Monarquia e jacobinismo em Paixão de Maria do Céu, de Carlos Malheiro Dias
António Martins Gomes. Universidade Nova de Lisboa
Publicado em 1902, o romance histórico Paixão de Maria do Céu, de Carlos
Malheiro Dias1, tem o seu início em vésperas da primeira invasão francesa, mais
precisamente em Outubro de 1807, no dia em que a protagonista, filha de um exemplar
patriota transmontano, festeja o seu vigésimo aniversário. A partir deste enquadramento, o
fio condutor da sua sequência diegética atravessa alguns dos momentos mais dramáticos
vividos em Portugal ao longo das duas primeiras invasões francesas, tais como o embarque
da família real e dos membros da Corte para o Brasil, a ocupação de Lisboa pelo exército
de Junot, os vários combates e levantamentos ocorridos em diversos pontos do território
português, e a retirada das tropas francesas a culminar a sua segunda invasão.
O enredo central desta obra pode resumir-se em poucas palavras. Durante a
ocupação da capital portuguesa pelas tropas de Junot, Maria do Céu apaixona-se
perdidamente pelo pérfido coronel De Marmont, ignorando o amor honesto do oficial
português Joaquim Teles. Impelida pela força do desejo, decide fugir com o militar
francês, convicta de que encontraria em Paris o verdadeiro amor e a plena felicidade;
contudo, já longe da sua pátria, constata não ser esta a realidade com que tinha sonhado.
Arrependida, acaba então por regressar a casa, obtendo o perdão paternal e o castigo
divino.
Para o final do séc. XIX, começa a ser definida e desenvolvida uma imagem
feminina bastante diferente da que tinha sido difundida ao longo de décadas pela
normatividade romântica: à mulher-anjo, dotada de marcas distintivas de passividade e
ausência de desejo, sucede uma mulher que – apesar de nela se encontrar ainda um certo
grau de idealismo e inocência – é ousada, vive atraída pelas suas fortes tentações, e acaba
por obedecer à voz dos seus instintos mais primários. Recordemos, por exemplo, o
romance Dracula (1897), onde Lucy Westenra é caracterizada por Bram Stocker como um
ser que dá largas ao seu Id, que cede continuamente à volúpia do desejo, e cuja redenção
depende de um Super-ego masculino, decidido e racional.
1 Para além de notável romancista (A mulata, Filho das ervas, Os Teles de Albergaria), ao ponto de ser
considerado por alguns críticos o sucessor de Eça de Queiroz, Carlos Malheiro Dias (1875-1941) foi ainda
um dos membros fundadores da Academia Portuguesa de História, tendo produzido nesta área algumas
obras dignas de registo, nomeadamente os Apontamentos para a História da Real Benemérita Sociedade
Portuguesa de Beneficência (1895), Quem é o Rei de Portugal (1908), e, talvez a mais meritória, a
História da Colonização Portuguesa no Brasil (1921), cujos três volumes tiveram a sua coordenação e
colaboração.
2
No caso concreto da literatura portuguesa deste mesmo período, o autor anarquista
António de Albuquerque publica O Marquês da Bacalhôa (1908), um romance
escandaloso que sublinha a grande lascívia e devassidão do rei D. Carlos e envolve a
rainha D. Amélia num triângulo amoroso com Mousinho de Albuquerque e uma sua
cortesã. Em 1910, o autor naturalista Abel Botelho publica o romance de tese republicana
Próspero Fortuna, em cujo enredo Maria Luísa, mulher do protagonista, se envolve nas
mais íntimas cenas de paixão e erotismo com uma outra personagem. Estas recentes
marcas de desejo que desafiam a imagem tradicional da mulher estão igualmente presentes
no retrato idiossincrático de Maria do Céu, um símbolo verosímil da inconsciência
feminina. Citemos, por exemplo, o momento em que a protagonista revive o seu primeiro
encontro com o coronel francês, representado metonimicamente pelos seus olhos azuis:
O seu coração, adoecido dum misterioso mal de amor, sofria com um exaspero
agudo. Como numa iniciação, tudo se lhe desvendava. Pela primeira vez se lhe
aclararam as longas turbações e os secretos delíquios que tinham vindo
desmanchar a serenidade da sua vida. Nunca mais, depois do dia em que a betesga
silenciosa se enchera por um instante com o ressoar das espadas, o galope dos
cavalos, o reluzir dos ouros e o palpitar dos penachos, lhe deixara a vista e o
coração aquele olhar azul, que a trespassara. Com ele cravado no peito
adormecia todas as noites. Perseguia-a, nas horas de silêncio, aquela pupila azul
reclamando a sua alma. E a virgem sentia que para ele estenderia as mãos, como
para Deus, se outra vez esse raio azul viesse procurar o seu olhar como uma
ordem. (DIAS 1982: 146-147. Sublinhados nossos.)
