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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHO (UFMA)
CURSO DE ESPECIALIZAO EM GESTO ESCOLAR
CENTRO DE CINCIAS SOCIAIS CCSo
DBORA CARDOSO DUARTE
O PAPEL DO GESTOR COMO ARTICULADOR NA CONSTRUO
DO PROJETO POLTICO PEDAGGICO NO CENTRO DE ENSINO GASTO
DIAS VIEIRA EM LAGOA DO MATO-MA
LAGOA DO MATO2012
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DBORA CARDOSO DUARTE
O PAPEL DO GESTOR COMO ARTICULADOR NA CONSTRUO
DO PROJETO POLTICO PEDAGGICO NO CENTRO DE ENSINO GASTO
DIAS VIEIRA EM LAGOA DO MATO-MA
Monografia apresentada ao Curso de Ps-graduao em Gesto escolar comorequisito final para a obteno do ttulo deespecialista em Gesto Escolar pelaUniversidade Federal do Maranho, sob aorientao da Professora Ma. Maria Josdos Santos.
LAGOA DO MATO2012
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DBORA CARDOSO DUARTE
O PAPEL DO GESTOR COMO ARTICULADOR NA CONSTRUO
DO PROJETO POLTICO PEDAGGICO NO CENTRO DE ENSINO GASTO
DIAS VIEIRA EM LAGOA DO MATO-MA
Monografia apresentada ao Curso de Ps-graduao em Gesto escolar comorequisito final para a obteno do ttulo deespecialista em Gesto Escolar pelaUniversidade Federal do Maranho, sob aorientao da Professora Ma. Maria Josdos Santos.
COMISSO EXAMINADORA
__________________________________________Prof Ma Maria Jos dos Santos (Orientadora)
__________________________________________Prof. Examinador
__________________________________________
Prof. Examinador
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AGRADECIMENTOS
Agradeo em primeiro lugar a Deus que o principal responsvel por
essa vitria.
Aos meus parentes e amigos que me incentivaram durante essa jornada.
E especialmente aos meus pais que sempre estiveram presentes em
todos os momentos da minha vida.
A todos muito obrigada!
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"Eu acredito que educao gira em torno deestar entusiasmado com algo. Ver paixo eentusiasmo ajuda a divulgar uma mensagemeducacional."
Steve Irwin
http://www.frasesfamosas.com.br/de/steve-irwin.htmlhttp://www.frasesfamosas.com.br/de/steve-irwin.htmlhttp://www.frasesfamosas.com.br/de/steve-irwin.html7/31/2019 MONOGRAFIA GESTO DEMOCRTICA_ POSTAGEM FINAL
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RESUMO
Repensar nas teorias o papel do gestor escolar como um facilitador da aplicao emanuteno do plano poltico pedaggico de modo democrtico dentro da escola oobjetivo desta monografia. Uma reflexo sobre como o sistema de ensino est envolvidoneste processo impe-se cada dia mais, pois o mundo globalizado exige a mudana decomportamento frente modernidade, onde conceitos no so trabalhados somente noambiente escolar. O objetivo desta democratizao do ensino superar desafios, e, a partirdesse pressuposto, surge a figura do gestor escolar, um lder que ir desenvolver essasideias junto comunidade escolar, precisando uma participao mais efetiva por parte dosfuncionrios da escola e comunidade para, unidos promoverem um plano de ao paradesenvolvimento da escola, priorizando resultados na busca pelos objetivos almejados. Paraque essa evoluo ocorra, necessria uma conscientizao dos envolvidos ecomprometimento na efetivao do processo de mudana, possibilitando, assim, a
implantao de uma gesto democrtica.
Palavras-chave: gesto democracia lder participao eficcia desafios
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ABSTRACT
I aim at of this article is to analyze the democratic administration in a public school offundamental teaching, caused by the evolution in the era of the globalization. The currentschool needs a transformation in the current education system, looking for to overcomechallenges, and to leave of that presupposition the school manager's illustration, a leaderthat will unchain those ideas appears close to school community that leads, looking for amore effective participation on the part of educators, teachers, employees, parents, studentsand community, for united promote an action plan for development of the school, prioritizingresults with effectiveness in the attainment of longed for objectives. So that that evolutionhappens is necessary an understanding on the part of each member through participationand compromising to execute the change process, making possible like this the implantationof a democratic administration.
Word-key: administration - democracy - leader - participation - effectiveness - challenges
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SUMRIO
1- INTRODUO ...................................................................................................10
2- O PROJETO POLTICO-PEDAGGICO ..........................................................12
2.1- Princpios, objetivos e caractersticas do projeto poltico-pedaggico ....15
4.2- O projeto poltico-pedaggico como processo dialgico ..........................16
3- A GESTO ESCOLAR, A COMUNIDADE ESCOLAR E O PPP ......................23
4- O DIRETOR DA ESCOLA: AGENTE DE TRANSFORMAO E
DESENVOLVIMENTO .......................................................................................30
4.1- O papel do diretor com a inovao e a mudana educacional .................31
7- CONCLUSO .....................................................................................................35
REFERNCIAS
ANEXOS
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1- INTRODUO
Nos dias atuais muito se fala em gesto democrtica como sendo a base
de uma nova viso educacional, seja no ambiente escolar, seja numa viso mais
ampla como a gesto das escolas e das secretarias, tornando-se um princpio
inquestionvel nos dias atuais. No se enquadra, na sociedade globalizada, moldes
antigos de gesto onde a figura do diretor a nica que tem a capacidade e a
autoridade de dirigir, controlar e ter iniciativas, e somente ela, passa todas as
decises.
