. Logo, conclui-se que a distribuio hdrica baixa e que tal resultado devido, no vero, alta concentrao de chuvas nas reas da baixada, as quais apresentam poucas reas florestadas e alta densidade urbana.
RH III - Mdio Paraba do Sul interessante notar que no total anual h dficit hdrico pratica-mente em toda a regio, com taxas maiores no inverno (seco) e nulas no vero. A exceo ocorre em Itatiaia, favorecida pela cobertura vegetal ntegra e, principalmente, pela altitude, que supera as demais barreiras geogrficas, o que favorece todas as influncias climticas. Quanto ao excedente hdrico, o contrrio ocorre com altas taxas de precipitao no vero no planalto do Estado.
RH IV - Piabanha Pode-se observar que quase no h dficit hdrico nesta regio. Os mapas mostram que chove mais do que evapora, inclusive no i
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