Se Guerra Junqueiro, no poema dramático Pátria, tinha já associado a ideologia
republicana ao patriotismo, como Abel Botelho o fará uns anos mais tarde em Próspero
Fortuna, surge aqui a vez de Carlos Malheiro Dias identificar este mesmo sentimento com
a grande tradição monárquica; com efeito, como romance de tese, Paixão de Maria do Céu
apresenta-nos uma série de instrumentos do domínio retórico e uma estrutura narrativa
assente numa dialéctica maniqueísta, cuja intenção didáctica procura persuadir o leitor a
adoptar um determinado conjunto de valores.
A gradual introdução do republicanismo em Portugal começa a sentir-se apenas
em meados do séc. XIX, por influência da II República Francesa. Contudo, tendo em
atenção que a primeira invasão francesa traz consigo as ideias jacobinas e os ventos da
instabilidade política e social que em 1793 tinham levado Luís XVI e Maria Antonieta à
guilhotina, verifica-se que esta obra literária regista as primeiras consequências da
3
introdução em Portugal do jacobinismo, a versão mais radical da ideologia republicana2,
das quais destacamos os gritos lancinantes da rainha D. Maria I durante o embarque para o
Brasil, irremediavelmente enlouquecida perante o terror sentido pela Revolução Francesa.
Escritor de profundas convicções monárquicas3, Carlos Malheiro Dias transmite
nesta obra uma mensagem doutrinária contra a ideologia republicana e jacobina, tal como
procedera no seu romance anterior Os Teles de Albergaria (1901), cuja tese tenta
demonstrar a irresponsabilidade política e o desregramento social perante o primeiro
prenúncio da República Portuguesa, ocorrido a 31 de Janeiro de 1891. Em Paixão de
Maria do Céu, o narrador coloca sempre a sua perspectiva do lado monárquico; note-se, a
este propósito, como o príncipe regente D. João, no momento da sua partida para o Brasil,
é caracterizado de forma eufórica pelo seu “[...] olhar tristonho e bondoso [...]” (DIAS
1982: 99), e até mesmo a sua acção – cobarde, segundo a opinião de alguns investigadores
– é desagravada através da piedade dramática posta em cena:
E o morgado sentiu que toda a cólera se esvaía, quando nos seus olhos
ainda acusadores pousaram os olhos lacriminosos do príncipe do Brasil e lhe viu o
grande beiço tremer, como no balbucio humilde de uma desculpa. (DIAS 1982:
100.)
Perante um estado de decadência e uma generalizada sensação de medo, na
sequência da ocupação francesa, Lisboa passa a ser caracterizada de forma disfórica:
[...] toda a cidade às presas com o cio e com a fome; uma era de abundância para
as meretrizes, de extermínio para os mendigos; os algozes e “moscas” de Manique
ao serviço de Junot; a licença por uma parte e a pressão em todas as consciências:
era Lisboa. Só um sentimento proibido: o patriotismo; só uma classe perseguida:
os patriotas. [...] Conspirava-se, assassinavam-se soldados nos becos da Mouraria,
saqueavam-se igrejas para a contribuição de Milão. Fazia-se exasperada caça à
2 Em França, o Clube Jacobino é liderado a partir de 1791 por Robespierre, que apoiou a destituição do
monarca francês e participou na Comuna de Paris em 1792. Os seus membros mais radicais são também
designados de pedreiros-livres. 3 Carlos Malheiro Dias era um monárquico convicto, de formação liberal e da ala regeneradora. Íntimo de D.
