Renata Carvalho de Oliveira
MODELOS DE INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS EM
RESTAURANTES E ESCOLHAS ALIMENTARES
SAUDÁVEIS DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
Tese submetida ao Programa de Pós-
Graduação em Nutrição, da
Universidade Federal de Santa
Catarina, como requisito para
obtenção do Título de Doutor em
Nutrição.
Orientadora: Profa. Rossana Pacheco
da Costa Proença, Dra.
Florianópolis
2016
Dedico este trabalho...
À minha mãe Regina,
por sempre estar ao meu lado
vivenciando meus sonhos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço,
À minha mãe Régis e minha irmã Rafaela, por todo apoio,
incentivo, carinho, companhia e ajuda em toda minha trajetória de vida e
nesses longos anos de doutorado. Obrigada por me escutarem, me
aconselharem e dividirem tudo comigo.
Ao meu marido Rafael, por ser um grande companheiro para
tudo em minha vida e estar ao meu lado em todos os momentos,
especialmente nos onze meses em que estivemos distantes para que eu
realizasse meu sonho de realizar o doutorado sanduíche na Inglaterra.
Obrigada por seu amor, sua generosidade e sua eterna parceria.
À minha orientadora, professora Rossana Pacheco da Costa
Proença, por mais uma vez ser além de orientadora, uma verdadeira
mãe, amiga e conselheira. Obrigada por ser tão paciente comigo e estar
sempre presente nos momentos bons e ruins, não me deixando perder
tanto o foco e mostrando sempre o caminho correto a ser percorrido,
mesmo que muitas vezes eu tenha me desviado desse caminho. Você é e
sempre será meu exemplo de vida.
À professora Heather Hartwell, minha orientadora no
doutorado sanduíche na Bournemouth University/Inglaterra. Obrigada
pelo carinho com que fui acolhida, pelos longos diálogos em inglês, por
permitir que eu participasse de seus projetos de pesquisa, pela excelente
orientação e contribuição ao nosso trabalho.
À professora Giovanna Medeiros Rataichesck Fiates, por ser
minha segunda orientadora, na ausência de minha orientadora e ser
nossa parceira no trabalho. Obrigada por suas excelentes contribuições e
carinho.
Às professoras que compõem minha banca examinadora.
Obrigada por tão prontamente aceitarem contribuir com o nosso
trabalho.
À Universidade Federal de Santa Catarina, especialmente
ao Programa de Pós-graduação em Nutrição, seus professores e
servidores, pela oportunidade de realizar a graduação, especialização,
mestrado e doutorado numa Universidade pública com excelente
qualidade.
À Bournemouth University, por me proporcionar uma
excelente estrutura para realizar meu trabalho.
Ao empresário e amigo Valmir Junckes, por gentilmente abrir
as portas do seu restaurante para a coleta de dados da pesquisa.
Aos funcionários e estagiários do restaurante Retreat da
Bournemouth University, pelo carinho com que fui acolhida, pelo
auxilio na coleta de dados, por me possibilitarem realizar uma
consultoria profissional no restaurante e pelas aulas informais de inglês.
Many thanks guys!
À minha amiga Grayce Pegorete e familía, pela generosidade
e carinho com que me acolheram na Inglaterra, sempre que precisei.
Aos 244 estudantes universitários brasileiros e 25 estudantes
ingleses que participaram da minha tese. Obrigada por contribuírem de
forma voluntária nos grupos focais e na intervenção no restaurante.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo suporte financeiro ao
desenvolvimento desta tese por meio do financiamento do projeto,
bolsas de doutorado e de estágio doutorado sanduíche no exterior.
Às minhas colegas do Núcleo de Pesquisa em Produção de
Refeições (NUPPRE), especialmente Greyce Luci Bernardo, Vanessa
Mello Rodrigues, Manuela Mika Jomori, Tailane Scapin, Rayza Dal
Molin Cortese, Aline de Moraes Martins por me ajudarem na coleta
de dados, pela troca de experiências e por sempre colaborarem no
desenvolvimento da tese. E, um obrigada mais do que especial para
minha amada colega e irmã de doutorado Ana Carolina Fernandes.
Não tenho palavras para agradecer tamanha generosidade, carinho e
paciência, estando sempre disponível para me ajudar. Você é uma
pessoa muito especial e estarei sempre torcendo por suas merecidas
conquistas.
E a todas as pessoas que de alguma forma me incentivaram e
estiveram presentes nesse período tão importante de minha vida.
Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível”.
São Francisco de Assis
RESUMO
OLIVEIRA, Renata Carvalho de Oliveira. Modelos de informações
nutricionais em restaurantes e escolhas alimentares saudáveis de estudantes universitários. Florianópolis, 2016. Tese (Doutorado em
Nutrição) – Programa de Pós-graduação em Nutrição, Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2016.
A informação nutricional, disponibilizada tanto em produtos embalados
quanto em restaurantes, é uma estratégia política de prevenção à
obesidade e demais doenças crônicas, pelo potencial de influenciar
positivamente as escolhas alimentares, auxiliando os consumidores a
fazerem escolhas mais saudáveis e informadas. A provisão de
informação nutricional é obrigatória para alimentos embalados na
maioria dos países, incluindo o Brasil. Porém, a disponibilização de
informação nutricional em restaurantes, apesar de estar sendo discutida
em vários países, é obrigatória apenas nos Estados Unidos da América e
em condições específicas. Além disso, os restaurantes que oferecem
algum tipo de informação aos consumidores, usualmente disponibilizam
informações relacionadas apenas à quantidade de calorias. Até o
momento, não foi encontrado na literatura científica quais características
devam ter um modelo para disponibilizar informações nutricionais em
restaurantes. Estudos sobre modelos de informação nutricional em
restaurantes e escolhas alimentares saudáveis relatam resultados
contraditórios, podendo estar relacionado aos variados métodos que vêm
sendo utilizados e às limitações metodológicas para avaliar esses
diferentes modelos de informação. Esta tese objetiva comparar modelos
de informação nutricional em restaurante para avaliar a influência nas
escolhas alimentares saudáveis de estudantes universitários. Para tanto,
realizou-se o estudo em duas fases. Na fase 1, foram conduzidos grupos
focais no Brasil e na Inglaterra, contando respectivamente com 11 e 25
estudantes. A condução dos grupos focais na Inglaterra foi realizada
durante período de estágio sanduíche no exterior, realizado na
Bournemouth University, em Bournemouth, Inglaterra. Essa fase visou
conhecer as preferências dos estudantes universitários quanto aos
diferentes formatos de informações nutricionais em restaurantes, para
posterior aplicação e análise das informações preferidas em ambiente
real – restaurante, na fase 2. Os dados dos grupos focais foram
gravados, transcritos e analisados por meio da técnica de análise de
conteúdo. Em ambos os países, os participantes preferiram o formato de
informação com lista de ingredientes e símbolos de alerta, considerado-o
mais compreensível e útil para realizar escolhas alimentares informadas.
A segunda opção foi o formato de semáforo nutricional (traffic light system) acrescido do percentual de valor diário de referência. Tanto no
Brasil quanto na Inglaterra, a maioria dos participantes rejeitou o
formato de informação apenas de calorias, bem como calorias e
nutrientes, afirmando que estes modelos não influenciariam suas
escolhas alimentares. Na fase 2 realizou-se um ensaio controlado
randomizado de grupos paralelos, em um restaurante no Brasil, durante
um dia de intervenção. Trezentos e treze estudantes universitários foram
randomizados em um dos três grupos de modelos de informação
nutricional. Desses, 233 estudantes participaram da intervenção e foram
analisados, os demais não compareceram e foram excluídos da análise.
O grupo intervenção 1 (n=88) recebeu cardápio contendo informação de
semáforo nutricional (traffic light system) e o percentual de valor diário
de referência. O grupo intervenção 2 (n=74) recebeu o cardápio
apresentando lista de ingredientes e símbolos de alerta. O grupo controle
(n=71) recebeu cardápio sem informação nutricional. No grupo de
estudantes que recebeu o cardápio contendo lista de ingredientes e
símbolos de alerta, as escolhas alimentares saudáveis foram
significativamente maiores quando comparado aos demais grupos. Esse
mesmo formato de informação nutricional afetou positivamente as
escolhas alimentares saudáveis de mulheres, participantes sem excesso
de peso e aqueles que costumavam comer fora de casa mais do que duas
vezes na semana. Como conclusão da tese, compreendendo as duas
fases, os resultados sugerem que os estudantes universitários preferem o
formato apresentando lista de ingredientes e símbolos de alerta. Esse
modelo também influenciou positivamente as escolhas alimentares
saudáveis dessa população-alvo, como foi comprovado no ensaio
controlado randomizado. Assim, a informação contendo lista de
ingredientes e símbolos de alerta, ao ser disponibilizado em restaurantes,
pode fazer parte de políticas públicas, como estratégia para empoderar
os consumidores, promover a saúde e auxiliar no combate à obesidade e
outras doenças crônicas. Esse modelo também pode ser adotado em
futura legislação sobre o tema no Brasil e no mundo.
Palavras-chave: Rotulagem nutricional. Informação nutricional em
restaurantes. Restaurante. Nutrição em produção de refeições. Unidades
de alimentação e nutrição. Escolha alimentar. Grupos focais. Pesquisa
qualitativa. Intervenção. Ensaio controlado randomizado. Saúde pública.
ABSTRACT
OLIVEIRA, Renata Carvalho de Oliveira. Menu labelling formats in
restaurants and healthy food choices of university students. Florianópolis, 2016. Doctoral dissertation (PhD in Nutrition) – Graduate
Program in Nutrition, Federal University of Santa Catarina,
Florianópolis, 2016.
Food labelling available in packaged foods and in restaurants is a policy
strategy designed to inform consumers’ food choices and thereby
prevent obesity and other chronic diseases, due to the potential to
influence food choices and guide consumer healthy selection. Food
labelling is mandatory for packaged foods in most countries, including
Brazil. However, the availability of menu labelling in restaurants,
despite being discussed in several countries, it is mandatory only in the
United States under specific conditions. Also, the restaurants that offer
some menu labelling to consumers usually provide information related
only to the amount of calories. Until now, it was not found in the
scientific literature which features should have a format to provide menu
labelling in restaurants. Studies on menu labelling formats in restaurants
and healthy food choices have reported contradictory results, which may
be related to various methods that have been used and methodological
limitations to assess different information formats. This thesis aimed to
compare menu labelling formats in restaurant to assess the influence on
healthy food choices of university students. Therefore, the study was
conducted in two phases. In phase 1, focus groups were conducted in
Brazil and UK, respectively counting with 11 and 25 students. Focus
groups in UK were carried out during PhD sandwich internship in
Bournemouth University, Bournemouth, UK. This phase aimed to know
the preferences of university students for different menu labelling
formats in restaurants, for subsequent intervention and analysis of the
preferred information in a real restaurant setting, in phase 2. The data
from the focus groups were recorded, transcribed and analysed using the
content analysis technique. In both countries, participants preferred the
format that presented an ingredients list and highlighted symbols,
considered it more understandable and useful to make informed food
choices. The second option was the traffic light format (traffic light
system) plus guidelines daily amounts (GDA). Both in Brazil and in
UK, the majority of participants rejected the calories and calories and
nutrients information, stating that these formats do not influence their
food choices. In phase 2, it was conducted a randomised and controlled
parallel-group trial on one weekday in a restaurant in Brazil. 313
university students were randomly assigned to one of three parallel
groups with different menu labelling formats. Of these, data from 233
students were analysed. The others did not attend and were excluded.
Intervention group 1 (n=88) received information in the form of a traffic
light system plus guideline daily amounts, while intervention group 2
(n=74) was presented with an ingredients list plus highlighted symbols.
The control group (n=71) received a menu with no menu labelling.
Healthy food choices were significantly higher among students who
received the menu showing an ingredients list plus highlighted symbols.
The same menu labelling format positively affected healthy food
choices in women, not overweight participants and who often ate out
more than twice a week. In conclusion, results including the two phases
suggest that university students prefer a menu labelling format that
presented an ingredients list and highlighted symbols. This menu
labelling format also positively affected healthy food choices in this
target population, as evidenced in the randomised controlled trial. Thus,
it is suggested that menu labelling with an ingredients list plus
highlighted symbols can be part of public policy as a strategy to
empower consumers, to promote health and help fight obesity and other
chronic diseases. This format also can be adopted in future legislation
on menu labelling in Brazil and around the world.
Keywords: Food labelling. Menu labelling. Restaurant. Foodservice.
Food choices. Focus group. Qualitative research. Intervention.
Randomised controlled trial. Public health.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Esquema da estrutura geral da tese...................................27
FIGURA 2 – Modelo do Traffic Light System e GDA labelling
system.....................................................................................................38
FIGURA 3 – Modelo dos símbolos Green Keyhole e British Heart
Foundation logo......................................................................................39
FIGURA 4 – Representação esquemática do embasamento teórico da
tese..........................................................................................................69
FIGURA 5 – Fases para o desenvolvimento da pesquisa......................80
FIGURA 6 – Guia de discussão para a realização dos grupos focais....86
FIGURA 7 – Etapas da aplicação do método de Disponibilização de
Informações Alimentares e Nutricionais em restaurantes (DIAN-
restaurante)...........................................................................................147
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1- Descritores utilizados para a revisão bibliográfica........29
QUADRO 2 – Critérios do traffic light system por 100 gramas ou 100
mililitros de produto...............................................................................37
QUADRO 3 – Artigos de revisão de literatura e sistemática, sobre
diferentes modelos de informação nutricional em restaurantes..........59
QUADRO 4 - Variáveis relacionadas à identificação dos participantes
dos grupos focais e respectivos indicadores...........................................82
QUADRO 5 - Variáveis antropométricas, demográficas e
comportamentais relacionadas aos participantes do estudo e respectivos
indicadores..............................................................................................92
QUADRO 6 - Variáveis relacionadas à itenção de consumo de itens
saudáveis no cardápio do restaurante, durante o período de
intervenção.............................................................................................93
QUADRO 7 – Estrutura do cardápio do restaurante selecionado como
local de estudo no Brasil.........................................................................95
QUADRO 8 – Divisão de grupos para randomização estratificada.......98
QUADRO 9 – Estatística descritiva dos dados da
pesquisa................................................................................................100
QUADRO 10– Pontos de corte do índice de massa corporal estabelecido
para
adultos...................................................................................................101
QUADRO 11 – Cardápio padrão diário do restaurante e exemplos de
cardápios...............................................................................................149
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO........................................................23
1.1 APRESENTAÇÃO DA AUTORA..................................................23
1.2 APRESENTAÇÃO DA TEMÁTICA DE ESTUDO E DA
ESTRUTURA GERAL DA TESE.........................................................24
CAPÍTULO 2 – REFERENCIAL TEÓRICO...................................29
2.1 ALIMENTAÇÃO FORA DE CASA E PROMOÇÃO DE
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL............................................................30
2.2 INFORMAÇÃO NUTRICIONAL EM ALIMENTOS....................33
2.2.1 Modelos de informação para alimentos embalados.................35
2.2.2 Compreensão e utilização da informação nutricional pelos
consumidores.........................................................................................40 2.3 INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS EM RESTAURANTES.........44
2.3.1 Legislação sobre informação nutricional em restaurantes......45
2.3.2 Modelos de informações nutricionais em restaurantes...........48
2.3.3 Informação nutricional em restaurantes e escolhas alimentares
saudáveis................................................................................................55
2.3.4 Métodos de avaliação de modelos de informações nutricionais
em restaurantes.....................................................................................57 2.4 ESCOLHAS ALIMENTARES DE ESTUDANTES
UNIVERSITÁRIOS...............................................................................65
2.5 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO E PERGUNTA DE PARTIDA....67
CAPITULO 3 - OBJETIVOS.............................................................71
3.1 OBJETIVO GERAL.........................................................................71
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...........................................................71
CAPITULO 4 - ORIGINALIDADE, RELEVÂNCIA E
CONTRIBUIÇÃO PARA O CONHECIMENTO.............................73
CAPITULO 5 – MÉTODO..................................................................77
5.1 DEFINIÇÃO DE TERMOS RELEVANTES PARA A
PESQUISA.............................................................................................77
5.2 FASES E ETAPAS DO ESTUDO...................................................79
5.2.1 Fase qualitativa – Realização dos grupos focais.......................80
5.2.2 Fase quantitativa.........................................................................91
CAPITULO 6 – RESULTADOS E
DISCUSSÕES.....................................................................................103
6.1 MANUSCRITO ORIUNDO DA FASE 1: GRUPOS FOCAIS.....103
6.2 MANUSCRITO ORIUNDO DA FASE 2: ENSAIO
CONTROLADO RANDOMIZADO...................................................120
6.3 DOUTORADO SANDUÍCHE NO EXTERIOR...........................142
6.3.1 Coleta, análise de dados de grupos focais, comparação dos
resultados e redação de manuscrito..................................................142
6.3.2 Análise dos dados do ensaio controlado randomizado...........145
6.3.3 Atividades complementares......................................................145
CAPITULO 7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................153
7.1 LIMITAÇÕES E PONTOS FORTES DA TESE...........................153
7.2 CONCLUSÕES..............................................................................155
7.2.1 Conclusões do estudo.................................................................155
7.2.2 Conclusões sobre o percurso de formação da doutoranda...157 7.3 RECOMENDAÇÕES.....................................................................159
REFERENCIAS…………………………………………………….163
APÊNDICES.......................................................................................199
APENDICE A - Cadastro on-line dos estudantes universitários
voluntários dos grupos focais...............................................................199
APENDICE B –Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a
etapa qualitativa - grupos focais..........................................................201
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO.............201
APENDICE C – Modelos de cardápios utilizados nos grupos focais no
Brasil.....................................................................................................203
APENDICE D – Modelos de cardápios utilizados nos grupos focais na
Inglaterra...............................................................................................209
APENDICE E –Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a
etapa quantitativa - ensaio controlado randomizado...........................216
APENDICE F – Cadastro on-line dos estudantes universitários
voluntários do ensaio controlado randomizado realizado no
restaurante.............................................................................................218
APENDICE G – Protocolo de registro de preparações.......................219
APENDICE H – Modelos de cardápios utilizados no ensaio controlado
randomizado.........................................................................................221
APÊNDICE I – Nota de imprensa referente à tese...............................224
ANEXOS.............................................................................................227
ANEXO A – Parecer do comitê de ética para a realização do projeto
“informações nutricionais em restaurantes e escolhas alimentares
saudáveis”, que inclui as fases da presente tese...................................227
23
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
Este trabalho constitui-se em uma tese de doutorado do
Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC), estando inserida na linha de pesquisa
III – Nutrição em Produção de Refeições e Comportamento Alimentar,
no âmbito do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de
Refeições (NUPPRE).
1.1 APRESENTAÇÃO DA AUTORA
Sou formada em Nutrição pela Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) (1997 a 2002), onde também cursei Especialização em
Saúde da Família/UFSC (2002 a 2003) e Mestrado em Nutrição/UFSC
(2006 a 2008).
No âmbito profissional, desde a graduação venho prestando
consultoria e assessoria para empresas do ramo da alimentação, o que
me proporciona experiência prática na minha profissão e aplicação dos
conhecimentos adquiridos durante a formação acadêmica.
Entre os anos de 2005 a 2007, atuei profissionalmente como
educadora de curso de gastronomia em escola profissionalizante, tendo
esta experiência auxiliado na escolha pela carreira docente. Após o
término do mestrado, entre os anos de 2008 a 2012, atuei como docente
em cursos de graduação em Nutrição e também em Gastronomia em
diferentes instituições de ensino superior, ministrando disciplinas
relacionadas aos temas de Nutrição em Produção de Refeições e de
Gastronomia, bem como atuando como coordenadora de curso de
graduação.
Durante o mestrado, tornei-me membro do NUPPRE (Núcleo
de Pesquisa em Produção de Refeições), da Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC), onde este estudo está inserido.
No âmbito do NUPPRE, a temática aqui desenvolvida começou
a ser trabalhada na minha dissertação de mestrado no ano de 2006, no
estudo intitulado “DIAN-bufê: Disponibilização de informações
alimentares e nutricionais de preparações oferecidas em bufês”
(OLIVEIRA, 2008) sob orientação da professora Rossana Pacheco da
Costa Proença, onde foi desenvolvido um método para disponibilizar
informações alimentares e nutricionais em restaurantes de sistema bufê.
A partir dessa dissertação, atuei no auxílio à orientação de projeto de
24
iniciação científica sobre a aplicação e aprofundamento do sistema
DIAN-bufê (ISSENSE et al., 2009), bem como ministrei cursos e
apresentei trabalhos em eventos científicos sobre o sistema DIAN
desenvolvido.
Como escolhi seguir a carreira docente e gostaria de dar
continuidade ao trabalho desenvolvido na minha dissertação de
mestrado, em 2011, participei da seleção para o doutorado em Nutrição
da UFSC. Assim, poderia fazer parte da linha de pesquisa de Nutrição
em Produção de Refeições e Comportamento Alimentar, permanecer no
grupo de pesquisa NUPPRE da UFSC, além de continuar sob
orientação da professora Rossana, por quem tenho muita afinidade.
Ao ingressar no doutorado, mantive a temática do projeto
informação nutricional em restaurantes, buscando saber qual modelo de
informação nutricional, incluindo o desenvolvido na minha dissertação,
poderia influenciar nas escolhas alimentares saudáveis. Além disso,
desde o momento que ingressei no doutorado, coloquei como uma meta
realizar doutorado sanduíche em outro país, pois acreditava que seria
uma excelente oportunidade de crescimento profissional e pessoal.
1.2 APRESENTAÇÃO DA TEMÁTICA DE ESTUDO E DA
ESTRUTURA GERAL DA TESE
Desde o mestrado, busquei dar continuidade à vida acadêmica,
com atualização e participação em eventos científicos nacionais e
internacionais para divulgar e discutir o tema informação nutricional em
restaurantes.
Nessas oportunidades de discussão e no acompanhar da
literatura científica, fui percebendo que a informação nutricional em
restaurantes vem sendo utilizada, em diferentes formatos, como
estratégia no combate à obesidade e outras doenças crônicas em vários
países no mundo, como a Inglaterra e os EUA, porém havendo pouca
ação nesse sentido no Brasil. Além disso, os resultados de testes de
modelos de informações nutricionais em restaurantes, encontrados na
literatura científica, eram contraditórios quanto à sua influência nas
escolhas alimentares.
Assim, identifiquei uma lacuna a ser respondida nessa temática,
sobre quais as caracterísitcas mínimas deveria ter um modelo de
informações nutricionais em restaurantes para auxiliar nas escolhas
25
alimentares dos consumidores. Dessa forma, buscou-se novos
parâmetros de discussão, referente a que características do modelo de
informação nutricional em restaurante poderiam influenciar nas escolhas
alimentares saudáveis, para que se pudesse orientar tanto profissionais
da saúde, consumidores e proprietários de restaurantes, quanto políticas
públicas a esse respeito.
Logo, desenvolveu-se o projeto Informação Nutricional em
Restaurantes e Escolhas Alimentares Saudáveis, coordenado pela
professora Rossana Pacheco da Costa Proença, com financiamento
proveniente do Edital Universal 2012 – CNPq (Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico), sob número de processo
485004/2012-7. Este projeto englobou a presente tese e a tese de
doutorado de Fernandes (2015), que verificou o entendimento de
comensais adultos sobre calorias e a influência da disponibilização de
informações nutricionais em restaurantes nas suas escolhas alimentares
saudáveis. Além disso, o presente estudo contou com a parceria do
grupo da professora Heather Hartwell do Foodservice and Applied Nutrition Research Group & Centre for Wellbeing and Quality of Life,
School of Tourism, da Bournemouth University na Inglaterra.
A Inglaterra é um dos países pioneiros na discussão de modelos
de informações nutricionais em alimentos embalados, local em que o
traffic light system foi desenvolvido e onde a recomendação de
utilização de informações nutricionais em restaurante faz parte das ações
de políticas públicas. Em consequência, a Inglaterra foi o país escolhido
para a realização do estágio de doutorado sanduíche e para parte da
coleta de dados do estudo que originou a presente tese.
O percurso de desenvolvimento deste trabalho se encontra
descrito em sete capítulos. O primeiro capítulo contempla a
apresentação da autora e da temática de estudo, bem como a
apresentação da estrutura geral deste documento.
O segundo capítulo consiste no referencial teórico que embasa o
estudo, iniciando-se com questões relativas à alimentação fora de casa e
promoção de alimentação saudável. Em seguida, faz-se abordagem
sobre informação nutricional em alimentos, informações nutricionais
em restaurantes e escolhas alimentares de estudantes universitários. A
conclusão do capítulo traz um esquema de abordagem desenvolvida no
referencial teórico, culminando com as lacunas teóricas identificadas,
expondo a pergunta de partida da tese e a inserção do estudo.
O terceiro capítulo traz os objetivos gerais e específicos da tese.
No quarto capítulo, apresenta-se a originalidade, a relevância e a
contribuição para o conhecimento.
26
No quinto capítulo, é descrito o método da pesquisa, iniciando-
se com a definição de termos relevantes e as etapas da pesquisa,
divididas em duas fases. Em seguida, para cada fase da pesquisa, são
abordadas as características dos métodos; a definição das variáveis e
indicadores; os locais, populações de estudo e obtenção das amostras;
bem como a coleta, o tratamento e a análise dos dados. Ainda, há
subitem específico sobre o doutorado sanduíche no exterior, nas duas
fases da tese.
O sexto capítulo traz os resultados e discussões, incluindo o
manuscrito sobre grupos focais aceito pela Revista de Nutrição e o
manuscrito sobre ensaio controlado randomizado submetido ao
periódico British Journal of Nutrition. Abordam-se também os
resultados do estágio de doutorado no exterior, relatando as atividades
programadas e as complementares.
O capítulo final é o de considerações finais, onde se discorre
sobre as limitações e pontos fortes da tese, as conclusões e as
recomendações provenientes do estudo.
A Figura 1 apresenta a estrutura geral da presente tese.
27
FIGURA 1 - Esquema da estrutura geral da tese
28
29
CAPÍTULO 2 – REFERENCIAL TEÓRICO
Este capítulo apresenta o referencial teórico que embasou a
presente tese, envolvendo seções relacionadas à alimentação fora de
casa e promoção de alimentação saudável; às informações nutricionais
em alimentos; às informações nutricionais em restaurantes e às escolhas
alimentares de estudantes universitários. Por fim, é apresentada a
conclusão do capítulo.
Para estruturar o referencial teórico e extrair informações sobre
o tema na literatura científica, foi realizada uma busca não sistemática,
sem delimitação de data e idiomas nas bases de dados: Periódicos
Capes, Lilacs/Bireme, Pubmed/Medline – National Library of Medicine,
SciVerse/Scopus e ISI Web of Knowledge. Também foram consultados
livros, teses, dissertações, anais de congressos e sites de órgãos
governamentais nacionais e internacionais. Além disso, artigos
científicos foram buscados nas referências dos estudos encontrados, a
partir da técnica “bola de neve”, realizando-se busca de estudos nas
referências dos artigos encontrados. Para tal, foram utilizados os
descritores em português e inglês apresentados no Quadro 1.
QUADRO 1- Descritores utilizados para a revisão bibliográfica.
Português Inglês
Informação nutricional/rotulagem
nutricional
nutrition information OR nutrition
labeling OR calorie labeling OR nutritional labeling OR food label OR
menu labeling OR food labeling
AND
Escolhas alimentares/escolhas
saudáveis
food choice OR health choice
AND
Restaurante/alimentação fora de
casa
restaurant OR food service OR fast food
OR eating out OR “food away from home” OR catering
AND NOT
Crianças /adolescentes child OR kid OR adolescent OR teen OR
teenager
30
2.1 ALIMENTAÇÃO FORA DE CASA E PROMOÇÃO DE
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
O setor de alimentação fora de casa é composto por locais que
produzem e/ou servem refeições para consumo imediato e podem ser
divididos em dois segmentos: coletivo e comercial (PROENÇA, 2005;
USDA, 2014). A alimentação coletiva engloba os restaurantes
institucionais, com consumidores cativos, como em indústrias, creches,
escolas, universidades e hospitais (PROENÇA, 2005). Como exemplode
estabelecimentos de alimentaração comercial, tem-se os restaurantes de
autosserviço (self-service), fast food (redes de comida rápida), pratos
prontos, à la carte, hotelaria, bares e lanchonetes (PROENÇA, 2005;
USDA, 2014).
A tendência de aumento da alimentação fora de casa em regiões
urbanas é observada mundialmente (VARIYAM, 2005; STEWART et
al., 2006; BEZERRA; SICHIERI, 2009).
Para exemplificar, nos Estados Unidos da América (EUA), os
gastos com alimentação fora de casa aumentaram quase 400% entre os
anos de 1983 a 2013 (USDA, 2014), sendo que as pessoas com idade
entre 20 e 29 anos consumiam aproximadamente 40% do total da
energia diária proveniente da alimentação fora de casa (LARSON et al.,
2011).
O Brasil tembém vem vivenciando o mesmo fenômeno, posto
que em 1975 os gastos com alimentação fora de casa representavam
menos de 10% dos gastos com alimentos (IBGE, 1976), já em
2008/2009 chegavam a mais de 30% (IBGE, 2011).
Segundo estudo realizado por Bezerra et al. (2009), com base
nos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2002-2003, o
consumo de alimentos fora de casa no Brasil foi reportado por 40% dos
entrevistados, sendo que esse percentual foi maior entre os homens e na
área urbana, bem como diminuiu com a idade e aumentou com a renda
em todas as regiões brasileiras. Sanches e Salay (2011), em estudo com
250 consumidores da cidade de Campinas – SP, constataram que 98%
dos consumidores pesquisados costumavam almoçar fora de casa, cerca
de 39% dos entrevistados afirmaram ter essa prática de quatro a sete
vezes por semana.
Além disso, a literatura científica demonstra que o aumento do
consumo da alimentação fora de casa pode estar associado a uma menor
ingestão de frutas, vegetais, laticínios, fibras, cálcio, ferro e vitaminas,
31
além de uma maior ingestão de alimentos com alto teor de gorduras
totais, gordura saturada, açúcar e sódio (BEZERRA; SICHIERI, 2009;
VANDEVIJVERE et al., 2009; BES-RASTROLLO et al., 2010;
BANDONI et al., 2013). Bezerra et al. (2013), em estudo realizado com
base nos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-2009,
relataram, por exemplo que, dentre os grupos de alimentos mais
consumidos fora de casa no Brasil, estavam alimentos associados à
baixa qualidade nutricional, como salgadinhos fritos, pizzas,
refrigerantes e sanduíches.
Essa associação, entre alimentação fora de casa e mudança na
composição da dieta, pode ser um dos principais fatores envolvidos na
transição epidemiológica observada, com o aumento na prevalência das
doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes melito,
doenças cardiovasculares e a diminuição da prevalência de doenças
infecciosas (POPKIN, 2006; OPAS, 2007; MALIK; WILLET; HU,
2013 ; USDA, 2014).
Estudos mostram que o aumento da alimentação fora de casa
pode estar associado ao excesso de peso (MA et al., 2003; ORFANOS et
al., 2007; BEZERRA et al., 2013; NAGO et al., 2014). Naska et al.
(2011), em estudo realizado em dez países europeus, incluindo o Reino
Unido, bem como Bezerra e Sichieri (2009), no Brasil, constataram que
entre homens, o ato de comer em restaurantes foi associado ao ganho de
peso e obesidade.
Além disso, Cunha D. et al. (2010), no Brasil e Garcia, Sunil e
Hinojosa (2012) nos EUA, ao relacionarem a alimentação fora de casa e
o aumento do peso corporal, perceberam que o aumento no consumo de
fast food estava relacionado ao aumento no ganho de peso.
À luz desse quadro de aumento dos casos de obesidade e
doenças crônicas, a partir da constatação de evidências sobre o efeito
positivo de práticas alimentares saudáveis sobre as doenças crônicas e
seus fatores de risco, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou a
proposta de Estratégia Global para a Promoção da Alimentação
Saudável, Atividade Física e Saúde. Essa Estratégia Global tem como
objetivo principal reduzir os fatores de risco para doenças, por meio da
promoção e proteção da saúde, mediante alimentação saudável e
atividade física, a partir de atividades sustentáveis em nível comunitário,
nacional e mundial (WHO, 2004).
No Brasil, em 1999 foi homologada a Política Nacional de
Alimentação e Nutrição (PNAN), que faz parte da Política Nacional de
Saúde (PNS). A PNAN tem como objetivo contribuir com o conjunto de
políticas públicas voltadas à concretização do direito universal à
32
alimentação e nutrição adequadas e à garantia da segurança alimentar e
nutricional da população brasileira. Dentre as diretrizes da PNAN, têm-
se: a promoção de práticas alimentares saudáveis; a prevenção e o
controle dos distúrbios nutricionais e de doenças associadas à
alimentação e à nutrição; a garantia da qualidade dos alimentos
colocados para consumo no país; e o estímulo às ações intersetoriais que
facilitem o acesso universal aos alimentos (BRASIL, 2008).
Assim sendo, a PNAN e a Estratégia Global compartilham do
mesmo propósito: incentivar a alimentação saudável, em nível coletivo,
para favorecer escolhas saudáveis em nível individual, promovendo a
saúde e a prevenção das doenças.
Importante instrumento para o cumprimento das diretrizes da
PNAN e da proposta da Estratégia Global para a Promoção da
Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde encontra-se o Guia
alimentar para a população brasileira. Lançado em 2005, tendo uma
segunda edição em 2008 e atualizado em 2014, pelo Ministério da
Saúde, o Guia alimentar contém as diretrizes alimentares oficiais para o
país. Esse guia tem como objetivo contribuir para a prevenção e o
controle das doenças crônicas e das deficiências nutricionais; objetiva,
também, reforçar a resistência orgânica a doenças infecciosas,
promovendo o consumo de uma alimentação saudável e a adoção de
modos de vida saudáveis na população maior de dois anos – crianças,
adolescentes, adultos e idosos (BRASIL, 2008; 2014).
O aumento da prevalência de obesidade e de problemas de
saúde relacionados, como doenças cardiovasculares, reforçam a
importância de ser oferecida maior variedade de alimentos saudáveis
para as pessoas que comem fora de casa (NATIONAL HEART....
2010).
No plano de ação para a prevenção e controle de doenças
crônicas não transmissíveis 2013-2020, da OMS, bem como no plano de
ação em alimentação e nutrição 2014-2020 da Organização Mundial da
Saúde da Região Europeia, dentre as medidas sugeridas para combater a
obesidade e as doenças crônicas, encontra-se a promoção de informação
nutricional, de forma clara e compreensível, para todos os alimentos
embalados, incluindo aqueles que fazem alegações de nutrição e saúde
(WHO, 2013; WHO EUROPEAN..., 2013).
Segundo Malik, Willet e Hu (2013), a informação nutricional,
disponibilizada tanto em produtos embalados quanto em restaurantes, é
uma estratégia política de prevenção à obesidade e demais doenças
crônicas. Esse tipo de informação pode influenciar positivamente as
33
escolhas e consumo alimentar, auxiliando os consumidores a fazerem
escolhas alimentares saudáveis e informadas.
2.2 INFORMAÇÃO NUTRICIONAL EM ALIMENTOS
Uma das formas do consumidor se informar sobre a composição
dos alimentos que está adquirindo, seria por meio das informações
nutricionais disponibilizadas na forma de rotulagem. A informação
nutricional pode ser vista como a primeira forma de comunicação entre
o produtor e o vendedor, bem como entre o vendedor e o consumidor
(WHO, 2001).
