EDITORIAL
PISCADEGENTE |2 NATAL |2014
silêncio ensurdecedor. E começa
a ser notório que falta um desíg-
nio que aglutine vontades, a tão
desejada luz ao fundo que nos
desperte desta letargia e nos
ponha a trabalhar para um futuro
com menos apatia.
Talvez esteja na hora de a escola
começar a apostar de facto na
cidadania. Trabalhando valores e
atitudes, promovendo a partici-
pação cívica de todos. Cidadãos
apáticos e acríticos são um peri-
go para a democracia e esta faz-
se de responsabilidade, na ace-
ção traçada por George Steiner,
ou seja, faz-se de respostas e de
ações.
Vai sendo tempo de os alunos
estarem conscientes de que a
democracia é um exercício quoti-
diano e não um dado adquirido.
Um exercício onde regras e direi-
tos andam a par.
De resto, como nos recorda
aquele autor, sem a nossa gra-
nas na nossa ilha, vivemos sob
a do fim da base americana,
cujo peso no PIB local é enor-
me.
A escola tem trabalhado para
minorar essas nuvens que
pesam sobre muitos alunos,
mas as consequências só daqui
a uns anos serão visíveis. Para
já, tentamos fazer de conta que
tudo isto é normal e que não
podia ser de outra maneira.
Mesmo que seja evidente o tal
Às vezes chega-se ao fim com a
vaga sensação de que se deve-
ria estar a começar. E quando
assim é fica-se com a ideia de
que o novo ano vai ser um fes-
tim. Infelizmente, dizem que
não, ainda não. Que em 2015
vamos continuar a empobrecer
e, portanto, a assistir a mais
misérias. A emigração, o
desemprego, a fome devem
continuar, juntamente com
outras ameaças. Pensando ape-
Zacharias Dimitriadis
PISCADEGENTE |3
cadas na década de 1990 nesse
jornal, da autoria de Francisco
Barcelos. E damos destaque, em
suplemento próprio, à cerimónia
de entrega dos prémios de valor
e excelência, quer pelo aumento
significativo de alunos que, ano
após ano, os recebem, quer pelo
quanto houve de festivo nesse
fim de tarde em que pais, alunos,
funcionários, professores e
demais membros da comunidade
se juntaram à volta desse desíg-
nio democrático que é a educa-
ção.
A capa e contracapa desta edição
são da autoria da professora
Susana Pestana, a quem deixa-
mos aqui o nosso muito obriga-
do.
Como estamos no fim do primei-
ro período, a equipa do jornal
deixa aqui também a todos os
leitores os votos de boas festas.
Carlos Bessa
(coordenador do Pisca de Gente)
mática da esperança soçobra-
ríamos numa atitude estática,
tolhidos pelos sonhos desfeitos.
A linguagem é o instrumento
essencial da recusa humana de
aceitar o mundo tal como é.
Sem esta recusa estaríamos
condenados a fazer girar para
sempre a roda do presente,
numa «densa ilusão de liberda-
de». Mas como o ser humano
habita o tempo verbal do futu-
ro e a nossa sintaxe transborda
de amanhãs, é possível falar e
sonhar.
Assim, deixamos aqui algumas
amostras de falas e de sonhos
levadas a cabo pelos alunos
desta escola. É sempre emocio-
nante ver como a fala e o
sonho tanto podem morar nas
palavras como nas imagens. Ou
até na educação física.
Em resultado da nossa parceria
com o Jornal da Praia, incluí-
mos algumas caricaturas publi-
ÍNDICE
NATAL |2014
editorial …………………………. 2
pré-escolar …………………….. 4
1.º ciclo …………………………. 6
2.º ciclo …………………………. 8
cursos form. vocacional …. 17
notícias …………………………. 20
leituras…………………………... 26
natal ………………………………. 27
PISCADEGENTE |4 NATAL |2014
infância, no refeitório da nossa
escola (foto 1, 2) e a exposição
de diferentes pequenos-almoços
elaborados pelas crianças com a
sua família, utilizando materiais
reutilizáveis/recicláveis e outros.
(fotos 3, 4)
Os pais e encarregados de educa-
ção estão de parabéns pelo
Comemoração do dia Mundial
da Alimentação
Os meninos e as meninas
comemoraram o dia Mundial
da Alimentação executando
diversas atividades relaciona-
das com a importância de um
bom pequeno-almoço, realçam
-se o pequeno-almoço que foi
servido pelos educadores de
empenho que dedicaram a esta
atividade, contribuindo de forma
significativa na vida do jardim-de-
infância.
Vivenciar a tradição “Pão-por-
Deus”
Foram elaboradas as tradicionais
saquinhas do Pão-por-Deus e os
meninos e meninas foram pedir
ao comércio próximo da escola.
Agradecemos a colaboração de
todos. (foto 5, 6)
ATIVIDADES JARDIM DE INFÂNCIA F.O.C.
pré-escolar
Foto 1
Foto 2
Foto 3
Foto 4
Foto 5
PISCADEGENTE |5
Dia Mundial da Ciência
Para comemorar o Dia Mundial
da Ciência, os educadores de
infância preparam diferentes
experiências as quais foram
apresentadas e participadas
por todas as crianças. As expe-
riências abrangeram diversas
vertentes, incidindo sobre
questões relacionadas com a
“Luz”, tema do PAA da nossa
escola. (foto 7)
Educadora Margarida Paim
NATAL |2014
Foto 6
Foto 7
PISCADEGENTE |6 NATAL |2014
Vamos as crianças bem alimentar, E da sua saúde bem cuidar. Em qualquer fase da vida, A alimentação deve ser bem medida. Para se ter um corpo são, É preciso uma boa alimentação. Que sendo bem balanceada, A vida será bem aproveitada.
Tomás Borba
Quando acordo pela manhã e arredo a cortina, Como logo uma maçã cheia de vitaminas.
Há maçãs de várias cores, Umas grandes e outras pequenas, Todas elas de cem sabores, Todas elas belas e serenas.
Samuel Coelho Gosto de castanhas, Boas e quentinhas. Assadas ou cozidas, Boas e docinhas. A fruta é saudável, E faz muito bem. Como todos os dias, E tenho crescido bem!
Gustavo Landeiro Eu sou uma banana Sou doce e saborosa Sou a fruta preferida da Ana Que é linda como uma rosa!
