UNIÃO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DO MÉDIO TOCATINS - UNEST
FACULDADE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - FSIP
Ricardo Sousa Pimentel
BANCO DE DADOS MÓVEIS:
SUBTÍTULO
PARAÍSO DO TOCATINS-TO
DEZEMBRO DE 2010
UNIÃO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DO MÉDIO TOCATINS - UNEST
FACULDADE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - FSIP
Ricardo Sousa Pimentel
BANCO DE DADOS MÓVEIS:
SUBTÍTULO
Monografia apresentada para a conclusão do curso de Sistemas de Informação da União Educacional de Ensino Superior do Médio Tocantins, sob a orientação do Profª. Esp. Thatiane de Oliveira Rosa.
PARAÍSO DO TOCATINS-TO
DEZEMBRO DE 2010
UIÃO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DO MÉDIO TOCATINS - UNEST
FACULDADE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - FSIP
Ricardo Sousa Pimentel
BANCO DE DADOS MÓVEIS:
SUBTÍTULO
AVALIADORES:
Thatiane de Oliveira Rosa - UNEST
(Orientadora)
Nome do Professor Avaliador – UNEST
Nome do Professor Avaliador – UNEST
PARAÍSO DO TOCATINS-TO
DEZEMBRO DE 2010
Este trabalho é dedicado
aos familiares, amigos e mestres,
que contribuíram significativamente para
o meu crescimento intelectual.
os meus pais, pelo dom da vida.
Aos meus Mestres,
por terem me mostrado o caminho do saber.
Um agradecimento especial ao meu Orientador,
sempre paciente.
Nós devemos ser a revolução que queremos para o mundo.
Mahatma Gandhi
RESUMO
A computação móvel e a comunicação entre dispositivos móveis avançam e
desenvolvem-se de forma muito rápida, porém existem diversos fatores que põem
em risco as informações processadas nos bancos de dados móveis, tais como: a
alta mobilidade, a largura de banda das redes sem fio e a deficiência do hardware
dos aparelhos móveis, tais fatores são abordados no decorrer deste trabalho de
forma a analisar os desafios e propor soluções para o desenvolvimento dessa área
da computação.
Palavras-chave: Bancos de Dados Móveis, Computação Móvel, Tecnologia.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. As fases do desenvolvimento de um sistema.............................................11
Figura 2. ENIAC (Electronic Numerical Integrator And Calculator)............................11
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
UFT Universidade Federal do Tocantins
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS....................................................................................................8
LISTA DE TABELAS....................................................................................................9
LISTA DE ABREVIATURAS......................................................................................10
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................12
2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................13
2.1 Computação Móvel.............................................................................13
2.2 J2ME (Java 2 Micro Edition)...............................................................14
2.3 Redes sem fio.....................................................................................15
2.3.1 WLAN..............................................................................................15
2.3.2 GPRS - General Packet Radio Service...........................................15
2.3.3 EDGE..............................................................................................16
2.3.4 HSPA..............................................................................................16
2.3.5 Bluetooth.........................................................................................16
2.4 Protocolos de redes............................................................................17
2.4.1 TCP/UDP........................................................................................17
2.5 Bancos de Dados Móveis...................................................................18
2.6 Handoff...............................................................................................19
2.7 Caching...............................................................................................20
2.8 Replicação e Sincronização de Dados...............................................22
2.9 Difusão de Dados...............................................................................23
2.10 SGBDs (Sistemas de Gerenciamento de Bancos de Dados) Móveis.25
2.10.1 Oracle Database Lite 10g.............................................................25
2.10.2 SQL Anywhere Studio...................................................................26
2.10.3 SQL Server CE.............................................................................26
3 METODOLOGIA.................................................................................................27
4 CONCLUSÃO.....................................................................................................28
5 REFERÊNCIAS..................................................................................................29
1 INTRODUÇÃO
O futuro da computação é a mobilidade, estamos caminhando para isso desde
os primeiros computadores a válvulas que mal cabiam em uma sala, até os micro-
chips dos dias atuais. A tendência é e sempre será à redução gradativa dos
componentes e aumento da capacidade de processamento e armazenamento. Com
tudo, a evolução da computação ao ponto de termos computadores portáteis cada
vez mais variados e distintos como os aparelhos Celulares, PDAs, Tablets, entre
outros, aumentam a complexidade dos sistemas desenvolvidos para lidar com esse
tipo de aparelho. Não podemos comparar a capacidade de um computador de mesa
Desktop com a de um computador móvel, é claro que os dispositivos móveis
evoluíram de forma, para muitos, inimaginável, desde os primeiros celulares digitais
até os aparelhos de terceira geração 3G, porém devemos considerar as proporções
de tamanho e espaço entre eles. Além das carências de hardware e complexidade
de software, os dispositivos móveis encontram outros desafios na área de
comunicação em rede, uma vez que estes dispositivos encontram-se em movimento
constantemente, é necessário o desenvolvimento de técnicas capazes de gerenciar
o acesso desses dispositivos a rede e auxiliar no gerenciamento de dados e
informações. Algumas dessas técnicas são o Handoff, a Difusão, a Replicação e o
Caching, estas técnicas serão apresentadas detalhadamente no decorrer deste
trabalho.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Computação Móvel
Mobilidade pode ser definida como a capacidade de poder se deslocar ou ser
deslocado facilmente. No contexto da computação móvel, mobilidade se refere ao
uso, pelas pessoas, de dispositivos móveis portáteis, funcionalmente poderosos, que
oferecem a capacidade de realizar facilmente um conjunto de funções de aplicação,
sendo também capazes de conectar-se, obterem dados e fornecê-los a outros
usuários, aplicações e sistemas. René Araújo Alves (apud LEE, 2005).