Nesse contexto, o termo informação nutricional pode ser
definido como toda descrição contida no rótulo destinada a informar ao
consumidor sobre as propriedades nutricionais de um alimento
(BRASIL, 2003; FAO/WHO, 2015).
A implementação da informação nutricional de alimentos é
bastante recente no mundo. Em 2004, a informação nutricional de
alimentos embalados era obrigatória em apenas sete países. Porém, até o
ano de 2014, foram contabilizados 58 países com rotulagem nutricional
obrigatória, o que representa um acréscimo de 729% em dez anos
(EUFIC, 2005; 2015).
Na União Europeia, a informação nutricional em alimento
embalados também se tornou obrigatória por meio da regulamentação
(EU) no 1169/2011, entrando em vigor em dezembro de 2014 (EC,
2011).
O Brasil foi um dos precursores da disponibilização de
informações nutricionais em rótulos de alimentos, sendo o terceiro país
do mundo a implantar a informação nutricional obrigatória, vigorando
atualmente a resolução RDC 360/2003 (BRASIL, 2003).
No Brasil, informação nutricional compreende a declaração de
calorias, de nutrientes e a informação nutricional complementar
(BRASIL, 2003). A declaração de nutrientes refere-se às informações
padronizadas do conteúdo energético e de nutrientes de um alimento,
usualmente apresentada de forma numérica, a fim de tentar facilitar a
compreensão da quantidade de nutrientes contidos no produto (BRASIL,
2003; FAO/WHO, 2015).
A declaração de informação nutricional complementar, no
Brasil, é opcional, sendo definida como “qualquer representação que
afirme, sugira ou implique que um produto possui propriedades
34
nutricionais particulares, especialmente, mas não somente, em relação
ao seu valor energético e conteúdo de proteínas, gorduras, carboidratos e
fibra alimentar, assim como ao seu conteúdo de vitaminas e minerais”
(BRASIL, 2003). Para exemplificar a informação nutricional
complementar, tem-se a alegação nutricional ou destaque nutricional,
como o rico em fibras, que aparece geralmente na parte dianteira no
rótulo das embalagens.
A declaração de informação nutricional suplementar do Codex
Alimentarius também é opcional, porém a sua definição é mais
abrangente, envolvendo qualquer representação que se destine a
aumentar a compreensão do consumidor acerca do valor nutricional dos
alimentos e melhorar o entendimento das informações de nutrientes,
como símbolos, ou qualquer outra informação que sugira a relação entre
o alimento ou um dos seus componentes e a saúde (FAO/WHO, 2015).
A lista de ingredientes não faz parte da informação nutricional,
sendo um item obrigatório da rotulagem geral de alimentos pelo Codex Alimentarius e pela RDC 259/2002 no Brasil, devendo estar presente no
rótulo em ordem decrescente da respectiva proporção (BRASIL, 2002;
FAO/WHO, 2015). Ou seja, os nomes dos ingredientes devem ser
apresentados em ordem decrescente de peso de cada ingrediente, com
exceção de alimentos com um único ingrediente, como açúcar e café
(WHO, 2001).
Porém, considerando que a lista de ingredientes pode ser
importante para o entendimento da informação nutricional, deveria ser
sempre apresentada junto às tabela nutricional nos rótulos. Reforçando
este argumento, salienta-se que somente por meio da lista de
ingredientes, muitas características alimentares e nutricionais dos
alimento conseguem ser identificadas, como por exemplo, a presença de
açúcar de adição, lactose ou sal. Dessa forma, a lista de ingredientes é
uma informação necessária para auxiliar o consumidor a compreender e
interpretar a informação de nutrientes.
Assim, acredita-se que somente a declaração de nutrientes e a
informação complementar não sejam suficientes para que os
consumidores possam fazer escolhas alimentares informadas e seguras,
pois não aportam informações sobre os ingredientes que compõem os
alimentos, dificultando o acesso à informação completa sobre o produto.
As informações nutricionais contemplam o direito ao acesso à
informação. No Brasil, a Constituição Federal e o Código de Defesa do
Consumidor garantem o acesso à informação, sendo a informação
adequada e clara sobre diferentes produtos e serviços um direito básico
do consumidor (BRASIL, 1988; 1990).
35
Além disso, são também medidas de apoio na promoção de
hábitos saudáveis, sendo uma das estratégias da OMS, para promoção
da alimentação saudável e prevenção de doenças crônicas. Entre os
parceiros citados pela OMS, encontram-se os restaurantes que podem
ajudar a tornar as escolhas dos consumidores mais saudáveis, ao
oferecer uma alimentação mais equilibrada nutricionalmente, bem como
fornecendo as informações nutricionais das preparações oferecidas
(WHO, 2004).
2.2.1 Modelos de informação para alimentos embalados
A informação nutricional pode ser apresentada em diferentes
formatos nos rótulos de alimentos embalados, incluindo declaração
numérica de diferentes nutrientes, usualmente no verso das embalagens
(conhecidas pela sigla em língua inglesa BOP – Back-of-pack) e
alegações nutricionais por meio de símbolos ou frases na frente das
embalagens (conhecidas pela sigla em língua inglesa FOP – Front-of-
pack).
As diretrizes do Codex Alimentarius recomendam que seja
obrigatória a declaração do valor energético e de nutriente (quantidade
de proteínas, carboidratos e gorduras) na informação nutricional, sendo
apresentada por 100 gramas ou mililitros do produto e por porção,
contendo o número de porções do produto ou, por embalagem, quando o
alimento industrializado contiver apenas uma única porção (FAO/WHO,
2015).
A declaração de outros nutrientes se faz necessária apenas
quando alguma informação nutricional complementar for oferecida, por
exemplo, uma alegação nutricional, ou se a quantidade de qualquer
outro nutriente, incluindo vitaminas e minerais, seja considerada
relevante para a manutenção de um bom estado nutricional, conforme
exigido pela legislação ou guias alimentares dos países (FAO/WHO,
2015).
Ainda segundo o Codex Alimentarius, a declaração de
nutrientes deve ser numérica e em formato de tabela, mas em
embalagens com espaço insuficiente para o formato de tabela, a
declaração de nutrientes pode ser apresentada em formato linear. O uso
adicional de outros meios de apresentação é permitido, levando em
conta as necessidades de seus consumidores, visando melhorar a
compreensão e a utilização da informação nutricional. Todavia, a
36
informação nutricional complementar não deve estar em conflito com a
informação nutricional obrigatória (FAO/WHO, 2015).
Vale ressaltar que o Codex Alimentarius não propõe o modelo
de apresentação para as informações nutricionais, devido à dificuldade
de se ter um único modelo global, em função de haver diferenças
culturais, de idioma e de padrão alimentar entre os países, o que
inviabilizaria a homogeneidade de tais informações (FAO/WHO, 2015).
No Brasil, segundo a Resolução Mercosul no 46/2003,
incorporada à resolução RDC no 360/2003 da ANVISA, o modelo de
informação nutricional adotado é o recomendado pelo Codex Alimentarius, compreendendo a declaração numérica de valor energético
e nutrientes no formato de tabela, bem como a declaração da informação
nutricional complementar opcional. Na declaração de valor energético e
nutrientes, é obrigatório declarar a quantidade de calorias e os sete
nutrientes recomendados pela OMS (carboidratos, proteínas, gorduras
totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibra alimentar e sódio) por
porção do alimento industrializado.
Além disso, deve ser declarado qualquer outro nutriente que se
considere importante para manter um bom estado nutricional e sobre o
qual se faça uma alegação de propriedades nutricionais, ou outra
declaração que faça referência a nutrientes, sendo considerada
informação nutricional complementar (BRASIL, 2003; MERCOSUL,
2003).
Em 2012, foi publicada a Resolução RDC no 54/2012 pela
ANVISA que aprova o regulamento técnico sobre informação
nutricional complementar no Brasil. Por meio dessa resolução, são
definidos os termos e os parâmetros permitidos para fazer alegações de
propriedades nutricionais, por exemplo, não contém gordura trans ou
fonte de fibra alimentar. A declaração da informação nutricional
complementar é opcional para os alimentos em geral, sendo obrigatório
o cumprimento deste regulamento quando for utilizada. Todo alimento
que apresente alegação de propriedade nutricional deve também conter a
informação nutricional obrigatória (BRASIL, 2012).
Embora seja permitido, tanto no Brasil como nos demais países
do Mercosul, não são adotados oficialmente outros modelos de
informação nutricional para complementar o modelo recomendado pelo
Codex Alimentarius.
Na União Europeia, por exemplo, a regulamentação (EU) no
1169/2011 dispõe que a informação nutricional apresentada por meio de
tabela nutricional pode ser complementada por outros formatos e/ou
apresentados por meio de gráficos ou símbolos, como o traffic light
37
system. Apresenta a justificativa de que a complementação da
informação nutricional deve ser utilizada para facilitar a compreensão
do consumidor (EUFIC, 2015).
O modelo complementar de informação nutricional (FOP –
front of package labelling), denominada traffic light system, ou
semáforo nutricional, foi criado no Reino Unido, em 2004, pela Food Standards Agency (FSA) e vem sendo testado em diferentes países
europeus, como França, Bélgica, Espanha e em outros continentes,
incluindo o Brasil. O traffic light system, proposto pela FSA, baseia-se
nas cores do semáforo, analisando separadamente, o teor de açúcares,
gorduras totais, gorduras saturadas, e sal correspondentes a 100 gramas
ou 100 mililitros de cada produto (Quadro 2) (UK, 2007; EUFIC, 2015).
QUADRO 2 – Critérios do traffic light system por 100 gramas ou 100
mililitros de produto.
Nutriente Cor vermelha
(alto teor)
Cor amarela
(médio teor)
Cor verde
(baixo teor)
Açúcares Acima de 15g Entre 5-15g 5g ou menos
Gorduras totais Acima de 20g Entre 3-20g Abaixo de 3g
Gorduras
saturadas
Acima de 5g Entre 1,5-5g Abaixo de 1,5g
Sal Acima de 1,5g Entre 0,3-1,5g Abaixo de 0,3g
Fonte: UK, 2007.
Dessa forma, a coloração vermelha indica que o nutriente está
presente em quantidade excessiva, a coloração amarela indica média
quantidade e a verde pouca quantidade de determinado nutriente. Essas
cores podem estar associadas às palavras alto, médio e baixo. Os limites
cor amarela/vermelha (média/alta) são baseadas em pareceres existente
do COMA (Committee on the Medical Aspects of Food Policy) e do
SACN (Scientific Advisory Committee on Nutrition), ambos do Reino
Unido, para gordura, gordura saturada, açúcares e sal, utilizando 25%
dos níveis de ingestão recomendada por 100g e 30% (40% para o sal)
por porção (UK, 2007). O objetivo do traffic light é tentar orientar o
consumidor a escolher mais alimentos que contenham coloração verde e
menos àqueles que contenham alertas com a cor vermelha.
Além disso, em 2010, o FSA, juntamente com a indústria
alimentícia e organizações de defesa do consumidor do Reino Unido,
38
propuseram o GDA labelling system, que associa o semáforo nutricional
à quantidade de calorias e nutrientes por porção e ao percentual de valor
diário de referência (GDA - Guideline Daily Amounts), com base na
recomendação diária de 2000 Kcal, 90g de açúcar, 65g de gorduras, 20g
de gordura saturada e 2000mg de sódio (EUFIC, 2011). A Figura 2
apresenta o modelo do traffic light system e do GDA labelling system.
FIGURA 2 – Modelo do Traffic Light System e GDA labelling system.
Traffic Light System
GDA labelling system
Fonte: UK, 2007.
Segundo estudo realizado por Bonsmann et al. (2010) em 28
países europeus, o GDA labelling já estava presente em cerca de 25%
dos rótulos de alimentos industrializados comercializados na Europa, no
ano de 2009. No Reino Unido, pesquisa realizada por Hassan, Shiu e
Michaelidou (2010) mostrou que a presença de informação nutricional
no formato de GDA labelling teve impacto direto na escolha alimentar
dos adultos participantes do estudo.
Além do traffic light, em muitos países europeus, como Reino
Unido, Holanda, Austria, finlândia, Grécia e Suécia, têm-se
desenvolvido e utilizados símbolos de saúde como modelo
complementar de informação nutricional, onde os alimentos
industrializados podem receber o símbolo ou selo nos rótulos se
cumprirem determinados critérios nutricionais pré-determinados,
indicando aspectos saudáveis do alimento (BONSMANN; WILLS,
2010).
Conforme Hodgkins et al. (2011), a utilização de símbolos de
saúde e ícones que representam escolha alimentar saudável tem sido
defendida por serem de simples leitura e, por isso, mais adequados
quando é necessário tomar uma decisão rápida sobre um produto, a
exemplo do momento da compra.
39
Como exemplo, há o símbolo Green Keyhole, utilizado na
Suécia, Noruega e Dinamarca, símbolo em forma de fechadura para
alimentos ricos em fibras e/ou baixo em gorduras e sódio. Na Suécia,
cerca de 2500 alimentos industrializados receberam este selo, na
Noruega, 500 a 600 alimentos e na Dinamarca, cerca de 500 produtos
traziam o selo em seus rótulos (SWEDISH NATIONAL..., 2015)
(Figura 3).
Uma série de símbolos em formato de coração está atualmente
em uso em muitos países europeus, como Reino Unido e Finlândia, para
identificar os produtos industrializados que promovam a saúde
coronariana (FELDMAN; HARTWELL; BRUSCA, 2013). Para
exemplificar, no Reino Unido, alimentos considerados saudáveis, dentre
eles, alimentos com baixo teor de sódio e gordura, podem receber o selo
do coração (Figura 3) (EUFIC, 2015).
FIGURA 3 – Modelo dos símbolos Green Keyhole e British Heart
Foundation logo.
Green Keyhole (Suécia, Noruega, Dinamarca)
British Heart Foundation logo
(Reino Unido)
Fonte: Swedish National Food Administration, 2015; British Heart
Foundation 2016.
A utilização de diferentes modelos de informação nutricional,
nos rótulos de alimentos embalados, pode incentivar os fabricantes a
reformular seus produtos e desenvolver novos produtos com uma
composição mais saudável. Entretanto, isto é um benefício potencial,
pois se discute que os símbolos de informação nutricional podem
apresentar um foco seletivo. Ou seja, muitas vezes esses símbolos
destacam aspectos considerados importantes pela indústria de alimentos,
como a redução de calorias, mas ignoram a presença de aspectos
potencialmente prejudiciais à saúde como, por exemplo, o conteúdo de
açúcar ou de sal (NESTLE; LUDWIG, 2010).
Assim, os fabricantes de alimentos podem reformular seus
produtos para torná-los, aparentemente, mais saudáveis e receberem o
40
símbolo ou apresentarem uma informação nutricional mais positiva, por
exemplo, ao manipularem os ingredientes utilizados, como a
substituição de gordura por açúcar ou amido. Essa manipulação pode
não levar à melhoria na qualidade nutricional, mas pode fazer com que o
consumidor prefira esse alimento, por ter a falsa impressão de que seja
mais saudável.
Nesse sentido, a disponibilização desses diferentes modelos de
informação pode confundir e dificultar a compreensão dos
consumidores, por, usualmente, estarem presentes de forma isolada na
parte frontal do rótulo, estando longe da lista de ingredientes, que se
apresenta no verso do rótulo e que poderia auxiliar o consumidor a
diminuir as dúvidas quanto à composição do alimento.
2.2.2 Compreensão e utilização da informação nutricional pelos
consumidores
A informação nutricional nos rótulos de alimentos é uma
importante ferramenta para o fornecimento de informações aos
consumidores sobre aspectos nutricionais, como o valor energético e os
conteúdos de gordura, proteína e carboidratos (WILLS et al, 2009;
VISSCHERS; SIEGRIST, 2009). Por exemplo, em estudo realizado no
Canadá, a informação nutricional nos rótulos de alimentos foi a forma
mais utilizada de informação para melhorar o conhecimento nutricional,
no ano de 2008 (GOODMAN et al, 2011).
Porém, para a informação nutricional ser um instrumento de
promoção de escolhas alimentares saudáveis, é preciso que ela forneça
informações precisas, padronizadas e compreensíveis sobre o conteúdo
dos alimentos (WHO, 2004b).
Além disso, é preciso que as pessoas utilizem a informação
disponibilizada. Os consumidores devem primeiro ler a informação e
depois compreendê-la para, então, se tiverem interesse, poder utilizá-la,
a fim de fazer escolhas alimentares baseadas nas informações
nutricionais fornecidas (ARSENAULT, 2010).
Estudos realizados no Brasil, Espanha, EUA, Itália, Índia e
Turquia abordaram a utilização e compreensão das informações
nutricionais de alimentos embalados pelos consumidores e constataram
41
que a maioria consultava os rótulos, mas poucos declararam que
compreendiam totalmente a informação disponibilizada1. Na China, Liu,
Hoefkens e Verbeke (2015) relataram que 70% dos consumidores
participantes do estudo raramente utilizavam as informações
nutricionais presentes em alimentos embalados, por não terem
familiaridade com as informações disponibilizadas e termos utilizados.
Gracia et al,. (2007), Annunziara e Vecchio (2012), bem como
Ducrot et al. (2016) investigaram os determinantes do uso das
informações nutricionais pelos consumidores, sugerindo que os
consumidores conseguem compreender apenas alguns dos termos
apresentados.
Segundo Annunziata e Vecchio (2012), a utilização dos
elementos da informação nutricional depende de quão importante os
consumidores considerem tal informação. Além disso, o uso pode variar
bastante, dependendo de fatores demográficos, motivação, habilidade
pessoal e comportamento de compra dos consumidores.
Conforme Drichoutis et al. (2008), Souza et al. (2011) e Chen et
al. (2015), mulheres, consumidores com maior escolaridade e melhor
condição socioeconômica tendem a se preocupar mais com a qualidade
nutricional da alimentação, estando mais propensos a utilizar
informações nutricionais de alimentos embalados.
Pesquisas realizadas na União Europeia, Índia, Espanha e Brasil
indicaram que os consumidores que realizam frequentemente a leitura
da informação nutricional nos rótulos de alimentos são, na sua maioria,
compostos por mulheres adultas, pessoas casadas, com maior nível
educacional e socioeconômico (MONTEIRO et al., 2005; MANNELL
et al., 2006; FIEP; IBOPE, 2010; SINGLA, 2010; PRIETO-CASTILLO;
ROYO-BORDONADA; MOYA-GEROMINI, 2015).
Da mesma forma, pessoas com maior preocupação com a saúde
e que seguem dieta para controle de peso, bem como os consumidores
com maior conhecimento em nutrição, também tendem a utilizar mais as
informações nutricionais durante a compra, na escolha por produtos
saudáveis (VYTH et al., 2010; CARRILLO; VARELA, FISZMAN,
1 BLITSTEIN; EVANS; 2006; FERREIRA; LANFER-MARQUEZ, 2007;
KAPOOR, 2009; FIEP; IBOPE, 2010; ANNUNZIATA; VECCHIO, 2012;
BESLER; BUYUKTUNCER; UYAR, 20012; PRIETO-CASTILLO; ROYO-BORDONADA; MOYA-GEROMINI, 2015.
42
2012; WALTERS; LONG, 2012; LIU; HOEFKENS; VERBEKE,
2015).
Revisões de literatura apontaram que os consumidores estão
familiarizados com os termos energia/calorias, gordura, sal e açúcar na
informação nutricional presente nos rótulos (COWBURN; STOCKLEY,
2005; GRUNERT; WILLS, 2007). Grunert e Wills (2007) também
apontaram que os termos de maior interesse para os consumidores eram
calorias e/ou gorduras, seguido pelos termos sal e açúcar. Porém, o
estudo de Besler, Buyuktuncer e Uyar (2012) verificou que os
consumidores não conseguiam compreender as relações entre calorias e
energia, sódio e sal, bem como entre açúcar e carboidratos.
Campos, Doxey e Hammond (2011), ao realizarem revisão
sistemática sobre o tema, destacaram que muitos estudos apontavam que
os consumidores tinham dificuldade em compreender informações
quantitativas, especialmente o percentual de valores diários de
referência e o tamanho das porções, principalmente para grupos
específicos como diabéticos, pacientes com doença renal crônica, idosos
e adolescentes. Da mesma forma, Gregori et al. (2014) em estudo
realizado com consumidores europeus, bem como Vermula et al. (2014)
na Índia, revelaram que, em geral, os consumidores apresentavam
dificuldade em compreender alguns termos numéricos e técnicos.
Segundo Gregori et al. (2014), a dificuldade de compreensão referia-se,
especialmente, ao significado do tamanho das porções e sua relação com
energia e calorias.
O formato utilizado para apresentar a informação nutricional
também pode influenciar a sua eficácia (VERBEKE; WARD, 2006;
VOLKOVA; NI MHURCHU, 2015). Em estudo conduzido pela Food
Standards Agency, no Reino Unido, os consumidores preferiam
informações rápidas e fáceis de ler, como as palavras ou símbolos
apresentados na frente do rótulo (FOP), para que não haja a necessidade
de ter que buscar informação mais detalhada atrás dos rótulos dos
alimentos (IPSOS MORI, 2010).
Assim, a informação nutricional pode criar confusão se não for
apresentada em um formato que os consumidores facilmente
compreendam (HAWKES, 2004). Além disso, os consumidores podem
não compreender as informações nutricionais detalhadas na tabela
presente nos rótulos (JONES; RICHARDSON, 2007; FEUNEKES et
al., 2008; VERMULA et al., 2014).
Demais pesquisas também revelaram que os consumidores
compreendem melhor formatos de informação nutricional mais simples,
como símbolos, por demandarem menos tempo de leitura e avaliação do
43
produto2. Porém, esses estudos testaram os símbolos separadamente e
não combinados com a informação nutricional numérica.
Na Grécia, foram testados três modelos de informação
nutricional, o modelo numérico de informação para alimentos
embalados da União Europeia3 e dos EUA
4, bem como o modelo de
semáforo traffic light system (gorduras totais e saturadas, açúcar e sal).
Os autores encontraram que, em geral, os consumidores preferiam o
modelo de traffic light system, por considerarem um modelo mais
simples e de melhor compreensão (DRICHOUTIS; LAZARIDIS;
NAYGA JR, 2009).
Além disso, estudo realizado na Alemanha indicou que o traffic
light system era o modelo preferido pelos consumidores entrevistados.
Também relatou que a disponibilização de informação nutricional na
forma de símbolos auxiliou os consumidores a identificarem os
alimentos mais saudáveis (BORGMEIER; WESTENHOEFER, 2009).
Em revisão sistemática, Hersey et al (2013) identificaram 38
estudos com consumidores sobre diferentes formatos de informação
nutricional. Esses estudos apontavam que os consumidores poderiam,
mais facilmente, interpretar e selecionar produtos saudáveis a partir de
informações nutricionais de nutrientes, que incorporassem texto e
símbolo para indicar os níveis, em vez de informações sobre nutrientes
que apenas enfatizavam a informação numérica, como a tabela
nutricional.
Estudo realizado com estudantes holandeses e turcos verificou
que, embora os consumidores avaliassem a tabela nutricional de forma
positiva, ela chamava pouca atenção e não estimulava escolhas
saudáveis. O traffic light system e, especialmente, os símbolos,
aumentaram a escolha por produtos saudáveis (VAN HERPEN; TRIJP,
2011).
2 GRUNERT; WILLS, 2007; FEUNEKES et al., 2008; BORGMEIER;
WESTENHOEFER, 2009; GRUNERT et al., 2010, DRAPER et al., 2011;
VERMULA et al., 2014; DUCROT et al., 2016; VAN DER MERWE et al., 2015. 3Informações por 100g de calorias, gorduras totais e saturadas, carboidratos,
açúcar, proteína, fibras e sal. 4Informações por porção e valor diário de referência de calorias, gorduras totais,
saturadas e trans, colesterol, carboidratos, açúcar, proteína, fibras, sal, ferro,
cálcio, vitamina A, vitamina C e vitamina D.
44
Assim, percebe-se que a compreensão da informação
nutricional em alimentos embalados está relacionada ao tipo de
informação fornecida aos consumidores. Conforme os estudos
apresentados, os consumidores tendem a ter dificuldade em
compreender informações numéricas, talvez por terem que fazer
associações, por exemplo, para saberem se o alimento é saudável ou não
pelo valor energético ou quantidade de sódio e demandar mais tempo
para realizar a leitura do rótulo. Por esse motivo, as informações em
formatos mais simples, como símbolos e traffic light system, além de
chamarem mais a atenção, poderiam ser opções de leitura mais rápida e
mais efetivas no momento de realizar escolhas alimentares nos locais de
venda de alimentos.
2.3 INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS EM RESTAURANTES
O termo informação nutricional em restaurantes é o equivalente
ao termo em inglês menu labelling. Menu labelling tem sido utilizado
com diferentes significados. Autores o utilizam como sinônimo de:
informação somente de calorias5; informações nutricionais de calorias e
nutrientes6; sistema de semáforo nutricional ou traffic light system
7;
informações contextuais, como recomendação calórica diária8; e outras
informações alimentares e nutricionais qualitativas, como lista de
ingredientes, símbolos ou frases para designar preparações saudáveis,
bem como símbolos de alerta sobre a presença de algum nutriente ou
componente9.
No contexto desta tese, definiu-se informação nutricional em
restaurantes como sendo as informações alimentares e nutricionais
disponibilizadas em locais visíveis e acessíveis no momento da escolha
em restaurantes e, adicionalmente, em meios eletrônicos. Foram
consideradas informações alimentares e nutricionais: calorias,
nutrientes, ingredientes, e/ou demais componentes das preparações
5 FINKELSTEIN et al., 2011; KRIEGER et al., 2013.
6 YOON, GEORGE, 2012; AUCHINCLOSS et al., 2013.
7 THORNDIKE et al., 2012; ELLISON; LUSK; DAVIES, 2014.
8 WISDOM et al., 2010; DOWNS et al., 2013.
9 STUBENITSKY et al., 2000; THUNSTROM; NORDSTROM, 2011;
LASSEN et al., 2014; FELDMAN, et al., 2015.
45
oferecidas (como glúten e lactose), bem como modo de preparo e
características das preparações (como vegetariano e alimento local). As
informações podem ser quantitativas (como quantidade de calorias,
nutrientes, equivalentes calóricos em tempo de atividade física,
porcentagem do valor diário recomendado e/ou porcentagem de energia
proveniente de gorduras); ou qualitativas (como lista de ingredientes,
símbolos, cores ou frases para designar preparações saudáveis, e/ou
alertas sobre a presença de algum nutriente ou componente, a exemplo
de “contém glúten”).
2.3.1 Legislação sobre informação nutricional em restaurantes
A disponibilização de informação nutricional em restaurantes
vem sendo discutida no mundo, incluindo países como Brasil, EUA,
Canadá, Reino Unido, Irlanda, Austrália e alguns países da Ásia, como
Coreia do Sul (EUFIC, 2015).
No Reino Unido, em setembro de 2011, o Departamento
Nacional de Saúde iniciou o Public Health Responsability Deal (Acordo
de Responsabilidade em Saúde Pública), que entre outros temas, incluiu
a discussão sobre a disponibilização de calorias em restaurantes e
estabelecimentos afins (UK, 2011). A partir desse acordo, os
estabelecimentos foram convidados a fornecer informação de calorias
por porção, item ou refeição dos itens padrões do cardápio, além de
informação de referência sobre necessidade calórica diária, ambas de
forma visível (UK, 2011b). Além disso, a partir de dezembro de 2014,
os restaurantes e estabelecimentos similares tiveram que disponibilizar
informação de substâncias alergênicas ou que causam intolerância, a
partir de uma lista pré-definida de 14 alimentos, de forma facilmente
acessível ao consumidor (UK, 2015).
A disponibilização de informações nutricionais em restaurantes
também faz parte de ações em políticas públicas envolvendo o setor de
alimentação fora de casa na Bélgica, Finlândia. França, Hungria,
Eslovênia, Espanha e Suécia, mas sem especificações sobre em quais
formatos e quais informações devem ser disponibilizadas (MCGUFFIN
et al., 2013).
Porém, até o momento, apenas nos EUA há legislação que torna
a informação nutricional em restaurantes obrigatória em certas
condições. Desde março de 2010, a partir da lei de reforma da Saúde nos
EUA (Health Care Reform Act), é obrigatória a inclusão da informação
nutricional de calorias nos cardápios das cadeias de restaurantes
estadunidenses com mais de 20 estabelecimentos. Segundo essa mesma
46
lei, a informação de outros nutrientes, como sódio, gordura, açúcar,
fibras deve ser disponibilizada caso seja requerida pelo consumidor,
embora não precise estar visível no cardápio (USA, 2010).
Essa lei estadunidense foi rediscutida e complementada em
2014, passando os restaurantes a fornecerem também uma declaração de
valor de referência de ingestão calórica diária, que se destina a
contextualizar a informação aos consumidores em relação à ingestão
calórica diária recomendada. Além disso, a informação adicional
tornou-se mais completa, devendo incluir calorias totais, calorias
provenientes de gordura, gordura total, gordura saturada, colesterol,
gordura trans, sódio, carboidratos totais, açúcares, fibras e proteínas
(USA, 2014).
Anteriormente à lei de reforma da Saúde, cerca de 20 cidades
estadunidenses, de maneira isolada, haviam elaborado leis sobre a
disponibilização de informações nutricionais em restaurantes, no
entanto, segundo essa referência do ano de 2012, essas leis estavam em
fase de avaliação ou nem haviam sido implementadas (SAELENS et al.,
2012).
No Brasil, a informação nutricional somente é obrigatória para
alimentos embalados, conforme a Resolução RDC no 360/2003 da
ANVISA, não se aplicando aos alimentos preparados e comercializados
em restaurantes (BRASIL, 2003).
Apesar de não haver uma legislação nacional, a ANVISA vem
discutindo a temática e, em alguns locais do Brasil, há legislações
estaduais e municipais que tornam obrigatórias a disponibilização de
informação nutricional em restaurantes. No Distrito Federal, há uma lei,
do ano de 2001, que obriga os restaurantes self-service (autosserviço) e
estabelecimentos similares a fixarem a quantidade média de calorias das
porções dos alimentos (DISTRITO FEDERAL, 2009).
Já no estado de Santa Catarina, uma lei do ano de 2003 obriga
as redes de refeições rápidas de opções restritas a informarem a seus
clientes o valor calórico e informação nutricional contida nas suas
refeições (SANTA CATARINA, 2009). E, mais recentemente, nesse
mesmo estado, uma lei do ano de 2011 obriga a informar os ingredientes
utilizados no preparo dos alimentos fornecidos por restaurantes, bares,
lanchonetes e congêneres que comercializam e entregam em domicílio
alimentos para pronto consumo (SANTA CATARINA, 2011).
Há uma lei estadual no Paraná, do ano de 2013, que dispõe
sobre a obrigatoriedade da especificação e divulgação da quantidade de
calorias, presença de glúten e lactose nos cardápios de bares,
restaurantes, hotéis, fast foods e similares (PARANÁ, 2013).
47
No município do Rio de Janeiro/RJ, uma lei do ano de 2004
dispõe sobre a obrigatoriedade da divulgação da quantidade de calorias
nos cardápios de bares, hotéis, restaurantes, fast foods (alimentação
rápida) e similares (RIO DE JANEIRO, 2009). E, no município de
Sorocaba/SP, desde 2005, está em vigor uma lei sobre a obrigatoriedade
de restaurantes fast foods, bares, lanchonetes, traillers e
estabelecimentos similares divulgarem informações e tabelas
nutricionais sobre os alimentos que comercializam (SOROCABA,
2009).
Por fim, há um projeto de lei do Senado brasileiro tramitando
desde o ano de 2011, que dispõe sobre a obrigatoriedade de
disponibilizar ao consumidor informações nutricionais de alimentos
preparados (BRASIL, 2011).
Essas leis, em sua maioria, destacam a disponibilização de
calorias dos alimentos preparados em restaurantes e estabelecimentos
afins. Além disso, não se tem notificação de implantação e nem da
efetividade de aplicação junto aos consumidores. Porém, mesmo com
esses questionamentos, essas leis parecem refletir a crescente discussão
sobre o tema no país, a preocupação da população em relação à sua
saúde e o direito de informação sobre os alimentos consumidos fora de
casa, para que as pessoas possam, se assim desejarem, fazer escolhas
alimentares mais saudáveis.
Nesse sentido, para também garantir o direito dos consumidores
de receber informação sobre a composição dos alimentos e para orientar
escolhas mais adequadas, foi firmado, em novembro de 2010, o Termo
de Ajustamento de Conduta (TAC), entre o Ministério Público Federal
de Minas Gerais (MPF/MG), a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) e redes de lanchonetes e restaurantes associadas da
Associação Nacional de Restaurantes (ANR) e da Associação Brasileira
de Franchising (ABF).
O TAC tem como objetivo a veiculação da informação
nutricional nos produtos alimentícios comercializados por essas redes.
Cerca de 60 empresas assinaram o TAC e tiveram o prazo de 180 dias a
partir de sua assinatura para cumprirem o acordo, porém, não se tem
notificação da efetividade dessa ação. Os critérios para declaração da
tabela de informação nutricional são os mesmos dispostos na Resolução
RDC no 360/2003 (BRASIL, 2010).
Nesse contexto, dois estudos realizados em cidades do estado de
São Paulo foram os únicos encontrados até o momento que revelaram o
percentual de disponibilização de informação nutricional em
48
restaurantes e quais informações eram fornecidas aos consumidores no
Brasil (MAESTRO; SALAY, 2008; SANCHES et al., 2013).
No estudo de Maestro e Salay (2008), dos 107 restaurantes fast
food e 507 restaurantes full service pesquisados na cidade de
Campinas/SP, apenas cerca 25% deles disponibilizavam informações
nutricionais e/ou de saúde, com maior frequência nas redes de fast food. A pesquisa constatou ainda, que as informações mais frequentes eram
sobre o valor energético e os macronutrientes de alguns pratos, sendo o
cardápio o local preferido para dispor tais informações.
A pesquisa de Sanches et al. (2013), realizada em 472
estabelecimentos que comercializavam alimentos (padarias, bares,
lanchonetes e restaurantes) na cidade de São Paulo, constatou que em
apenas cinco estabelecimentos (cerca de 1%) foram encontradas
informações nutricionais e desses, todos pertenciam a grandes redes de
fast food (SANCHES et al., 2013).
Ressalta-se, contudo, que no Brasil, essas parecem ser
iniciativas individuais dos proprietários de restaurantes e que, não
necessariamente, contratam serviços técnicos para auxiliá-los na
elaboração das informações nutricionais, o que poderia aumentar a
possibilidade da correta disponibilização de informações nutricionais em
restaurantes.
2.3.2 Modelos de informações nutricionais em restaurantes
Diferentes modelos de informação nutricional vem sendo
utilizados em restaurantes. Não há a determinação de quais
caracterísiticas devam ter os modelos de informações nutricionais em
restaurantes, variando substancialmente a forma como os restaurantes a
disponibilizam. Segundo pesquisa realizada pelo Food Standards Agency do Reino Unido, os consumidores consideravam a determinação
de caracterísitcas gerais do modelo de disponibilização de informações
nutricionais em restaurantes como um aspecto importante para que se
pudessem fazer escolhas entre diferentes opções de restaurantes, bem
como para facilitar a compreensão e o uso dessas informações (UK,
2009).