Esse processo de grande importncia para o incio de uma
transformao, por isso necessrio que ele ocorra por gradativamente,
proporcionando um ambiente de trabalho que seja favorvel a essas inovaes e
ainda pessoas preparadas e motivadas, que se envolvam, que participem direta ou
indiretamente desse processo educacional.
Alguns anos atrs a escola era considerada apenas como um local de
transmisso de conhecimentos, porm, no mundo globalizado, exige-se que a
escola adquira novos conceitos e uma forma diferenciada de se trabalhar, ou seja,
renovando-se sempre, para transmitir um modo de pensar elevado para preparar os
alunos a serem criativos e pensantes, com objetivo de formar cidados crticos que
participem mais efetivamente, para obter resultados que leve ao desenvolvimento do
estabelecimento.
Adotando esse princpio como base, a gesto democrtica moderna
precisa se desligar de qualquer molde antigo e tradicional, onde a autoridade
centralizada encontrava no diretor sua representao mxima, pois, assim, ele ir
tomar todas as decises em todos os aspectos da escola. A aplicao de umagesto democrtica necessita de uma participao da comunidade e de todos os
segmentos da escola, buscando apoio, novas idias e participao no processo de
implementao dessas, na corrida por resultados que proporcionem a satisfao de
todos os cidados que compem a comunidade escolar.
A dedicao, os valores e a integridade que inspira os outros a
trabalharem em conjuntos para atingirem metas devem ser os norteadores do gestor
escolar. A liderana eficaz identificada como a capacidade de influenciarpositivamente os grupos e de inspir-los a se unirem em aes comuns
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coordenadas. Os lideres reduzem as nossas incertezas e nos ajudam a cooperar e
trabalhar em conjunto para tomarmos decises acertadas. (CHIAVENATO, 1994, p.
17)
Essas caractersticas devem ser incorporadas ao novo conceito de gesto
porque o gestor , antes de tudo, um lder que no utiliza um modelo vertical de
autoridade, mas se iguala aos demais participantes do processo educacional,
identificando as habilidades de cada indivduo, delegando autoridade, com a
finalidade de construir equipes participativas, levando a participarem no
planejamento de aes que iro ajudar o desenvolvimento da escola e, tambm,
auxiliar no processo de tomada de decises.
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2- PROJETO POLTICOPEDAGGICO
Pensar a educao, considerando as teorias que versam sobre rumo que
a educao deve tomar para melhor se adequar aos novos paradigmas do processo
ensino-aprendizagem, de sociedade e gesto, no contexto atual, se faz necessrio
reorganizar a posio e a importncia que se d ao Projeto Poltico Pedaggico,
comeamos portanto, pensando o seu significado, conforme enunciado por Ferreira
(1975) in Diniz (2002):
O conceito de Projeto Poltico Pedaggico no sentido etimolgicodo termo projeto vem do latim projectu particpio passado doverbo projicere, que significa lanar para diante. Plano, intento,desgnio, empresa, empreendimento. Redao provisria de lei.Plano geral de edificao (FERREIRA, 1975, p. 144).
Entretanto, observando um ambiente escolar onde as relaes entre
pessoas esto claramente expressas em toda parte, formando uma comunidade, no
caso da escola, no podemos deixar de lado o aspecto poltico que permeia essas
relaes. O projeto poltico no sentido de compromisso com a formao do
cidado para um tipo de sociedade. "A dimenso poltica se cumpre na medida em
que ela se realiza enquanto prtica especificamente pedaggica" (SAVIANI, apud
SILVA, 1997, p. 13).
Com relao a premissa que norteia a escola proposta desde sua
formao no incio dos tempos ela tem a funo de formar um cidado, visando as
competncias na rea dos conhecimentos, na linguagem e relaes sociais. Sendo
assim o Projeto Poltico tem sua veia Pedaggica, definindo as aes educativas etodos os aspectos necessrios s escolas para cumprirem seus propsitos. Nas
palavras de Gadotti (1994):
Ao construirmos os projetos de nossas escolas planejamos o quetemos inteno de fazer, de realizar. Lanamo-nos para diante,com base no que temos, buscando o possvel. antever umfuturo diferente do presente. (p.144).
Todo projeto possui como funo principal mudar a realidade presente
propondo uma renovao de conceitos. Projetar seria ento a iniciativa de romper
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um estado confortvel para tentar algo novo, atravessando um perodo de
instabilidade e buscar um novo patamar em funo da promessa que cada projeto
contm de estado melhor do que o presente. As promessas tornam visveis os
campos de ao possveis.
