Norma Técnica Sabesp
NTS 092
Definições e condições gerais para levantamentos cadastrais, topográficos e geodésicos.
Especificação
São Paulo
Novembro: 2015 - revisão 2
NTS 092:2015 - Rev.2 Norma Técnica Sabesp
1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 2
2. OBJETIVO ............................................................................................................................ 2
3. REFERÊNCIAS NORMATIVAS ........................................................................................ 2
4. DEFINIÇÕES E SIGLAS ..................................................................................................... 4
5. EQUIPAMENTOS .............................................................................................................. 10
6. PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS .................................................................................. 11
6.1 Poligonais, materialização de vértices e referências de nível ............................................ 12
6.2 Serviços contratados .......................................................................................................... 21
6.3 Planilhas de cálculos ......................................................................................................... 25
6.4 Desenho topográfico ......................................................................................................... 26
6.5 Planta de localização ......................................................................................................... 27
6.6 Desenho topográfico final ................................................................................................. 27
6.7 Relatório técnico ............................................................................................................... 28
6.8 Documentos Produzidos .................................................................................................... 28
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Definições e condições gerais para levantamentos
cadastrais, topográficos e geodésicos
1. INTRODUÇÃO
Um levantamento topográfico é um conjunto de operações com a finalidade de
determinar a posição relativa de pontos na superfície terrestre. As determinações
dão-se por meio de medições lineares e angulares (Estação-Total), ou através de
coordenadas referenciadas a um sistema de projeção (GNSS).
Os serviços são constituídos por levantamentos planialtimétricos, planimétricos e
cadastrais, cálculos, desenhos etc.
2. OBJETIVO
O objetivo desta norma técnica é de estabelecer as condições mínimas a serem
observadas no desenvolvimento de serviços topográficos e geodésicos que se
destinam a obter informações:
a) gerais do terreno: relevo, limites, confrontantes, área, localização, cadastro,
amarração e posicionamento;
b) para estudos preliminares de projetos;
c) para elaboração de anteprojetos ou projetos básicos, e
d) para elaboração de projetos executivos e "As Built".
3. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
As normas citadas a seguir são indispensáveis à aplicação desta norma. Para
referências datadas aplicam–se somente as edições citadas. Para as demais
referências aplicam–se as edições mais recentes das referidas referências
(incluindo emendas).
NTS 093 Transporte de Coordenadas por meio de poligonal fechada utilizando-
se estação-total.
NTS 095 Nivelamento Geométrico para transporte de Altitude.
NTS 096 Nivelamento Geométrico de Precisão.
NTS 097 Implantação de Pontos de Coordenadas com Utilização de Sistemas de
Posicionamento Global por Satélites.
NTS 098 Implantação de Curva de Nível.
NTS 099 Levantamento Planimétrico de Linha.
NTS 100 Locação de Linhas.
NTS 101 Levantamento Planialtimétrico Cadastral de Faixas.
NTS 102 Levantamento Planialtimétrico Cadastral de Áreas.
NTS 103 Levantamento Planimétrico Cadastral de Faixas.
NTS 104 Levantamento Planimétrico Cadastral de Áreas.
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NTS 105 Cadastramento de Propriedades.
NTS 106 Levantamento Planialtimétrico Complementar de Ruas Novas.
NTS 107 Cadastramento de Redes e Peças Especiais Pertencentes a Sistemas
Coletores de Esgotos e de Abastecimento de Água.
NTS 108 Cadastramento de Soleiras Baixas.
NTS 109 Levantamento e Implantação de Projeto Executivo de Rede Coletora de
Esgotos e de Rede de Abastecimento de Água.
NTS 110 Levantamento de Seções Batimétricas.
NTS 111 Abertura de Picada com Largura Aproximada de 1,5 m.
NTS 112 Cadastramento de Interferências Subterrâneas.
NTS 113 Levantamento, Nivelamento e Locação de Furos de Sondagem.
NTS 114 Locação e Levantamento Planialtimétrico de Seções Topográficas.
NTS 115 Nivelamento Geométrico de Cruzamento de Ruas, Pontos de Mudança
de Greide e Pontos de Mudança de Direção.
NTS 116 Preenchimento do Carimbo de Desenho Final.
NTS 117 Identificação de Propriedades.
NTS 132 Padronização de Faixas de Servidão e de Desapropriação para
Sistemas Lineares de Água e de Esgotos.
NTS291 Base cartográfica digital.
NTS 292 Elaboração de Cadastro Técnico Digital.
NTS 293 Cadastro Técnico de Sistemas de Água e Esgoto.
NBR 10068 Folha de Desenho - Lay out e Dimensões.
NBR 13133 Execução de levantamento topográfico.
NBR 14166 Rede de referência cadastral municipal – Procedimento.
NBR 15777 Convenções Topográficas para Plantas e Cartas - escalas 1:10.000,
1:5.000, 1:2.000 e 1:1.000 – Procedimento. DIN 18723 Specification for Theodolite Accuracy - FTP
Decreto n° 89.137 de 20/06/1984 Instruções Reguladoras das Normas Técnicas
da Cartografia Nacional quanto aos Padrões de Exatidão.
Resolução PR n° 22 de 21/07/1983 Especificações e Normas Gerais para
Levantamentos Geodésicos – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
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Referência PR n° 05 de 31/03/1993 Especificações e Normas Gerais para
Levantamentos GNSS – versão preliminar - Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Resolução n° 23 de 21/02/1989. Altera apêndice II da Resolução PR n° 22 de
21/07/1983 Parâmetros para Transformação de Sistemas Geodésicos. -
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
4. DEFINIÇÕES E SIGLAS
4.1 Definições
Para as definições não contempladas nesse item são válidas as definições da NBR
13133.
Atributo
característica que define determinado ponto. Ex: muro, guia, poste, etc.
Amarração
processo empregado para preservação e localização de serviços topográficos ou
pontos deles oriundos, consiste em:
- Poligonação - quando aplicado com objetivo de referenciar todo um serviço
topográfico, por intermédio de um ou mais de seus vértices.
- Triangulação - quando aplicado a pontos ou vértices, próximos ao ponto de
amarração, com o objetivo de localização futura. Consiste na construção de um
triângulo com base em pontos bem definidos em campo como: divisas de
propriedades, postes, esquinas, etc, sendo que um dos vértices desse triângulo
será sempre o ponto que se tem interesse de preservar ou localizar.
Azimute
ângulo horizontal, entre um alinhamento e a direção norte, contado no sentido
horário de 0º a 360º. Quando a direção for relativa ao norte verdadeiro ou
geográfico, tem-se o azimute verdadeiro ou geográfico.