Cristiano Leal
Sou a melancia grande e redondinha. Por fora sou verde como as folhas das árvores. Por dentro sou vermelhinha como os deliciosos moran-gos. Ajudo a limpar os rins e a diminuir o açúcar no sangue. Por isso sou uma amiga e uma excelente companhia. Afonso Costa
Depois do almoço Vem a bananinha desafiar Come, come, por favor Para eu não me chatear.
Gonçalo Matos
A pera é um fruto muito bom para a saúde. Que nos faz crescer. E dá-nos força para viver. Letícia Martins Almeida Costea
Banana, querida banana. Amiga da nossa barriga. Banana verdadeira, Como-te, como inteira.
Rafaela Faria O morango É tanto, E tanto bom, Que até rima no tom. Simão Ferreira
Sou de cor alaranjada Faço os teus olhos brilhar. Na sopa ou na salada, Podes-me saborear.
Luana Cunha
DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO
1.º ciclo
PISCADEGENTE |7 NATAL |2014
A maçã é saudável para a nossa alimentação. Tem lá dentro muitos nutrientes e além disso é saborosa. Se nós comermos pelo menos uma maçã por dia é bom para a nossa alimentação. Eu adoro maçãs! E se tu não gostas, passa a gostar, porque elas são muito saudáveis. Miguel Sousa
Eu escolhi a cenoura porque é o meu legume preferido. Eu gosto de comer com casca e sem casca. Porque é muito saborosa!
Bruno Miguel Amaral dos Reis
A minha pereira deu uma grande pera. Eu gosto muito de peras e de um mito. A pereira não tem nem um irmão, A pera é velha e vermelha. Renata Faria
Com a fruta a rimar, Aprendemos a nos bem alimentar.
Júlio Ourique Gosto dela verde ou amarela, Com casca ou sem ela. Como de bom agrado até Acabar com ela.
Tiago Morais
A rapariga Ana Gosta de banana. Ela é amarela E não se põe na panela. Ela gosta de canela Nós podemos comê-la. Tiago Wang
Banana querida, Banana amiga da nossa barriga. Banana verdadeira te como toda, Te como inteira.
Gonçalo Teófilo
Turma 4.º A Outubro 2014
PISCADEGENTE |8 NATAL |2014
Concurso de ementas
No dia 16 de Outubro celebrou-se o Dia Mun-
dial da Alimentação, realizando-se, no Centro
de Recursos da Escola Francisco Ornelas da
Câmara, uma exposição/concurso de ementas.
Esta exposição, na qual participou um número
significativo de alunos do 2º ciclo, consistiu na
elaboração de cartazes nos quais os alunos fize-
ram a descrição de uma dieta diária saudável,
equilibrada e diversificada.
Tendo sido um êxito pelo elevado número de
participantes e qualidade dos cartazes, tanto na
sua apresentação como na informação dos con-
teúdos, o Departamento de Ciências Exatas do
2.º ciclo elegeu como vencedores os seguintes
alunos: Melissa Vieira e Marta Câmara do 6.º A,
Miguel Franca do 6.º B e Pedro Silva do 6.º C.
Prof. Duarte Mendonça
DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO
2.º ciclo
ciências da natureza
PISCADEGENTE |9 NATAL |2014
Este ano, o grupo de inglês do 2.º
ciclo preparou a tradicional festa de
outono com que todos os alunos
deliram - o Halloween - com um
concurso de chapéus.
Dia 30 de outubro iniciou-se a expo-
sição e no dia 31, dia de Halloween,
teve lugar o Concurso de Chapéus –
Hats Off! na galeria do auditório da
Escola. Nesse dia, os alunos do 2.º
ciclo e das turmas do Programa
Oportunidade votaram no seu cha-
péu preferido.
Concorreram chapéus marados, bor-
dados, cónicos, achatados, orelhu-
dos, bicudos, loucos, esguios, pon-
tiagudos, cómicos, fantásticos e hor-
ríveis, com folhas, frutos e flores,
com esqueletos, teias e aranhas,
vampiros, dentes e olhos ...
Os vencedores:
1.º Lugar – Gonçalo Meneses – 6º H
2.º Lugar – Marta Câmara 6º A
3.º Lugar – Tomás Ferreira 6º F
Parabéns a todos os participantes e
em especial aos vencedores!
Prof. Maria João Vieira
O HALLOWEEN PASSOU POR AQUI - hats off!
inglês
1.º
3
4
5
6
7
8
9
10
1
2.º
13
14
15
13
14
15
13
14
1
5
3.º
2.º ciclo
PISCADEGENTE |10 NATAL |2014
Os alunos do 6º ano, turma A, com a colabora-
ção das disciplinas, Educação Visual e Tecnoló-
gica, Inglês e Cidadania participaram neste pro-
jeto de curta duração para conhecer outras tra-
dições natalícias em países da Europa. O proje-
to pretende levar os alunos a desenvolver os
seus conhecimentos de outros países, culturas
e tradições relacionadas com o Pai Natal, Natal
e Ano Novo. Os alunos criaram trabalhos utili-
zando a sua imaginação e criatividade. Os tra-
balhos produzidos pelos alunos foram enviados
para os restantes parceiros europeus por cor-
reio. Como produto final, os professores nas
diferentes escolas, farão uma exposição de
modo a apresentar os trabalhos levados a cabo
pelos alunos dos outros países.
Prof. Helena Louro
Projeto eTwinning “CHRISTMAS around EUROPE”
2.º ciclo
educação visual e tecnológica
Algumas imagens dos trabalhos criados pelos alunos
PISCADEGENTE |11 NATAL |2014
TÉCNICAS de PINTURA turmas B e G, 5.º ano
educação visual e tecnológica
PISCADEGENTE |12 NATAL |2014
LOGÓTIPOS - concurso Biblioteca escolar
2.º ciclo
educação visual e tecnológica
Colaboração dos alunos do Clube das Artes
PISCADEGENTE |13 NATAL |2014
DIA DA NÃO VIOLÊNCIA CONTRA as MULHERES
educação visual e tecnológica
Exposição da equipa “Evocação de datas” no átrio da escola Em pleno século XXI, somos obrigados a conviver com uma mentalidade que remete a humanidade ao seu período mais violento, ignorante e sombrio. Nesse pesadelo que se recusa a acabar, as mulheres continuam a ser a vítima preferencial.