A palavra projeto utilizada em vrias esferas da sociedade e por ser
uma civilizao que evolui sempre, este termo est sempre presente, pois onde h
evoluo existir sempre um projeto pra que isso acontea. correto dizer que
sempre h um projeto mesmo que este no esteja claro e com metas definidas. A
falta de exposio aumenta e afirma o uso de atitudes autoritrias por meio de
regras criadas.
Partindo da afirmao de que em todos os ambientes escolares existe um
projeto, nem sempre, criado a partir do consenso da comunidade escolar, mas, em
muitos casos, pelos rgos centrais da administrao educacional, ou seja, no
criado, mas sim imposto. Assim, ele no reflete o coletivo e, conseqentemente, no
representa a expresso, os desejos e necessidades da escola. Esse projeto
expressa as determinaes legais e normas do sistema.
O projeto poltico-pedaggico mais do que uma rotina burocrtica. um
modo de se alcanar uma melhoria para a educao bsica e superior, sobre o
ensino, a aprendizagem, o aluno e o professor com a prtica pedaggica que se
realiza na instituio educativa. uma aproximao maior entre o que se prope e o
que se aplica. A interao dos funcionrios com o gestor possibilita a ampliao dos
saberes e a criao de uma ambiente mais saudvel.
A reflexo sobre a importncia do projeto poltico-pedaggico cresce no
momento em que o dilogo entre a comunidade escolar e os gestores vem
ganhando fora e vem mostrando, cada vez mais, a necessidade de se tornar a
escola em geral um espao da prtica genuinamente pedaggica, considerando-a
como o ponto de partida.
Para que este momento acontea preciso refletir sobre as dificuldades
que a escola apresenta, da funo social do ensinar e do aprender e do papelimportante da transformao. Assim, os projetos pedaggicos so as vontades
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geradas, discutidas e executadas por todos aqueles querem uma mudana positiva,
como base para uma renovao contnua do papel da escola na formao os
indivduos.
Centrado na escola, o projeto pedaggico, desenvolve-se dentro de uma
situao que envolve aspectos de normalizao, de leis, e de regras institucionais do
sistema educativo, (...) numa relao de permanente negociao, impondo, por um
lado, o seu reconhecimento e garantindo, por outro, a sua singularidade, adequao
ao contexto em que se desenvolve a autonomia dos atores implicados (Carvalho e
Diogo, 1994:40).
2.1 Princpios, objetivos e caractersticas do projeto poltico-pedaggico
Todas as aes propostas para a elaborao do projeto poltico-
pedaggico da escola tem base nos princpios do dilogo, ou seja, esta nova
maneira de entender o planejamento da escola tem como objetivo garantir a
participao de toda a comunidade escolar na construo do seu projeto e na
elaborao de seus planos.
Sem esquecer que a finalidade de todo esse esforo da comunidade
escolar deve ser o melhor atendimento ao aluno, o projeto poltico-pedaggico deve
avaliar objetivamente as necessidades e desejos dos envolvidos no processo
educacional. Deve ser considerado como um processo sempre inacabado, portanto,
permitindo mudanas necessrias durante sua aplicao.
O projeto deve proporcionar a melhoria da organizao numa viso global
da escola e tambm a modificao da forma como as atividades so coordenadas,sua estrutura, as relaes pessoais e institucionais. Ele deve ser elaborado com a
conscincia de que os resultados no so imediatos, requerem um planejamento a
mdio e longo prazos. Contudo, cabe a escola implement-lo o mais imediato
possvel. De acordo com as caractersticas de cada sociedade e com suas
possibilidades, deve-se entender quais so as prioridades a curto prazo, partindo,
logo que possvel, para as aes de aplicao.
A reflexo sobre a prtica dos professores e as teorias em que estes se
baseiam deve ser prticas contnuas na unidade escolar. fundamental garantir a
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avaliao peridica da ao tendo como objetivo principal a mudana de algumas
caso as atuais no estejam cumprindo com o seu papel no processo.
2.2 O projeto poltico-pedaggico como processo dialgico
Segundo Padilha (2002), entender a idia de que planejamento
educacional antes de tudo exercitar a tomada de decises de forma coletiva,
surgindo assim experincias inovadoras que so vivenciadas e que comprovam que
a deciso e a iniciativa coletiva conseguem resolver problemas que, aparentemente
pareciam impossveis de serem resolvidos, so essas vitrias que exemplificam a
viso de um planejamento para a construo de um projeto poltico pedaggico da
escola.
Para tanto, preciso que haja uma comunicao clara e efetiva entre os
diversos setores da escola, para que a comprovao que cada etapa do projeto est
sendo cumprida sejam acompanhadas por todos.
Se todas as pessoas envolvidas na prtica educacional participam da
tomada de decises, deve haver um coordenador para que isso seja feito de forma
eficaz, pois como as decises sero tomadas no decorrer do ano letivo, as mesmas
podero contribuir para um processo de maximizao das aes a partir da idia
principal at a prtica cotidiana.