Diferentes modelos de informações nutricionais em restaurantes
vem sendo testados em vários países, principalmente modelos adaptados
dos utilizados em rótulos de alimentos embalados.
Os EUA foi o país pioneiro nos estudos de informação
nutricional em restaurantes, apresentando pesquisas nas décadas de
49
1970, 1980 e 1990, em sua maioria, estudos de intervenção para testar
diferentes formatos de informação em restaurantes (MILICH;
ANDERSON; MILLS, 1976; CINCIRIPINI, 1984; DUBBERT et al.,
1984; DAVIS-CHERVIN et al., 1985; COLBY et al., 1987;
ALBRIGHT; FLORA; FORTMANN, 1990; ALMANZA et al., 1993;
ALMANZA; HSIEH, 1995). Para exemplificar, nos estudos de Almanza
et al. (1993) e Almanza e Hsieh (1995), foram testados informação de
calorias, nutrientes e formato simplificado de símbolo de calorias e de
alimentação saudável. Dentre os resultados encontrados, percebeu-se
que a simplicidade do formato apresentado, bem como a clareza nas
informações, eram os principais atributos para a utilização da
informação nutricional em restaurantes e influenciar nas escolhas
alimentares.
Segundo Mills e Thomas (2008), existe a possibilidade dos
consumidores se confundirem se as informações nutricionais não forem
apresentadas em um formato simples e de fácil entendimento.
Corroborando, alguns estudos foram constatando que os consumidores
preferem modelos com informações simplificadas, por exemplo,
informação numérica apenas com o valor calórico (CHU et al., 2009),
informação numérica de calorias, gorduras e sódio10
ou informação
qualitativa por meio de símbolos ou ícones11
.
Bleich e Pollack (2010), nos EUA, relataram que os
participantes escolhiam alimentos menos calóricos quando a informação
nutricional estava disponibilizada, porém apenas a informação de
calorias, conforme sugere a legislação dos EUA, não era o melhor
modelo. A maioria dos entrevistados relatou querer informações
adicionais, como o equivalente de atividade física (26%) e o percentual
de valor diário de referência (39%).
Ainda nos EUA, diferentes pesquisas vem estudando a
informação de calorias nos restaurantes. Ellison, Lusk e Davis (2013)
acharam que a disponibilização de informações nutricionais em
restaurantes no formato de símbolos de calorias foi efetivo na
diminuição do consumo de calorias de consumidores estadunidenses.
Robert e Atkins (2009), ao testarem modelos de informações de calorias
10 MACKISON; WRIEDEN; ANDERSON, 2009; UK, 2009; KWANG et al.,
2010. 11
LANDO; LABINER-WOLFE, 2007; SVDERBERG et al., 2008; BURTON; HOWLETT; TANGARI, 2009; ELBEL et al., 2009; ELLISON; LUSK;
DAVIS, 2013.
50
em cafeterias, perceberam que um terço dos participantes que notaram a
presença de calorias mudou sua escolha alimentar, posto que a análise
de vendas mostrou um aumento significativo nas vendas de preparações
menos calóricas. No estudo de Wie e Giebler (2014), 54% dos
participantes relataram acreditar que a informação de caloria pode
ajudar na manutenção de peso e 41% gostariam de ver essa informação
no cardápio, mas apenas 1/10 dos paticipantes relatou que modificaria
sua escolha em função dessa informação.
Entretanto, no estudo dos pesquisadores da Coreia do Sul, Yang
e Heo (2013), com universitários, embora os participantes tenham
relatado acreditar que a informação de calorias influencie as escolhas
alimentares em restaurantes, eles também relataram a necessidade de
saber os ingredientes de preparações culinárias.
Assim, embora estudos venham mostrando que a informação
apenas de calorias é um formato simples que pode influenciar as
escolhas alimentares, outros estudos destacam o contrário, mostrando
que os consumidores podem ter dificuldade em compreender esta
informação, podendo não saber o que são calorias ou não estarem
familiarizados com a quantidade de calorias que deveriam consumir
diariamente (BURTON et al., 2006; KRUKOWSKI et al., 2006;
ROTHMAN et al., 2006; BLUMENTHAL; VOLPP, 2010; TANGARI
et al., 2010; GORDON; HAYES, 2012; BRISSETTE et al., 2013)
Burton e Kees (2012), nos EUA, encontraram que apenas uma
parte dos consumidores percebiam e utilizavam a informação de calorias
em restaurantes e, desses, apenas uma parte tinha conhecimento
suficiente para utilizar tal informação.
Além disso, segundo Lee, Shimizu e Wansink (2013), a
disponibilização de informação apenas de calorias pode levar o
consumidor a acreditar que uma preparação, por ser pouco calórica, seja
mais saudável, quando de fato pode conter, por exemplo, grande
quantidade de sódio ou edulcorantes artificiais. Repete-se, assim, a
situação já discutida no item 2.2 sobre informação nutricional
complementar em alimentos embalados.
Nos EUA, Harnack et al. (2008), Dumanovsky et al. (2010) e
Hoefkens et al. (2011), ao estudarem a disponibilização de informação
apenas de calorias em restaurante fast food, concluíram que a presença
da informação de calorias pouco influenciava a escolha alimentar dos
entrevistados. Higgins (2012) também constatou que a disponibilização
de informação apenas de calorias não influenciou o comportamento de
compra dos consumidores estadunidenses estudados. Nesse mesmo país,
Schindler et al. (2013), ao realizarem grupos focais com consumidores
51
de baixa renda, perceberam que os participantes relataram apresentar
dificuldade em saber o significado do valor calórico e/ou as
recomendações diárias de calorias.
No Brasil, Fernandes et al. (2015), ao conduzir grupos focais
para estudar a percepção de estudantes universitários quanto à
informação de calorias em restaurantes, percebeu que os estudantes
participantes preferiam outras informações em substituição ou em
complemento às calorias para serem disponibilizadas em restaurantes.
Também consideraram que apenas a informação de calorias não era
suficiente para influenciar escolhas alimentares.
Mills e Thomas (2008) constataram que os consumidores
estadunidenses estudados gostariam de ter a informação de calorias
associada à informação de gorduras. Liu et al. (2012), também nesse
país, ao testarem diferentes formatos de informações de calorias,
constataram que o formato dos valores calóricos (ordenados no cardápio
do menor para o maior) e o formato que incluía as cores do semáforo
(verde, amarelo e vermelho), para indicar alimentos com maior ou
menor valor calórico, foram mais efetivos para guiar as escolhas dos
consumidores para alimentos menos calóricos.
Ainda considerando a abrangência da informação fornecida,
Hwang e Lorenzen (2008) e Streletskaya et al. (2015), ambos nos EUA,
perceberam que os consumidores apresentaram maior compreensão e
sentiram maior credibilidade e utilidade na provisão de informações
nutricionais que não apresentassem e focassem apenas no valor calórico.
Da mesma forma, estudo realizado por Din, Zahari e Shariff
(2011), na Malásia, revelou que os consumidores preferiam informações
mais completas com, no mínimo, a presença do valor calórico,
quantidade de proteínas, gorduras e fibras. Corroborando, Mayfields
(2011), em pesquisa realizada com estudantes universitários nos EUA,
constatou que a provisão de informações de calorias e nutrientes
influenciou a escolha alimentar e a intenção de compra em restaurante.
Calorias, gorduras totais, saturadas e trans foram os nutrientes citados
como mais importantes a serem disponibilizados no cardápio.
Josiam e Foster (2009) também constataram que as informações
de gorduras, gorduras saturadas e trans eram as informações nutricionais
mais importantes a serem disponibilizadas nos restaurantes
estadunidenses. Outro estudo, realizado por Driskell, Schake e Detter
(2008), com estudantes universitários nos EUA, constatou que os
participantes estavam interessados em informações nutricionais que
continham o tamanho da porção, lista de ingredientes, quantidade de
52
proteínas, carboidratos, sódio, colesterol, vitaminas e minerais, além da
informação de alimentos vegetarianos no cardápio.
Na Austrália, Morley et al. (2013) por meio de estudo em
ambiente hipotético, testaram quatro modelos de informação nutricional
em restaurante fast food: valor calórico; valor calórico com percentual
de ingestão diária; valor calórico com traffic light system; bem como valor calórico com traffic light system acrescido do percentual de
ingestão diária, além de um grupo controle sem informação nutricional.
Constataram que no grupo controle houve a seleção de refeições com
maior quantidade de calorias, enquanto que com a disponibilização de
valor calórico e traffic light houve a seleção de refeições com a menor
média de calorias, cerca de 120 Kcal a menos que o grupo controle. Os
entrevistados relataram utilizar mais o traffic light ao realizar suas
escolhas alimentares.
Heathcote e Baic (2011), no Reino Unido, ao investigarem o
formato traffic light system em restaurantes, verificaram que esse
modelo de disponibilização era popular e efetivo para os consumidores
realizarem escolhas alimentares mais saudáveis.
Roberto e colaboradores (2012), nos EUA, por meio de
pesquisa on-line, testaram quatro modelos de informação nutricional em
restaurantes, além de um grupo controle sem informação nutricional. Os
modelos pesquisados foram: traffic light system, traffic light plus (acrescido do teor proteínas e de fibras); facts up front (quantidade de
calorias, gordura saturada, sódio e açúcar por porção e percentual de
valor diário; facts up front plus (acrescido do teor de dois nutrientes,
como proteínas e vitamina D). Os autores concluíram que o modelo
traffic light plus teve um desempenho melhor que os demais modelos,
no sentido dos consumidores compreenderem e interpretarem melhor as
informações sobre quais alimentos têm maior ou menor quantidade de
nutrientes, auxiliando assim, a realizarem suas escolhas alimentares.
Nesse sentido, nos EUA, Feldman, Hartwell e Brusca (2013), a
partir da condução de grupos focais, verficaram que o modelo traffic light system juntamente com símbolos de nutrientes e/ou ingredientes
benéficos para a saúde (grãos integrais, alimentos veganos, proteínas,
ferro, cálcio e fibra) era o preferido pelos estudantes universitários
participantes do estudo.
Além disso, conforme Wu e Sturm (2013), muitos símbolos
utilizados como escolhas saudáveis em restaurantes não seguem as
recomendações oficiais de valores diários de referência e de alimentação
saudável. Os critérios de classificação são, na maioria das vezes, mais
flexíveis para definirem que certos alimentos são escolhas saudáveis, os
53
quais fogem às recomendações oficiais, principalmente referente ao
sódio. Por exemplo, um alimento com teor de sódio acima do
recomendado, pode ser considerado uma opção saudável pelo
restaurante por ter poucas calorias e gorduras.
Na França, Gomez e Le Minous (2012) testaram dois modelos
de informação nutricional em restaurantes, um contendo informações
sobre calorias e nutrientes (gorduras totais e saturadas, carboidratos,
açúcar, proteína, fibras e sal) e outro com informações alimentares
(amidos, frutas e legumes, carnes, peixes, ovos, lacticínios, gorduras
vegetais e animais). Constataram que ambos os formatos apresentaram
compreensão elevada por parte dos consumidores, porém o tipo de
formato de informação nutricional não influenciou a utilização da
informação, mesmo a informação alimentar tendo chamado mais a
atenção dos participantes.
Conforme Burton, Howlett e Tangari (2009), em pesquisa
realizada em restaurantes com consumidores estadunidenses,
perceberam que, em geral, as pessoas conseguiam reconhecer as
diferenças qualitativas entre diferentes opções de preparações, porém
elas tinham dificuldade em compreender as diferenças quantitativas dos
produtos, como quantidade de calorias, gorduras e sódio, o que poderia
ser negativo para realizar escolhas alimentares saudáveis.
No Reino Unido, Alexander, O’Gorman e Wood (2010) ao
investigar a atitude dos consumidores frente à disponibilização de
informação nutricional em cardápios de restaurantes, perceberam que as
pessoas estudadas preferiam informações nutricionais qualitativas, sem
a presença de números, para evitar confusão no momento de utilizá-las.
No Brasil, Barbieri e colaboradores (2012) testaram um modelo
de informação nutricional baseado na metodologia DIAN-bufê
(Disponibilização de Informações Alimentares e Nutricionais em
restaurantes bufês) de Oliveira (2008) em um restaurante comercial, que
continha o nome da preparação, os principais ingredientes, benefícios e
alertas para a saúde, bem como valor calórico. Cerca de 73% dos
participantes aprovaram o formato, considerando as informações
apresentadas muito boas e 59% dos entrevistados relataram mudar suas
escolhas alimentares, consumindo preparações que apresentavam a
informação qualitativa de benefício para a saúde.
Ainda no Brasil, em revisão sistemática, Fernandes et al. (2016)
concluíram que as informações que tiveram maior influência nas
escolhas alimentares em restaurantes foram as qualitativas, como
símbolos e o traffic light system.
54
Assim, muitos dos estudos supracitados relatam a preferência
dos consumidores por modelos de informação nutricional simplificados,
por exemplo por meio de símbolos ou cores do semáforo. Esses modelos
simplificados, talvez por serem informações de fácil leitura e melhor
compreendidos pelos consumidores, influenciem a escolha alimentar, ao
contrário da informação de calorias. Apesar de resultados contraditórios,
a presença apenas de calorias, em vários estudos citados, não
influenciou a escolha alimentar dos consumidores, talvez porque a
presença de informações númericas, como de calorias e de nutrientes
demandem a realização de cálculos e de conhecimento prévio sobre o
tema.
Outra questão a ser considerada, é a localização e a
apresentação das informações nutricionais em restaurantes aos
consumidores. A forma de apresentação das informações, o modelo de
informação, bem como o local onde são disponibilizadas podem
influenciar a percepção dos indivíduos e como eles notam,
compreendem e utilizam as informações nutricionais (PULOS; LENG,
2010).
Em estudo realizado por Schindler et al. (2013), os participantes
estadunidenses citaram que a forma de apresentação das informações
nutricionais em restaurantes, como tamanho da fonte e local de
disponibilização, muitas vezes não facilitam a utilização das
informações nutricionais.
Conforme Kuo et al. (2009), a informação nutricional precisa
estar disposta em local de fácil visualização, para que os consumidores
realizem facilmente a leitura, o que pode ser dificultado no caso de
informação nutricional disponibilizada apenas em website. Bassett et al.
(2008) encontraram que quando a informação é disponibilizada em
website, pôster ou em paredes distantes ao caixa, apenas 5% dos
consumidores estadunidenses pesquisados perceberam a presença da
informação de calorias.
Da mesma forma, Dumanovsky et al. (2010), nos EUA,
encontraram que quando a informação de calorias é apresentada em
panfletos, forro de bandeja ou na própria embalagem, apenas 25% dos
consumidores estudados notaram a presença da informação.
Nesse contexto, Blumenthal e Volpp (2010) discutem que os
consumidores podem ser facilmente desencorajados a utilizarem e
compararem as informações nutricionais disponibilizadas em panfletos
ou pôster, por não serem facilmente acessíveis no momento da decisão
de compra .
55
Conforme estudo realizado por Martinez et al. (2013), 96% dos
participantes estadunidenses relataram preferir a disponibilização da
informação nutricional nos cardápios de restaurantes ou nos cardápios e
website em vez de apenas em website. Assim, segundo os mesmos
autores, a informação disponível no restaurante pode ter um impacto
maior sobre as escolhas alimentares dos consumidores, do que fornecer
as informações apenas em website, onde as pessoas devem procurá-las e
não tê-las disponível no momento da tomada de decisão.
Além disso, estudos mostram que a disponibilização de
informações nutricionais em cardápios é mais efetiva que em quadros de
cardápios, pois os consumidores tendem a perceber a presença da
informação e a olhar mais os cardápios (MC CALL; LYNN, 2008;
ELBEL et al., 2009; DUMANOVSKY et al., 2010; PULOS; LENG,
2010). Yoon e George (2012), bem como Auchincloss et al. (2013)
relatam que, para além do modelo de informação nutricional
disponibilizada, o leiaute do cardápio também influencia o uso das
informações nutricionais, podendo não encorajar escolhas de itens
saudáveis. Por exemplo, as primeiras, as últimas e as preparações que
aparecem em destaque no cardápio são, normalmente, as mais
escolhidas. Assim, deveria se dar destaque para os itens mais saudáveis
no cardápio, para auxiliar as escolhas alimentares..
2.3.3 Informação nutricional em restaurantes e escolhas alimentares
saudáveis
Estudos demonstraram que os consumidores desejam a
disponibilização de informações nutricionais em restaurantes para
auxiliá-los a realizar escolhas alimentares informadas e mais saudáveis,
principalmente aqueles que possuem restrições alimentares
(KRUKOWSKI et al., 2006; LANDO; LABINER-WOLFE, 2007;
MILLS; THOMAS, 2008; FITCH et al., 2009; KOLODINSKY et al.,
2009; MAH et al.; 2013; MARTINEZ et al., 2013 ; WIE ; GIEBLER,
2014). Pesquisa conduzida pela Food Standards Agency do Reino Unido
constatou que 63% dos respondentes gostariam que fossem oferecidas
informações nutricionais nos alimentos comercializados fora de casa,
por exemplo, em supermercados e restaurantes (UK, 2008). Pesquisa
realizada por Bleich e Pollack (2010) constatou que 50% dos
consumidores estadunidenses preferiam frequentar restaurantes que
disponibilizassem informações nutricionais.
56
Além disso, estudos constataram que os consumidores estão
mais propensos a consumir alimentos saudáveis quando são
disponibilizadas informações nutricionais nos restaurantes12
e
relacionaram a presença de informação nutricional com a redução do
consumo de calorias13
. Consumidores que apresentam hábitos saudáveis
em casa utilizam mais informações nutricionais em restaurantes para
auxiliar escolhas alimentares saudáveis (JOSIAM; FOSTER, 2009).
Entretanto, outros estudos não encontraram diferenças nas
escolhas alimentares em restaurantes na presença de informações
nutricionais14
. Conforme estudos de O’Dougherty et al. (2006) e
Finkelstein et al. (2011), nos EUA, bem como de Alexander, O’Gorman
e Wood (2010), no Reino Unido, a disponibilização de informações
nutricionais não motivou a realização de escolhas alimentares mais
saudáveis. Os principais motivadores relatados foram fome, sabor, preço
e conveniência, não a saúde. Para Mills e Thomas (2008), os
consumidores não estão dispostos a renunciar o sabor pela saúde e a
disponibilização de informações nutricionais em restaurantes não deve
interferir no prazer de realizar a refeição.
O impacto da disponibilização de informação nutricional nas
escolhas alimentares pode ser diferente dependendo de fatores
demográficos, como idade, grau de instrução e sexo. Jovens adultos (18
a 24 anos)15
, pessoas com maior grau de instrução16
e mulheres17
12 EDWARDS; MEISELMAN, 2005; BURTON et al., 2006; STUBENITSKY
et al., 2007; DRISKELL; SCHAKE; DETTER 2008; HWANG; LORENZEN, 2008; MILLS; THOMAS, 2008; CHU et al., 2009; GALLICANO; BLOMME;
RHEEDE, 2012; BRISSETTE et al., 2013 ; LEE-KWAN et al., 2015. 13
BASSETT et al., 2008; ELBEL et al., 2009; KUO et al., 2009; WISDOM;
DOWNS, LOEWENSTEIN, 2010; PULOS; LENG, 2010; ROBERTO et al., 2010; BOLLINGER; LESLIE; SORENSEN, 2011; GIESEN et al., 2011;
YOON; GEORGE, 2012 ; ELLISON ; LUSK; DAVIS, 2013; CHEN et al., 2015 ; HAMMOND et al., 2015. 14
HARNACK et al., 2008; ELBEL et al, 2009; VADIVELOO; DIXON;
ELBEL, 2011; HOEFKENS et al., 2011 ; FELDMAN et al., 2015. 15
DUMANOVSKY et al., 2010; PULOS; LENG, 2010. 16 ROTHMAN et al., 2006 ; BOLLINGER ; LESLIE ; ZANCHETT ; GIOVANONI, 2011. 17 PIRON et al., 2009 ; BLEICH ; POLLACK, 2010; ZANCHETT ;
GIOVANONI, 2011.
57
tendem a ver e a utilizar mais informações nutricionais, em suas
escolhas alimentares.
Todavia, Harnack et al. (2008) acharam que a escolha alimentar
de mulheres e a composição nutricional dos alimentos escolhidos não
foram afetados pela provisão da informação sobre calorias.
Em dois estudos realizados nos EUA, Bates et al. (2009; 2011)
constataram que os consumidores entrevistados, geralmente, precisavam
consultar a informação nutricional para identificar o conteúdo dos itens
do cardápio e reconhecer produtos saudáveis e menos saudáveis, não
havendo diferenças entre os sexos.
Lando e Labiner-Wolfe (2007), Stein et al. (2010) e Ellison,
Lusk e Davis (2013), nos EUA, além de Girz et al. (2012), no Canadá,
para além das questões demográficas, também relataram o fato de que
os consumidores que seguem dietas especiais ou apresentem doenças
relacionadas à alimentação seriam mais conscientes sobre os nutrientes e
utilizariam mais as informações nutricionais em restaurantes. Da mesma
forma, pessoas com maior conhecimento em nutrição e que
compreendem melhor o que são calorias (WEI; MIAO, 2013), bem
como pessoas sem excesso de peso (DOWRAY et al., 2013) tenderiam a
fazer escolhas alimentares mais saudáveis e menos calóricas.
Porém, segundo Ellison, Lusk e Davis (2013), as informações
numéricas de calorias têm maior impacto sobre os consumidores que
estão menos preocupados com a saúde em relação aos que têm maior
conhecimento sobre saúde e nutrição, por esses últimos terem maior
noção de quais alimentos são menos calóricos.
Assim, os estudos que analisam a influência da informação
nutricional em restaurantes nas escolhas alimentares saudáveis são
contraditórios e não se sabe, ao certo, quais fatores influenciam
positivamente estas escolhas. Esses resultados podem ser devido aos
diferentes modelos que vem sendo testados e aos diferentes métodos que
vem sendo empregados no desenvolvimento dos estudos sobre a
temática.
2.3.4 Métodos de avaliação de modelos de informações nutricionais
em restaurantes
Diferentes métodos vêm sendo utilizados para avaliar modelos
de informações nutricionais em restaurantes. Uma revisão de literatura
(HARNACK; FRENCH, 2008) e quatro revisões sistemáticas sobre
modelos de informações nutricionais em restaurantes foram encontradas
58
(SWARTZ; BRAXTON; VIERA, 2011; KISZKO et al., 2014;
SINCLAIR et al., 2014; LONG et al., 2015). Assim, as características
dos cinco estudos citados, bem como seu principais achados estão
descritos no quadro 3.
59
QUADRO 3 – Artigos de revisão de literatura e sistemática, sobre
diferentes modelos de informação nutricional em restaurantes
(continua). Harnack
e French
(2008)
Swartz,
Braxton
e Viera
(2011)
Sinclair,
Cooper e
Mansfield
(2014)
Kiszko
et al. (2014)
Long et al.
(2015)
Nº artigos 6 7 17 31 19
Informação
de
intervenção
Calorias
– 4* Calorias
e nutrientes
– 2*
Calorias
– 5* Preço do
produto; calorias e
preço; calorias
sem preço–
1* Calorias;
calorias e valor diário
de referência
(VDR) –
1*
Calorias –
9* Calorias;
calorias eVDR – 3*
Símbolo de coração
– 1* Calorias;
calorias e traffic light
– 1* Calorias e
nutrientes; traffic light
– 1*
Calorias e nutrientes -
1* Calorias e
equivalente de
atividade física – 1*
Preço do produto;
calorias e preço;
calorias sem preço
– 1*
Calorias 22*
Calorias; calorias e
gorduras; símbolo
saudável; Nutrition
Bargain Price (NBP)
– 1* Calorias;
calorias e nutrientes –
1* Calorias;
calorias e
traffic light – 1 artigo
Calorias; calorias e
nutrientes; símbolo
saudável – 1* Calorias;
calorias e %VD;
calorias e traffic light;
calorias, traffic light
e %VD – 1* Calorias;
calorias e traffic light
– 1*
Calorias –
11* Calorias;
calorias e minutos de
caminhada; calorias e
milhas de caminhada
– 1* Preço do
produto; calorias e
preço; calorias sem
preço– 1*
Calorias; calorias e
traffic light – 1*
Calorias; calorias e
%VD; calorias e
traffic light; calorias,
traffic light e %VD – 1*
Calorias; calorias e
VDR- 3* Calorias;
calorias e traffic light
– 1*
* Número de artigos encontrados na revisão
60
QUADRO 3 – Artigos de revisão de literatura e sistemática, sobre
diferentes modelos de informação nutricional em restaurantes
(continua).
Harnack
e French
(2008)
Swartz,
Braxton e
Viera
(2011)
Sinclair,
Cooper e
Mansfield
(2014)
Kiszko et
al. (2014)
Long et al.
(2015)
Métodos
dos
estudos
Experime
nto (antes e depois)
– 3*
Quase-
experimen
to – 1*
Exploratór
io – 1*
Survey –
1*
Quase-
experimento – 1*
Experimento – 3*
Experimento
controlado randomizado
– 2*
Transversal
– 1*
Quase-
experimento – 7*
Experimento randomizad
o – 8*
Experimento não
randomizado – 2*
Quase-
experimento – 5*
Experimento natural – 4*
Experiment
o – 7*
Experimento
de campo – 1*
Experimento randomizado
– 2*
Experimento
controlado randomizado
– 4*
Coorte
prospectiva – 1*
Transversal – 6*
Longitudinal – 1*
Experimento
natural – 8*
Experimento
controlado randomizdo
– 11*
* Número de artigos encontrados na revisão
61
QUADRO 3 – Artigos de revisão de literatura e sistemática, sobre
diferentes modelos de informação nutricional em restaurantes
(continua).
Harnack
e French
(2008)
Swartz,
Braxton
e Viera
(2011)
Sinclair,
Cooper e
Mansfield
(2014)
Kiszko et al.
(2014)
Long et al.
(2015)
Dado
coletado
Análise
de vendas – 3*
Intenção de
escolha –
2* Survey –
1*
Análise
de vendas – 4*
Survey- 3*
Análise de
vendas/con-sumo/intençã
o de consumo –
17*
Recibo de
venda – 1* Survey – 9*
Peso das preparações
consumidas e
survey- 2* Recibo de
venda e survey – 7*
Análise de venda – 3*
Análise de venda e
survey – 4* Dados
antropométrico e análise de
venda – 1* Análise de
vendas e calorias
ordenadas – 2*
Survey e calorias
ordenadas – 2*
Análise de
vendas/con-sumo/intençã
o de consumo –
13*
Recibo de venda – 6*
Cenário
dos
estudos
analisa-
dos
Ambiente real – 4*
Hipotético
– 2*
Ambiente real – 5*
Hipotético
– 2*
Ambiente real – 8*
Hipotético
– 9*
Ambiente real – 18*
Hipotético –
13*
Ambiente real – 9*
Hipotético
– 10*
* Número de artigos encontrados na revisão
62
QUADRO 3 – Artigos de revisão de literatura e sistemática, sobre
diferentes modelos de informação nutricional em restaurantes
(conclusão).
Harnack
e French
(2008)
Swartz,
Braxton e
Viera
(2011)
Sinclair,
Cooper e
Mansfield
(2014)
Kiszko et
al. (2014)
Long et al.
(2015)
Local
realiza-
ção dos
estudos
analisa-
dos
Cafeteria
– 4* Laboratório
– 1* Via
correio –
1*
Cafeteria –
1* Fast food –
4* Laboratório
– 2*
Cafeteria –
4* Fast food –
6* Laboratório
– 7*
Cafeteria –
6* Fast food –
12* Laboratório –
13*
Cafeteria –
2* Fast food –
7* Laboratório
– 6*
Internet – 4*
Resul-
tados
estudos
analisa-
dos
Encontrou efeito
positivo na escolha –
5* Sem
efeito na escolha –
1*
Encontrou efeito
positivo nas vendas/con-
sumo/inten-ção consumo
– 1* Sem efeito
positivo nas vendas/con-
sumo/inten-ção consumo
– 5* Encontrou
efeito positivo nas
escolhas – 1*
Efeito de interação –
8*
Sem efeito de interação
– 2* Encontrou
efeito positivo nas
vendas/con-sumo/inten-
ção consumo – 1*
Sem efeito positivo nas
vendas/con-sumo/inten-
ção onsumo – 4*
Não
reportado – 2*
Encontrou efeito
positivo nas vendas/con-
nsumo/inten-ção consumo
– 16* Sem efeito
positivo nas vendas/con-
sumo/inten-ção consumo
– 12* Encontrou
efeito positivo nas
escolhas – 2*
Sem efeito nas
escolhas –
1*
Encontrou efeito
positivo nas vendas/con-
sumo/inten-ção consumo
– 5* Sem efeito
nas vendas/con-
sumo/inten-ção consumo
– 12* Encontrou
efeito positivo
nas escolhas –
2*
* Número de artigos encontrados na revisão
63
Diante das informações contidas no quadro acima, observa-se
que das cinco revisões analisadas, quatro são bastante recentes, sendo
publicadas entre os anos de 2011 a 2015, avaliando, portanto artigos até
o ano de 2014.
Em relação ao tipo de informações nutricionais encontradas, do
total de 80 artigos avaliados nas cinco revisões, a maioria dos estudos 51
(63,8%) testaram informações apenas de calorias, seguido pela
informação de calorias e nutrientes testada em sete artigos (8,8%), os
demais modelos testados, combinavam informações de calorias e outros
fatores, como traffic light e/ou valor diário de referência. Apenas no
estudo de Levin (1996), avaliado na revisão de Sinclair, Cooper e
Mansfield (2014), foi testada uma informação que não continha calorias,
sendo uma informação qualitativa contendo apenas o símbolo de
coração.
Quanto aos métodos de estudo empregados, dos 80 estudos
avaliados nas revisões, 55 estudos (68,8%) realizaram algum tipo de
experimento, como experimento natural, randomizado, controlado
randomizado ou de campo. Os estudos experimentais constituem, de
forma geral, a melhor alternativa de método analítico nos meios
científicos, para testar hipóteses que estabelecem relações de causa e
efeito. Em virtude de suas possibilidades de controle, os experimentos
oferecem garantia maior do que qualquer outro delineamento de que a
variável independente causa efeitos na variável dependente (PEREIRA,
2008; GIL, 2010). Chamou a atenção a diferente nomenclatura dada
para o método de um mesmo artigo avaliado. Por exemplo, Long et al.
(2015) classificou o estudo de Downs et al. (2013) como sendo um
experimento natural sem controle, já Kiszko et al. (2014) o classificou
como experimento randomizado. Da mesma forma, o estudo de
Bollinger et al. (2011) foi avaliado como sendo um quase-experimento
por Sinclair, Cooper e Mansfied (2014), bem como por Kiszko et al.
(2014), porém foi classificado como um experimento natural com
controle na revisão de Long et al. (2015).
Ainda em relação aos métodos empregados, destaca-se que
quase todos os experimentos controlados randomizados foram
conduzidos em ambiente hipotético, em laboratório ou pela internet.
Apenas o artigo de Ellison et al. (2013) avaliado por Long et al. (2015) e
Sinclair, Cooper e Mansfield (2014) foi do tipo ensaio controlado
randomizado, conduzido em ambiente real.
Swartz, Braxton e Viera (2011) relataram que os dois estudos
randomizados avaliados por eles, por serem conduzidos em ambiente
hipotético, não conseguiriam ser facilmente replicados em ambiente
64
real, pois os participantes poderiam realizar escolhas alimentares
diferentes quando estivessem sendo monitorados e estivessem em
grupos.
Sinclair, Cooper e Mansfiled (2014) também pontuaram outra
limitação dos estudos randomizados avaliados por eles, a falta de relato
sobre como foi realizada a randomização e a alocação dos participantes
nos grupos intervenção. Os mesmos autores citaram, também, que em
nenhum dos estudos avaliados, foi relatado o cegamento do estudo.
Corroborando, nas cinco revisões, em nenhum dos estudos
randomizados foi feita menção quanto a qualquer tipo de cegamento, ou
seja, tanto os participantes quanto os pesquisadores dos estudos
poderiam saber em qual grupo os indivíduos da pesquisa foram
alocados. Segundo Medronho et al (2009), a justificativa para o
cegamento reside no potencial para viés que ocorre quando os
indivíduos envolvidos na pesquisa sabem qual é a intervenção que está
recebendo. Assim, o não conhecimento dos grupos de intervenção ajuda
a evitar vieses de aferição.
A principal estratégia de coleta de dados utilizada foi a análise
de venda/consumo/intenção de consumo de pratos ou preparações que
apresentavam ou não a informação a ser avaliada, sendo utilizada em 47
(58,8%) dos 80 estudos avaliados nas revisões. Kiszko et al. (2014)
destacaram que nos estudos em ambiente real avaliados, havia a
dificuldade de se avaliar o que realmente era consumido pelos
participantes, sendo, usualmente, utilizados análise ou recibo de vendas.
Dos 80 estudos avaliados nas revisões, 44 (55%) foram
conduzidos em ambiente real. Esperava-se encontrar mais estudos
realizados em ambiente real, pois esse tipo de pesquisa permite a
experiência direta com a situação em estudo, sendo mais realista e
menos limitada em termos de resultados plausíveis (MARCONI;
LAKATOS, 2009; GIL, 2010). Já nas pesquisas realizadas em ambiente
hipotético, como em laboratório, há maior controle sobre a coleta de
dados pelo pesquisador, bem como a redução das influências exteriores
(MARCONI; LAKATOS, 2009).
Quanto ao local em que foram conduzidos os estudos, 29
estudos (36,3%) foram realizados em restaurantes fast food e 29 estudos
(36,3%) conduzidos em laboratório. Conforme Dumanovsky et al.
(2011), Krieger et al. (2013) e Wei e Miao (2013), o tipo de restaurante
onde é disponibilizada a informação nutricional pode influenciar a
avaliação das informações pelos consumidores. Segundo os mesmos
autores, a disponibilização de informações nutricionais em restaurantes
65
fast food, usualmente, é facilitada por apresentar maior padronização das
preparações oferecidas e quantidade menor de itens no cardápio.
Para Swartz, Braxton e Viera (2011), os estudos experimentais
realizados em laboratório não conseguem simular o comportamento no
mundo real, particularmente, quando a exposição repetida de
informações nutricionais em cardápios pode ser necessária para
influenciar a escolha alimentar dos participantes.
Os estudos também mostraram diferentes resultados. Por
exemplo, dos 80 artigos avaliados nas revisões, em 33 (41,2%) não foi
encontrado efeito das informações nutricionais nas
vendas/consumo/intenção de consumo. Já, em 23 estudos (28,8%) foi
encontrado efeito positivo das informações nutricionais nas
vendas/consumo/intenção de consumo. Esses resultados contraditórios
podem ser consequência dos métodos utilizados, fatores de
confundimento não controlados, modelo de informação nutricional
testado ou ainda as medidas utilizadas para avaliar as informações
(SWARTZ; BRAXTON; VIERA, 2011).
Assim, percebe-se que os estudos não apresentam uniformidade
no método utilizado para avaliar as informações nutricionais em
restaurantes e apresentam, muitas vezes, resultados conflitantes. As
cinco revisões apresentadas são unânimes em afirmar que os estudos
analisados apresentavam limitações ou inconsistências metodológicas,
sendo o aprimoramento metodológico e maior rigor científico dos
estudos, os maiores desafios relacionados aos estudos sobre o tema.
