universidade federal fluminenseescola de arquitetura e urbanismo
trabalho final de graduação
1 semestre/2012
camila cardoso del aguilaorientador: prof. maurício campbell
universidade federal fluminenseescola de arquitetura e urbanismo
trabalho final de graduação
orientador: maurício campbell
camila cardoso del aguila
NÚCLEO CULTURAL R.U.A.
1 semestre/2012
“Fora de sua casa o homem urbano se abre ao espaço público e à experiência da pluraridade humana” Olivier Mongin
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Escolha do Tema
Chegada ao cliente - O Instituto Rua
Graffiti - Contextualização Geral
Graffiti no Rio
Arte urbana - Eventos
Arte urbana - Gamboa
O ArtRUA
Localização Geral
Gamboa - Breve histórico e situação atual
Gamboa - Cultura local
Localização
O Núcleo Cultural R.U.A.
Referências Temáticas
O entorno
Os imóveis
O projeto - Abordagem inicial
Programa de Necessidades
Plano de Massas
Partido Arquitetônico - Conceito geral
Referências Projetuais
Critérios de Implantação
Concepção volumétrica
Memorial Justificativo - O volume central
Memorial Justificativo - O sobrado
Memorial Justificativo - O anexo
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Conexões
Superfícies
Detalhes
Desenhos técnicos
Agradecimentos
Bibliografia
ESCOLHA DO TEMA
REFERÊNCIAS
Escolha movida por inquietações pessoais por uma maior aproximação ao mundo da arte, unidas a outras, por sua vez relacionadas ao desafio projetual arquitetônico, ao aprofundamento do seu processo criativo até a concretização do objeto. A necessidade de unir arte a um programa livre que não me limitasse ao explorar os conceitos da concepção arquitetônica, foi me direcionando para a busca de um estudo de caso que materiali-zasse as questões que me tocavam. Desejava produzir um espaço de concentração de idéias, debates e produções artisticas ou acadêmicas, com livre utilização por grupos independentes ou vinculados a instituições de ensino, que tivessem como objetivo a atuação no espaço público, e na sociedade. Ainda assim, essas idéias me pareciam abstratas e fui em busca de grupos através dos quais fosse possível a concretização de um programa real, um objeto de estudo que justificasse as decisões de projeto e sua própria relevância. Após ser apresentada, em viagem a Fortaleza, a um coletivo de arte urbana com um sólido material de pesquisa sobre a situação da grande cidade, o Grupo Acidum, tive a certeza de que a arte urbana era o caminho que me levaria à proposta de projeto que englobaria as questões artis-ticas e de ação no espaço público que gostaria de desenvolver, ainda que através de um objeto arquitetônico.
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ESCOLHA DO TEMA
CHEGADA AO CLIENTE
Minha busca seguiu, por um grupo com proposta de arte urbana, mas que refletisse a realidade do Rio de Janeiro. Dessa maneira, cheguei ao Instituto R.U.A. (Revitalização Urbano Artística), que além de seus projetos e atuações, idealiza a materialização de um Nucleo Cultural que abrigue sua sede e variadas atividades relacionadas a arte. O Intituto R.U.A. é uma instutuição cultural sem fins lucrativos dedicados às artes urbanas e seu universo em geral, formado por um coletivo de artistas e profissionais de diferentes áreas. Uma associação civil que busca patrocínios institucionais para garantir sua sustentabilidade financeira. Tem como objetivos criar e desenvolver projetos de ocupação, reforma e adoção do espaço público através da arte; fomentar intercâmbios, produzir pesquisas e publicações, realizar exposições, cursos, palestras e seminários; com o objetivo de organizar, documentar e difundir a arte urbana. Fundado em 2010 por André Bretas, Pedro Villela e Wagner Nascimento, o insi-tuto já realizou ações como: Mural Bambas da Lapa; Painel Mídias Mirabolantes; Pro-jeto Olhar sobre as Pedras; Projeto com Romero Brito e Santa Crew; Projeto Graffiti Tapume; Projeto Arpex Poste de Surfe; Pintura Decorativa na Secretaria de Conserva-ção.
Um de seus maiores projetos é o ArtRUA, evento que aconteceu em paralelo à feira internacional de arte contemporânea ArtRio em setembro de 2011. Mostra gratuita que reúne as principais referÊncias da arte urbana do eixo Rio-São Paulo, através de exposição de graffitis, stencil, posters e stickers, além de instalações, projeções, performances circenses, DJ´s, VJ´s, etc. Os artistas pintaram 10 muros na Gamboa, no trajeto do ArtRio para o ArtRUA.Evento contou com apoio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, e atraiu mais de 1500 pessoas ao evento sediado no galpão pertencente ao Instituto RUA.
A partir da escolha de abraçar o objetivo do instituto em desenvolver o Núcleo Cultural R.U.A., entrei em contato direto com o coletivo para entender melhor seu funcionamento, suas ambições e necessidades.
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GRAFFITI
CONTEXTUALIZAÇÃO
NO MUNDO O graffiti nasceu a partir de diferentes contextos e assim assumindo diferentes formas, simultânea-mente nos Estados Unidos e na Europa. Os americanos tiveram como um de seus principais persona-gens o Jean-Michel Basquiat, que começou com assinaturas pelo Brooklyn com o codinome SAMO© , deixando frases nos muros da cidade. Deixou de ser grafiteiro ao tornar-se famoso artista plástico. As manifestações na Europa tem seu início marcado pelo uso da serigrafia para confecção de cartazes em defesa de mudanças sociais, que foi logo seguida por inscrições feitas diretamente nas paredes.