Quanto participao de pais e alunos, pode acontecer na programao
de atividades, na coordenao de eventos dentro e fora da escola e na traduo darealidade, agindo conjuntamente com o Grmio Estudantil ou outro rgo de
colegiado. A participao dos alunos deve ser garantida de acordo com a previso
do Estatuto da Criana e do Adolescente, ouvindo-lhes em todos os assuntos que
lhes dizem respeito.
Cipriano Carlos Luckesi (1994) em sua obra, "Filosofia da Educao",
apresenta algumas reflexes sobre a participao do educando como membro da
sociedade como qualquer outro sujeito, possuindo elementos que o caracterize em
suas atividades, sociabilidade, historicidade, praticidade.
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escolar e o trabalho dos professores em funo da qualidade do processo de
ensino/aprendizagem.
Lembramos que os pais precisam realmente participar da vida escolar dosseus filhos, umas das melhores formas no processo de construo do projeto
poltico pedaggico. Para que a proposta seja eficaz preciso atra-los. Sabemos
que uma tarefa difcil, pois esto acostumados a serem chamados somente para
receber notcias geralmente ms sobre seus filhos. necessrio que a reunio
comece sempre com uma atividade de sensibilizao para que sintam que a escola
tambm deles.
Os diretores da escola ou mais conhecidos como gestores e gestores
adjuntos, responsveis pela coordenao de todas as atividades escolares, devem
ser capazes de demonstrar a melhoria da qualidade de trabalho desenvolvido na
escola. Isso significa, por exemplo, criar ambientes favorveis e outros recursos para
uma participao substancial no projeto poltico-pedaggico da unidade, contando
para esse fim com as diversas atividades de planejamento.
Para que o processo de construo do projeto poltico pedaggico sejaeficaz necessrio que o diretor coloque-se a disposio de todos os funcionrios a
fim de esclarecer qualquer dvida e transpor qualquer dificuldade. Para que
acontea o envolvimento da turma, o diretor precisa estimular um ambiente onde a
democracia uma realidade palpvel, pois uma tarefa difcil, uma vez que aqueles
que ocupam os cargos de liderana precisam aprender a aceitar novas idias e
crticas. Portanto, o diretor deve ser o articulador da reformulao do processo
pedaggico e, alm disso, analisar, entender e levar as informaes contidas em leisque afetam o cotidiano escolar para reflexo coletiva. Ressaltar as funes
educativas de todos os funcionrios providenciar condies materiais e estruturais
para que todos possam realizar seu trabalho. E, enfim, nesse momento de
discusso definir tempo e espao para que todos participem.
Administrar democraticamente implica em saber ouvir, contestar e ceder
sendo que em meio s discusses podem surgir vrios confrontos e solues, pois
as pessoas analisam de diferentes formas cada situao. Portanto, cabe ao gestor
definir problemas e identificar solues levando em considerao a opinio de todos.
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A gesto democrtica na escola, que compreende um modelo no qual a
direo deve ser eleita pela comunidade escolar, se constitui num dos
condicionantes da construo do Projeto Poltico Pedaggico.
A idia de que a eleio direta para diretores das escolas um elemento
importante para a democratizao das relaes do cotidiano escolar, e pode
contribuir decisivamente no debate e na formulao do Projeto Poltico Pedaggico.
No entanto, a nossa prtica nos leva crer que o fato de se ter um diretor eleito na
escola no significa necessariamente, que o Projeto Poltico Pedaggico seja fruto
da construo coletiva dos profissionais da educao. A realidade nos tem mostrado
que em alguns casos em que as direes so indicadas, essa mesma construo seefetiva de forma democrtica, tendo em vista a prpria forma de organizao do
conjunto de profissionais da educao da unidade escolar.
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3- A GESTO ESCOLAR, A COMUNIDADE ESCOLAR E O PPP
A gesto escolar est dividida em vrios segmentos assim como: gesto
democrtica e participativa; gesto pedaggica; gesto de pessoas; gesto de
recursos fsicos e financeiros; entre outras. Consideramos a qualidade do ambiente
escolar e a adoo de aes de monitoramento e avaliao dos resultados dessas
gestes, com objetivo de melhor-las, em concordncia com o projeto poltico
pedaggico da escola.
Para Veiga (2004) o projeto busca um rumo, uma direo. uma ao
intencional, com um sentido explcito com um compromisso definido coletivamente.
A gesto democrtica e participativa apia-se na participao dos setoresque apoiam a escola como Conselhos escolares, grmios estudantis e outros, para
planejamento participativo, participao dos pais, alunos e funcionrios, eficcia na
comunicao e outras atividades; A gesto pedaggica se concentra no trabalho
pedaggico realizado na escola, atualizao e melhoria do seu currculo pela adoo
de processos criativos e inovadores, pela adoo de medidas pedaggicas que
levem em conta os resultados de avaliao de alunos, e pela atuao dos
professores articulada com o PPP e com as necessidades de melhorias dorendimento escolar.