Coordenadas geodésicas
conjunto de três coordenadas que determinam a posição de um ponto da superfície
física terrestre em um sistema de referência. As coordenadas geodésicas ou terno
geodésico são: Latitude (ψ), Longitude (λ) e Altitude Geométrica (h).
Coordenadas UTM
coordenadas bidimensionais, denominadas Norte e Este, medidas no plano de fuso
de 6° da projeção UTM (Universal Transversa de Mercator). A origem para o
hemisfério sul é 10.000.000 no Equador e 500.000 no Meridiano Central e fator de
escala 0,9996.
Córrego Alegre
antigo Datum horizontal brasileiro estabelecido em 1949. O datum Córrego Alegre
se baseia no elipsóide Internacional de Hayford 1924. Seu semi-eixo maior é de
6378,388 Km com achatamento inverso de 1/297.
Datum
modelo de representação da terra ou parte dela, consiste em um elipsóide de
referência orientado com respeito à uma origem. Atualmente o SIRGAS (Sistema de
Referência Geocêntrico para as Américas) é o Datum adotado pela maioria dos
países americanos, e se aproximam do Datum WGS-84 (G1150) que é a referência
para o GPS.
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Diferença de altitude
diferença de nível entre dois pontos da superfície física, ajustada pela correção
ortométrica.
Diferença de nível
afastamento entre duas superfícies de nível tomado ao longo de uma vertical
comum a estas superfícies. O nivelamento geométrico entre dois pontos da
superfície física fornece a diferença de nível entre os mesmos.
Elipsóide
figura matemática tridimensional formada ao rotacionar uma elipse ao redor de seu
eixo menor. As dimensões de um elipsóide podem ser definidas por qualquer par
dos seguintes valores: semi-eixo maior, semi-eixo menor e achatamento.
Estaca ou piquete
peça de madeira de secção quadrada e provida de ponta, cravada no terreno e
usada para materializar um vértice de poligonal ou alinhamento. Esta estaca deve
ter obrigatoriamente uma tacha metálica para melhor caracterização do ponto.
Estaca testemunha
peça de madeira de comprimento entre 0,40m e 0,50 m, geralmente com secção
de ripa, cravada cerca de 0,20 m, usada para identificação da estaca, da qual se
deve ter uma distância aproximada de 0,20 m.
Geodésico
diz respeito ao campo da geodésia. Geodésico descreve medições referentes a um
datum definido e que permite ter em conta a curvatura da Terra nos cálculos de
direção e distância.
Geóide
superfície com força gravitacional constante (equipotencial) especificamente a que
mais coincide com o nível médio dos mares sobre a superfície terrestre. Ao
contrário do elipsóide, o geóide é ondulado devido às mesmas forças gravitacionais
que afetam o líquido contido nas bolhas dos níveis nos teodolitos e níveis
diferenciais. É a referência para as alturas ortométricas das redes nacionais.
GIS Geographic Information System - sigla em inglês que significa Sistema de
Informações Geográficas - SIG. Trata-se de um sistema integrado para capturar,
armazenar, manipular, analisar e exibir dados espacialmente referenciados à Terra.
O GIS implantado na Sabesp tem o nome de SIGNOS.
GNSS Global Navigation Satellite System
sigla em inglês que significa Sistema Global de Posicionamento e de Navegação por
Satélite. Engloba todos os sistemas de navegação existentes: GPS (Estados
Unidos), GLONASS (Rússia), GALILEO (Europa) e COMPASS ou BEIDU (China).
GPS Global Positioning System
sigla em inglês que significa sistema de posicionamento global com finalidade de
navegação global. Constituído dos satélites NAVSTAR, suas estações terrestres e os
receptores GPS.
ITRF International Terrestrial Reference Frame
sigla em inglês que significa Malha Internacional de Referência Terrestre,
desenvolvido pelo IERS (International Earth Rotation Service), é um serviço da IAG
(International Association of Geodesy), com participação internacional, incluindo o
Brasil.
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L1
portadora primária da banda L utilizada pelos satélites GPS para transmitir dados
próprios. Sua freqüência é 1575,42 MHz. É modulada pelo código C/A, pelo código
P e por uma mensagem de navegação.
L2
portadora secundária da banda L utilizada pelos satélites GPS para transmitir dados
próprios. Sua freqüência é 1227,6 MHz. É modulada pelo código P e por uma
mensagem de navegação.
Latitude (ψ)
coordenada angular, norte ou sul, definida pelo ângulo entre a normal de um ponto
ao elipsóide e o equador.
Locação
marcação, no terreno, de um alinhamento com a materialização de seus pontos
definidores e notáveis. Esta materialização, de acordo com o tempo de
permanência desejado e com a natureza do terreno, pode ser executada com pino
de metal ou marco de concreto.
Longitude (λ)
coordenada angular, leste ou oeste, de um ponto sobre a superfície terrestre,
expressado pelo ângulo ortogonal entre o plano meridiano 0° e o ponto de
interesse.
Marco
objeto que, no ponto central da superfície do seu topo, materializa a implantação
de pontos geodésicos, topográficos, definidores e notáveis de alinhamentos e de
referências de nível. Construído ou esculpido em material resistente às intempéries
(concreto, pedra de rocha), deve ter forma geométrica simples, a saber: tronco de
pirâmide ou de cone, cilindro e paralelepípedo. O termo marco complementado por
adjunto atributo pode significar, também, marco ou ponto de divisa, marco ou
ponto de azimute e marco ou ponto de referência de nível. Esses marcos também
são chamados de ponto geodésico ou ponto topográfico.
NTRIP Network Transport of Radio Technical Commission for Maritime Services via Internet Protocol. sigla em inglês que significa Rede de Transmissão da Comissão Técnica de Rádio para Serviços Marítimos via Protocolo da Internet. É um padrão de comunicação de dados observados para o RTK ou as diferenças para o DGPS.
Perfil longitudinal
representação gráfica, em escalas horizontal e vertical, da superfície do terreno ao
longo de um alinhamento, por um traço contínuo ligando os pontos de altitudes ou
cotas. A escala horizontal, geralmente, é menor que a escala vertical na razão
1:10.
Pino de metal
peça metálica com cabeça de secção circular, de topo plano ou abaulado,
empregada na materialização de vértices de poligonais e de referências de nível,
com dimensões mínimas de 60 mm de comprimento e diâmetro de 3/8”.