Nos últimos anos, a área de desenvolvimento de software e hardware vem se
desenvolvendo de forma exponencial. Esse desenvolvimento abre caminho para a
criação de novas tecnologias voltadas para áreas tidas antes como inviáveis. Com
os componentes dos computadores cada vez menores e eficientes junto com o
desenvolvimento de softwares eficazes tanto em máquinas com grande capacidade
de processamento e memória quanto em computadores mais “enxutos” com relação
a hardware, nasce um novo paradigma para a computação, a computação móvel.
Com a computação móvel, e o crescente número de sistemas de informação
desenvolvidos para essa plataforma, surgem questões como a segurança,
integridade e consistência dos dados nos sistemas de bancos de dados. Quanto
maior a mobilidade do dispositivo, mais difícil será o gerenciamento da aplicação.
Essas e outras questões serão tratadas nas próximas seções.
14
2.2 J2ME (Java 2 Micro Edition)
Segundo (Edgar Marçal). O J2ME é uma coleção de tecnologias e
especificações que foram projetadas pela Sun Microsystems para o
desenvolvimento de aplicações para dispositivos de pequeno porte, especialmente
com transmissão sem fio. Um dos maiores diferenciais do J2ME é a sua grande
portabilidade. Diversos tipos de dispositivos móveis, como PDAs, telefones celulares
e pagers, e os principais fabricantes suportam aplicações nessa plataforma, por
exemplo: Nokia, Siemens, Motorola, SonyEricsson, HP e PalmOne. Um outro
diferencial é o grande número de programadores, listas de discussão, livros e artigos
em todo o mundo, o que fornece um importante apoio na programação.
A plataforma J2ME está presente na maioria dos dispositivos móveis de hoje,
essa tecnologia tem baixo custo e se estende a aparelhos simples com poucos
recursos. Por isso trabalhar o J2ME garante alto grau de compatibilidade.
15
2.3 Redes sem fio
Segundo (Gilson Marques Silva). As redes locais sem fio têm se tornado, cada
vez mais, uma opção para ambientes corporativos; e com isso, os requisitos de
segurança são cada vez mais importantes, haja vista que acessos indevidos à rede
e a leitura ou alteração de dados em trânsito na mesma representam uma grande
ameaça a estes ambientes.
Para um melhor entendimento dos conceitos de redes sem fio, serão
abordados nas próximas seções os principais tipos de conexões wireless (sem fio).
2.3.1 WLAN
Segundo (Fernando Veríssimo). Este é um padrão projetado pelo IEEE
(Institute of Electrical and letronics Engineers) e é um dos mais recentes padrões de
redes sem fio.
As principais características do WLAN são: Utiliza um ponto fixo de acesso,
trabalha com a freqüência 2,4 GHZ e Utiliza o WEP para autenticação e privacidade.
2.3.2 GPRS - General Packet Radio Service
Segundo (MANFRED HEIL JUNIOR). O GPRS (General Packet Radio Service)
é o serviço oferecido pelas redes GSM de celulares para comunicação de dados,
como por exemplo: e-mail, acesso a redes corporativas e à Internet através de
telefones móveis.