No Brasil, as manifestações relacionadas a pintu-ras de rua teriam surgido no final dos anos 60 em São Paulo, inicialmente como escrituras rápidas de cunho político, como “abaixo a ditadura”. Já no Rio de Janeiro, os registros de manifestações nos muros apontam para o final dos anos 70, em forma de “enigmas” que surgiram na Zona Sul, como “A lua vai cair” e “Celacanto promove maremoto”.Também nessa época o “Profeta Gentileza” deixou um grande legado de painéis pelos viadutos e muros cariocas fazendo críticas a valores sociais, religio-sos e políticos. Em seguida, viriam as manifestações de sentido político, como “É proibido proibir!” , que perdura-ram durante todo o processo de “redemocratização”. Tal relação do spray com manifestações políticas, levaram a alguns órgãos de segurança a caracterizarem o graffiti como atividade de cunho subversivo. Logo mais, a pixação e/ou graffiti foi considerada como ato de vandalismo. Apenas recentemente, a pouco mais de um ano, a prática foi discriminalizada, sob a condição de prévia autorização para a intervenção. Nos anos 80 começaram a surgir grupos, as crews, e nos anos 90, juntamente com o movimento hip-hop, associou-se a pintura urbana à requalificação de espaços urbanos degradados. O graffiti aparece nas periferias, sua origem mais comum, com temas geralmente lúdicos e quando se aproximam dos grandes centros, muitas vezes revelam um caráter de denúncia dos problemas de uma socie-dade. O graffiti aparece como forma de expressão não só de um indivíduo mas também de um grupo, que tem nos muros uma maneira de “ser visto”.
Ainda que a origem da prática do graffiti já não se limite as periferias, sendo explorada também por um seguimento das artes plásticas e outras formações artísticas, essa “intelectualização” da arte urbana não neutraliza seu caráter de meio expressão democrático e em massa. Tintas em muros que revelam a cultura e a realidade da parcela da sociedade que delas através deles se expressam. Somente no Brasil existe a distinção entre pixação e graffiti, um afastamento que resulta em considerar pixação como vandalismo e graffiti como arte urbana. As opiniões acerca desse afastamento ou de uma aproximação divergem, mas alguns teóricos mostram que a relação entre as duas atividades é bem próxima no cotidiano dos grafiteiros e que há muitos pixadores que aprendem o graffiti mas que não largam o antigo ofício, demonstrando que uma opção não exclui a outra. Independente do reconhecimento diferenciado de tais formas de arte, o graffiti/pixação é uma experiência coletiva, com capacidade de fazer sentido artístico para um povo e, portanto, cultural e que varia de grupo para grupo, de indivíduo para indivíduo.
NO BRASIL
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fonte: www.antonioluceni.blogspot.com
GRAFFITI
RIO DE JANEIRO O Rio de Janeiro já possui grande acervo de graffite por suas ruas e há um reconhecimento positivo da sociedade perante esta arte.Alguns de seus artistas já tem seu trabalho conhecido mundialmente e fazem um intercâmbio constante com o cenário da arte urbana de outros países. Vale dar destaque para Marcelo Ment e Pamela Castro, mais conhecida como Anarkia Boladona. Ambos são muito atuantes no Rio, e seus trabalhos atingem outros suportes que não o muro, como a tela, camisas, produtos comerciais, etc. Marcelo Ment, que é um dos pionei-ros do graffite no Rio, fez trabalhos como parte da Nação Crew, e hoje é grande referência na área. Já a Anarkia Boladona ganhou destaque devido às reivindicações aos direitos femininos através do graffite. Outros grupos de forte atuação e reconhecimento na cidade é o Flesh Beck Crew e o Santa Crew, do Jardim Botânico e de Santa Tereza, respectivamente. A Flesh Beck Crew, grupo reunido através do curso de desenho industrial, já conta com muita publicidade em cima de seu trab-alho e já tem sua linguagem visual reconhecida por por muitos cariocas. A cidade tem uns pontos especiais de intervenção pelos artistas, e um dos que mais tem destaque é o muro do Jockey Club, no Jardim Botânico. Lá está a marca dos maiores artistas brasileiros e internacio-nais que passam pela cidade. O bairro da Lapa também virou palco para a arte urbana e é uma das maiores concentrações desse tipo de expressão no Rio de Janeiro. Mas não somente as ruas recebem graffitis e stencils. Já se conquistou espaço para arte urbana nas galerias tradicionais e estão nascendo galerias especializadas nessas manifestações artísticas. No Rio exemplos são a Galeria Arte Contemporânea e a Haus, ambas em Copacabana, são galerias de arte contemporânea e street art. Recente-mente, a Caixa Cultural abrigou a exposição “Mural Itália-Brasil”, que promoveu intercâmbio entre artistas brasileiros e italianos, em obras que não se limitaram aos espaços da galeria e fizeram intervenções na cidade, como um grande painel na Cinelândia e oficinas em comuni-dades.
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ARTEURBANA
EVENTOS EM EVIDÊNCIA Nas vielas e becos que cortam a Vila Operária, comunidade de Duque de Caxias, surgiu o Meeting of Favela (MOF), uma espécie de reunião que se transformou no maior evento de grafite voluntário da América Latina, que no dia 25 de novembro inicia sua 7a edição. O encontro anual de grafiteiros apresenta batalhas de rima, bboys e graffti, em uma celebração da cultura hip hop. Todos os anos, durante três dias, a comunidade se transforma num ateliê a céu aberto. Na sua última edição contou com a participação da Orquestra Voadora, um dos maiores blocos carnavalescos do Rio. O evento é um verdadeiro encontro das artes urbanas,
O coletivo Tocayo tem como produto principal o Festival Tocayo , evento anual que converge diversas manifestações artisticas num mesmo lugar no mesmo dia. Sua 12º edição se apropriou do Galpão Ação Cidadania para exibir obras de diferentes artistas contemporâneos em um evento multimídia que promove a arte como catalizadora do intercâmbio cultural - social - ambiental. Durante o evento em meio às exposições aconteceram performances circenses, de dança, oficinas de light painting, projeções de vídeo, debates, sarau de poesia, contando inclusive com espaços de leitura.
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ARTEURBANA
GAMBOA
A produção atual de arte urbana na Gamboa está diretamente à ocorrência da mostra Art Rua, evento que aconteceu em setembro de 2011, deixando suas marcas pelo bairro. Promovido pelo Instituto Rua, no galpão situado no terreno de projeto, este evento reuniu os grandes nomes do graffite do eixo Rio-São Paulo, que expuseram seus trabalhos não somente no interior do galpão mas o extenderam às ruas do bairro com suas pinturas. Boa parte das artes se concentrou nas fachadas da rua Pedro Ernesto, a qual hoje tem em suas paredes um grande resumo do cenário atual do graffite carioca.