Carlos I, era recebido por este monarca tanto no Palácio das Necessidades, em Lisboa, como convidado por
diversas vezes a integrar comitivas de visitas oficiais ou grupos de caçadas particulares no Alentejo. De
referir ainda que, em 1905, foi agraciado pelo rei com a Comenda de Santiago.
Logo após o regicídio, tece rasgados elogios à rainha D. Amélia num jornal brasileiro, do qual destacamos o
seguinte excerto:
Agora mesmo, entre o abatimento dos governantes e a desorientação dos políticos, uma grande
figura feminina está dominando o drama português com a sua energia serena. Essa é a rainha D.
Amélia. Da tragédia, que lhe arrebatou o marido valoroso e o filho bem amado, lhe trocou os
arminhos reais por um manto de crepes, a bisneta de Luís Filipe ressurgiu maior, como uma
guerreira que regressa da batalha, coroada de louros e de martírios... É necessário vê-la, para se
poder avaliar a firmeza da sua alma varonil, a inteligência vigilante e clarividente com que esta
mãe admirável cuida desbravar o caminho por onde terá de passar, com o cilício da coroa, o seu
filho adolescente. A fatalidade revelou-a uma leôa. (Apud Oliveira 1947: 281-282.).
Pouco tempo após a implantação da República Portuguesa, Malheiro Dias vê-se obrigado ao exílio no
Brasil por manter as suas convicções monárquicas.
4
mulher e ao patriota. Exibiam-se seios nus no Rossio e canhões na Praça do
Comércio. Ao ruído festivo das salvas respondia o estalejar lúgubre dos
fuzilamentos. A condessa da Ega dava bailes na Junqueira; Junot oferecia orgias
soldadescas no Ramalhão. [...] Vista de longe, a vida de Lisboa era uma saturnal;
vista de perto, uma agonia. Depois de Manique, o tigre, Lagarde, a víbora. (DIAS
1982: 157. Sublinhado nosso.)
A pequena referência ao nome de Lagarde merece-nos aqui algumas
considerações. Durante a sua permanência na capital portuguesa, Pierre Lagarde sucedeu a
Pina Manique no cargo de Intendente Geral da Polícia; a simbolizar a sua prepotência
como director da Gazeta de Lisboa, substituiu as armas reais lusas no cabeçalho deste
periódico pela águia imperial francesa, sendo ele próprio o redactor dos artigos em francês,
posteriormente traduzidos por oficiais portugueses da sua confiança.
Classificada pelo narrador de víbora, animal rasteiro associado à traição, esta
personagem-referencial4 encontra-se também presente num desenho anónimo intitulado
“Governo de Junot em Portugal”5, e cujo conteúdo, de índole patriótica, critica a primeira
invasão francesa. Esta obra panfletária representa Junot sentado a uma secretária a assinar
dois decretos publicados efectivamente em 1808, encontrando-se num deles inscrita a
palavra “Lagarde”, e rodeado de conselheiros demoníacos que simbolizam os sentimentos
mais negativos como a Maldade, a Vaidade, ou a Traição. Com o seu pé direito, o general
calca uma criança, alegoria da Inocência, a qual, por sua vez, tem atrás de si um gato preto,
assinalado com a palavra “ingratidão”. A seus pés, encontra-se espezinhado o símbolo da
Justiça, sob a forma tradicional de balança6.