Essa tecnologia aumenta as taxas de transferência de dados nas redes GSM.
O GPRS permite o transporte de dados por pacotes, por isso oferece taxas de
transmissão muito mais elevadas que as taxas das tecnologias anteriores que
utilizavam conexão por circuito podendo chegar a 170kbps em condições ideais,
enquanto as tecnologias anteriores não passavam de 12kbps. As tecnologias que
utilizam conexão por circuito estabelecem uma conexão do ponto de partida ao
ponto de chegada, disponibilizando recursos de rede durante toda a duração da
chamada, ou seja, mesmo que o usuário não esteja fazendo download algum, ele
ainda estará consumindo recursos de rede. Com o GPRS os Esses recursos só
serão oferecidos ao usuário quando este necessitar, ou seja, se o usuário estiver
lendo o conteúdo de uma pagina, por exemplo, ele não estará consumindo recursos
de rede, até que ele realize uma atualização por exemplo. Isto permite às
operadoras GPRS disponibilizar acesso à Internet móvel em alta velocidade e a um
16
custo razoável, pois a cobrança é feita pela quantidade de pacotes de dados
transmitidos e não pelo tempo de conexão à rede.
2.3.3 EDGE
De acordo com (Rodrigo Jurema de Assis Corrêa, 2003). GSM Evolution
(EDGE) ou Enhanced GPRS (EGPRS). Essa tecnologia permite melhorar a
transmissão de dados em redes GSM.
O EDGE é uma evolução do GPRS que pode fornecer velocidade acima de
236.8 kbps.
2.3.4 HSPA
Segundo (Rodrigo Jurema de Assis Corrêa, 2003). O HSDPA foi concebido de
forma a se obter alta vazão na transferência de pacotes de dados com o auxílio das
técnicas de adaptação de enlace. A idéia principal do HSDPA é aumentar a vazão
dos pacotes de dados através de métodos já utilizados nos sistemas GSM/EDGE,
incluindo adaptação de enlace e retransmissões automáticas.
High Speed Packet Access (HSPA) é uma versão avançada da UMTS capaz
de oferecer altas taxas de transmissão pode atingir médias entre 550 e 1100 kbps,
acredita-se que ela possibilitará uma experiência real de banda larga móvel para
aparelhos celular.
2.3.5 Bluetooth
Segundo (Luci Pirmez, 2003). Bluetooth é uma tecnologia de rádio para
comunicações de curto alcance, com baixo consumo de energia e baixo custo,
favorecendo o seu emprego na implementação de redes.
As principais características do Bluetooth são: Alcança velocidades de até
1Mbps, sua freqüência é de 2,4GHz e Autenticação e Criptografia através do WEP.
17
2.4 Protocolos de redes
As redes de computadores podem ser descritas como várias máquinas
interligadas entre si por meio de hardware, porém não devemos imaginar as redes
apenas como algo físico, Hoje em dia grande parte dos avanços de tecnologias da
área de redes se dá na parte de software. Para que os computadores interligados
possam reconhecer uns aos outros e enviar ou receber informações, é necessário
que eles sigam algumas regras. Os protocolos de rede são um conjunto de regras
que implicam sobre o modo de como os computadores interligados se comunicarão
entre si.
2.4.1 TCP/UDP
O TCP (Transmission Control Protocol ou Protocolo de Controle de
Transmissão) é um protocolo orientado a conexões confiável que garante a entrega
dos dados sem erros, já que se um pacote for extraviado ele será retransmitido até
que o destinatário o receba. Já o UDP fornece integridade de dados, mas não
garante a entrega, portanto só é recomendável utilizá-lo para envio de dados que
suportem a perda de pacotes, como stream de áudio e vídeo.
18
2.5 Bancos de Dados Móveis
O sistema de banco de dados móvel é aquele no qual o acesso à base de
dados é realizado através de uma ligação sem fio. René Araújo Alves (apud Amado,
2002).
Não é algo simples fazer com que as aplicações possam gerenciar as
informações contidas na base de dados de forma eficiente enquanto se movem
pelas inúmeras células de rede espalhadas por um território. Tendo em vista que a
conexão com a rede sem fio possa ser interrompida por motivos que vão desde o
desligamento do aparelho de forma espontânea ou descarga da bateria, até a perda
da área de cobertura da rede, podemos prever e que as transações podem ser
interrompidas a qualquer momento podendo não serem completadas de forma
satisfatória. Porém essas limitações não devem ser consideradas como falhas, e sim
como desafios que podem e devem ser solucionados através de técnicas como, por
exemplo, o handoff, o caching e a replicação, essas técnicas serão discutidas nas
próximas seções.