A gesto tendo por referncia o compromisso das pessoas (professores,
funcionrios, pais e alunos) com a realizao PPP, as formas de incentivo a essa
participao, o desenvolvimento de equipes e lideranas, a valorizao e motivao
de pessoas, a formao continuada e a avaliao de seu desempenho;
Gesto de servios de apoio, recursos fsicos e financeiros trabalha os
servios de apoio (segurana, limpeza, secretaria e outros) recursos fsicos (uso,conservao, adequao, instalao e equipamentos) e a busca juntamente com a
aplicao de recursos financeiros; manuteno da cultura escolar: analisa a
influncia da autoridade existente na escola, os valores em que ela se baseia
promovendo aproximao entre valores educacionais e as prticas do dia-a-dia na
escola; Gesto do cotidiano escolar: observa e influencia as regularidades do
cotidiano escolar, como por exemplo, a conduta do professor, funcionrios e
alunos, o modo como respondem a desafios, como interagem entre si, a ocorrncia
de conflitos e sua natureza, com foco na efetividade do processo educacional,
promoo de aprendizagem e formao dos alunos.
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H algum tempo, dirigir escola pblica era questo de status, mas nos
tempos atuais questo de liderana, responsabilidade, renovao nas decises,
objetivos claros e viso de grupo, pois sem ela no h participao. necessrio
que cada membro da comunidade possa se perguntar o que pode ou deve fazer
para aprimorar o ambiente educativo visando uma escola mais justa e igualitria.
Impossvel difundir o conceito gesto participativa sem a presena
concreta da comunidade escolar (professores, funcionrios, pais e alunos) e
comunidade local.
Porm sabemos das dificuldades enfrentadas pelos gestores quanto
questo da participao, pois so poucos os que se conscientizam a cooperar com
o processo educativo. Pois fundamental que nesse processo de participao aescola busque a unidade entre a famlia, gesto, comunidade, professores, alunos,
funcionrios onde cada um se sita responsvel em transformar a educao.
Sabemos que a maioria dos homens segue (...) as opinies que elesreceberam desde a infncia, e que quase no lhes ocorre a idia deexamin-las. Se, portanto, elas fazem parte da educao pblica,elas deixam de ser escolha livre dos cidados, e tornam-se um jugoimposto por um poder ilegtimo (...) logo necessrio que o poderpblico se limite a regulamentar a instruo abandonando s famlias
o resto da educao. (CONDORCET, 1994: p.87)
A questo participao no tem sido fcil para os gestores administrar,
pois as pessoas ainda no esto preparadas para construir uma educao em
regime de colaborao tendo em vista a educao que receberam acreditando que
o problema e da escola e no da sociedade como todo. O novo tempo exige um
padro educacional voltado para o desenvolvimento de um conjunto de
competncias e habilidades essenciais, com objetivos que os alunos possam
fundamentalmente compreender e refletir sobre a realidade, participando e agindono contesto de uma sociedade comprometida com o futuro.
Outrossim, faz-se necessrio que o gestor trabalhe no sentido de
provocar mudanas no mbito escolar no sentido de motivar pais, professores,
funcionrios e alunos, valorizando-os e depois traando planos e aes focados na
participao. A partir da envolver as lideranas do bairro, os meios de
comunicao locais e o trabalho voluntrio da comunidade.
Com base nessas consideraes pode-se compreender a importncia doProjeto Poltico Pedaggico, pois ele um processo de trabalho coletivo da escola
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e deve ser revisado constantemente por todos os envolvidos. Ele se apresenta
como um processo de permanente reflexo e discusso dos problemas e das
solues propostas. O Projeto Poltico-Pedaggico constitui um processo onde
todos so capazes de participar das decises que, por meio de uma forma
inovadora, organiza o trabalho buscando eliminar as relaes de competio, e
regras ditatoriais, rompendo com a rotina do mandante e planificando o ambiente.
Segundo Paro (2002):
A escola, assim, s ser uma organizao humana e democrtica namedida em que a fonte do autoritarismo, que ela identifica comosendo a administrao (ou a burocracia, que o termo que osadeptos dessa viso preferem utilizar), for substituda peloespontanesmo e pela ausncia de todo tipo de autoridade ouhierarquia nas relaes vigentes na escola. (p. 12).
Com este propsito uma gesto moderna apropria-se do saber e da
conscincia crtica, como objetiva de uma educao transformadora, concentrada
na natureza peculiar do processo pedaggico escolar; ou seja, esse processo no
se constitui em mera diferenciao do processo de produo material que tem
lugar na empresa, mas deriva sua especificidade de objetivos (educacionais)peculiares, objetivos estes articulados com os interesses sociais mais amplos e que
so, por isso, antagnicos aos objetivos de dominao subjacentes atividades
produtiva capitalista. A natureza do processo pedaggico escolar, atravs do qual
se buscam alcanar os objetivos escolares, que d a medida das potencialidades
e limites aos quais est subordinado o alcance desses mesmos objetivos.
Quanto questo da distino entre interesses de classes e interesses
pessoais ou individuais, afirma Snchez Vzquez:
Os interesses pessoais refletem a atitude dos indivduos em as suascondies concretas de existncia. Mas, na medida em que osindivduos ocupam a mesma posio em relao aos meios deproduo, e so, por conseguinte, membros de uma mesma classesocial, tm tambm interesses comuns, de classe, que no so umasoma de seus interesses pessoais, mas exprime a atitude de umgrupo social acima dos interesses estritamente pessoais, em relaoa sua existncia de classe. (Sanchez Vzquez 1977; 361-2).