2.4 ESCOLHAS ALIMENTARES DE ESTUDANTES
UNIVERSITÁRIOS
Muitas pesquisas sobre escolhas alimentares em restaurantes
vêm sendo conduzidas com estudantes universitários no ambiente das
universidades (NELSON et al., 2008; YEH et al., 2010; PODDAR et al.,
2012). O campus universitário, por ser o local onde os estudantes
passam boa parte dos seus dias, representa um ambiente importante que
pode influenciar os hábitos alimentares desses estudantes, facilitar e
apoiar um comportamento saudável (HUANG et al., 2003;
SERLACHIUS; HAMER; WARDLE, 2007; LARSON et al., 2009 ;
PODDAR et al., 2012; FELDMAN; HARTWELL; BRUSCA, 2013).
66
Realizar escolhas alimentares saudáveis pode ser um desafio
para muitos estudantes universitários, cujas refeições, anteriormente
eram fornecidas e, muitas vezes, orientadas pelos pais (MARQUIS,
2005; PODDAR et al., 2012). Além disso, esse período é caracterizado
por mudanças em como os estudantes exploram novos ambientes e
adotam novos comportamentos, incluindo hábitos e escolhas alimentares
(PODDAR et al., 2012; BLICHFELDT; GRAM, 2013).
Os jovens adultos, muitas vezes, tendo recentemente deixado a
casa da família, estão começando a se tornar mais independentes quanto
às escolhas sobre o que comer. É nesse período que, usualmente, adotam
comportamentos alimentares pouco saudáveis, com o aumento do
consumo de alimentos ricos em gorduras, de alimentos industrializados
e menor consumo de frutas e legumes (NELSON et al., 2008; YEH et
al., 2010, BURRIEL et al., 2013, FÁBIAN et al., 2013; ZAZPE et al.,
2013; PEREZ et al., 2016).
Nesse sentido, estudo realizado por Papadaki et al. (2007), na
Grécia com 84 estudantes universitários, encontrou que os estudantes
que permaneceram morando com os pais não apresentaram grandes
mudanças em seus hábitos alimentares ao entrarem na universidade.
Porém, àqueles que passaram a morar longe da família apresentavam
mudanças significativas na diminuição do consumo de frutas e legumes
e refeições realizadas em casa, bem como no aumento no consumo de
açúcar, fast food e refeições fora de casa.
Além disso, estudos indicam que os estudantes universitários
tendem a ganhar peso ao ingressar nas universidades, sendo um período,
muitas vezes, caracterizado pela prevalência de sobrepeso e obesidade e
estilos de vida pouco saudáveis associados ao aumento do risco para
doenças crônicas (HUANG et al., 2003; NELSON et al., 2008; GIRZ et
al., 2013; KAPINOS; YAKUSHEVA; EISENBERG, 2014; LYTLE et
al., 2014).
Driskell, Kim e Goebel (2005), bem como Feldman et al.
(2015) citaram alguns fatores que podem colocar os estudantes
universitários em risco nutricional, quais sejam os problemas
financeiros, estresse, omissão de refeições, insatisfação corporal,
realização de dietas extremas, preocupação com o peso, variedade
inadequada de alimentos consumidos e consumo frequente de lanches e
fast food.
Segundo Rose et al. (2010), os estudantes universitários tendem
a consumir mais lanches e fast food devido sua palatabilidade e
conveniência. Para muitos estudantes universitários, as refeições
realizadas nos restaurantes, por exemplo, do tipo cantina ou cafeteria,
67
localizados nos campi universitários são as principais refeições da
alimentação diária (HOEFKENS et al., 2012). Porém, estudos relatam
que os estudantes podem ter dificuldade em encontrar ou entender quais
são os alimentos ou refeições mais saudáveis disponíveis nas cafeterias
ou restaurantes localizados nas universidades (DELINSKY; WILSON,
2008; DRISKELL et al., 2008; GREANEY et al., 2009).
Conforme estudo realizado por Brown, Edwards e Hartwell
(2013) com estudantes em uma universidade no Reino Unido, esses
preferiam alimentos calóricos e com alto teor de gorduras e não se
satisfaziam com refeições com baixo teor de carboidratos. Entretanto, a
qualidade da alimentação consumida era uma questão de preocupação
para os participantes da pesquisa e o acesso a uma refeição saudável foi
visto como importante, haja vista seus benefícios para a saúde física e
emocional.
Assim, para muitos estudantes universitários, as refeições
realizadas nos campi das universidades constituem parte importante de
suas dietas diárias. Porém, realizar refeições nesses estabelecimentos
pode não auxiliar suas escolhas alimentares e, principalmente, não
promover escolhas saudáveis, por exemplo, ao não oferecer informações
sobre os alimentos e/ou preparações disponibilizadas.
Logo, o ambiente do campus universitário oferece uma
oportunidade significativa para a promoção de saúde e o
empoderamento dos estudantes universitários, por exemplo, ao
disponibilizar informações nutricionais nos restaurantes localizados nas
universidades.
Além disso, é importante promover escolhas alimentares
saudáveis junto aos estudantes universitários, pois os hábitos adquiridos
nesta etapa da vida podem perdurar para a vida toda, tendo impacto
duradouro sobre a saúde dos estudantes ou a saúde de suas futuras
famílias (NELSON et al., 2008; HOEFKENS et al., 2011).
2.5 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO E PERGUNTA DE PARTIDA
No presente capítulo, discorreu-se sobre alimentação fora de
casa e promoção de alimentação saudável; informações nutricionais em
alimentos; informações nutricionais em restaurantes; escolhas
alimentares de estudantes universitários.
68
Com o a expansão da alimentação fora de casa e,
consequentemente, do setor da alimentação, estudos vêm revelando uma
associação entre esse aumento do consumo de refeições fora do lar com
um maior consumo de calorias, gorduras, açúcar, sódio, menor consumo
de frutas, vegetais, laticínios, fibras e vitaminas, bem como aumento no
ganho de peso e a obesidade. Essa constatação também está presente
quando se analisa os hábitos alimentares e o ganho de peso de
estudantes universitários. Nesse contexto, os restaurantes, incluindo os
localizados nos campi universitários, são considerados ambientes
importantes para se encorajar escolhas alimentares saudáveis e
promover saúde.
Dessa forma, tanto a disponibilização de informação nutricional
em alimentos embalados quanto em restaurantes apresentam-se como
estratégias para promoção da saúde, prevenção da obesidade e das
demais doenças crônicas. Porém, não se sabe quais características
devam estar presentes nos modelos de informação nutricional em
restaurantes para influenciar as escolhas alimentares, o que leva a
disponibilização de diferentes modelos, podendo, assim, dificultar a
compreensão e utilização dessas informações pelos consumidores. Além
disso, os estudos sobre modelos de informações nutricionais em
restaurantes apresentam limitações metodológicas e resultados
controversos, o que dificulta a conclusão de qual dos modelos testados
poderia auxiliar os consumidores, incluíndo os estudantes universitários,
a realizarem escolhas alimentares saudáveis.
Tendo em vista que a informação nutricional em restaurantes é
uma das principais fontes de informação ao consumidor quanto às
preparações oferecidas em restaurantes para que possam realizar
escolhas alimentares de acordo com suas necessidades, entendeu-se
como oportuno o desenvolvimento de pesquisa que vise o teste de
modelos de informação nutricional em restaurantes e sua influência nas
escolhas alimentares saudáveis.
Assim, a relação das temáticas para compor esse referencial
teórico buscou seguir o fluxo de ideias representado, de forma
esquemática, pela Figura 4, culminando nas lacunas do conhecimento
identificadas e na pergunta de partida que norteou a presente tese:
Como apresentar informações nutricionais em restaurantes para
auxiliar estudantes universitários a realizar escolhas alimentares mais
saudáveis?
69
FIGURA 4 – Representação esquemática do embasamento teórico da
tese.
70
O estudo está inserido no Núcleo de Pesquisa de Nutrição em
Produção de Refeições (NUPPRE) da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), abarcando três temáticas abordadas isoladamente em
estudos anteriores do grupo, quais sejam: informações nutricionais em
restaurantes (OLIVEIRA, 2008; ISENSEE et al., 2009; FERNANDES,
2015), escolhas alimentares em restaurantes (JOMORI, 2006; SANTOS,
2009; BERNARDO, 2010; RODRIGUES, 2011) e rotulagem de
alimentos embalados (HISSANAGA, 2009, SILVEIRA, 2011,
KLIEMANN, 2012, MARTINS, 2012, KRAEMER, 2013, NISHIDA,
2013, HISSANAGA, 2014; MACHADO, 2014; ZUCCHI, 2015;
CORTESE, 2015; MÜLLER, 2015; SCAPIN, 2016; RODRIGUES,
2016).
71
CAPITULO 3 - OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Comparar modelos de informação nutricional em restaurante
para avaliar a influência nas escolhas alimentares saudáveis de
estudantes universitários.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Definir os diferentes modelos de informação nutricional a
serem testados;
- Aplicar os modelos de informação nutricional selecionados;
- Analisar o efeito da disponibilização dos modelos de
informações nutricionais nas escolhas alimentares saudáveis dos
estudantes universitários.
72
73
CAPITULO 4 - ORIGINALIDADE, RELEVÂNCIA E
CONTRIBUIÇÃO PARA O CONHECIMENTO
Os resultados encontrados na literatura sobre estudos analisando
informações nutricionais em restaurantes e escolhas alimentares
saudáveis são, muitas vezes, conflitantes. Esses resultados contraditórios
podem estar relacionados aos diferentes métodos empregados para
avaliar modelos iguais ou diferentes de informações nutricionais em
restaurantes e a influência da disponibilização desses modelos nas
escolhas alimentares saudáveis. Segundo revisão realizada por Swartz,
Braxton e Viera (2011), os estudos analisados apresentavam limitações
metodológicas e os autores acreditam que o maior desafio relacionado
ao tema seria a melhoria metodológica e o maior rigor científico na
condução dos estudos.
Observa-se, também, que são poucas as pesquisas que utilizam
o método de estudo controlado randomizado, principalmente aplicado
em ambiente real, para testar modelos de informação nutricional em
restaurante. De todos os estudos avaliados no item 2.3.4 do capítulo 2,
somente os estudos experimentais controlados randomizados realizados
por Vyth et al. (2011) na Holanda e por Ellison, Lusk e Davis (2013),
nos EUA, foram conduzidos em ambiente real. O de Vyth et al. (2011)
testou um modelo de informação nutricional, porém os grupos controle e
intervenção não aconteceram simultaneamente em um mesmo
restaurante. Além disso, não foram controlados os possíveis fatores de
confusão como sexo, idade e IMC, pois esses dados não foram
coletados. Assim, os pesquisadores não souberam se a randomização foi
efetiva, sendo uma das limitações do estudo.
Já o estudo controlado randomizado de Ellison, Lusk e Davis
(2013), também realizado em ambiente real, foi conduzido em um
restaurante localizado em uma universidade e testaram dois modelos de
informação nutricional. Nesse estudo, não há menção de como foi
realizada a randomização e se foi efetiva no controle de possíveis fatores
de confundimento.
O método ensaio controlado randomizado é considerado padrão
de referência dentre os métodos de pesquisa (PEREIRA, 2008). Por esse
motivo, esperava-se encontrar um número maior de estudos que
aplicassem tal metodologia. Contudo, a análise da literatura científica
mostra que esse método vem sendo pouco utilizado nos estudos do tema
de interesse da tese e as referências encontradas de utilização de estudo
experimental randomizado, abordando essa temática, referem-se à
74
realização de experimentos em laboratório e não em ambiente real,
aplicado diretamente em restaurante.
Uma explicação poderia ser o fato do método ensaio controlado
randomizado ter sido concebido para estudos clínicos em laboratório e
não estudos com consumidores em ambiente real ou experimental,
sendo necessária a sua adaptação para essa realidade, o que poderia
comprometer o rigor metodológico que esse estudo pede. Mesmo o
CONSORT (Consolidated Standards of Reporting Trials), que é um
conjunto mínimo de recomendações baseados em evidências para
reportar ensaios clínicos controlados, trata apenas de ensaios clínicos.
Assim, para o atendimento dessas recomendações, deve o pesquisador
de ensaios controlados randomizados fazer adaptações das
recomendações do CONSORT para a realidade estudada.
Adicionalmente, como foi apresentado no capítulo anterior, a
maioria dos estudos de intervenção com informação nutricional em
restaurantes são conduzidos em ambiente artificial ou em laboratório
(KISZKO et al., 2014; SINCLAIR; COOPER; MANSFIELDS, 2014;
LONG et al., 2015). A hipótese é que isso esteja ocorrendo para que a
condução do estudo possa ser facilitada, uma vez que seriam realizados
em condições controladas, sem que haja interferência da situação real de
campo. Isto é uma limitação em si, no sentido dos resultados poderem
fornecer recomendações de aplicação prática ou para subsidiar políticas
públicas, pois podem levantar dúvidas quanto à sua aplicabilidade em
ambientes reais.
Assim, ressalta-se a originalidade desta tese por ser, até o
presente momento, o primeiro estudo controlado e randomizado a testar,
em paralelo, formatos de informação nutricional em restaurantes em
ambiente real, para tentar estabelecer a sua influência sobre escolhas
alimentares saudáveis.
Além disso, em nenhum dos dois estudos de intervenção em
ambiente real supracitados se tem informação de que tenha sido
realizada alguma análise com o objetivo de subsidiar a determinação
prévia dos modelos de informações nutricionais a serem testados junto à
população-alvo. Assim, esta tese também é inédita por determinar,
previamente junto à população-alvo, por meio de grupos focais, os
modelos de informações nutricionais em restaurantes a serem testados
no ensaio controlado randomizado.
75
A relevância deste estudo também está relacionada com a
atualidade do tema, haja vista que, nos últimos anos, as questões
relativas à informação nutricional em restaurantes constituem-se em
assunto bastante pesquisado em várias partes do mundo18
.
Porém, no Brasil, mesmo que a discussão sobre informações
nutricionais em restaurantes esteja em pauta na ANVISA, ainda são
poucos os estudos sobre o tema, sendo uma temática pouco explorada.
Encontrou-se uma dissertação de mestrado que analisou o
comportamento de clientes de restaurantes universitários em relação à
informação nutricional disponibilizada (SILVA, 2006); duas teses e
artigos oriundos das mesmas que analisaram o oferecimento de
informação nutricional (MAESTRO, 2007; MAESTRO; SALAY, 2008)
e a atitude dos consumidores diante dessas informações (SANCHES,
2007; SANCHES; SALAY, 2011), ambos em restaurantes do município
de Campinas – SP. Adicionalmente, encontrou-se o artigo oriundo de
trabalho de conclusão de curso de Barbieri et al. (2012) e de projeto de
iniciação científica de Sanches et al. (2013). Porém nos últimos dois
anos, nenhuma publicação sobre informação nutricional em restaurantes
foi encontrada no Brasil e nenhum desses estudos testou diferentes
modelos de informações nutricionais em restaurantes e a influência em
escolhas alimentares saudáveis. Além disso, os estudos supracitados
apresentavam resultados contraditórios, podendo estar relacionado aos
diferentes métodos utilizados.
Além da atualidade do tema, a disponibilização de informação
nutricional tanto em alimentos embalados quanto em restaurantes é uma
das ações indicadas pela Organização Mundial da Saúde, para auxiliar
os indivíduos a fazerem escolhas alimentares saudáveis e também como
estratégia de combate à obesidade e demais doenças crônicas não
transmissíveis. Assim, diante do aumento da alimentação fora de casa
relacionada ao aumento da prevalência de doenças crônicas e de
escolhas alimentares menos saudáveis, esta tese pode contribuir para
ações de política pública brasileira e mundial ao discutir quais modelos
18 CUNHA L. et al., 2010; HEATHCOTE ; BAIC, 2011; THUNSTROM;
NORDSTROM, 2011; VYTH et al., 2011; BARBIERI et al., 2012; GOMEZ; LE MINOUS, 2012; HOEFKENS et al., 2012; ROBERTO et al., 2012 ;
MORLEY et al., 2013 ; PANG; HAMMOND, 2013; NIKOLAOU et al., 2014; LASSEN et al., 2014. FELDMAN et al., 2015; LIU; HOEFKENS; VERBEKE,
2015.
76
de informações nutricionais em restaurante podem influenciar nas
escolhas alimentares saudáveis.
Observa-se também uma lacuna a ser preenchida com a
realização de estudos qualitativos que explorem a preferência dos
consumidores por modelos de informações nutricionais a serem
disponibilizados em restaurantes e como esses modelos podem
influenciar escolhas alimentares saudáveis na prática, por meio de
estudos de intervenção.
Logo, considera-se como contribuições para o conhecimento, a
adaptação e aprimoramento da metodologia para a realização de um
ensaio controlado randomizado aplicado em ambiente real, com
intervenções paralelas no mesmo local e formatos previamente testados
nessa temática especificamente, pois não foi encontrada bibliografia
relacionada. Tradicionalmente, estudos controlados randomizados são
utilizados em estudos na área de epidemiologia clássica e, no campo da
Nutrição, verifica-se a tendência de investigações epidemiológicas e de
intervenção pautadas na preocupação com as funções biológicas dos
nutrientes e as consequências para a saúde (BOOG, 2011;
VASCONCELOS, 2010). Dessa forma, ao mudar o tipo de população e
o tipo de ambiente, a adaptação dessa metodologia poderá servir de
referência para outros estudos e temáticas no campo da Nutrição,
especialmente, na área de Nutrição em Produção de Refeições.
A primeira fase do estudo aqui apresentado também possibilitou
análise qualitativa em diferentes contextos, explorando as preferências
de modelos de informações nutricionais em restaurantes em dois países
distintos. Assim, apesar das realidades distintas, destaca-se que,
conforme discutido no item 2.4, do capítulo 2, a população estudada, de
estudantes universitários, apresenta características semelhantes no
mundo. Portanto, acredita-se que os resultados possam refletir uma
discussão além fronteiras sobre a temática e que, até o momento,
também não foi encontrada na literatura.
Com relação à contribuição prática, esta tese traz
recomendações de utilização de informações nutricionais em
restaurantes. Essas recomendações podem subsidiar a atuação do
nutricionista em Nutrição em Produção de Refeições, bem como os
profissionais envolvidos com políticas públicas específicas para o
segmento de alimentação fora de casa. Dentro dessa recomendação,
inclui-se a discussão de qual modelo de informação nutricional em
restaurantes pode ser utilizado como política pública para auxiliar em
escolhas alimentares saudáveis em restaurantes.
77
CAPITULO 5 - MÉTODO
Neste capítulo, é apresentado o percurso metodológico que foi
adotado na presente tese, a partir dos itens caracterização do estudo,
definição de termos relevantes, etapas da pesquisa, modelo de análise
com a definição das variáveis e seus indicadores, critérios de seleção do
local de estudo, população do estudo e amostragem, bem como coleta,
tratamento e análise dos dados. Ao final, apresentam-se os aspectos
éticos inerentes à cada fase da pesquisa.
5.1 DEFINIÇÃO DE TERMOS RELEVANTES PARA A PESQUISA
Para a melhor compreensão da presente pesquisa, são
apresentadas a seguir as definições dos principais termos utilizados.
- Alimentação fora de casa: é o setor que se responsabiliza
pela produção e pela prestação de serviço para fornecer refeições fora de
domicílio aos consumidores. Tem a finalidade de prover as necessidades
alimentares dos indivíduos que se encontram fora de seus lares por
razões como o trabalho, educação, lazer, entre outras (PROENÇA et al.,
2005).
- Alimentação saudável: alimentação adequada às
necessidades dos indivíduos, nas diversas fases da vida, composta
geralmente de alimentos in natura e produzidos regionalmente,
valorizando a cultura alimentar local (BRASIL, 2008).
- Alimentos embalados: alimentos que são empacotados
industrialmente antes de serem colocados a venda, os quais não podem
ser vendidos se a embalagem estiver violada ou trocada (WHO, 2004).
- Consumidores de alimentos: pessoas físicas que adquirem
alimentos para satisfazer suas necessidades alimentares e nutricionais
(BRASIL, 2003).
- Escolhas alimentares: seleção e consumo de alimentos e
bebidas, considerando o que, como, quando, onde e com quem as
78
pessoas comem, bem como outros aspectos de sua alimentação e
comportamentos alimentares (SOBAL et al., 2006).
- Escolhas alimentares saudáveis em restaurantes: escolha
de alimentos in natura ou minimamente processados e preparações
culinárias sem alimentos ultraprocessados. Preferencialmente devem ser
sem frituras, sem açúcar de adição nem adoçantes. Os ingredientes não
devem conter gordura trans industrial nem alimentos transgênicos ou
seus derivados e devem ser preferencialmente orgânicos (WHO, 2004;
2014; 2015; BRASIL, 2005; 2014; CFN, 2012; BERNARDO et al.,
2015).
- Informação nutricional: é toda descrição contida no rótulo
destinada a informar o consumidor sobre as propriedades nutricionais de
um alimento (BRASIL, 2003; WHO/FAO, 2007). Oficialmente,
compreende a declaração de calorias, de nutrientes e a informação
nutricional complementar (BRASIL, 2003; WHO/FAO, 2007).
- Informação nutricional em restaurantes: termo em
português equivalente ao termo inglês menu labelling. São informações
alimentares e nutricionais disponibilizadas em locais visíveis e
acessíveis no momento da escolha em restaurantes e, adicionalmente,
em meios eletrônicos. São consideradas informações alimentares e
nutricionais: calorias, nutrientes, ingredientes, e/ou demais componentes
das preparações oferecidas (como glúten e lactose), bem como modo de
preparo e características das preparações (como vegetariano e alimento
local). As informações podem ser quantitativas (como quantidade de
calorias, nutrientes, equivalentes calóricos em tempo de atividade física,
porcentagem do valor diário recomendado e/ou porcentagem de energia
proveniente de gorduras); ou qualitativas (como lista de ingredientes,
símbolos, cores ou frases para designar preparações saudáveis, e/ou
alertas sobre a presença de algum nutriente ou componente, a exemplo
de “contém glúten”).
- Restaurante comercial: restaurante em que os comensais,
clientes ou usuários devem ser conquistados a cada momento, por não
haver catividade ou obrigatoriedade em relação ao estabelecimento.
Esses restaurantes abarcam as modalidades de restaurantes por peso, à la
carte e fast food, bem como os serviços de hotelaria, as lanchonetes e
outras modalidades, incluindo os ambulantes em diversos níveis
(PROENÇA et al., 2005).
79
5.2 FASES E ETAPAS DO ESTUDO
Para atingir os objetivos propostos, a tese foi desenvolvida em
duas fases, apresentadas na Figura 5. A etapa 1 refere-se à fase
qualitativa realizada por meio de grupos focais, com o intuito de
determinar e formatar os modelos de informações a serem testados. Já, a
etapa 2 refere-se à fase quantitativa realizada por meio de ensaio
controlado randomizado, para analisar o efeito da disponibilização dos
modelos de informações nutricionais na intenção de escolhas
alimentares saudáveis dos estudantes universitários.
80
FIGURA 5 – Fases para o desenvolvimento da pesquisa.
5.2.1 Fase qualitativa – Realização dos grupos focais
Esta seção apresenta a caracterização do método de grupos
focais, a definição das variáveis e seus indicadores, a definição e a
seleção do local e da população de estudo, bem como a obtenção da
amostra dos grupos focais. São ainda apresentados os instrumentos e as
técnicas de coleta e análise dos dados dos grupos focais.
5.2.1.1 Caracterização do método de grupos focais
A primeira fase da tese consistiu em um estudo qualitativo do
tipo exploratório, utilizando a técnica de grupos focais, a fim de analisar
81
as preferências de adultos jovens por diferentes formatos de informações
nutricionais em restaurantes no Brasil e Reino Unido.
O estudo qualitativo destina-se a dar sentido ou interpretar os
fenômenos, segundo o significado que as pessoas lhe atribuem
(DENZIN; LINCOLN, 1994). Estudos exploratórios consistem no
aprimoramento de ideias ou descoberta de intuições, com planejamento
flexível. Envolvem entrevistas com pessoas que tiveram vivências de
situações práticas com o problema pesquisado (GIL, 2005).
Foi utilizada a técnica de grupo focal, uma forma de entrevista
em grupo onde o pesquisador reúne pequenos grupos com características
específicas, para analisar experiências e opiniões sobre um tema objeto
do estudo. Esses grupos são conduzidos por um moderador que
direciona a discussão aos tópicos pertinentes ao pesquisador, por meio
de roteiros pré-estabelecidos e guias de discussão semiestruturados
(KRUEGER; CASEY, 2009).
Além disso, a condução de grupos focais é comumente utilizado
para explorar e compreender as percepções e atitudes dos consumidores,
ao mesmo tempo permitindo a interação, discussões e análises
aprofundadas sobre um tópico (SOFAER, 2002; KRUEGER; CASEY,
2009).
Esses grupos são conduzidos por um moderador que direciona a
discussão aos tópicos pertinentes ao tema pesquisado, por meio de
roteiros pré-estabelecidos e guias de discussão semiestruturados
(KRUEGER; CASEY, 2009).
5.2.1.2 Definição das variáveis e indicadores da fase qualitativa
As variáveis definidas para a fase qualitativa, por meio da
realização de grupos focais, foram referentes às características dos
participantes e são especificadas no Quadro 4. As variáveis são
apresentadas segundo o modelo proposto por Proença (1996), baseado
em Quivy e Campenhoudt (1992), os quais contemplam a dimensão, sua
definição e os indicadores.
82
QUADRO 4 - Variáveis relacionadas à identificação dos participantes
dos grupos focais e respectivos indicadores.
Variáveis Definição Categorias/indicadores
Sexo Sexo dos participantes
do estudo
Feminino/masculino
Idade Idade dos participantes
Idade em anos
Presença de restrição
alimentar
Restrição alimentar por motivo de doenças,
alergia, intolerância e/ou seguimento de dietas.
Sim/não
Restrição
alimentar apresentada
O motivo da restrição
alimentar
Doença/alergia ou
intolerância/seguimento de dietas
5.2.1.3 Local, população de estudo e obtenção da amostra da etapa
qualitativa no Brasil e na Inglaterra
Em ambos os países, a seleção do local para a realização dos
grupos focais foi intencional. No Brasil, foi escolhido o campus
principal da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), localizada
em Florianópolis. Assim, selecionou-se a região da Grande
Florianópolis como local alvo do estudo, por questão de conveniência e
de viabilidade de execução dos grupos. A população-alvo do estudo
foram estudantes universitários adultos da referida universidade e de
outras universidades próximas que aceitaram participar do estudo. Na
Inglaterra, foi selecionada a Bournemouth University, participando da
pesquisa estudantes da referida universidade, pois a Bournemouth
University é a única universidade existente naquela cidade.
Os estudantes, ao ingressarem na universidade, vivem um
momento de transição no qual estão começando a se tornar mais
independentes quanto às escolhas alimentares e tendem a adotar
comportamentos alimentares pouco saudáveis e ganho de peso
(NELSON et al., 2008; GIRZ et al., 2013). Os estudantes universitários,
geralmente, também apresentam faixa etária mais homogênea e maior
compreensão sobre nutrição e rotulagem de alimentos (NELSON et al.,
2008).
Antes do recrutamento, o estudo foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de
83
Santa Catarina (UFSC) e pelo Bournemouth University Research Ethics
Committee (UREC), seguindo os preceitos éticos na pesquisa com a
participação de seres humanos, de acordo com a Resolução n° 466, de
12 de dezembro de 2012 (BRASIL, 2013b) e a Declaração de Helsinki
(WORLD MEDICAL ASSOCIATION, 1997).
O recrutamento dos participantes ocorreu por meio de cartazes
fixados nos murais dos campi universitários, bem como mensagens
eletrônicas para as turmas de alunos e centros acadêmicos. Utilizou-se
amostra não probabilística por conveniência, estimando-se a formação
de até quatro grupos heterogêneos quanto ao sexo, compostos por quatro
a doze participantes cada, que não seriam familiares uns aos outros. O
recrutamento e as sessões dos grupos focais foram interrompidos
quando os dados estavam saturados, devido a saturação de idéias ou
temas em cada grupo (GUEST; BRUCE; JOHNSON, 2006).
Os estudantes universitários brasileiros, que se interessaram em
participar do estudo, foram convidados a preencher uma ficha de
cadastro on-line com dados de identificação, contendo nome, sexo,
idade, curso de graduação, universidade e contatos, além de indicarem
se costumam almoçar fora de casa, se apresentam restrições alimentares
e as opções de dias e horários disponíveis para participarem dos grupos
focais (APÊNDICE A).
Já, na Inglaterra, antes de cada sessão, os estudantes foram
convidados a preencher um questionário com os mesmos dados que os
estudantes brasileiros preencheram de forma on-line.
Como critérios de inclusão do estudo estavam: ser aluno de
curso de graduação, ter idade entre 20 e 45 anos, compreender falar
português (no caso do Brasil) e inglês (para o estudo na Inglaterra), ter o
hábito de realizar refeições em restaurantes, aceitar participar dos
grupos após serem informados do objetivo da pesquisa,comparecer no
dia da realização dos grupos e assinar o Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido (TCLE) (para o estudo no Brasil) (APÊNDICE B). Na
Inglaterra, o aceite para participar deu-se de forma verbal antes do início
de cada sessão, conforme orientação do comitê de ética já citado.
Não foram incluídos os estudantes universitários com idade
abaixo de 20 anos, por serem considerados adolescentes, conforme a
Organização Mundial da Saúde (WHO, 1995) e acima de 45 anos.
Conforme Bleich e Pollack (2010), pessoas com idade acima de 45 anos
são mais propensas a cuidarem mais da saúde e a utilizarem informações
nutricionais em restaurantes
84
Foram excluídos da amostra os estudantes do curso de Nutrição,
devido ao seu maior conhecimento sobre informação nutricional, em
função das matérias curriculares dos seus cursos de graduação.
Diante da seleção dos estudantes universitários, os grupos
foram formados conforme a disponibilidade dos participantes nos dias
de realização da coleta de dados, bem como proporção dos grupos
aproximada de 50% de participantes de cada sexo. Pretendeu-se não
colocar, no mesmo grupo, familiares ou grupos de amigos, pois se
recomenda que os grupos sejam homogêneos em termos de contexto de
vida e não de atitudes. Os participantes foram vagamente informados
sobre o tema da discussão, para evitar ao máximo que comparecessem
com ideias pré-estabelecidas sobre o tema (BARBOUR, 2009;
KRUEGER; CASEY, 2009).
Os grupos foram formados conforme disponibilidade dos
participantes nos dias de coleta, buscando-se manter proporção mais
semelhante possível de estudantes do sexo feminino e do sexo
masculino. Assim que os grupos eram formados, enviava-se mensagem
eletrônica aos estudantes para confirmar o convite, com horário e local
dos grupos focais.
A realização de cada grupo foi efetivada quando houve no
mínimo cinco pessoas confirmadas por grupo, estimando-se o
comparecimento mínimo de quatro pessoas. A cada grupo focal
realizado, foi feito resumo das respostas e do direcionamento das
discussões, a partir das anotações e da participação de uma moderadora
e de uma observadora. Cessou-se o recrutamento de novos grupos
quando os temas emergentes passaram a se repetir e novos temas não
surgiram mais. Observou-se esse padrão ao término do segundo grupo
no Brasil e no terceiro grupo na Inglaterra.
5.2.1.4 Coleta, tratamento e análise dos dados da etapa qualitativa
Dois grupos focais foram conduzidos no Brasil em outubro de
2013, contando com a participação de 11 estudantes de ambos os sexos
(cinco no primeiro grupo focal e seis no segundo) e três grupos focais
foram conduzidos na Inglaterra em março de 2014, com a participação
de 25 estudantes universitários de ambos os sexos (12 no primeiro
grupo, 11 no segundo e 12 no terceiro grupo focal).
No Brasil, os grupos foram conduzidos em português e as
sessões foram realizadas no Laboratório de Estudos Qualitativos em
Alimentação e Nutrição (LEQAN) do Programa de Pós-Graduação em
85
Nutrição da UFSC. Na Inglaterra, as sessões foram realizadas na língua
inglesa em salas de aula na Bournemouth University. As sessões tiveram duração média de 40-60 minutos e foram
conduzidas por duas pesquisadoras. A própria pesquisadora atuou como
moderadora tanto no Brasil quanto na Inglaterra, e outra pessoa, com
experiência prévia em grupos focais, como observadora, responsável por
tomar notas de questões relevantes sobre o comportamento dos
participantes no decorrer das sessões, à participação ou não dos
estudantes, à linguagem não verbal utilizada e as ações do próprio
moderador, para verificar se não houve influências nos dados
produzidos. Optou-se por posicionar a observadora dos grupos na
mesma mesa em que os participantes, assim como a moderadora, para
facilitar a captação das interações e falas dos participantes. Enquanto
moderadora das sessões, procurou-se incentivar e assegurar a
participação livre e espontânea de todos.
Antes do início de cada sessão, os participantes foram
esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa, como os dados seriam
utilizados e que a confidencialidade dos dados dos participantes seria
garantida. Os estudantes foram identificados com crachá contendo o
número de identificação e o nome que cada um optou por ser chamado.
Foi também solicitada a assinatura do TCLE e a autorização verbal para
gravar o áudio das sessões.
Para encorajar um diálogo mais aberto, foi instruído que os
participantes respondessem de forma honesta sobre o que eles pensavam
a respeito do tema e que não existiam respostas certas ou erradas.
O áudio foi gravado utilizando-se aplicativo de gravação
instalado em smartphone da marca Samsung, bem como gravador
digital da marca Sony, modelo ICD-P620, que foram posicionados em
locais diferentes das salas. A dupla gravação visou assegurar a captação
de áudio de todos os participantes e servir de medida de segurança, para
o caso de falha de algum dos dispositivos ou aplicativos. Antes de cada
fala, a moderadora dizia o nome/apelido da pessoa que iria falar, para
que, no momento das transcrições, as falas de cada um pudessem ser
resgatadas com maior facilidade.
Visando uma maior padronização das perguntas, auxiliar a
interação entre pesquisadores e participantes, bem como guiar a
discussão, a moderadora utilizou um guia de discussão semiestruturado,
com perguntas pré-estabelecidas, composto por perguntas norteadoras, a
iniciar pela pergunta chamada de quebra-gelo (BARBOUR, 2009;
KRUEGER; CASEY, 2009) (Figura 6).
86
FIGURA 6 – Guia de discussão para a realização dos grupos focais.
A sessão começou com a moderadora entregando rótulos de
alimentos industrializados aos participantes. Solicitou-se que os
participantes observassem toda a embalagem e então, a moderadora
lançou a pergunta norteadora (quebra-gelo). Essa atividade teve o intuito
de iniciar a interação entre pesquisadores e participantes, buscando
deixá-los mais confortáveis e livres para participarem das discussões,
antes que as perguntas norteadoras fossem conduzidas (BARBOUR,
2009; KRUEGER; CASEY, 2009).
Depois da conversa quebra-gelo sobre rótulos de alimentos
industrializados, foi solicitado que os participantes imaginassem que
eles estavam em um restaurante e foi conduzida a apresentação de
cardápios.