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GAMBOA
BREVE HISTÓRICO
A expansão das atividades portuárias da cidade foi incentivo para a urbanização do litoral da Saúde, Gamboa e do Saco do Alferes. A tranferência em meados do séc. XVIII da capital brasileira de Salvador para o Rio, acelerou enormemente o seu processo de urbanização. Lagoas e brejos que dificultavam a expansão começaram a ser dessecados. O aumento da produção do café foi o principal fator de dinamização do litoral da Prainha. Cais e trapiches se multiplicaram pela área, onde também se estabeleceram grandes armazéns de exportação de café. Muitas das indústrias instaladas na área contavam com seu próprio cais. O incremento constante de atividades portuárias repercurtiu fortemente no desenvolvimento das áreas próximas à costa e na caracterização das edificações que ocupavam seu espaço, em sua maioria prédios voltados ao atendimento das funções do porto. Por volta de 1850 inaugurou-se a praça da Harmonia (atual Praça Coronel Assunção) e nas proximidades instalou-se o mercado da Harmonia. Já era grande o movimento comercial nesse local, conhecido como distrito do Livramento. No início do século XX concretizou-se então a reforma do porto, a qual foi incentivada pelo fato do porto do Rio ser, à época, o maior porto importador do país e um grande centro de consumo. 09
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Ainda que muitas vezes em mal estado de conservação, a Gamboa mantém um grande conjunto arquitetônico dos séculos XVIII e XIX. Hoje seu casario é habitado em geral por operários e comerciantes ligados às atividades locais, do porto ou do centro da cidade. Desde a praça Coronel Assunção, a rua Sacadura Cabral liga o interior do bairro diretamente a Avenida Rio Branco , passando pelo Hospital dos Servidores do Estado e pelo Quinto Batalhão da Polícia Militar, rua de predominante uso comercial. Como parte do Plano de Recuperação e Revitalização da Região Portuária, foram construídos a Cidade do Samba e a Vila Olímpica da Gamboa, em uma parceria da prefeitura com investimentos de iniciativa privada. Outro sinal de um início de recuperação dos olhares externos para a área é a progressiva chegada de empresas que ali se instalam, promovendo assim uma reabilitação de edifícios históricos. Seus galpões comerciais de depósitos de materiais se unem a oficinas, comércios, gráficas, bares, igrejas, hospitais e residências formando a diversificada ambiência local. Novos usos vêm se aderindo aos já tradicionais, fazendo dos antigos sobrados abrigo de ateliês e galerias de arte.
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CULTURA LOCAL
Quantos risos se escutam dos olhos de quem de pé observa o movimento da praça? Entre as músicas do botequim ao meio dia, calmamente histórias dançam pelos balcões e mesas. Com pano no ombro e leveza no rosto a moça me trouxe uma água. Ali, expectadora discreta da alegria que circulava por aquelas calçadas, senti do que elas eram feitas. Eram humanas. Simplicidade carioca que se vê nas relações entre os os que por ali passam. Há identidade própria naquele trecho de cidade. Entre oficinas e armazéns, gente por eles caminham e trocam conversas, e assim a vida se espalha pelo bairro. Como se expressar então sem arte? A cultura é o mais vivo reflexo de uma sociedade. Vamos explorar pois o rico contexto que permea a Gamboa e o qual se compartilha com os vizinhos Saúde e Santo Cristo.
A região em que se insere os terrenos é protegida pelo Patrimônio Cultural, através da APAC do SAGAS. O objetivo desta área de proteção ambiental e cultural é a preservação dos bens culturais e do patrimônio histórico. Promovendo assim o resgate de manifestações culturais que hoje, devido a vários problemas que a área enfrenta, estão em vias de desaparecer. Através da legislação da APAC do SAGAS diversos imóveis do bairro estão sob proteção, de modo a manter a ambiência do patrimônio histórico que se tem hoje. Na rua Pedro Ernesto, o sobrado nº 31, alvo desse projeto final, está incluso na lista dos imóveis preservados pela APAC.
São vários os equipamentos culturais que tem se instalado na região, alguns deles de grande porte, como a Cidade do Samba Joãozinho Trinta e a Vila Olímpica da Gamboa. A primeira abriga os barracões das 14 escolas do grupo especial do Carnaval, dando infraestrutura e segurança para montagem das alegorias. Sua grande área central do conjunto é um espaço de encontro, entretenimento e lazer. Já a Vila Olímpica oferece aos moradores atividades gratuitas esportivas, de dança e esportes adaptados a portadores de necessidades especiais. O Galpão Ação Cidadania, situado na Rua Barão do Tefé, é um centro cultural com objetivo de fomentar a inclusão social através da produção cultural. Além de seus espaços de exposições e música, o galpão abriga eventos e festivais do circuito cultural carioca. Outro importante centro cultural é o Galpão Gamboa. Instituição de iniciativa privada classificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Pretende, através da cultura, do esporte e da saúde, criar oportunidades de formação e inclusão social para população das comunidades carentes do Rio de Janeiro. Dentro da área cultural, desde 2008, o espaço já atende a produções culturais, sendo usado como sala de ensaios e como base para produções de teatro (“O Bem Amado”, “Cine-Teatro Limite”, “A Máquina de Abraçar”, “Pterodátilos”) e cinema (“Do Começo ao Fim”).Limite”, “A Máquina de Abraçar”, “Pterodátilos”) e cinema (“Do Começo ao Fim”).