Plano Topográfico Local (PTL)
O Plano topográfico é elevado ao nível médio do terreno da área de abrangência do
Sistema Topográfico Local, segundo a normal à superfície de referência no ponto de
origem do sistema (ponto de tangência do plano topográfico de projeção no
elipsóide de referência).
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RN
Referência de nível. É um ponto implantado e materializado na superfície terrestre,
de modo estável e com permanência adequada à sua finalidade, no qual é
determinado o valor de sua altitude ou altura. O ponto considerado constitui-se
numa referência de nível geodésica quando a superfície de referência for a
superfície de nível zero e o método de determinação da distância vertical a esta
superfície tiver a exatidão exigida pelo Sistema Geodésico Brasileiro - SGB para
implantação de suas referências de nível. Caso contrário o ponto é considerado
como uma referência de nível topográfica, mesmo estando referida à superfície de
nível zero (entende-se como referência de nível zero o nível médio das águas do
mar, conforme órgãos oficiais).
SAD-69 South American Datum 1969
sigla em inglês que significa Datum Sul-americano de 1969. Recomendado em
1969, pelo Comitê de Geodésia reunido na XI Reunião Panamericana de Consulta
sobre Cartografia. Apenas em 1979 ele foi oficialmente adotado como sistema de
referência para trabalhos geodésicos e cartográficos desenvolvidos em território
brasileiro. Datum definido para o continente sul-americano em base ao elipsóide
UGGI 67. A realização do SAD 69 não é homogênea para todos os países sul-
americanos, criando diferentes parâmetros de transformação em relação ao WGS
84. No vértice origem (Chuá) as translações em relação a WGS 84 são: (tx= 66,87
m; tz= 4,37 m e ty= 38,52 m. Estes parâmetros de transformação são válidos para
serem utilizados entre o período de 01/01/1987 a 01/01/1994 (WGS 84 Doppler).
OBS: O SAD-69 a partir de 25 de fevereiro de 2005 deixou de ser o referencial
oficial, entrando em seu lugar o SIRGAS 2000 conforme decreto Nº 5334/2005 e
Resolução do IBGE Nº 1/2005 assinado em 06/01/2005 e publicado em 07/01/2005
no Diário Oficial da União.
Sessão
tempo no qual se realizam observações de satélites do sistema GNSS.
Seção transversal
representação gráfica da superfície do terreno ao longo de linhas perpendiculares a
um alinhamento básico (eixo), por um traço contínuo ligando os pontos de altitudes
ou cotas. Geralmente as secções transversais são equidistantes sobre um
alinhamento básico e desenvolvem-se à esquerda e à direita desse alinhamento.
SIRGAS
Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas. É o atual sistema de
referência oficial do Brasil.
Definições para o sistema de referência e o datum geocêntrico para o continente:
- Sistema de referência SIRGAS: IERS (International Earth Rotation Service)
Terrestrial Reference Frame (ITRF);
- Datum geocêntrico: eixos coordenados baseados no sistema de referência
SIRGAS e parâmetros do elipsóide "Geodetic Reference System (GRS) of
1980".
Topografia Clássica
levantamento que utiliza taqueômetros ou mais frequentemente, atualmente, uma
estação total.
Transformação
função de translação, rotação e/ou fator de escala que relacionam dois conjuntos
ou sistemas de coordenadas.
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WGS84 World Geodetic System 1984
Sigla em inglês que significa Sistema Geodésico Mundial 1984, Datum padrão atual
para o GPS. O datum WGS 84 se baseia no elipsóide GRS 80. Seu semi-eixo maior
é de 6378,137 Km com achatamento inverso de 1/298,257223563. O WGS84
sofreu vários aprimoramentos e as realizações do WGS84 são identificadas pela
semana GPS a partir da qual foram implementadas; Doppler (1987), G730 (1994),
G830 (1997) e G1150 (2000,4). WGS84 (G1150) é essencialmente idêntico ao
ITRF2000, ao nível de precisão de 1 centímetro e se aproxima do SIRGAS2000. Os
parâmetros publicados de transformação publicados pelo IBGE (R.PR 23/89)
utilizam o WGS84 Doppler (1987). Da primeira realização do WGS84 (WGS84
Doppler (1987) para a última (WGS84 G1150 ano 2000,4) a diferença no plano é
de 0,75m e em altitude é de 0,10m.
X,Y,Z
eixos coordenados, com significados diferentes para as coordenadas retangulares
locais e as coordenadas cartesianas centradas e fixas na terra. Nos sistemas de
coordenadas retangulares, X se refere ao eixo leste-oeste, Y ao eixo norte-sul e Z à
altitude.
4.2 Siglas
4.2.1 Gerais
CAD Computer Aided Design
sigla em inglês que significa desenho assistido por computador.
CRI
Cartório de Registro de Imóveis
CRIA
Cartório de Registro de Imóveis e Anexos
GI
Geratriz Inferior Interna da Tubulação
GS
Geratriz Superior Interna da Tubulação
IBGE
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
MED
Medidor Eletrônico de Distância
NTS
Norma Técnica Sabesp
RTK Real Time Kinematic sigla em inglês que significa cinemático em tempo real.
UGGI
União Geodésica e Geofísica Internacional.
4.2.2 Sistema de Abastecimento de Água - SAA
AAB
Adutora de Água Bruta
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AAT
Adutora de Água Tratada
BR
Barragem
CAP
Captação
CP
Caixa de Passagem
CR
Centro de Reservação
EEA
Estação Elevatória de Água
EEAB
Estação Elevatória de Água Bruta
EEAT
Estação Elevatória de Água Tratada
ETA
Estação de Tratamento de Água
LRA
Linha de Recalque de Água
NA
Nível d’água
NT
Nível do Terreno
PC
Posto de Cloração
RDA
Rede de Distribuição de Água
RES
Reservatório
VRP
Válvula Redutora de Pressão
4.2.3 Sistema de Esgotos Sanitários - SES
CP
Caixa de Passagem
CT
Coletor Tronco
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CTS
Coletor Tronco Secundário
EM
Emissário
EPAR
Estação de Produção de Água de Reuso
EPC
Estação de Pré-Condicionamento de Esgotos
ETE
Estação de Tratamento de Esgotos
EEE
Estação Elevatória de Esgotos
ERQ
Estação de Recuperação da Qualidade da Água
LRE
Linha de Recalque de Esgotos
PI
Poço de Inspeção
PV
Poço de Visita
RDAR
Rede de Distribuição de Água de Reúso
RCE
Rede Coletora de Esgotos
TL
Terminal de Limpeza
TIL
Terminal de Inspeção e Limpeza
RG
Registro de Gaveta
5. EQUIPAMENTOS
5.1 Topografia Clássica
Os equipamentos utilizados nesse tipo de levantamento devem estar em
conformidade ao definido na NBR 13133.