PISCADEGENTE |14 NATAL |2014
tuições paralelas à escola, onde
os seus movimentos e o seu
espaço de ação estão muito mais
limitados.
A escola, por si só, e a EF curricu-
lar, em particular, não são os úni-
cos meios capazes de correspon-
derem a todas as necessidades
homem.
Atualmente, devido ao estabe-
lecimento de rotinas de vida
extremamente rígidas, à cres-
cente utilização de material ele-
trónico pelas crianças, ao
aumento da densidade e tráfe-
go urbanos, o que provoca
menos espaço e maior
insegurança, temos
assistido a um aumen-
to dos hábitos seden-
tários da população e
de uma forma particu-
lar da população infan-
til. Isto faz com que o
hábito de brincar livre-
mente pela rua, de
explorar a natureza
com e sem jogos de
aventura, de experi-
mentar com o grupo
de amigos uma infini-
dade de jogos, muitas
vezes inventados por
eles, seja substituído
por uma forma organi-
zada de ocuparem os
tempos livres em insti-
A Educação Física (EF), enquan-
to disciplina curricular, propor-
ciona às crianças um alargado
leque de experiências, capazes
de lhes desenvolverem um con-
junto de capacidades e habili-
dades motoras, que lhe permi-
tem tornarem-se autónomas,
contribuindo para que sejam,
no futuro, adultos fisicamente
ativos e desportivamente cul-
tos. Além disso, tem um enor-
me valor cultural e social, pelo
facto de se constituir como um
meio de socialização e de
desenvolvimento da autoesti-
ma.
As vivências de uma atividade
física regular e sistematizada na
infância e juventude, capazes
de ensinarem às crianças o
saber fazer, são fundamentais
para se formarem adultos fisi-
camente ativos, com hábitos de
vida saudável. É ao nível das
aprendizagens e vivências posi-
tivas proporcionadas que a EF
dá um contributo precioso para
o desenvolvimento global do
A IMPORTÂNCIA da EDUCAÇÃO FÍSICA no CURRÍCULO ESCOLAR
2.º ciclo
educação física
PISCADEGENTE |15
necessidade de lhes proporciona-
rem as aulas de EF a que têm
direito, como também, equacio-
nar momentos de atividade física
para além dos tempos curricula-
res. Caso contrário, a escola
poderá estar a perder uma opor-
tunidade de criar hábitos de vida
ativa nas crianças, condicionando
-lhes o futuro, pois o
desempenho e a perfor-
mance de um indivíduo
num dado conjunto de
tarefas, está diretamente
relacionado com as suas
competências motoras.
O valor da EF no currículo
escolar é dado pela sua
especificidade, uma vez
que os objetivos que nela
se desenvolvem não são
abordados por nenhuma
das outras áreas. Como
se sabe, o percurso edu-
cativo é tanto mais rico
quanto melhor integrar
os diferentes aspetos em
que assenta o desenvolvi-
mento da criança, por
de desenvolvimento motor e
de atividade física evidenciadas
por uma criança. No entanto,
sabendo-se que as crianças pas-
sam a maior parte do dia na
escola, sendo este, por vezes, o
único lugar onde têm oportuni-
dade de se confrontarem com
uma atividade física regular, há
isso, é fulcral, mais do que com-
parar o grau de importância
entre as diferentes áreas, desco-
brir que elas se complementam
no desenvolvimento integrado da
criança. Estando os alunos numa
fase crucial de maturidade do
organismo, é necessário aprovei-
tar este momento para propor-
cionar a interação desejável
entre crescimento, aprendizagem
e desenvolvimento. O seu não
aproveitamento pode ter conse-
quências irreparáveis na forma-
ção da criança, porque as fases
de crescimento não se repetem,
criando-se mais tarde barreiras
por vezes intransponíveis.
A existência da EF cria condições
favoráveis ao desenvolvimento
social da criança, principalmente
na interação com os companhei-
ros e no cumprimento de regras
que as atividades próprias da EF
proporcionam. Em qualquer nível
escolar, alunos com melhores
competências físicas são melhor
aceites e adaptam-se com maior
facilidade às diversas situações.
NATAL |2014
A IMPORTÂNCIA da EDUCAÇÃO FÍSICA no CURRÍCULO ESCOLAR
como também contribui para o
seu crescimento social, para a
sua motivação, para a sua melhor
integração no grupo de amigos e
para a sua autoimagem. No
entanto, esta formação inicial só
ganha toda a sua dimensão, se
incluirmos como objetivo a per-
seguir a prática de atividades físi-
cas para toda a vida, transfor-
mando esta rotina num valor
para os adultos.
Prof. Rui Martins
Departamento de Educação Físi-
ca
Os alunos considerados menos
aptos fisicamente deparam-se,
por vezes, com um conjunto de
problemas de exclusão, que os
afasta das atividades físicas,
pois ninguém se sente atraído a
realizar uma atividade para a
qual não se sente competente
e onde a comparação lhe é des-
favorável.
Acreditamos que, ao realizarem
-se aula de EF regulares, esta-
mos a proporcionar aos alunos
a oportunidade de adquirirem
habilidade, técnicas e conceitos
que lhes permitem relaciona-
rem-se com os outros através
das atividades físicas e do des-
porto. Além disso, uma prática
regular de atividades físicas,
poderá provocar uma melhor
aparência nos jovens, aumen-
tando assim a sua autoestima.
Em síntese, podemos conside-
rar que a prática de atividades
físicas e o ensino de habilidades
e procedimentos não só é
importante para a formação
desportivo-corporal da criança,
PISCADEGENTE |16 NATAL |2014
2.º ciclo
EXPERIÊNCIAS DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA
PISCADEGENTE |17
Os alunos do Subprograma Opor-
tunidade II e III com frequência
do ano suplementar e não reinte-
grados no ensino regular por fal-
ta de aproveitamento escolar
apresentam os seguintes cons-
trangimentos:
¶ na sua maioria nunca concluí-
ram um ciclo do ensino básico
com aproveitamento;
¶ revelaram dificuldades acresci-
das e reiteradas no percurso cur-
ricular do ensino básico;
¶ possuem um baixo nível de
escolarização;
¶ fizeram transição direta do
subprograma I para o subprogra-
ma II e III sem aproveitamento;
O nível de ensino do curso
O funcionamento de dois cur-
sos de formação vocacional, em
regime de experiência pedagó-
gica são dirigidos aos alunos do
2º e 3º ciclos do ensino básico,
provenientes do Programa
Oportunidade, com frequência
do ano suplementar e não rein-
tegrados no ensino regular por
falta de aproveitamento escolar
e aos alunos do ensino regular
com duas retenções no mesmo
ciclo ou três retenções em dife-
rentes ciclos do ensino básico.