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CULTURA LOCAL
1 Centro Cultural José Bonifácio2 Memorial Pretos Novos3 Grande Companhia de Mystérios e Novidades4 Galpão Ação Cidadania5 Galpão Gamboa6 Cidade do Samba7 Vila Olimpica da Gamboa8 Agência SuperUber
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Voltando à Rua Pedro Ernesto, encontramos o Centro Cultural Municipal José Bonifácio, que atualmente está sendo restaurado. Ele funciona como sede do Centro de Referência da Cultura Afro-brasileira, único no gênero na América Latina. Além da biblioteca com vasto acervo sobre o tema, o espaço oferece atividades cotidianas de oficinas, cursos, espetáculos e exposições, todas gratuitas. Ainda na Rua Pedro Ernesto, está o recém inaugurado Memorial Pretos Novos. Um sítio arqueológico descoberto em uma casa do séc. XVIII, que consiste em um cemitério secular de negros vindos da África, que não resistiam à viagem e morriam antes de serem comercializados - o então desconhecido, Cemitério dos Pretos Novos. Transformado em centro cultural, hoje abriga a Galeria de Artes Pretos Novos, que expõe a história desses africanos e leva a população informações sobre a entrada dos escravos em nossa sociedade. A galeria exibe também obras de artistas contemporâneos. Ali perto, na praça Coronel Assunção, acontece um projeto desenvolvido pela Viva Rio, o Projeto Jardineiros do Bairro. Através dele, jovens tem aulas de jardinagem e educação ambiental, além de receberem conhecimentos de direitos humanos e cidadania. Para participar, os moradores precisam estar regularmente matriculados em escolas. Foi nos bairros da Gamboa e da Saúde que surgiu o bloco de carnaval Cordão do Prata Preta, que completa 8 anos de tradição. Leva no nome uma homenagem a Horácio José da Silva, vulgo Prata Preta, um dos símbolos da luta da população carioca durante a Revolta da Vacina. Hoje o Cordão do Prata Preta reúne no carnaval de 2.000 a 3.000 pessoas pelas ladeiras da Gamboa e da Saúde para relembrar a história da região e do Rio de Janeiro ao som de marchinhas clássicas.
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CULTURA LOCAL
Vizinha ao terreno de projeto, recebe destaque nessa investigação a sede da Grande Companhia de Mystérios e Novidades. Por sua simplicidade e aproximação com a vida social da localidade. Conhecida pelos moradores do bairro como “a casa dos pernas de pau”, desenvolve atividades culturais com a comunidade. O imóvel, que antes pertencia a um imigrante italiano, hoje possui dormitórios para receber grupos teatrais de fora do Rio de Janeiro e um galpão para eventos. A companhia foi fundada há 30 anos por Lígia Vieira, e desde 2007 tem sua sede no Rio. Em seu currículo estão participações no bloco de carnaval “Escravos da Mauá”, e mais de 10 espetáculos que misturam dança, teatro de rua e música, e que tem a peculiaridade do uso da perna de pau pelos artistas. O grupo oferece cursos de dança em pernas de pau; ginástica e dança orgânica; de educação corporal e conta ainda com atividades infantis. E busca, através do teatro de rua, formar e criar oportunidades a esses jovens. “O teatro de rua oferece à sociedade algo democrático, para todos”
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Depois desse percurso fica evidente a vocação cultural do bairro da Gamboa e a relevância da proposta de um Núcleo Cultural de Arte Urbana em seus limites. Ainda que o terreno escolhido pertencesse já ao instituto tido como cliente idealizado, e por isso seria já forte candidato a localização do projeto, as investigações acerca do bairro e dos imóveis em questão reafirmaram a pertinência do local previamente sugerido.
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CULTURA LOCAL
Outros locais que acrescentam à cultura local são as casas de entretenimento e galerias. Exemplo é a casa de samba e choro, Trapiche Gamboa, localizada na rua Sacadura Cabral e que já foi cenário para o programa de da TV Brasil “Samba na Gamboa”, apresentado pelo cantor Diogo Nogueira. Outro exemplo interessante é a instalação da sede da SuperUber no bairro, um misto de agência criativa, laboratório de tecnologia e estudio de arquitetura. Trabalhando na convergência entre arte, tecnologia e design, são responsáveis por projetos multimídia e interativos para cultura, educação, entretenimento e propaganda.
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R.U.A
NÚCLEO CULTURAL
Após a busca por um estudo de caso, um programa real que guiasse o projeto, a escolha do Instituto RUA levou a adoção do núcleo cultural, já idealizado pelo grupo, como alvo do meu trabalho final de graduação. Assim, foram feitas entrevistas com o coletivo para a formação de um programa ideal e compreensão maior do universo em que estão inseridos. Primeiramente, foi levado à questão os dois imóveis pertencentes ao instituto, localizados na rua Pedro Ernesto, nº 29 e nº31, na Gamboa. Que consistem em um galpão térreo e um sobrado do início do séc. XX, atualmente utilizados apenas para o evento ArtRUA e para locações de filmagens. Os imóveis subutilizados eram, para o instituto, o objeto ideal de intervenção, fato que foi posterior-mente confirmado após estudo da área e da situação dos imóveis.
O Núcleo Cultural R.U.A. foi pensado para ser a sede do insti-tuto, abrigo do ArtRUA, e centro cultural. Como necessidades principais foram apontadas área para aulas e oficinas de arte urbana; galeria e espaço livre para o evento; estrutura para promover uma residência artística de pequena escala, dormitório que possa receber artistas itinerantes; sala de projeção de vídeos; sala de criação; sala de produção (eventos); e depósito de materiais. A partir dessa aproximação com as necessidades reais do instituto, e da investigação sobre o tema da arte urbana, o programa foi desenvolvido. Fez-se então um estudo para verificar a vocação da área em que os imóveis inicialmente propostos estão inseridos para abrigar um projeto cultural.
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Rua Pedro Ernesto, 29 e 31. Próximo ao Moinho Fluminense, à Praça Coronel Assunção, ao Centro Cultural José Bonifácio, ao recém inaugurado Memorial Pretos Novos, a oficinas mecânicas; à boa média dos botequins; aos mercadinhos; ao pastel da feira; a escolas; hospitais; aos ateliês vestidos de sobrados; a residências sempre presentes. Atividades que vivenciam a rua a todo momento, a ocupam e fazem dela seu local de troca e lugar comum. Foi se alimentando desse rico contexto e nele se inserindo como uma contribuição cultural ao meio, que nasceu o projeto. Sem pretexto de ser uma atração principal isolada mas sim uma extensão da rua e proporcionar à mesma mais atividades e trocas. Um projeto à serviço dos fre-quentadores do bairro, oferecendo-lhes mais um meio de aproximação à arte que mais expressa a realidade de uma sociedade ou de um grupo, a arte urbana.