5.2 Receptores GNSS
O equipamento rastreador de satélites deve ter as seguintes especificações
mínimas:
- Capacidade de rastrear e armazenar dados L1C/A, L2C, L2P da Constelação GPS
e da constelação GLONASS;
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- Possuir no mínimo 40 canais paralelos;
- Permitir o armazenamento de dados brutos para pós-processamento ou em
tempo real (RTK) NTRIP ou GSM. Deverá gravar os dados, se a solução for
flutuante ou não.
- Possuir tecnologia para reduzir o multicaminhamento e melhorar a acurácia do
levantamento em regiões de difícil rastreio.
- Possuir suporte aos dados nos formatos NMEA, RTCM e CMR.
- Desvio padrão para o método estático:
distância horizontal ± (10mm + 5ppm)
distância vertical ± (20mm + 5ppm)
- Desvio padrão para o método diferencial cinemático:
distância horizontal ± (10 a 20mm) tipicamente
distância vertical ± (20 a 30mm) tipicamente
- Intervalo mínimo de rastreio de 1 segundo;
- Baixo nível de ruído no código e fase;
- Capacidade mínima de armazenamento 500 megabytes;
- Interface RS 232 C ou USB.
5.3 Aferição e manutenção
5.3.1 Estação-Total e Nível
A Estação-Total, na sua parte linear e angular, deve possuir certificado de aferição,
com prazo de validade, realizado de acordo com a metodologia indicada pela NBR
13133. Este certificado, que confirma o desvio padrão classificatório do instrumento
fornecido pelo seu fabricante, deve ser expedido por entidades oficiais ou
universidades, desde que tenha a aprovação da Sabesp. A sua apresentação é
imprescindível para o início de qualquer serviço contratado a terceiros pela Sabesp.
O Nível, equipamento empregado no nivelamento geométrico, deve possuir
certificado de aferição confirmando o seu desvio padrão classificatório, fornecido
pelo fabricante e realizado de acordo com a metodologia da norma DIN 18723. Este
certificado deve ser expedido por entidades oficiais ou universidades, desde que
tenha a aprovação da Sabesp, sendo a sua apresentação imprescindível para o
início de qualquer serviço contratado a terceiros pela Sabesp.
5.3.2 Instrumentos Auxiliares
Devem atender a norma NBR 13133 e sofrer revisões periódicas, principalmente
após os serviços de longa duração e viagens.
As miras são um caso especial e antes de serem utilizadas, devem ser verificadas,
quanto a sua acuracidade e integridade, no início de cada dia de trabalho.
5.4 Softwares
Recomenda-se a utilização de softwares atuais e consagrados no mercado ou a
critério da SABESP.
6. PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS
Os desenvolvimentos poligonais devem obedecer às fases:
- Planejamento, seleção de equipamentos e métodos;
- Estabelecimento de pontos de controle/apoio;
- Levantamento de detalhes;
- Cálculos e ajustes;
- Desenho topográfico final;
- Relatório técnico.
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6.1 Poligonais, materialização de vértices e referências de nível
A SABESP fornecerá as monografias dos Vértices existentes nas proximidades do
projeto.
Todos os cálculos do levantamento devem ter por base as coordenadas topográficas
locais, constantes nas monografias, ou resultantes de transformação das
coordenadas geodésicas ou UTM do ponto de origem.
As poligonais devem desenvolver-se linearmente, sem mudanças substanciais de
sentido, com deflexão entre 120° e 240°, tendo em vista minimizar os erros de
orientação, comuns às poligonais.
O desenvolvimento do traçado das poligonais deverá ser tal que permita a
distribuição de pontos de apoio em número e localização necessários às etapas
posteriores de demarcação e levantamento de detalhes, resguardadas as distâncias
máximas para as mesmas.
Nos desenvolvimentos poligonais os pontos de partida e chegada devem ser
distintos, qualquer que seja a técnica de levantamento utilizada. Sob nenhuma
hipótese será admitido o fechamento de desenvolvimentos poligonais em torno de
um mesmo ponto.
Adotar-se-á o sistema cardinal para a numeração dos vértices das poligonais que
não poderá ser repetida no âmbito de um mesmo levantamento.
As leituras angulares devem ser pelo método das direções conforme preconiza a
NBR 13133 com medições angulares nas posições direta e inversa nas leituras de ré
e vante, permitindo a reiteração direta e invertida da poligonal.
As distâncias entre os vértices das poligonais devem ser adequadas, de forma a
não comprometer o cadastro dos detalhes importantes do terreno assim como
permitir a tomada de todos os pontos necessários à perfeita representação da
altimetria. Os comprimentos das visadas de ré e de vante devem ser
aproximadamente iguais, com a finalidade de evitar a intensificação de erros
incidentes no levantamento. O comprimento dos lados poligonais deverá possuir
acurácia melhor que 10mm.
A avaliação qualitativa das poligonais será feita preferencialmente através da
análise das elipses de erro das estações, resultado do ajustamento por mínimos
quadrados, adotado o critério de injunções mínimas.
6.1.1 Poligonal Principal
A poligonal principal deve necessariamente apoiar-se em vértices geodésicos da
Sabesp, próximos à área. Não havendo estes vértices, devem-se transportar
coordenadas do vértice mais próximo à área, com a exatidão conforme NTS 093 e
097.
Para a implantação desses vértices, devem ser escolhidos lugares estratégicos e
seguros visando à praticidade nos trabalhos e a preservação perene de suas
características e devem estar em locais com boa visibilidade, tanto para o emprego
do GNSS quanto para o emprego de metodologia geodésica clássica. Recomenda-se
que os pontos sejam intervisíveis aos pares e equidistantes no mínimo em 200 m
(o ideal é que se situem o mais distante possível um do outro).
Os vértices devem ser referenciados à rede de apoio básico da Sabesp implantados
para fins dos trabalhos cartográficos e apresentar precisão planimétrica igual ou
superior à 10mm + 1 ppm e, precisão altimétrica igual ou superior a ± 8mm*k1/2,
com k= a distância em quilômetros da RN mais próxima.
Caso o vértice localize-se em lajes, calçadas, etc., a monumentalização poderá ser
feita apenas com a chapa de metal, chumbada diretamente na superfície já
edificada.