Os Cursos contemplam uma
formação geral, complementar,
vocacional com prática simula-
da e visam o desenvolvimento
integrado de capacidades e ati-
tudes. São de natureza vocacio-
nal conducentes à certificação
do 6.º e 9º ano de escolaridade.
Informações dos alunos alvo
deste encaminhamento e as
razões que legitimam a fre-
quência do curso
¶ têm uma média de idades de
16 anos;
¶ apresentam forte desmotiva-
ção ou dificuldades de integração
na comunidade educativa;
¶ manifestam um elevado índice
de abstenção;
¶ evidenciam grande falta de
expectativas relativamente à
aprendizagem e ao futuro;
¶ A maioria destes alunos corre o
risco de abandonar a escola sem
certificação formal e sem disposi-
tivos de integração social.
Relatório do despiste e avaliação
vocacional dos alunos a integrar
no curso, com indicação das
áreas vocacionais a oferecer
Foi realizada uma sessão de
Orientação Escolar e Profissional
NATAL |2014
cursos de formação vocacional
PISCADEGENTE |18 NATAL |2014
o desenvolvimento integrado de
capacidades e atitudes. Foram
então sugeridas algumas estraté-
gias conducentes a uma mais
fácil aquisição de conhecimentos
e práticas e a um maior envolvi-
mento/compromisso dos for-
mandos, a saber:
¶ Uso de analogias e exercícios
de simulação de contexto labo-
ral;
¶ Utilização generalizada do com-
putador e das tecnologias a ele
relacionadas;
¶ Realização de Visitas de Estudo;
¶ Elaboração de mapas de con-
ceitos, com vista à sua aplicação
integrada e transversal entre os
Módulos afins/complementares;
¶ Resolução de problemas e
tomadas de decisão para uma
intervenção individual e comuni-
tária responsável e produtiva;
¶ Adoção de metodologias de
trabalho e de aprendizagem
visando a participação ativa nas
diferentes tarefas;
¶ Pesquisa, seleção e organização
tante que a componente voca-
cional do Curso privilegie ativi-
dades que se realizem ao ar
livre, tendo em conta que mui-
tas das profissões salientadas
têm essa característica. Tam-
bém atividades que visam dar
uma resposta às necessidades
mais prementes da sociedade,
através da prestação de servi-
ços diversos. Trata-se de profis-
sões que implicam o trabalho
manual em contextos como a
construção, a manufatura, a
instalação ou reparação de pro-
dutos. De salientar também
profissões que proporcionam
um maior bem-estar físico e
psíquico, funcionando como
prevenção de eventuais proble-
mas do corpo (atividades liga-
das ao desporto).
Adequação aos perfis dos alu-
nos:
Os Cursos contemplam forma-
ção geral, complementar, voca-
cional e prática simulada e visa
junto de 16 alunos do Progra-
ma Oportunidade II. O objetivo
da sessão era fazer o levanta-
mento de interesses dos alu-
nos. Foi aplicado um questioná-
rio, com o objetivo dos alunos
se caracterizarem e traçarem
um projeto para o futuro. Tam-
bém lhes foi aplicado uma
adaptação de um teste de inte-
resses (COPS).
Através do questionário foi
possível verificar que as profis-
sões que mais despertaram
interesse foram: mecânico (13),
lavrador (7), técnico desportivo
(7), carpinteiro (6), padeiro (4),
técnico de informática (4), téc-
nico de eletrónica (3) e cabelei-
reiro (2).
Com a aplicação da adaptação
do COPS destacaram-se as
seguintes áreas de interesse:
tecnologias e serviços, negó-
cios, artes e atividades de exte-
rior. Tendo em linha de conta
os recursos humanos da escola
e dos parceiros, assim como os
interesses dos alunos é impor-
cursos de formação vocacional
PISCADEGENTE |19
¶ Valorizar as dimensões relacio-
nais da aprendizagem e dos prin-
cípios éticos que regulam o rela-
cionamento com o saber e com
os outros (vertente extremamen-
te importante para a formação
em prática simulada e a futura
integração no mundo do traba-
lho);
¶ Respeitar e valorizar a diversi-
dade dos indivíduos quanto às
suas opções, apetências e capaci-
dades;
¶ Favorecer a construção de uma
identidade pessoal e social res-
ponsável e informada que permi-
ta ao aluno reconhecer qual o
seu papel e contributo para a
sociedade;
¶ Fortalecer valores e fornecer
informações que possam contri-
buir para a integração dos alunos
no mundo do trabalho;
¶ Educar para a cidadania.
Domínio cognitivo:
¶ Minorar o insucesso escolar
repetido
¶ Valorizar os conhecimentos e as
de informação de modo a com-
preender as diferentes verten-
tes e perspetivas de uma dada
situação-problema.
Visando dar resposta a estes
alunos(as), foi considerado
pelo Conselho Pedagógico e
pelo Conselho Executivo, que
estes cursos poderiam consti-
tuir uma oportunidade inte-
grando-se nos vetores estrutu-
rantes do Projeto Educativo de
Escola, nomeadamente na con-
cretização dos seguintes aspe-
tos:
Domínio sócio afetivo:
¶ Valorizar as diferentes formas
de conhecimento, comunicação
e expressão;
¶ Desenvolver a curiosidade
intelectual e o gosto pelo saber
e pelo trabalho;
¶ Promover o desenvolvimento
da consciência crítica, da auto-
nomia, da responsabilidade, do
respeito, da autoestima e con-
fiança dos formandos;
capacidades dos formandos;
¶ Valorizar o desempenho e o
trabalho escolar dos alunos em
áreas essenciais à sua formação
em contexto de trabalho;
¶ Adequar as atividades letivas e
respetivas estratégias e metodo-
logias ao tipo de formação pre-
tendida;
¶ Adequar as atividades de enri-
quecimento curricular às necessi-
dades e interesses dos forman-
dos e objetivos gerais do curso;
¶ Proporcionar a aquisição de
competências na utilização das
TIC’s;
¶ Valorizar as aprendizagens sig-
nificativas para a área de forma-
ção que permitam a continuação
de estudos (nessa mesma área)
ou o ingresso na vida ativa.