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2931
19
2º PAVIMENTO 591.94m² útil
OS IMÓVEIS
R. PEDRO ERNESTO 29 O imóvel de nº29 é galpão armazém. Térreo e sem aberturas para o exterior além dos vãos na fachada, atualmente possui comunicação direta com o lote do nº31 em toda sua extensão. Ambiente fechado, limita sua utilização para atividades diferentes de armazenagem pois não possui iluminação e ventilação natural. Por depender de conserto do sistema de ar condicionado, o uso do imóvel atualmente se limita a abrigar eventuais gravações de programas de televisão. Ainda assim, é um ambiente desconfortável para a per-manência. Possui recuo frontal aproveitado como estacio-namento nos dias de uso. Durante o evento ArtRua, tal recuo funcionou como um ambiente de concentração do fluxo de pessoas do evento, de maneira a liberar a calçada do grande número de pessoas.
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OS IMÓVEIS
R. PEDRO ERNESTO 31
O imóvel de nº31 é um sobrado do início do séc. XX. Em sua ocupação anterior, funcionava como depósito de tecidos, o que resultou na adição de um patamar técnico sob o 2o pavimento. Seu volume original foi desconfigurado e o lote hoje é todo ocupado por acréscimos posteriores. O imóvel encontra-se em mal estado de conserva-ção. As esquadrias da fachada estão danificadas e em parte alteradas. Funciona atualmente como es-toque de materiais e apoio as eventuais atividades do galpão.
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O conjunto nasce do urbano, absorve seu contexto. A Gamboa, como bairro histórico do Rio de Janeiro, já carrega uma ambiência própria de sobrados e galpões industriais. Como o projeto intervém em imóveis existentes, a questão do tratamento dado a esses imóveis foi definidora para a linguagem do projeto. Entre os dois terrenos pertencentes ao instituto, sendo um deles ocupado por um galpão e o outro por um sobrado do século XVIII, e apesar de ambos estarem inseridos em Área de Proteção Ambiental e Cultural (APAC do SAGAS), somente o sobrado é patrimônio preser-vado. O Decreto 7351 define a legislação da área, classificando-a como Setor 3 do Centro de Bairro 1A (CB-1A), o qual tem seu limite de altura em 11m e os imóveis nele localizados deverão obedecer ao alinhamento existente. Já o Decreto nº322, de 3 de março de 1976 define como uso adequado no CB-1A as atividades artísticas; atividades de ensino de artes; gale-ria de arte;sede administrativa de instituições culturais; hotel residência; atividade de restaurante;assim como boate e casa de diversões, en-globando dessa forma tanto as atividades regulares propostas pelo projeto como as eventuais. a valorizar inclusive o próprio volume original do sobrado.
O PROJETO
ABORDAGEM INICIALEntre as principais atribuições da APAC do SAGAS, estão: a manutenção das características consideradas importantes na ambiência e identidade cultural da área; preservação do bem cultural que apresenta caracter-ísticas morfológicas típicas e recorrentes na área, sendo o mesmo, parte integrante de um conjunto de bens de valor cultural; O galpão, apesar de inserido na APAC, não é um imóvel preservado pela APAC do SAGAS. Porém, a partir das definições da legislação local, e da observação do ambiente em que está inserido, foi decidido por se manter a fachada existente do galpão em vista de preservar a linguagem presente no bairro e no próprio logradouro. As intervenções do projeto então priorizaram o uso de lingua-gem contemporânea no interior dos lotes, e através de um afastamento do volume inserido na fachada em relação à fachada existente do galpão, fica clara a proposta de uma intervenção contemporânea que ressalta a linguagem original do imóvel, em vez de diminuí-la. O sobrado é um patrimônio preservado e por isso, a partir da reconstituição de seu volume original, atualmente desconfigurado, que foram feitas as propostas de modifica-ção do espaço interno de modo a atender a nova demanda do projeto. Como os fundos de seu terreno atualmente é ocupado por adições posteriores ao projeto original do sob-rado, foi possível a utilização desse fundo de terreno para intervenções com maior caráter de liberdade, de modo a valorizar inclusive o próprio volume original do sobrado. Assim, foi estabelicido como princípio geral um diálogo entre a nova arquitetura e a existente, incluindo seu contexto urbano.
imóveis protegidos pela APAC do SAGAS
1 a 2 pav
3 a 5 pav
6 a 10 pav
11 a 15 pav
Gabaritos
22
N
Programa Básico
Imprescindíveis
Comuns
Outros
espaço para galeria e eventossala de aula de artesárea externa para prática de graffitidepósito sala de projeçãoalojamento e ateliê para residência artísticasala de criação (escritório)sala de produção (para eventos)administraçãorecepçãobiblioteca
Circulação verticalbanheiros
AlmoxarifadoCopasCafé/CozinhaPista de skateTerraço multiuso
TÉRREO
compartimento quantidade área
recepção 1 31m²
1 069.82m² útil
galeria principal 1 313.40m²
galeria 1 38.48m²
pátio interno 1 297.40m²
pátio público privado 1 191.45m²
depósito 1 66.18m²
hall serviço 1 19.64m²
banh. funcionário 1 4.35m²
banh. masculino 1 11.42m²
banh. feminino 1 9.23m²
banh. p.n.e. 1 5.29m²
banh. p.n.e. 2 2.56m² copa 1 8.71m² bar 1 5.40m² salão café 1 31.55m² circulação 1 31.20m²
2º PAVIMENTO
compartimento quantidade área
copa 1 8.70m²
591.94m² útil
copa 1 8.32m²
banh. p.n.e. 1 3.16m²
sala de produção 1 17.42m²
circ. 1 8.98m²
administração 1 19.91m²
circ. 1 9.74m²
circ. serviço 1 19.92m²
banh. funcionário masc. 1 6.42m²
banh. funcionário fem. 1 10.13m²
depósito especial 1 17.17m²
depósito 1 16.03m² almoxarifado 1 8.42m² hall 1 25.43m²
cursos 1 146.5m²
terraço A 1 14.10m²
PROG
RAM
A DE
NECE
SSID
ADES
terraço B 1 24.15m²
passarela 1 16.61m² sala multiuso 1 79.21m²
hall 1 11m² biblioteca 1 28.85m²
terraço C 1 64.84m² terraço D 1 8.39m² galeria 1 18.54m²
compartimento quantidade área
copa 1 8.70m²
457.05m² útil
hall 1 3.70m²
banheiro p.n.e. 1 3.16m²
sala reunião 1 12.92m²
sala criação 1 24.38m²
refrigeradores 1 17.17m²
pista de skate 1 185.97m²
passarela 1 14.82m²
terraço multiuso 1 125m²
alojamento 1 19.15m²
banheiro 1 3.37m²
ateliê 1 38.71m²
3º PAVIMENTO
2 118.81m² de área útilTOTAL
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23
O PROJETO
PLANO DE MASSAS
área A partir da elaboração do programa básico de necessidades, foi feito um plano de massas distribuindo os núcleos das principais atividades. Decidiu-se por centralizar as atividades culturais de maneira que este núcleo principal pudesse ser visto de todos os pontos do projeto, e assim ser o centro das atenções. O 1º contato com o público acontece com a recepção e um espaço público-privado que direcionam as pessoas para o núcleo principal. Assim, no fundo dos terrenos se concentram as atividades de suporte.