A chapa de metal deverá conter o número do marco, o nome da instituição
contratante (SABESP), nome da empresa executante e a inscrição “Protegida por
Lei”, conforme figura 1 dessa norma.
A monumentalização deverá ser feita por marcos de concreto armado, resistentes,
na forma tronco piramidal com altura de 60 cm e bases quadradas de 30 cm
(inferior) e 20 cm (superior) com uma chapa de metal cravada no topo. Ao redor do
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marco deverá ser edificada uma base quadrada com 50 cm de largura por 20 cm de
profundidade. O marco deverá ficar aflorado 10 cm da base e 5 cm acima do solo.
A nomenclatura do Vértice deverá iniciar-se pela letra V + o código do município
(conforme padrão do CSI ou SIGNOS da Sabesp) com 3 dígitos (exemplo: para o
município de São Paulo a nomenclatura é: V100) seguido de outros 4 dígitos
fornecidos pela unidade gestora local. (exemplo: V100-0001).
A finalização do trabalho deve ser representada em monografia, conforme modelos
da figura 2 dessa norma.
Figura 01 - Modelo de chapas e Implantação de Vértices
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Figura 02 - Modelo de Monografia de Vértices
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6.1.2 Poligonal secundária
Nos desenvolvimentos poligonais secundárias, os pontos de partida e chegada
devem ser distintos, qualquer que seja a técnica de levantamento utilizada. Sob
nenhuma hipótese são admitidas poligonais abertas (sem fechamento).
As leituras angulares vertical e horizontal devem ser lidas pelo mesmo método
empregado para a poligonal principal.
6.1.3 Pontos de amarração e irradiação
Para o ponto irradiado, a distância relativa ao vértice não será maior que o
comprimento do lado médio da poligonal e não será maior que 100 m ou conforme
casos particulares definidos na norma NBR 13133.
6.1.4 Levantamentos com receptores GNSS em tempo real (RTK ou NTRIP)
Para a execução de levantamentos baseados nos receptores GNSS em tempo real
(RTK ou NTRIP), as seguintes orientações devem ser seguidas:
- A linha de base deverá estar limitada ao comprimento máximo de 10 km;
- Devem ser seguidos os períodos de rastreamento indicados pelos
fabricantes;
- O tempo de permanência deverá ser o mínimo que permita armazenar
dados íntegros sem interferência de perdas de ciclos, sendo esse tempo uma
decorrência do número de satélites rastreados e do comprimento da linha de
base;
- Obrigatoriamente devem ser rastreados 5 ou mais satélites;
- O intervalo de gravação deverá ser de 1s;
- A solução final deverá ser fixa.
Os dados obtidos em campo devem ser convertidos para o sistema de coordenadas
topográficas locais.
Obs. Este método poderá ser utilizado em levantamentos planimétricos. Nos casos
de levantamentos planialtimétricos somente com prévia autorização do setor
técnico responsável da Sabesp.
6.1.5 Cálculos e ajustes
6.1.5.1 Ajustamento das Poligonais.
O ajustamento das poligonais deverá sempre ser precedido pelo cálculo e
comparação com as respectivas tolerâncias e também atender às especificações da
NBR 13.133.
6.1.5.2 Sistema de Coordenadas e materialização de Vértice e RN.
Todos os serviços da mesma obra ou obras próximas devem estar no mesmo
sistema de coordenadas.
Todos os cálculos do levantamento devem ter por base as coordenadas topográficas
locais, constantes nas monografias, ou resultantes de transformação das
coordenadas geodésicas ou UTM do ponto de origem.
A SABESP adota como referencial altimétrico a rede do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) o qual é referido ao marégrafo de Imbituba.
6.1.5.3 Altimetria
6.1.5.3.1 Nivelamento Geométrico.
O nivelamento geométrico deverá usar como referência e na mesma ordem de
prioridades o que primeiro se dispuser no município em que se situa o serviço:
- Referências de Nível da SABESP;
- Referências de Nível do IBGE.
NTS 092:2015 - Rev.2 Norma Técnica Sabesp
16
Todos os vértices das poligonais terão suas cotas obtidas obrigatoriamente por
nivelamento geométrico, para o qual não será permitida a utilização de visadas
intermediárias.
A visada máxima recomendada é de 80 metros e deve ser mantida a equidistância
das leituras de ré e vante; leitura mínima de 0,30 m e leitura máxima de 3,00 m; a
RN de chegada obrigatoriamente deve ser diferente da RN de partida.
Elaborar planilha, conforme exemplo da figura 3 com o ajuste do nivelamento
contendo: altitudes preliminares e ajustadas das dos vértices nivelados e das RRNN
implantadas, comprimento total do trecho, diferença encontrada e precisão obtida.
Figura 03 - Exemplo de Planilha de Nivelamento
6.1.5.4 Planilhas de Cálculo (Topografia Clássica).
A caderneta de campo deverá conter: leituras de ré e vante, reiteração direta e
invertida da poligonal, diferenças bem como o desvio padrão nas distâncias de ré e
vante, desníveis, ângulos horizontal e vertical, conforme exemplo das figuras 4 e 5.
Devem apresentar o registro de entrada e saída de dados; o erro de fechamento
angular e sua distribuição, determinação do erro de fechamento linear e sua
distribuição, cálculo de coordenadas dos vértices das poligonais, conforme
preceituado pela NBR 13133.
Os registros numéricos, croquis e esboços devem ser claros, de forma a não
permitir dúvidas.
NTS 092:2015 - Rev.2 Norma Técnica Sabesp
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Figura 04 - Exemplo de Caderneta de Campo
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Figura 05 - Exemplo de Relatório do Fechamento da Poligonal
6.1.5.5 Relatório do Pós-Processamento (GNSS).
Devem ser entregues à SABESP todos os arquivos tipo RINEX gerados diariamente
no processo de coleta de dados em campo, e seus respectivos arquivos
processados (corrigidos) e ajustados e também a folha de campo das ocupações.
Apresentar relatório dos ajustes contendo: estações ocupadas, bases utilizadas,
qualidade das observações, precisões obtidas, fechamentos e sigmas em E, N e h.
As figuras 6, 7 e 8 apresentam exemplos dos relatórios citados.
Figura 06 - Exemplo de Planilha dos Dados Ajustados
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Figura 07 - Exemplo de Relatório do Processamento das Ocupações GNSS
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Figura 08 - Modelo da Folha de Campo das Ocupações GNSS
NTS 092:2015 - Rev.2 Norma Técnica Sabesp
21
6.2 Serviços contratados
6.2.1 Referências plani e altimétricas
A Sabesp fornece ao executante dos serviços as coordenadas (geodésicas, UTM,
topográficas) e altitudes de seus respectivos pontos de apoio geodésico ou
topográfico preexistentes.