Prof. Amílcar Cabral
NATAL |2014
cursos de formação vocacional
PISCADEGENTE |20
Açores (SRPCBA), sediado na
cidade de Angra do Heroísmo,
estando em permanente ligação
com os respetivos agentes de
proteção civil, que são, de acordo
com as suas atribuições próprias:
os corpos de bombeiros; as for-
ças de segurança; as Forças
Armadas; as autoridades maríti-
ma e aeronáutica e os serviços de
saúde. Entidades como a Cruz
Vermelha poderão exercer fun-
ções nos domínios da interven-
ção, apoio, socorro e assistência
sanitária e social.
Pensar que proteção civil é da
responsabilidade das equipas
de socorro, como os bombeiros
ou a polícia é muito redutor. A
proteção civil é uma responsa-
bilidade e dever de todos: cida-
dão, empresas e entidades
públicas. O lema
de “A prevenção
começa em si!”,
espalhado nos inú-
meros panfletos
informativos, mos-
tra, claramente, a
importância de
cada individuo da
sociedade no com-
primento das
medidas de auto-
proteção em caso
de algum risco
coletivo. Como prevenir e atuar
perante uma catástrofe poderá
evitar, principalmente, a perda
de vidas humanas. Contudo a
gestão e operacionalização da
proteção civil é da responsabili-
dade do Serviço Regional de
Proteção Civil e Bombeiros dos
O SRPCBA conta ainda com a
cooperação, em regime de volun-
tariado com o Corpo Nacional de
Escutas e com as Associações de
Radioamadores.
Segundo a lei de Bases da Prote-
ção Civil, esta define-se como a
atividade desenvolvi-
da pelo estado,
regiões autónomas,
autarquias locais,
pelos cidadãos e por
todas as entidades
públicas e privadas,
com a finalidade de
prevenir riscos coleti-
vos inerentes a situa-
ções de acidente gra-
ve ou catástrofe, de
atenuar os seus efei-
tos e proteger e socor-
rer as pessoas e bens em perigo,
quando aquelas situações ocor-
ram. Ou seja, todos nós somos a
proteção civil.
Pensar que a proteção civil só
atua quando ocorre uma catás-
trofe, é esquecer todo o trabalho
que prevenção dos riscos e ocor-
NATAL |2014
FUNÇÃO DA PROTEÇÃO CIVIL
notícias
clube da proteção civil
Em suma, de facto a proteção
civil é uma tarefa de cada um de
nós, sendo que quanto mais
informados e preparados estiver-
mos, melhor poderemos evitar
situações de perigo ou agir de
modo seguro e eficaz perante
uma catástrofe.
O coordenador do Clube de Pro-
teção Civil
Prof. Rafael Coutinho
rências graves. A proteção civil
faz, continuamente, um levan-
tamento, previsão, avaliação e
prevenção dos riscos que ocor-
rem sobre as populações.
Nos últimos anos a Proteção
Civil tem dado a conhecer ainda
mais o seu papel na comunida-
de, através de fortes campa-
nhas de sensibilização, mas
principalmente pela criação dos
Clubes de Proteção Civil nas
escolas dos Açores, de modo a
incutir desde tenra idade uma
postura de proteção civil, nos
alunos. Na nossa escola desde
de 2011, que o CPCFOC (Clube
de Proteção Civil da Francisco
Ornelas) tem tentado cumprir
os objetivos dos clubes, sensibi-
lizando os alunos para um cul-
tura de proteção civil, promo-
vendo atitudes de comporta-
mentos adequados em situa-
ções de emergência. Dinami-
zando palestras, exposições,
pedipaper, jornal de parede e
cursos para os funcionários da
escola.
PISCADEGENTE |21 NATAL |2014
PISCADEGENTE |22
É também nossa preocupação o
estudo e a proteção do patrimó-
nio natural do arquipélago,
nomeadamente a flora natural e
endémica dos Açores e as nossas
aves de rapina, bem como os
pássaros e as aves migratórias
marinhas que por cá passam ou
vêm nidificar.
Reunimo-nos às terças-feiras,
pelas 15,30h, ou às quartas, pelas
14,40h, conforme as disponibili-
dades de horário dos alunos ins-
critos. A nossa sede é um gabine-
te, devidamente identificado, ao
lado da sala CN2.
Funciona na nossa Escola aque-
le que é, muito provavelmente,
o mais antigo clube escolar dos
Açores, o Clube do Ambiente
FOC. Encontramo-nos em ativi-
dade, sem qualquer interrup-
ção, desde o ano letivo de
1994/1995.
O objetivo primeiro do Clube é
a educação ambiental dos seus
membros, abordando-se pri-
meiramente a questão do tra-
tamento dos resíduos e depois
a poupança e a gestão de
recursos naturais tão importan-
tes como a água e a energia.
Para além das reuniões semanais
temos planeadas várias ativida-
des de campo, como visitas à
Resiaçores (tratamento de resí-
duos), à Etar da Praia da Vitória,
aos Viveiros dos Serviços Flores-
tais, observação e fotografia de
aves e uma exploração na flores-
ta natural da ilha Terceira.
Se quiseres juntar-te a nós ainda
o podes fazer. Basta pedir e
preencher uma ficha de inscri-
ção, na Biblioteca, e aparecer na
sede do clube nos dias e horas
atrás referidos.
Prof. Álvaro Areias
NATAL |2014
CLUBE DO AMBIENTE
notícias
da f.o.c.
damentais para dar consecução
aos propósitos desses planos,
que, em suma, pretendem for-
mar leitores críticos e assumir a
leitura como factor de desenvol-
vimento individual e de progres-
so nacional.
Nesse contexto, a escritora pro-
moveu na biblioteca da nossa
escola uma sessão literária para
três turmas, na qual os nossos
alunos apresentaram as suas
impressões sobre a obra e os tra-
balhos que produziram decorren-
te da exploração da mesma. Assi-
nale-se a qualidade e a criativida-
de dos seus trabalhos que deixa-
ram visivelmente comovida a
escritora.