Numa administrao democrtica, todos os amplos setores envolvidosno processo precisam ser considerados. Quanto ao corpo discente, ao mesmo
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tempo em que preciso estimular os alunos a se interessarem e a tomarem parte na
soluo dos problemas administrativos da escola - o que lhes tem sido
historicamente negado - necessrio tambm evitar que a abertura de canais de
expresso e de participao na gesto da escola sirva como pretexto para o mero
contestar apenas por contestar ou como justificativa para um descuido para com
suas atribuies essenciais de educando, que devem se esforar, sobretudo, para
se apropriarem, da melhor forma possvel, do saber historicamente acumulado.
Os funcionrios em geral, embora no trabalhem em funes
propriamente docentes, nem por isso deixam de emprestar o seu esforo na
concretizao dos objetivos educacionais. Em vista disso, sua participao na
gesto da escola deve levar em conta, no apenas sua colaborao noempreendimento, mas tambm seus interesses e reivindicaes enquanto
trabalhadores que so.
Comprometida com os interesses da classe trabalhadora, ou seja, est-
se considerando que a conduo democrtica das atividades no interior da
instituio escolar, fundamentada no apenas na participao de todos os setores a
ela relacionados, mas, sobretudo na vigncia de relaes de colaborao recproca
entre os envolvidos, no um projeto que se realize do dia para a noite, apenas porseu valor intrnseco, mas algo que precisa ser conquistado historicamente, atravs
da ao constante, orientada em determinada direo. Embora o esforo em tal
direo deva ser guiado por uma vontade coletiva, no se far imediatamente como
mero ato de vontade.
Outra questo importante no mbito educacional so as formaes
continuadas oferecidas pelo prprio sistema de ensino as quais tem como objetivo
analisar o carter e a dinmica de construo da formao docente no interior doespao escolar. O espao escolar se constitui de um elemento preponderante na
formao continuada do docente, tendo como base no apenas os saberes
originados dos contedos transmitidos s crianas, mas tambm de aprendizados
originados na relao de poder estabelecida no contexto social e que entra na
escola atravs da determinao da especificidade do contedo a trabalhar e das
regras e normas da escola.
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4 O DIRETOR DA ESCOLA: AGENTE DE TRANSFORMAO E
DESENVOLVIMENTO
A participao democrtica na escola demanda momentos em que
prevalecem a palavra ou o dilogo. Momentos em que estudantes e educadores
possam planejar temas de trabalho e da vida escolar que lhes preocupam ou que
lhes interessam. Temas sobre os quais podero debater, isto , pensar, opinar,
escutar pontos de vista diferentes, comparar as posturas expressadas, buscar
argumentos e posies melhores; assim como acordar normas, solues e projetos
de ao.Nesse processo de dilogo, provavelmente conseguiro analisar os fatos
com que se preocupam e acordar solues; porm, acima de tudo, podem melhorar
a compreenso sobre seus companheiros e suas companheiras. Alm da sua
funo de entendimento, o dilogo serve tambm para ampliar a prpria perspectiva
sobre os temas que so tratados, graas melhor compreenso acerca das outras
pessoas. Finalmente, o dilogo tambm uma ferramenta de compromisso. Dito de
maneira rpida, aquilo a respeito do que se fala mais fcil de aceitar, de ver
claramente e, acima de tudo, de se comprometer para cumprir.
O dilogo coletivo cria o sentimento de responsabilidade diante dos
companheiros e das companheiras. As assemblias e os outros momentos de
dilogo escolar nos permitem deliberar a respeito dos temas que nos interessam,
acordar solues, normas e projetos de ao, melhorar a compreenso mtua e,
finalmente, sentir-nos mais comprometidos com os acordos que se devem adotar.
A participao democrtica na escola necessita tambm de um momento
para a ao ou a concretizao dos acordos e dos projetos previstos. preciso fazer
aquilo que se combinou. To importante como participar do debate implicar-se na
implementao prtica dos acordos ou dos projetos que foram decididos. Uma
escola democrtica, baseada na participao de todos, no pode somente se limitar
a dar a palavra aos seus alunos e s suas alunas, mas tambm deve colocar em
suas mos a realizao das tarefas que sejam realmente possveis de faz-las.
4.1 O papel do diretor com a inovao e a mudana educacional
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Um balano do Ensino Bsico brasileiro, pelos critrios de quantidade e
qualidade, revela duas realidades distintas: no aspecto da quantidade a batalha
travada principalmente nos ltimos dez anos, est ganha, ou perto disso; no quesito
qualidade, o Pas ainda espera uma revoluo.
Com efeito, quando avaliamos o Ensino Bsico pelas mdias
convencionais de acesso escola, repetncia, evaso, distoro idade-srie, os
ndices vm melhorando, consistentemente, ano a ano. Hoje, o atendimento escolar
atinge 97% das crianas e jovens de 7 a 14 anos, o ndice de repetncia, em vrios
estados, de um dgito, e a taxa de evaso escolar de um nmero expressivo de
municpios se aproxima de zero.