24
Trazer a arte urbana para um abrigo arquitetônico, um forno em alto grau concentrando e estimulando a produção e discussão de uma arte que ali não fica presa, transborda sempre de volta para a rua. Para isso, quis trazer a cidade para a arquitetura. A arte viria então ocupá-la naturalmente. Pluraridade de elementos, um dinamismo cru, a provocação ao encontro e à convivência foram as grandes contribuições da urbe ao projeto. E foi se deixando permear por seu meio, a zona portuária do Rio de Janeiro, que o projeto assumiu uma fusão de uma linguagem industrial e dura com a dinâmica complexidade do universo da arte urbana. A partir daí a arquitetura deixa de ser um objeto estático no tempo e se abre a intervenções espontêneas. Suas paredes são muros, seus pátios são praças e seus terraços são palcos. As ativi-dades complementares se concentram em um fundo de cena para que o espetáculo cultural seja visto e vivido. Diálogos são estabelecidos assim, de maneira a provocar a troca constante entre o espaço interno e a cidade, e principalmente, entre as pessoas e a arquitetura (ator a superfície).
diálogo (latim dialogus, -i) s. m.4. [Música] Composição em que as vozes ou os instrumentos se alternam ou se respondem. [1]
Os espaços conectados conversam, dialogam visualmente, porque se permeam, e fisicamente, através das variadas conexões entre os mesmos. O indivíduo que transita pelo edifício tem sempre uma percepção de outra parte do conjunto, ou seja, não se limita ao ambiente em que se encontra. O diálogo é constante.
O PROJETO
PARTIDO ARQUITETÔNICO
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OJET
O
O Projeto rua pedro ernesto, gamboa núcleo cultural R.U.A. 27
O PROJETO
CRITÉRIOS DE IMPLANTAÇÃO
térreo
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28
O PROJETO
CRITÉRIOS DE IMPLANTAÇÃO
3º
pav
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2º pavimento
29
O PROJETO
CONCEPÇÃO VOLUMÉTRICA
duro
enclausurado
transpõe limites
vive o externo
aberta
dinâmica
criação de terraços
multiplicação deárea externa
No processo inicial do projeto preservou-se a lingua-gem existente de galpão-armazém, utilizando-se da mesma solução formal para adequação ao mesmo programa. O volume então desenvolvido resultou em uma arquitetura rígida e enclausurada. A ruptura com o espaço externo foi ficando visível e indesejada. A partir de conversa com Ivan de Albuquerque, autor da tese “Grafite: A intervenção estética urbana destas crôni-cas à deriva.”, seus esclarecimentos quanto ao mundo do grafite e da arte urbana em geral evidenciaram a importância da ligação direta dessas práticas com o ambiente ao ar livre. A liberdade está no contexto da rua e necessita estar presente também na arquitetura. Esse entendimento levou a uma tranformação do volume inicialmente proposto para que a linguagem arquitetônica viesse a expressar e incorporar o sentido da arte urbana. Foi desenvolvido um ambiente proprício às diversas práticas artísticas, estimulante à criação e ao encontro. Assim, o que antes era um volume estático e de barreiras definidas, foi transformado em um conjunto dinâmico de superfícies que se movimentam pelo ambiente transpondo os limites de interno-externo. A arquitetura reflete então a essência da arte urbana e convida o artista a intervir em suas superfícies.
Plural e livre, como as ruas.
fluidez
conexão
30
VOLUME CENTRAL
DIÁLOGOS
O conjunto do Núcleo Cultural é formado por 3 blocos, que conver-gem em um único pátio central.É na área formada pelo volume principal e o pátio interno onde a arte se expressa e acontece com força maior. O interno e o externo se unem em um espaço amplo e livre para as variadas atividades que venham nele acontecer. Um lugar de transição e contemplação para quem o atravessa, e também um lugar de permanência e de intercâmbio para aqueles que do espaço usufrui. A percepção do conjunto geral é constante, e a comunica-ção visual entre as partes é intensa. Isso favorece o encontro, o diálogo. Provaca-se,como numa sala de estar, uma rica troca de experiência entre os frequentadores do centro cultural. Ainda no térreo, se concentram no fundo do bloco as áreas de su-porte ao funcionamento da galeria: o depósito de materiais volumosos, como grandes painéis, banheiros , almoxarifado e copa.
31
VOLUME CENTRAL
DIÁLOGOS
32
A galeria expõe a produção artística contemporânea , se tornando também um espaço de intervenção direta recebendo grafitis, stencil e stickers em suas paredes. Sua função diária é de expor e produzir obras de arte, em suas diferentes formas. Contudo, este espaço também nasce com a capacidade de servir periodicamente como abrigo de eventos culturais, como o Art Rua, promovido anualmente pelo Instituto RUA, de maneira a incentivar o debate acerca da arte urbana e difundir a sua produção mais recente.