Pergunta norteadora: Observem estas embalagens de alimentos, quais são as
primeiras coisas que vocês percebem nelas? Por que?
- Questão 1: Se vocês forem num restaurante e virem este cardápio, o que
você escolheria? Por que? Este tipo de cardápio ajudaria você a realizar
escolhas alimentares apropriadas?
- Questão 2: E este outro cardápio contendo informação de calorias, o que
você acha desta informação disponibilizada? Por que? Esta informação
auxiliaria você a realizar escolhas alimentares apropriadas em restaurantes?
Por que?
- Questão 3: Outro cardápio contendo informação de calorias e nutrientes, o
que você acha desta informação disponibilizada? Por que? Esta informação
auxiliaria você a realizar escolhas alimentares apropriadas em restaurantes?
Por que?
- Questão 4: Outro cardápio contendo a informação do tipo semáforo
nutricional (traffic light system) e o percentual de valor diário de referência
(Guideline daily amounts – GDA) , o que você acha desta informação
disponibilizada? Por que? Esta informação auxiliaria você a realizar escolhas
alimentares apropriadas em restaurantes? Por que?
- Questão 5: O último cardápio, contendo informação alimentar com lista de
ingredientes e símbolos de alerta, o que você acha desta informação
disponibilizada? Por que? Esta informação auxiliaria você a realizar escolhas
alimentares apropriadas em restaurantes? Por que?
- Questão 6: Se você tiver que escolher, qual formato de informação
nutricional apresentado você prefere? Você teria alguma sugestão de melhoria
para este modelo escolhido?
87
Cada cardápio apresentava um único modelo de informação
nutricional, para facilitar a determinação de qual modelo seria o
preferido para ser disponibilizado nos cardápios de restaurantes. Os
cardápios foram desenvolvidos de forma a parecer semelhante aos que,
usualmente, seriam encontrados em diferentes restaurantes no Brasil e
na Inglaterra. Além disso, foram escolhidas preparações no cardápio que
fossem familiares a consumidores de cada um dos países e que
estivessem de acordo com os hábitos alimentares encontrados no Brasil
e na Inglaterra (APENDICE C; APENDICE D).
Em ambos os países, foram apresentados os mesmos modelos
de informação nutricional nos cardápios, porém em suas respectivas
línguas oficiais e levando em consideração o leiaute das informações
nutricionais utilizados em cada país. Os cardápios foram apresentados
aos participantes conforme as questões eram realizadas, permitindo o
livre manuseio pelos participantes enquanto eles respondiam os
questionamentos e expressavam seu entendimento a respeito, tendo a
pesquisadora o cuidado de garantir a manifestação de todos. A ordem de
apresentação dos modelos se deu de tal forma que os mais conhecidos e
simples eram os primeiros a serem abordados, facilitando o
entendimento da dinâmica e a interação dos membros do grupo.
O primeiro cardápio entregue a cada participante, continha
apenas o nome de preparações, sem a presença de informações
nutricionais. A moderadora perguntou quais preparações os estudantes
gostariam de pedir e por que. Após, outros quatro cardápios
apresentando diferentes modelos de informações nutricionais foram
distribuídos, um por vez, seguindo por uma discussão sobre os modelos
de informação nutricional presentes, quais dos modelos apresentados
poderiam auxiliá-los a realizar os pedidos e escolhas alimentares mais
apropriadas.
O segundo cardápio apresentado para discussão continha apenas
informação numérica de calorias. Esta informação foi escolhida por ser
a informação mais utilizada e testada em cardápios de diferentes
países19
.
19
LIU et al., 2012; BRISSETTE et al., 2013; DOWNS et al., 2013; ELBEL et
al., 2013; FOTOUHINIA-YEPES, 2013; KRIEGER et al., 2013; LEE et al., 2013; WEI; MIAO, 2013; PANG; HAMMOND, 2013; BROCHU; DOVIDIO,
2014.
88
O terceiro cardápio continha informação numérica de calorias e
nutrientes no formato de tabela nutricional. Esse formato foi escolhido
por ser o formato comumente utilizado nos rótulos de alimentos
embalados na maioria dos países cuja rotulagem em alimentos seja
obrigatória ou voluntária. Além disso, optou-se por esta informação,
também por estudos terem-na testado em cardápios de restaurantes
(HOEFKENS et al., 2012; YOON; GEORGE, 2012; AUCHINCLOSS
et al., 2013; LANDO; SERENA, 2013) e por esse modelo de
informação estar sendo proposto em projeto de lei no Senado brasileiro
(BRASIL, 2011). O formato das tabelas nutricionais difere entre os
países, logo, o modelo utilizado nos grupos focais foi adaptado de
acordo com a legislação de rotulagem de alimentos embalados do Brasil
(BRASIL, 2003) e da União Europeia (EC, 2011).
O quarto cardápio apresentava a informação de semáforo
nutricional (traffic light system) e o percentual de valor diário de
referência (Guideline daily amounts – GDA). Esse modelo de
informação foi escolhido com base em estudos em diferentes países,
incluindo o Reino Unido, que testaram o semáforo nutricional em
restaurantes (HEATHCOTE; BAIC, 2011; ROBERTO et al., 2012;
GERLACH, 2013, HAMMOND et al., 2013; SONNEMBERG et al.,
2013). Na presente pesquisa, o semáforo nutricional foi utilizado
juntamente com o percentual de valor diário de referência, porque
pesquisas com consumidores britânicos sugeriram que esta informação
seria melhor compreendida que apenas o semáforo nutricional
(MALAM et al., 2009; UK, 2012).
O último cardápio continha informação alimentar com lista de
ingredientes e símbolos de alerta (contém glúten, lactose, gordura trans,
organismos geneticamente modificados, ou preparação vegetariana,
orgânica ou de produção local). Esse modelo de informação nutricional
foi adaptado do estudo previamente conduzido pela própria
pesquisadora (OLIVEIRA, 2008).
Depois da apresentação e da discussão em profundidade dos
cinco cardápios contendo os diferentes modelos de informações
nutricionais, os participantes foram convidados a sugerir outros
modelos, assim como tecer comentários ou sugestões a respeito dos
modelos previamente apresentados.
Ao final da sessão, a moderadora ratificou as conclusões do
grupo focal e solicitou que os participantes respondessem a última
questão de forma mais direta, para tentar chegar a um consenso sobre
quais modelos seriam os preferidos pelo grupo e o porquê da
preferência.
89
O conteúdo de áudio registrado nos grupos focais foi transcrito
verbatim pela pesquisadora, sendo sistematizado por meio de uma
matriz de análise (ONWUEGBUZIE et al., 2009), que permite separar o
conteúdo por participante e por pergunta, tornando-o operacional. As
anotações feitas pela pesquisadora e observadoras foram incorporadas
ao texto e as falas referentes às perguntas das atividades quebra-gelo
foram eliminadas. Todas as falas de interesse foram retiradas da matriz
de análise e agrupadas em arquivo único, constituindo o corpus (texto
com todas as falas a serem analisadas). Para analisar o corpus transcrito,
foi utilizada à Análise de Conteúdo sistemática dedutiva (BARDIN,
2010), a partir da exploração do material; tratamento dos dados,
inferência e interpretação.
Na etapa de exploração do material, o manuscrito sofreu um
tratamento dos dados, com base na codificação do material. A
codificação corresponde à transformação sistemática dos dados brutos
(por exemplo, palavras ou frases), mediante enumeração, recortes e
agregação, em uma representação do conteúdo que permita agregar
significado ao conteúdo a ser analisado (HSIEH; SHANNON, 2005;
ONWUEGBUZIE et al., 2009; BARDIN, 2010). Foi utilizado o recurso
de realce de texto, utilizando cores iguais para frases de significados
semelhantes.
Depois, realizou-se o tratamento dos resultados, inferência e
interpretação. Essa etapa é destinada ao tratamento dos resultados,
onde há a condensação e o destaque das informações para análise,
culminando nas interpretações inferenciais, na análise reflexiva e crítica
(BARDIN, 2010). Assim, após a codificação, foi realizada a
categorização, com a classificação dos elementos codificados de acordo
com suas similaridades dentro de cinco temáticas, de acordo com os
cinco cardápios apresentados, para melhor corresponder aos objetivos da
pesquisa. As falas foram agrupadas em temas que foram reagrupadas até
surgirem as categorias fortes ou terminais dentro de cada temática.
Para conseguir uma análise consistente, a pesquisadora leu o
manuscrito e ouviu as gravações várias vezes antes de proceder à
codificação. Além disso, para garantir a confiabilidade dos dados
alocados em cada categoria, o processo de categorização foi realizado
duas vezes pela mesma pesquisadora, em um intervalo de um mês
(período de afastamento), mediante leitura e interpretação dos dados
codificados anteriormente (KIDD; PARSHALL, 2000; HARRIS et al.,
2009). Algumas falas foram extraídas das transcrições para ilustrar cada
categoria dentro dos temas.
90
Para a apresentação dos dados, primeiramente, foi realizada
análise descritiva das características dos participantes dos grupos quanto
ao sexo, idade, hábito de almoçar fora de casa e presença de restrições
alimentares.
5.2.1.5 Doutorado sanduíche no exterior: coleta, análise, discussão dos
dados e comparação dos resultados obtidos no Brasil e na Inglaterra
O estágio de doutorado sanduíche, realizado na Bournemouth University na Inglaterra, teve como objetivo dar continuidade à
condução de grupos focais com estudantes universitários, tendo como
participantes estudantes da referida universidade britânica. A condução
de grupos focais no Brasil e na Inglaterra permitiu analisar os dados de
ambos os países e tecer comparações a respeito das preferências e
rejeições dos estudantes universitários de ambos os países quanto aos
diferentes modelos de informações nutricionais, culminando em um
manuscrito redigido na lingua inglesa.
O local escolhido foi o Foodservice and Applied Nutrition Research
Group & Centre for Wellbeing and Quality of Life, School of Tourism, da Bournemouth University na Inglaterra, coordenado pela professora
Heather Hartwell, por ser um grupo de referência que trabalha com a
temática informação nutricional em restaurantes na Bournemouth University e em parceria com outras universidades europeias e
estadunidenses.
A metodologia aplicada na condução dos grupos focais na
Bournemouth University foi a mesma aplicada no Brasil, porém o guia
de discussão foi traduzido para a lingua inglesa, os cardápios foram
traduzidos e adaptados para torna-los mais próximos à realidade dos
estudantes britânicos. As sessões também foram conduzidas na lingua
inglesa pela própria pesquisadora.
A realização do doutorado sanduíche foi financiada por bolsa do
programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) da CAPES.
91
5.2.2 Fase quantitativa
5.2.2.1 Caracterização do método de ensaio controlado randomizado
A segunda fase da tese consistiu em um estudo quantitativo,
transversal e experimental do tipo ensaio controlado randomizado de
grupos paralelos conduzido em restaurante no Brasil.
Por ser um estudo quantitativo, pode-se mensurar e testar
hipóteses, considerando a relevância dos problemas abordados, as
limitações e os métodos ampliados e generalizados (MINAYO;
SANCHES, 1993).
O ensaio controlado randomizado é um estudo experimental ou
de intervenção, onde o pesquisador participa ativamente na condução do
processo e avalia as mudanças no desfecho. Além disso, esse tipo de
estudo é prospectivo, comparativo e controlado, comparando o efeito de
uma intervenção com o controle. O fator de intervenção a ser analisado
é distribuído de forma aleatória por meio da técnica de randomização
(KIRKWOOD, 1988; FONTELLES et al., 2009; MEDRONHO et al,
2009). A distribuição aleatória tem como principal finalidade tornar os
grupos semelhantes entre si. Para ser considerado padrão ouro, esse tipo
de estudo deve ser randomizado (alocado de forma aleatória), controlado
(havendo um grupo controle que não receberá a intervenção)
(KIRKWOOD, 1988).
5.2.2.2 Definição das variáveis e indicadores da etapa quantitativa
A definição das variáveis da etapa quantitativa – ensaio
controlado randomizado - foi estabelecida buscando estabelecer relação
com a pergunta de partida e os objetivos norteadores.
No Quadro 5 são apresentadas as variáveis antropométricas,
demográficas e comportamentais relacionadas aos participantes do
estudo, com suas respectivas definições, seus indicadores e tipos.
92
QUADRO 5 - Variáveis antropométricas, demográficas e
comportamentais relacionadas aos participantes do estudo e respectivos
indicadores.
Variáveis Definição Categorias/indicadores
Tipo de
variável
Variável antropométrica
IMC Índice de massa corporal,
calculado a partir
do peso e altura.
Sem excesso de peso( < 25 kg/m²)
Com excesso de peso (≥ 25
kg/m²)
Categórica dicotômica
Variável demográfica
Sexo Sexo dos participantes do
estudo.
Feminino/masculino Categórica dicotômica
Idade Idade dos
participantes.
20-30 anos
30-40 anos 40-45 anos
Categoria
politômica
Variáveis comportamentais
Frequência Frequência com que almoça em
restaurante.
≤ 2x na semana/ > 2x na semana
Categórica dicotômica
Presença
de restrição alimentar
Restrição
alimentar por motivo de
doenças, alergia, intolerância e/ou
seguimento de dietas.
Sim/não
Restrição alimentar
apresentada
O motivo da restrição alimentar
Doença/alergia ou intolerância/seguimento de
dietas
Categórica politômica
No Quadro 6, são apresentadas as variáveis relacionadas à
intenção de consumo de itens saudáveis no cardápio do local de estudo,
com suas respectivas definições, seus indicadores e tipos. Para a
definição do que seria considerado como item saudável no cardápio,
levou-se em consideração a preconização do Guia alimentar para a
população brasileira (BRASIL, 2008; 2014), por ser referência de
política pública, bem como os critérios de classificação de diversidade
93
saudável apresentados no estudo de Bernardo (2010) e Bernardo et al.
(2015).
Dessa forma, foram considerados saudáveis para o presente
estudo:
Saladas: vegetais crus e cozidos (na
água/vapor/assado/grelhado/refogado em quantidade não significativa
de gordura) – sem molho.
Acompanhamentos quentes e frios: vegetais crus e cozidos (na
água/vapor/assado/grelhado/refogado em quantidade não significativa
de gordura) – sem molho; Leguminosas cozidas sem carnes; Cereais,
pães, tubérculos, raízes cozidos (na
água/vapor/assado/grelhado/refogado em quantidade não significativa
de gordura).
Fontes protéicas: carnes, peixes e frutos do mar (cozido, assado,
vapor, grelhado, refogado em quantidade não significativa de gordura).
QUADRO 6 - Variáveis relacionadas à itenção de consumo de itens
saudáveis no cardápio do restaurante, durante o período de intervenção.
Variáveis Definição Categorias/indicadores Tipo de
variável
Salada Quantidade de
salada assinalada
Frequência de intenção
de consumo do item
Numérica
discreta
Acompanhamentos
frios considerados saudáveis
Quantidade de
acompanhamentos frios considerados
saudáveis assinalados
Frequência de intenção
de consumo do item
Numérica
discreta
Acompanhamentos quentes
considerados saudáveis
Quantidade de acompanhamentos
quentes considerados
saudáveis assinalados
Frequência de intenção de consumo do item
Numérica discreta
Fontes protéicas consideradas
saudáveis
Quantidade de fontes protéicas
consideradas
saudáveis assinalados
Frequência de intenção de consumo do item
Numérica discreta
94
De acordo com a presente classificação, 12 dos 18 pratos
oferecidos no restaurante no dia do estudo foram classificados como
saudáveis (67%): alface e rúcula, cenoura e beterraba ralada, couve-flor
cozida, salada cozida de cebola, abobrinha e berinjela, arroz branco
cozido, arroz integral cozido, feijão preto cozido, macarrão sem molho,
repolho refogado, carne bovina assada, frango assado, carne de panela.
Seis das preparações (33%) foram classificadas como pouco saudáveis:
salada de macarrão com maioneses, batata frita, farofa, lasanha de carne,
steak de frango frito e peixe à milanesa.
5.2.2.3 Local, população de estudo e obtenção da amostra da etapa
quantitativa
Para a seleção intencional dos possíveis locais, foram realizadas
visitas a diferentes restaurantes comerciais localizados próximos a
campi universitários em Florianópolis/SC. O restaurante selecionado
atendeu a todos os requisitos de inclusão: ser um restaurante comercial
localizado próximo a um campus universitário, ter estudantes
universitários como consumidores e aceitar ser o local para a condução
da pesquisa.
O restaurante selecionad, na época da pesquisa, servia refeições
para aproximadamente 500 pessoas no horário do almoço e funcionava
de segunda a sexta-feira, das 11:00 às 14:00. Apresentava estrutura de
cardápio fixo, porém, nos itens salada, acompanhamento frio, fonte
protéica e uma opção de acompanhamento quente, as preparações
variavam diariamente. O serviço era do tipo bufê de autosserviço, onde
o consumidor escolhe, por meio de cardápio e diretamente no bufê, os
itens que desejava consumir. O próprio consumidor era quem servia o
seu prato, na quantidade que desejasse. A estrutura do cardápio do local
está apresentada no Quadro 7.
95
QUADRO 7 – Estrutura do cardápio do restaurante selecionado como
local de estudo no Brasil.
Grupos Opções de preparações
Saladas 10 opções diárias.
Acompanhamentos frios Até 1 opção diária.
Acompanhamentos quentes 7 opções diárias. 1 opção varia diariamente e 6 opções são fixas:
arroz branco, arroz integral, macarrão, feijão preto, farofa,
batata frita.
Fontes protéicas 4 opções diárias.
Definiu-se que o ensaio seria conduzido em um dia de
intervenção, com intervenções simultâneas em paralelo, no horário do
almoço, tendo como população-alvo do estudo estudantes universitários
adultos. Optou-se por realizar a intervenção de forma paralela e sem
repetição para evitar a contaminação entre os grupos. Os estudantes
universitários foram todos voluntários, sendo recrutados por meio das
mídias sociais, distribuição de panfletos, cartazes fixados nos murais dos
campi universitários bem como mensagens eletrônicas para as turmas de
alunos e centros acadêmicos.
Para o cálculo da amostra, considerou-se que o restaurante
poderia suportar um acréscimo de aproximadamente 250 pessoas por
dia, além dos seus 500 comensais habituais. Assim, foram recrutadas
250 pessoas com um acréscimo de 10% devido a perdas ou recusas e
15% fatores de confusão, totalizando 313 estudantes recrutados.
Antes do recrutamento, o estudo foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC), seguindo os preceitos éticos na pesquisa com a
participação de seres humanos, de acordo com a Resolução n° 466, de
12 de dezembro de 2012 (BRASIL, 2013b) (ANEXO A).
Como critérios de inclusão do estudo estavam: o aceite em
participar da pesquisas após serem informados do objetivo, ser estudante
universitário de graduação, ter entre 20 e 45 anos, ter o hábito de
realizar refeições em restaurantes. Aqueles que não aceitaram assinar o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE E)
ou que não compareceram no dia da intervenção, foram considerados
perdas ou recusas.
Foram excluídos da amostra os estudantes universitários com
idade abaixo de 20 anos, por serem considerados adolescentes,
conforme a Organização Mundial da Saúde (WHO, 1995) e estudantes
96
com idade acima de 45 anos, por poderem ser mais propensos a cuidar
da saúde (BLEICH; POLLACK, 2010) e, por consequência,
possivelmente utilizarem mais as informações nutricionais em
restaurantes. Além disso, também foram excluídos estudantes que não
estivessem cursando graduação.
Para minimizar o viés de auto-seleção, por meio da participação
de estudantes universitários que tivessem maior interesse ou
conhecimento sobre informações nutricionais, por exemplo, estudantes
de cursos na área da saúde, o estudo foi apresentado como sendo uma
pesquisa de opinião em restaurante. Somente depois do recrutamento,
foram informados todos os objetivos da pesquisa, evitando assim a
influência da temática na seleção dos voluntários, o que poderia
comprometer a validade do estudo.
Os estudantes universitários que se interessaram em participar
foram convidados a preencher uma ficha de cadastro on-line com dados
de identificação, contendo nome, sexo, idade, peso atual, altura, curso de
graduação e contatos, além de indicarem se costumam almoçar fora de
casa e se apresentam algum tipo de restrição alimentar (APÊNDICE F).
5.2.2.4 Aplicação dos modelos de informação nutricional no restaurante
Para o desenvolvimento das informações nutricionais,
primeiramente foi acompanhado o processo produtivo de refeições do
restaurante durante 20 dias não consecutivos, utilizando o protocolo de
registro apresentado no Apêndice G. Especial atenção foi dada à
observação, pesagem e registro de todos os ingredientes utilizados na
confecção de cada preparação do cardápio (incluído o fator de correção
e cocção), verificando se estavam condizentes com os estipulados no
cardápio, às substituições de ingredientes ou de formas de preparo
realizadas durante a produção e/ou finalização dos pratos, às técnicas e
padronização de preparo empregada, bem como o rendimento por peso
da preparação e da porção. Todos os ingredientes utilizados em cada
preparação foram pesados com o auxílio da balança de precisão da
marca Diamond, com capacidade de 500 g e precisão de 0,1 g e balança
eletrônica da marca Filizola, modelo CS-15, com capacidade de 15 kg e
precisão de 5 g.
A partir do acompanhamento do processo produtivo e do
registro de cada preparação executada do cardápio, foram elaboradas as
informações nutricionais que foram previamente definidas durante a
condução dos grupos focais no Brasil (fase 1 da presente pesquisa) e
foram formatadas com o auxílio do software Microsoft Office
97
Powerpoint. Então, três novos modelos de cardápios foram impressos,
onde cada um continha um tipo de informação nutricional diferente,
bem como um cardápio sem informação (controle) (APENDICE H).
5.2.2.5 Coleta, tratamento e análise dos dados da etapa quantitativa
As etapas de coleta dos dados foram realizadas da seguinte
maneira:
a) Antes da intervenção, os dados do cadastro on-line foram
compilados e os referentes ao sexo, presença de obesidade e restrição
alimentar foram utilizados para realizar a randomização estratificada da
amostra. Conforme Medronho et al. (2009), nesta técnica de
randomização, são formados estratos a partir de características que
possam intervir no desfecho do estudo, sendo a alocação aleatória feita
dentro de cada estrato, para aumentar a chance dos grupos ficarem mais
homogêneos quanto a esses fatores. Assim, os voluntários foram
randomizados em um dos três grupos correspondentes aos diferentes
formatos de informações nutricionais: 1) sem informação nutricional
(grupo controle); 2) semáforo nutricional (traffic light system) e o
percentual de valor diário de referência (Guideline daily amounts – GDA); 3) informação alimentar com lista de ingredientes e símbolos de
alerta. A randomização foi do tipo estratificada por sexo, IMC (ìndice de
massa corporal) e restrições alimentares. Dezesseis grupos pré-definidos
conforme sexo, presença de excesso de peso e presença de restrição
alimentar foram formados para serem randomizados em uma das três
condições de intervenção proposta. Considerou-se esses fatores por
poderem influenciar as escolhas alimentares saudáveis, sendo, portanto,
possíveis fatores de confundimento20
(Quadro 8). A ordem aleatória dos
participantes em cada grupo foi determinada com o auxílio do programa
on-line Research Randomizer (http://www.randomizer.org), garantindo
maior homogeneização e um número semelhante de participantes nos
grupos controle e intervenção, usando códigos para cada participante.
Apenas os pesquisadores estavam cegos para os grupos alocados até a
condução das análises, quando os códigos foram revelados.
20 LANDO; LABINER-WOLFE, 2007; MISRA, 2007; DRISKELL; SCHAKE;
DETTER, 2008; GEREND, 2009; PIRON et al., 2009; BLEICH; POLLACK , 2010 ; AVCIBASIOGLU et al., 2011; DUMANOVSKY et al., 2011;
HEATHCOTE; BAIC, 2011.
98
QUADRO 8 – Divisão de grupos para randomização estratificada.
1 2 3 4 5 6 7 8
Sexo
feminino
Sexo
feminino
Sexo
feminino
Sexo
feminino
Sexo
feminino
Sexo
femini-no
Sexo
feminino
Sexo
feminino
Sem excesso
de peso
Sem excess
o de peso
Sem excesso
de peso
Sem excesso
de peso
Com excess
o de peso
Com excesso
de peso
Com excesso
de peso
Com excesso
de peso
Sem Restri-
ção
alimen-tar
Restri-ção por
motivo
de doença
Restrição por
motivo
de alergia /intole-
rância
Restri-ção por
segu-
imento de
dieta
Sem Restri-
ção
alimen-tar
Restri-ção por
motivo
de doença
Restrição por
motivo
de alergia
/intole-rância
Restri-ção por
segu-
imento de
dieta
9 10 11 12 13 14 15 16
Sexo
mascu-lino
Sexo
mascu-lino
Sexo
mascu-lino
Sexo
mascu-lino
Sexo
mascu-lino
Sexo
mascu-lino
Sexo
mascu-lino
Sexo
mascu-lino
Sem excesso
de peso
Sem excess
o de peso
Sem excesso
de peso
Sem excesso
de peso
Com excess
o de peso
Com excess
o de peso
Com excesso
de peso
Com excesso
de peso
Sem
Restri-ção
alimen-tar
Restri-
ção por motivo
de doença
Restri-
ção por motivo
de alergia
/intole-rância
Restri-
ção por segui-
mento de
dieta
Sem
Restri-ção
alimen-tar
Restri-
ção por motivo
de doença
Restri-
ção por motivo
de alergia
/intole-rância
Restri-
ção por segui-
mento de
dieta
b) No dia de intervenção, no horário do almoço (entre 11:00 e
14:00), ao chegarem ao restaurante, os participantes se dirigiam a um
dos membros da equipe de pesquisa e a eles era fornecido um dos
cardápios impressos, conforme estrato a que foram anteriormente
alocados de forma aleatória. Os participantes foram instruídos a
99
observarem o cardápio entregue e escolherem os itens do cardápio que
tinham a intenção de consumir, esses itens foram anotados pelos
próprios participantes em comanda específica e com numeração
diferenciada para cada grupo pesquisado. Após, a comanda foi entregue
para um dos coletadores de dados e guardadas para posterior análise. A
refeição consumida pelos participantes foi gratuita, sendo financiada
pela presente pesquisa. O objetivo dessa etapa era analisar a intenção de
consumo dos itens saudáveis do cardápio, conforme o preconizado pelo
Guia Alimentar para população brasileira (BRASIL, 2008), comparando
a intenção de consumo do grupo controle com cada grupo intervenção.
Os dados coletados na intervenção foram duplamente digitados
no software Excel, com checagem de consistência.
Para a descrição da amostra do estudo, quanto às variáveis
antropométricas, demográficas e comportamentais, foi realizada a
análise estatística descritiva básica, em frequência absoluta e percentuais
(Quadro 9).
100
QUADRO 9 – Estatística descritiva dos dados da pesquisa
Variável Tipo de análise Objetivo
Sexo Frequência absoluta e
relativa de homens e mulheres na amostra.
Identificar o número de
mulheres e homens em cada um dos três grupos
estudados.
Idade Frequência absoluta e
relativa de faixas etárias na amostra.
Identificar o número de
estudantes nas diferentes faixas etárias em cada
um dos três grupos estudados.
IMC Frequência absoluta e
relativa da presença ou ausência excesso de peso
na amostra.
Verificar a frequência de
excesso de peso em cada um dos três grupos
estudados.
Frequência com que
almoça em restaurante
Frequência absoluta e
relativa com que os participantes almoçam em
restaurantes.
Verificar se os
participantes, de cada um dos três grupos
estudados, têm o hábito de almoçar em
restaurante.
Restrição alimentar Frequência absoluta e
relativa, para caracterizar a amostra.
Em cada um dos três
grupos estudados, identificar se os
participantes possuem ou não restrição
alimentar.
Para as variáveis antropométricas, com base nas medidas de
peso e altura autorreferidas pelos participantes, foi calculado o IMC
(Índice de Massa Corporal) de todos os participantes. O IMC é
amplamente aplicado na classificação do estado nutricional, sendo
definido como o peso, em quilogramas, dividido pelo quadrado da
altura, em metro (kg/m²) (WHO EXPERT..., 2004). O IMC dos
participantes foi dicotomizado nas categorias sem excesso de peso ou
com excesso de peso. Como os participantes foram somente adultos,
com idade entre 20 a 45 anos, a classificação foi dada mediante a
aplicação dos pontos de corte recomendados para essa faixa etária pela
OMS, conforme Quadro 10.
101
QUADRO 10– Pontos de corte do índice de massa corporal estabelecido
para adultos.
Índice de massa corporal
(kg/m²)
Diagnóstico nutricional
< 25 Sem excesso de peso
≥ 25 Com excesso de peso
Fonte: WHO, 1995.
Após a descrição da amostra, as características da amostra
foram comparadas entre os grupos por meio do teste de qui-quadrado,
para verificar se os três grupos de estudo foram randomizados
corretamente por presença ou ausência de excesso de peso, sexo e
presença ou ausência de restrição alimentar.
Todas as análises, tanto descritivas quanto analíticas foram
conduzidas utilizando o software estatístico STATA 11 (Statacorp,
College Station, TX, USA), considerando o valor de p < 0,05 como
indicativo de significância estatística.
Quanto aos dados relacionados à escolha de itens considerados
saudáveis, foi realizado análise analítica por meio do teste ANOVA,
para verificar se havia associação significativa entre escolhas
alimentares saudáveis (somatória do número de saladas,
acompanhamentos quentes considerados saudáveis e carnes
consideradas saudáveis assinaladas nas comandas) e cada uma das
condições de intervenção (grupo controle, grupo intervenção 1, grupo
intervenção 2), além de analisar associações por sexo, IMC, restrições
alimentares e frequência que almoça em restaurante. Se fosse encontrada
significância, seria conduzido o teste post-hoc de Bonferroni, Os
resultados foram apresentados com média e desvio padrão, após análise
de simetria das variáveis.
102
103
CAPITULO 6 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste capítulo, traz-se o manuscrito referente à fase qualitativa
da tese, no formato submetido e aceito pela Revista de Nutrição. Traz-se
também o manuscrito referente à fase quantitativa da tese, no formato
submetido a periódico científico. Em apêndice encontra-se também a
nota de imprensa proveniente desta tese (Apêndice I). São ainda
abordados e discutidos nessa seção os resultados do estágio de
doutorado no exterior.
6.1 MANUSCRITO ORIUNDO DA FASE 1: GRUPOS FOCAIS
OLIVEIRA, R.C.; FERNANDES, A.C.; PROENÇA, R.P.C.;
HARTWELL, H.; RODRIGUES, V.M.; FIATES, G.M.T. Preferences
for menu labelling formats of young adults in Brazil and in the UK.
Revista de Nutrição, v. 30, n.3, 2017.
PREFERENCES FOR MENU LABELLING FORMATS OF
YOUNG ADULTS IN BRAZIL AND IN THE UK
Abstract
Objective: This pilot study was aimed at exploring preferences of
young adults in two different contexts on restaurant menu labelling
formats.
Methods: Focus groups were conducted with 11 participants in Brazil
and with 25 in the United Kingdom. Themes originating from the
content analysis of the transcriptions were organised around four
possible menu labelling formats: 1) numerical information on calories;
2) numerical information on calories and nutrients; 3) traffic light
system plus Guideline Daily Amounts (GDA); 4) food information with
ingredients list and highlighted symbols.
Results: In both countries, participants preferred the ingredients plus
symbols format, considered more comprehensive and useful to inform
food choices. Organic food and vegetarian symbols were the ones
104
considered most important to appear on restaurant menu labels with
ingredients list. However, most participants rejected the information
restricted to calories / calories plus nutrients formats, saying that these
would not influence their own choices.
Conclusions: Results evidenced similarities in customers’ likes and
dislikes for menu labelling formats in two different contexts.
Discussions showed participants prefer qualitative information than
numerical information, suggesting that ingredients list and symbols
provide information that people want to see on the menu.
Keywords: Nutrition information; Restaurant; Food choices; Focus
group; Qualitative research.
Resumo
Objetivo: Este estudo piloto teve como objetivo explorar as
preferências de adultos jovens em dois diferentes contextos, quanto a
formatos de informações nutricionais em restaurantes.
Métodos: Grupos focais foram conduzidos com 11 participantes no
Brasil e 25 no Reino Unido. Os temas originados da análise de conteúdo
das transcrições foram organizados em quatro possíveis formatos de
informação nutricional em restaurante: 1) informação numérica de
calorias; 2) informação numérica de calorias e nutrientes; 3) sistema de
semáforo nutricional acrescido de valor diário de referência (VD); 4)
informação alimentar contendo lista de ingredientes e símbolos de
destaque.
Resultados: Em ambos os países, os participantes preferiram o formato
com ingredientes e símbolos, considerando-o mais compreensível e útil
para realizar escolhas alimentares informadas. Os símbolos de alimento
orgânico e vegetariano foram considerados mais importantes para serem
disponibilizados junto à lista de ingredientes nos restaurantes.
Entretanto, a maioria dos participantes rejeitou o formato contendo
apenas a informação de calorias e de calorias mais nutrientes,
afirmando que esses formatos poderiam não influenciar suas escolhas
alimentares.
Conclusões: Os resultados evidenciaram similaridades nas preferências
e rejeições quanto aos diferentes formatos de informação nutricional em
restaurante, nos dois diferentes contextos. O estudo mostrou que os
participantes preferiram a informação qualitativa em detrimento à
informação numérica, sugerindo que o formato contendo lista de
ingredientes e símbolos fornece a informação que as pessoas querem
ver nos cardápios em restaurantes.
105
Palavras-chave: Informação nutricional; Restaurante; Escolhas
alimentares; Grupos focais; Pesquisa qualitativa.
Introduction Menu labeling is a policy strategy to educate consumers and
prevent obesity and other chronic diseases, due to the potential to
influence food choices, and guide consumer healthy selection (Bleich
and Pollack, 2010; Malik et al., 2013).
The provision of menu labelling has been widely debated
around the world. Only in the United States of America (USA) is it
mandatory as federal law, where restaurants that are part of a chain of 20
or more must provide calorie information (United States of America,
2014).
In Brazil, the provision of menu labelling is voluntary.
Although there is no national legislation, the subject information is
being discussed and Brazilian government recommends the provision of
menu labelling, but without suggesting formats to be adopted (Brazil,
2013).
In the United Kingdom (UK), the provision of menu labelling is
also voluntary (United Kingdom, 2012), however the discussion has
been occurring for a long time and some formats, as traffic light system
has been tested on menus (Heathcote & Baic, 2011; Gerlach, 2013).
There is no one recommended design to provide menu labelling
in restaurants, substantially varying the way that this information is
made available and different nutritional information formats for
packaged food is being adapted for use in restaurants (Feldman et al., 2013).
According to systematic review articles (Kiszko et al., 2014;
Long et al., 2015; Sinclair et al., 2014; Swartz et al., 2011), most of
menu labelling studies tested only calorie information, followed by
calorie and nutrients information, calorie information plus other factors
such as traffic light, daily. One study evaluated in the Sinclair et al. (2014), tested a qualitative menu labelling format, containing the heart
symbol, without calorie information.
These systematic review showed contradictory results and there
is no consensus of which menu labelling format is the most effective to
help consumers make an informed and healthy choice, as well as what
format would be preferred by consumers to be available in restaurants.
Thus, the goal of this qualitative research was to explore
university young adults’ preferences for menu labelling formats in
different contexts, in Brazil and in the UK.
