Nutrição e Crescimento
Dra. Tünde KovácsEspecialista em Pediatria / Pediatria Kandengue
Clínica Multiperfil
08/11/2017
Crescimento
Conceitos fundamentais
Crescimento e Desenvolvimento
Crescimento Desenvolvimento Transformação estrutural
Multiplicação celular
Aumento em tamanho
corporal
Alteração proporcional
Transformação funcional
Diferenciação celular
Aumento de complexidade do
organismo
Celulas, técidos, orgãos
especializados
Mechanismos de adaptação
Desenvolvimento mental
Conexões sociais
Desenvolvimento emocional
Conceitos fundamentais
Fases de Crescimento
1. Fase pré-natal
Fase germinativa (1 - 10 dias)
Fase embrional (10 dias - 8 semanas)
Fase fetal (8 – 40 semanas)
2. Fase pós-natal
2.1 Fase neonatal (1 - 28 dias)
2.2 Lactância (28 dias - 1 ano)
2.3 Início de infância (1 - 3 anos)
2.4 Primeira infância (4 - 7 anos)
2.5 Segunda infância (meninas 8 - 11 anos, meninos 8 - 12 anos)
2.6 Puberdade (meninas 12 - 15 anos, meninos 13 - 16 anos)
2.7 Juventude (meninas 16 - 20, meninos 17 - 21 anos)
Crescimento e desenvolvimento dos técidos(Fonte: Scammon, 1930)
Factores de crescimento
Programa genético Nutrição
Sistema endócrino Condições ambientais
Crescimento
Funções dos nutrientes
1. Função estrutural (proteinas, lípidos)
Construir e reparar as células
Formar as membranas celulares
Proteger dos orgãos internos
2. Reguladores (água, sais minerais, vitaminas, lípidos,
fibras)
Manter a hidratação
Actuar no metabolismo das celulas e do organismo
Regular o funcionamento do corpo
3. Função energética (carbohidratos e lípidos)
Actuar como fonte de energia do organismo
Taxa de crescimento de lactante e criança
1 mês 2 3 6 9 12 1836
mêses
Meninos 40 35 28 20 15 12 8 6
Meninas 35 30 25 20 15 12 8 6
05
1015202530354045
g/d
ia
Fonte: Lange, 2003
Requerimentos energéticos do crescimento
0
20
40
60
80
100
120
1 m
ês 2 3 4 6 8 10 122
ano
s 4 6 8 10 12 14 16 18
Kcal/kg/d
ia
Fonte: FAO, 2004
Meninos
Meninas
Necessidade de energia para o crescimento
0
20
40
60
80
100
120
1 mês 2 3 6 36 mêses
Kca
l/k
g/d
ia
Fontes: FAO, 2004; Lange, 2003
Procura total de energia
Necessidades de energiapara o crescimento
Composição dos nutrientes
Carbohidratos: 50-60% da energia
(1 g de carbohidrato = 4,1 kcal = 17 Joule)
Com a prioridade de baixo índice glicêmico
Lípidos: 30-35% da energia
(1 g de lipído = 9,3 kcal = 40 Joule)
Com a prioridade de ácidos graxos poli-
insaturados
Proteínas: 10-15% da energia
(1 g de proteína = 4,1 kcal = 17 Joule)
Com quantidades equilibrados de aminoácidos
essenciais e não essenciais
Composição dos nutrientes
ingestão de proteínas3 g/kg
1 g/kg
OMS; OAA, 2007
PROTEÍNAS
5% da energia ingerida
15% da energia ingerida
DESNUTRIÇÃO
AUMENTO DE LIPOGÊNESE
O balanço energético equilibrado
INGESTÃO TOTAL DE
ENERGIA
Carbohidratos
Proteínas
Òleos e gorduras
CONSUMO TOTAL DE
ENERGIA
Taxa metabolica basal
Termogênese
Actividade física
Crescimento
O balanço energético não equilibrado
Desnutrição
Ingestão total de energia
Ingestão insuficiente de
nutrientes
Falha quantitativa
Falha qualitativa
Perda de nutrientes, ou
líquidos do corpo
Consumo total de energia
Taxa metabolica basal elevada
Termogênese elevada
Aumento da atividade física
Fase de desenvolvimento
rápido
O balanço energético não equilibrado
Hipernutrição
Ingestão total de energia
A ingestão excessiva de
nutrientes
Hipernutrição geral
A ingestão excessiva de certos
componentes com alta
conteúdo energético
Consumo total de energia
Taxa metabolica basal baixa
Termogênese baixa
Insuficiência ou diminuição da actividade física
Após da fase de crescimento
Definição da malnutrição
É a insuficiência ou excesso geral ou parcial deenergia, nutrientes, minerais, vitaminas asnecessidade do corpo há curto ou longo prazo.