Estando os pontos de apoio fora da área de trabalho, deve ser providenciado o
transporte até o local de utilização, conforme a metodologia definida nas normas
técnicas Sabesp do serviço a ser executado.
A executante deve consultar a Sabesp para informar-se a respeito da existência de
pontos de apoio na região de interesse.
Não havendo apoio básico implantado pela Sabesp, deve-se realizar uma pesquisa
nos órgãos públicos ou privados que possam ter promovido apoio geodésico na
região. Constatada a disponibilidade de apoio por parte desses órgãos, devem-se
obter as precisões da base topográfica com que foi implantado esse apoio e
submeter à aprovação da Sabesp antes de utilizá-lo.
Não havendo nenhum tipo de apoio, deve-se promovê-lo conforme orientação da
Sabesp, que define o sistema de coordenadas a ser adotado.
6.2.1.1 Plano Topográfico Local (PTL)
Trata-se de um sistema de representação, em planta, das posições relativas de
pontos de um levantamento topográfico com origem em um ponto de coordenadas
geodésicas conhecidas, onde todos os ângulos e distâncias de sua determinação
são representados em verdadeira grandeza.
O Plano Topográfico Local desconsidera a curvatura da Terra e é perpendicular à
vertical do lugar no ponto da superfície terrestre considerado como origem do
levantamento. Nessa simplificação, não se levam em conta os erros sistemáticos
provenientes da desconsideração da curvatura terrestre e do desvio da vertical.
Esse deve ser estabelecido perpendicularmente à normal ao elipsóide, no caso da
determinação de coordenadas topográficas a partir de coordenadas geodésicas,
onde a orientação deverá ser feita pelo azimute geodésico.
O Sistema de Projeção Topográfica utilizado nos levantamentos topográficos pelo
método direto clássico para a representação das posições relativas dos acidentes
levantados, através de medições angulares e lineares, horizontais e verticais, tem
as seguintes características:
a) As projetantes são ortogonais à superfície de projeção, significando estar o
centro de projeção localizado no infinito;
b) A superfície de projeção é um plano normal à vertical do lugar no ponto da
superfície terrestre considerado como origem do levantamento, sendo seu
referencial altimétrico referido ao datum vertical brasileiro;
c) O plano de projeção tem a sua dimensão máxima limitada a 70 km, a partir da
origem, de maneira que o erro relativo, decorrente da desconsideração da
curvatura terrestre, não ultrapasse 1/35000 nesta dimensão e 1/15000 nas
mediações da extremidade desta dimensão;
d) A localização planimétrica dos pontos, medidos no terreno e projetados no plano
de projeção, se dá por intermédio de um sistema de coordenadas cartesianas, cuja
origem coincide com a do levantamento topográfico;
e) O eixo das ordenadas é a referência azimutal e deve ser orientado para o norte
geográfico.
Nos levantamentos topográficos, locações e implantação de obras a Sabesp adota
diversos PTL na sua área de atuação no Estado de São Paulo, como mostra a tabela
1 a seguir:
NTS 092:2015 - Rev.2 Norma Técnica Sabesp
22
Tabela 1 - Planos topográficos locais - PTL
PLANOS TOPOGRÁFICOS ADOTADOS PELA SABESP - SIRGAS2000
PLANO LATITUDE
(SIRGAS)
LONGITUDE
(SIRGAS)
ALTITUD
E DO
PLANO
SÃO PAULO e parte da RMSP
(PL1)
23°33'03,0481
9"S
46°43'53,6782
1"W 753 m
(PL2) BIRITIBA MIRIM e
SALESÓPOLIS
23°28'47,8840
4"S
45°59'56,7428
2"W 733 m
(PL3) TAUBATÉ, SJCAMPOS,
PINDAMONHANGABA, TREMEMBÉ
e CAÇAPAVA
23°02'15,0562
4"S
45°33'45,4271
9"W 592 m
HORTOLÂNDIA (PL4) 22°44'01,6735
9"S
47°10'33,6361
7"W 593 m
(PL5) SANTOS, PERUIBE,
ITANHAÉM, MONGAGUÁ,
P.GRANDE, S. VICENTE, CUBATÃO
e GUARUJÁ/VICENTE DE
CARVALHO.
24°05'13,3643
5"S
46°36'39,9179
3"W 94 m
LARANJAL PAULISTA (PL6) 23°02'21,6715
1"S
47°53'48,0885
5"W 544 m
AGUDOS (PL7) 22°27'48,5259
7"S
48°59'23,4082
1"W 594 m
ARAÇOIABA DA SERRA (PL8) 23°30'48,7924
8"S
47°34'29,2156
3"W 644 m
ATIBAIA (PL9) 23°01'59,5762
9"S
46°31'21,8453
8"W 943 m
LINS (PL10) 21°38'38,3575
3"S
49°44'44,4474
6"W 427 m
JOANÓPOLIS e VARGEM 22°55'45,5718
7"S
46°16'27,7114
3"W 892 m
PIRACAIA, BRAGANÇA e NAZARÉ 23°03'27,3966
6"S
46°19'15,6943
0"W 822 m
PEDRA BELA e PINHALZINHO 22°47'54,2931
9"S
46°26'37,6021
0"W 1042 m
SOCORRO 22°35'29,5097
7"S
46°31'23,5953
4"W 792 m
BERTIOGA e S. SEBASTIÃO 23°48'12,3815
8"S
46°03'34,2606
1"W 93 m
SERRA NEGRA 22°36'05,2793
3"S
46°42'17,8834
4"W 942 m
IARAS (Águas de Santa Bárbara,
Arandu, Avaré, Bernardino de
Campos, Iaras, Óleo, Piraju).
22°52'16,1704
4"S
49°09'46,0460
6"W 634 m
Prudente (Presidente Prudente,
Narandiba, Regente Feijó,
Anhumas, Pirapozinho, Alfredo
Marcondes, Pracinha, Mariápolis e
Santo Expedito).