19
2.6 Handoff
Uma das grandes dificuldades com relação ao desenvolvimento de sistemas que
utilizam bancos de dados móveis é a comunicação entre o servidor e o cliente quando este se
move entre as várias células de rede. A capacidade de sair de uma célula e entrar em uma
vizinha sem que haja desconexão é chamada de Handoff (Vide figura 1). “Com o handoff é
possível perder o contato com uma estação base numa célula, estabelecendo contato com
outra sem, no entanto, haver desconexão, esta troca deve ocorrer quando o host móvel está na
região onde as células se sobrepõem” KUMAR, 2000 (apud AMADO, 2002).
Figura 1. HandoffA figura 1 mostra o cliente móvel se deslocando entre duas células de rede, para que
não haja desconexão é necessário perder contato com uma célula e estabelecer com a outra na
área onde elas se sobrepõem.
Quando o host móvel não encontra uma rede a qual se conectar, ou o sinal oscila de
forma a prejudicar o desempenho das transações, é necessário manter um repositório local no
qual armazenar informações importantes. Porém o espaço disponível é escasso, por isso é
necessário manter na memória local ou em cache somente os dados realmente necessários. O
caching é um paradigma que faz o controle do que fica ou não na memória local do aparelho e
será abordado mais a fundo na próxima seção.
20
2.7 Caching
O caching é um paradigma de acesso a dados móveis que visa aumentar a eficácia na
recuperação dados em servidores remotos. Armazenar dados em cache (Memória Local)
facilita o processo de recuperação de dados, já que acessar-los no próprio aparelho é
consideravelmente mais simples do que buscá-los em bancos de dados externos. Portanto
armazenar dados em cachê seria a solução ideal, uma vez que diminuindo a complexidade do
problema obtém-se uma melhor performance. Entretanto, infelizmente os dispositivos móveis
perdem em recursos de hardware, como processamento, espaço para armazenamento de
informações, entre outros recursos físicos, se comparados aos computadores de mesa
(Desktops). Tal deficiência dificulta o desenvolvimento de aplicações que gerem e computem
uma grande quantidade de dados. Sendo assim, o caching visa buscar um meio termo entre o
armazenamento em cache e o distribuído. O processo que é realizado pelo caching é muito
simples: quando o usuário utiliza a aplicação é enviado um pedido ao servidor que busca os
registros mais acessados, então o sistema os armazena na memória, quando for realizada uma
busca o aplicativo realiza uma varredura no cache do aplicativo e só irá acessar novamente o
servidor caso não encontre o resultado desejado. Esse processo diminui significativamente a
quantidade de acessos ao servidor uma vez que os registros recuperados para formar o cache
do sistema são os que normalmente são requisitados pelo usuário, aumentando, desta forma, a
probabilidade de que o dado buscado esteja na memória, para isso é mantido um registro de
estatísticas do banco como representado pela figura 2.
Figura 2. Caching em Ambientes Móveis
21
A figura 2 representa um ambiente onde o cliente móvel ao requisitar uma
informação pode realizar uma busca interna no cache, se a informação solicitada
estiver disponível, esta será apresentada, caso contrário é realizado um acesso ao
servidor remoto onde estão contidos todos os dados disponíveis a este cliente. Uma
vez que o servidor é acionado, é atualizado o banco de estatísticas, o registro é
encontrado e então encaminhado ao cliente. Periodicamente o host móvel é
atualizado com os dados mais requisitados segundo as estatísticas, para que
diminuam os acessos ao servidor.
Para que os dados mantenham-se íntegros e confiáveis, é necessário que
estes sejam transmitidos ao servidor quando ocorram alterações ou inclusões, esse
processo é denominado Replicação e será apresentado na seção seguinte.
22
2.8 Replicação e Sincronização de Dados
O processo pelo qual um arquivo ou um conjunto de arquivos é copiado de um
computador para outro, dentro de um sistema distribuído, é conhecido como replicação (este
processo é representado na figura 3). Os clientes móveis armazenam cópias idênticas das
informações contidas no servidor, ou parte delas, para aumentar o desempenho das aplicações,
pois diminuem o tempo de acesso às informações (quando não é preciso fazer uma requisição
ao servidor). (René Araújo Alves, 2007).