106
Methods Focus groups were used in this study to gather insight into the
preferences of young adults regarding different menu labelling formats.
In both countries, participants were recruited in universities
through email messages. To be eligible to participate, volunteers should
be at least 20 years old; they should be Portuguese-speaking (in Brazil)
or English-speaking (in the UK) and are not enrolled on a food-related
or nutrition degree programs.
Recruitment was discontinued once the same themes continued
to emerge across groups and when participants no longer contributed
new themes to the overall discussion.
Focus group sessions lasted between 40 and 60 minutes, and
comprised five to eleven individuals from both sexes. Before each
session, all participants provided informed consent. Research protocol
was approved by Ethics Committee. Participants also completed a
survey about dietary restrictions and eating out habits.
Two focus groups were conducted in a Brazilian university in
October 2013, and three focus groups were conducted in a UK
university in March 2014.
Sessions were conducted by two investigators with one of them
acting as moderator and the other observing and taking notes. At the
beginning of each session, the moderator outlined the aim of the study to
the participants, explained how the activity would be conducted and
how confidentiality would be warranted. A semi-structured guide was
used by the moderator to help guide the discussion and ensure
consistency (Fig. 1).
After an icebreaker talk, a menu contained only numerical
information of calories was given to the participants (A)(Fig. 2). After
this, three other menus with different menu labelling formats were
distributed one at a time, followed by a discussion about how those
different formats could help participants order dishes and make food
choices.
The second menu presented for discussion contained numerical
information of calories and nutrients. Since table formats in packaged
foods differ between countries, they were adapted to accordance with
the rules for packaged foods in Brazil (Brasil, 2003) (B) and the
European Union (European Communities, 2011) (B1) (Fig.2).
The third menu presented traffic light system with the addition
of guideline daily amounts (GDA) (C) (Fig. 2). Studies have been
107
testing this information in different countries, including the UK; hence
this menu labelling format was chosen to be part of the research.
The last contained food information with ingredients list and
highlighted symbols (contains gluten, lactose, trans fat, genetically
modified organisms (GMO), or is suitable for vegetarian, is organic or
locally sourced). This menu labelling format was adapted from a
previous study conducted by Feldman et al. (2013) (D) (Fig. 2).
At the end of each session, the moderator reiterated the
conclusions of the focus group by summarizing the groups’ answers
using the following rhetorical question: ‘‘In sum, what menu labelling
would you prefer on the menu?”
The sessions were audio-recorded for accuracy of transcription
and analysis. The recordings were fully transcribed verbatim and those
conducted in Portuguese were translated to English. Content analysis
was used to analyse the transcripts considering similarities and
differences (Bardin, 2010).
Results
Overall characteristics of participants Thirty-six young adults participated in the focus groups, eleven
participants in Brazil and twenty-five in the UK. More than half of
them were female and ages ranged from 20 to 30 years. Almost all
participants mentioned the habit of eating out, 48% of them mentioned
having dietary restrictions (36% in Brazil and 12% in the UK). From
those with dietary restrictions, all participants reported restrictions of
foods with animal origin in Brazil and 33% in the UK. Moreover, in the
UK, 67% of the people that reported dietary restrictions had the
condition diabetes.
Data analysis Themes originated from the analysis of data were organised
according to the four menu labelling formats evaluated: 1) Numerical
information of calories; 2) Numerical information of calories and
nutrients; 3) Traffic light system plus GDA; 4) Ingredients list and
highlighted symbols.
Numerical information of calories
Brazilian participants said that since most of the people do not
know what calories are and how to use this information, it would be
better to detail ingredients, and not calories. Some Brazilian participants
considered calorie information more important on packaged foods,
108
while others said calories did not influence their food choice, as
exemplified by a woman statement: “I do not choose food by the amount of calories, but by what I want to eat”.
In the UK, most participants reported this information would
not help people make an appropriate food choice. “If I want to eat
something, I ignore calories” said one female respondent. However,
some participant stated calorie information can help people make a
healthy choice and choose lower calorie dishes. One woman stated: “It
can help, if you know how many calories you need and also the nutritional value of dishes. The menu labelling format containing
numerical information of calories was rejected for most participants in
Brazil, and was considered useful only by one group of UK participants.
Numerical information of calories and nutrients
In both countries, this format was criticized. Most Brazilians
respondents mentioned that nutritional information is hard to understand
for being very confusing and does not draw attention to the dishes as
aggravated by information overload.
Several Brazilians stated that not everyone could understand
this information and it would be more interesting to put only the most
relevant information on the menu. One man’s statement reflected the
view of others: “It should highlight the most important nutrient, a warning or a highlight instead of putting the whole table”.
In the UK, most participants said more time would be required
to read and understand the information, because many terms are not
understood. “There is too much information. This is not a menu, it is nutritional guidance” said one male respondent. One woman stated: “I
go to the restaurant to relax; I do not want to have to read”. Some
participants reported that tables are good as comparative parameters, but
not for menus. One woman said: “You do not have time to read this type of information... Perhaps it could be on the website, because it may be
interesting to some people”. Another woman said “It is nice to have the option of having access to this information, but not on the menu”.
Regarding the influence on food choice, in both countries, all
respondents said this information would not influence their food
choices. In the UK, most participants reported that lots of information,
as in this menu labelling format, disrupts the pleasure of food choices.
One man added: “When you go to a restaurant you go to have fun and you eat what you want to eat”.
Accordingly, in both countries, this menu labelling format was
rejected by participants.
109
Traffic light system plus GDA
Most Brazilian participants considered this menu labelling
format easy to understand because of the traffic light colours. One
woman stated: “The colour scheme draws attention and is easy to read”.
Only one woman disagreed: “This information is confusing. I do not like
it”.
Notwithstanding, most respondents said this information could
help them make a healthy choice. One woman said: “We can compare
the foods to make a healthy choice”.
Two Brazilian participants reported this information could help
other people make a healthy choice, but it is not suitable for all types of
restaurants. One woman said “I would not like this information in pizzerias or pubs, for example, it would be negative for these
restaurants”.
In contrast, in the UK, some participants reported this format is
confusing. “I do not understand what the traffic light system is and other people also do not understand” said a female participant. One man
stated: “This information is confusing, how can the fried chicken be
better than the homemade soup? It is difficult to compare”. Another
man agreed: “You do not know how anything is prepared through this information, I do not know, it is confusing”. Some participants
considered this information better for packaged foods. “I think this information is interesting only for packaged food. I would not like to have this information in restaurants” said one woman. Another woman
stated: “It is more useful on packaged foods, because we have more time to see and read the information”.
Most British participants indicated this format could not help
them make an appropriate food choice. For example, one man stated:
“For me, it would not change my choice, it makes no difference if it is
present or not”. Another man agreed: “It does not change my choice if I do not know the ingredients”.
Even so many participants considered that this menu labelling
format was not ideal for restaurants; this format was the second
preferred option for all groups in Brazil and two groups in the UK.
Ingredients list and highlighted symbols In both countries, most participants considered this format easy
to understand. They reported it to be the best menu labelling for
restaurants. For example, a Brazilian man stated: “This is the best,
showing ingredients”. Another Brazilian man agreed: “I liked this
110
layout. It is better for people.” In the UK, a female participant said: “It
is the most important, especially the description of the ingredients”.
Although most participants reported this one is the best format,
in both countries participants made suggestions for improvement. In
Brazil, for example, one man suggested: “It is the most important menu
labelling… it shows all the ingredients including the hidden ingredients. For example, what are the ingredients of mayonnaise?” One woman
agreed: “I want to see the complete list of ingredients, but I think that
restaurants would put only the most basic ingredients on the menu”…
Furthermore, participants suggested leaving only the symbols of trans
fat, GMO, organic and vegetarian. For them, the specific information
about allergens would already be in the ingredients list. “Information on allergens you see on the list of ingredients. The most important
information is trans fat” said one woman.
In the UK, most participants suggested that only the main
ingredients needed to be shown on the menu, not the entire list of
ingredients. “I think it is unnecessary to know all the ingredients, I do not need to know if it has vegetable oil, salt and pepper, for example”,
said one male participant. One female participant’s opinion: “I do not
care if they used olive oil or other oil”. “I do not want to see on the list of ingredients the word fat, I do not want to know if it is there or not”
said another woman.
Although they were of the same opinion as Brazilians on the
organic and vegetarian information, as well as, the allergen information
already being in the ingredients list, British participants considered
some symbols were irrelevant. “The allergens you can see in the ingredients list” said two women. One male participant stated: “I do not
have a problem with trans fat and GMO, so this information is not necessary”. One woman said: “People do not want to see negative
things like trans fat and GMO. We do not want to know”.
Regarding the influence on food choices, in both countries,
most participants agreed this menu labelling format could help them
make appropriate food choices. In Brazil, for example, one woman
stated: “This information would absolutely influence my choice of
foods”. In the UK, one man said: “This information can make people change their idea of what they will eat”.
This menu labelling format was the preferred option by all
groups in Brazil and in the UK. However, participants in both countries
said it could be improved.
111
Discussion
Results revealed that menu labelling format presenting
ingredients list and highlighted symbols was the one chosen by
participants in both countries, because according to them it was the
easiest one to understand and was the best option to help them make an
informed choice.
Results are in agreement with those obtained by other
researchers in the USA, who reported that consumers prefer simple
menu labelling formats (such as symbols) and are more likely to use
menu labelling when the information is easy to understand and requires
minimal effort (Lando & Labiner-Wolfe, 2007; Morley et al., 2013).
All participants from both countries indicated that they wanted
to know the dishes’ ingredients and that the presence of ingredients list
is important to make food choices. British surveys have shown that
people want to know what ingredients are present in the food they eat,
and would take into consideration the ingredient information on menus
(United Kingdom, 2008; Mackison et al., 2009). However these studies
did not reveal why consumers want this information and what
ingredients consumers wanted to see on the menu, as was shown in our
study.
Regarding the symbols, in both countries, organic food and
vegetarian symbols were the ones considered most important to appear
on menus. Furthermore, participants considered allergen signaling
unnecessary, since allergen ingredients would be mentioned in the
ingredients list. Although respondents in the UK did not care about
allergens, allergy information on menus is mandatory since December
2014 across the European Union (European Communities, 2011).
While Brazilians considered GMO and trans fat symbols
important, UK participants did not show the same concern about this
information. Brazilians could have been more interested in GMO and
trans fat information because of their largest exposure to foods
containing these components. In both countries, GMO labelling is
mandatory on packaged foods (Brasil, 2003; Brasil, 2005;European
Communities, 2003 ). However, in the UK, there is no commercial
production of GM foods and the use of GM ingredients in animal feed
and processed food has been rejected by large corporations (United
Kingdom, 2014).
In addition, trans fat labelling in packaged foods are mandatory
in Brazil (Brasil, 2003; Brasil, 2005); and the presence of such fat in
processed foods has been increasing (Silveira et al., 2013). Trans fat
labelling is not mandatory in UK, but Roe et al. (2003) have shown a
112
considerable decrease in the utilisation of trans fat by the British food
industry.
Most participants in both countries rejected the idea of
numerical formats (only calories and calories plus nutrient table),
considering that these information would not influence their food
choice. The availability of numerical information can actually be an
obstacle to the use of menu labelling, since many people considered it
confusing. In a focus group study in the UK, participants found much
information can be confusing, and considered calorie counting an anti-
social behaviour (Alexander et al., 2010). Ellison et al. (2014), in USA,
also identified that numerical labels did not influence food choices.
Furthermore, participants in both countries mentioned that
people in general did not know the meaning of calories and therefore
this menu labelling format could not influence food choices. According
to Blumenthal & Volpp (2010); Lee et al. (2013), despite calorie content
being a simple format, consumers may find it difficult to understand and
not be familiar with the ideal amount of calories they should consume
daily.
Moreover, studies have shown only calorie information is not
sufficient to modify consumer behaviour in restaurants, suggesting the
inclusion of interpretative or descriptive menu labelling formats, besides
calories, need to be present to influence food choices (Fernandes et al., 2015; Kiszko et al., 2014; Schornack et al., 2014; Sinclair et al., 2014).
The traffic light system plus GDA was considered the second
best menu labelling option from most participants in both countries.
Brazilians considered this information could be easy to understand and
could help them make an appropriate food choice. Previous studies
conducted in the UK showed the traffic light system can be effective to
encourage healthy choices and can be a good menu labelling format for
restaurants (Heathcote & Baic, 2011; Gerlach, 2013). Even many
British participants considered format as the second preferred menu
labelling option, for some students this information is confusing,
suitable only for packaged foods and unable to help them with food
choices. One possible explanation for the rejection of the traffic light
format by some respondents in the UK is that although they have been
exposed to this type of information on packaged foods since 2004, they
still think this format is confusing and maybe this type of information is
not so clear for consumers (United Kingdom, 2007). According to
Hammond et al. (2013), the traffic light system may be better
understood on packaged foods because it is possible to read one label at
a time and compare packages, which is difficult in a restaurant setting.
113
This investigation adds to the small number of recent studies
regarding food information strategies on restaurant menus. An
experimental study with 329 adults in France found that a food
information format was perceived as friendlier and drew more attention
than nutrients information. However, the authors did not identify which
format was preferred by the participants (Gomez & Minous, 2012). A
survey conducted in Brazil with 300 adults, showed that about 73% of
the respondents considered that food information as provided was very
good (Barbieri et al., 2012). However, this was a single study that was
conducted in one day only, testing only one menu labelling format and
the study did not ask whether the participants had questions or
preferences related to the information provided. Additionally, in a focus
group study conducted with university students in the USA, among
other information, participants selected ingredients list and
nutrients/food ingredients icons to be available on the university
foodservice menu (Feldman et al., 2013).
Conclusions
These results from two countries of different continents bring a
look across national borders on the preference of young adults regarding
menu labelling formats.
Although this innovative study was conducted in different
contexts, in the both countries were found the agreement among
participants in relation to the preference of ingredients list plus symbols
format. Also there was agreement in the rejection to numerical
information formats. The participants considered it more useful to put
only the most relevant information on the menu than a lot of information
that can be confusing.
Furthermore, ingredients list and symbols could help them
make an informed food choice whilst also allowing the freedom to eat
away from home.
Ingredients list plus symbols, by being able to influence
positively food choices, can be part of public policy, as a strategy for
health promotion and address the escalation of obesity and other chronic
diseases. Moreover, it can be used as a format to be adopted in future
legislation on menu labelling around the world.
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food information to consumers, amending Regulations (EC) No
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the Council, and repealing Commission Directive 87/250/EEC, Council
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Illustrations:
Figure 1 - Semi-structured guide used to conduct the focus groups about
menu labelling formats. Question 1 - If you arrive at a restaurant and you see this menu, what would you choose? Why? This type of menu helps you to make appropriate
food choices?
Question 2 – And this other menu with calorie information, what do you think about this information? Why? Would this information help you to make
appropriate food choices at restaurants? Why?
Question 3 – Another menu with calorie and nutrients information, what do you think about this information? Why? Would this information help you to make
appropriate food choices at restaurants? Why?
Question 4 – Another menu with traffic light system plus Guideline Daily
Amounts (GDA), what do you think about this information? Why? Would this information help you to make appropriate food choices at restaurants? Why?
Question 5 – The last menu, food information with ingredients list and
highlighted symbols, what do you think about this information? Why? Would this information help you to make appropriate food choices at restaurants?
Why?
Question 6 – If you have to choose, which menu labelling format you prefer?
Why? Do you have some suggest for improvement?
118
Figure 2 – Menu labelling formats used in focus groups.
A) Homemade soup
1 tablespoon (25ml) – 163kJ/39kcal
B) White rice 1 tablespoon (25g) contains:
( * ) % Daily Values are based on a diet of 2000 kcal or 8400 kJ. Your
daily values may be higher or lower depending on your energy needs.
B1) Homemade soup
NUTRITION INFORMATION
Typical values Per 100g Per serving %GDA
Energy 652kJ/156kcal 163kJ/39kcal 2%
Protein 63.6g 15.9g 11%
Carbohydrate of which sugars
156g 14g
39g 3.5g
13% 3%
Fat
of which saturates
64g
30.4g
16g
7.6g
20%
50%
Fibre 11.6g 2.9g 11%
Sodium 3.6g 0.9g 36%
Salt equivalent 10.8g 2.7g 45%
GDA = of an adult’s guideline daily amount
9 221mg Sodium
2 0,4g Fibre
-- 0g Trans fat
0 0g Saturates fat
20 11g Total fat
0,8 0,6g Proteins
2 7g Carbohydrates
2 32 Kcal = 134kJ Energy
%DV* Per serving
119
C) Homemade soup 1 tablespoon (25ml) contains
Energy
163kJ/ 39kcal
Fat
16g
Saturates
7.6g
Sugars
3.5g
Salt
2.7g
Of the guideline daily amount*
D) Homemade soup Ingredients: potato, bacon, onion, cream, butter, wheat flour, garlic, salt, black
pepper.
GM (genetically modified food) contains lactose contains
gluten
2% 50% 3% 45% 20%
120
6.2 MANUSCRITO ORIUNDO DA FASE 2: ENSAIO
CONTROLADO RANDOMIZADO
Submetido a periódico científico.
MENU LABELLING FORMATS AND HEALTHY FOOD
CHOICES: A RANDOMISED CONTROLLED TRIAL
Abstract Menu labelling is a policy strategy designed to inform
consumers’ food choices and thereby prevent obesity and other chronic
diseases, due to the potential to influence food choices and guide
consumer healthy selection. The purpose of this study was to examine
the effect of different menu labelling formats on healthy food choices in
a real restaurant setting. This cross-sectional, randomised and controlled
parallel-group trial was conducted in Brazil in 2013. 313 university
students were randomly assigned to one of three parallel groups with
different menu labelling formats. Of these, data from 233 students were
analysed. The others did not attend and were excluded. Intervention
group 1 (n=88) received information in the form of a traffic light system
plus guideline daily amounts, while intervention group 2 (n=74) was
presented with an ingredients list plus highlighted symbols. The control
group (n=71) received a menu with no menu labelling. Data were
collected on one weekday in a restaurant setting. Trial outcomes were
assessed by healthy food choices. Healthy food choices were
significantly higher among students who received the menu showing an
ingredients list plus highlighted symbols. The same menu labelling
format positively affected healthy food choices in women, not
overweight participants and who often ate out more than twice a week.
In conclusion, a menu labelling format that presented an ingredients list
and highlighted symbols was positively associated with healthy food
choices among university students in Brazil. This type of labelling could
be adopted in future legislation on menu labelling in Brazil and around
the world.
Keywords: Nutrition information; Restaurant; Foodservice; Food
choices; Intervention.
121
Introduction
The term menu labelling can be used in different contexts, as a
synonym for calorie information (1, 2)
, for nutritional information (3,4)
, for
the coloured traffic light system(5,6)
, or for food and nutritional
information(7,8)
. For the purposes of the present study, menu labelling
refers to all calorie information, nutritional information (such as
calories and nutrients), and food information (e.g. ingredients list,
highlighted symbols to designate ‘vegetarian’ and phrases like ‘contains
gluten’), as well as the traffic light system plus guideline daily amounts.
Menu labelling is a public health strategy that is debated around
the world as a way to help prevent obesity and other chronic diseases by
informing consumers’ choices (9,10)
. However, only in the United States
of America (USA) is it mandatory under federal law; there, restaurants
and similar food service establishments that are part of a chain of 20 or
more must provide calorie information on their menus(11)
. In other
countries (e.g. Canada and Australia), menu labelling comes under local
laws, but not federal law.
In Brazil, although there is no national legislation, menu
labelling is being discussed by ANVISA (Brazilian Health Surveillance
Agency). In some places there are local laws which require nutritional
information to be presented on menus but there is no evidence of law
enforcement and if this initiative is effective for consumer use (12)
.
Consumers report wanting menu labelling to be available to
help them make informed choices; this is especially so for those who
have dietary restrictions related to health, such as allergies and
intolerances, and those with religious or philosophical requirement (12,13,14)
. Unfortunately, they often find it hard to read and understand the
information, mostly because of the mathematically complex numeric
information on calories and nutrients (15,16,17,18)
.
There is no a standard design to provide menu labelling in
restaurants, and the way this information is made available varies
substantially. According to the Food Standards Agency (FSA) in the
United Kingdom (UK), consumers consider standardisation of menu
labelling design important to allow differentiation among dishes, and to
facilitate their use and understanding of this information (19)
.
Because of the lack of standardisation and definition on what is
the best menu labelling design a variety of food and nutritional
information formats for packaged food are being adapted for restaurant
use, such as the traffic light system and nutrition table formats (7)
.
122
However, if the available information is not presented in a
simple and easily understandable format, consumers may become
confused (20)
. Authors report that consumers have difficulty
understanding quantitative information such as calories, fat and sodium
counts, but can easily recognise qualitative information about different
dishes (18,21)
.
Studies have shown that providing only calorie information is
insufficient to modify consumer behaviour in restaurants; this suggests
that the inclusion of interpretative or descriptive menu labelling formats,
besides calories, is required to influence food choices (22,23,24,25)
.
A survey conducted in the USA among 487 university students
has shown that ninety-six per cent of participants reported that they
wanted menu labelling in canteens and eighty-eight per cent of
university students said that menu labelling could affect their food
choice at least sometimes. Respondents also indicated a preference for
less information, focusing more on calories, ingredients and fat (13)
.
For many students, meals eaten in university restaurants or
canteens are their main meals of the day (26)
; and often they describe
menu labelling designs in these venues as confusing and difficult to
follow (27)
.
Therefore, the aim of this study was to examine the effect of
different menu labelling formats on healthy food choices in a real
restaurant setting. According to the results of a preliminary focus
groups study to develop the tested formats, we hypothesised that
selected menu labelling formats could influence healthy food choices.
Method
Study design
A cross-sectional, parallel group cluster randomised controlled
trial was undertaken in Brazil with university students in a restaurant
setting in 2013. The participants were randomly assigned to three
parallel groups with different menu formats: traffic light system plus
guideline daily amounts (TLS+GDA); ingredients list plus highlighted
symbols (IL+S); or a control group, with no menu labelling (C), to
examine the effect on healthy food choices.
Menu labelling formats The tested menu formats were previously defined in five focus
groups conducted with university students in 2013. Focus groups were
conducted with 36 participants. Recruitment was discontinued once the
123
same themes continued to emerge across groups. Themes originating
from the content analysis were organised around four menu labelling
formats: 1) numerical information of calories; 2) numerical information
on calories and nutrients; 3) coloured traffic light system; 4) food
information with list of ingredients and highlighted symbols (contains
gluten, lactose, trans fat and/or genetically modified organisms; is
suitable for vegetarian and/or organic). University students preferred a
list of ingredients plus symbols format, which was considered more
understandable and useful to make informed food choices. The traffic
light system was considered the second preferred menu labelling format.
Numerical information of calories and nutrients as well as only calorie
information formats were rejected by most focus group participants(28)
(Figure 1).
In this study, the traffic light system was used plus GDA
(guideline daily amount) because consumers’ feedback in our focus
group study suggested that this information is considered more
understandable than the traffic light system only. Malam et al. (29)
also
showed a preference for the traffic light system plus GDA. Traffic light
colours designated low (green), medium (amber) or high (red) levels of
fat, saturated fat, sugar, salt and calories plus the percentage of the
GDA of energy and the same nutrients (30,31)
.
Food information with list of ingredients and highlighted
symbols (contains gluten, lactose, trans fat and/or genetically modified
organisms; is suitable for vegetarian and/or organic) was adapted from a
previous study conducted by Feldman, Hartwell and Brusca (7)
.
Selected restaurant
Selection of the location was intentional; we chose a restaurant
located near a university campus in Brazil, with university students who
agreed to participate in the study as consumers.
The restaurant offers a printed menu of the day serving a
selection of 18 dishes per day similar a fast buffet setting (five salads,
seven side dishes, six meat dishes). A typical costumer usually chooses
between 4-6 items per meal (1-3 salads, 1-3 side dishes, 1-2 meat
dishes). Nearly 500 meals are served daily between 11am until 2pm,
Monday to Friday. Structure of the menu and of the recipes are
standardised.
Participants and recruitment
To be eligible to participate, students had to be at least 20 years
old, in accordance with the World Health Organisation adulthood
124
definition (32)
and be undergraduate students. To minimize self-selection
bias, the participants were told that the study was a consumer survey in
a restaurant. Menu labelling and the word nutrition were not mentioned
in any recruitment material.
Subjects were all volunteers, recruited via social media and
email messages. Online advertisements contained a link to the
registration form, allowing eligible students to be contacted by the
research team.
The selected restaurant could support an increase of
approximately 250 people per day in addition to their usual 500
customers. Thus, sample calculation was based on 250 people plus 10%
due to losses or refusals and 15 % due to confounders, giving a total of
313 volunteers.
Some 430 students signed up to participate in the study, from
whom 375 volunteers were recruited having met the criteria of
eligibility, 313 (83.4% response rate) were blindly allocated to the
experimental condition. Of these, 233 students attended and participated
in the one-day intervention.
This study was conducted according to the guidelines laid down
in the Declaration of Helsinki and all procedures involving human
subjects were approved by the Human Ethics Committee of Federal
University of Santa Catarina (ethics number 484.782). All students who
agreed to participate in the study signed an informed consent form.
Random allocation and blinding The 313 volunteers recruited were randomly assigned to one of
the three parallel groups corresponding to different menu formats: 1) no
menu labelling (control group); 2) traffic light system plus GDA (TLS +
GDA 3) ingredients list plus highlighted symbols (IL +S).
Randomisation was stratified according to gender, BMI and dietary
restrictions. Sixteen groups were formed to be randomised into one of
three menu labelling formats proposed. Block randomisation was carried
out with a computer-generated list of random numbers, using codes for
the participants by an investigator with no involvement in the trial. A
stratified blocked randomisation scheme was used to achieve
comparability between the study groups.
Only investigators and staff were kept blind to the allocation.
Study protocol
125
Data were collected on a weekday during lunch time opening
hours (11:00-14:00). All menu labelling formats were tested
simultaneously. Upon arrival at the restaurant, each participant met
individually with a study staff member and was provided with one of the
printed menus having the labelling format corresponding to the group to
which they had been randomly assigned. Participants were then asked to
look at/ read the menu and order their meal annotating the chosen dishes
on a separate tally sheet. Study staff guided this procedure.
Meals chosen by the participants were free. The aim of this
stage was to analyse healthy food choices.
Measures Sample characteristics
During recruitment, volunteers completed a brief online
questionnaire about their age, gender, frequency of eating out, weight,
height and dietary restrictions. Gender was categorised as male / female,
age was categorised as 20-30; 31-40; > 40 years old, frequency of eating
out was categorised as ≤ twice a week; > twice a week, dietary
restrictions was categorised as do not have; vegetarian/vegan; disease,
allergy or intolerance.
Body weight and height Body weight and height were self-reported by participants
during recruitment of volunteers. Body Mass Index (BMI) was
categorised as not overweight (< 25 kg/m²) and overweight (≥ 25
kg/m²), according to the World Health Organisation (31)
.
Healthy dishes Healthy foods were classified according to a public policy
document, the Dietary Guidelines for the Brazilian Population (33,34)
, and
also according to the Food Diversity Index for Assessment of Diets(35)
.
Criteria to classify dishes as healthy were: - Salads: raw and cooked vegetables (low-fat;
boiled/steamed/roasted/grilled/braised) – without dressing.
-Side dishes: raw and cooked vegetables (low-fat;
boiled/steamed/roasted/grilled/braised) – without sauce; cooked beans;
cooked cereals, potatoes, roots (low-fat;
boiled/steamed/roasted/grilled/braised).
-Main courses: beef, pork, chicken, turkey, fish and seafood
(low-fat; boiled/steamed/roasted/grilled/braised).
126
According to the proposed classification method, twelve of the
eighteen dishes offered at the restaurant on the day of the study were
classified as healthy (67%):
- Salads: (four from five) lettuce and rocket, raw carrot and beet
salad, boiled cauliflower, boiled onion/aubergine/courgette mix;
- Side dishes (five from seven): boiled rice, boiled brown rice,
boiled black beans, pasta without sauce, stewed cabbage;
- Main courses (three from six): roasted beef, roasted chicken,
beef in tomato sauce.
Six of the offered dishes (33%) were classified as less healthy:
- Salad: pasta salad with mayo (because of having mayonnaise
sauce);
- Side dishes: potato chips, fried cassava flour (farofa) (high fat
dishes);
- Main courses: beef lasagne, fried chicken steak, and fried
breaded fish (high fat dishes).
A typical Brazilian meal is composed of salads (usually
vegetable oil, vinegar or lemon juice and salt as dressing), rice, beans,
meat dishes, potatoes or other side dishes.
Healthy menu items are prepared based on fresh food,
minimally processed food and cooking ingredients (such as salt)
(BRAZIL, 2015). It was not considered the amount of salt, but the use
of processed and ultra- processed food with high salt contents.
Statistical analyses All analyses were conducted using STATA 11 statistical
software (Statacorp, College Station, TX, USA) in 2014. A p-value of
<0.05 was accepted as statistically significant. No participant was
excluded from the analyses.
Sample characteristics reported as frequencies (%) were
compared between groups using chi-square test. ANOVA reported as
mean and standard deviation (SD) was used to examine cross-sectional
associations between healthy food choices and each experimental
condition and to examine associations by gender, BMI, dietary
restrictions and frequency of eating out. When a significant difference
was found, Bonferroni post hoc test was performed to determine
differences between each pair of groups.
127
Results
Recruitment and retention
The flow of participants through the study is shown in Figure 2.
From the 375 volunteers assessed for eligibility, 313 (83.4% response
rate) were included and randomised as follows and 62 students were
excluded in enrolment. 104 students were allocated to the control
group, 103 to TLS + GDA and 106 IL +S. Of these, data from 233
students were analysed. The others did not attend and were excluded.
In the one-day intervention, there were 71 participants in the
control group, 88 in the TLS + GDA group and 74 in the IL +S group.
Overall characteristics of participants
There were no significant differences in sample characteristics
across experimental conditions (Table 1).
Healthy food choices by experimental condition
Considering the total of 12 healthy items on the restaurant
menu, the mean of healthy items chosen by participants in control group
was 5.6 items, in TLS + GDA was 5.4 items and in the IL +S was 6.2
items. The number of healthy food choices was significantly higher
among students who received the IL+S menu (p<0.05) across
experimental conditions. (Table 2).
The presence of IL+S information positively affected women’s
healthy food choices, not overweight participants and also the healthy
food choices of those participants who ate out more than twice a week.
As shown in Table 2, there were no significant differences in
number of healthy food choices items chosen across individual dishes
(salads, side dishes, main courses) and dietary restrictions in the
different intervention groups.
TLS+GDA format had no significant effect on healthy food
choices.
Discussion
The more qualitative menu labelling format (IL+S) was
positively associated with healthy food choices. These results indicate
that visual information on ingredients and components of dishes can
quickly and effectively help consumers compare different options and
select the healthier ones when deciding what to eat in a restaurant
setting. A possible explanation for the effectiveness of this menu
128
labelling format is the fact that it is a simple, easy to understand
informative format which demands little time to be evaluated.
According to a systematic review (22)
, qualitative information
may prove more effective in promoting healthy eating. In the UK,
Alexander et al. (36)
investigated consumer attitudes towards menu
labelling and found that they preferred qualitative menu labelling,
without the presence of numbers to avoid confusion when using this
information. Similarly, in the USA, other researchers also reported that
simple menu labelling formats including the use of symbols are
preferred by consumers, who are more likely to use menu labelling that
requires minimal effort when compared to quantitative information (6,37)
.
Traffic light labelling is also considered a simple menu
labelling format and studies have shown a positive relationship between
the traffic light system and healthier food choices(6, 38,39,40)
. In the
present study however, this was not the case, as the TLS+GDA format
was not as effective as IL+S on influencing the choice of healthier
foods.
In our study, the IL+S labelling format positively affected
healthy food choices by women. This is in accordance with other studies
on the subject. Brazilian researchers suggested that Brazilian women
indeed make healthier choices when eating out (41)
. Additionally, it has
been reported that women are more likely to use menu labelling, and are
more motivated to try to understanding it (37,38, 42,43)
.
Although studies showed inconsistent association between
menu labelling formats and weight status, the presence of IL+S
information positively affected healthy food choices in not overweight
participants (44,45)
.
The presence of IL+S information also positively affected
healthy food choices in participants who ate out more than twice a week.
In this study, the restaurant selected is an everyday restaurant offering a
menu with simple dishes. A possible explanation is that people who
often have lunch away from home at everyday restaurants look for a
healthy diet and simple dishes, making healthier food choices than
people who almost never eat out or eat out at leisure restaurants looking
for special and different dishes including unhealthy food (46)
.
Healthy food choices were not significantly different across
dishes group and dietary restrictions for all menu labelling conditions.
Although associations between menu labelling conditions and dietary
restrictions were not found, the provision of information on ingredients
complemented by symbols does enable people who have health,
129
religious or other related dietary restrictions to choose foods while
respecting their habit.
Mandatory description of ingredients on restaurant menus could
potentially lead to the revision of recipes by owners, in order to make
them healthier and thus more attractive to consumers. The action could
also result in a positive marketing campaign for the venue.
Conclusions
Results of this study indicated a menu labelling format
presenting food information with ingredients list and highlighted
symbols on the presence of gluten, lactose, trans fat, GMO, as well as on
being organic, and/or suitable for vegetarians was positively associated
with healthy food choices in a real setting.
By positively influencing food choice, the provision of food
information with a list of ingredients and highlighted symbols in
restaurants menus could become part of a public policy designed as a
strategy to empower consumers, promote health, and address the
escalation of obesity and other chronic diseases. Food information with
ingredients list and highlighted symbols could be adopted in future
legislation on menu labelling in Brazil and around the world.
Strengths and limitations
The main strength of this study is the use of rigorous methods to
conduct a randomised controlled trial in a real setting with concurrent
control and intervention groups at the same place. The setting was a real
place (a restaurant) in which ordering food and consumption naturally
occurs. According to literature reviews (23,25,47)
, most menu labelling
studies have been conducted in artificial or laboratory settings, which is
a limitation in itself to offer recommendations for practice or policy.
To the best of our knowledge, this is also the first randomised
controlled trial to test menu labelling formats in a real setting presenting
influence on healthier food choices as outcome.
However, this study has some limitations. The study involved a
rather uniform group of university students, homogeneous in terms of
age, educational, and behavioural aspects. University students are
nevertheless important public health actors, and acquired behaviours
during this period that can persist for all their lives (48,49)
.
Another limitation concerns the fact that the intervention
occurred during only one day at only one restaurant and it was not
130
collected data on the amount of food that people consumed. Participants
did not necessarily consume the food that was selected.
Generalizability of the findings to other restaurants and
populations requires further research. Future studies should seek to
confirm the trial findings with adults in the general population and in
different types of restaurants.
Acknowledgements
We acknowledge the National Council for Scientific and
Technological Development in Brazil – CNPq (Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico) for funding (485004/2012-
7). We also acknowledge the Federal Agency for Support and
Evaluation of Graduate Education in Brazil – CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) for PhD scholarships
granted to ACF, RCO and VMR, PhD international internship
scholarship to ACF and RCO, as well as Senior international internship
scholarship to RPCP. Last, we acknowledge Science Without Borders
program for the PhD internship scholarship granted to VMR and for the
Postdoc international scholarship granted to GMRF. We also thank the
students for their participation.