22°07'11,6567
3"S
51°24'30,7225
1"W 431 m
6.2.2 Autorização e acompanhamento de serviços
Antes do início dos serviços a contratada deverá apresentar para aprovação da
Sabesp:
NTS 092:2015 - Rev.2 Norma Técnica Sabesp
23
- Relação de equipamentos (tipo, identificação, classificação, aferição,
calibração);
- Formulários a serem utilizados para execução do serviço;
- Relação de softwares a serem utilizados
- Relação de equipamentos de segurança do trabalho em cada atividade;
- Definição da equipe de trabalho da Contratada (para administrar, executar e
verificar o serviço);
- Características das poligonais (materialização, fechamento, etc.);
- Quantitativos físicos dos serviços a serem executados;
- Cronograma com prazo para execução do serviço, incluindo também, o
tempo de verificação e aprovação do serviço pela Sabesp e eventuais
retrabalhos.
6.2.3 Formalização de entrega de serviços
Em qualquer etapa, o serviço deve ser entregue mediante a apresentação de uma
carta endereçada à Sabesp, onde deverá constar: data da entrega, fase do serviço,
tipo de serviço, quantidade e identificação de anexos, local, nome do responsável
pelo acompanhamento do serviço e assinatura do responsável técnico da
Contratada.
6.2.4 Verificações
As verificações do serviço por parte da contratante são realizadas conforme etapas
abaixo. Os dados levantados incluindo situação da verificação (OK ou não OK) são
registrados no formulário Relatório de Análise de Serviços Executados por
Terceiros, conforme figura 9, em 2 vias, sendo que uma fica na Sabesp e a outra
vai para a Contratada.
Figura 9 - Relatório de Análise de Serviço Executado por Terceiros
A Contratada somente poderá dar sequência nos trabalhos após autorização da
Sabesp.
6.2.4.1. Verificação Inicial
a) entrevista com o técnico - avalia conhecimento da especificação técnica
pertinente, experiências anteriores, segurança do trabalho (equipamentos de
proteção individual e coletiva).
b) equipamentos - confere identificação do aparelho entregue na relação do item 5.
c) formulários utilizados - verifica se são adequados ao uso (deve ser anotado o
aparelho a ser utilizado, entre outras informações).
NTS 092:2015 - Rev.2 Norma Técnica Sabesp
24
d) materialização da poligonal - verifica se o material que será utilizado é
adequado.
e) para cadastro e identificação de propriedades (NTS 117 e 105) orientar o técnico
da Contratada para anotar no desenho topográfico informações relevantes
fornecidas pelo proprietário (divisas, confrontações, nº do título, dado dominial,
etc).
6.2.4.2. Verificação Intermediária
6.2.4.2.1. Levantamento Topográfico
Após o levantamento topográfico (planimétrico ou planialtimétrico) deve ser
apresentada a caderneta de campo onde é verificado:
a) materialização de poligonal – anotação do tipo de materialização.
b) número de leituras angulares e lineares.
c) croqui – convenções, desenho de fácil entendimento, ligação entre as folhas.
d) formulários – anotação do equipamento utilizado, código do contrato, etc.
e) equipamento – identificação do aparelho.
6.2.4.2.2. Cadastro de Propriedades
O Cadastramento de Propriedades deve ser orientado pela NTS 105.
Após a pesquisa de campo e obtenção de dados dominiais, a Contratada apresenta
os seguintes dados para verificação:
a) título de propriedade - verifica se o título é da propriedade em questão.
b) adequação desenho / título / planta de loteamento - confere dados do título e da
planta de loteamento com os dados do desenho.
c) referências utilizadas para adequação - alinhamentos de divisa e predial, dados
fornecidos pelo proprietário, etc.
d) minutas dos formulários - características cadastrais, situação dominial e
descrição perimétrica.
e) outros dados utilizados - cadastro do contribuinte na prefeitura, compromisso de
compra e venda, etc.
6.2.4.2.3. Identificação de Propriedades
A Identificação de Propriedades deve ser orientada pela NTS 117.
Após ter feito a vistoria da faixa e ter obtido dados junto à prefeitura, a Contratada
apresenta os seguintes dados para verificação:
a) desenho topográfico - ver se tem nº dos imóveis, nome de rua, nº do lote e
confirmar divisas (se houver planta de loteamento).
Obs.: O desenho topográfico apresentado deverá ser o utilizado em campo, com
todas as anotações feitas pelo técnico.
b) informações do proprietário/compromissário - ver com técnico se foram
confirmadas as divisas com o proprietário ou confrontante.
c) outros dados utilizados (cadastro do contribuinte na prefeitura, plantas de
quadra, etc.).
6.2.4.3. Verificação Final
Na entrega do serviço executado verificar o serviço através da Norma pertinente,
além dos seguintes itens:
a) realizar a verificação inicial e a intermediária;
b) verificar se os problemas apontados nas verificações anteriores foram sanados;
c) conferir desenho topográfico final conforme item 6.6 desta Norma.
NTS 092:2015 - Rev.2 Norma Técnica Sabesp
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6.2.5 Retrabalho
O item que sofrerá retrabalho deve ser claramente definido no desenho topográfico
ou no documento, além de ser registrado no formulário Relatório de Análise de
Serviço Executado por Terceiros, em duas vias, sendo que uma fica na Sabesp e a
outra vai para a Contratada.
A Contratada faz a correção e devolve o serviço corrigido (juntamente com o
desenho ou o documento onde foram feitas as anotações para correção), para
verificação e aprovação finais.
Toda a entrega de material pela Contratada é acompanhada de uma carta conforme
item 6.2.3 desta Norma.
6.2.6 Caderneta de ocorrência
Para cada Contratada é aberta uma Caderneta de Ocorrência, sendo que todo
registro é feito em três vias: a primeira para o Administrador do Contrato, a
segunda permanece na caderneta para Controle da Fiscalização e uma terceira
folha (sulfite anexado à Caderneta) para a Contratada.
As informações podem ser registradas tanto pela Sabesp como pela Contratada e
com concordância de ambas as partes.
Na Caderneta de Ocorrência são registrados os fatos relevantes como:
- autorização do serviço;
- número da solicitação do serviço;
- dados da solicitação de serviço (n.º do documento do solicitante, unidade e
nome do solicitante, data do documento de solicitação);
- atividade a ser executada;
- material entregue para a Contratada;
- data estabelecida para a Contratada informar o prazo para execução do
serviço – cronograma (conforme item 6.2.2 desta norma);
- não cumprimento dos prazos estabelecidos;
- alteração ou não cumprimento de requisitos especificados.