VOLUME CENTRAL
GALERIA PRINCIPAL
33
VOLUME CENTRAL
GALERIA PRINCIPAL
34
O segundo pavimento abriga a área educacional, com sala de cursos para oficinas de arte, sala multiuso, e pequena biblioteca. A sala de cursos é lugar de experimentação dos alunos, onde iniciam seu contato com a produção artística, e onde preparam as obras que serão expostas na galeria, ou marcadas nas paredes e muros do centro cultural.
VOLUME CENTRAL
GALERIA PRINCIPAL
35
A sala multiuso atende às possíveis demandas de reuniões em diferentes formatos, a projeções de vídeos, filmes. Um local de troca de idéias, debates, palestras, ensaios. Adjacente à mesma está a biblioteca de apoio, onde o livre acervo de material complementaria a experiência educativa dos que frequentam o centro educacional, incentivando nova-mente o debate acerca da arte e dos assuntos afins.
VOLUME CENTRAL
SALA MULTIUSO
36
Como extensão desses espaços citados, está o terraço da fachada, que proporciona um local de descanso e de leitura ao ar livre. Da mesma forma funciona o terraço localizado acima da sala multiuso e da biblioteca, que possui acesso direto por outro terraço frente a sala de cursos.
VOLUME CENTRAL
TERRAÇO 2 PAV
37
Imóvel do séc. XVIII preservado pelo APAC do SAGAS, tem seu volume original desconfigurado, e seu lote inteiramente ocupado por acréscimos posteriores. De acordo com projeto de reconstrução datado de 1907, o imóvel teria uso de armazém no térreo e moradia no segundo pavimento. A fachada atual, contudo, não corresponde ao projeto de reconstrução. Através da observação do telhado existente se pode constatar o volume original do sobrado. A partir da reconstituição desse volume e da demolição dos acréscimos no lote, foi pensada a proposta de intervenção no sobrado para atender ao novo uso.A fachada frontal foi mantida, exceto pela mudança de esquadrias nas portas do térreo, feita de modo que a entrada do centro cultural seja visível. A partir da observação do telhado existente constatou-se também que ali existira uma clarabóia. Esta foi incorporada ao novo telhado. O telhado projetado mantém o volume do telhado original, mas adapta sua estrutura para a nova demanda. As treliças de madeira são substituídas por pórticos metálicos de perfil “I” , possibilitando a liberação do vão completo e o pé direito em maior aproveitamento. Devido a necessidade de banheiro e copa, é acrescentada uma laje de forro sob parte do telhado para abrigar a caixa d´água.
O PROJETO
SOBRADO
38
O SOBRADO
FACHADA
39
A partir da reconstituição do volume foi criada a fachada posterior, a qual evidencia ser uma intervenção contemporânea ao passo que se co-munica com a linguagem da fachada frontal existente. Manteve-se o ritmo das esquadrias nos pavimentos superiores e no térreo fez-se aberturas amplas de linguagem atual com esquadrias de vidro e alumínio, mantendo a nova estrutura metálica em evidência. Foi feita uma abertura para iluminação na fachada lateral, propor-cionando assim uma comunicação visual entre a recepção no sobrado e a praça público-privada do conjunto.
O SOBRADO
RECEPÇĂO
40
O SOBRADO
RECEPÇĂO
41
Para as modificações necessárias fez-se uso de estrutura metálica aparente, agredindo o mínimo as paredes originais e valorizando o caráter contemporâneo da intervenção. Foi mantido o pé direito do térreo e do segundo pavimento, até a distância de aproxima-damente 6m da fachada, onde começa a projeção da clarabóia. A partir daí, os pavimentos foram redivididos para adição de mais um nível, de modo a acomodar o novo uso. Assim, o térreo funciona como galeria e recepção; o 2o nível funciona ainda como extensão da galeria; os níveis seguintes acomodam ateliê e alojamento para artistas itinerantes ou programas de residência artística. A circulação vertical foi localizada na projeção da clarabóia, junto à abertura para entrada de luz na fachada lateral. A circulação comum atinge somente até o 2o nível, de uso público. A partir daí outra escada faz acesso ao ateliê e ao alojamento, ambiente único de uso limitado. O sobrado possui comunicação direta com a galeria do bloco principal, através de aber-tura lateral interna. Sua fachada posterior é aberta ao pátio interno, sendo este responsável pela união dos três núcleos do conjunto.
O PROJETO
SOBRADO
alojamento
galeria
ateliê
galeria recepçăo
RESTRITO
PÚBLICO
42
Bloco mais recluso do conjunto, se localiza ao fundo do terreno o chamado Anexo. Ainda que seja preciso atravessar o sobrado e o pátio interno para acessá-lo, o edifício possui um funcionamento mais independente do resto do conjunto. Se utiliza de circulação vertical comum ao bloco principal, seja a escada ou elevador, que atende aos diferentes níveis e possui dupla abertura de porta. O bloco concentra as atividades institucionais do Núcleo Cul-tural. Sendo elas, administração, sala de produção, e sala de criação (escritório sede do Instituto RUA).No térreo está localizado um café/bar, como apoio à galeria e aos cursos. Voltado para o interior o pátio no interior do terreno, o café se torna um ponto de descanso abrigado e, principalmente, de observa-ção às atividades que acontecem no centro. O segundo pavimento acomoda a administração e a sala de produção, sendo esta necessária especialmente em dias de evento. Já no terceiro pavimento se encontra a sala de criação e escritório do instituto. Ambos tem suas vistas voltadas ao centro do conjunto, o que possibilita uma percepção geral do ambiente.
O fácil acesso ao terraço/pista de skate faz deste uma extensão às atividades do anexo, servindo como local de lazer e relaxamento.Por compartilhar as circulações verticais com o bloco principal, a comu-nicação entre os dois é fácil e direta. Assim, se torna prática a coordena-ção do Núcleo Cultural por parte dos administradores.