Figura 3. As bases remotas possuem replicas na base consolidada
A figura 3 representa várias bases remotas com cópias idênticas em uma base
consolidada, cada alteração ou inclusão nas bases remotas deve ser sincronizada com a base
consolidada.
Sincronização é o processo pelo qual os dados distribuídos são mantidos atualizados, de
forma que os usuários em cada local tenham certeza de que estão vendo a versão mais recente
do arquivo. Quando os dados num servidor ou numa base e suas réplicas são sincronizados, o
log de transação de cada volume replicado é usado para verificar se aqueles dados foram
atualizados, inseridos ou removidos da base central. As cópias mais recentes são então
replicadas para todos os outros locais que acessam esses dados. Novel, 1997 (apud Amado,
2002).
23
2.9 Difusão de Dados
A Difusão de Dados ou disseminação é um paradigma de acesso a dados em um
servidor remoto em que o servidor envia mensagens aos clientes móveis localizados nas
células de redes por ele alcançadas. Existem duas estratégias para o envio de dados por
difusão, o Pull-Based e o Push-Based. O Pull Based é caracterizado pelo cliente fazendo
papel ativo, realizando as requisições de informações ao servidor. Porém há um custo maior
com relação aos envios de requisições que com os recebimentos de informações, uma vez que
a largura de banda das redes é maior no sentido Servidor/Cliente que no sentido
Cliente/Servidor. A figura 4 mostra a comunicação entre cliente e servidor pelo modelo pull-
based, onde a solicitação sempre parte do cliente, chega ao servidor onde é analisada para só
então ser encaminhada a resposta de volta ao cliente , seguindo os passos de 1 a 4
respectivamente.
Figura 4. Pull-Based
A figura 4 representa o funcionamento do Pull-Based seguindo os seguintes passos: o
cliente se conecta a rede sem fio e acessa o servidor, o servidor interpreta a requisição e envia
a resposta para o cliente através da rede.
O Push-Based é caracterizado pelo servidor fazendo papel ativo, ou seja, enviando
dados para o cliente sem que este os solicite. Neste caso o cliente móvel funciona apenas
como um receptor. Uma vez que cada cliente pode ter necessidades diferentes, propõe-se que
seja realizado um cadastro prévio do tipo de informação que cada um deseja receber, evitando
assim o envio de informações desnecessárias. Um exemplo do uso do Push-Based é na
implementação de um sistema de envio de SPAM.
24
Figura 5. Push-Based
A figura 4 representa o funcionamento do Push-Based, o servidor simplesmente envia as informações para os hosts móveis ao alcance.
25
2.10 SGBDs (Sistemas de Gerenciamento de Bancos de Dados) Móveis
Atualmente, os maiores desenvolvedores de SGBDs, apresentam soluções para a plataforma móvel, por perceberem a grande importância e o enorme potencial econômico da mobilidade, estas empresas lançam versões de seus softwares adaptadas para o gerenciamento de bancos de dados móveis, visando não somente o usuário pessoal, mas principalmente o corporativo. Entre os SGBDs (Sistemas de Gerenciamento de Bancos de Dados) móveis existentes no mercado, destacam-se: o SQL Anywhere Studio, o Oracle Database Lite 10G, e o SQL Server CE, os quais serão melhor explicados nas próximas seções.
2.10.1 Oracle Database Lite 10g
Oracle Database Lite oferece aos usuários móveis a experiência de acesso continuo a
dados pela rede. Ele permite que os usuários móveis possam acessar dados da empresa,
mesmo na ausência de uma conexão de rede. O Oracle Database Lite 10g é uma solução
integrada e completa para o rápido desenvolvimento e implantação de aplicações de alto
impacto para ambientes móveis. No caso desta ferramenta, o cliente necessita de pouco
espaço de armazenamento, ocupando cerca de 350kb. Por sua vez, o servidor fornece
sincronização bi-direcional de dados, além de oferecer aos administradores ferramentas para
gerenciar remotamente os usuários, dispositivos de aplicações. A figura 6 ilustra uma
arquitetura típica do cenário de implantação de aplicativos móveis.