A dialéctica maniqueísta deste romance está ainda presente na caracterização
binária das duas personagens que disputam o amor de Maria do Céu: De Marmont e
Joaquim Teles. O coronel francês simboliza claramente a materialidade e o amor sensual,
4 Philippe Hamon atribui esta designação às personagens históricas, mitológicas ou alegóricas inseridas no
texto literário, como forma de melhor assegurar aquilo a que Roland Barthes denomina de “efeito de real”
(cf. HAMON 1976: 96.). 5 O título completo deste desenho, publicado em anexo, é: “Governo de Junot em Portugal. / Decretos.
Editaes inauditos do malfadado Junot. Sua soberba mascarada, sua ingratidão e aleivosia. Justiça,
innocencia, e as mais virtudes são por elle perfidamente calcadas. // Vereis com reconhecimento e com
admiração nestas sabias despozições. Junot 12 de Maio de 1[8]08. O Mundo espantado de ouvir as
barbaridades de Junot em seos Decretos e Editaes. Estas. As lições que tenho recebido de Napoleão. Junot
11 de Junho de 1808.” 6 Em termos “intertextuais”, podemos associar este desenho anónimo à Alegoria do bom e do mau governo,
um fresco composto por Ambrogio Lorenzetti na primeira metade do séc. XIV com um intuito pedagógico:
o bom governo serve como alegoria platónica da segurança do Estado laico, onde a gestão exemplar do
monarca permite um convívio harmonioso entre as classes sociais, plenamente integradas na cidade e no
campo, de cujo espaço medieval o clero está excluído.
Já o mau governo, situado num espaço demoníaco, é representado pela Tirania; acima da sua cabeça estão
os vícios da Soberba, da Avareza e da Vaidade, sendo ainda adjuvada pela Crueldade, pela Traição e pela
Maldade; na zona inferior, a Justiça está amarrada, simbolizando o que sucede a uma cidade sob um
governo tirânico.
5
ao pretender seduzir a inocente protagonista, “[...] reclamando aquela presa como um
festim delicioso.” (DIAS 1982: 206.), para fruir apenas o seu corpo virgem. Inimigo de
Deus e da religião católica, De Marmont manifesta um profundo desrespeito pelos
sagrados laços do casamento, quando pensa forjar uma cerimónia matrimonial com o mero
intuito de possuir Maria do Céu:
Que mal podia vir-lhe da bênção de um abade ignorado, perdido numa
serra de Portugal, que nunca mais veria? [...] Consentiria em conservá-la talvez
como amante, alojando-a em Paris, educando-a como uma avis rara, polindo-a
como uma pedra preciosa, civilizando a sua beleza um pouco rústica. Levava-a
como um estandarte conquistado ao inimigo, um troféu de guerra, [...]. (DIAS
1982: 225.)
Joaquim Teles representa, pelo contrário, o amor espiritual e platónico, devido à
extrema devoção sentida pela mulher amada. Para De Marmont, Maria do Céu é apenas
mais uma mulher; para o oficial português, ela é a única entre todas:
E sempre nessas horas a imagem de Maria do Céu lhe adejava no espírito, com os
brincos anacrónicos de diamantes reluzindo ao comprido das faces morenas. Na
atmosfera de Paris, saturada de heroísmos à grega e ênfases à romana, pensar nela
era evocar outros mundos e outra vida. Nenhuma das mulheres que o roçavam,
com vestidos de cauda à Psyché, spencer de veludo à Marengo, xale das Índias,
sandálias de fitas cor-de-rosa e touca de pluma caída na sobrancelha,
impressionava o seu coração de sentimental e de tímido. Sentia-as desiguais e
inimigas, como sedutores animais de devastação; coraçõezinhos de pedra em
corpos enfeitados de frivolidades, e cuja virtude, como a musselina dos vestidos,
passava por um anel. (DIAS 1982: 237.)