Aproveito a oportunidade para
relatar a minha experiência como
professor na leitura da obra sele-
cionada para exploração com os
alunos de 6º ano, “O gato de
Uppsala”, obra recomendada
pela Plano Nacional de Leitura. A
obra foi lida e explorada pelo Clu-
be de Leitura em quatro sessões
e ainda em sede de sala de aula
Por iniciativa conjunta da Esco-
la Básica Integrada da Praia da
Vitória e da Câmara Municipal
da Praia da Vitória, a escritora
Cristina Carvalho esteve na Ter-
ceira de 5 a 9 de novembro,
promovendo sessões literárias
nas bibliotecas escolares intitu-
ladas “Histórias para o mundo.
Hoje, os Açores”, colocando
centenas de alunos em contato
com a escritora e com as suas
obras. No âmbito do evento
cultural “Outono Vivo”, promo-
vido pela Câmara Municipal da
Praia da Vitória, no dia 8 de
novembro, a escritora dinami-
zou ainda uma sessão pública
intitulada “Ana de Londres e
outras obras literárias de Cristi-
na Carvalho”.
Sabemos que a leitura é uma
prioridade nacional da educa-
ção – decorre como todos
sabemos um Plano Nacional de
Leitura e aqui nos Açores um
Plano Regional de Leitura –
pelo que todos os esforços para
a promoção da leitura são fun-
PISCADEGENTE |23 NATAL |2014
por três turmas, a A, B e F – aqui
com a preciosa colaboração da
experiente professora Teresa
Meneses, a quem agradeço des-
de já o seu trabalho colaborativo
e incondicional – possibilitando
que os alunos ao longo da leitura
fizessem, também eles, a sua
própria viagem pela peculiar e
universal história de Elvis e Agn-
neta, duas personagens do imagi-
nário sueco do século XVII – his-
tória de amor, de amizade, de
coragem, de determinação, de
sonho... – que nos indica, como
muitos alunos depreenderam da
sua leitura, entre tantos impera-
tivos, o respeito pelos idosos e
até, quase todos os alunos o con-
cluíram, a obrigatoriedade de
estimarmos os animais, isto a
propósito naturalmente do gato
sem nome desta história.
Como se depreende este conto
deu pano para mangas na sua
exploração. A curiosidade dos
alunos foi enorme em torno das
auroras boreais relatadas na
obra, dos dias sem noite na
ESCRITORA CRISTINA CARVALHO na Terceira
notícias
biblioteca
PISCADEGENTE |24
gamento das sessões literárias a
mais seis escolas; à professora
Rosa Medeiros por me ter dado
as pistas para chegar à Cristina
Carvalho; à minha colega Teresa
Meneses pelo seu apoio na
exploração da obra e no suporte
à iniciativa; à professora Joana Yo
de Educação Musical, pelo seu
compromisso na preparação das
músicas e canções cantadas
pelos alunos.
Agradeço a todos os alunos o seu
empenho, não esquecendo os
que integram o Clube de Leitura,
nas atividades associadas à
exploração do livro “O gato de
Uppsala” e que em muitos casos
contou ainda com o apoio dos
pais/encarregados de educação.
Uma palavra de apreço para os
coordenadores das bibliotecas
escolares da ES Vitorino Nemé-
sio, da EBI dos Biscoitos, da EBI
Ferreira Drumond, da EBS Tomás
de Borba, da ES Emiliano de
Andrade e da EBI de Angra do
Heroísmo, pelo interesse
demonstrado e pelo seu empe-
Escandinávia, - aqui a Ciência -
as cidades de Estocolmo, Kiru-
na e Uppsalla – aqui a Geogra-
fia - a Guerra da Suécia com a
Prússia e a monarquia sueca, o
Vasa e o Museu com o mesmo
nome em Estocolmo, aqui His-
tória, as tradições e até a fauna
da Escandinávia, e, o mais
importante, a universalidade da
vida e dos valores que a susten-
tam - entre muitos outros aspe-
tos que a obra aborda e nos
permitiu, a nós leitores, um
enriquecimento ímpar, o que
faz do “Gato de Uppsala”, a
meu ver, uma obra recomenda-
da para todas as idades.
Concluo com os justos e mere-
cidos agradecimentos a todos
aqueles que contribuíram para
a presença da escritora Cristina
Carvalho na Terceira: ao Sr.º
Vereador Tibério Dinis, por
aceitar a proposta da EBI da
Praia da Vitória e integrar a visi-
ta da Cristina Carvalho no pro-
grama do “Outono Vivo”, possi-
bilitando dessa forma o prolon-
nho na atividade de receção à
escritora nas suas escolas.
Um agradecimento muito espe-
cial a todos os colaboradores da
Biblioteca da EBI da Praia da Vitó-
ria, professores e funcionários,
não esquecendo naturalmente o
seu Conselho Executivo.
À Papelaria 96 e ao responsável
pela Feira do Livro, Srº Carlos
Lima, o meu reconhecimento
pelo empenho em garantir na
feira do livro as obras da escrito-
ra.
À Porto Editora uma palavra de
apreço pela oferta de três obras
da Cristina Carvalho a todas as
bibliotecas escolares das sete
escolas da Terceira, e ainda à
biblioteca pública da Praia da
Vitória.
Prof. Augusto Oliveira
notícias
NATAL |2014
NATAL |2014
mendados pelo Plano Nacional
de Leitura (PNL): "O gato de Upp-
sala" - 4ª edição - publicado em
2009 pela Sextante/Porto Edito-
ra; "Noturno, o romance de Cho-
pin" - publicado em 2009 pela
Sextante/Porto Editora; "Lusco-
fusco, breviário dos mundos ele-
mentares" - publicado em 2011
pela Sextante/Porto Editora;
"Rómulo de Carvalho/António
Gedeão - Biografia" - publicado
em 2012, pela Editorial Estampa;
"Ana de Londres" publicado em
2013 pela Edições Parsifal;
Cristina Carvalho nasceu em
Lisboa, a 10 de Novembro de
1949.
Publicou o seu primeiro livro,
"Até Já Não É Adeus" em 1989.
É filha do professor de Físico-
Química e poeta Rómulo de
Carvalho (António Gedeão) e
da escritora, ensaísta e traduto-
ra Natália Nunes. Publicou con-
tos em várias revistas e jornais,
nomeadamente no Jornal de
Letras e revista Egoísta.
Cristina Carvalho publicou treze
obras, dos quais seis são reco-
PISCADEGENTE |25
"Quatro Cantos do Mundo"
publicado em maio de 2014 pela
editora Planeta Manuscrito.