Figura 6. Cenário de Implantação de Aplicativos Móveis
Os principais componentes do cliente do Oracle Database Lite são: os Bancos de
dados Oracle Database Lite Client para acesso a dados locais; e um dispositivo gestor e
sincronizador de dados de clientes que se comunicam com o servidor. O cliente está
26
disponível para múltiplas plataformas, incluindo Windows 2003/XP/Vista, Windows Mobile e
Pocket PC, Linux e Symbian OS e dá suporte às funcionalidades de SQL padrão, possui
serviços de mensagens em aparelhos de telefone, pagers e computadores portáteis, possui
serviços de mensagens Push-based e Pull-based para difusão, dá suporte a Binary Large
Object (BLOB) e possui serviços de voz.
O servidor móvel opera na camada intermediária proporcionando a sincronização de
dados com o banco de dados Oracle da empresa. Os administradores podem usar a interface
de usuário Mobile Manager para o Oracle Database Lite Mobile Server também para executar
o gerenciamento do dispositivo, gerenciamento de ciclo de vida da aplicação e otimização de
desempenho de tarefas.
2.10.2 SQL Anywhere Studio
A Sybase possui uma solução de banco de dados móvel chamada de Sybase UltraLite,
suas principais características são: Suporte a BLOB; trabalha com as plataformas Microsoft
Windows, Windows CE, Mac OSX, Linux, Symbian OS a partir da versão 8, e Palm. O
cliente tem apenas 150kb e no servidor o banco de dados pode ter no máximo 2gb.
Segundo (Anete Terezinha Trasel, 2005). Os pontos fortes do SQL Anywhere Studio são
suas múltiplas opções de acesso a dados ASA (Adaptive Server Anywhere); Sevidor Móvel e
Ultra Lite de sincronização (SQL Remote e Mobilink Server) e de suporte para
desenvolvimento (via ODBC, JDBC e outros drivers nativos). Pode-se apontar como ponto
fraco o fato do produto não prover suporte nativo a dispositivo RIM Blackberry e à plataforma
Java 2 Micro Edition (J2ME), uma vez que os dois ambientes forma desenvolvidos para
operar com a opção Ultralite.
2.10.3 SQL Server CE
O Microsoft SQL Server 2005 Compact Edition é o banco de dados compacto que
permite o desenvolvimento rápido de aplicativos móveis projetado para ser integrado com a
plataforma .NET. Pode ser usado como banco de dados local ou com a arquitetura cliente
servidor utilizando rede sem fio. O cliente tem aproximadamente 1mb, dá suporte às
plataformas Linux, Windows 32bits e Windows CE, Symbian EPOC e Palm OS.
27
3 METODOLOGIA
São o complemento do trabalho fornecendo informações para auxiliar na
compreensão do mesmo. Devem ser apresentados após o corpo do trabalho na
seguinte ordem: referências, glossário, apêndices, anexos e índices.
28
4 CONCLUSÃO
A utilização de bancos de dados móveis pode ser extremamente útil e rentável
para as corporações, garantindo agilidade, eficiência na troca de informações e
principalmente a junção de tecnologias que proporcionam ao usuário final dados
consistentes em tempo hábil. Porém a implantação de bancos de dados móveis não
é algo simples, uma vez que é complicado garantir a total segurança e a integridade
dos dados envolvidos nas transações móveis, já que as bases encontram-se em
locais diferentes e muitas vezes se desconectam por vários fatores. Sendo assim
faz-se necessária pesquisas constantes, no sentido de desenvolver técnicas
capazes de garantir as transações.
29
5 REFERÊNCIAS
ALVES, René Araújo. Graduação em Ciência da Computação. Orientação de Fernando
da Fonseca de Souza. Recife: 2007.
TRASEL, Terezinha Anete e VERONEZ, Denise. Trabalho acadêmico da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Cascavel, Professor Carlos José Maria Olguín.
Cascavel 2005.
SILBERSCHATZ, Abraham. Sistemas de Bancos de Dados. 3 ed. Makron Books, 1999.
806 p.
DATE, Christopher J. Introdução a Sistemas de Bancos de Dados. 1 ed. CAMPUS,
2004. 975 p.
SILVA, Gilson Marques. Faculdade de Computação – Universidade Federal de
Uberlândia (UFU) – Uberlândia – MG.
VERISSIMO, Fernando. Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa
de Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Programa de Engenharia de Sistema e
Computação. Rio de Janeiro 2002.
PIRMEZ, Luci. Mestrado Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio de
Janeiro – UFRJ.
MARÇAL, Edgar. Mestrado em Ciência da Computação – Universidade Federal do
Ceará.
JUNIOR, MANFRED HEIL. Curso de Pós-Graduação em Ciência da Computação,
Universidade Federal de Santa Catarina Campus Universitário – Trindade.
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