Financial Support
The present study was supported by the National Council for
Scientific and Technological Development in Brazil – CNPq (Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) and the Federal
Agency for Support and Evaluation of Graduate Education in Brazil –
CAPES, Ministry of Education of Brazil, Brasilia, DF, Brazil.
Conflict of interest The authors declare that there are no conflicts of interest.
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135
Figures
136
137
Tables
Table 1. Sample characteristics by experimental condition (n=233).
Variable Control
(n=71)
TLS+GDA
(n= 88)
IL+S
(n=74)
Gender
Male
Female
Age
20-30
31-40
>40
BMI
Not overweight
(< 25 kg/m²)
Overweight
(≥ 25 kg/m²)
Dietary restrictions
No dietary
restriction
Vegetarian/vegan
Disease, allergy or
intolerance
Dieting
Frequency of
eating out
≤ twice a week
> twice a week
36 (50.7%)
35 (49.3%)
68 (95.8%)
2 (2.8%)
1 (1.4%)
55 (77.5%)
16 (22.5%)
60 (84.5%)
3 (4.2%)
2 (2.8%)
6 (8.5%)
18 (25.4%)
53 (74.6%)
49 (55.7%)
39 (44.3%)
85 (96.6%)
2 (2.3%)
1 (1.1%)
72 (81.8%)
16 (18.2%)
70 (79.5%)
6 (6.8%)
6 (6.8%)
6 (6.8%)
17 (19.3%)
71 (80.7%)
p= 0.786ª
38 (51.4%)
36 (48.6%)
p= 0.738ª
73 (98.6%)
0 (0%)
1 (1.4%)
p= 0.706ª
57 (77.0%)
17 (23.0%)
p=0.885ª
58 (78.4%)
5 (6.8%)
5 (6.8%)
6 (8.1%)
p= 0.653ª
17 (23.0%)
57 (77.0%)
ªChi -square test There were no significant differences in demographic and behavioural factors
across experimental conditions
138
Table 2. Mean number of healthier food items chosen by experimental
condition. Variable Control
(n=71)
TLS+GDA
(n=88)
IL+S
(n=74)
Mean SD Mean SD Mean SD
Total 5.6 0.19 5.4 0.21 6.2* 0.18
Healthy salads
2.3 0.14 2.1 0.14 2.6 0.14
Healthy side dishes 2.1 0.09 2.2 0.11 2.3 0.09
Healthy main courses
1.2 0.11 1.1 0.10 1.3 0.09
Gender Male
Female
6.0
5.2
0.27
0.26
5.9
4.8
0.23
0.47
6.3
6.1*
0.19
0.42
BMI Not overweight
(<25kg/m²) Overweight (≥25kg/m²)
5.8
5.1
0.23
0.34
5.2
6.1
0.23
0.47
6.4*
5.8
0.19
0.42
Dietary restrictions No
Yes
5.6
5.9
0.22
0.39
5.3
5.7
0.25
0.36
6.1
6.6
0.21
0.29
Frequency of eating
out ≤ twice a week
> twice a week
6.1 5.5
0.39 0.22
5.6 5.4
0.60 0.22
5.8 6.3*
0.39 0.20
* Significant p-values (p<0.05) - ANOVA post hoc Bonferroni.
139
Appendix 1. CONSORT 2010 checklist of information to include
when reporting a randomised trial
Section/Topic
Item
No Checklist item
Reported
on page
No
Title and abstract
1a Identification as a randomised trial in the title
Title page
1b Structured summary of trial design, methods, results, and conclusions (for
specific guidance see CONSORT for abstracts)
Abstract
Introduction Background
and objectives
2a Scientific background and explanation
of rationale
Pages 4-5
2b Specific objectives or hypotheses Page 5
Methods
Trial design 3a Description of trial design (such as parallel, factorial) including allocation
ratio
Pages 5-6
3b Important changes to methods after trial commencement (such as eligibility
criteria), with reasons
NA
Participants 4a Eligibility criteria for participants Page 6-7
4b Settings and locations where the data were collected
Pages 6-7
Interventions 5 The interventions for each group with sufficient details to allow replication,
including how and when they were actually administered
Pages 7-8
Outcomes 6a Completely defined pre-specified primary and secondary outcome
measures, including how and when they were assessed
Pages 8-10
6b Any changes to trial outcomes after the trial commenced, with reasons
NA
Sample size 7a How sample size was determined Page 7 7b When applicable, explanation of any
interim analyses and stopping guidelines
NA
Randomisation:
140
Sequence
generation
8a Method used to generate the random
allocation sequence
Page 7
8b Type of randomisation; details of any
restriction (such as blocking and block size)
Page 7
Allocation concealmen
t mechanism
9 Mechanism used to implement the random allocation sequence (such as
sequentially numbered containers), describing any steps taken to conceal the
sequence until interventions were assigned
NA
Implementation
10 Who generated the random allocation sequence, who enrolled participants, and
who assigned participants to interventions
Page 7
Blinding 11a If done, who was blinded after
assignment to interventions (for example, participants, care providers,
those assessing outcomes) and how
Page 7
11b If relevant, description of the similarity
of interventions
NA
Statistical
methods
12a Statistical methods used to compare
groups for primary and secondary outcomes
12b Methods for additional analyses, such as subgroup analyses and adjusted analyses
Page 9
Results Participant
flow (a diagram is strongly
recommended)
13a For each group, the numbers of
participants who were randomly assigned, received intended treatment,
and were analysed for the primary outcome
Page 9-
10
13b For each group, losses and exclusions after randomisation, together with
reasons
Page 9-10
Recruitment 14a Dates defining the periods of
recruitment and follow-up
Page9-10
14b Why the trial ended or was stopped NA
Baseline data 15 A table showing baseline demographic and clinical characteristics for each
group
Page 20
Numbers
analysed
16 For each group, number of participants
(denominator) included in each analysis and whether the analysis was by original
Page 11
141
assigned groups
Outcomes and estimation
17a For each primary and secondary outcome, results for each group, and the
estimated effect size and its precision (such as 95% confidence interval)
Page 22
17b For binary outcomes, presentation of both absolute and relative effect sizes is
recommended
Page 22
Ancillary
analyses
18 Results of any other analyses performed,
including subgroup analyses and adjusted analyses, distinguishing pre-
specified from exploratory
NA
Harms 19 All important harms or unintended
effects in each group (for specific guidance see CONSORT for harms)
NA
Discussion
Limitations 20 Trial limitations, addressing sources of potential bias, imprecision, and, if
relevant, multiplicity of analyses
Page 12
Generalisability 21 Generalisability (external validity,
applicability) of the trial findings
Page 12
Interpretation 22 Interpretation consistent with results,
balancing benefits and harms, and considering other relevant evidence
Pages 10-
11
Other information
Registration 23 Registration number and name of trial
registry
NA
Protocol 24 Where the full trial protocol can be
accessed, if available
NA
Funding 25 Sources of funding and other support
(such as supply of drugs), role of funders
Page 13
142
6.3 DOUTORADO SANDUÍCHE NO EXTERIOR
O estágio de doutorado sanduíche no exterior foi realizado de
março de 2014 a fevereiro de 2015, com bolsa do programa de
Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) da CAPES. Contemplou,
inicialmente, a definição de preferência de modelos de informação
nutricional em restaurantes por estudantes universitários ingleses, por
meio da condução de grupos focais similares aos já realizados no Brasil.
Também se realizou a discussão dos resultados, tanto aqueles obtidos
previamente no Brasil quanto aqueles coletados na Inglaterra. A
estruturação de manuscritos para submissão a periódicos científicos
também foi realizada durante esse estágio de doutorado sanduíche.
O doutorado sanduíche foi realizado na Bournemouth
University, localizada em Bournemouth, Reino Unido, sob supervisão
da professora Heather Hartwell, do Foodservice and Applied Nutrition Research Group & Centre for Wellbeing and Quality of Life, School of
Tourism.
No ano de 2013, a professora Rossana Pacheco da Costa
Proença realizou pós-doutorado nesse mesmo local na Bournemouth University. Percebendo que há vários pontos de confluência entre as
atividades realizadas pelo Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção
de Refeições daa Universidade Federal de Santa Catarina (NUPPRE-
UFSC) e aquelas realizadas por esse grupo da Bournemouth University,
a professora Rossana sugeriu a realização de estágio doutorado
sanduíche à professora Heather Hartwell que concordou e iniciou
contato com a então doutoranda para planejar como se daria o doutorado
sanduíche.
6.3.1 Coleta, análise de dados de grupos focais, comparação dos
resultados e redação de manuscrito
Em março de 2014, foram conduzidos três sessões de grupos
focais com estudantes da Bournemouth University. Essa fase da
pesquisa teve como objetivo explorar as preferências de estudantes da
Bournemouth University por diferentes modelos de informações
nutricionais em restaurantes e posterior comparação com os dados
obtidos na condução de grupos focais no Brasil. Contou com a
143
participação de 25 estudantes universitários de ambos os sexos (12 no
primeiro grupo, 11 no segundo e 12 no terceiro grupo focal).
Para a realização do recrutamento de voluntários, foram
realizadas três reuniões com a professora, parceira das professoras
Heather Hartwell e Rossana Pacheco da Costa Proença, Hanaa Osman
da School of Tourism da Bournemouth University, que auxiliou nas
estratégias de recrutamento dos voluntários para os grupos focais, como
por exemplo, o envio de mensagem eletrônica, convidando os estudantes
a participar e explicando os objetivos da pesquisa, bem como a fixação
de cartazes nos murais do Talbot campus da Bournemouth University. Antes do recrutamento dos estudantes, com o auxílio da
professora supervisora Heather Hartwell, o projeto de pesquisa foi
encaminhado ao comitê de ética da referida universidade, sendo a
pesquisa aprovada pelo Bournemouth University Research Ethics
Committee (UREC). O aceite para participar da pesquisa deu-se de
forma verbal pelos estudantes antes do início de cada sessão, conforme
orientação desse comitê de ética.
Os critérios de inclusão e exclusão do estudo na Inglaterra
foram os mesmos do estudo conduzido no Brasil, conforme apresentado
no item 5.2.1.3 do capítulo 5, da presente tese.
Diante da seleção dos estudantes universitários, os grupos
foram formados conforme a disponibilidade dos participantes nos dias
de realização da coleta, bem como proporção dos grupos aproximada de
50% de participantes de cada sexo. Os grupos foram conduzidos em
inglês, em salas de aula na Bournemouth University, no período
vespertino.
Antes de cada sessão, os estudantes foram convidados a
preencher um questionário com dados de identificação, contendo nome,
sexo, idade, curso de graduação, universidade e contatos, além de
indicarem se costumam almoçar fora de casa, se apresentam restrições
alimentares.
A metodologia utilizada para a condução dos grupos focais no
Brasil foi a mesma utilizada na Inglaterra, conforme o item 5.2.1.4 do
capítulo 5, da presente tese. Porém, o guia de discussão, originalmente
escrito em português, foi traduzido para o inglês, assim como os
cardápios utilizados na dinâmica foram traduzidos para o inglês e as
preparações que nele constavam foram modificadas para adaptar-se aos
hábitos alimentares dos britânicos. Para conseguir adaptar os cardápios e
levar aos grupos focais cardápios reais encontrados naquele país, foram
feitas pesquisas exploratórias na cidade de Bournemouth, visitando
restaurantes comumente frequentados pelos moradores locais para
144
conhecer as suas preferências alimentares, bem como consulta a livros
de receitas britânicas. Os resultados da pesquisa exploratória foram
discutidos com a professora supervisora Heather Hartwell, para então,
definir o cardápio que seria utilizado nos grupos focais.
Como já foi citado, a condução dos três grupos focais ocorreu
em março de 2014, devido ao calendário acadêmico da referida
universidade, para evitar que o final do semestre acadêmico, que
iniciava em maio, interferisse no recrutamento e realização dessa etapa
e, assim, conseguir recrutar um número maior de participantes. A
condução contou com a pesquisadora atuando como moderadora e uma
estudante de doutorado, orientanda da professora Heather Hartwell,
como observadora.
A transcrição foi realizada pela própria pesquisadora, entre
março e abril de 2014. O desafio dessa etapa foi compreender algumas
expressões proferidas pelos estudantes durante as discussões, bem como
compreender algumas palavras com significados diferentes entre o
inglês britânico e o inglês norte-americano. Para facilitar a compreensão
de palavras e expressões idiomáticas, a pesquisadora elaborou um
glossário de termos em inglês britânico e inglês americano, além de um
quadro com as diferenças de pronúncia de palavras. A elaboração do
glossário contou com o auxílio de uma colega de doutorado que estava
realizando estágio de doutorado sanduíche nos EUA.
Em abril de 2014, foram realizadas as análises tanto dos grupos
focais no Brasil quanto no Reino Unido. Optou-se por realizar a
compilação e análise dos resultados na língua inglesa, haja vista que o
manuscrito oriundo dessas análises seria escrito em inglês. O estudo
comparativo resultante das análises dos grupos focais no Brasil e na
Inglaterra, além do ineditismo, possibilitou uma reflexão sobre as
similiaridades e as diferenças nas preferências e percepções de
estudantes universitários de culturas tão distintas, mas que, segundo a
literatura científica, apresentam características semelhantes no mundo
todo, enriquecendo a discussão sobre o tema.
O manuscrito foi redigido entre agosto e outubro de 2014. As
correções ocorreram no mês de novembro de 2014, contando com
discussões presenciais com as professoras Heather Hartwell e Rossana
Pacheco da Costa Proença. A professora Rossana foi à Inglaterra para,
entre outras atividades, discutir pessoalmente os resultados dos grupos
focais e as correções do manuscrito oriundo da pesquisa. A primeira
submisão do manuscrito para publicação em periódico científico ocorreu
em dezembro de 2014.
145
6.3.2 Análise dos dados do ensaio controlado randomizado
A tabulação dos dados do ensaio controlado randomizado
ocorreu no Brasil, antes do início do estágio doutorado sanduíche,
porém a análise dos dados do ensaio controlado randomizado foi
iniciada na Inglaterra,
Primeiramente, foi realizada a formatação do banco de dados no
software Excel e depois os dados foram analisados estatisticamente
utilizando o software Stata 11.0. A doutoranda aproveitou que estava
realizando análises estatísticas para apresentar o programa Stata 11.0 a
outros estudantes de doutorado da School of Tourism que demonstraram
interesse em conhecê-lo.
Essas análises foram realizadas entre dezembro de 2014 e
janeiro de 2015.
6.3.3 Atividades complementares
6.3.3.1 Auxílio na implementação de informações nutricionais no
restaurante Retreat da Bournemouth University
O restaurante Retreat da Bournemouth University é um
restaurante-escola aberto para os funcionários e estudantes de doutorado
da Bournemouth University. Em maio de 2014 servia entre 50 a 100
refeições por dia no sistema à la carte e fast buffet (sistema em que os
clientes poderiam escolher entre duas a três opções de pratos completos,
contendo uma porção de carne e dois acompanhamentos, expostos em
local visível e identificados no cardápio). As preparações ficavam
expostas em balcão térmico e eram servidas, de acordo com a escolha do
cliente, na hora em que o pedido era feito por um funcionário do
restaurante.
O restaurante-escola conta com a atuação prática de estudantes
do curso de graduação em Hospitalidade que se revezavam nas
diferentes funções da cozinha, desde atividades administrativas, como
compras, até atividades de produção, como auxiliar na cozinha, e de
serviço, como atendimento aos clientes. Os alunos permaneciam uma
semana na mesma função e as turmas de estudantes mudavam
semanalmente. A atuação dos estudantes no restaurante Retreat fazia
146
parte das atividades práticas do curso de Hospitalidade e tinha duração
de três semestres.
O restaurante contava, em maio de 2014, com sete funcionários
fixos: 01 gerente geral, 02 chefes de cozinha, 01 cozinheiro, 01 chefe de
salão, 01 atendente de salão, 01 funcionário de integração
restaurante/escola de Turismo (School of Tourism da Bournemouth University).
O restaurante Retreat tem parceria com o grupo de pesquisa da
professora Heather Hartwell (Foodservice and Applied Nutrition Research Group & Centre for Wellbeing and Quality of Life, School of Tourism), sendo conduzidas diferentes pesquisas desse grupo naquele
restaurante.
A professora Heather Hartwell me apresentou ao gerente do
restaurante Retreat que mostrou interesse em realizar atividades
relacionadas à temática informações nutricionais em restaurantes.
Assim, o gerente do restaurante Retreat da Bournemouth University contactou a doutoranda buscando ajuda para implementar
informações nutricionais no cardápio diário do restaurante,
especialmente informações referentes a alérgenos que passariam a ser
obrigatórias no Reino Unido a partir de dezembro de 2014.
A doutoranda sugeriu a implementação do método DIAN -
restaurante (Disponibilização de Informações Alimentares e
Nutricionais em restaurante), método desenvolvido em minha
dissertação de mestrado em Nutrição (OLIVEIRA, 2008).
Para tal, foram seguidos os passos preconizados pelo método
DIAN-restaurante, conforme figura 7.
147
FIGURA 7 – Etapas da aplicação do método de Disponibilização de
Informações Alimentares e Nutricionais em restaurantes (DIAN-
restaurante).
148
Iniciou-se, em maio de 2014, com o reconhecimento do local,
análise do cardápio e das fichas técnicas de preparação, bem como a
observação do processo produtivo do restaurante. O objetivo dessas
atividades foi conhecer a realidade do local, definir o modelo e o leiaute
da informação nutricional a ser disponibilizada, bem como auxiliar na
elaboração das informações nutricionais. Essa etapa foi realizada
durante o mês de maio, no horário de produção de refeições (das 8:30 às
13:30), de segunda a sexta-feira. Percebeu-se, nesse período, que, apesar
de dispor de fichas técnicas de preparação, as preparações não eram
padronizadas, variando conforme a pessoa que a preparava ou, por
exemplo, pela criatividade do chefe de cozinha.
O Quadro 11 apresenta o cardápio padrão diário do fast buffet do restaurante e dois dias de cardápios coletados durante o
reconhecimento do restaurante Retreat.
149
QUADRO 11 – Cardápio padrão diário do restaurante e exemplos de
cardápios.
PADRÃO EXEMPLO 1 EXEMPLO 2
01 opção de sopa.
01 opção de prato vegetariano (contendo
uma preparação principal a base de vegetais,
leguminosas ou quorn® (substituto da carne,
produzido a base de micoproteínas da marca
quorn) e um a dois acompanhamentos, como
arroz, vegetais).
01 opção de prato com carne (contendo uma
preparação a base de carne - bovina, suína, ovina,
aves ou pescados - e um a dois acompanhamentos,
como batata frita, arroz, vegetais).
01 opção de quiche
acompanhada de salada, por exemplo quiche de
tomate e queijo com
salada de folhas verdes.
01 opção de sobremesa elaborada, por exemplo
tortas, musses.
01 salada de fruta.
Sopa de tomate
Bolinho frito de grão de bico (chicpeas
fritters), servido com arroz marroquino e
vegetais
Peixe haddock à fiorentine servido com
croquete de batatas e vegetais
Quiche de queijo e tomate servida com
salada verde
Torta de maçã
Salada de frutas frescas
Sopa de lentilhas
Ratatouille (mix de vegetais assados)
servido com espaguete tagliatelle
Linguiça suína com
purê de batata e molho escuro de cebola (onion
gravy)
Quiche de vegetais
mediterrâneos servida com salada
Cheesecake
Salada de frutas frescas
150
Depois dessa etapa, durante o mês de junho de 2014, foram
realizadas sucessivas reuniões com o gerente e a equipe do restaurante,
sendo então, definidos o novo leiaute do cardápio e como seria
disponibilizada a informação nutricional. O modelo de informação
nutricional a ser utilizado foi definido em conjunto com os funcionários
do restaurante, tendo como base os resultados originados da condução
de grupos focais no Brasil e, principalmente na Inglaterra. Assim, a
opção foi a informação alimentar qualitativa, com lista de ingredientes e
símbolos de alerta. Os símbolos de alerta escolhidos foram os alertas de
alergênicos, conforme legislação EC (2011) e também o alerta de
ausência de produtos cárneos (suitable for vegetarian).
Então, foi realizado treinamento com todos os funcionários do
restaurante, para ciência de como elaborar e disponibilizar as
informações nutricionais. O treinamento contou com a apresentação de
como foi realizada cada etapa da pesquisa, destacando como foi a
determinação das informações a serem disponibilizadas, a importância
de se disponibilizar as informações de forma correta e diariamente, o
papel de cada um na elaboração e na disponibilização das informações
nutricionais.
Reuniões específicas foram realizadas com o pessoal de
atendimento aos clientes do restaurante, responsáveis pela execução das
informações nutricionais e impressão dos cardápios diários. Especial
atenção foi dada aos chefes de cozinha, auxiliando-os quanto à
padronização das preparações e às modificações emergenciais ou
planejadas no cardápio e nas preparações. Foi orientado como informar
o pessoal de atendimento aos clientes, responsável pela execução das
informações nutricionais, quanto aos ingredientes e preparações do
cardápio diário, para que as informações fossem disponibilizadas de
forma correta.
A doutoranda acompanhou a implementação da informação
nutricional de maio a setembro de 2014, comparecendo ao restaurante
uma a duas vezes em cada semana para verificar como as informações
estavam sendo elaboradas e responder possíveis dúvidas. O processo de
implementação do método DIAN, culminando com a disponibilização
das informações nutricinais no restaurante contou com a participação de
dois estagiários do Curso de Nutrição da Bournemouth University. A realização desse conjunto de atividades serviu para ampliar a
discussão sobre o tema da tese, bem como para ratificar a aplicabilidade
e o interesse das pessoas pelas informações nutricionais qualitativas em
restaurante. Além disso, foram coletados dados para serem trabalhados
futuramente em artigo científico, explicando o processo e expondo
151
recomendações quanto à aplicação do método DIAN em restaurante na
Inglaterra.
6.3.3.2 Participação em eventos e projeto de pesquisa
Além das atividades relacionadas diretamente à tese, durante o
estágio, a doutoranda participou de diferentes eventos científicos e
culturais na Inglaterra e na França.
Na Bournemouth University, participou-se dos eventos:
Festival of Learning da Bournemouth University (junho de
2014). Trata-se da Semana de pesquisa e extensão da referida
universidade, quando foram oferecidos workshops gratuitos em
diferentes áreas para alunos e comunidade em geral. A doutoranda
participou dos workshops: Out of the Blue: A quisrky take on fish n’ chips, Eat Dorset: Great food for greater good e An afternoon with entrepreneurs.
PG researcher development workshop: Introduction to focus
groups (novembro de 2014), Workshop oferecido aos alunos de pós-
graduação da Bournemouth University.
The 7th Annual Postgraduate Conference (janeiro de 2015).
Evento voltado para alunos da pós-graduação da Bournemouth University, contando com palestras e apresentação de posteres.
FoodSMART - Management and Advisory Board Meeting
(janeiro de 2015). Encontro de discussão promovido no âmbito do
projeto de pesquisa FoodSMART, sob coordenação da professora
Heather Hartwell, contando a participação dos pesquisadores das
universidades parceiras do projeto, apresentando os objetivos,
metodologia e cronograma de atividades do projeto que estava em
desenvolvimento.
Na cidade de Bournemouth participou-se do evento:
Bournemouth Drink and Food Festival (julho de 2014). Evento
realizado pela prefeitura de Bournemouth, na praça principal da cidade,
contando com oficinas culinárias ministradas por chefes de cozinha de
renome na cidade. Evento gratuito aberto ao público em geral.
Em Londres, no Reino Unido, participou-se dos eventos: The allergy & gluten free from show (julho de 2014); Speciality fine food
fair (setembro de 2014); The chocolate festival (outubro de 2014). Esses
eventos gratuitos eram feiras de produtos e oficinas culinárias voltadas
para pessoas que trabalhavam na área de alimentação.
Na cidade de Lyon (França), a convite da professora Heather
152
Hartwell, participou-se do 7th International Symposium on Eating out -
Eating at the workplace no Institute Paul Bocuse. Encontro da área de
Nutrição em Produção de Refeições, com apresentações e discussões
sobre pesquisas atuais na área, contando com a participação de
estudantes e pesquisadores da Europa e dos EUA. Um dos temas
debatidos foi a questão da informação nutricional em restaurantes,
mostrando que, segundo pesquisas recentes dos pesquisadores que lá
estavam, a disponibilização dessas informações não apresentou
influência nas escolhas alimentares dos consumidores. Essas pesquisas
eram do tipo quase-experimentos e surveys, centradas na informação
numérica de calorias e símbolos de alimentação saudável.
Além disso, a doutoranda auxiliou, em alguns momentos, na
coleta de dados do projeto Veggieat, coordenado pela professora
Heather Hartwell, sobre incentivo ao consumo de vegetais por crianças e
idosos. A participação ocorreu nas dependências da Bournemouth University, auxiliando na condução de análises sensoriais de milho e
ervilha enlatados, entre maio e junho de 2014.
E, por fim, realizou-se curso de inglês para estrangeiros na
Bournemouth University, entre maio e junho de 2014, com o intuito de
aperfeiçoamento oral e escrito, especialmente com relação a expressões
e pronúncia britânicas.
Todas estas atividades complementares e a inserção cultural
intensa durante os 11 meses de estágio doutorado sanduíche
contribuiram muito para a condução das atividades-fim do estágio,
contato com pesquisadores referência na área de Nutrição em Produção
de Refeições de diferentes países e com estudantes de doutorado de
diferentes áreas do conhecimento, bem como ampliação do
conhecimento prático em Nutrição e Gastronomia.
153
CAPITULO 7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
São apresentadas como considerações finais as limitações e
pontos fortes, as conclusões, bem como as recomendações provenientes
da presente tese.
7.1 LIMITAÇÕES E PONTOS FORTES DA TESE
Considerando o fato da tese ser uma pesquisa quali-quantitativa,
em ambas as fases encontram-se limitações inerentes aos métodos
adotados.
Em relação à utilização de abordagem qualitativa com condução
de grupos focais, os resultados não poderiam ser generalizáveis, pois o
método de amostragem utilizada foi não probabilístico. Porém, o
objetivo de se utilizar a técnica de grupos focais é compreender
percepções e refletir a diversidade de opiniões, não necessariamente
gerar generalizações (KRUEGER; CASEY, 2009). A condução de
grupos focais permitiu a participação ativa dos participantes, trazendo
resultados rápidos e gerando informações detalhadas sobre o tema
pesquisado, com qualidade, por serem captadas de forma aberta e
integral. Além disso, resultados de pesquisas qualitativas podem gerar
hipóteses e novas ideias. Assim, mesmo que os resultados do estudo não
sejam generalizáveis do ponto de vista estatístico, pode-se utilizar os
resultados dos grupos focais conduzidos com estudantes universitários
para comparação com estudos com população semelhante no mundo
todo e como etapa preliminar na condução de intervenções, como foi o
caso desta tese.
A realização do estudo transcutural, como a etapa de condução
e comparação dos grupos focais no Brasil e na Inglaterra, pode
apresentar limitações ao se comparar culturas diferentes, com hábitos e
comportamentos alimentares diferentes, o que poderia dificultar a
comparação dos achados. Porém, esse tipo de estudo apresenta riqueza
ao explorar a preferência por informações nutricionais em restaurantes
em realidades distintas, considerando populações que apresentam
similaridades etárias e de escolaridade. O estudo permitiu também
verificar as diferenças e semelhanças sobre o tema em um país onde a
rotulagem de alimentos embalados é obrigatória e em outro em que está
154
se tornando obrigatória. Contudo, em ambos os países, embora discutida
e, no caso inglês, recomendada pelos órgãos de saúde, a informação
nutricional em restaurantes é voluntária.
Quanto ao método quantitativo, o ensaio controlado
randomizado, uma das limitações diz respeito ao fato da intervenção ter
ocorrido um dia em um restaurante. Optou-se por conduzir a
intervenção em um dia, para evitar vieses de aferição, além de prevenir a
contaminação entre os grupos, o que poderia alterar a intenção de
escolha dos participantes. A condução em um restaurante permitiu a
intervenção em paralelo, utilizando-se de um mesmo cardápio real, sem
nenhum tipo de alteração nem pelo ambiente conduzido, nem pelo
cardápio utilizado.
Outra limitação do ensaio controlado randomizado está
relacionada à análise da intenção de escolha e não na escolha alimentar
real. Esta opção visou tentar minimizar possíveis vieses sensoriais, por
se tratar de um restaurante do tipo autosserviço, onde, por exemplo, as
pessoas podem visualizar a aparência da preparação, aroma antes de
escolher a preparação para consumir, o que poderia influenciar sua
decisão de escolher ou não tal preparação. Semelhante à presente tese,
vários estudos sobre informações nutricionais em restaurantes também
não analisaram o consumo, mas o recibo de venda ou a análise de venda,
como foi apresentado no referencial teórico no capítulo 2, nos artigos
analisados na revisão de Harnack e French (2008) e nas revisões
sistemáticas de Swartz, Braxton e Viera (2011); Kiszko et al. (2014);
Sinclair et al. (2014); Long et al. (2015).
Como ponto forte da tese, quanto à etapa qualitativa, de nosso
conhecimento, este é o primeiro estudo qualitativo transcultural sobre
preferências de modelos de informações nutricionais em restaurantes.
Os resultados do presente estudo conduzido em dois países de dois
diferentes continentes traz um olhar além fronteiras para a temática que,
até então, parece não ter sido tratado cientificamente. Destaca-se
também que, embora em contextos diferentes, os resultados são
semelhantes, com os estudantes universitários brasileiros e ingleses
apresentando as mesmas preferências e rejeições por modelos de
informações nutricionais em restaurantes.
Com relação à etapa quantitativa, o ponto forte do estudo foi o
rigor metodológico para adaptar e conduzir um ensaio controlado
randomizado de grupos paralelos, em ambiente real de restaurante, com
grupos controle e intervenção sendo conduzidos em um mesmo local.
Conforme discutido no capítulo 2, tradicionalmente, estudos controlados
randomizados são estudos clínicos, conduzidos em ambiente de
155
laboratório, para que sejam melhor controlados. São poucos os estudos
randomizados que são conduzidos em ambiente real e que não sejam
estudos clínicos com amostras pequenas, devido à dificuldade em
controlar os fatores de confundimento e vieses que podem ocorrer.
Também de nosso conhecimento, este é o primeiro estudo
conduzido com tal rigor metodológico, para testar informações
nutricionais em restaurantes, previamente definidas pela população-alvo,
tendo a influência dessas informações nas escolhas alimentares
saudáveis como desfecho. Além disso, a randomização resultou em um
bom equilíbrio entre os grupos, conforme apresentado no capítulo 6,
minimizando os possíveis fatores de confundimento. O restaurante de
estudo também não sofreu manipulação por parte do pesquisador, nem
na estrutura do cardápio, nem quanto à composição das preparações do
cardápio do dia da intervenção. Assim, ambos foram reais, o cardápio
foi elaborado pela cozinheira e as opções saudáveis e pouco saudáveis
das preparações do cardápio do dia estavam presentes espontaneamente.
7.2 CONCLUSÕES
O desenvolvimento da tese culminou com conclusões
provenientes tanto dos resultados das fases dos estudos quanto dos
resultados da formação da autora durante o período. Embora ambas as
fontes tenham aspectos em comum, as conclusões são abordadas
separadamente, dadas as suas peculiaridades.
7.2.1 Conclusões do estudo
Os resultados dos grupos focais revelaram que o formato de
informação nutricional em restaurantes contendo informação alimentar
com lista de ingredientes e símbolos de alerta foi o preferido por todos
os grupos em ambos os países, Brasil e Inglaterra. De acordo com os
participantes, esse modelo seria o mais fácil de ler e compreender, sendo
a melhor opção para ajudar a realizar escolhas alimentares mais
informadas e saudáveis.
Ratificando o que foi levantado nos grupos focais, os resultados
do ensaio controlado randomizado realizado no Brasil indicaram que a
informação alimentar com lista de ingredientes e símbolos de alerta
156
afetou positivamente a escolha alimentar saudável dos participantes. Ou
seja, a informação qualitativa apresentada, além de ter sido a preferida
pelos participantes da primeira fase do estudo, também pode influenciar
positivamente as escolhas saudáveis dos participantes da segunda fase
da pesquisa – ensaio controlado randomizado.
Assim, o modelo de informação alimentar com lista de
ingredientes e símbolos de alerta, por ser capaz de influenciar
positivamente a escolha de alimentos saudáveis, pode fazer parte da
política pública, como uma estratégia para a promoção da saúde e
prevenção de doenças crônicas. Esse modelo permite comparar a
composição de diferentes preparações ao apresentar a lista de
ingredientes e permite identificar, de forma rápida pela disponibilização
dos símbolos, quais alertas as preparações dos restaurantes apresentam,
facilitando a utilização das informações pela população.
Além disso, o modelo testado e aprovado pode ser adotado em
futura legislação sobre informação nutricional em restaurantes no Brasil
e no mundo. A disponibilização desse modelo de informação nutricional
em restaurante pode ajudar a garantir o direito à informação dos
consumidores ao possibilitar escolhas alimentares mais informadas e
seguras, principalmente pela disponibilização da lista de ingredientes,
em especial, para as pessoas que, por diferentes razões, apresentam
restrições alimentares.
O modelo também pode fortalecer a capacidade de análise e
decisão dos consumidores para escolher os restaurantes que irão realizar
as refeições e as preparações que irão consumir. Os consumidores
parecem não conseguir perceber o benefício ou o malefício à saúde
vindo dos alimentos da mesma forma como podem perceber o sabor ou
outras características sensoriais. Assim, ao informar os ingredientes
presentes nas preparações e a forma como são preparadas no restaurante,
a qualidade nutricional das preparações também pode ser revelada,
permitindo uma melhor avaliação dos diferentes pratos e
estabelecimentos existentes, caso esses itens sejam importrante para os
consumidores.
Da mesma forma, o modelo pode possibilitar que os
estabelecimentos reavaliem seus cardápios e os ingredientes que os
compõem, propondo opções mais saudáveis e com melhor qualidade
nutricional, pois é papel dos restaurantes promover saúde, ajudando a
tornar as escolhas dos consumidores mais saudáveis. Além disso, para
os restaurantes, a melhoria da qualidade nutricional das preparações
pode ser um fator positivo para que os consumidores procurem seu
estabelecimento para realizar as refeições. Também, salienta-se o papel
157
do nutricionista na produção de refeições ao ser o ator central para a
melhoria e garantia da qualidade nutricional das preparações de
cardápios de restaurantes, bem como garantindo a padronização das
receitas, primordial para que as informações nutricionais sejam
disponibilizadas de maneira correta e que a qualidade nutricional seja
mantida.
Para além das informações nutricionais, a presente tese também
traz contribuição importante para a área de pesquisa de Nutrição em
Produção de Refeições, ao adaptar e desenvolver o protocolo de estudo
do método de ensaio controlado randomizado para ambiente real no
Brasil, em restaurante comercial, conduzindo intervenções simultâneas
em um mesmo local e mantendo o rigor metodológico que tal método
exige. Esse protocolo, que a pesquisa bibliográfica apresentada no
capítulo 2 revela ser inédito, pode auxiliar a fomentar a realização de
pesquisas de intervenção em ambiente real de restaurantes, método
ainda escassamente utilizado nesta área.