Prof. Augusto Oliveira
CRISTINA CARVALHO
notícias
biblioteca
PISCADEGENTE |26
no “Grande Vasa”, tendo eles
aceite com entusiasmo essa pro-
posta.
Após diversos passeios pelo cais
de Estocolmo, Elvis apercebeu-se
que o cesto que levava estava
mais leve. Espreitou para dentro
do cesto e o seu gato não se
encontrava ali presente.
Elvis largou o cesto e disse a
Agnetta que o seu gato desapa-
receu e partiram do porto, em
pânico, à procura do gato.
Correram todas as ruas e nada do
gato! Decidiram voltar ao porto
de Estocolmo, em direção ao
Vasa, com alguma esperança de
que ele aparecesse.
Ao chegarem ali, Elvis espreitou
outra vês para o cesto e, para seu
espanto, o gato estava a ronro-
nar.
Encontraram o gato mas perde-
ram o Vasa que havia partido
momentos antes de ali chega-
rem.
Felizmente, graças ao desapareci-
mento não naufragaram junto
dos outros passageiros do Vasa.
O gato de Uppsala é um livro
que fala de um jovem que via-
jou de Kiruna até Estocolmo
para ver a grande inauguração
do lançamento do Vasa e pelo
caminho encontrou o seu amor
a Agnetta em Uppsala.
Após a morte do pai de Agnet-
ta, já em Uppsala, ambos con-
cretizaram um sonho que
tinham: ver o mar e o “Grande
Vasa”.
Quando chegaram a Estocolmo
foram convidados pelo coman-
dante do navio para irem viajar
Passado algum tempo, Agnetta
olhou para Elvis e disse-lhe que
iria ter um bebé.
Acabaram por ficar muito felizes.
Rodrigo Aguiar e Miguel Franca,
6º B
Cristina Carvalho visitou a Escola
Francisco Ornelas da Câmara,
quinta-feira, 6 de Novembro de
2014, pelas 9:30m. As turmas A,
B e F do 6.º ano foram recebê-la.
Oferecemos-lhe um ramo de flo-
res, um caderninho com uma
fotografia da cidade da Praia e
um gatinho, muito fofinho, feito
de feltro, dentro de um cestinho
de vimes.
As opiniões sobre o livro foram
muito boas porque toda a gente
gostou de ler “ O gato de Uppsa-
la”.
Mariana Dâmaso, 6.º F
O GATO DE UPPASALA
leituras
lido pelos alunos
NATAL |2014
NATAL |2014
que tem hoje.
O fato do Pai Natal já teve várias
cores. Antigamente, o mais
conhecido era verde com alguns
prateados ou brancos. Agora não
conseguimos ver o Pai Natal sem
ter o seu fato vermelho e branco.
Foi Thomas Nast, um cartunista
(desenhador e pintor) americano,
que representou pela primeira
vez o Pai Natal com a sua ima-
gem atual. Os seus desenhos sur-
giram em 1863, na revista Har-
per’s Weekly. Em vez de dese-
nhar um homem alto e magro
vestido de verde, como era cos-
tume na altura, criou um Pai
Natal rechonchudo num fato ver-
melho e branco.
E por fim vamos falar sobre
quem foi São Nicolau.
Nicolau, filho de cristãos abasta-
dos, nasceu na segunda metade
do século III, em Patara, uma
cidade portuária muito movi-
mentada. Conta-se que desde
muito cedo Nicolau se mostrou
generoso. Uma das histórias mais
conhecidas relata a de um
O nosso trabalho é sobre o Pai
Natal e algumas das suas carac-
terísticas. Como por exemplo,
como se diz Pai Natal em várias
línguas.
Na Alemanha ele é chamado de
Kriss Kringle, termo cuja tradu-
ção literal é Criança do Cristo.
Em França chamam-lhe Père
Noël. Nos países de língua
espanhola o bom velhinho é
geralmente designado de Papá
Noel. Santa Claus é o nome
dele nos Estados Unidos e no
Canadá. Em Inglaterra, o nome
do bom velhinho é Father
Christmas e tem o casaco e bar-
ba mais longos. Na Suécia, Jul-
tomten é o nome da famosa
figura natalina. Na Holanda,
chama-se Kerstman. Na Finlân-
dia, Joulupukki. Na Rússia, é
Baboushka. Na Itália, Belfana
ou Babbo Natal. Para os poucos
cristãos do Japão ele é conheci-
do como Jizo. Na Dinamarca,
chama-se Juliman.
De seguida vamos falar sobre
quem o vestiu com as cores
PISCADEGENTE |27
comerciante falido que tinha três
filhas e que, perante a sua pobre
situação, não tendo dinheiro
para casar bem as suas filhas,
estava tentado a prostituí-las.
Quando Nicolau soube disso,
passou junto da casa do comer-
ciante e atirou um saco de ouro e
prata pela janela aberta, que caiu
junto da lareira, perto de umas
meias que estavam a secar.
Assim, o comerciante pôde pre-
parar o enxoval da filha mais
velha e casá-la. Nicolau fez o
mesmo para as outras duas filhas
do comerciante, assim que estas
atingiram a maturidade.
Quando o bispo de Myra da altu-
ra morreu, os anciãos da cidade
não sabiam quem nomear para
bispo, colocando a decisão na
vontade de Deus. Na noite
seguinte, o ancião mais velho
sonhou com Deus, que lhe disse
que o primeiro homem a entrar
na igreja no dia seguinte seria o
novo bispo de Myra. Nicolau cos-
tumava levantar-se cedo para lá
rezar e foi assim que, sendo o
O PAI NATAL
natal
cidadania
PISCADEGENTE |28
branca e vestido de vermelho,
que conduz um trenó puxado por
renas, que esta carregado de
prendas e voa, através dos céus,
na véspera de Natal, para distri-
buir as prendas. O Pai Natal pas-
sa por cada uma das casas de
todas as crianças bem comporta-
das, entrando pela chaminé, e
depositando os presentes nas
árvores de Natal ou meias pen-
duradas na lareira. Esta imagem,
tal como hoje a vemos, teve ori-
gem num poema de Clement
Clark More, um ministro episco-
pal, intitulado de “Um relato da
visita de S. Nicolau”, que este
escreveu para as suas filhas. Este
poema foi publicado por uma
senhora chamada Harriet Butler,
que tomou conhecimento do
poema através dos filhos de
More e o levou ao editor do Jor-
nal Troy Sentinel, em Nova Ior-
que, publicando-o no Natal de
1823, sem fazer referência ao seu
autor
Hoje em dia, na época do Natal, é
costume as crianças, de vários
primeiro homem a entrar na
igreja naquele dia, se tornou
bispo.