Para o final da narrativa, encontramos a protagonista já em Paris, o centro
jacobino para onde foge com o oficial francês, e onde se sente, pela primeira vez na sua
vida, num estado aviltante de miséria e solidão. Recordemos que a representação disfórica
da capital francesa, o principal centro difusor da ideologia republicana, também se
encontra em A cidade e as serras, obra perspectivada pelo “vencidista” Eça como um
espaço decadente e a causa principal do mal de vivre finissecular de Jacinto.
Como na parábola bíblica do filho pródigo, Maria do Céu também foge de casa
em nome do prazer e em busca da liberdade. Contudo, após tomar consciência da sua triste
realidade e de se arrepender dos actos irreflectidos, acaba por regressar e pedir perdão ao
seu pai. Encontramos, porém, uma grande diferença entre estes dois exempla: o filho
descrito na parábola de S. Lucas não é punido, pois esta história está já imbuída do
sentimento de perdão, característica basilar da nova doutrina cristã; a justiça monárquica e
patriótica que Malheiro Dias aplica à protagonista do seu romance assemelha-se mais à que
6
é praticada no Antigo Testamento: antes de perdoar qualquer pecado, Deus exige sempre
um castigo remissor. Neste caso específico, um literal olho por olho!
Com efeito, de regresso a Portugal, no decorrer da segunda invasão francesa,
Maria do Céu obtém, qual filha pródiga, o perdão paternal pelos seus erros; porém, não
consegue evitar o implacável e trágico Destino, que, justamente no final da trama
romanesca, a castiga pelos seus devaneios ímpios com um jacobino devasso, representante
da I República Francesa. À semelhança do adivinho andrógino Tirésias, que perde a visão
por ter ousado ver Atena – a deusa da sabedoria – a banhar-se, do rei Édipo, que espeta
alfinetes na sua própria vista para expiar o duplo crime de parricídio e incesto, ou de
Sansão, cujos olhos são arrancados pelos filisteus quando o fazem prisioneiro, também
Maria do Céu perde este mesmo órgão dos sentidos, em consequência de ter exteriorizado
o seu desejo.
Como conclusão, o desfecho desta narrativa apresenta-se assim como uma espécie
de exemplum, um modo retórico de argumentação recorrente na literatura clássica e
medieval, cuja finalidade visa a doutrinação e o aperfeiçoamento do leitor em termos éticos
e religiosos. Neste sentido, o derradeiro estado de cegueira de Maria do Céu pode ser
interpretado como uma exemplar punição divina pela sua irresponsabilidade e pelo
alheamento da realidade, e das consequências resultantes desta trama retiramos uma nítida
mensagem de apelo à defesa dos valores parentais, patrióticos e religiosos.
Bibliografia:
- ARANHA, Brito. 1909. Nota acerca das invasões francezas em Portugal principalmente
a que respeita à primeira invasão do comando de Junot: contém muitos documentos
relativos aos sucessos assombrosos na Europa no fim do século XVIII e princípios do
século XIX, Lisboa, Typ. da Academia Real das Sciencias.
- DIAS, Carlos Malheiro. 1982. Paixão de Maria do Céu, Lisboa, Livraria Bertrand, 4ª ed.;
- HAMON, Philippe. 1976. “Para um estatuto semiológico da personagem”, in AA VV,
Categorias da narrativa. Lisboa, Arcádia, 85-112.
- OLIVEIRA, Lopes d’. 1947. História da República Portuguesa. A Propaganda na
Monarquia Constitucional, Lisboa, Editorial Inquérito.
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Governo de Junot em Portugal. / Decretos. Editaes inauditos do malfadado Junot. Sua
soberba mascarada, sua ingratidão e aleivosia. Justiça, innocencia, e as mais virtudes são
por elle perfidamente calcadas. // Vereis com reconhecimento e com admiração nestas
sabias despozições. Junot 12 de Maio de 1[8]08. O Mundo espantado de ouvir as
barbaridades de Junot em seos Decretos e Editaes. Estas. As lições que tenho recebido de
Napoleão. Junot 11 de Junho de 1808.
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