7.2.2 Conclusões sobre o percurso de formação da doutoranda
O estágio doutorado sanduíche propiciou a realização de um
estudo qualitativo transcultural inédito abordando a temática. A
dificuldade em conduzir grupos focais com a mesma abordagem em
culturas e idiomas diferentes transformou-se num aprendizado
importante quanto à metodologia de condução de grupos focais. O
contato in loco, com a cultura dos participantes dos grupos focais na
Inglaterra, foi primordial para a adaptação das ferramentas a serem
utilizadas e a condução desses grupos. Como o início do estágio
doutorado sanduíche deu-se em março de 2014, primeiro mês da
doutoranda na Inglaterra, houve pouco tempo para se familiarizar com o
idioma, expressões cotidianas e sotaque britânico antes da condução dos
grupos, exigindo maior esforço para conseguir conduzir os grupos na
língua inglesa e como moderadora. Essa etapa da pesquisa foi a mais
desafiadora e a mais gratificante pois, como foi no início do período de
estágio de doutorado sanduiche, ainda se estava em fase de adaptação.
Mas, mesmo assim, os estudantes participantes conseguiram
compreender toda a atividade, participar e colaborar ativamente nas
discussões e fazer uma avaliação positiva da atividade.
As atividades complementares do estágio doutorado sanduíche
agregaram conhecimento e amadurecimento para a vida acadêmica,
profissional e pessoal. O contato com pesquisadores renomados na área
da Nutrição, alunos de doutorado de diferentes áreas e profissionais da
158
gastronomia propiciaram discussões interessantes e troca de saberes,
além do aperfeiçoamento da lingua inglesa.
Além disso, a atividade complementar no restaurante Retreat
foi muito interessante, pela possibilidade de conhecer o cotidiano de
uma cozinha britânica, quais as diferenças que existiam entre o processo
produtivo na Inglaterra e no Brasil, experimentar sabores, temperos e
pratos diferentes, bem como interagir com profissionais da gastronomia
inglesa. Estar dentro de uma cozinha inglesa foi um momento impar
para a vivência profisisonal e pessoal e que será recordado sempre.
A vivência cotidiana por 11 meses na Inglaterra permitiu
explorar a cultura desse país, considerando aspectos históricos,
tradições, hábitos de vida e alimentares, contribuindo para a melhoria
das relações de convívio com a população inglesa e auxiliando na
inserção e adaptação na vida inglesa. Também contribuiu para enxergar
o mundo por uma perspectiva diferente, ampliou os olhares quanto a
quem somos, o quanto vivemos em um mundo globalizado, o quão
maravilhoso e valorizado é o nosso país e como as pessoas são iguais,
mesmo vivendo em culturas diferentes.
Com relação aos quatro anos de vivência no doutorado, destaca-
se, primeiramente, o sonho realizado. Há alguns anos atrás, parecia
impossível realizar um doutorado e ainda mais com estágio sanduíche
no exterior, pois a pressão de inserção no mercado de trabalho fez com
que a continuação à formação acadêmica fosse, muitas vezes, adiada.
Foi preciso ter coragem para arriscar abandonar uma vida profissional
real e de sucesso para viver um sonho. Hoje, a avaliação feita é que a
decisão foi mais que acertada, pois além do sonho realizado, o período
de formação do doutorado proporcionou conhecimento em diferentes
disciplinas, como o aprofundamento de questões da antropologia da
alimentação, estatística, métodos qualitativos e quantitativos, bem como
estruturação e redação de artigos científicos.
Quanto ao tema da tese, é uma paixão que iniciou em 2006 no
mestrado e acredito continuará na minha vida acadêmica e profissional.
Quando se acredita naquilo que se pesquisa, o processo de
desenvolvimento do estudo torna-se mais prazeroso, mas ao mesmo
tempo desafiador, pois se quer sempre avançar na discussão da temática.
Há sempre algo novo ou sob outra perspectiva a ser pesquisado.
Para além do desenvolvimento profissional e pessoal, ressaltam-
se as principais contribuições da tese, de cunho científico e prático. Do
ponto de vista científico, traz-se um avanço na discussão da utilização
do método ensaio controlado randomizado em estudos na área de
Nutrição em Produção de Refeições em ambiente real de restaurantes.
159
Além disso, a realização de estudo qualitativo comparativo entre dois
países distintos também contribui para o conhecimento e
desenvolvimento de metodologia para a área de Nutrição em Produção
de Refeições.
O estudo também fomenta a discussão sobre a disponibilização
de informações nutricionais em restaurante, podendo potencialmente
contribuir com legislação local e nacional para a regulamentação da
informação nutricional em restaurantes no Brasil e no mundo,
orientando quanto ao modelo a ser adotado nos regulamentos que possa
auxiliar os consumidores a realizar escolhas informadas e saudáveis.
Com relação à contribuição prática, o estudo traz
recomendações de um modelo de informação nutricional em
restaurantes que pode auxiliar escolhas alimentares saudáveis. Subsidia,
de um lado, a atuação do nutricionista que exerce suas atividades em
Nutrição em Produção de Refeições e, de outro lado, aqueles
profissionais envolvidos com políticas públicas específicas para o
segmento de alimentação fora de casa, fomentando discussões sobre
diretrizes para informações nutricionais em restaurantes.
Da mesma forma, poderá contribuir com os proprietários dos
restaurantes, ao constituir-se numa ferramenta para orientar e esclarecer
os consumidores quanto à composição das preparações oferecidas em
seus estabelecimentos e qual modelo poderá fazer diferença nas escolhas
alimentares de seus clientes.
7.3 RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se inicialmente que a informação nutricional em
restaurantes seja, efetivamente, objeto de políticas públicas que visem
ações de promoção da alimentação saudável. Para tal, sugere-se, assim
como a rotulagem de alimentos embalados, que a informação nutricional
em restaurantes seja obrigatória, por meio da elaboração de resolução
específica sobre o tema.
Recomenda-se também que a informação nutricional em
restaurante seja pautada na lista de ingredientes e símbolos de alerta que,
comprovadamente, foi visto como um modelo a ser adotado para
auxiliar os consumidores a realizarem escolhas alimentares mais
informadas, seguras e saudáveis.
160
Além de possibilitar a realização de escolhas alimentares mais
informadas, o modelo de informação com lista de ingredientes vai ao
encontro ao direito do consumidor em saber a composição dos alimentos
que irá consumir. Por exemplo, apenas por meio da lista de ingredientes
e símbolos de alerta, os consumidores poderão saber se determinada
preparação contém ingrediente transgênico, gordura trans, produtos
cárneos, glúten, lactose ou produtos orgânicos. Como foi visto na
condução dos grupos focais, os participaram citaram estas informações
como importantes a serem disponibilizadas.
Para auxiliar a disponibilização das informações supracitadas,
recomenda-se a aplicação do Método de Disponibilização de
Informações Alimentares e Nutricionais em restaurantes (DIAN),
desenvolvido pela própria doutoranda, no âmbito da dissertação de
mestrado. Esse método, conforme exemplo de aplicação em restaurante
inglês, constante do item 6.3 desta tese, é composto de etapas, passo a
passo, para que as informações sejam elaboradas de forma correta e
facilitada, garantindo a fidedignidade da informação disponibilizada
(OLIVEIRA, 2008).
Um das etapas primordiais na elaboração das informações
nutricionais em restaurante diz respeito à melhoria da qualidade
nutricional das preparações oferecidas, que deve ser o ponto de partida
para a promoção de escolhas alimentares mais saudáveis.
Porém, partindo da definição de escolha alimentar saudável em
restaurante da presente tese: “escolha de alimentos in natura ou
minimamente processados e preparações culinárias sem alimentos
ultraprocessados, preferencialmente, devem ser sem frituras, sem açúcar
de adição nem adoçantes. Os ingredientes não devem conter gordura
trans industrial nem alimentos transgênicos ou seus derivados e devem
ser preferencialmente orgânicos”, questiona-se: será que os restaurantes
estão preparados para fornecer a possibilidade de escolhas alimentares
saudáveis aos seus clientes? Por exemplo, o feijão preto, do restaurante
de estudo, ao ser acrescido de caldo de carne, deixa de ser uma opção
saudável? Até que ponto todos os itens da definição de escolha
alimentar saudável em restaurante podem ser incorporados e ter
possibilidade de serem seguidos na estruturação e confecção de um
cardápio? Será que o modelo de informação nutricional com lista de
ingredientes e símbolos de alerta dá conta de trazer todas as informações
contidas na definição?
Assim, recomenda-se que a melhoria da qualidade nutricional
das preparações dos restaurantes ocorra de forma gradativa. As
mudanças no cardápio devem ocorrer acompanhadas das modificações e
161
padronização das preparações, sensibilização dos funcionários e
proprietários dos restaurantes, para assim, tentar garantir que as
alterações sejam permanentes e que as informações nutricionais
resultantes do processo sejam disponibilizadas de forma fidedigna.
Para tal, recomenda-se que tanto a melhoria da qualidade
nutricional das preparações, quanto a padronização do processo
produtivo e a elaboração de informações nutricionais sejam orientadas e
acompanhadas por nutricionista, para garantir que o processo seja
realizado de forma correta e permanente.
Com relação a estudos futuros, sugere-se replicar o ensaio
controlado randomizado considerando uma população mais heterogênea,
não somente estudantes universitários. Também se sugere o teste de
implementação da informação nutricional com lista de ingredientes e
símbolos de alerta em diferentes tipos de restaurantes, para verificar, na
prática, a aplicabilidade do modelo de informação nutricional sugerido.
Além disso, poderiam ser realizados estudos do tipo quase-experimento
longitudinal, para avaliar o efeito da disponibilização da informação
nutricional com lista de ingredientes e símbolos de alerta nas escolhas
alimentares saudáveis em restaurantes em tempos diferentes, por
exemplo, antes da intervenção, três, seis e nove meses depois da
implementação das informações.
As considerações finais desta tese levam à reflexão de que é
possível atender às preferências dos consumidores e propiciar escolhas
alimentares saudáveis em restaurante, por meio de um modelo de
disponibilização de informação nutricional que ainda é pouco estudado e
explorado nos estudos científicos.
Ao verificarmos o efeito positivo da informação qualitativa com
lista de ingredientes e símbolos de alerta nas escolhas alimentares
saudáveis, podemos estar derrubando um paradigma. Ou seja, embora
muitos estudos venham mostrando o contrário, ainda é forte no meio
científico a premissa de que a informação numérica de calorias ou
calorias e nutrientes está entre as únicas possíbilidades existentes de
informação nutricional que consegue influenciar escolhas alimentares
saudáveis.
Porém, se os estudos mostram que a informação numérica de
calorias e nutrientes não vem sendo efetivo e o nosso estudo mostra que
os consumidores desejam informações qualitativas nos restaurantes e
que esse modelo de informações nutricionais qualitativas pode
influenciar escolhas alimentares saudáveis, cabem alguns
questionamentos:
162
Por que a maioria dos estudos científicos e ações
governamentais ainda focam seus esforços nas informações numéricas
de calorias e nutrientes?
Por que as iniciativas existentes não consideram o modelo de
informação qualitativa em restaurante como uma opção viável?
Assim, por meio desta tese, pretende-se mostrar que há uma
possibilidade de informação nutricional em restaurante que, ao mesmo
tempo em que garante o direito do consumidor à informação, também
pode fazer diferença nas escolhas alimentares saudáveis em restaurantes.
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consumidores infantis. 2015. Dissertação (Mestrado em Nutrição) –
Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Universidade Federal de
Santa Catarina, 2015.
199
APÊNDICES
APENDICE A - Cadastro on-line dos estudantes universitários
voluntários dos grupos focais
Participação inclui uma reunião (duração de até 2 horas) com
recebimento de lanche e certificado de participação.
Os dados fornecidos serão mantidos em sigilo e só serão utilizados para
fins de pesquisa.
Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail:
[email protected] ou pelo telefone (48) 8421-6821
* Obrigatório
Nome: *
Sexo *
Idade *
Universidade / Faculdade: * Caso não estude nos locais listados, assinale "Outro" e digite o nome da sua Instituição de Ensino Superior.
UFSC
UDESC
Unisul
Univali
ASSESC
CESUSC
Outra:
Graduação que está cursando: * Digite o nome do seu curso superior em andamento.
Você costuma almoçar fora de casa durante a semana? * Assinale "sim" se você faz pelo menos uma refeição de almoço
fora de casa (em qualquer tipo de restaurante, fast food, lanchonetes, cantinas) durante a semana (segunda a sexta).
Sim
Não
Nacionalidade * Caso não seja brasileiro, assinale "Outro" e digite sua nacionalidade
200
Brasileira
Outra
Disponibilidade para participar do grupo de discussão * Assinale todas os dias e horários que tiver disponibilidade
28/10/2013 (2ªf) - manhã
28/10/2013 (2ªf) - tarde
28/10/2013 (2ªf) - noite
29/10/2013 (3ªf) - manhã
29/10/2013 (3ªf) - tarde
29/10/2013 (3ªf) - noite
30/10/2013 (4ªf) - manhã
30/10/2013 (4ªf) - tarde
30/10/2013 (4ªf) - noite
31/10/2013 (5ªf) - manhã
31/10/2013 (5ªf) - tarde
31/10/2013 (5ªf) - noite
01/11/2013 (6ªf) - manhã
01/11/2013 (6ªf) - tarde
04/11/2013 (2ªf) - manhã
04/11/2013 (2ªf) - tarde
04/11/2013 (2ªf) - noite
05/11/2013 (3ªf) - manhã
05/11/2013 (3ªf) - tarde
05/11/2013 (3ªf) - noite
06/11/2013 (4ªf) - manhã
06/11/2013 (4ªf) - tarde
06/11/2013 (4ªf) - noite
07/11/2013 (5ªf) - manhã
07/11/2013 (5ªf) - tarde
07/11/2013 (5ªf) - noite
08/11/2013 (6ªf) - manhã
08/11/2013 (6ªf) - tarde
E-mail: * Por favor, forneça seu endereço de e-mail para que possamos
entrar em contato e confirmarmos sua participação.
Telefone: Se possível, deixe-nos seu telefone para facilitar nosso contato.
201
APENDICE B –Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a
etapa qualitativa - grupos focais
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Através deste estamos convidando você a participar do estudo
Modelos de informação nutricional em restaurantes e escolhas alimentares saudáveis, que tem como objetivo testar modelos de
informação nutricional em restaurante para avaliar a influência nas
escolhas alimentares saudáveis. Os resultados irão fornecer subsídios
para a criação de modelos de informação nutricional direcionados a
restaurantes visando a auxiliar em escolhas alimentares saudáveis. A
metodologia inclui coleta de dados por debate em grupo (grupo focal)
composto por até 10 participantes e 3 pesquisadores
moderadores/observadores. A sessão terá duração entre 1 e 2 horas, será
gravada e posteriormente transcrita. Os participantes serão identificados
pelo primeiro nome ou apelido e terão sua identidade completa
preservada. Os procedimentos não trazem nenhum risco ou desconforto.
Por intermédio deste termo são garantidos os seguintes direitos
ao participante: (a) solicitar, a qualquer tempo, maiores informações e
esclarecimentos sobre esta pesquisa; (b) sigilo absoluto sobre nomes,
datas de nascimento, local de trabalho, bem como quaisquer outras
informações que possam levar à identificação pessoal; (c) possibilidade
de negar-se a responder qualquer pergunta ou a fornecer informações
que julgue prejudiciais à sua integridade física, moral e social; (d) uso
restrito para análise e divulgação dos dados desta pesquisa com a
utilização dos recursos de gravações, filmagens e fotografias; (e) opção
de solicitar que determinadas falas e/ou declarações não sejam incluídas
em nenhum documento oficial, o que será prontamente atendido; (f)
desistir, a qualquer tempo de participar da pesquisa.
202
Todas as informações são confidenciais e serão utilizadas
somente neste trabalho.
Gratas,
Renata Carvalho de Oliveira (pesquisadora)
Contato: (48) 8421-6821
Profa. Rossana Pacheco da Costa Proença
Coordenadora da pesquisa
“Declaro estar ciente das informações constantes neste Termo de
Consentimento livre e esclarecido, e entender que serei resguardado
pelo sigilo absoluto de meus dados pessoais e de minha participação na pesquisa. Poderei pedir, a qualquer tempo, esclarecimentos sobre esta
pesquisa; recusar a dar informações que julgue prejudiciais a mim, solicitar a não inclusão em documentos de quaisquer informações que já tenha fornecido e desistir, a qualquer momento, de participar da
pesquisa. Fico ciente também de que uma cópia deste termo permanecerá arquivada com os pesquisadores responsáveis por esta pesquisa”. Assinatura do participante:
Nome do participante:
Documento identidade:
Contato:
Florianópolis, _____/_____/ 2013.
203
APENDICE C – Modelos de cardápios utilizados nos grupos focais no
Brasil
CARDÁPIO 1:
- Arroz - Feijão - Frango assado - Empadão - Salada de tomate - Maionese de batata
204
CARDÁPIO 2:
- Arroz branco
1 colher de sopa (25g) contém 32 Kcal - Feijão preto
1 concha (125g) contém 77 Kcal - Coxa de frango assada 1 unidade (69g) contém 148 Kcal - Empadão de legumes 1 fatia (95g) contém 177 Kcal - Salada de tomate com orégano 2 rodelas (40g) contém 7 Kcal - Maionese de batata, cenoura e azeitonas
1 colher de sopa (30g) contém 50 Kcal
205
CARDÁPIO 3:
- Arroz branco 1 colher de sopa (25g) contém:
- Feijão preto 1 concha (125g) contém:
9 221mg Sódio
2 0,4g Fibra Alimentar
-- 0g Gorduras Trans
0 0g Gorduras Saturadas
20 11g Gorduras Totais
0,8 0,6g Proteínas
2 7g Carboidratos
2 32 Kcal = 134kJ Valor energético
%VD* Quantidade por porção
11 265mg Sódio
34 8g Fibra Alimentar
-- 0g Gorduras Trans
15 3g Gorduras Saturadas
32 18g Gorduras Totais
6 5g Proteínas
5 14g Carboidratos
4 77 Kcal = 322kJ Valor energético
%VD* Quantidade por porção
206
- Coxa de frango assada 1 unidade (69g) contém: - Maionese de batata, cenoura e azeitonas 1 colher de sopa (30g) contém:
(*) % Valores Diários de referência com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.
14 350mg Sódio
0 0g Fibra Alimentar
-- 0g Gorduras Trans
19 4g Gorduras Saturadas
19 10g Gorduras Totais
24 20g Proteínas
0 0g Carboidratos
8 148 Kcal = 620kJ Valor energético
%VD* Quantidade por porção
13 329mg Sódio
3 0,7g Fibra Alimentar
-- 0g Gorduras Trans
3 0,6g Gorduras Saturadas
6 3g Gorduras Totais
0,8 0,6g Proteínas
2 6g Carboidratos
3 50 Kcal = 209kJ Valor energético
%VD* Quantidade por porção
207
CARDÁPIO 4:
- Arroz branco 1 colher de sopa (25g) contém:
- Feijão preto 1 concha (125g) contém: - Coxa de frango assada 1 unidade (69g) contém: - Maionese de batata, cenoura e azeitonas 1 colher de sopa (30g) contém:
Calorias 32 Kcal
Sódio 0,2g
Saturadas 0g
Gorduras 11g
baixo alto
baixo médio
Calorias 77 Kcal
Sódio 0,2g
Saturadas 3g
Gorduras 18g
médio médio baixo baixo
Calorias 148 Kcal
Sódio 0,3g
Saturadas 4g
Gorduras 10g
médio baixo médio
Calorias 50 Kcal
Sódio 0,3g
Saturadas 0,6g
Gorduras 3g
médioo médio
aixo baixo médioo
alto
208
CARDÁPIO 5:
- Arroz branco
Ingredientes: arroz parboilizado, óleo de soja, sal e alho.
- Feijão preto Ingredientes: feijão preto, óleo de soja, bacon, farinha de trigo, sal e alho.
- Coxa de frango assada
Ingredientes: coxa de frango com pele, queijo parmesão ralado, margarina, sal, alho, pimenta do reino, alecrim.
- Empadão de legumes
Ingredientes: farinha de trigo, manteiga, gema de ovo, abobrinha, cenoura, brócolis, alho, sal.
- Salada de tomate com orégano
Ingredientes: tomate, orégano, vinagre, sal.
- Maionese de batata, cenoura e azeitonas
Ingredientes: batata inglesa, cenoura, maionese, creme de leite, azeitonas verdes, vinagre, sal.
Legenda:
- vegetariano
- contém glúten
- contém lactose
- contém gordura trans
209
APENDICE D – Modelos de cardápios utilizados nos grupos focais na
Inglaterra
MENU UNCLE’S RESTAURANT
Homemade soup
Garden salad
Tropical pork
Fried chicken
Roasted vegetables
Fries
210
MENU UNCLE’S RESTAURANT
Homemade soup
1 tablespoon (25ml) – 163kJ/39kcal Garden salad
1 cup (50g) – 50kJ/12kcal
Tropical pork 1 medium slice (80g) – 416kJ/100kcal Fried chicken 1 piece (60g) – 433kJ/104kcal Roasted vegetables 1 serving (70g) – 335kJ/80kcal Fries 1 serving (80g) – 1264kJ/302kcal
211
MENU UNCLE’S RESTAURANT
Homemade soup NUTRITION INFORMATION
Typical values Per 100g Per serving %GDA
Energy 652kJ/156kcal 163kJ/39kcal 2%
Protein 63.6g 15.9g 11%
Carbohydrate of wich sugars
156g 14g
39g 3.5g
13% 3%
Fat of wich saturates
64g 30.4g
16g 7.6g
20% 50%
Fibre 11.6g 2.9g 11%
Sodium 3.6g 0.9g 36%
Salt equivalent 10.8g 2.7g 45%
GDA = of an adult’s guideline daily amount
Garden salad
NUTRITION INFORMATION
Typical values Per 100g Per serving %GDA
Energy 88kJ/21kcal 63kJ/15kcal 0.7%
Protein 1.8 0.9g 1%
Carbohydrate of wich sugars
6g 0.6g
3g 0.3g
5% 0.3%
Fat of wich saturates
0.4g 3.9g
0.2g 0g
3% 0%
Fibre 4.4g 1.1g 4%
Sodium 1.4g 0.3g 14%
Salt equivalent 4.2g 1g 17%
GDA = of an adult’s guideline daily amount
Tropical pork
NUTRITION INFORMATION
Typical values Per 100g Per serving %GDA
Energy 582kJ/139kcal 416kJ/100kcal 4.6%
Protein 17.5g 14g 9%
Carbohydrate of wich sugars
3g 0.3g
0.9g 0g
0.3% 0%
Fat of wich saturates
3.7g 1.3g
3g 1.1g
4% 7%
Fibre 0g 0g 0%
Sodium 1.2g 1g 47%
Salt equivalent 3.9g 3.3g 56%
GDA = of an adult’s guideline daily amount
212
Fried chicken NUTRITION INFORMATION
Typical values Per 100g Per serving %GDA
Energy 721kJ/173kcal 433kJ/104kcal 4.8%
Protein 18.8g 11.3g 7.3%
Carbohydrate of wich sugars
0g 0g
0g 0g
0% 0%
Fat of wich saturates
10g 3.7g
6g 2.2g
8% 14%
Fibre 0g 0g 0%
Sodium 1.3g 0.8g 37%
Salt equivalent 4.3g 2.6g 44%
GDA = of an adult’s guideline daily amount
Roasted vegetables
NUTRITION INFORMATION
Typical values Per 100g Per serving %GDA
Energy 478kJ/114kcal 335kJ/80kcal 3.7%
Protein 1.8g 1.3g 0.8%
Carbohydrate of wich sugars
7.5g 3.7g
5.3g 2.6g
1.7% 1.7%
Fat of wich saturates
4g 0g
3g 0g
4% 0%
Fibre 2.8g 2g 7%
Sodium 0.1g 0.1g 5%
Salt equivalent 0.4g 0.3g 6%
GDA = of an adult’s guideline daily amount
Fries
NUTRITION INFORMATION
Typical values Per 100g Per serving %GDA
Energy 1580kJ/377kcal 1264kJ/302kcal 16%
Protein 5g 4g 3%
Carbohydrate of wich sugars
60g 0g
48g 0g
16% 0%
Fat of wich saturates
23g 3.1g
19g 2.5g
23% 16%
Fibre 6g 5g 18%
Sodium 0.4g 0.3g 14%
Salt equivalent 1.3g 1g 17%
GDA = of an adult’s guideline daily amount
213
MENU UNCLE’S RESTAURANT
Homemade soup
1 tablespoon (25ml) contains
Energy 163kJ/ 39kcal
Fat 16g
Saturates 7.6g
Sugars 3.5g
Salt 2.7g
Of the guideline daily amount*
Garden salad
1 cup (50g) contains
Energy 63kJ/ 15kcal
Fat 0.2g
Saturates 0g
Sugars 0.3g
Salt 1g
Of the guideline daily amount*
Tropical pork
1 medium slice (80g) contains
Energy 416kJ/ 100kcal
Fat 3g
Saturates 1.1g
Sugars 0g
Salt 3.3g
Of the guideline daily amount*
Fried chicken
1 piece (60g) contains
Energy 433kJ/ 104kcal
Fat 6g
Saturates 2.2g
Sugars 0g
Salt 2.6g
Of the guideline daily amount*
2% 20%%%%
50% 3% 45%
0.7% 3% 0% 0.3% 17%
4.6% 4% 7% 0% 56%
4.8% 8% 14% 0% 44%
214
Roasted vegetables
1 serving (70g) contains
Energy 335kJ/ 80kcal
Fat 3g
Saturates 0g
Sugars 2.6g
Salt 0.3g
Of the guideline daily amount*
Fries
1 serving (80g) contains
Energy 1264kJ/ 302kcal
Fat 19g
Saturates 2.5g
Sugars 0g
Salt 1g
Of the guideline daily amount*
3.7% 4% 0% 1.7% 6%
16% 23% 16% 0% 17%
215
MENU UNCLE’S RESTAURANT
Homemade soup
Ingredients: potato, bacon, onion, cream, butter, flour, garlic, salt, black pepper.
Garden salad
Ingredients: romaine lettuce, carrot, tomato, cucumber, feta cheese, olive oil, lemon juice, salt.
Tropical pork Ingredients: grilled pork chops, garlic, soy sauce, vegetable oil, coriander, salt, cardamom seeds, cayenne pepper, black pepper.
Fried chicken Ingredients: chicken thigh with skin, hydrogenated fat, paprika, salt, white pepper.
Roasted vegetables
Ingredients: corn, aubergine, courgette, tomato, garlic, olive oil, salt, thyme, rosemary, black pepper.
Fries Ingredients: potato, hydrogenated fat, salt.
GM (genetically modified food) local food
organic contains gluten
contains lactose contains trans fat vegetarian
216
APENDICE E –Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a
etapa quantitativa - ensaio controlado randomizado
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Através deste estamos convidando você a participar do estudo
Modelos de informação nutricional em restaurantes e escolhas alimentares saudáveis, que tem como objetivo testar modelos de
informação nutricional em para avaliar a influência nas escolhas
alimentares saudáveis. Os resultados irão fornecer subsídios para a
criação de modelos de informação nutricional direcionados a
restaurantes visando a auxiliar em escolhas alimentares saudáveis. A
metodologia inclui coleta de dados por meio da intenção de escolha de
itens do cardápio que será apresentado Os participantes por número e
terão sua identidade completa preservada. Os procedimentos não trazem
nenhum risco ou desconforto.
Por intermédio deste termo são garantidos os seguintes direitos
ao participante: (a) solicitar, a qualquer tempo, maiores informações e
esclarecimentos sobre esta pesquisa; (b) sigilo absoluto sobre nomes,
datas de nascimento, local de trabalho, bem como quaisquer outras
informações que possam levar à identificação pessoal; (c) possibilidade
de negar-se a responder qualquer pergunta ou a fornecer informações
que julgue prejudiciais à sua integridade física, moral e social; (d) uso
restrito para análise e divulgação dos dados desta pesquisa com a
utilização dos recursos de gravações, filmagens e fotografias; (e) opção
de solicitar que determinadas falas e/ou declarações não sejam incluídas
em nenhum documento oficial, o que será prontamente atendido; (f)
desistir, a qualquer tempo de participar da pesquisa.
Todas as informações são confidenciais e serão utilizadas
somente neste trabalho.
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Gratas,
Renata Carvalho de Oliveira (pesquisadora)
Contato: (48) 8421-6821
Profa. Rossana Pacheco da Costa Proença
Coordenadora da pesquisa
“Declaro estar ciente das informações constantes neste Termo de Consentimento livre e esclarecido, e entender que serei resguardado
pelo sigilo absoluto de meus dados pessoais e de minha participação na pesquisa. Poderei pedir, a qualquer tempo, esclarecimentos sobre esta
pesquisa; recusar a dar informações que julgue prejudiciais a mim, solicitar a não inclusão em documentos de quaisquer informações que
já tenha fornecido e desistir, a qualquer momento, de participar da pesquisa. Fico ciente também de que uma cópia deste termo permanecerá arquivada com os pesquisadores responsáveis por esta
pesquisa”.
Assinatura do participante:
Nome do participante:
Documento identidade:
Contato:
Florianópolis, _____/_____/ 2013.
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APENDICE F – Cadastro on-line dos estudantes universitários
voluntários do ensaio controlado randomizado realizado no restaurante.
Participação inclui 3 almoços gratuitos (nos dias 26/11; 28/11; 29/11),
sendo necessário participar dos 3 dias, o voluntário deverá comparecer
para almoçar no período entre 11:30 às 13:30, conforme sua
disponibilidade, no Restaurante Paulista (localizado no SINTUFSC).
Em cada encontro, o voluntário almoçará livremente e gratuitamente no
restaurante, durante os 3 dias e responderá a um pequeno questionário
de opinião.
Os dados fornecidos serão mantidos em sigilo e só serão utilizados para
fins de pesquisa.
Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail:
[email protected] ou pelo telefone (48) 8421-6821
*Obrigatório
Nome * Email *
Esta pergunta é obrigatória Email * Por favor, forneça seu endereço de e-mail para que possamos entrar em contato e confirmarmos sua participação
Telefone
Se possível, deixe-nos seu telefone para facilitar nosso contato
Sexo *
Idade (em anos) *
Peso atual *
Altura atual *
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Graduação que está cursando e nome da Universidade *
Com que frequência você almoça em restaurante? *
todos os dias da semana (7 dias)
Você apresenta restrição alimentar? *
o Não
o Sim, por motivo de doença
o Sim, por alergia/ intolerância alimentar
o Sim, por seguimento de dieta
o Outro:
APENDICE G – Protocolo de registro de preparações
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FORMULÁRIO DE REGISTRO DE PREPARAÇÕES
LOCAL: DATA:
NOME DO RESPONSÁVEL:
NOME DA PREPARAÇÃO:
LISTA DE INGREDIENTES (GRAMAS E MEDIDA CASEIRA):
Ingrediente Peso (g)
Medida caseira
MÉTODO DE PREPARO:
RENDIMENTO DA PREPARAÇÃO (GRAMAS E MEDIDA
CASEIRA):
RENDIMENTO DA PORÇÃO (GRAMAS E MEDIDA
CASEIRA):
OBSERVAÇÕES:
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APENDICE H – Modelos de cardápios utilizados no ensaio controlado
randomizado
CARDÁPIO DO DIA:
Folhosos (alface, rúcula, repolho, broto de alfafa, agrião) Couve-flor Cenoura e beterraba Outros vegetais (chuchu, pepino, tomate) Macarronese Arroz branco Arroz integral Feijão preto Macarrão espaguete Batata frita Farofa Repolho refogado Lasanha de carne Carne bovina assada Frango assado Steak de frango Iscas de carne ao molho Peixe à milanesa
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223
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APÊNDICE I – Nota de imprensa referente à tese
MODELOS DE INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS EM
RESTAURANTES E ESCOLHAS ALIMENTARES SAUDÁVEIS
Pesquisa realizada no âmbito do Programa de Pós-Graduação
em Nutrição (PPGN) e do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção
de Refeições (NUPPRE) da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC) teve como objetivo testar diferentes modelos de informação
nutricional em restaurante para avaliar a influência nas escolhas
alimentares saudáveis de estudantes universitários.
Estudantes universitários no Brasil e na Inglaterra preferiram o
modelo de informação nutricional com lista de ingredientes e símbolos
de alerta (como contém glúten, vegetariano) nos restaurantes, ao invés
de informação numérica de calorias e nutrientes, por ser mais
compreensível e útil para realizar escolhas alimentares. Além disso, a
escolha de alimentos mais saudáveis em restaurante brasileiro foi
significativamente maior na presença do modelo de informação
nutricional contendo lista de ingredientes e símbolos de alerta (como
contém glúten, vegetariano).
A pesquisa é resultado da tese de doutorado da nutricionista
Renata Carvalho de Oliveira, sob a orientação da professora do
Departamento de Nutrição, Rossana Pacheco da Costa Proença, apoiada
pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), por meio da concessão de bolsa de doutorado e de estágio de
doutorado sanduíche no exterior, e pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio de
financiamento da pesquisa.
A pesquisa foi conduzida em duas etapas. Na primeira etapa,
foram realizadas sessões de entrevistas em grupo, utilizando a técnica
chamada de grupos focais, com estudantes universitários da Grande
Florianópolis e da Bournemouth University (Inglaterra). Cinco modelos
de informações nutricionais em cardápio de restaurantes foram
apresentadas aos participantes, para guiar a discussão sobre suas
preferências: 1) informação numérica de calorias; 2) informação
numérica de calorias e nutrientes; 3) informação de semáforo nutricional
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(traffic light system); 4) informação alimentar, contendo lista de
ingredientes e símbolos de alerta (como contém glúten, vegetariano).
Os estudantes universitários brasileiros e ingleses preferiram a
informação nutricional com lista de ingredientes e símbolos de alerta.
Eles consideraram esse modelo de informação mais compreensível e
mais útil para realizar escolhas alimentares em restaurantes.
Na segunda etapa, foi realizado um ensaio controlado
randomizado, conduzido em um restaurante na cidade de Florianópolis,
contando com a participação de 233 estudantes universitários da região.
Os estudantes foram alocados aleatoriamente para receberem um dos
três modelos de cardápio contendo informações nutricionais,
previamente definidos nos grupos focais conduzidos anteriormente: 1)
cardápio sem informação nutricional; 2) cardápio com informação de
semáforo nutricional (traffic light system); 3) cardápio com informação
alimentar, contendo lista de ingredientes e símbolos de alerta (como
contém glúten, vegetariano). Os dados foram coletados durante um dia
no horário do almoço, por meio da intenção de escolha de alimentos do
cardápio.
Como resultados da intervenção da segunda etapa, escolha de
alimentos mais saudáveis foi significativamente maior entre os
participantes que receberam o cardápio contendo informações com lista
de ingredientes e símbolos de alerta
Assim, sugere-se que o formato de informação nutricional
contendo lista de ingredientes e símbolos de alerta, por ter efeito
positivo nas escolhas alimentares saudáveis, possa ser adotado em futura
legislação sobre informação nutricional em restaurante no Brasil e no
mundo.
Contatos:
Renata Carvalho de Oliveira: [email protected]
Rossana Pacheco da Costa Proença: [email protected]
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ANEXOS
ANEXO A – Parecer do comitê de ética para a realização do projeto
“informações nutricionais em restaurantes e escolhas alimentares
saudáveis”, que inclui as fases da presente tese.
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