Consequências da malnutrição
A perda de composição corporal ótimo
A deterioração das funções do organismo
Diminuição a capacidade de acomodação decombater doenças
Alteração de programa do crescimento edesenvolvimento
Consequencias da desnutrição fetalDesnutrição fetal
Metabolismo econômico Subregulação
do crescimento
Composição
corporea alterada
Stress, maturação
prematura
Deterioração do
desenvolvimento do
pâncreas, rins e fígado
Resistência à
insulina, à IGF-1
Menos massa
muscular
Secreção de
cortizol elevada
HIPERTENSÃO
ARTERIAL, TENDÊNCIA
À INSUFICIÊNCIA
RENAL
RESISTÊNCIA À
INSULINA, SECREÇÃO
DIMINUIDA
AUMENTO DA
SENSIBILIDADE DO EIXO
HIPOTÁLAMICO -
HIPÓFISE- CÓRTEX
SUPRA-RENAL
ALTA PROBABILIDADE DE:
OBESIDADE, T2 DM, HIPERTONIA
SÍNDROME METABÓLICO
Malnutrição em Angola
Desnutrição
Cerca de 18% do
população é desnutrida
38% das crianças sofrem
de desnutrição crónica
moderada (2 milhão
crianças)
15% das crianças sofrem
de desnutrição grave (750
mil crianças)
Diminuição de prevalência
Hipernutrição
Não há dados disponível
Aumento de prevalência
Índices do crescimento
Índices antropométricos
Peso para idade (kg)
Altura para idade (cm)
Peso para altura
Índice de massa corporal (IMC, kg/m2)
Circunferência cefálica para idade (cm)
Avaliação – Referência Internacional da OMS (2006; 2007)
Monitorização do crescimento
Gráfico percentil de índice de massa corporal (IMS)
Alterações de IMC
Classificação do estado nutricional de crianças
Classificação do estado nutricional de crianças menores de cinco anos para índice antropométrico,
segundo recomendaçoes do SISVAN, baseado nos dados da OMS, 2006.
Valores críticos Índices antropométricos
Escore-z Percentil
%
Peso-para-
idade
Peso-para-
altura
Altura-para-
idade
IMC-para-
idade
(-3) 0,1 Muito baixo Magreza
acentuada
Muito baixa Magreza
acentuada
(-3) - (-2) 0,1 - 3 Baixo Magreza Baixa Magreza
(-2) - (-1) 3 - 15 Adequado Eutrofia Adequada Eutrofia
(-1) - (+1) 15 - 85 Risco de
sobrepeso
Risco de
sobrepeso(+1) - (+2) 85 - 97
(+2) - (+3) 97 - 99,9 Elevado Sobrepeso Sobrepeso
(+3) 99,9 Obesidade Obesidade
Média de escores-z dos índices antropométricos
Fonte: Pediatrics 2010; 125:e473-e480.
Conclusões
Da concepção até a maturidade o accesso de nutrientesdetermina o crescimento e desenvolvimento, a saúde e bemestar do indivíduo.
A insuficiência ou excesso de nutrientes resulta malnutrição.
Da desnutrição e da hipernutrição resultam riscos para asaúde.
O processo do crescimento normalmente está ligado com oestado nutricional da criança.
Os índices antropométricos são os métodos de confiança.As análises bioquímicas têm significância limitada.
Recomendações
1. A monitorização do crescimento e nutrição deve envolvertodas crianças em desenvolvimento.
2. A monitorização deve incluir: exame físico, história alimentare nutrição actual detalhada; calculo, avaliação edocumentação dos dados antropométricos regularmente.
3. Nos casos de transtornos do crescimento o paciente precisade análises mais detalhadas (diagnóstico diferêncial)
4. Recomendamos as entidades angolanas a criar normas paraaumentar o tempo de licença de parto para as mães,aumentando a duração de amamentação.
5. Angola precisa melhorar a sua segurança alimentar.
6. Educação familiar.
Bibliografia
1. A. F. Delgado, A. L. Cardoso, P. Zamberlan: Nutrologia Básica e Avançada.
Editora Manole Ltda., 2010.
2. N. F. Krebs, M. Hambridge, L. E. Primak: Nutrição infantil normal e seos
distúrbios. Em: LANGE: Current Pediatria, Diagnóstico e Tratamento. McGraw-Hill,
Décima Sexta Edição, Rio de Janeiro, 2004.
3. Orientações para a Coleta e Análise de Dados Antropométricos em Serviços de
Saúde. Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN.
Ministério de Saúde, Brasília - DF, 2011.
4. Revista de Ciências Médicas. Livro de Resumos do 3o Congresso de Ciências da
Saúde. pp. 155-157. Edição Especial Clínica Multiperfil, CIMECA, 2015.
5. The WHO Child Growth Standards. http://www.who.int/childgrowth/standards /en/.
WHO, 2017.
Obrigada pela sua atenção!
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