6.3 Planilhas de cálculos
Os cálculos dos trabalhos devem ser informatizados e apresentados em planilhas
previamente aprovadas pela Sabesp. Estas planilhas devem conter também,
quando pertinentes, as seguintes informações:
- Número do serviço;
- A área objeto do levantamento;
- As coordenadas geodésicas, a altura e o Datum de origem do Plano
Topográfico adotado;
- O referencial altimétrico utilizado para a definição das altitudes ou cotas;
- O sistema de representação cartográfica ou topográfica utilizado nos
levantamentos planimétricos com a indicação de sua origem (verificar o
sistema topográfico local);
- Vértices utilizados do apoio geodésico com suas coordenadas geodésicas e
planos retangulares no sistema de representação cartográfica ou topográfica
adotada;
- Altitudes ou cotas de referências de nível existentes e utilizadas e das que
são implantadas, sendo estas acompanhadas de seus erros médios por
quilômetro, calculados de acordo com a NBR 13133.
- Vértices do apoio topográfico implantado com suas coordenadas
planorretangulares acompanhadas dos erros médios toleráveis e fechamento
linear calculado através do método das projeções simples.
O ajustamento de poligonais e o estabelecimento de tolerância de fechamento
devem obedecer ao prescrito na NBR 13133.
NTS 092:2015 - Rev.2 Norma Técnica Sabesp
26
6.4 Desenho topográfico
A dimensão dos desenhos topográficos finais segue a norma NBR 10068, e o
carimbo é preenchido conforme NTS 116.
6.4.1 Linhas de quadriculação
6.4.1.1 Levantamentos para Projetos
Tanto o original topográfico quanto o desenho topográfico final devem conter as
linhas de quadriculação, conforme exemplo da figura 10, na espessura de 0,1 mm e
espaçamento de 100 mm, com os respectivos valores das coordenadas topográficas
referenciadas a um plano preestabelecido, bem como as cruzetas com as
coordenadas UTM no Datum adotado pela Sabesp.
Figura 10 - Cruzetas UTM nos cantos da Folha
6.4.1.2 Levantamentos Como Construído (As Built)
As linhas de quadriculação devem seguir a mesma especificação dos
Levantamentos para Projetos, no entanto, o desenho topográfico final (As Built)
deve ser convertido ao Sistema de projeção UTM no Datum adotado pela Sabesp
com as linhas de quadriculação referenciadas as coordenadas UTM, e apresentando
nos cantos das folhas as cruzetas com as coordenadas topográficas locais.
6.4.2 Expressão de valores
Os valores expressos nos desenhos topográficos devem ter os números e letras
com tamanho, espaçamento, tipo de letra e espessura do traço adequado para
proporcionar leitura agradável e sem possibilidade de identificação incorreta.
Os vértices topográficos e referências de nível devem ter suas coordenadas e
altitudes grafadas no desenho final até a casa do milímetro.
Os valores de coordenadas, tanto da poligonal quanto de pontos de detalhes,
devem ser expressos até a casa do milímetro.
Para as altitudes de pontos de poligonal, os valores devem ser expressos até a casa
do milímetro e para pontos de detalhes, até a casa do centímetro.
NTS 092:2015 - Rev.2 Norma Técnica Sabesp
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6.4.3 Representação de altitude em áreas planas
Quando a área a ser representada for muito plana, onde a representação por
curvas de nível na equidistância especificada for precária, ou seja, o espaçamento
horizontal entre estas for elevado, deve-se manter os pontos de nivelamento
expressos no desenho topográfico final (pontos cotados).
6.5 Planta de localização
Para serviços com levantamento em várias áreas numa mesma região ou
município, deve ser elaborada uma planta de localização sobre carta topográfica
oficial da região, representando o trecho trabalhado, contendo:
- trechos e áreas levantadas com a identificação do desenho topográfico final;
- pontos de apoio básico;
- poligonais;
- demais pontos de interesse juntamente com suas respectivas denominações
e coordenadas.
No espaço “Notas”, conforme NTS 116 devem ser expressos a origem do apoio
básico e tipo de projeção empregada nos trabalhos.
6.6 Desenho topográfico final
No desenho topográfico final, além do citado anteriormente, devem constar:
- croqui de localização, quando se tratar de área de difícil localização;
- convenções topográficas conforme a NBR 13133;
- nome do bairro, distrito, município e ruas; setor e quadra fiscal;
- indicação “este desenho anula e substitui o desenho ____” quando for o
caso;
- norte verdadeiro;
- no quadro “Notas” do carimbo: documento solicitante, obra executada ou a
executar, origens planialtimétricas e altimétricas, conforme exemplo da
figura 11;
Figura 11 - Exemplo do Campo Notas conforme NTS 116
- indicação do km da estrada ou rodovia, ou ainda, a distância ao núcleo
urbano próximo (vicinais), quando representada;
- indicação do diâmetro, cota da geratriz superior ou inferior e do material
tratando-se de tubulações;
- perímetro molhado na cor azul;
- divisas tituladas na cor vermelha;
- articulação dos desenhos;
- identificação da base topográfica (pinos, marcos, etc);
- coordenadas e altitudes dos pontos da poligonal.
NTS 092:2015 - Rev.2 Norma Técnica Sabesp
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6.7 Relatório técnico
O relatório técnico deve conter:
- objeto e finalidade dos serviços;
- período de execução;
- localização dos serviços;
- origem dos serviços, datum e referencial altimétrico;
- precisões obtidas;
- quantidades realizadas;
- relação da aparelhagem utilizada;
- a caderneta de campo original contendo obrigatoriamente o nome do
operador, local, data, numeração das folhas, número e tipo dos aparelhos ou
equipamentos utilizados, etc;
- croqui dos pontos levantados e do caminhamento da poligonal,
identificando-se os pontos de partida e chegada das poligonais;
- planilhas informatizadas das cadernetas e cálculos de poligonais e
nivelamentos.
6.8 Documentos Produzidos
- relatório técnico com indicação da equipe e identificação do responsável
técnico;
- original do desenho final colorido plotado em papel sulfite;
- croquis;
- relatório em meio digital dos cálculos e serviços realizados.
- arquivos digitais dos desenhos finais em extensão dwg e pdf.
NTS 092:2015 - Rev.2 Norma Técnica Sabesp
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Definições e condições gerais para levantamentos cadastrais, topográficos
e geodésicos.
Considerações finais:
Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser
alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem
ser enviados ao Departamento de Acervo e Normalização Técnica,
no e- mail:[email protected]
NTS 092:2015 - Rev.2 Norma Técnica Sabesp
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Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente - T
Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – TX
Departamento de Acervo e Normalização Técnica - TXA
Rua Nicolau Gagliardi, 313 - CEP 05429-900
São Paulo, São Paulo - Brasil
Palavras-chave: Levantamento Cadastral; Levantamento Topográfico,
Levantamento Geodésico
- 29 páginas
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