S. Nicolau faleceu a 6 de
Dezembro de 342 (meados do
século IV) e os seus restos mor-
tais foram levados, em 1807,
para a cidade de Bari, em Itália.
É atualmente um dos santos
mais populares entre os cris-
tãos.
S. Nicolau tornou-se uma tradi-
ção em toda a Europa. É conhe-
cido como a figura lendária que
distribui prendas na época do
Natal. Originalmente, a festa de
S. Nicolau era celebrada a 6 de
Dezembro, com a entrega de
presentes. Quando a tradição
de S. Nicolau prevaleceu, ape-
sar de ser retirada pela igreja
católica do calendário oficial
em 1969, ficou associado pelos
cristãos ao dia de Natal (25 de
Dezembro)
A imagem que temos, hoje em
dia, do Pai Natal, é a de um
homem velhinho e simpático,
de aspeto rechonchudo, barba
pontos do mundo, escreverem
uma carta ao S. Nicolau, agora
conhecido como Pai Natal, onde
registam as suas prendas preferi-
das. Nesta época, também se
decora a árvore de natal e se
enfeita a casa com outras deco-
rações natalícias. Também são
enviados postais desejando Boas
Festas aos amigos e familiares.
Atualmente, há quem atribua à
época de Natal um significado
meramente consumista. Outros
vêm o Pai Natal como o espírito
da bondade, da oferta. Os cris-
tãos associam-no à lenda do anti-
go santo, representando a gene-
rosidade para com o outro.
Sítios:
http://www.presentedenatal.com.br/
papai_noel_diversas_linguas.htm~
http://natal.com.pt/lendas-sao-nicolau-pai-
natal-papai-noel
http://dezinteressante.com/?p=22230
Ana Espínola, Inês Correia, Mariana Rocha, Mariana Lima, 6.º I
natal
NATAL |2014
NATAL |2014
Entrada:
Canja
Pratos principais:
Bacalhau Cozido
Peru com recheio
Sobremesas:
Pudins
Bebidas:
Vinho Tinto/Branco
Sumos
Água
PISCADEGENTE |29
EMENTA DE NATAL E PRESÉPIO
natal
cidadania
Catarina Amaral, Leandro Pavão, Luana Toste, Pedro Silva, 6.º I
O que significa a palavra Natal?
Natal tem origem latina e quer dizer
nascimento. Por isso essa palavra
representa a festa em que se come-
mora o nascimento de Jesus Cristo.
Qual o significado do presépio?
O presépio é um conjunto de figuras
que simboliza o nascimento de Jesus
Cristo, é a personagem típica do
Natal da fé cristã.
Qual a origem do presépio?
A primeira representação do presé-
pio foi montada por São Francisco
de Assis no Natal de 1223.
Como foi a evolução do presépio?
Antigamente as pessoas construíam
os seus presépios com objetos que
tinham em casa (rolhas, palitos…).
Atualmente, com o desenvolvimen-
to do comércio, compramos as figu-
ras do Presépio feitas em barro.
Peças do Presépio: Menino Jesus;
Virgem Maria; José; Burro, vaca e
outros animais; Anjos; Pastores; Reis
Magos.
No entanto, as figuras da Sagrada
Família são: Menino Jesus; Virgem
Maria; São José
Webgrafia http://www.reflexoesevangelicas.com.br/2011/12/qual-o-significado-da-palavra-natal-e.html http://www.significados.com.br/natal/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Natal http://www.jacuipenoticias.com/religiao/dezembro/
natal.htm
Carolina André, Laura Rego, Rita Coelho,
Simão Sousa, Francisco Santos, 6.º I
NATAL |2014 PISCADEGENTE |30
Música ambiente:
Noite feliz, noite feliz
Ó senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na lapa, Jesus nosso bem
Dorme em paz, ó Jesus
Dorme em paz, ó Jesus
Noite feliz, noite feliz
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores os anjos dos céus
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus, Salvador!
De Jesus, Salvador!
Noite feliz, noite feliz
Ó senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na lapa, Jesus nosso bem
Dorme em paz, ó Jesus
Dorme em paz, ó Jesus
Noite feliz, noite feliz
Noite feliz, noite feliz
Aos pastores os anjos dos céus
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus, Salvador!
De Jesus, Salvador!
Decoração de mesa: usam-se
melhores loiças, azevinho e
velas de natal.
Decoração da sala: Árvore de
natal, azevinho, presépio, luzes
de natal, velas de natal e bone-
cos de neve, botas de natal,
bonecos de pais natal.
DECORAÇÕES DE NATAL
natal
cidadania
Diogo Pereira
Gonçalo Lima
Rúben Santos
Verónica Moutinho, 6.º I
Havia, no tempo em que a Região era governada pelo PSD e Mota Amaral desem-penhava o cargo de presidente do governo regional, uma forte oposição, aqui, na ilha Terceira. Oposição que aparecia nos jornais locais, quer sob a forma de artigos de opi-nião, quer através de caricaturas. No verão passado estivemos na sede do Jornal da Praia (JP), a folhear o arquivo e descobrimos a obra de Francisco Barcelos (1926-1993), artista plástico natural da Praia da Vitória, que hoje dá nome à rua em frente à Escola Secundária Vitorino Nemésio. Em jeito de homenagem, incluímos algu-mas dessas caricaturas, bem como dois diplomas de obras locais, gentilmente cedi-das pelo JP. Como se pode ver, estão assinadas e data-das, algumas com indicação de terem sido feitas em Fall River, localidade norte-americana onde o autor viveu, depois de ter iniciado atividade na Base das Lajes.
CARICATURAS de FRANCISCO BARCELOS
PISCADEGENTE |31
memórias da Praia
Auto-caricatura de Francisco Barcelos
NATAL |2014
PISCADEGENTE |32 NATAL |2014
NATAL |2014 PISCADEGENTE |33
PISCADEGENTE |34 NATAL |2014
NATAL |2014 PISCADEGENTE |35
Top Related