O PROJETO
ANEXO
43
O AN
EXO
44
O AN
EXO
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CAFÉ
O conjunto tem seu acesso principal pelo sobrado, onde se localiza a recepção. Ainda há como opção a entrada pelo bloco central, o qual possui também comunicação direta com a recepção. Dessa maneira o fluxo de pessoas ocorre de forma livre e dinâmica pelo Núcleo Cultural. A circulação vertical se concentra na junção entre o bloco principal e o anexo, de modo que sirva a ambos simultâneamente. Ainda que os níveis dos blocos não coincidam, a escada atende aos diferentes patamares. Já para o elevador é necessário um modelo especial, com dupla abertura de porta e que faça paradas em “entre-níveis”. Outro parâmetro definidor é o limite de altura permitido. Logo, foi necessária a escolha de um elevador sem casa de máquinas ou caixa de motor superiores. Se preciso, seria feita a adoção de um sistema hidráulico, já que não há problemas de uso do subsolo. A partir da circulação vertical principal, pode-se acessar todo o bloco central e o anexo. Assim, somente os pavimentos superiores do sobrado não são acessíveis por elevador. Passarelas auxiliam na distribuição de fluxo no bloco principal, conectando sala multiuso, biblioteca e terraço diretamente à caixa de circulação. Além disso, escada na área de cursos facilita comunicação direta com terraço.
O PROJETO
CONEXŐES
galeria
pátio
criação
adm
café
pista de skateterraço
alojam.atelie cursos
recepção
46
O PROJETO
CONEXŐES
47
O PROJETO
CONEXŐES
48
Arte urbana se alimenta do que a rua lhe oferece. Área livre. Os terraços surgem como multiplicadores de espaços externos de uso e intervenção. Auxiliados por passarelas e circulação vertical, podem ser acessados de diferentes pontos do conjunto. As atividades internas se expandem então aos terraços. Espaços de uso livre para o lazer, descanso e o que mais for inspirado a se apropriar do lugar. Como parte viva do núcleo cultural, os terraços se tornam palco das criações e manifestações artísticas. Estímulante à troca e à convivência, reforça a vocação do núcleo como incitador a produção artística, posto que esta nasce direta ou indiretamente das relações humanas.
Assumindo-se como suporte direto das intervenções artísticas, o núcleo cultural desdobra-se em superfícies livres para serem apropriadas pelos que ali passam. Paredes e muro formam um grande conjunto de “telas brancas” como uma provocação à tinta dos sprays, ao colorido dos lambe-lambes. A obra prima ali não é a arquitetura, mas sim a arte por ela estimulada.
O PROJETO
SUPERFÍCIES
TERRAÇOS
SUPERFÍCIES PASSÍVEIS DE INTERVENÇĂO ARTÍSTICA
terr
aço u
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repis
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kate
49
PISTA DE SKATE
50
O PROJETO
DETALHES
seçăovista frontalesc. 1:20
detalhe brises móveis
cort
e e
squem
átic
o e
stru
tura
Para controlar a incidência solar nos ambientes pensou-se na instalação de brises móveis nas fachadas mais comprometidas. Foram acomodados em trilhos, de modo que possibilitasse a sobre-posição dos brises quando uma maior iluminação for desejada. A galeria principal, apesar de ter sua abertura para o oeste, não sofre de grande insolação pois o alto edifício vizinho a reduz significativamente. Ainda assim, foram considerados a instalação de brises nesta fachada, para garantir uma maior proteção e pela adoção dos brises como linguagem visual marcante no projeto.
N
Inserido na região portuária da cidade do Rio de Janeiro, o Núcleo Cultural se incorpora dessa linguagem industrial em seu sistema estrutural com o uso de imponentes estruturas metálicas à vista. Para garantir grandes vãos livres necessários à galeria, fez-se uso de sistema de viga viriendel quando necessário, conforme esquema abaixo. O sistema estrutural regular, do núcleo central, forma-se por vigas de perfil “I” h=50cm e pilares de perfil “I” e seção 15x30cm. Já no edifício do anexo e no sobrado, os vãos reduzidos permitiram o uso de vigas de perfil “I” h=30cm e pilares também de perfil “I” e seção 15x30cm.
51
GALERIA
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GALERIA
53
PÁTIO INTERNO
54
PÁTIO INTERNO
55
AGRADECIMENTOSEsse trabalho simboliza o encerramento dos 6 anos mais instigados da minha vida. Foi quando o mundo que eu vivia se ampliou e vi minha mente se abrir a entendimentos mais complexos e conscientes sobre questões da sociedade e da metrópole tão presentes em nosso modo de viver. Agora, levo comigo os aprendizados e mais que tudo, o olhar crítico sobre o que nos rodeia.
Quero agradecer às pessoas que fizeram dessa experiência algo tão rico. Aos amigos que pude conhecer na arquitetura, todos os momentos que dividimos...as alegrias sempre comemoradas , e o apoio que me ajudou a superar todas as situações dificeis pelas quais passei. Vocês se tornaram parte do que sou. São especiais para mim e o que ganhei com essas amizades não se perde. Independente do rumo que seguimos agora, e de caminhos antes juntos terem se separado, levo o carinho de ter compartilhado 6 anos da minha vida com pessoas que eu amo muito. Obrigada por fazerem parte da minha vida. Seus lindos.
À Letícia e a Marcelle, que não importa o tempo, são minha familia por escolha. Vocês são imprescindíveis ao mundo que existo. É uma alegria saber que alguém te conhece tanto, e que uma amizade pode fazer tão bem. Amo vocês, obrigada por tudo.
À minha família, presente sempre. Ao meu avô, que me ensinou muito sobre a vida, e me inspira todo dia a ser uma pessoa melhor, alegre e dedicado como ele sempre foi para mim. À minha avó, que se preocupa e cuida de mim mesmo a distância, um chamego e um amor que nunca vou cansar de ter. A minha irmã, pelas trocas e por escutar os meus anseios. Em especial, à minha mãe, figura tão presente na minha vida, me mostra que até nos momentos mais difíceis é possível se tirar algo bom, e me ensina a aprender com todas as situações que vida me traz. Seu apoio a tudo que é importante pra mim, me ajudou em muitas conquistas que passei. Ao meu orientador e amigo Maurício, cujas conversas, críticas e debates vou levar comigo como parte significativa do meu aprendizado na escola de arquitetura. Obrigada por se envolver e abraçar todos os trabalhos que levei até você. Levo com muito carinho a troca que tivemos nesses períodos.
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BIBLIOGRAFIAFontes de imagens
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