Quando, no entanto, medimos o desempenho escolar nas competncias
bsicas avaliadas por testes padronizados nacionais como e SAEB e o ENEM, a
educao brasileira independentemente da rede fica devendo muito.
Os resultados do ltimo SAEB (1999) revelam uma forte queda da
qualidade do ensino comparativamente a 1997. O retrocesso na qualidade, medido
pelo SAEB, na verdade vai mais longe. No perodo 1995-1999, s em Matemtica,no 3 ano do Ensino Mdio, as mdias ficariam estabilizadas (diferena de dois
pontos). Nas demais sries e matrias avaliadas, pioramos em tudo.
Com esses dados de diagnsticos do Ensino Mdio Brasileiro, a definio
da revoluo que devemos fazer clarssima: com todos os alunos. A Escola deve
garantir altos nveis de aprendizagem para todos os alunos. Qualquer coisa diferente
disso no qualidade, privilgio.
A batalha da quantidade no travada necessariamente na escola. nos
gabinetes onde se definem prticas e polticas pblicas para a educao. Uma
deciso legislativa sobre a adoo da bolsa-escola faz mais para implodir ndices de
repetncia e evaso do que cem aulas bem dadas. O regime de ciclos que no
definido na sala de aula simplesmente pulveriza as taxas de repetncia. O
FUNDEF imbatvel na expanso de matrculas da rede municipal.
J a batalha da qualidade, do alto desempenho para todos os alunos, ou
acontece no cho da escola, diariamente, ou no acontece.
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A estratgia a gesto. No vamos conseguir resultados revolucionrios
de qualidade fazendo o que sempre fizemos. Nem trabalhando mais: todo mundo j
trabalha muito. Precisamos trabalhar melhor.
A tentao acharmos que as causas do malogro do Ensino Bsico so
os suspeitos de sempre: excluso social, infra-estrutura das escolas, salrios de
professores etc. Essas coisas ajudam, mas no so suficientes. Prova disso o
tombo da rede particular (onde esses problemas no existem, ou so mais brandos)
nos testes do SAEB/99. Mesmo mantendo um desempenho superior ao do sistema
pblico, a escola particular foi a rede que mais caiu de 1997 a 1999. Em todos os
nveis de ensino testados, a queda das particulares foi pior do que a das escolas da
rede municipal, tanto em Lngua Portuguesa como em Matemtica.
Com a revoluo da educao tendo de ser travada preferencialmente na
escola, via gesto, a liderana do diretor o fator crtico individual mais decisivo do
sucesso ou do fracasso do empreendimento.
Uma tarefa indelegvel do diretor, com forte impacto no desempenho dos
alunos, a definio e divulgao, mais clara e ampla possvel, do foco da escola.
Quando esse foco de alta definio, aumentam as chances de otrabalho das pessoas virem a se alinhar na mesma direo da escola. Esse
alinhamento o passo inicial para transformar a escola num sistema educacional de
alto desempenho.
Uma das principais causas do baixo desempenho de uma escola a
dissipao da energia de professores e funcionrios, trabalhando muito, mas no
necessariamente na mesma direo. E isso ocorre, principalmente, porque o
direcionamento no existe ou no est claro.
Com o direcionamento da escola claro, todos devem criar e melhorar
continuamente os processos e sistemas de trabalho capazes de dar conta do foco.
Ou seja, criar setas individuais fortes, cada vez melhores, apontadas na mesma
direo da grande seta da escola.
Ningum vai fazer uma Revoluo na Educao sem bons sistemas de
informao e anlise. Esses sistemas so o centro nervoso da gesto. Procurar
melhorar processos que produzam resultados expressivos sem informaes seguras
como tentar atingir um alvo com os olhos vendados.
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Dois exemplos, no plano nacional, de sistemas de informao em
educao so o SAEB e o ENEM.
Quem j se debruou sobre as informaes e anlises de SAEB sabe
avaliar a utilidade desse sistema para a tomada de decises sobre o Ensino Bsico.
A escola de alto desempenho precisa ter sistemas de informao, no fragmentos
de informao.
Fragmentos de informao todo mundo tem e no levam a nada. Ter
sistema significa que a escola tem instrumentos e processos de captao e anlise
de informaes, aplicados em intervalos regulares, preestabelecidos, previsveis,
que permitam escola monitorar aspectos crticos de seu desempenho e fazer
melhoramentos.
Revoluo no acontece por delegao nem por espectadores
acompanhando com interesse. O quinto papel do diretor na revoluo da educao
servir de modelo, comprometendo-se pessoal e visivelmente com as mudanas. O
diretor tem de ser a mudana que quer ver nos outros. Este o estilo de liderana
por trs das grandes mudanas.
O comprometimento pessoal e visvel do diretor tem o apelo certo paraesses ltimos, os que aderem quando isso o que se espera, funcionalmente,
deles. Esse grupo de pessoas sabe distinguir a vida real aquilo que o diretor faz
do faz de conta aquilo que dito, mas no est valendo.
O diretor e sua equipe direta tm de ser vistos utilizando, aplicando,
fazendo aquilo que dizem ser as novas prticas. Se para todos usarem na tomada
de decises crticas, no basta o diretor usar dados em casa ou no seu gabinete. Ele
tem de dar o exemplo, em pblico, de estar usando dados para tomar decises.
4.2 A Gesto Democrtica no municpio de Lagoa do Mato
Hoje, mesmo vivendo em uma democracia, ainda precisamos lutar para
garantir os direitos cidadania, entre outras coisas. A escola tem que ajudar a
mudar a maneira como vivemos essa democracia. Ela mesma deve ser um espaode exerccio de uma convivncia democrtica.
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Atravs de toda a literatura pesquisada e toda a vivncia acadmica ao
longo deste curso percebe-se, na gesto educacional de nosso municpio, so aes
alienadas e passivas, ditando regras e no estabelecendo uma relao de dilogo
com os envolvidos, estabelecendo meramente uma transmisso de ordens,
alegando na maioria das vezes cumprirem determinaes que lhes vem de cima no
proporcionando assim, momentos para discusso.
A participao nas reunies e planejamentos sempre limitada,
controlada e puramente formal. A estrutura hierrquica se sobrepe aos indivduos
envolvidos e o poder e a autoridade se instalam, com obedincia, dentro de uma
viso clssica de administrao que no tolera participao, o compartilhar idias, aliberdade para expressar-se , a deliberao de decises e o respeito s iniciativas.
A questo do controle, em nossas escolas, ainda muito forte e mesmo
sabendo que a autoridade necessria em muitos momentos dentro do ambiente
escolar, intermediando e viabilizando aes para melhora do processo educacional,
observa-se ainda um controle rgido, um descompromisso e muito pouca
participao da comunidade escolar como um todo (professores, pais, funcionrios)
no processo da gesto escolar, causando assim uma acomodao, em que as
pessoas ficam alheias, esperando sempre serem orientadas ou ento aceitando
passivamente tudo que venha das autoridades competentes, sem quer que seja ,
nenhum questionamento crtico construtivo.
Observa-se pelo que temos vivenciado e presenciado, que o gestor
escolar, comumente chamado de diretor, assume uma posio organizacional,
devendo este prestar contas pelos resultados educacionais conseguidos a seussuperiores (coordenadores, supervisores e secretrios de educao),
transformando-se no principal responsvel pela efetiva concretizao de metas e
objetivos, quase sempre pr-definidos. Neste sentido, este conceito de gesto nos
repassa uma outra viso sobre as relaes de poder e autoridade nos sistemas
educativos.
O projeto poltico-pedaggico nunca foi construdo de fato, no entanto
usa-se como paleativo a Proposta Pedaggica, atravs de uma espcie
planejamento participativo, incluindo momentos de diagnstico, passando pelo
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estabelecimento de diretrizes, objetivos e metas, execuo e avaliao, a escola
desenvolve projetos especficos de interesse da comunidade escolar, na qual so
sistematicamente avaliados e revitalizados.
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6- CONCLUSO
Na perspectiva do estudo e reflexo do papel do gestor na eficcia do
processo ensino-aprendizagem atravs da democratizao da gesto escolar, onde
isto implica fatores como: aplicao do Projeto Poltico Pedaggico, relaes
interpessoais dentro da escola, participao de todos nas decises etc, o trabalho
realizado teve coma base o referencial terico de Vzquez, Condorcet , Paro,
Vasconcellos, Veiga, Cury e outros, os quais auxiliaram na compreenso sobre os
processos cerca do planejamento e aes executadas de forma geral na Escola.
Muitos estudiosos em suas obras atentam para o Projeto PolticoPedaggico como um processo permanente de reflexo sobre os problemas da
escola, pois de comum acordo que o projeto universal da escola o indicador por
onde a escola deve caminhar. Ele representa a escola, mostra a sua organizao,
suas prticas envolvendo os diversos profissionais da educao e administrativos.
A gesto das escolas pblicas do no municpio de Lagoa do Mato,
concomitando com as demais instituies do estado, conta com dois diretores por
escola, mas apesar das teorias e de todo o material didtico que servem como basepara aplicao de uma gesto democrtica, muito ainda h por fazer para atingir um
nvel que para nossa realidade parece irreal devido s dificuldades que uma cidade
pequena do interior possui, tais como: a falta de conhecimento, por parte da
populao e de at mesmo alguns gestores, dos aportes tericos que a gesto
escolar adotou nos ltimos anos.
Mesmo aps a reestruturao do conselho escolar, ainda no houve
aplicao do Projeto Poltico Pedaggico no Centro de Ensino Gasto Dias Vieira, oqual proporciona reunies e debates junto comunidade escolar nesta Unidade
Educacional e pela primeira vez a comunidade teve oportunidade de participar, onde
foram analisados as fragilidades e os pontos fortes da Escola. O Projeto Poltico
Pedaggico atual, mesmo sem aplicao, em sua teoria est repleto de aes
voltadas para participao de alunos, pais, professores, funcionrios e comunidade,
tudo em consonncia com a comunidade escolar e local e aprovado pelos
funcionrios e comunidade escolar.
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